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As Melhores Ações da Bolsa
• Vivendo e aprendendo
• O fantasma do natal futuro
• A Carteira de ações para 2016
A frase do guru resume exatamente por onde vamos nos pautar neste
relatório. Este é nosso compromisso com o assinante.
Passados 3 anos de quedas consecutivas na bolsa, temos que ser bastante cautelosos. Estes
últimos 3 anos nos ensinaram muito e utilizaremos todo este aprendizado aqui.
Muito mais importante que um ganho relevante é possuir investimentos que o permitam um
sono tranquilo à noite.
Não damos dicas nem procuramos pelas ações mais baratas, ou as que têm maior potencial
de valorização de curto prazo.
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Nosso objetivo aqui é ter uma carteira com sólidas empresas. Se compramos boas empresas
a preços atraentes, certamente teremos uma rentabilidade mais que adequada no longo
prazo.
Muitas vezes estaremos certos somente por ter comprado ações muito abaixo do preço.
Warren Buffett e Charlie Munger passaram suas vidas estudando pessoas de sucesso.
Investidores e empresários, entre outros.
Buffett iniciou sua carreira seguindo fielmente os passos de Benjamim Graham e foi
aprendendo com outros investidores e pensadores e agregando em sua estratégia.
Sempre aprendendo com muitos outros investidores, Buffett se tornou, em sua própria
maneira um professor de investimentos, sempre se renovando e adaptando seu estilo de
investimentos aos novos tempos.
Como ávidos leitores de todos os tipos de pensadores, Buffett e Munger puderam aprender
enquanto a teoria se desenvolvia.
Aprendemos muito com nossos assinantes e aprendemos entre nós. Aprendemos com outros
investidores.
Aprendemos com a leitura de livros e conversas com empresas. Aprendemos também com o
mercado. Aprendemos com nossos erros e com nossos acertos.
Aprendemos olhando o próprio negócio da Empiricus e outros tantos com os quais nos
deparamos no dia-a-dia.
Utilizamos todos estes conhecimentos, e muitos outros, para montar esta carteira.
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“Evite ideologia extremamente intensa pois ela arruína sua mente." -
Charlie Munger
1 + 1 = 3.
Em uma tarde chuvosa em São Paulo, os analistas da Empiricus estavam reunidos com o
objetivo de criar um novo produto.
Em uma sala se reuniam: Max Bohm, Caio Mesquita, Gabriel Casonato, Carlos Herrera,
Roberto Altenhofen, Rodolfo Amstalden, Felipe Miranda, João Françolin e Bruce Barbosa.
Sabiam onde queriam chegar, mas ainda não conheciam o caminho tortuoso que os levaria
lá.
Este relatório é uma união de dois relatórios da Empiricus, mas não só. Este relatório é a
união das melhores idéias de todos os relatórios da casa. As melhores idéias trazidas por
todos os analistas da Empiricus.
Muitas vezes precisei acatar a decisão da sábia maioria. Muitas posições que recomendamos
aqui foram selecionadas ao revés de minhas visões pessoais.
As discussões foram acaloradas, e ainda estão acontecendo. Nosso trabalho não acaba aqui,
continuaremos aprendendo mais e mais sobre as companhias recomendadas abaixo.
O cenário da bolsa parece péssimo, mas para o bom investidor, vemos muitas oportunidades.
Os assinantes desta jóia que chamamos As Melhores ações da Bolsa também terão direito à
nossa base de relatórios do Barganhas da Bolsa.
Sugerimos aos assinantes que façam bom proveito dos relatórios antigos e, com raciocinado
crítico, nos desafiem e nos mantenham honestos.
Nos comprometemos de fazer o máximo para que os assinantes tenham uma análise crítica e
baseada 100% em dados para sua tomada de decisão.
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Não podemos sempre ter 100% de certeza, mas somente evitando grandes micos já
estaremos muito à frente da média.
Assim como diz George Soros, o investidor entra em pânico quando reconhece seus erros.
Algumas ações vêem da carteira Ações para ficar Milionário e algumas do Barganhas da
Bolsa. Refletimos o momento de entrada destas carteiras.
Afinal, é muito importante estar confortável com suas aplicações para conseguir retornos de
longo prazo acima da média.
As ações foram escolhidas a dedo. As oportunidades raras que vamos revelar pertencem a
empresas que conseguiram atender a rigorosos parâmetros de qualidade.
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Track Record
(**) Os valores de teto representam pontos máximos aceitáveis para entrada no papel (não
confundir com preço-alvo).
