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A

LIBERDADE
DE SE
AMAR
GUIA PRÁTICO
DA AUTOESTIMA

Luana Kanitz
OLÁ,
SEGUIDEUSA!
Eu sei que aqui não é o Instagram, mas é impossível não chamar você assim. Pode ser lindeusa
também! Enfim, o que eu quero é que você saiba que você é uma deusa, certo? O que?? Como assim
você não sabe disso ainda? Mas calma, que em breve você vai saber disso e mais: reconhecer que é e
se sentir uma deusa!

Agora, antes de mais nada eu preciso te dizer uma coisa assim, logo de cara, para que você entenda:
Você foi ensinada a amar, mas amar os outros e não a si mesma.
A verdade nua e crua é que você foi ensinada a se odiar. Nós mulheres aprendemos o auto-ódio. E
com isso, nos comparamos, nos sentimos inferiores, nos autossabotamos, achamos que não somos
capazes, nem dignas das nossas conquistas e, ainda, achamos que precisamos da aprovação dos
outros.

Além disso, não somos ensinadas a ver beleza em nossos corpos, pelo contrário: somos ensinadas a
querer ter outro corpo e a estarmos constantemente insatisfeitas com a nossa aparência.

Vivemos em um mundo que não só nos ensina a nos odiarmos, como também faz com que pensemos
que a autoestima está associada à vaidade, egocentrismo e egoísmo. Distorcendo totalmente o que
realmente é autoestima e a sua importância.

Então... como se amar e ter uma boa autoestima em um mundo assim? Assim como você aprendeu a
amar os outros, você também pode aprender a se amar. É o que eu vou te mostrar neste e-book.
Aqui você vai descobrir a liberdade de se amar!

VAMOS
juntas,
deusa?
SUMÁRIO
Afinal, o que de fato é autoestima? .................................................. 3
Além da aparência: como a autoestima influencia
a minha vida ............................................................................................. 4
Sinais de baixa autoestima ................................................................ 10
Cuidar da autoestima é cuidar da saúde mental ......................... 12
10 padrões de beleza que já foram impostos ................................ 13
A verdade por trás dos padrões de beleza: além do lucro ...... 19
Cirurgias estéticas ............................................................................. 22
Autoestima na prática ........................................................................ 25
Autoconhecimento ............................................................................... 26
Autoconceito ......................................................................................... 31
Viver consciente ................................................................................... 34
Autorresponsabilidade ...................................................................... 36
Autoconfiança ...................................................................................... 38
Chega de se autossabotar .................................................................. 42
Insegurança em relacionamentos ................................................... 46
Autoaceitação ....................................................................................... 49
Fazendo as pazes com o meu corpo .................................................. 51
Chega de se comparar .......................................................................... 55
Fazendo as pazes com a minha história ......................................... 57
Autoafirmação ...................................................................................... 65
Autorrespeito ........................................................................................ 67
Aprenda a dizer não ............................................................................. 68
Como lidar com opiniões alheias e pessoas tóxicas ................ 70
Como identificar relacão, amizade e família tóxica ................ 71
Autocuidado ........................................................................................... 76
Amor próprio .......................................................................................... 79
sobre mim .................................................................................................. 82
conclusão ............................................................................................... 83
afinal, o que de fato é
autoestima
Vamos começar pela definição da palavra Autoestima: AUTO (própria) ESTIMA
(admiração, apreço, consideração, respeito, valorização. Ou seja, é admirar,
respeitar e valorizar a si próprio. Refere-se ao conjunto de sentimentos que temos
sobre nós mesmas.

Vale ressaltar que ter autoestima não é o mesmo que vaidade, ou ter ego grande e
nem ser egoísta. Muito pelo contrário: enquanto na vaidade, a pessoa se preocupa
com a validação dos outros, sente necessidade de receber elogios e ter o
reconhecimento dos outros, quem tem boa autoestima não precisa provar o seu
valor para ninguém, porque ela mesma reconhece o seu valor. E não tem
necessidade de se sentir aceita pelos outros e receber elogios para se sentir bem,
porque ela mesma se admira e sabe que isso é o suficiente, e mais do que isso, sabe
que a única pessoa que precisa aceitá-la é ela mesma. Percebe a diferença? A
verdade é que a vaidade e o ego são características de quem tem baixa autoestima.

Além disso, a pessoa com boa autoestima não é egoísta, ela se sente bem ajudando
os outros e elevando a autoestima de outras pessoas. Sim! E é por isso que me sinto
tão bem ajudando outras mulheres a se olharem com mais amor.
Já recebi mensagens de seguideusas que estão no processo de autoaceitação e
estão incentivando suas amigas a fazerem o mesmo. É uma corrente que se
multiplica. Ter autoestima é sobre ser uma mulher que levanta outras mulheres!
Incrível né?!
como a autoestima influencia
a minha vida?

A autoestima influencia os nossos sentimentos, expectativas, decisões e nossas ações.


Isso porque todos os nossos comportamentos são baseados na forma como nos vemos.
Assim, se eu sou uma pessoa com baixa autoestima e me enxergo de forma negativa,
consequentemente as minhas decisões e ações serão influenciadas por essa
negatividade. Da mesma forma, se eu tenho tenho a autoestima saudável e me enxergo
de forma positiva, as minhas decisões e ações serão impactadas de forma positiva.

Ou seja: a nossa autoestima molda a vida que construímos. Sabe aquele sonho que
você tem? A falta de autoestima pode fazer com que seja difícil de alcançá-lo.

E a autoestima não impacta somente o nosso futuro, mas o nosso presente também. Ela
influencia em todas as áreas: vida pessoal, profissional, nos relacionamentos, em
absolutamente tudo! E está diretamente relacionada a tudo que fazemos ou deixamos
de fazer por nós mesmas. A seguir vou dar alguns exemplos para você entender.

