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A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO
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A PREMISSA DA EXPIAÇÃO
“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte
de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela
sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por
nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação”
(Romanos 5:10-11).
Esse é o único lugar no Novo Testamento em que se vê a palavra inglesa
atone¬ment (expiação), e mesmo aí a palavra grega assim traduzida é a
forma substantiva do verbo que se traduz “reconciliado” duas vezes no
versículo 10, de modo que talvez a melhor tradução aí teria sido
“reconciliação”. No Antigo Testamento, a palavra inglesa atone¬ment
aparece mais de setenta vezes, e é a tradução da palavra hebraica kaphar.
Essa mesma palavra hebraica é também traduzida “reconciliar”,
“reconciliação”, “ser misericordioso”, “purificar”, “pacificar”, “apaziguar” e
“absolver”, o que dá uma idéia geral do que se quer dizer com a palavra. A
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Embora reconheçamos que esse sentido tenha a ver com uma expiação
típica, porém deve-se também reconhecer que o propósito da
representação apontava para o propósito da expiação verdadeira, e assim
esse sentido é importante aqui. Seu propósito era “fazer expiação” pela
alma, e assim se não cumprisse esse propósito, não era expiação. Por
isso, Hebreus 2:17 diz acerca da verdadeira expiação de Cristo: “Por isso
convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os
pecados do povo”.
O texto com o qual começamos esta seção revela muito mais sobre o que
é a expiação e o que ela faz. Note as seguintes coisas nessa passagem:
(1). Tem relação com alguns que no passado haviam sido inimigos, mas
que agora estão reconciliados. (2). Realizou-se a reconciliação “pela morte
de seu Filho”, e não por qualquer coisa que o homem pudesse fazer, pois
foi realizada enquanto ainda éramos inimigos de Deus. (3). O resultado
dessa reconciliação é que aqueles que são reconciliados com Deus serão
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salvos pela vida de Cristo; isto é, ser-lhes-á imputada a vida justa dEle. (4).
Não só é essa reconciliação realizada pela morte de Cristo, mas é também
recebida mediante Cristo, de modo que o homem não fez nada em parte
alguma da expiação, mas é totalmente obra de Deus. 2 Coríntios 5:18-19
dá prova disso: “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo
mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é,
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando
os seus pecados; e pós em nós a palavra da reconciliação”. O único lugar
em que há ações humanas nesse assunto é no serviço que o homem
presta depois de sua salvação. Nessas passagens, é evidente que a
expiação de Cristo é a obra redentiva de Deus em favor do homem
pecador. Portanto, J. M. Pendleton define a expiação como segue:
É óbvio que a expiação é aquilo que conserta um dano, dá satisfação, faz
reparação. Com essa perspectiva da importância do termo, vamos
considerar a expiação de Cristo. O que é? É a expiação do pecado
mediante a satisfação prestada à lei e justiça de Deus mediante a
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possibilitará, sem violar Sua própria natureza, que Deus perdoe o pecador.
— T. T. Shields, The Doctrines of Grace (As Doutrinas da Graça), p. 98.
Pub¬lisher, sem data.
Não dá para compreender de modo correto o sentido da expiação, a não
ser que a vejamos como evidência do amor inigualável de Deus por nós,
conforme está escrito: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o
dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele
te daria água viva” (João 4:10). A expiação não é baseada em qualquer
coisa vista ou antevista no homem, mas exclusivamente nos propósitos de
Deus e Seu amor por suas criaturas indignas. A expiação significa que o
coração de amor de Deus estava tão cheio que Ele pagou o preço supremo
para que Ele pudesse reconciliar consigo aqueles que eram feios, indignos
e até indesejados de Seu amor. “Mas Deus prova o seu amor para
conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”
(Romanos 5:8). Quem pode sondar o amor de Deus? “Ninguém tem maior
amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João
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no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados
dantes cometidos, sob a paciência de Deus” (Romanos 3:25). “E sobre a
arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais
coisas não falaremos agora particularmente” (Hebreus 9:5). Nesses dois
textos, a palavra “propiciação” e “propiciatório” são ambas traduções da
palavra grega hilasterion, uma palavra de importância semelhante à
palavra hilasmos acima.
O último texto é importante nesse assunto porque mostra que o
propiciatório no Tabernáculo e Templo tinha o significado típico de
prefigurar a obra redentiva de Cristo numa de suas fases. Mas o
tabernáculo era muito mais do que só o propiciatório. Assim também a obra
redentiva de Cristo é muito mais do que só a propiciação. Se compararmos
esses quatro textos, conseguiremos entender melhor o que essa palavra
quer dizer. Note: (1). Que todas essas palavras tinham a ver com o
pecado. (2). Que a propiciação é a provisão de Deus para o pecado. (3).
Que Deus nos proveu propiciação por causa de seu amor por nós. (4). Que
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pago nas mãos da justiça em favor deles; daí, as Escrituras dizem que eles
estão redimidos, ou comprados a Deus por seu sangue (Apocalipse 5:9). 2.
…Que a remissão por Cristo é um livramento de tudo isso. É uma remissão
do pecado; de todas as iniqüidades, originais e reais (Salmo 130:8. Tito
2:14), da justiça vingadora, por causa do pecado; da culpa do pecado… 3.
Que a remissão por Cristo é tal livramento, libertando as pessoas
completamente; os que estão mortos para o pecado mediante Cristo são
libertos do poder condenador dela, e de seu domínio e tirania; e embora
ainda não libertos da sua existência; mas, em pouco tempo, serão. — Body
of Div¬inity (Corpo da Divindade), Book VI, ch. I, pp. 456, 457. Turner
Lassetter, Atlanta, 1950,
III. A EXTENSÃO DA EXPIAÇÃO.
A perspectiva correta da extensão da expiação é necessariamente decidida
pelo fato de se temos uma perspectiva correta acerca do significado da
expiação, pois se alguém crê que a expiação é um sacrifício que foi feito
por todo membro da raça caída de Adão, então no próprio sentido da
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palavra reconciliação, ele tem que crer que todos serão salvos finalmente,
ou então terá dificuldade de escapar dos argumentos dos universalistas.
Não desejamos que nos entendam mal nessa questão; certamente cremos
que um sacrifício adequado foi oferecido por Cristo para pagar pela
redenção de todo pecador que já se arrependeu ou que irá se arrepender e
confiar em Cristo. Também não cremos que terão pecadores que
desejarão ser salvos, mas que não poderão, por não ter sangue suficiente
derramado para sua redenção. Mas em concordância com a maioria dos
batistas eruditos do passado, cremos que a expiação foi particular, isto é,
que o sangue de Cristo foi derramado com indivíduos particulares em
mente que receberiam a obra redentiva de Cristo. David Benedict, o
historiador batista do passado, cuja confiabilidade de sua história jamais foi
questionada pela maioria dos batistas, escrevendo em 1813 diz:
Houve diferentes compreensões acerca da doutrina da expiação. As
antigas igrejas de modo bem uniforme sustentavam que essa doutrina era
particular, isto é, que Cristo morreu somente pelos eleitos, e que em seu
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sofrimento assombroso, pelo qual não houve respeito algum, e pelo qual
nenhuma provisão foi feita a ninguém mais da arruinada raça de Adão.
Essa doutrina era chamada de calvinismo estrito ou plano de Gillite.
Contudo, sempre houve alguns que achavam esse ensino forte demais
para engolir. Mesmo assim, esses irmãos, não reconhecendo qualquer
mérito na criatura, e sustentando que a salvação era somente pela graça,
eram denominados arminianos, pois achava-se que não poderia haver
meio termo entre os sistemas de João de Genebra e Tiago de Amsterdã.
— General History of The Baptist Denomination (História Geral das
Denominações Batistas), Vol. 2, p. 456. Manning and Loring, Boston, 1813.