(***) Os preços de entrada são baseados no fechamento anterior à data de entrada e ajustados de
forma a contabilizar eventos de custódia (dividendos, JCP, grupamentos, desdobramentos,
bonificações e subscrições).
Comentamos abaixo sobre as principais posições brevemente. Não teremos muito espaço
para fazê-lo aqui e nem seria justo correr com análises tão importantes.
Em relatórios futuros denotaremos as mudanças que fizemos dos relatórios que foram
fundidos para a criado deste: o Ações para ficar Milionário e o Barganhas da Bolsa.
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Pão de Açúcar (PCAR4): "Keep it simple." - Charlie Munger
A empresa começou a ser questionada, por duas razões: competição com Carrefour (e Abílio
Diniz) e piora no varejo.
Pão de Açúcar buscaria cortar custos e transferir a economia ao cliente, focar o Atacarejo com
mais vigor e abrir lojas de vizinhança.
Além disso, o Casino, assim como seu controlador Rallye, estão sob fogo pesado de um
investidor ativista que discute suas práticas contábeis.
A francesa Casino possui participações cruzadas nas companhias (grupo CBD e CNova). Aliás,
participações cruzadas não faltam na estrutura do grupo.
Basicamente temos que confiar que os controladores não estão utilizando negócios entre as
companhias para prejudicar os minoritários.
Para nós, o maior problema é se o Casino e o Rallye tentarem passar um pouco da sua
alavancagem para as controladas.
Até agora isso não aconteceu. Mas, caso algo assim aconteça, mudaremos de opinião sobre a
ação. Mas PCAR atualmente negocia a somente 1x Patrimônio.
Grendene (GRND3): "Long ago, Ben Graham taught me that 'Price is what you pay; value is
what you get.' Whether we're talking about socks or stocks, I like buying quality
merchandise when it is marked down.” - Warren Buffett
Sendo muito sincero, o setor parece muito ruim pois é pulverizado, intensivo em mão de obra
e não tem barreiras de entrada. Parece uma receita para baixos retornos.
Mas Grendene não tem a mesma cultura da indústria, digamos, normal. Nos impressiona seu
grande foco no lucro.
A Grendene respondeu por 37,6% dos calçados exportados no primeiro semestre de 2015.
Grendene compete em mercados de valor agregado relativamente baixo e consegue
rentabilidade independente do valor do dólar ou estado da economia.
Os bons números são resultado de dois fatores: alto conservadorismo na gestão de seu
capital e produtividade.
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A empresa consegue gerar ROE acima de 20% mesmo com mais de R$ 1 bilhão em caixa.
Por outro lado, os volumes vendidos não crescem desde 2013, tanto no mercado interno
quanto nas exportações. Mesmo com o mercado interno jogando contra, Grendene continua
ganhando market share.
Eztec (EZTC3): “A chave para investir não é analisar o quanto um setor afetará a sociedade
ou quanto ele crescerá no futuro, mas determinar a vantagem competitiva de uma
companhia específica e, acima de tudo, a durabilidade desta vantagem.” - Warren Buffett
Eztec passou de uma empresa que vende imóveis novos para uma que vende estoques
prontos.
Difícil dizer quando a crise no setor passará, certamente depende de uma recuperação do
cenário.
Itaúsa (ITSA4): “Queda no preço não me preocupa. O que me deixa apavorado é queda no
lucro. Empresa que dá lucro não quebra.” - Lírio Parisoto.
Mas o mercado acredita que uma piora da economia no ano que vem pode trazer grandes
prejuízos nas carteiras de crédito dos bancos.
Olhando os resultados de 2015, parece que os bancos já estavam preparados para o período
de vacas magras, Itaú tem somente ao redor de 50% de exposição de sua receita à crédito.
O Banco Itaú dá ROEs ao redor de 25%, mesmo durante a crise. Operacionalmente não
vemos problemas com os bancos, mas o mercado precifica uma piora substancial das PDDs e
perdas com crédito em 2016.
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O FIES aqui é só um benefício. Simplesmente ignoramos a ajuda governamental ao
recomendar o investimento.
Com R$ 1,1 bilhão em caixa da venda da Uniasselvi, esperamos que KROT3 realize uma
aquisição relevante nos próximos meses ou possa fazer uma distribuição extraordinária de
dividendos.
Kroton é a única empresa do portfólio que nos deixa confortável ao anunciar aquisições. Os
gestores já se provaram competentes o suficiente para trazer valor com M&A.