Imagine a seguinte situação: surge uma grande oportunidade para você, pense naquela
oportunidade que você gostaria muito. No entanto, se você é uma pessoa que tem baixa
autoestima e não confia em si mesma, por isso acaba não aceitando a proposta, por
medo de fracassar, por medo de dar errado e se frustrar, mesmo que seja algo que
você queira muito

Por outro lado, agora imagine que você é uma pessoa com boa autoestima, que confia
em si mesma, reconhece sua capacidade e mais do que isso, reconhece que é
merecedora dessa grande oportunidade. Você não pensa duas vezes e abraça essa
oportunidade sem medo!

Agora vamos supor uma situação mais corriqueira: você planejou um projeto para
determinada data, mas acontece um imprevisto, o projeto dá errado e não acontece na
data que você desejava. Suponhamos que você é uma pessoa com baixa autoestima.
Adivinha o que acontece? Você se culpa (mesmo que o que tenha dado errado não
esteja sob o seu controle) fica desanimada, começa a pensar que é incapaz e pensa até
mesmo em desistir.
Por outro lado, se você tem uma boa autoestima, entende que é normal falhar, não
fica se culpando, aproveita a situação para aprender algo, analisa o que precisa
mudar/melhorar e não abre mão do projeto, afinal, você sabe que consegue e que o
problema não está em você.

A autoestima também afeta diretamente o nosso trabalho, a nossa vida profissional.


Uma pessoa com baixa autoestima tem constante necessidade de aprovação no seu
trabalho, medo de rejeição, medo de fracassar, se compara com seus colegas e tem
dificuldade em receber críticas. Além disso, ela se torna desatenta às suas habilidades,
acha que não faz nada bem, é perfeccionista, não reconhece suas conquistas e passa
a procrastinar tarefas que antes ela executava sem qualquer dificuldade.

A sua falta de autoconfiança faz com que ela não consiga expressar o que pensa e
compartilhar as suas ideias, por medo de rejeição e julgamentos. Essa falta de
autoconfiança pode afetar o seu crescimento profissional, fazendo com que ela
perca grandes oportunidades.

A baixa autoestima também faz com que ela não consiga identificar um ambiente de
trabalho tóxico e reconhecer a hora de deixar esse trabalho e buscar algo novo, isso
por que ela tem medo de mudanças. Assim, ela acaba ficando, muitas vezes, presa a
um trabalho que não a faz feliz e que ainda prejudica a sua saúde mental.

Como eu havia citado, a autoestima também influencia na qualidade dos nossos


relacionamentos (e não estou falando apenas de relacionamentos amorosos, mas
todas as nossas relações). Isso porque ela afeta a nossa escolha pelo tipo de pessoa
que deixamos fazer parte da nossa vida e o que toleramos dessas pessoas. Não é à
toa que quem tem baixa autoestima muitas vezes acaba em relacionamentos
tóxicos, tanto em amizades, no trabalho e também na vida amorosa, nos quais tem
dificuldade em reconhecer que são tóxicos e em cortar relações com essas pessoas.

Por um outro lado, a insegurança de quem tem baixa autoestima pode acabar
atrapalhando relacionamentos super saudáveis, principalmente os amorosas. A sua
falta de autoconfiança pode fazer com que ela sinta que será trocada a qualquer
momento, que não é o suficiente para o(a) seu parceiro(a), e até mesmo ache que não
é digna de ser amada, já que ela mesma não se ama, então duvida do que o outro
sente por ela. Essas questões podem ter impacto negativo em um bom
relacionamento.
Como a falta
de autoestima
impactou na minha vida
A baixa autoestima sempre esteve presente na minha vida, desde a infância. Quando
eu era criança, minha mãe teve uma depressão grave e chegou a tentar desistir da
vida. Eu desenvolvi uma insegurança muito grande e uma dependência tão grande
quanto. Foi então que esse medo de perder ela desencadeou em mim o transtorno de
pânico. Em paralelo a isso, na escola eu sofria bullying e era chamada de girafa pelos
meus colegas. Isso porque eu sempre fui a mais alta da turma. Alguns anos se
passaram, eu fui crescendo e então em 2008 meu pai teve um AVC, perdendo a
memória. Felizmente, alguns meses mais tarde ele se recuperou 100% e a vida parecia
ter voltado ao normal. Engano meu.

Em 2011 ele foi diagnosticado com câncer na laringe, passou por uma traqueostomia e
teve que parar de comer, se alimentando somente por sonda. Mas, por mais crítica que
fosse a condição de saúde dele, eu sempre mantive o pensamento positivo e tinha
certeza que ele iria melhorar e iria na minha formatura do Ensino Fundamental. Foram
8 meses de luta, quimioterapia, idas e vindas do hospital, até que em um sábado, 3 dias
antes da minha formatura e uma semana antes do Natal, o telefone tocou e eu atendi:
era do hospital. Passei o telefone para a minha mãe, que me disse que ele havia
piorado e correu para o hospital. Foi então que eu ouvi o sino da igreja que o meu pai
frequentava e o meu mundo caiu naquela hora. Daquele dia em diante eu deixei de ser
a Luana cheia de esperança e que sempre pensava positivo, eu fui tomada pela raiva,
pela culpa, e disse para mim mesma que eu não merecia ser feliz.

