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| é £ ¥ Artur Renzo, sobre Projeto original de a on de Para, £m So Paulo (Midia Ninn! fog ean Equipe de apoio : Alllan Jones, An, Isabella Marca 0 Soar Candiorto Y M&#*0e Bap, Maui CIP-BRASIL. CATALOGACA ao CAO NA PU) A SINDICATO NACIONAL pos PDITORES peo), 08, Ry C984 Curso livre Marx-Engels : ® criagto destruidora / ~ Led. - Sdo Paulo: Boitey 'mpo, Carta Maior, 2015, Inclui bibliografia. Varios autores ISBN 978-85.7559-469-8 1. Socialismo, 2, Filosofia marxista. I. Netto, José Paul co. 3354 15-27215 oa edo E vedada a reprodugio de qualquer parte deste livro sem a expressa auroriagio di I" edigéo: novembro de 2015; i Bs I* reimpressio: setembro de 2019; 2* reimpressio: ourubro de BOITEMPO Jinkings Editores Asociados Leda. Rua Pereira Leite, es 05442-000 Sio Paulo f Tel.: (11) 3875-7285 / 3875-7250 editor@boitempocditorial.com-br boitempocditoria.com br blogdaboitempo.com:| ACEBOOK boitempo am icoraboicemp: Sumario Sobre Marx e Engels. Apresentagao.. Joana Jinkings LA critica do Estado ¢ do direito: a forma poltica ¢ a forma juidica......11 Abysson Leandro Mascaro 2. Acttica ao idealismo: politica e ideolog Antonio Rago Filho 3.0 Manifesto Comunisea: José Paulo Netto 'es € grandeza tedrico-politica... 4. Anilises concretas da luta de classes. Onaldo Coggiola 2 A constiuicio do prolerariadoe sua prixis tevolucioniia. Ricardo Antunes 8. Demo Ruy Braga Sobre os autores... ‘acia, trabalho ¢ socialismo. Scanned with CamScanner 7. Critica da economia Politica Por Karl Marx Jorge Grespan Actitica de Marx a economia politica, tema central deste texto, tem gran- derelicéo com 0 subtitulo deste livro, “Criacdo destruidora’. Afinal, a critica de Man compreende que o movimento do capitalismo & de destruicio — destuigéo que pode ser criativa ou destruidora, pital € contraditério, uma justamente pelo fato de que o Também ¢ importante relacionar este tema & critica 0 capitalismo feita Por Marx em sua juventude. Isso Porque, naquele momento, Marx iniciara um Mocesso de compreensio do quanto o trabalhador assalariado era alienado no tudo moderno, Ble identificava o mal-estar da civilizagao capitalista com ohto de que o trabalho é despojado dos meios de producdo e das condigdes ee {om que o trabalhador possa se reconhecer no objeto qe produziu, Ntrando a alienagdo motivada pela propriedade privada. Assim, 0 traba- _ deixa deter controle sobre o que produz sobre a forma como produz. ito g 7 na juventude, Marx especificou 0 “outro” do trabalho ee ical 4, scanismo e a forca histérica que aliena, que ee no adata ty 5) 40 como o valor que se valoriza. Esse ¢ 0 verdadeiro a ea ‘Atelacdo. Quando Marx chegou a essa conclusio, sua obra Scanned with CamScanner y ‘jagao Gestruldora livre Marx-Engels: A criass 140 | Curse a inicio @ leitura inta, Havia, entéo, dado inici Z de din Ges dos Grundrisse Sobre 0 valor, Marx conclui que* um 4 ' ama eam resultado, ¢ nao 4m ponto de partida, entao press! cial mais simples que o der a metead ‘ermina — a mercadoria. Marx ee : tcadori : atta i © capital. Essa Ncepeg Orla, depois passar Para o dinheiro ¢, pot “A ni inici. it 3 frase inicial de rag Peao nova aparece formulada com muita pe re “a prime fag ((onomia politica, uma frase to et ; Bipae € Segun, Fees 5 ital, em! i Pectivamente, Vale A a ts a 4 semis Gragg Tiqueea na embra-la aqu 8 SOcied, et COMO Uma Hen dades onde oo: talisca #P 2 “enorme cole“ Tina 0 modo de produgao capitalist Toy "540 de Mercadorias” inivide® I Coy » €a mercadoria i Scanned with CamScanner J sua forma elementar. Nossa then "8° Grespan ly ia! mercadoria- igas0 co a f importante frisar que Marx se ee 2 aniline dy jg a qualquer sociedade que nfo mundo mucul, 2 lo Producio can yidades © Sulmano classico oy iy Pin come a ili, ts de na investigac4 f dh erent Stigacdo sobre a form, Nascime An. oY Forma clementar” nao s6 de todos og a tcadoria¢ ne eu s pém da propria forga de trabalho. 