Continuando, ele mostra que muitos desertaram o calvinismo modificado
de Andrew Fuller no começo do século dezenove. Contudo, até mesmo
esse calvinismo modificado de Andrew Fuller, conforme é apresentado em
sua obra Gospel Worthy of all Acceptation (Evangelho Digno de Toda a
Aceitação), é forte demais em seu tratamento da questão da expiação para
a maioria dos batistas modernos, e muitos o difamariam como
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preconceito nessa questão até que Deus em Sua graça revelou a verdade
a ele. Muitas pessoas dizem, da extensão da expiação: “Olha, creio na
frase ‘Quem quer que’, ao que dizemos de coração: ‘Amém’”, mas isso não
toca na principal questão aqui, pois as Escrituras representam o homem
natural como sendo incapaz de querer aquilo que é bom pelas seguintes
razões: (1). Ele está em escravidão a Satanás (2 Timóteo 2:25 26), e dessa
escravidão só Deus em Sua graça pode resgatá-lo. (2). Ele é totalmente
depravado, e não pode fazer bem algum (Romanos 3:9 12). (3). As coisas
espirituais são tolice para ele, e assim ele as rejeita totalmente, até que a
graça mude a atitude dele (1 Coríntios 2:14). (4). Ele não pode se sujeitar à
lei de Deus, nem pode agradar a Deus enquanto sua natureza carnal o
controla (Romanos 8:7 8). Não só isso, mas (5). As Escrituras declaram
que até mesmo as pessoas mais religiosas da terra por natureza não
conseguem ir até ele, para que ele lhes dê vida, conforme está escrito em
João 5:40, e assim o homem não tem desejo algum de ser salvo.
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modo que os fatos das Escrituras nos compelem a crer que quando se faz
a expiação, é também aplicada, e o perdão é garantido, e se não houver
perdão, então obviamente não houve expiação por esse indivíduo.
Alexander Carson bem diz:
Há muitos que reivindicam pela expiação de Cristo. Mas o fato é que eles a
negam tanto quanto os opositores públicos. Eles supõem que é uma
expiação condicional, eficaz apenas para aqueles que cumprem certos
termos. É evidente, porém, que uma expiação condicional não é expiação
no devido sentido da palavra; pois uma expiação tem de expiar os
pecados, exatamente como um pagamento cancela uma dívida. Onde,
então, houve uma expiação real, nunca mais se poderão punir os pecados
já expiados, assim como também não se cobra uma segunda vez uma
dívida já paga. Seria injusto da parte de Deus cobrar a dívida na conta do
homem, uma dívida que foi inteiramente paga pelp fiador do homem. Pode-
se alegar que um homem pode pagar as dívidas de outro homem sob
certas condições; e que se essas condições não forem cumpridas, a dívida
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ainda poderá ser cobrada do devedor. Mas é evidente que, em tal caso, a
garantia realmente não paga a dívida até que se cumpram as condições,
ou se ele a pagou condicionalmente, ele é reembolsado antes que seja
cobrada do devedor. Em todo caso assim, a dívida não é realmente paga.
Mas Jesus pagou a dívida. Ele já fez expiação; e se aqueles pelos quais
ele morreu não são absolvidos, a dívida é cobrada uma segunda vez. Ele
jamais poderá ser reembolsado. — The Doctrine of the Atonement (A
Doutrina da Expiação), pp. 94 95. Edward H. Fletcher, New York, 1853.
Aqueles que defendem uma expiação geral sem dúvida têm essa posição
porque acham que estão lutando por uma esperança e certeza maior de
salvação para todos os homens, porém se a expiação for geral o suficiente
para incluir qualquer pessoa que não for salva no final, então é uma
expiação falsa, pois de fato não faz expiação alguma por eles. Preferimos
acreditar que Cristo morreu para redimir cada um daqueles que o Pai Lhe
deu na aliança da redenção, e que, como conseqüência disso, todos eles
certamente serão levados a se arrepender, confiar e ser salvos. Não
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A EXPIAÇÃO PROPOSTA
Tendo considerado as premissas básicas envolvidas na definição da
expiação, é-nos agora conveniente voltar à eternidade passada e
considerar a intenção original da expiação, e ver como a sabedoria divina
se revelou na expiação do começo ao fim. Samuel Baird bem disse que:
Seria tolice ou loucura extrema um indivíduo gastar suor e dinheiro na
construção de uma vasta e complicada obra mecânica sem ter
estabelecido antecipadamente a função específica que essa obra deverá
realizar. Poderia se fazer a mesma cobrança de uma situação em que
alguém tivesse um propósito em vista e procedesse, sem considerar
cuidadosamente como adaptar seus meios para a finalidade proposta; ou
se ele fizesse um plano conveniente e o colocasse nas mãos de um
superintendente, enquanto operários individuais tivessem permissão de
agir de modo independente desse plano, e usar tais materiais e obra para
tal modelo conforme achassem melhor ou gostassem... Esses princípios se
aplicam às obras de Deus, bem como às obras dos homens. — The Elohim
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o tempo. Contudo, se isso é verdade, então nada tem a ver com o homem,
e torna óbvio que o homem não foi uma das partes que fez a aliança
original. Portanto, ele não teve parte alguma no momento de determinar os
termos da aliança. Em outras palavras, essa aliança era horizontal — entre
a Trindade de Deus — e não vertical — entre Deus e o homem. John Gill
define uma aliança de Deus assim:
Uma aliança, quando atribuída a Deus, é muitas vezes nada mais do que
uma mera promessa (Isaías 59:21). Daí lemos de alianças da promessa,
ou alianças promissórias (Efésios 2:12), e, aliás, a aliança da graça, com
respeito aos eleitos, nada mais é do que uma promessa gratuita de vida
eterna e salvação mediante Jesus Cristo, a qual inclui todas as outras
promessas de bênçãos de graça consigo: “E esta é a promessa que ele
nos fez [a grandiosa promessa abrangente]: a vida eterna” (1 João 2:25), e
que é absoluta e incondicional, com respeito a eles; quaisquer que sejam
as condições que essa aliança tenha, cabe só a Cristo a realização; ele e
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A EXPIAÇÃO PREFIGURADA
“Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como
ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo
(grego: tupos = tipo) que tinha visto” (Atos 7:44). “Os quais servem de
exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi
avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze
tudo conforme o modelo (grego: tupos = tipo) que no monte se te mostrou”
(Hebreus 8:5).
Esses dois textos salientam o fato de que o tabernáculo era um tipo das
coisas celestiais, que foram reveladas a Moisés para que ele as copiasse.
A importância desses tipos está implícita em que durante a construção do
tabernáculo Moisés era constantemente admoestado a restringir-se
completamente ao modelo. Apenas em Êxodo capítulos 39 e 40 faz-se
referência dezesseis vezes a eles fazendo coisas “como o Senhor tinha
ordenado a Moisés”, ou uma declaração equivalente. A razão para essa
precisão quanto ao modo como cada coisa era feita e usada não é difícil de
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mesmo modo como muitos hoje nada vêem na adoração a não ser sua
forma exterior, porém há pouca dúvida de que muitos tinham um
discernimento espiritual por meio do qual eles entendiam a importância
espiritual dessas coisas. Afinal, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento
declaram que ninguém entende as coisas espirituais mediante seus
capacidades intelectuais, mas apenas conforme o Senhor lhe revela
(Deuteronômio 29:4; Isaías 29:10; Romanos 11:7?10; 1 Coríntios 2:12?14).
Assim tudo depende, não na base da capacidade intelectual do homem,
mas em vez disso nas revelações de Deus e no discernimento que Ele dá
ao homem.
Em vista do fato de que a revelação que Deus deu de Si mesmo é uma
revelação progressiva, é inteiramente natural supor que as revelações mais
antigas seriam mais simples e mais visíveis do que as revelações mais
complexas que vieram mais tarde. É a esse fato que nos referimos ao falar
da prefiguração da expiação; a verdade da redenção foi representada de
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sacrifícios que o homem fez dos quais temos registro são quando Caim e
Abel trouxeram seus sacrifícios ao Senhor (Gênesis 4), mas o ato de imolar
animais a fim de se fazer vestes de pele para Adão e Eva em Gênesis 3:21
era, como dissemos antes, um ensino da expiação de sangue. Essa foi,
assim cremos, a fonte de conhecimento que, em grande parte, Caim e Abel
tinham acerca da adoração; eles haviam aprendido com seus pais a adorar
a Deus por meio de um sacrifício sanguinoso, mas Caim, como tantas
pessoas hoje, não queria confessar que precisava de um sacrifício
expiatório, e assim trouxe uma oferta de gratidão das obras de suas
próprias mãos. A instituição original do sistema sacrificial era de Deus, e
tinha como objetivo servir de símbolo até que se cumprisse em Cristo.