Em paralelo a isso, eu via minhas amigas da escola com o corpo se desenvolvendo, os


peitos crescendo, e eu continuava com o mesmo corpo. Eu me sentia feia e sempre que
possível me escondia. Usava roupas largas, tentava nunca chamar atenção (porque já
bastava ser a mais alta da turma e odiava isso). Na 8ª série eu deixei de ir em um
passeio da escola para um parque aquático pra não usar biquíni na frente dos outros
e não rirem por eu “não ter peito” (era o que eu pensava na época).
Dois anos depois eu decidi tentar ingressar na carreira de modelo, como eu sempre fui
alta e magra, muitas pessoas falavam que eu devia ser modelo. Então eu entrei em
uma agência aqui de Porto Alegre, fiz book, alguns cursos e participei de uma seleção
para ingressar em agências nacionais. Eu fui selecionada para 3 agências: 1 de São
Paulo e 2 do Rio de Janeiro. Mas para fazer parte de qualquer uma dessas agências, eu
precisava perder quadril, porque eu estava 3cm acima da medida padrão. Além disso,
me falaram que eu tinha altura de modelo masculino (tenho 1,84m). Foi aí que a
pressão estética entrou com mais força na minha vida.

Eu cheguei a fazer alguns desfiles e ensaios de fotos, mas sempre trabalhos pequenos.
E quando eu percebi que para ingressar de fato na carreira de modelo e fazer
trabalhos grandes eu precisaria emagrecer ainda mais e perder quadril (o que era algo
muito difícil), eu decidi começar a participar de concursos de beleza. Para participar, fiz
dieta, academia, procedimentos para perder gordura, tomava laxante para emagrecer
mais rápido, fiz clareamento nos dentes e mudei a cor do cabelo, pois falaram que eu
teria mais chances. Mas isso não foi “nada” perto do que eu vi outras candidatas
fazendo. Muitas colocaram silicone, inclusive (que era o meu sonho na época). O último
concurso que participei foi em 2016, na semifinal do Miss Rio Grande do Sul, depois
disso senti que era hora de parar. Na época, eu ainda estava no meu processo de luto
e ainda chorava com bastante frequência pela perda do meu pai.

Em 2017 eu realizei dois dos meus maiores sonhos: conhecer Paris e trabalhar no jornal
Zero Hora, que é o maior veículo de comunicação do Rio Grande do Sul. E nesse mesmo
ano eu tive 3 perdas: meu padrinho se suicidou. Minha melhor amiga faleceu dormindo
no mesmo dia em que eu havia estado com ela e tínhamos feito planos com ela para o
próximo fim de semana. E minha cadelinha teve cinomose, e eu tive que autorizar a
eutanásia. Ainda em 2017 eu terminei um relacionamento de 5 anos que era muito
tóxico e abalava demais minha autoestima.
No ano seguinte, em 2018, o meu ódio pelos meus peitos pequenos fez eu ir a um
cirurgião plástico fazer um orçamento e eu até comprei um sutiã cirúrgico como forma
de “motivação”. Depois disso eu fui ao banco ver um empréstimo, mas não cheguei a
fazer (ainda bem). Nesse mesmo ano eu entrei em depressão e pensei em desistir da
minha vida. Eu comecei a fazer terapia, acompanhamento com psiquiatra e ganhei um
afastamento do meu trabalho. Foi um momento complicado, mas foi ali que eu me
libertei do luto pela perda do meu pai. E a partir daí eu comecei a usar uma frase que
eu gosto muito: “depois da tempestade sempre vem o sol”. No final de 2018 eu recebi
um e-mail da faculdade sobre um edital de uma bolsa de intercâmbio e decidi me
inscrever, mas sem grandes expectativas. Eu acabei passando na 1ª etapa que era a
análise de notas e fui chamada para a entrevista final. Eu lembro que eu fiquei super
confiante na entrevista e senti que tinha chance. Eis que um dia quando eu estava no
banheiro do trabalho, recebi o e-mail com a aprovação na bolsa, eu chorei, pulei, ri, foi
uma emoção enorme.

Então em 2019 eu embarquei para Lisboa em Portugal para ficar 5 meses estudando
Ciências da Comunicação. Essa foi a maior experiência da minha vida. Eu nunca tinha
saído das “asas” da minha mãe e sempre fui muito dependente emocionalmente, então
o intercâmbio foi minha oportunidade de voar, de me aventurar e de me conhecer
melhor também. Os primeiros 4 meses foram maravilhosos, mas no último mês eu tive
muitas crises de pânico e contava os dias para voltar pra casa.

Eu retornei em janeiro de 2020, pouco antes da pandemia. Em março de 2020 eu


conheci o meu namorado no Tinder, o meu raio de sol (como eu chamo ele), porque ele
chegou para iluminar a minha vida. Mas mesmo ele ressaltando sempre que eu sou a
mulher “mais linda do mundo”, e que eu não precisava colocar silicone, esse desejo
voltou dentro de mim. Eu comecei a ver próteses e calculei quanto eu teria que juntar
todo mês para conseguir colocar. Junto a isso eu comecei a me comparar
constantemente com outras mulheres no Instagram, foi quando minha autoestima
começou a ir ladeira abaixo.
Eu chorei um dia olhando meus peitos no espelho e cheguei a ficar muitos dias sem
sequer me olhar no espelho. Eu falei pro meu namorado que eu não gostava de quem
eu era, que eu me sentia um lixo e que muitas pessoas falam que eu era luz, mas eu
sentia que essa luz tinha se apagado dentro de mim. Eu passei a me autossabotar,
não reconhecia as várias conquistas que eu tive e todas as lutas que eu tive que
enfrentar e venci. Eu me machucava como forma de me punir e decidi voltar a fazer
terapia, porque tinha medo de entrar em depressão novamente.

Foi então que eu percebi que eu precisava fazer algo pela minha autoestima. Comecei
a ler sobre, ver vídeos, estudar para realmente entender sobre a autoestima, e
coloquei em prática alguns exercícios que me ajudaram muito (e que estão aqui no e-
book).

Além disso, tomei consciência de que eu me odiava porque fui ensinada a me odiar, fui
ensinada a querer ter outro corpo e estar constantemente insatisfeita comigo. Eu
percebi que não tinha nada de errado em ter peitos pequenos e que eu nunca quis
colocar silicone por mim! Mas sim por uma pressão estética de padrões de beleza e
influência da mídia. Foi então que entrei no meu processo de autoaceitação e passei a
me olhar com outros olhos: olhos de amor, respeitando minhas singularidades e
entendendo que eu sou única, assim como você é única!