0 i he do capi Taian be joe um escravo. O nexo fundamental dite alhador, no kindy aa mas » i Sistema, te economico Na forma de valor. E necessdri Contudo, & » € obter i 1 io exe valor dererminado, para que seja posstvel eat a receba a f 1504 magnitude do que sera extraido do se trabalho pelo Capitalista, També ve seia sempre possivel baixar 20 maximo o saldti, pa nce maior de mais-valor; que o trabalhador possa ser demi, obter uma taxa tas da producao em épocas de crise; ¢, enfim, que o aballader atc 05 cus- wapraor e consumidor dos produtos que ele mesmo pda des tem propriedade. Portanto, Marx comega com o estudo da ites pe ak a propria forca de trabalho que a cria, 0 valor e toda a riqueza no ic eg tulista tornou-se uma mercadoria. E nesse sentido que ela é a “forma elemen- ta” das elagdes sociais no capitalismo. De fato, quando o capitalismo penetrou pelas regies do mundo onde ainda prevaleciam formas de producéo anteriores, a estratgia dos paises in- dustrilizados era comecar vendendo mercadorias a pregos baixos, produzidos jipor méquinas. Em seguida, transformava os produtos daquelas sociedades pré-capitalistas também em mercadorias, para, finalmente, tomar a mio de chra existente em mercadoria, convertendo os trabalhadores em assalariados. Dada essa importdncia hist6rica e, em especial, a importincia na cone tiuigio do sistema de relagées sociais dentro do capitalismo, Marx s6 pode Comecar a apresentagao dos conceitos que correspondem is formas socais pelo cmncto de mercadoria. Para compreendermos 0 que ela significa, és is ar um idioma latino, até temos mais facilidade, pois pak th ® vem de “mercado”, evidenciando que se tata de todo POO ia todo bem que pode ser objeto de compra ¢ Sm i rds ks * quando 6 trabalhador disp6e de sua forga de trabalhe * 20. Sado, esté vendendo essa forca como mercadoria. E 2 28 is fete Produra meres? al Livro: O proces de prude epi ta 1. Marx-Engels P- 113: 7 Kar bea Ry capital critica da economia pltict ns Enderle, Sao Paulo, Boitempo, 2013), ¢0 | Scanned with CamScanner ae See Marx-Engels: A crias: livre 30 48 | Cu ial revela os dois e de O capital re eis ia feita no primeiro ct to - o valor de uso € 0 valor de ttoce, doria do uma forman a . ‘a, ; mercadoria se desdo Pe compoem, sa oposicao interna means im atets bra g ont exterorivagio des Pr, forma de dinhei, isto é & op S40 enn ses, levando, p oposigdes, Me, cadoria e dinheiro. de que modo o dinheiro aparece Como uma Assn, Mate fea di sale de todas as mercadorias; ¢ também universal de ete ee uma inversao, pela qual parece que o iain no jogo eae Se as coisas em geral, quando, na Verdade, ied atribui valor - ao serem produzidas para serem trocadas, ensejam aang ipreadet tree atribuem valor. Tudo se passa como se © valor de a Sine em fungao do dinheiro, porque ele tem o Monopélio da fungi te equivalente, s6 que, na verdade, concentra esse monopélio ¢ adquite, Por séo as mercadorias, em suas trocas, que determinam essa funcio, Mas, até aqui, somente foi falado de objetos — capital, Podemes pergunta: © as pessoas? Pos & justa Marx quer ressaltar; as pessoas se movimentam em fu como da troca de mercadoria, mercadoria, din MENte este © ponty que Gio desses objets, hog le conseguir que o capa] quPtestada @ palavra “fetiche” diretamente do fr: fato, esté no portugués— vem de “feitico”, o nome Certos rituais magicos da Africa nao muculmana, Bar abaixo da linha do Equador, mais para o fim ‘ancés, mas sua origem, d que 0s portugueses derama quando comecaram a nave do século XV, P° campo, Pafses do mundo, a maioria da poe SPortunidade de ven Vive nas cidades, © campo ainda of ip? ado, gue tém ¢ Para o Préprio consumo, e nao gerat ee Ncentracs, Mo destino o Consumo por outras pessoas ol a Propriedade tural, de um La do, 0 uso de méqu Scanned with CamScanner ém dispen, le OUtTO, Ve Pensando ams fs ¢ perde em definitivo g Possbiige bra do