Presumo que o rito sacrificial foi ordenado por Deus logo após a queda do
homem. Lemos que Abel ofereceu a Deus um sacrifício mais excelente do
que Caim. Ele colocou no altar um dos primogênitos de seu rebanho. Ele
se aproximou de Deus por meio de sangue. Abraão ofereceu sacrifícios, e
Jó fez a mesma coisa. No monte Sinai, houve um aumento do sistema
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A oferta de alimento era a oferta de farinha assada num dos vários modos,
mas na medida em que era sem sangue, não tem relação direta com a
expiação. Contudo, conforme declara a citação acima do Dr. Haldeman,
apresenta a humanidade sem pecado de Jesus, e essa foi uma base
necessária para Sua expiação vicária, pois nenhuma pessoa pecadora
poderia ter morrido vicariamente na cruz.
A oferta de alimento… apresenta, de um modo bem distinto, “o Homem
Cristo Jesus”. Como a oferta queimada tipifica Cristo na morte, a oferta de
alimento O tipifica na vida. Em nenhum dos dois casos há a questão de se
levar pecados… Mas na oferta de alimentos, não há nem mesmo a
questão de derramamento de sangue. Vemos simplesmente, nessa
situação, um lindo tipo de Cristo conforme Ele viveu, andou e serviu aqui
na terra. — C. H. MacIntosh, Notes On Leviticus (Notas acerca de
Levítico), p. 48. Fleming H. Revell, Chicago, 1877.
Jesus muitas vezes se referia a Si como o “pão da vida” (João
6:27,32?33,35,48?58), e por outras declarações semelhantes. O fato de
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que a oferta de alimentos devia ser sem fermento (Levítico 2:11) descrevia
a ausência de pecado em Jesus, pois Ele “se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus” (Hebreus 9:14), e Ele era “imaculado” (1 Pedro 1:19). A
colocação de óleo na oferta de alimento tipificava a unção de Jesus com o
Espírito Santo (Mateus 3:16; Atos 10:38; Hebreus 1:9; Isaías 61:1). Todas
essas características eram necessárias para provar que Jesus era ideal
para ser o sacrifício expiatório para os pecados do homem.
Levítico 3 apresenta a oferta de sacrifício pacífico, que descreve mais o
resultado da obra expiatória de Cristo do que a própria obra. A oferta
poderia ser um macho ou fêmea, ou um boi, ovelha ou bode, mas tinha de
ser sem mancha. O ofertante tinha de se associar a essa oferta colocando
sua mão sobre a cabeça dela, então depois que a oferta era feita tanto o
ofertante quanto o sacerdote recebiam uma parte do animal para comer. I.
M. Haldeman diz:
Sua característica peculiar é que o ofertante e o sacerdote cada um
recebia uma parte dela. Devia ser comida diante do Senhor. Comer diante
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Poderia-se dizer muito mais acerca das ofertas no Antigo Testamento, mas
isso tomaria muito tempo e espaço, e nosso interesse principal é mostrar
que essas ofertas prefiguravam a obra redentiva de Cristo, e cremos que já
mostramos esse fato suficientemente. Portanto, passamos a notar:
II. A EXPIAÇÃO PREFIGURADA NOS CULTOS.
Com isso queremos dizer que todos os utensílios, materiais e pessoas
envolvidas na adoração do tabernáculo de algum modo tipificavam a obra
redentiva do Senhor Jesus Cristo. É a isso que se refere Salmo 29:9
quando diz, “…no seu templo cada um fala da sua glória”, que também
pode ser traduzido: “…todo pedaço do templo expressa glória”. A palavra
“glória” é usada acerca da obra redentiva de Cristo em Romanos 9:22-24:
“E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu
poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a
perdição; Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória
nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, Os quais
somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas
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ali que os sacrifícios eram trazidos para serem oferecidos pelos pecados;
aí era feita a oferta queimada; Êxodo 27:1-8 a descreve. Esse altar era
feito de tábuas cobertas de cobre; o cobre simboliza o juízo enquanto as
tábuas simbolizam a humanidade do Senhor Jesus; assim, o cobre
simboliza Jesus levando o juízo do pecado em Seu próprio corpo na
madeira da cruz. I. M. Haldeman diz:
O Altar de Cobre permanecia diante da entrada do Tabernáculo. A Cruz de
Cristo permanece diante da entrada do Céu. Só com o sangue do Altar de
Cobre poderia se entrar no Tabernáculo. Só por meio da cruz como um
altar de sacrifício alguém pode entrar no superior Tabernáculo Santo, no
próprio Céu… Assim como uma tentativa de passar pelo Altar de Cobre
sem ter uma vítima sacrificial ali seria zombar desse Altar, assim também
qualquer tentativa de desprezar a Cruz como o Altar de um sacrifício penal,
e todo esforço para se aproximar de Deus com palavras meramente boas
elogiando a vida bela de Cristo, zombaria terrivelmente de Sua cruz e
poderia bem fazer recair a indignação e o anátema de Deus. —
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no Dia da Expiação que era guardado a cada ano. Era quadrado, como era
o altar de cobre, que fala de universalidade, e assim tinha um simbolismo
tão extenso quanto tinha o Altar de Cobre. Portanto, esse altar simbolizava
o Deus-homem em Seu estado glorificado no céu, não só como os
sacrifícios expiatórios, mas também como Aquele que fazia constante
intercessão pelos santos. O incenso fala de oração e louvor (Salmo 141:2;
Apocalipse 5:8), e Cristo como mediador ora por eles, mas apenas eles, os
quais estão incluídos na expiação (João 17:9). Mas a conexão desse altar
com o Altar de Cobre — o sacrifício era oferecido no Altar de Cobre, mas o
sangue era aplicado ao Altar de Incenso, e o fogo do Altar de Incenso era
tirado do Altar de Cobre (Levítico 16:12?13) — mostra que não se pode
separar a obra da mediação de Cristo de Sua obra expiatória. Depois de
citar Hebreus 9: 24, I. M. Haldeman diz:
Aqui está a verdade gloriosa — Ele está no Céu como o representante do
crente. Assim como Ele o representou na cruz e sofreu por ele, assim
também Ele está no Céu vivendo por ele. Assim como Ele se fez o pecado
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para frisar que Cristo guardava a lei de modo perfeito em Sua humanidade
(Salmo 40:6-8; João 6:38; 8:29).
O Propiciatório cobria a Arca, e é sempre associado com a Arca. Era feito
totalmente de ouro: assim como era o Candelabro, essas duas peças eram
as únicas duas peças da mobília que eram exclusivamente de ouro. Essa
totalidade de ouro fala de deidade pura. O Propiciatório, sendo uma
cobertura da Arca e tudo o que ela continha, fala de expiação, pois o
sentido raiz da palavra hebraica traduzida “expiar” é “cobrir”. Em Hebreus
9:5 se menciona o propiciatório, e a palavra grega é hilasterion, que é
usada também em Romanos 3:25 acerca de Cristo como o sacrifício
expiatório. Em 1 João 2:2 e 4:10, uma forma levemente diferente da
palavra é utilizada (grego hilasmon), que vê Cristo como o próprio
sacrifício. O Propiciatório era onde Deus prometia se encontrar com os
israelitas (Êxodo 25:22); era a habitação de Deus (Salmo 80:1); e Seu
trono (Salmo 99:1); mas era um trono aspergido com sangue, e o único
lugar em que um homem pecador poderia se encontrar com Deus; era um
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anuais que o Senhor havia ordenado que Israel guardasse; daí temos de
considerar:
III. A EXPIAÇÃO PREFIGURADA NOS SÁBADOS.
Essas festas são declaradas e delineadas em Levítico 23, e se contarmos
os Sábados semanais, vemos que Israel tinha oito “dias santos”. Este
capítulo é bem duro com aqueles legalistas que dizem que o sétimo dia da
semana é o único sábado, pois vemos vários exemplos em que dois dias
consecutivos eram chamados de Sábado, e em que no curso de doze dias
poderia haver cinco dias chamados de Sábado. No sétimo mês dos
calendários judaicos vemos no mínimo oito Sábados, ou uma média de
dois por semana. Temos de nos lembrar de que os judeus guardavam o
mês lunar de vinte oito dias cada, e eles tinham seu próprio jeito de findar o
ano de modo que ocorresse bem de acordo com a rotação solar. Há muitos
Sábados diferentes no Antigo Testamento. B. H. Carroll os enumera como
segue:
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A EXPIAÇÃO COMPRADA
Até este ponto em nosso estudo, vimos lidando com a Expiação a partir de
um foco no tempo além do próprio cumprimento dessa grande obra, mas
nossa meta agora é considerar o próprio cumprimento de todos os
propósitos, promessas e prefigurações dessa obra durante as épocas. A
realização da Expiação foi exatamente no tempo certo, de acordo com o
programa de Deus, pois muitas vezes vemos, no início da vida e ministério
de Jesus, as palavras “Sua hora ainda não havia chegado”, mas a medida
em que a Páscoa final em Sua vida terrena se aproximava, lemos: “Ora,
antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora
de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que
estavam no mundo, amou-os até o fim” (João 13:1). E de novo: “Mas, vindo
a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido
sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a
adoção de filhos” (Gálatas 4:4-5).