Hoje eu posso dizer com todas as letras que eu amo: amo a mulher que eu sou e não
queria estar em outro corpo!
sinais de
b a i x a autoestima
Antes de trabalhar a sua autoestima, é preciso entender quais
são os sinais, ou os sintomas de quem tem baixa autoestima:

Falta de confiança em si mesma: medo de rejeição, insegurança constante,


tem receio de falar o que pensa e expor suas ideias, pensa demais antes de
agir, dificuldade para tomar decisões, não acredita nas suas capacidades e por
consequência, tem dificuldade em atingir seus objetivos.

Autossabotagem: autocobrança excessiva, autocrítica excessiva, foca apenas


em pensamentos negativos sobre si mesma, se culpa constantemente,
procrastinação de tarefas por se sentir incapaz, medo do novo, dificuldade em
sair da zona de conforto e abraçar oportunidades por ter medo do fracasso,
não enxerga suas qualidades e não reconhece as suas conquistas.

Coloca os outros como prioridade: negligencia as próprias vontades e


necessidades, se preocupa com a saúde e o bem-estar dos outros, mas consigo
própria não, tem dificuldade em dizer não por medo de ser rejeitada.

Vitimismo: sente pena de si mesma, se coloca como vítima de sua própria


história, e muitas vezes usa isso como desculpa para não arriscar tentar algo
novo. Tem pensamentos como “tudo dá errado para mim”, “eu não mereço ser
feliz mesmo”. Hábito de enxergar o lado negativo em tudo.

Se baseia em opiniões alheias: está sempre preocupada com o que os outros


irão pensar, tenta sempre agradar os outros, tem necessidade de aprovação
por parte de outras pessoas.

10
É assim que ela acaba deixando comentários tóxicos abalarem sua autoestima,
absorvendo o que os outros falam como uma verdade, como se aqueles
comentários a definisse, e acaba também deixando pessoas tóxicas entrarem
em sua vida.

Dependência emocional: tem necessidade de atenção, não gosta da própria


companhia, sente necessidade de ter outra pessoa para realizar uma atividade,
sofre com insegurança em relacionamentos e tem pensamentos como “ele não
gosta mais de mim, ele vai me trocar a qualquer momento”.

Se sente “insuficiente”: nunca está satisfeita consigo mesma, sensação de ser


“inferior” a outras pessoas, tem pensamentos como “eu não sou boa o
bastante”, “eu não sou capaz”, “eu não faço nada bem”.

Comparações: se compara constantemente com outras pessoas, seja desde a


sua aparência, sua casa, seus bens, sua vida, suas conquistas.

Está sempre insatisfeita com a sua aparência: procura constantemente


“defeitos” em seu corpo, sente necessidade mudar a sua aparência, vê beleza
em outras mulheres mas em si mesma não, acha que precisa se encaixar em um
padrão de beleza, é facilmente influenciada pelo universo da pressão estética.
CUIDAR DA
AUTOESTIMA
É CUIDAR DA
SAÚDE MENTAL
Você sabia que a autoestima é considerado o “sistema imunológico da mente”?
Isso significa que cuidar da autoestima é cuidar também da saúde mental.
Inclusive, a autoestima pode ser considerada um indicador de como está a nossa
saúde mental.

Pesquisas da área da psicologia apontam que a autoestima está ligada


diretamente ao bem-estar psicológico. Assim, a visão negativa de si mesma é um
fator determinante para o surgimento de desequilíbrio emocional, ansiedade,
depressão, fobias, distúrbio de imagem, dismorfia corporal, entre outros
transtornos psicológicos. E como a pessoa com baixa autoestima tende a
minimizar suas necessidades e para ela, se cuidar não é uma prioridade, isso
acaba trazendo ainda mais consequências para a sua saúde mental.

Por isso, se você sofre com baixa autoestima, é fundamental procurar terapia.
Autoestima boa é sinônimo de saúde mental em dia.

COMBINADO,
DEUSA?

12
PADRÕES
DE BELEZA
X AUTOESTIMA
10 padrões de beleza que já foram impostos às mulheres

Pré-história
Na pré-história, as curvas representavam o ideal estético para as mulheres,
já que representava a fertilidade e disponibilidade de recursos.

13
Idade média V-XIV
O estilo medieval de beleza feminina incluía mãos, pernas e lábios finos, além
de seios pequenos. Para alcançar esse ideal, as mulheres amarravam os
seios desde a infância.

Renascimento XIV-XVII
No início desse período retornam os padrões de beleza da antiguidade, com o
ideal do corpo avantajado, que representava status, riqueza e ostentação.
Na imagem, Afrodite: deusa grega do amor e da beleza.
No século XV, um novo padrão surgiu incluindo um detalhe no rosto: ter uma
testa grande representava beleza e inteligência. Para isso, as mulheres
costumavam raspar o início dos cabelos ou então aplicavam uma solução
química no couro cabeludo para ficar com a testa maior.