Natura: “Know what you own, and know why you own it.” – Peter Lynch
Natura pretende se tornar a primeira marca de bens de consumo brasileira a se tornar global.
Se o plano se tornará realidade ou não, sinceramente não sabemos, mas achamos bastante
factível.
Caso se torne realidade, a companhia valeria um múltiplo do que vale hoje. Essa é nossa
aposta. Caso não se torne, compramos uma boa companhia por um preço razoável.
A mudança nos canais de venda apenas começaram a ser implementados. A companhia não
é conhecida pela velocidade de execução.
Não achamos seu conservadorismo ruim. Muito pelo contrário. É um indicativo da solidez do
negócio.
CVC (CVCB3): “As quatro palavras mais perigosas em investimento são: 'desta vez é
diferente.'” – Sir John Templeton.
A companhia não tem competição e lucra com a quebra de seus concorrentes. Mesmo com
um mercado em forte deterioração busca, com sucesso, receitas em negócios
correlacionados.
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A companhia foca no que sabe fazer e usa dados para melhorar seu negócio continuamente.
Sem dívidas, o único problema de CVC é seu controlador. O fundo de Private Equity Carlyle
precisa se desfazer de sua participação e o comprador pode não ser bom para os
minoritários.
Suzano (SUZB5): “Sucesso nos investimentos não é uma questão do quanto você sabe mas
o quão precisamente você consegue definir o que não sabe." - Charlie Munger
Suzano é uma exportadora de commodities que tem uma base de ativos gigantesca. Duas
coisas que, a princípio, não seriam interessantes olhando nossa estratégia de investimento.
Não sabemos o que acontecerá com o preço do papel e celulose e nem com o dólar, duas
variáveis importantes para o investimento em Suzano.
Mas Suzano segue reduzindo dívida, para atingir uma alavancagem mais consevadora, e as
altas recentes do dólar permitiram elevação significativa de sua geração de caixa.
Suzano é uma boa empresa em um bom segmento. Sua geração de caixa é, em si mesma,
uma ótima proteção contra a economia local.
Desde 2013 a empresa mostra dificuldades com sua dependência de franqueados e lojas
multimarcas para desovar seus produtos. Funcionou muito bem com consumo em alta, mas
trouxe problemas quando o pessimismo retraiu investimentos.
Os problemas passam longe de ser fatais. Com poucos ativos, a varejista continua sendo
muito rentável mesmo sem nenhum endividamento.
Hering vai mantendo seu planejamento construído há alguns anos aliado com melhoras em
seu relacionamento com os franqueados.
Seus problemas com a coleção e no ponto de venda ainda não desapareceram. Mas os
resultados deverão começar a aparecer brevemente.
Cielo (CIEL3): “Investir deveria ser mais como observar tinta secar ou a grama crescer. Se
você quer aventura, pegue $800 e vá para Las Vegas." - Paul Samuelson
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Cielo não é barata a 20x lucros. Ainda mais com resultados nas máximas históricas.
Mas com forte presença no mercado de cartões e receita diversificada, a companhia tem
resultados consistentes.
Comgás (CGAS5): “O mercado de ações está cheio de indivíduos que sabem o preço de
tudo, mas não sabem o valor de nada." - Phillip Fisher.
Vemos o valuation atual atrativo. A companhia tem forte geração de caixa e amplo mercado
para crescer sua base de atuação dentro da área de concessão. A participação do gás
encanado é baixa.
O tema mais importante para o papel hoje é o processo de revisão tarifária. Mas boa parte do
pessimismo com o quadro atual para o reajuste tarifário já está precificado.
Em 2012, a Cosan adquiriu 60,1% do capital social e hoje é a principal acionista da Comgás.
Existe o risco de Cosan fazer uma reestruturação societária.
O segmento industrial ainda responde pela maior parte do volume e a queda da atividade
industrial atrapalha os resultados.
Mas os negócios residencial e comercial tem espaço para crescimento e margem mais alta.
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“Só porque você comprou uma ação e ela subiu não significa que você
está certo. Só porque você comprou uma ação e ela caiu, não significa
que você está errado.” - Peter Lynch
Feliz 2016!
Abraço,
Bruce.
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Disclosure
Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu
destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer
terceiro sem autorização expressa. O estudo é baseado em informações disponíveis ao
público, consideradas confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de
julgamentos e estimativas, estão sujeitas a mudanças.
Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º
da Instrução CVM nº 483/10, que as recomendações do relatório de análise refletem única e
exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.
* O
analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo
cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.
(*) A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele
sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do relatório, à apreensão das cópias
ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos
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