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entender o que tudo estava envolvido quando João disse: “No dia seguinte
João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo” (João 1:29); ou o que o próprio Jesus quis dizer
quando disse: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mateus
20:28). Bastaria a palavra “resgate” para provocar muitos pensamentos
profundos no judeu pensativo. R. W. Dale declara explicitamente:
Para um judeu um resgate era o dinheiro que um homem pagava para
recuperar a posse de sua herança quando ele a tinha deixado (Levítico
25:25 27); era o preço que ele pagava quando ele comprava a liberdade de
qualquer pessoa que era “um dos seus parentes” que havia se tornado
escravo de um estrangeiro (Levítico 25:47 49); era o que ele dava em troca
pela vida do primogênito de um animal impuro com o qual ele queria ficar,
e que a lei exigia que ele ou redimisse ou destruísse (Números 18:15;
Êxodo 13:13; 34:20); era os cinco siclos que ele tinha de pagar pela vida
de seu filho primogênito (Números 18:16); era o meio siclo que todo
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pecados cometidos por aqueles que estavam sob a antiga aliança das
obras; de nenhum outro modo eles poderiam se tornar participantes de
promessas melhores. Ele estava cônscio da necessidade disso desde o
começo, pois Ele veio para dar Sua vida “em resgate de muitos” (Mateus
20:28). Muitos textos falam do sofrimento e morte vicária — substitutiva —
de Jesus no lugar dos pecadores, e com isso mostram que Ele realizou
essa expiação; as palavras “redimir”, “redenção” e “resgate” são muitas
vezes usadas para mostrar o aspecto comercial disso, que Ele operou uma
expiação comprada.
O ofício de Jesus como pastor do rebanho também salienta Sua obra
expiatória, pois está escrito: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua
vida pelas ovelhas. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu
conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ninguém ma tira de mim,
mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar
a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10:11,15,18). Sua
obra expiatória é realizada como substituição pelos eleitos, pois Ele
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espontaneamente e por direito) viessem até Ele; de modo que a justiça não
só tivesse direito de cobrar dEle, mas também tivesse de aceitar
compensação trazida diretamente por Ele. Que Cristo, quando mediador na
Sua humanidade, não estava preso à lei, por alguma necessidade natural,
já vimos. Dá para se provar de modo abundante a necessidade absoluta de
espontaneidade em Seus sofrimentos. — Samuel Baird, The Elohim
Revealed (A Revelação de Elohim), p. 605. Lindsay and Blakiston,
Philadelphia, 1860.
Com Sua vida e morte extraordinária, Cristo realizou o que a mente do
homem não poderia imaginar, muito menos realizar; a expiação é um
empreendimento divino do começo ao fim. Alexander Carson bem diz:
O homem tem feito muitos esquemas de justiça, mas a expiação de Cristo
é o plano de justiça de Deus. Todos os esquemas de justiça que o homem
inventou foram edificados em cima da lei, mas o plano de justiça de Deus é
sem a lei. Embora esse plano satisfaça a lei, porém a lei não contém
cláusula alguma para esse plano, que está completamente além da lei. A
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em quem quer que se ache, e assim até mesmo os eleitos têm de ser
declarados debaixo de Sua ira até o fato de ser reconciliados com Ele; para
preservar a justiça de Deus, a expiação tem de ser para Deus e para o
homem. J. M. Pendleton diz:
Todas as teorias que ensinam que os aspectos da expiação de Cristo são
para o homem e não para Deus virtualmente negam a justiça e santidade
de Deus. A perspectiva correta é que a expiação tem referência tanto a
Deus quanto ao homem. Sua influência salvadora chega até o homem
porque seu mérito propiciatório primeiramente alcança o trono de Deus. É
perda de tempo, pois, falar sobre o que a expiação pode fazer ao homem,
a menos que faça algo pelo governo de Deus. Isso é tão óbvio que aqueles
que dizem que a morte de Cristo não afeta as ações divinas para com os
homens, mas só afeta os homens para com as ações divinas, geralmente
negam que sua morte foi, em qualquer sentido das palavras, um sacrifício
vicário. Não crendo que o Deus de justiça precisava de propiciação a fim
de desviar Sua ira santa dos culpados, eles não conseguem acreditar que
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9:14). “Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos
pecados, está assentado à destra de Deus” (Hebreus 10:12). “E andai em
amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós,
em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Efésios 5:2)
Não só isso, mas o fato de Jesus ser um mediador é evidência da mesma
coisa, pois “o medianeiro não o é de um só” (Gálatas 3:20), mas de dois.
Se tudo o que era necessário era a reconciliação do homem com Deus,
então um mediador não teria sido necessário, pois então bastaria um
mensageiro para cumprir a tarefa, dizendo ao homem que jamais houve
um rompimento de sua comunhão com Deus, e que tudo o que era
necessário era que ele voltasse para Deus. Jesus sendo o mediador de
uma nova aliança (Hebreus 8:6; 9:15; 12:24), é evidência que a expiação
era tanto para Deus quanto para o homem.
II. CRISTOU COMPROU A EXPIAÇÃO NA CRUZ.
Não era possível que Cristo redimisse o homem mediante Seus ensinos
maravilhosos, nem pela Sua vida sem paralelo, nem mesmo que Ele se
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Novo Testamento essa palavra tem referência a uma cruz literal; quase
sempre se refere em vez disso à obra expiatória de Cristo que foi realizada
na cruz do Calvário.
A cruz foi preordenada como o instrumento da morte de Cristo desde o
próprio começo, pois Deus mandou: “Quando também em alguém houver
pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro,
O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás
no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus” (Deuteronômio
21:22-23). E o cumprimento dessa profecia vem declarado em Gálatas
3:13: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós;
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”.
Assim uma das partes principais da expiação era Cristo tomando nosso
lugar e levando nossa maldição, pois não seria a nossa posição se não
fôssemos pecadores “dignos do juízo de morte” (Deuteronômio 21:23).
O grande ato de condescendência de Cristo ao ir para a cruz vem descrito
em Filipenses 2:6-8: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por
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confiam em suas próprias obras, e que vêem como casos perdidos os que
têm menos moralidade e religiosidade do que eles mesmos. Para todos os
propósitos práticos eles rejeitam a obra redentiva de Cristo, muitas vezes
protestando que tal plano gracioso de salvação seria, de fato, uma defesa
para com o pecado. Paulo teve de se deparar com a mesma objeção em
sua época, pois havia então os que objetavam que a graça incentivava os
homens a pecar (veja Romanos 3:8). Alguns haviam dito que se onde
abundava o pecado, a graça abundava ainda mais, então os homens
deviam pecar mais para que a graça abundasse mais (Romanos 6:1). Tal é
o raciocínio dos homens que pensam que eles são suficientes em si
mesmos sem a obra expiatória de Cristo. Para eles, a obra da cruz de
Cristo não é tão valiosa quanto as próprias obras deles.
A importância da obra de Cristo na cruz é percebida em que obteve
remissão de pecados para muitos, conforme Jesus disse na instituição da
Ceia Memorial: “E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo:
Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo
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paradoxos: o Criador sendo morto por Suas criaturas, mas essa morte era
parte integral do plano de Deus, e necessária para a redenção do homem.