Barroco XVII-XVIII
Nesse período o padrão mudou consideravelmente: com a criação dos espartilhos, a
sociedade passou a valorizar corpos magros, com o corpo ideal sendo composto por
cintura fina, seios e quadril grandes. Vale ressaltar que os espartilhos provocavam
desmaios frequentemente, por causa da falta de oxigênio, além de fraturas
nas costelas.
Século XX
Nos anos 20 o ideal de beleza tem novas mudanças significativas. Os espartilhos são
deixados de lado e o padrão torna-se o corpo cilíndrico: seios, cintura e quadril
deveriam ter medidas parecidas. Assim, as mulheres usavam vestidos retos, para
disfarçar suas curvas, e enrolavam faixas sobre os seios

anos 40 e 50
Entre a década de 40 e 50, os astros de Hollywood (Marilyn Monroe) se tornaram
influências de padrão de beleza, tendo como referência a sensualidade, com quadris
largos e seios fartos, evidenciados pelos sutiãs com enchimento.
anos 80 e 90
Mais tarde, entre os anos 80 e 90, o corpo ideal era o perfil de modelo, ou seja: mulheres
altas e magras. Com isso, as mulheres buscaram emagrecer excessivamente a todo
custo, resultando em casos de bulimia e anorexia.

anos 2000
Já nos anos 2000, apesar de as revistas terem continuado reforçando o biotipo de
mulheres altas e magras, os programas de TV ditaram um novo padrão: o estilo
Panicat, com corpo sarado de academia, com peitos grandes e siliconados,
bumbum grande e empinado e coxas grossas e definidas
e atualmente,
qual é o
padrão?
Eu diria que atualmente, o novo ideal de corpo vem sendo vendido para nós, não mais
em revistas ou televisão, mas sim no Instagram: o das blogueiras/influenciadoras.
Afinal, elas são as novas iscas das indústria da beleza, fazendo publi de chás
emagrecedores, gel que reduz medidas, cápsula que faz o cabelo crescer, creme que
elimina estrias e celulite, entre outros produtos “milagrosos”. Sem contar nas permutas
com clínicas de cirurgias e procedimentos estéticos, onde mora o maior perigo: elas
fazem lipoaspiração, lipoescultura, lipo hd, enxerto nos glúteos, silicone, harmonização
facial e romantizam essa mutilação como uma ida ao cabeleireiro. Fazem stories
mostrando um conto de fadas, sem dor, com recuperação rápida, falando mil
maravilhas e mesmo sabendo que irão influenciar milhares de mulheres, elas não usam
seu alcance para falar sobre os riscos.

E na verdade essas plásticas e procedimentos que moldaram o novo padrão: rosto de


harmonização facial, barriga de lipo hd, peitos de silicone e bumbum de enxerto de
gordura. Por isso é tão necessário falar sobre cirurgias plásticas estéticas (veremos no
próximo capítulo).
A VERDADE POR TRÁS
DOS PADRÕES DE BELEZA:
além do lucro
Você viu o quanto o ideal de “corpo perfeito” mudou ao longo do tempo? Qual era o
padrão de beleza na sua adolescência? Quando eu nasci o padrão era o corpo de
modelo, na minha adolescência era o corpo panicat e hoje é o das influenciadoras. Três
padrões diferentes em pouquíssimo espaço de tempo. E qual será o padrão do futuro?
Porque sim, sempre haverá um novo padrão, por mais que não consigamos visualizá-lo
assim. Por isso a autoaceitação é o único caminho para se libertar da ideia de que
precisamos nos “encaixar” e quebrar os padrões que nos cercam.

“Partes de nosso corpo que hoje admiramos com prazer serão no ano que vem
reclassificados como novas deformidades” — Naomi Wolf, “O Mito da Beleza”.

Entenda que esses padrões não foram criados para que você “se encaixe” e finalmente
se sinta bonita. Para eles, você nunca terá o corpo “ideal”. Porque é justamente isso que
eles querem: que você esteja sempre insatisfeita.

Os padrões de beleza são parte de um sistema invisível estimulado pelo patriarcado,


que tem como objetivo controlar socialmente, politicamente e economicamente as
mulheres.

Historicamente, quando as mulheres finalmente começaram a obter os seus direitos,


alcançaram o ensino superior e entraram para o mercado de trabalho, os homens
sentiram o seu poder político e econômico “ameaçado”. Assim, a pressão estética
surgiu como um mecanismo de controle para evitar a emancipação das mulheres.
Conforme Naomi Wolf, no livro “O Mito da Beleza”, para cada ação feminista há uma
reação contrária e de igual intensidade por parte dos padrões de beleza. Quanto mais
perto do poder as mulheres chegam, maiores são as exigências de sacrifício e
preocupação com o físico. A “beleza” passa a ser a condição para que a mulher dê o
próximo passo. “Vocês agora estão ricas demais, logo, nunca chegarão a estar bonitas
o suficiente.”

19
Junto a isso, as imagens que a mídia transmite como a ideia de “corpo ideal” fazem com
que as mulheres tenham sempre a sensação de valer menos do que os homens, ou de
que valem somente por sua aparência. “O que acontece com nosso corpo afeta nossa
mente. Se os corpos femininos são e sempre foram errados enquanto os masculinos
são certos, então as mulheres são erradas e os homens, certos” — Naomi Wolf, “O Mito
da Beleza”.

Quando um homem está falando, seja pessoalmente ou assistindo ele em um vídeo, nós
(homens e mulheres) normalmente prestamos atenção no que ele está falando, certo?
Agora, quando é uma mulher, nós (homens e mulheres) dirigimos nossa atenção
automaticamente à sua aparência. “A aparência das mulheres é considerada
importante, porque aquilo que dizemos não o é”.

Mas e atualmente? Quando mulheres já se tornaram empresárias, alcançaram


independência, poder intelectual, poder político? O foco principal hoje é o lucro. Quantas
empresas da indústria da beleza e cirurgiões plásticos iriam falir se hoje todas as
mulheres acordassem amando seus corpos reais?

Quantos novos produtos e procedimentos estéticos surgiram nos últimos anos? Essa
indústria lucra com nossas inseguranças, apontando defeitos em cada parte
completamente normal do nosso corpo, e então nos oferecem as “soluções” para esses
“defeitos”. E quando você parecer satisfeita com o sua aparência, novos “defeitos”
serão apontados no seu corpo e junto a isso, novas “soluções”. E assim você fica no
labirinto sem saída do auto ódio que gera lucro para essa indústria, e que quer te
empobrecer psicologicamente e economicamente, para que você fique ocupada demais
gastando o seu dinheiro com a estética, enquanto homens enriquecem.