ca, ade’ i sal enta 0 mercado Consumidor, completar, * Produziy 1 Patte Paty 0 regiGes © Setores ainda peg c ™40 0 pegea Palas nema, pr al em PrE-capitalisay, E80 de pore dependentes dos mercados _ Dao 56 28. Alem, las, Penetracig sit las » Na cig os alimentos € FOUPAS, Mas de Produtos como Jus ota ted oo jependencia ctesce tanto que ualquer fala tt “Meanada ¢ (iy lt nto de gua € luz pode causar Uma catés, i OU de geténcig i. io de “fetichismo” pretende justamente explicate mo tafe” Modo, 9 — independente do controle humano, enquanto ie ome se aependentes dele, ‘oman fi Entretanto, 0 aspecto tangivel da mere; pola por uma relac4o social histoticamente depoduto € propriedade privada de um ou facto dessa forme soci - si cada vez mais as outras telacbes sociais pisam a ser media a pelas merca lorias © por sey derivado in . iio. Pols que esté por trés da produsto das meradornnee citculagig dedinheiro s4o as unidades privadas de Producéo e troca, que € 0 que vimos Mr denominar de “capital industrial”, Ele & 0 grande Petsonagem dessa hisria, o verdadeiro objeto de estudo de Marx. Foi a luz disso que, anotagées em 1859, quand an ci sitema 10S Cada ver adotia esconde ue el, ‘i specifica, na an tla determi. , cada uni ‘mais capitalistas, Com fees depois de ter publicado a primeira parte de sua lo Marx decidiu lancar a segunda parte, bsobre 0 capital, percebeu que era preciso estudar mais, pois o material Aaicas anoracées (publicado com o titulo de Grundrise apés sua morte) era insuficiente, Volta, como explicado anteriormente, aos arquivos ¢ bibliotecas ‘steve sucessivamente uma segunda e uma terceira versio de O capital, na dada de 1860, seu capi- : Essas versées Tepresentam um avango tanto da precisao das definigées hanto d bin ‘© encadeamento da argumentagdo; isto é tanto do eee sted abtesentagao. Marx estabelece, entao, um novo p Hee iid a trés volumes: 0 Livro I trataria do proceso de prot de tei ons Pelo capital, o modo pelo qual o capital produs a on a, Vial Joeesso de circulacao do capital e como, aaclghe Sai, slit Ie, 0u seja, 0 modo pelo qual rap eA Sule ae, Pleand don “tariae, de certo modo, sinteti: orescence sc oe de sua. ° @Pital distribui as riquezas, 0 “ eb i ese mes® Mat “Tegras de concorréncia € propriedade p 3 obra, pelo qual a conhecemos. Scanned with CamScanner ngels: A criagao destruidora ivre Marx-E 150 | Curso rés livros também pode ser entendida assim, wy eocial direta entre capitalistas ¢ trabalhadores cstuda a relagdo “Ot quais o trabalho € explorado pelo capiea formas por meio sdo onalisd a relacao entre os capitalistas, mas aing, a oc entelacamento, criando uma dimensio soc, wpe, a rede ai outros, isto é, para o mercado constituids We, pitais; € 0 te ivro examina a relacao entre os capitalistas, mas jg seu sa rene A ordem dos ¢ . Aor eat | para mais como um: produ us Pa rceito in dimensio negativa, autodestrutiva, a saber, a ¢ m ONCorra ng: conta sua ‘ 7 " de cada ramo da produgao ¢ também entre empresas de TaMOs difer, tro que agora comegam a disputar ae todo, 0 mais-valor inteiro, « excel gerado no conjunto de uma sociedade, te E interessante registrar aqui como, no Livro III, a I6gica da i ¢ da distibuigio do excedente econdmico obedece a uma regrs fy légica de produgao constitutiva dos Livros I e II. Nela, con; de cada empresa, nao s6 0 trabalho vivo que emprega, mas 9 trabalho que possui. Entio, uma indiistria que contrate menos trabalhadores, usa mais mdquinas, tem um capital investido mais em maquinas do " forca de trabalho e, da, uma taxa de mais-valor menor, Mas, ng medida anes empresa fem uma concetragio muito grande de mdguiny s2 de capital roral, superior & de outras empresas, dé a cla um eso maior ng concorréncia, permitindo que ela atraia para si uma parte do excedente econ. mico que ndo produziu, mas que foi gerado por outro sector, Mong Parte esta na forma das maquinas, matérias-prim © est contratando. Trata-se, respectivamente, ds