A morte de Jesus na cruz foi um sacrifício expiatório, conforme está escrito:
“Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos,
sob a paciência de Deus” (Romanos 3:25). “Por isso convinha que em tudo
fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo
sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo”
(Hebreus 2:17). “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não
somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 João 2:2).
“Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que
ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos
pecados” (1 João 4:10)
A palavra propiciação significa um meio de tornar favorável. Já vimos que a
morte de Cristo não comprou o amor de Deus por nós. Não converteu ódio
em seu oposto. Mas a morte de Cristo foi um meio de tornar Deus
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Evangelho de João), Vol. II, pp. 221 222. Zondervan Publishing House,
Grand Rapids, Michigan, 1968.
Temos de apenas considerar todos os textos que lidam com a expiação
para ver que a transação foi obra exclusiva do Senhor; o homem só
contribuiu com o pecado. Ele deu “a sua vida em resgate de muitos”
(Mateus 20:28); Ele “deu a Sua vida pelas ovelhas” (João 10:15); Ele
“morreu a seu tempo pelos ímpios” (Romanos 5:6); Ele “se entregou a si
mesmo por mim” (Gálatas 2:20); Ele “foi feito maldição por nós” (Gálatas
3:13); Ele “se deu a si mesmo em preço de redenção por todos” (1 Timóteo
2:6); Ele “padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para
levar-nos a Deus” (1 Pedro 3:18); “Ele deu a sua vida por nós” (1 João
3:16), etc.
Que Cristo estava sozinho nessa transação é óbvio quando consideramos
que todos os eleitos dos primeiros quatro mil anos da história do mundo já
haviam morrido quando Cristo foi para a cruz, e todos os eleitos dos
próximos dois mil anos não haviam ainda nascido quando ocorreu a
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tem nascido (indicativo perfeito passivo, que indica um fato passado com
conseqüências que continuam até o presente) de Deus”. O mesmo
princípio se aplica aos tempos gramaticais de “crer” e “nascer” em João
1:12 13: o primeiro é tempo verbal presente, mas o segundo é tempo
verbal passado.
A fé em si é dom de Deus, conforme muitos textos nos dizem, e é
conseqüência do novo nascimento, e não sua causa, de modo que de novo
é óbvio que o homem não tem nenhuma parte na realização ou aplicação
da expiação de Cristo. Essa realidade é dura para o orgulho e vaidade
natural do homem, o que explica o motivo por que é uma verdade tão difícil
de receber, mas só ao recebê-la o homem pode prestar a Deus a glória
que Lhe é devida. Veja o Capítulo 9, sobre a Fé.
Mas a obra redentiva de Cristo está completa também no sentido de que é
eternamente eficaz, pois está escrito: “Porque com uma só oblação
aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hebreus 10:14). Com
isso não se quer dizer que as pessoas salvas são automaticamente
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A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO
A palavra “expiação” ocorre só uma vez na versão do Rei Tiago em o Novo
Testamento. Vide Romanos 5:11. Aqui está uma tradução de “katallage”.
Este substantivo grego ocorre em três outras passagens: uma vez em
Romanos 11:15, onde está traduzido “reconciliando”; uma vez em 2
Coríntios 5:18, onde está traduzido “reconciliação” e uma vez no verso
seguinte, onde outra vez está traduzido “reconciliação”.
O verbo grego “katallasso”, correspondente ao nome “katallage”, acha-se
também em 2 Coríntios 5:18,19; em Romanos 5:10 e 1 Coríntios 7:11. Em
cada um destes casos está traduzido para significar “reconciliar”.
Segundo o uso do grego, a palavra “expiação” pode ser usada tanto da
provisão da base objetiva de salvação, na qual temos uma expiação
potencial, como da realização atual da salvação, na qual temos uma
expiação atual na aplicação dos benefícios da morte de Cristo e a oferenda
do Seu sangue no templo celestial.
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Esta idéia sustenta em comum com ambas as primeiras que o pecado não
traz culpa que deva ser removida: não é a culpa senão a prática do pecado
que impede a salvação. A morte de Cristo foi somente uma exibição de
amor para abrandar o coração do homem e leva-lo ao arrependimento. “Os
sofrimentos foram necessários, não para remover um obstáculo ao perdão
de pecadores que existe na mente de Deus senão para convencer os
pecadores de que não existe tal obstáculo” (Strong).
(4). A idéia de depravação gradualmente extirpada.
Esta idéia está definida por Strong como segue:
“Cristo tomou a natureza humana como ela estava em Adão, não antes
mas depois da queda, - a natureza humana, portanto, com a corrupção
nata e predisposta para o mal moral; que, não obstante a possessão desta
natureza inquinada e depravada, Cristo, pelo poder do Espírito Santo, ou
de Sua divina natureza, não só guardou Sua natureza humana de se
manifestar em pecado atual ou pessoal, mas purificou-a gradualmente, por
meio de luta e sofrimento até que na Sua morte Ele extirpou
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Tudo das falsas idéias a que temos dado especial atenção nega que haja
qualquer obstáculo que seja em a natureza de Deus ao perdão dos
pecadores. O entrave supõe-se ser todo ele de parte do pecador. O
sofrimento de Cristo não foi em nenhum sentido uma satisfação de
qualquer princípio em a natureza divina.
Assim estas idéias negam, logicamente, a santidade e justiça de Deus.
Elas representam Deus como sendo somente amor. A ira retribuitiva contra
o pecado não é elemento da natureza divina.
Que essa idéias são falsas em respeito à idéia da natureza divina suprida
por elas é evidente de Romanos 3:25,26. Aqui se nos diz que Deus
estabeleceu a Jesus Cristo não simplesmente como uma exibição cênica
do seu ódio contra o pecado para servir às exigências do Seu governo;
nem como um exemplo de abnegada devoção ao dever; nem como
simples manifestação de amor através do sofrimento do Criador com a
criatura; nem ainda como o meio de purificação subjetiva da natureza
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humana senão como cobertura do pecado (pela expiação), que Sua justiça
não fosse impugnada na justificação de homens pecadores.
B. A verdade quanto à natureza da Lei.
Tudo das falsas idéias de expiação a que temos dado especial atenção
representa a Lei de Deus como uma indicação puramente arbitrária que
pode ser relaxada parcial ou totalmente à vontade em vez de uma
revelação da natureza de Deus com nenhuma possibilidade mais de
mudança nos seus requisitos do que há de mudanças em a natureza de
Deus. Ela requer um olho por um olho e um dente por um dente; requer
que toda transgressão e desobediência deve receber uma justa
recompensa de prêmio. Hebreus 2:2. Toda idéia da expiação que for
correta deve reconhecer isto.
C. A verdade quanto à culpa do pecado.
Que essas falsas idéias sob consideração negam que o pecado nos
envolve em culpa objetiva que exige expiação. As passagens seguintes
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ensinam que ele envolve: João 3:36; Romanos 1:18; 2:5,6; 3:19; 6:23;
Gálatas 3:10; Efésios 5:5,6; Colossenses 3:5,6; Apocalipse 20:13.
D. A verdade quanto à natureza substitucionária da expiação.
As passagens seguintes mostram que o sofrimento de Cristo foi um
substituto do sofrimento que os crentes suportariam no inferno:
“Seguramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas
dores levou sobre Si; nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e
oprimido. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se
desviava pelo seu caminho. Porém o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade
de nós todos” (Isaías 53:4-6).
“... sendo justificados livremente pela Sua graça, pela redenção que está
em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para ser uma propiciação, pela fé no
Seu sangue, para demonstração da Sua justiça, pela remissão dos
pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para a demonstração
da Sua justiça, pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
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“Aquele que não conheceu pecado. Fê-lo pecado por nós, para que nEle
fossemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). Nós nos tornamos
justiça de Deus em Cristo, não por meio de qualquer influência moral da
morte de Cristo sobre nós, mas pela imputação a nós da justiça através da
fé sem as obras.
“... Cristo entregou-Se por nós, em oferta e sacrifício a Deus ...” (Efésios
5:2)
“... ofereceu para sempre um sacrifício pelos pecados” (Hebreus 10:12).
“Porque Cristo também sofreu pelos pecados uma vez, o justo pelos
injustos, para que nos trouxesse a Deus ...” (I Pedro 3:18).