“O ideal não pode ser feminino, porque ele não envolve a mulher, mas o dinheiro”.

“Quanto mais independentes sob o aspecto financeiro, quanto mais controle tivermos
dos acontecimentos, quanto mais instruídas e autônomas do ponto de vista sexual nós
mulheres nos tornarmos no mundo, tanto mais esgotadas, sem controle, tolas e
sexualmente inseguras querem que nos sintamos em nosso corpo” — Naomi Wolf, “O
Mito da Beleza.
Uma mulher livre,

que não segue

padrões e é feliz,

incomoda!
cirurgias
estéticas
É preciso falar sobre cirurgias plásticas estéticas. O Brasil é o país que mais realiza
esse tipo de cirurgia no mundo. E cada vez mais elas são banalizadas e romantizadas
no Instagram, através das influenciadoras. Você já tinha parado pra pensar que as
plásticas ditam o padrão de beleza atual? Com a lipo hd, o enxerto nos glúteos e o
silicone. Sem contar em procedimentos estéticos não cirúrgicos, como a
harmonização facial.

Mas o que tem de errado com a barriga, com os peitos ou com o bumbum das
mulheres? Absolutamente nada. Mas o lucro dos cirurgiões plásticos depende da sua
insatisfação e dos defeitos que são colocados no seu corpo.

“O mercado dos cirurgiões é imaginário já que não há nada de errado com o rosto
ou o corpo das mulheres que uma mudança social não pudesse curar. Por isso, os
cirurgiões, para obterem suas rendas, dependem da deformação da percepção de
si mesma e da intensificação do ódio a si mesma por parte da mulher” — Naomi
Wolf, “O Mito da Beleza".

Diferente de outras especialidades médicas, que cuidam de doenças e problemas de


saúde, os cirurgiões estéticos precisam promover uma “doença” que só pode ser
curada por ele mesmo. Eles precisam criar um universo de pacientes, onde
biologicamente não existe nenhuma.

“Médicos que tratam da saúde respeitam o corpo saudável e invadem o doente


apenas como último recurso. Os cirurgiões estéticos chamam corpos saudáveis de
doentes para poderem invadi-los.” — Naomi Wolf, “O Mito da Beleza.

22
E obviamente o maior número de pacientes são mulheres, enquanto o maior número
de cirurgiões plásticos são homens. Coincidência? Com certeza não. Tem uma frase
no Mito da Beleza que me marcou muito, ela diz: “a cirurgia estética transforma o
corpo de mulheres feitas por mulheres em mulheres feitas pela mão do homem”.

Mas Luana, e se eu quiser fazer uma cirurgia plástica por mim mesma? Você é livre!
Se você realmente for fazer por você, não por influência, não por ter ouvido de
alguém que você precisa fazer, nem para ser aceita ou se encaixar em um padrão,
siga em frente. MAS, será que você realmente quer fazer por você, será que é
realmente uma escolha sua?

Nós somos tão induzidas pelos padrões da beleza que quase sempre já o
internalizamos, ele já está no nosso inconsciente. Vou te dar o meu exemplo, eu
sempre achei que queria colocar silicone por mim, afinal ninguém nunca “mandou” eu
colocar. Mas quando eu tomei consciência e caí na real, percebi que eu fui
influenciada pela mídia a querer colocar, nunca foi uma vontade verdadeiramente
minha. Esse é o ponto!

E para te ajudar, trouxe:


5 perguntas para você se fazer antes
de realizar uma cirurgia plástica
ou procedimento estético:

1- Se não existisse essa cirurgia/procedimento, eu iria ver “defeito” e querer mudar


essa parte do meu corpo?

2- Se influenciadoras não ficassem promovendo e romantizando essa


cirurgia/procedimento, eu iria querer mudar essa parte do meu corpo?

3- Eu realmente tenho esse “defeito”, ou fui influenciada pelos padrões de beleza na


mídia a querer ter um corpo diferente do meu?

4- Estou colocando minha saúde na balança? Sei dos riscos a curto e a longo prazo?
Ou nessa balança a vaidade pesa mais que a saúde?

5- A pergunta mais importante: Eu tenho consciência de que cirurgias e


procedimentos mudam apenas a minha aparência, mas não mudam minha
autoestima, muito menos a minha vida?

É isso mesmo que você leu, uma plástica não vai mudar a sua autoestima, apenas a
sua aparência. Porque a autoestima não se resolve na mesa do cirurgião plástico!
Você pode se sentir maravilhosa nos primeiros dias ou semanas. Mas autoestima não
é só se achar linda e maravilhosa. Essa é uma parte bem pequena dentro de tudo que
a autoestima envolve.

Autoestima se constrói de dentro pra fora. E é isso que você vai aprender e
desenvolver aqui nesse e-book: a sua verdadeira autoestima!
autoestima
na prática:
os 10 pilares
da autoestima

autoconhecimento autoconceito

viver consciente autoaceitação

autorresponsabilidade

autoconfiança autoafirmação

autorrespeito autocuidado

amor próprio

25
AUTOCONHECIMENTO

Assim como você aprendeu a amar os outros, você também pode aprender a se amar.
Mas, é impossível amar quem nós não conhecemos, certo? Por isso, a base da autoestima
é o autoconhecimento. Antes de mais nada, você precisa conhecer a si mesma: saber as
suas habilidades, qualidades, seus valores, suas limitações e seus medos.

Se conhecendo, você consegue lidar melhor com os problemas, desafios e surpresas da


vida. Por exemplo, você sabe que situações podem te fazer mal, então evita essas
situações ou então lida com elas de forma mais assertiva. Um exemplo meu: eu poderia
me formar nesse semestre, mas eu me conheço o suficiente pra saber que se eu fizer o
TCC junto com a disciplina de estágio, eu não vou dar conta e vou me desgastar
mentalmente, por isso, decidi adiar um semestre. Tem vários colegas fazendo o maior
número de disciplinas possível para se formar logo, mas eu sei o que é melhor pra mim.