Scanned with CamScanner amorfoses” operadas e ch tlds i [sagem de uma forma a outra, temos a on com a natureza que Ihe Barante, muda, ia do pela metamorfose; a telagég : bi Vivir gor dominio do trabalho pelo capital, aterial «Mag ae “idl go interesse do capital em, San = a Mica aeconomia politica” de My, ars, tin 7 e “ vt caracterizado pelo dominio do trabalhe iscussig dp = pela metamorfose. O trabalhador nao mat we aparenciass mas ieee sob as Condigses in 18 Coy joocamente espectfica que & 0 capie hen » Cujas fe ina sobre a materialidade do trabalho e condi Apesar de todo esse dominio ¢ esse Poder de im, ipor gqalidades, 0 capital tem limites estrututais ¢ histéricos int recem de modo recorrente nas ctises econéy ™ micas, vendo hoje. Essas crises so determinadas de modo “mn rates iy 'M o metal boli, een COndicées sponiveis, que COMO a que estamos vie $ ct ul Necessirio, ¢ nj umasimples possibilidade que poderia ser evitada, porque se eae mie m profunda da relagéo do capital Com 0 trabalho, como acabamos de oa ninar. Marx explica que 0 capital nao tem barreira nenhuma fora de si, que ultapassa todos os obstdculos externos, mas nao os que pée para si mesmo, percausa de sua estrutura contraditéria, O poder dele é baseado ma formal tide de excluir 0 trabalhador da propriedade dos meios de producio e, dai, docomando sobre as metamorfoses sociais. No entanto, é um poder formal, Porque quem cria a “substancia” e a matéria da riqueza é 0 trabalho. O capital ‘tio tem, portanto, substancia alguma, tendo de se limitar a pér o trabalho ha produzir substancia para ele. _ ._ Porseu turno, substancialmente, o trabalho é tudo, mas néo é roe ian 5 O trabalhador & proprietério de su forga de trabaho, mass to de condicoes que Ihe s4o impostas; portanto, formalmente, nfo bel ia dele composta Nanto, com o capital, se passa 0 contrério: a substincia d Pel tab, ‘i i alho e a matéria gerada para Mia ~ precisa usurpar a energia do tral ‘da metamorfose. Em suma, tapp, t ubordinar o metabolismo ao interesse da n «pot sso, substancial te io formalmente, mas no tem substinc Por, ee H? € nada, Temos aqui uma contradi¢éo, © ae srundrissee depols bene Sua obra, Conseguiu formular essa prop cone quesugen *eisgs “lac elabord-la em O capital: & pot ae | do sistema. oa ‘“svalorizacao do valor como destino fata! Scanned with CamScanner a) destruidora sAc jour re ensava em escrever sua obra : no fim, quando falasse dy i 1 tyoet rn Wg criseS smundializagao € crise. Contudo, z a 10 Code coda a apache as formas doria e dinheito, Poi, 4 sere andor posbilidade de vende ae capital de forma mais io aconteces a8 pessoas que cen mene spree HET eu valor. QUAM das a diminuit © Prego para baixo de rreecadoria Pr adé-a sf0 0 ect podem nao ter dinheito para adgy 7 10 assifms i sigo entre compra € venda, dinheirg ‘ crises, em que se vé um exc a. ata 2 fea geal das grandes S80 de . sradores. | i — ceque e ganha densidade crescente quay 40 das © inal, Marx demonstra que a crise se determina, fy, Legit) distria. Mesmo quando ela aparece na Telacig damentalmente, na os ds ba soa ded tera rll eee a enue 0 capital ils base da crise esté na queda do lucto industi, imo conceto mais eo de rise. Pots, por trés de rod ip deliv, desde 0 comeso, a crise estd lé, na contradigao da rear d trabalho com o capital. A crise atual, por exemplo, € chamada de “financeira”, porque é esa dimensio que aparece de imediato, Na verdade, ela se enraiza na dimensio produtiva, Se chamarmos a crise de “financeira”, sugerimos que bastatiacoo- car o capital financeiro nos trilhos, organizado dentro dos moldes das necesi- dade do capital produtivo e industrial, para que voltdssemos ao bom e velho ae a de antigamente, Portanto, poderfamos acabar com a cise Unless ive eae pas se percebermos que a crise nioé ft, fat sete anos ue co ait esfera nio vai resolver ° problema. De © a0 longo desse Petiodo essas ie = com a faléncia de bancos Gmriaes ‘mercado, fazendo as dlvidas aun ttuicdes vém colocando mais dinheito Mata indsttia © os bancos,¢ de O problema néo se reduz2 harm SSP de pene ee renee a além daquilo que pode ser visto a olho# Que fara cei tica Marx algo tio poderoso e instigante cia Os ela ns Pa, dei ema 20 10MB° Conttétio do que © capitalism de € Pen: b nian ji década de 1999 quando o neoliberalismo® «1 teltoe ' We se Faz ese Mot “ultrapassa, < Propagandistas do sistema afirmava™ is Sada ver maig vivo, Senn STiS® atual mostrou que 0 diagn6st “40 efeitos positivos da crise. Aliés m4 Scanned with CamScanner Jangamento do Primeitg Ie e Vol eG, é ta para Engels, Marx dizia ode ry mn 6g - dialética na cabeca mesmo doe a ia tBu fia ; ue acontecera agora, 4 hid dea de crise estrutural do cap Viner ital na jd Harvey Obra de pwid Mary, « * Om py O capital no resolve sug Ctise in 7 i dito anterior € € con, como foi dito antes rmente, Pata Tesolver ts Striament Fas efnitivamente sua telacdo com ¢ trabalho aac ail tela que eisai de ser capital. Portanto, no pode Assalatiadg, ue as, ic ‘ eso] » 80 Fazer jy contradigao de fundo, e as crises Continuam, ne de ino, Modo defini locadas geograficamente, como afirma David — es pod aie i muito interessante, O pais mais afetado No inicio da cri Hf Pon Que ju conseguiu' se apoiar no crescimento dos chamados Tise, Os Estados Unidos, 2China, mas também o Brasil, Para aos CMergentes, em POUCOS reverter 6 quad it inve € os Estados Unido: Quadro, Hoje 9 movimento se inverteu, os Estados Uni : 0 Fetomam taxas razodveis cimento do PIB, enquanto os EMmergentes, em especial a China, desaceleram ou entram em recess4o, como o Brasil. Esses Mmovimentos munis tém a fungéo de contornar provisoriamente a queda da taxa de lucroe de socializar sperdas,distibuindo 0 peso das divide ds pases masts pan pug mas pobrs. A dificuldade para o capital atualmente, de todo modo, é que a crise & to profunda que os velhos instrumentos politics néo conseguem resohéh. Nemo simples deslocamento geogréfico parece ser capar de proporconar uma ‘ilugéo de longo prazo. E preciso que o capital se reinvente ~¢ isso é muito fei. Quando uma crise é superficial, asaida estéem um rearanjo igs Bs quando é mais profunda, “estructural”, ao capital tem de SaaS Strutura Capitalista, mas que permita uma nova etapa de a ted k Por exemplo, o que aconteceu entreas décadas de a eae de rin- ae A ie muito profunda. A supra eh tenes te «00 Ponto de vista politico — al licos € um toyg eRe Social-democrata, uma politica so of a AR a Special I de gastos pabli ick ja, além de yh *icipacéo do Estado na economia, rt ade peso Pecisg Paises inteiros e matou cerca de 50 mil wo ci : ter um n0 Pata que o capital pudesse se reinventar ¢ Scanned with CamScanner jacdo desttuidora ; A criagao -Engels: Marx 154 | Curso livre . Neste momento 1970 ¢ 1980. Voltay decadas de ital teré novamente de se... 84, funda, € 0 capital le se Tiny rasse ab a8 so, que du sao, que e estrutural pro! is ver uma ct - ual, bem como de agées go: stica e intelectual, ber de ages socia: da criagéo art Sem Espago no capitalismo Jucrativos * iam nos anos 1990 em Funcio do reBux0 do Eseap As ONGs surgirarh nha de ser ocupado socialmente, Isso acy deixouabero Um er fale, surgido na feinvenlo capitalise, eet cceu porque 0 it 1950, também chamado keynesiano, ¢ que fia enue as dlcads de 1990 dos, sade, educacfo, transporte e Mihai civ, nos pases vidas publicas cescentes. Na verdade, quand, fine wets oad en arteando a fog de trabalho para diminuir goes clevar o mais-valor dos capitalistas. No ena, orecuo do Estado também correspondeu a uma neces de deamplirocspago da valorizago do capital no contexto da cite sana tal qu se armava ja partir dos anos 1970. Quando o Estado repasou ga, "servis" pao setor privado,entraram em cena as ONGs. Evidentnens cl sf funciona para o sistema capitalist, contribuindo para sua epee 