E. A verdade quanto aos aspectos redentores e resgatadores da expiação.
Notai as seguintes passagens:
“O Filho do homem não veio para ser ministrado, mas a ministrar e dar Sua
vida em resgate por muitos” (Mateus 20:28).
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“Mas dEle sois vós em Cristo Jesus, que nos foi feito sabedoria de Deus,
justiça e santificação e redenção.” (1 Coríntios 1:30).
“Cristo nos redimiu da maldição da Lei, fazendo-Se maldição por nós”
(Gálatas 3:13).
“Deus propôs Seu Filho ... para que redimisse os que estavam sob a Lei ”
(Gálatas 4:4,5).
“... em Quem temos redenção por Seu sangue, o perdão de nossos delitos,
segundo as riquezas de Sua graça” (Efésios 1:7).
“... que Se deu em resgate por todos” (1 Timóteo 2:6).
“... que Se deu a Si mesmo por nós para que nos redimisse de toda a
iniqüidade” (Tito 2:14).
“... pelo Seu próprio sangue entrou uma vez por todas no lugar santo,
tendo obtido redenção eterna” (Hebreus 9:12).
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maldição por nós. Ele pagou a penalidade que nós devíamos. Por essa
razão vamos livres.
Notai que “resgate”em 1Timóteo 2:6 significa “um preço correspondente”.
Isto quer dizer que o preço saldado por Cristo correspondeu à dívida que
devíamos. Em outras palavras, Cristo sofreu o equivalente exato daquilo
que teriam de sofrer no inferno aqueles por quem Ele padeceu. Se a justiça
de Deus exigiu que Cristo morresse para que Deus justificasse pecadores,
a mesma justiça exigiu que Ele pague a penalidade toda devida pelos
pecadores. A justiça tanto pode arcar com toda a penalidade como tão
facilmente arcar com a mínima parte dela.
“Porque Deus tomar como satisfação o que realmente não é tal é dizer que
não há verdade em nada. Deus pode tomar a parte pelo todo; o erro pela
verdade, o erro pelo acertado ... Se toda a coisa criada oferecida a Deus
vale justamente tanto como Deus a aceita, então o sangue de touros e
bodes podia tirar pecados e Cristo está morto em vão” (Hodge, Syst. Theol.
2:573-81; 3:188-9).
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“Deus não mandou Cristo ao inferno para sempre, mas Ele pôs na punição
de Cristo o equivalente disso. Ainda que Ele não deu a Cristo beber o
inferno atual de crentes, contudo deu-Lhe um quid pro quo – algo
equivalente disso. Ele tomou o copo da agonia de Cristo e nele botou
sofrimento, miséria e angústia ... o que foi o equivalente exato de todo o
sofrimento, toda a desgraça e todas as torturas eternas de todo aquele que
por fim estará no céu, comprado com o sangue de Cristo” (Spurgeon,
Sermões, Vol. 4, pág. 217).
“A penalidade paga por Cristo é estrita e literalmente equivalente à que o
pecador teria de levar, conquanto não seja idêntica. O porte vicário dela
exclui a última” (Shedd, Discourses and Essays, pág. 307).
“A substituição exclui identidade de sofrimento; não exclui equivalência”
(Strong, Systematic Theology, pág. 420).
Algumas vezes os oponentes à natureza resgatadora e redentora da morte
de Cristo perguntam a quem foi pago o preço. E eles um tanto
sarcasticamente lembram-nos que alguns se apressaram em dizer que foi
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pago ao diabo. Não, não foi pago ao diabo; como uma transação
comercial, não foi pago a ninguém. Os termos são figurativos. Mas o
resultado é o mesmo como se a transação fora de natureza comercial. O
preço é a penalidade exigida pela justiça de Deus.
Adotamos, portanto, como a verdadeira idéia da natureza da expiação,
uma idéia que combina as teorias comercial e ética como estão descritas
por Strong. Da teoria comercial aceitamos a idéia expressa em 1 Timóteo
2:6 – o pagamento de um preço correspondente ou equivalente. E, da
teoria ética, aceitamos o fato que não foram a honra e a majestade divinas
que exigiram a expiação, segundo afirma a idéia comercial, mas os
princípios éticos da santidade e justiça de Deus.
III. A EXPIAÇÃO E A DEIDADE DE CRISTO
Objeta-se algumas vezes que Cristo não podia ter sofrido em poucas horas
o equivalente do sofrimento eterno do pecador no inferno, mas esta
objeção deixa de tomar em consideração o fato que Cristo era divino e,
portanto, infinito em habilidade para sofrer. Ele disse que nenhum homem
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podia tomar-Lhe a vida; que dEle mesmo a daria. Tendo o poder, portanto
de reter Sua vida, à vontade, Ele a reteve através de tamanha intensidade
de sofrimento que Ele tragou as últimas feses do veneno do inferno por
todos aqueles a serem salvos por Ele. O que pecadores crentes teriam
sofrido extensivamente, por serem finitos, Cristo sofreu intensivamente, por
ser infinito. Um homem com uma constituição dez vezes tão forte como a
que o homem médio pode sofrer em um segundo o equivalente de tudo
que o homem mediano pode sofrer em dez. Correspondentemente um ser
infinito pode suportar qualquer porção de sofrimento num tempo tão breve
quanto lhe apraza faze-lo.
IV. A EXPIAÇÃO E A HUMANIDADE DE CRISTO
Enquanto foi necessário que Cristo seja divino para suportar numas poucas
horas o sofrimento eterno devido a pecadores crentes, também foi
necessário que Ele seja humano para suportar o equivalente daquilo que
os seres humanos são para aturar no inferno.
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pecamos em Adão, sendo nossa natureza uma com ele. Romanos 5:12. Se
a culpa fosse imputada sem corrupção, então a Lei exigiu a morte de
Cristo, porque Ele teve uma natureza humana; mas a idéia que Ele morreu
em qualquer sentido para Si mesmo é totalmente estranha à Escritura. Ele
em toda a parte se descreve e se apresenta sem nenhuma culpa de Si
mesmo, mas como levando a culpa dos outros. Se Lhe foi imputada culpa
pelo pecado adâmico, como necessariamente era o caso se esta culpa é
imputada a todo descendente de Adão à parte de corrupção, então Ele
conheceu pecado, mas a Escritura diz que Ele não conheceu pecado.
2. A TEORIA DE UMA EXPIAÇÃO GERAL.
(1) A teoria apresentada.
A teoria de uma expiação geral é que Cristo morreu para cada filho de
Adão – para um tanto como para outros (* ), removendo do caminho da
salvação de todos os homens impedimentos legais e fazendo-a
objetivamente possível a cada ouvinte do Evangelho salvar-se. Diz Strong:
“As Escrituras representam a expiação como tendo sido feita para todos os
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Outros têm imaginado que o sacrifício no Calvário foi para todos, mas que
a oferenda do sangue de Cristo no céu foi para os eleitos.
Tudo dessas afirmações dá na mesma coisa – uma expiação geral com
uma aplicação ou designio limitados. Isto cremos e esperamos provar que
é uma contradição em termos, contrária à razão, repugnamente à natureza
de Deus e não segundo uma interpretação homogênea da Escritura.
(2). A teoria desaprovada.
A. Esta teoria não provê satisfação real da justiça de Deus, ou ela envolve
a Deus na injustiça de punir aqueles para quem a justiça foi satisfeita. Eis-
aqui um dilema e cada advogado de uma expiação geral escolha a ponta
em que se pendure. Uma dessas proposições deve ser verdadeira.
A primeira proposição é, provavelmente, a que mais advogados de uma
expiação geral são logicamente forçados a aceitar. Nenhuma dúvida que
os mais deles subscreveriam a declaração que, se tivesse havido só um
pecador para salvar, teria sido necessário a Cristo ter sofrido exata e
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identicamente o que Ele padeceu. Diz Boyce: “O que Cristo precisou fazer
por um homem teria sido suficiente para todos” (Abstract of Theology, pág.
314). Diz Strong: “Cristo não precisaria de sofrer mais, se todos fossem
salvos” (Sytematic Theology, pág. 422).