Outro ponto é: quando você se conhece e conhece os seus valores, está ciente do que
realmente importa para viver bem e feliz, então age de acordo com as suas prioridades.

O autoconhecimento te ajuda, ainda, a alcançar pequenas metas e grandes objetivos, já


que você conhece suas competências e como usá-las ao seu favor para trilhar o caminho
dos seus sonhos. Quando você se conhece de verdade e sabe o valor que você tem, o
horizonte se abre à sua frente.

É importante ressaltar que o autoconhecimento acompanha toda a nossa vida, afinal,


estamos constantemente nos conhecendo mais e mais, nas mais diversas situações! O
meu intercâmbio foi um período onde pude me conhecer melhor e ver muitas coisas sobre
mim que eu não sabia antes. Com o passar do tempo e com as experiências que temos
vamos descobrindo cada vez mais sobre nós mesmas, e isso é incrível!

26
CHECK-LIST DO
AUTOCONHECIMENTO

Questione-se sempre: por que me sinto assim? O que me deixa pra baixo? Quais
habilidades minhas estou esquecendo e podem me ajudar a chegar mais perto
dos meus sonhos? O que me motiva? Quais são as minhas limitações?

Esteja atenta a si mesma: se você passou por uma situação ruim, tente
identificar o que você poderia ter feito diferente, ou ainda, o que você não devia
ter aceitado para se colocar naquela situação.

Lembre-se que erros e falhas são completamente normais e você pode usá-los
para se conhecer melhor.

Explore novas experiências e hobbies: ao lidar com o novo você conhece mais
suas habilidades e os seus gostos.

Tire um tempo para si mesma: lembra quando eu disse que me conheci melhor
durante meu intercâmbio? Eu estava sozinha, por isso ter minha própria
companhia serviu para eu me conhecer melhor. Tenha momentos consigo
mesma, se possível, faça um passei ou uma viagem sozinha. Eu garanto: é
libertador!
AUTOCONHECIMENTO
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 1:
Qual a origem da minha baixa autoestima?

Como eu disse, não podemos amar quem não conhecemos, certo? Por isso,
para resgatar o seu amor próprio, antes é preciso conhecer o que afeta a
sua Autoestima.

É alguma parte do seu corpo que você não gosta? Você acha que está fora
do "padrão"? Você se compara com outras mulheres? É algo que aconteceu
no seu passado, e você se culpa e não consegue se perdoar? Você passou por
alguma situação/recebeu algum comentário na família, na escola, ou em
relacionamento, que prejudicou a sua Autoestima e que se refletem até hoje?
Você se autossabota e acha que não é capaz de conquistar o que você
deseja? Não consegue reconhecer suas qualidades e vive achando defeitos
em si mesma?

Escreva em um papel absolutamente tudo que você acha que afeta sua
autoestima, ou use o espaço abaixo.
AUTOCONHECIMENTO
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 2:
Escreva em um papel 10 qualidades e habilidades suas que você reconheça e
admire.

Ah, as qualidades vale sobre tudo: sobre a sua personalidade, sobre a sua
aparência. Pense com carinho.

No mesmo papel escreva de 5 a 10 limitações suas que você considera que


deve melhorar ou mudar.
Dessa vez, limite o tempo para escrever em 5 minutos. Use o cronômetro.

Agora, peça para 2 pessoas escreverem 5 qualidades que elas admiram em


você. Escolha uma pessoa que conviva com você, como mãe, pai, irmã(o),
namorado(a), marido (a). E uma amiga/amigo com quem não conviva
diariamente. Se essas pessoas te enviarem por mensagem, escreva você
mesma no papel. Reflita sobre quais dessas qualidades você reconhece em si
mesma e quais você não atribuía a si mesma.

É incrível saber como pessoas que gostam da gente enxergam qualidades


que muitas vezes não percebemos, porque estamos ocupadas procurando
defeitos em nós mesmas.

Cole os papéis no seu espelho ou coloque em um local de fácil visibilidade,


para que você leia todos os dias. Lembre-se de ler também nos momentos em
que você estiver com a autoestima baixa.
AUTOCONHECIMENTO
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 3:
Pense em um dos objetivos que você tem e anote em um papel. Agora reflita
sobre quais qualidades suas você pode usar a seu favor para alcançar esse
objetivo. Por último, reflita sobre quais limitações que você escreveu no
exercício 2 você precisa mudar para conseguir alcançar esse objetivo.

Meu objetivo

Qualidades que podem me ajudar e limitações que preciso mudar


autoconceito

O Autoconceito pode ser resumido com uma simples pergunta: “quem sou eu?”. Refere-se
à visão, à opinião que você tem a seu respeito, é como você se enxerga e se descreve.

Ah, mas não confunda autoestima com autoconceito, ok? Como já expliquei, autoestima é
ter apreço, admiração e carinho por si mesma (é o que você sente por si mesma). Já o
autoconceito está dentro da autoestima e é a ideia (visão, conceito) que você tem sobre
si.

O autoconceito é extremamente importante por que, como também falei no início do e-


book, a visão que temos de nós mesmas impacta positivamente ou negativamente nossas
decisões e nossas ações.

O ponto mais importante em relação ao autoconceito para resgatar a autoestima é


desconstruir pensamentos negativos que você tem sobre si e que, muitas vezes, estão
no seu inconsciente.

Vou te dar o meu exemplo:

Antes a minha visão sobre mim é que eu era uma mulher despeitada, feia, esquisita, que
merecia ser infeliz e não conseguia fazer nada direito. Sim, é isso mesmo que você leu.