40. Por isso, nao vio revolucionar nada, ao contrério: na melhor das hipéte. ses, podem ajudar o capital a continuar se acumulando. Quanto & criagao artistica e intelectual, volugio Industrial do século XIX, a ciéncia se em ciéncia aplicada, em engenharia. Os conhe: ou nfo ter aplicacao no processo produtivo. Contudo, Marx também percebia a existéncia de artistas atuando de forma ci i ritica, em um espago de liberdade ue 0 capital, por ser contraditério, nao consegue acambarcar. Esses espagts a de Tesisténcia da arte alternativa, Mas isso nao impede que a maior parte -" hit ee O espaco da ctiagao, hoje, é pautado pela neces beso do at oie, Pe ee 8 proprietérios consigam, na luta pela distr si parte dagu global estudada no Livro III de O capita, captura Fa ilo : ‘Se nao produairam nem fizeram produzir. Marx afirmou que, com a Re converteu em forea produtiv, ccimentos néo podem ser init Scanned with CamScanner agunda metade do Séculy gles, de “economics” ist , o valor de troca tem que ee Pretens incencional do valor de toca gS Antes, na €conomig smith jé distinguia o Valor de i adoxo: comparando 9 diam, uso enorme, mas que seu us i a um valor de uso muieg fan le toca ¢ bing ty fagaits mas tem um valor de ttoca inctiveln lia dica que valor de uso ¢ Valor de troca a roan te Por, ie nao se determinam MUtuamente co Coal Marx parte dessa ideia de Smit = 7 "\ cor relagio a0 que 0s economistas anteriores dises hae co valor de troca, até mais do que ie dialética dentro da merca v Ante co, c doria, N; troca, essa o ig seexternaliza e aparece como Posicao das mercadori interna} Meeaderg quet trocar um objeto, =i las tr tle no tem valor de uso Psa pa ae guem quer compré-los porém, tem um yl lor que vender urn +xim, poder comprar algo que tenha valor uso, £ ena, troca, houvesse uma ciséo, e cada uma das mercadori valor de uso e valor, sé manifestassem uma das d sto inicial, Marx desdobra Outras oposigées ¢ cis6 imercadoria e 0 dinheito e, por fim, trbalho eo dinheito que 0 capital forma social central, “ontradicdes, 5, Coma a que existe ene que existe entre a mercadoraforga de aga a cla como salitio, Essa ima é que define o sistema capitalista e todas as sua demas Asbatteiras do capital a continua 4 ras externas pal © capital precisa destruir todas as a res nes *ancando ¢ se acumulando, mas impée para sis de bare ier’ “ontradicio que © constitui. Um dos aa a wos por Marx é a famosa queda da veda bs agi ae 6et do Livro ILI de O capital. Essa qr ania do cpith ti de am dencial da composicio 8 dogg Atmento tenden do Livro Ide O capital. Scanned with CamScanner Engel ‘Acriagao destruidora Eng ivee Marx 156 Caso livre “ seu progress0; 0 capital tema tendéncig com “ ‘ Sub, Demodo| agi meios de producao, 0 bir feonped Vivo por equip, slo de Te pet concorréncia, 0s capitalists precisam req, Pag, to. Afinal, 1 i Luzi 1 modernos que permitem aum jpamentos roduzem equi lentay entio int ia tape balho e, ao mesmo tempo, demitir trabalhadores, Sig 2, nda gue os empress capialistasfarem,aalepady iy, éy ‘reali On icia do capital € aumentar a producao demitings aia as produrci valor para o capital? Com a demissan adres gem a qual o capital obtém valor ¢ excedente d, lores, a dos trahn® tral le valoy bal. : : "dining Noentamo capital a cada ver maior —em méquinas em eqyt i em materia prima -, porém menor naquilo que realmente em * que éa forca de trabalho. E contraditério. js nt tia © Valo Essa tendéncia & demisséo em massa mostra o as capital. Chega a um ponto em que a taxa de lucro entra dé mais para sobreviver com aquele valor téo baixo. O conjugada a dimensio do investimento, ou seja, capitalista com relagao a outro. Se o consumo caem, €0 dinheito nio circula, Peto contradi £m queda, até au, tig Problema & WE ela ees do consumo Produtiyo dew final € 0 consy, calva rere MO Produtive nao hé onde investir, $4 s bate © capital continuamente levanta para si, as que Sto dy Descrigéo