Esta noção quanto ao sofrimento de Cristo é totalmente inconsistente com
a justiça. Mil pecadores no inferno, merecendo todos o mesmo grau de
punição, sofrerão mil vezes tanto como sofrerá cada um deles
individualmente. Tomará isto para satisfazer a justiça. Ficará a justiça
satisfeita agora em Cristo por todos os mil, se Cristo sofre apenas tanto
como sofreria um pecador? Em outras palavras, a justiça exige uma coisa
dos pecadores mesmos e outra de Cristo como substituto deles? É isto
exatamente o que a teoria de uma expiação geral envolve.
A teoria de uma expiação geral não satisfaz a justiça mais do que a teoria
governamental. Na morte de Cristo, segundo a teoria de uma expiação
geral, temos apenas uma exibição cênica da ira de Deus contra o pecado;
então Deus aplica, à vontade, os benefícios disto a quem queira. Noutras
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palavras, em vista do que Cristo fez, Deus relaxa a justiça rigorosa e salva
uma multidão incontável de pecadores que mereciam o inferno, para os
quais a justiça não foi atualmente satisfeita. De modo que, em vez de a
morte de Cristo proporcionar a Deus o meio de ser justo e ao mesmo
tempo salvar pecadores crentes, O habilitar a relaxar Sua justiça.
A única maneira de escapar desta última proposição é considerar o
arrependimento, a fé e a obediência dos que se salvam como completando
o que está faltando na morte de Cristo. Os arminianos podem dizer isto
(contudo alguns deles não consideram arrependimento, fé e obediência
como sendo meritórios na salvação), mas outros não podem sem render
sua crença na salvação como sendo inteiramente da graça de Deus.
Alguns podem tentar escapar ao dilema estabelecido no primeiro parágrafo
sob esta epígrafe por afirmarem que Cristo sofreu atualmente pelos
pecados de todos os homens e que os perdidos no inferno sofrerão apenas
pelo pecado de incredulidade continuada. Diversas coisas podiam ser ditas
em refutação desta idéia. (1) Deixa o pagão que não ouviu o Evangelho
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sem sofrer nada no inferno, porque nenhum homem pode ser acusado
justamente por não crer em um de quem nunca ouviu falar. Romanos
10:14. Que Deus não acusará aqueles que nunca ouvem o Evangelho do
pecado de incredulidade está claro em Romanos 2:12, que nos informa
que Deus não julgará pela Lei os que nunca ouviram a Lei. Deus os julgará
somente à luz de suas próprias consciências. Romanos 2:14,15. Alguém
deve pecar contra a luz antes de poder ser justamente punido por
desobediência. Daí, se ninguém sofrerá no inferno por qualquer pecado,
exceto o pecado de incredulidade continuada, os que nunca ouvem o
Evangelho nada terão por que pagar. (2) Todo crente era culpado do
pecado de incredulidade desde o tempo de ouvir o Evangelho até ao tempo
de o aceitar. Este pecado de incredulidade, sem dúvida, teve de ser
expiado como qualquer outro pecado. Assim Cristo sofreu pelo pecado de
incredulidade por aqueles que estão salvos. Agora, se Ele morreu por
todos, por um tanto como por outro, o que é necessário se a salvação era
para ser feita possível a todos, então Ele morreu pelo pecado de
incredulidade por todos os homens. Isto deixa a qualquer que for para o
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inferno absolutamente sem pecado algum por que sofrer. Se Cristo não
morreu pelo pecado de incredulidade de todos que o cometeram, então Ele
não morreu suficientemente para a salvação de todos. (3) A Bíblia
claramente ensina que os perdidos no inferno sofrerão por todos os seus
pecados. Romanos 2:5,6; 2 Coríntios 5:10; Efésios 5:5,6; 2 Pedro 2:9-13;
A. S. V.; Apocalipse 20:13.
B. Esta teoria é fútil, naquilo em que ela não é necessária como uma base
de qualquer fato escriturístico, dever, ou resultado, ou como prova de
qualquer verdade revelada.
(a). Não se discute que Deus estava sob a obrigação de prover redenção
por todos os homens, sem exceção, porque um argumento tal excluiria a
graça da expiação. A graça quer dizer não somente favor imerecido senão
também favor não devido. Graça e obrigação excluem-se mutuamente.
Ainda mais, se Deus foi obrigado a prover redenção por todo filho de Adão,
da mesma maneira Ele seria obrigado a dar a cada um a habilidade de
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receber essa redenção pela fé. Isto Deus não fez, segundo mostramos no
prévio capítulo sobre a eleição (*).
(b). Ademais, não era necessário que Deus provesse uma expiação geral
para fazer os homens responsáveis pela rejeição de Cristo. Os homens
rejeitam a Cristo, não por causa de uma falta de expiação para eles, mas
por causa de amarem as trevas mais do que a luz (João 3:19); por causa
de não quererem que Ele reine sobre eles (Lucas 19:14).
(c). Nem foi necessário que Cristo morresse por toda a raça adâmica para
que Deus fizesse sincera Sua chamada geral. É da noção de alguns que a
chamada geral de Deus requer de todos os homens crerem que Cristo
morreu por eles. Isto não é verdade. Os vinte e oito capítulos de Atos,
“ainda que repletos de informações sobre relações apostólicas com as
almas, não arquivam precedente algum que seja desse discurso agora
popular aos inconvertidos – Cristo morreu por vós (Sanger, Os
Redimidos)”. “Todos os homens são chamados na Escritura a crerem no
Evangelho, mas não há um caso na Escritura em que os homens são
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intimados a crer que Cristo morreu por eles.” (Carson, “The Doctrine of the
Atonement and Other Treatises”, Pag. 146).
A ilustração seguinte de “O sangue de Jesus”, por William Reid, pág. 37,
também mostra a compatibilidade de uma expiação limitada e os convites
gerais do Evangelho. Após descrever passageiros tomando um trem na
Estação de Aberdeen, Estrada de Ferro Nordeste, diz ele:
“Nem eu vi qualquer um recusando-se entrar porque o carro proveu só um
número limitado de seguir por aquele trem. Podia haver oitenta mil
habitantes na cidade e nos seus arredores, mas não haver ainda assim
alguém que falasse disso como absurdo prover acomodação só para umas
vinte pessoas porque, praticamente, descobriu-se ser suficiente...”
“Deus, na sua infinita sabedoria, fez provisão de uma espécie semelhante
para todo o nosso mundo perdido. Proveu um trem de graça para levar ao
céu tantos dos seus habitantes, a grande metrópole do universo, quantos
estão dispostos a se aproveitarem das provisões graciosas”.
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Supondo que Deus tivesse esperado até o fim antes de mandar Cristo
morrer (como Ele podia ter feito só tão facilmente como Ele esperou quatro
mil anos depois que o pecado entrou no mundo antes de mandar a Cristo),
e o tivesse então mandado para morrer por todos que tivessem crido. Teria
então sido manifesto que uma expiação limitada não oferece obstáculo a
salvação de qualquer homem que não existe já por causa da perversidade
da natureza do homem. Está claro, seguramente, a toda pessoa pensante,
que a ocorrência da morte de Cristo há dois mil anos não altera o caso,
porque Ele morreu por todos que crerem, estes tendo sido conhecidos de
Deus desde a eternidade tão completamente como serão no fim.
Insinuamos que Deus está tanto sob a obrigação de remover a inabilidade
espiritual do homem para vir a Cristo como está para prover-lhe uma
expiação. Em outras palavras, a perversidade da natureza do homem faz
sua salvação tão impossível de um ponto de vista como faz a ausência de
uma expiação.
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Mas alguns podem abrir uma exceção a isto, dizendo que, enquanto a
perversidade de natureza do homem cria uma impossibilidade moral, a
falta de expiação fornece uma impossibilidade natural. Respondemos que
isto está correto, mas a impossibilidade moral é primária e é absoluta;
portanto, a impossibilidade natural não pode fornecer nenhum entrave
mais.
(d). Também não é necessário uma expiação geral à manifestação do
amor de Deus. A provisão de uma expiação sem efeito não revelaria nada
senão um amor cego e fútil. É desta espécie de amor de Deus? Não, na
verdade, o amor de Deus é inteligente, intencionado, soberano, efetivo. O
amor redentivo de Deus está totalmente fundado dentro dEle mesmo e não
procede de modo algum de os objetos dele serem amorosos, nem porque
mereçam qualquer coisa boa de Suas mãos; logo, este amor está
inteiramente sujeito à Sua soberana vontade (Deuteronômio 10:15 ;
Romanos 9:13). Dispensar Seu favor a objetos eleitos é do seu prazer
gracioso, imanente e particular.