do capital em Manifesto Comunista e superacio do capital it beta al ; 8 capitalistas decidam ao- Pel capital dos taba on deen 2 € 0 moviment dase Dafa imports » Sesempregado, Portines Pregados etc prnitae 0 1g brum: dos textos Politicos de Marx, como o Manifesto Cr 2M 0 diapn gers Os textos eco, mi ate capital na ICO di Problem, n©micos so fundamentais, pot! few Pretende ie a de base do Sistema, mas nao 0 esgot Vai cri. teori: ae j0 We Vai cri 0Va situaeg 2% Sobre a tevolugio. E a revoluv Scanned with CamScanner aS C, capitalisme "San | is, ia o valor, o maj somo ficatia © 6 WS-Valop Cs Por definig4o, nao haverig mai ~ her a ada di ie pol gireramente sobre o mundy qe i ‘i iss, itdade para que pudéssemos imaginas Ex; Pita Mats n, wt m«oda sociedade, Pois uma Provisg 9. tum ey dingy? on Mas es© excedente No teria a forma fe Ventuais Son mics, tit ¢ propria a uma sociedade em Que as wee! + Porque nga eee : : sfetas sons eo a presenca da propriedade dos Melos de rd ob Pd els a 8 excedente seria de Ptoduto imediatam - Eo um Mundo 4 F gopriedade privada. Ou seja, a Producio ficatian S0tial, nd med os produtos do trabalho seriam imediatamente en dtl mane ‘ eapitalismo, S40 apropriados imediatamente Pelo tee ica * ite sua troca por outros produtos Privados é r Preto media privada que esté por trés do conceito de “fetiche” dos. Ey Marx, No mundo pés-capitalista, nao haveria mediacio: a th cae dita, 0 trabalho apareceria de modo imedi. ‘ 540 social seria c ra ‘atamente social. Mary dia, iso, que essa sociedade seria “transparente”, os Mercados paralelos na reproducao do capital No tempo de Marx, a importancia desses mercados era bem menot do quehoje. Ele escreveu artigos de jornal sobre a Guerra do Opio, por exemplo, ue envolveu a India e a China sob o patrocinio inglés. Mas esse confito ‘eeuma importincia mais politica, enquanto, hoje, esse tipo de comérco & vil para a reproducdo do capital em escala planetiria Isso tudo demons “P&t0 contraditério do capital, que se apresenta sempre como uma “Toa “tlhadora™. Desde 0 Manifesto Comunista, Marx indiou 64 la 12 *anco da civilizagio” do capital, que, a0 mesmo tempo, ee tbitie, conforme formulado muito tempo depois por Walter Be ache Mhecida sua tese de que “Nunca hé um documento da cultura que 50 tempo, um documento da barbie”. y 4 Portanto, o capital atua sempre em dois sentidos a “ma forca “civilizadora” e a0 mesmo tempo com sos — presente destruidors. A di 0 ™ da Noguia Bo Ne el Lawy, sedi (erad. Wat Walter Benjamin: aviso de incéndio (cra tempo, 10. 2005), col, Marxismo e Literatur P-7 Scanned with CamScanner Marx-Engels: A criagio destruidora surso livre 158 | Curso , 0 capital. Além disso, esses mercag, nso Pe onatituert etl e2pa08. te: ca de drogas, armas nls a taxa de lucro é muito alta © pode infuen bey ct a nda cada ver mas bax. S40 espacos disuncionay er taxa média, que an ue vemos também nesse movimento da emigracg Mey, te funcionais. £0 41 rincipalmente. Ela se divide entre barrar go Muy, dial para a Europe, im uma parte deles permanecerd na clan, ann ¢ deixé-los a Ir < salicios mais baixos, reduzindo os custos ¢ nla te i ds pat BteplO capt contraditério, « fee uc i Pa deseruigio € fu ital encongy 4 Consumismo A transformacéo do consumo em consumismo maisavangada do capitalismo no século XX, uma situac Marx cita no capitulo 1 de O capital, mas que é uma XX, que tem que ver com a necessidade de diminuir 0 metcadorias. A obsolescéncia nio € uma questéo técnica, Constituiu um eye 40 que confitmag que forma tipica do sia fempo de vida iil dy rar mais, € sim econémica, que forca sempre a comp: de engenharia, & programada para que as pessoas queirara , sempre renovando os mercados em que o capital é “reali Forca de trabalho e capital pitalismo, deve ser enfatinalo ctia valor, pelo simples fato de que o capital é valor, a forca de trabalho, ; : trabalhador po fi Por seu turno, nao é valor, tem valor.0 