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deficiência dela são as mesmas; que Cristo, em nenhum sentido que seja,
morreu por qualquer que perece no inferno. A isto damos o nosso endosso
feliz e incondicional.
(2). A teoria prova
A. Argumentos de outros homens.
“Todos aqueles por quem Cristo deu a sua vida em resgate ou estão por
ela resgatados, ou não estão; que todos não estão resgatados ou remidos
do pecado, da Lei, de Satã e da segunda morte, é evidente ... Agora, se
alguns por quem Cristo deu Sua vida em resgate, não estão resgatados,
então essa absurdidade chocante ... segue ... a saber, que Cristo está
morto em vão, ou que, em última análise, Ele deu Sua vida como um
resgate em vão; pelo que será retamente concluído que Ele não deu sua
vida em resgate por todo homem individualmente” (John Gill, The Cause of
God and Truth, pág. 98).
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dizem; e ainda tão ineficiente foi Sua morte por eles que, conquanto
morreu, eles são condenados subseqüentemente. Agora, uma tal expiação
eu a desprezo, rejeitou-a. Posso ser chamado antinominiano ou calvinista
por pregar uma expiação limitada; mas eu antes crera numa expiação
limitada que é eficaz para todos os homens para quem foi intencionada do
que uma expiação universal ineficaz, salvo quando com ela se ajuntou a
vontade do homem.” (Spurgeon, Sermons, Vol. 4, pág. 218).
“Creio que a eleição elegeu os eleitos, que a presciência os pré-conheceu;
que foram “ordenados para a vida eterna” e “pré-ordenados para serem
conforme a imagem do Seu Filho”; que a redenção os remiu; que a
regeneração os regenerou; que a santificação os santifica; que a
justificação os justifica; que a conservação os conserva; que a providência
provê por eles e assim por diante até à glorificação. Daí, aqueles a serem
glorificados são aqueles pré-conhecidos e remidos. Não creio numa
redenção geral e numa glorificação especial” (J. B. Moody, Sin, Salvation,
and Service), pág. 40).
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todos. Desde que a expiação foi exigida como uma satisfação à justiça de
Deus, sua eficiência deve igualizar sua suficiência. A mesma justiça que
requer a penalidade do pecado seja paga, assim tão enfaticamente requer
que o pecado seja libertado quando o pagamento se tenha feito. Não há
absolutamente fundamento na Escritura ou na razão para se fazer uma
distinção entre a expiação e a redenção ou reconciliação, quanto ao seu
alcance ou valor. Expiação, redenção e reconciliação, todas se aplicam à
base objetiva do perdão e todas por igual se aplicam ao perdão atual.
(c). É a única teoria que dá à morte de Cristo qualquer valor argumentativo
em provar a segurança do crente. A seguinte afirmação será reconhecida,
sem dúvida, como um forte argumento da segurança do crente por todos
que crêem essa doutrina:
“Cristo, na Sua morte sobre a cruz, sofreu por todos dos pecados de todo
crente. Se o crente devera ir para o inferno, ele sofreria pelos mesmos
pecados pelos quais Cristo sofreu. Crente e Cristo estariam então pagando
pelos mesmos pecados, e Deus, ao punir dois homens pelos pecados de
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sem exceção, então Ele tem o maior amor por todo homem; e, portanto,
ama os que perecem no inferno tanto como aqueles a quem Ele salva.
Podia Cristo porventura estar satisfeito com alguns dos objetivos do Seu
maior amor no inferno?
Mais ainda, se fosse verdade que Cristo ama aqueles que perecem tanto
como os que se salvam, teriam de atribuir nossa salvação a nós mesmos
antes ao amor de Cristo.
(c). Romanos 8:32. “O que não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou
por todos nós, como não nos dará com Ele também todas as coisas?” Esta
passagem argue que o amor dom de Deus, o Seu Filho, garante todos os
dons menores. Daí se segue que Deus entregou Seu Filho a ninguém
exceto aqueles a quem Ele livremente da todas as outras bênçãos
espirituais, isto é, aqueles que crêem. Vide Efésios 1:3.
(d). Romanos 8:33,34. Estes versos dizem-nos que acusação ou
condenação não podem ser trazidos contra os eleitos; que Deus não os
acusará, porque é Ele que justifica e que Cristo não condenará, porque por
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Cremos que a palavra alude, nas duas passagens sob consideração, não a
todos os homens sem exceção, mas a todos os homens sem distinção; isto
é, a homens de todas as nações, tribos e línguas (da qual temos uma
paralela em Apocalipse 7:9); revelando que Cristo não morreu só para os
judeus senão para os gentios também, mesmo até aos confins da terra. A
razão lógica do emprego desta palavra neste sentido é dada por John Gill,
como segue: “Foi uma controvérsia agitada entre os doutores judeus se,
quando o Messias vier, os gentios, o mundo, terão qualquer benefício por
ele; a maioria estava excedendo de muito na negativa da resposta e
determinou que não teriam ... que os juízos mais severos e tremendas
calamidades lhes aconteceriam; sim, que seriam lançados no inferno no
lugar dos israelitas. Esta noção recebeu a oposição de João Batista, Cristo
e seus apóstolos e é a verdadeira razão do uso desta frase nas passagens
que falam da redenção de Cristo” (The Cause of God and Truth, pág. 66) (*
). Como um judeu típico Nicodemos pensou que Deus não amava a
ninguém fora dos judeus, mas nosso Senhor lhe disse que Deus de tal
maneira amou o mundo (gentios bem como judeus), que lhe deu o Seu
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Filho unigênito, para que quem crer nEle (gentios ou judeus) não pereça,
mas tenha a vida eterna” (Cole, Definitions of Doctrines, Vol. 1, pág. 120).
Notai outra vez o uso de “mundo” em II Coríntios 5:19, onde o “mundo” por
quem Cristo morreu foi potencialmente reconciliado por Sua morte, não é
para ter imputado seus pecados. Noutras palavras, deve receber o perdão
que Ele lhe comprou.
B. 1 Timóteo 2:6; Tito 2:11. A palavra “todos” aparece em ambas estas
passagens, mas esta palavra é usada na Escritura numa variedade de
sentidos e de nenhum modo é usada na Escritura numa variedade de
sentidos e de nenhum modo é sempre usada no absoluto. Notai uns
poucos de seus usos limitados: (1). Um grande número (Mateus 3:5; 4:24;
14:35). (2). Todas espécies e classes (Mateus 23:47; Lucas 2:10; João
12:32; Atos 13:10; Romanos 1:29; 15:14; II Tessalonicenses 2:9; 1 Timóteo
6:10). (3). Tudo com exceções manifestas (Marcos 11:30; Atos 2:46-47; 1
Coríntios 6:18; 8:32; 9:22; 10:33; Tito 1:15). (4). Todos ou cada um de uma
certa classe (Lucas 3:21; Romanos 5:18, última parte; 1 Coríntios 8:2
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todos, o que não pode ser verdadeiro de todo homem individual, porque
então nem um homem podia ser condenado e punido justamente ... É
melhor entender-se por todos os homens alguns de toda espécie ...” (John
Gill, Cause of God and Truth, pag. 51).
C. Hebreus 2:9. Não há aqui palavra para “homem” no grego. A expressão
é simplesmente “todos” ou “cada um”. No grego: “pás”. E o contexto supre
explanação quanto àqueles incluídos nesta passagem, a saber, todo filho
que Ele traz à glória. Assim, “todos” é usado aqui no quarto sentido listado
acima, isto é, todo ou cada um de uma certa classe.
D. I Timóteo 4:10. A mera provisão de salvação por todos os homens não
faz de Deus seu Salvador qualquer coisa mais do que salva-los. Isto não
satisfaz o significado de salvador se é aplicado à salvação da alma. No
grego é “soter”, que quer dizer “livrador” e “conservador”, bem como
salvador. Estamos persuadidos que este é o significado aqui. Deus livra a
todos os homens (tanto quanto Lhe apraz fazer assim) de perigos tanto
visíveis como invisíveis e os conserva em suas vidas. É assim que Ele
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