Sst capacidades de trabalho que Pode vender no mercado pa ° alo, ist valor para Comprar outras metcadorias, O vat telagao social, na m atributo material, como o eso, nem umé obter, com iss 6 assim, uma Ser institufda Pp © como dispand;, “ PEndio d. - depend de seres humanos, de 4 a 3S especificas, oa a0 » um produto de trabalho “a rgia, e sim por outra relacio an E ue colocados dentro de formas Scanned with CamScanner Ke ymulagao Primitiya do Capi, Jorge , Peeae a hy Para elucidar Ss¢ Ponty». Pitti | mbrar que a Palavra ye em wt Por, | Pee “original”, Q « “M40 bo atte dy nulagao i Tiginal” a, May "org copia, pata a Biblia, para ee a fosem obrigados a sair q 4th aa como ruptura com a Matuteza, OQ. 'PtUta g. om, Orig OP ey * OS 56, Mal mane We eso expulsos do Paraiso, A ‘9 tain, humane tog eth ara Marx, quando a Propriedade Privage te com 3 fats qe pede 0 controle Sobre 9 ; 2 tom “tun, ine) est ‘ re 9 'Sttumenty de pre el fom " " até entio tinha a posse do meio dk Prod i hh, i Steet etna repente fica s6 com sua forca de taba? "eta inser th Esse € um primeiro aspec ied nO ee to da acumulaciy org ata Sobre i a Um segundo ASPecto é que €85e processo ge er umacontecimento isolado no do, na otige Mente nig g do século XVI, por cxemplo. Ele se te © em escala = Mandate, inlicado no capfeulo 23 do Lives de O capital, Ou gaa Pe ~ cone capital, mais consegue arranc 't Sea, quanto mai aF Os trabalhadores de sei ‘ ios ee as arancar meios de producao mcs de rodusig *S mios do trbalhador. Mai 1 omper ovinculo original e criat uma cisge Original, forcando 9 trabalhadora vende, sua forca de trabalho no mercado, Alienasao e ideologia “Alienacao” € 0 movimento pelo qual as telagbes soci te “M registro marcado Pelo “pecado original que Hose pia Proptiedade e da Possibilidade de o trabalhador se a reir U trabalho, Na verdade, a palavra “alienacio’ ia He sic itidica, Tefetindo-se a venda ou doagao etc. de ay Isp deat ts fimo e ‘40% 0 seguiu, mas alterando o Ea Ihador se reconhera n0 Petda radical da propriedade, impedindo a a 2 producto do muni Poduto do Seu trabalho e se realize por ele. a a ‘propre Eh Pn i ey as Sb condigges alheas ao produto, ee wi i wnsio. Essa “alienacio” de base i nq reo Seis seis, correspandendo, de certa mane £0 ei pt nel cethe canee que gera um Scanned with CamScanner Uma pessoa alienada nig ~ vn ao menos nao individualmeye ®t go camber condisoes * Mcomo a transposiea0 dessa situacs ree para muda © code ser define usada por Marx, de fato, apengt8 poser okt POUT expressio USAT Fr erindo-se aos jovens gg’ ioc sam em 1845. Descreve a formas rento scr olen! a egitimar um estado de coisas ady, prio sistema 0 forma, para construjy ‘0. Trata-se de mecanismos inconsg; m a desigualdade profunda ¢ cat 01 ARX, Karl, Q 18 de brumédrio de Luts Bonaparte. Trad. Nélio Schneider, * Boitempo 2011. (Colegao Marx-Engels.) eas ; ; {tica, Livro I: 50 de produge day © “Apital: critica da economia politica, Livro I: O proces lecio Marx: pital. Trad, Rubens Enderle, Sao Paulo, Boitempo, 2013. (Coles i) Scanned with CamScanner 162 | Curs® livre Marx-Engels: Actiage | 0 capital: Critica mia politica, Livro II: O py culagio 40 capital. Trad. $40 Paulo, Boit Ocess0 (Colegio Marx-Engels.) empo, 7 manuscritos econdmicos de 1857-1858. Esb MK, Duayer (coord.), Sao Paulo's d % » Boiten, Pe, da econo! Rubens Enderle, . Grundrisse: cada economia politica. Trad. Mario 2011. (Colegao Marx-Engels.) MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunis i tt 5 Boitempo, 1998. (Colegao Marx-Engels.) nista. Trad, Alvato p, RICARDO, David. Princtpios de economia politica e de trib utacdo. Po, em Calouste Gulbenkian, 2002. SMITH, Adam. A rit be , . A riqueza das nagées, livro 1 Curitil > . Curitiba, Jurua, > » 2006. A riqueza das nagées, livro UI: a renda da terra Curitib: itiba, Jurud, » 2007, ma, Scanned with CamScanner

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