Hoje eu me acho linda, gostosa e maravilhosa com todas as minhas singularidades, sei
que mereço e vou ser feliz, alcançando tudo que eu desejo e sei que eu dou o meu melhor,
e se que não consigo fazer algo como eu esperava, está tudo bem, afinal, somos
humanos, não robôs.

31
CHECK-LIST DO
autoconceito

Para refletir sobre o autoconceito,


responda às seguintes perguntas:

O que você pensa a seu respeito?

Como você se descreveria?

A sua opinião sobre si mesma é sua mesmo, ou é influenciado por opiniões


dos outros a seu respeito?

Quais são as suas singularidades?

O que você pensa quando se olha no espelho?


autoconceito
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO:
Quais são os conceitos que você tem sobre si mesma?

Essa tarefa consiste em escrever uma carta falando de si mesma em terceira


pessoa. Você pode inclusive usar o que escreveu no exercício anterior.

Siga o exemplo abaixo:

“Olá! Como vai você? Gostaria de te apresentar uma pessoa muito especial
para mim. Ela se chama ___________________________ (seu nome
aqui) e é
______________________________________________________
______________________________________________________
________________________________________________
(descreva suas características físicas, da sua personalidade e sociais positivas
que você mais aprecia em si mesma.

O que mais me encanta nela é


______________________________________________________
_________________________________________________.

O que mais me orgulha nela é


______________________________________________________
__________________________________________________.

Ela é única porque


______________________________________________________
__________________________________________________.

O que ela precisa para sentir mais amor por si mesma e aumentar sua
autoestima é deixar de
______________________________________________________
______________________________________________________
________________________________________________
(escreva tudo aquilo que atrapalha o seu amor próprio).
viver consciente

É muito comum levarmos a vida no “modo automático”, sem estarmos realmente


conscientes do momento que estamos vivendo, das nossas ações, dos nossos
sentimentos e de que pessoas estão presentes em nossa vida.

Mas apesar de comum, viver no modo “deixa a vida me levar”, não é nada saudável. Viver
conscientemente significa se concentrar na única coisa que somos capazes de controlar:
o hoje, o aqui e o agora. Afinal, é impossível mudar o passado e controlar o futuro, né?

Aliás, para poder chegar no futuro que desejamos, antes de mais nada é preciso estar
consciente do momento presente, ter consciência de que as nossas ações e decisões estão
de acordo com os nossos objetivos e de quais mudanças são necessárias para trilhar o
caminho dos nossos sonhos.

A consciência deve ser sempre o primeiro passo para tomar decisões, corrigir algo,
mudar e trilhar um novo caminho.

E foi justamente quando eu tomei consciência de que eu precisava fazer algo pra mudar a
minha relação de ódio comigo mesma, que eu decidi escolher o caminho da autoaceitação
e me livrar de todos os padrões e pensamentos negativos que eu tinha sobre mim mesma
que estavam enraizados no meu inconsciente.

A consciência também deve incluir os nossos sentimentos: você tem consciência de como
está se sentindo hoje? Saiba que esconder o que você sente debaixo do tapete não é nada
saudável! Não tenha medo de se expressar, de colocar pra fora e de viver aquele
sentimento. Precisa chorar? Chore. Precisa desabafar, desabafe.

Por último, mas não menos importante, é essencial estarmos conscientes de que pessoas
estamos deixando interferir nas nossas vidas. E assim, ligar o alerta de pessoas tóxicas.
(Mais adiante você vai aprender como identificar pessoas tóxicas)

Por muitos anos eu vivi em um relacionamento tóxico, sem me dar conta disso. Eu
simplesmente estava acostumada com aquilo, estava acomodada. E demorou até que eu
tomei consciência do quanto o meu ex me colocava pra baixo e contribuía pra minha falta
de autoestima. Quando eu terminei com ele, eu decolei e realizei tudo que eu não
conseguia com ele na minha vida.

34
CHECK-LIST DO
viver consciente

Lembre-se que o passado passou e não está mais sob o nosso controle

Entenda que o futuro que você quer depende primeiramente do seu


presente, por isso é preciso viver consciente

Desligue o piloto “automático”, tome consciência do momento que você


está vivendo HOJE e reflita se ele está de acordo com aquilo que você
realmente quer pra você

Escolha onde você quer estar e com quem quer estar

viver consciente
NA PRÁTICA
Pense em um ou mais objetivos que você tenha a curto ou longo prazo.
Coloque esses objetivos em um papel. Pode ser, inclusive o objetivo de se
amar e melhorar a sua autoestima.

Agora reflita sobre o seu presente: o que você tem feito para chegar
nesse(s) objetivo(s)? Você está vivendo de acordo com aquilo que você
deseja, ou está apenas à espera de um “milagre”?
autorresponsabilidade

Muitas vezes estamos ocupados demais tomando a responsabilidade da felicidade dos


outros pra gente e esquecemos que somos responsáveis pela nossa felicidade.

Ao mesmo tempo, temos o hábito de colocar as nossas expectativas pessoais para as


mãos de outras pessoas, mas a verdade é que os nossos sonhos são nossa
responsabilidade.

Com certeza você já ouviu a frase “você é o protagonista da sua vida”, e por mais clichê
que pareça, é uma verdade incontestável. Podemos nos vitimizar o quanto quisermos,
colocando a culpa pelas coisas não saírem como gostaríamos no universo. Mas o
vitimismo só nos aprisiona e nos paralisa.

Os piores anos da minha vida foram aqueles que eu passei me vitimizando com a perda
do meu pai, eu culpava Deus, achava que merecia só coisas ruins na minha vida e que eu
não merecia ser 100% feliz, até que entrei em depressão, como contei anteriormente pra
vocês. Mas a verdade, obviamente, é que eu mereço ser feliz e hoje eu sei que essa
felicidade depende de mim.

Praticar a autorresponsabilidade é se comprometer com a autorrealização, com o seu


bem-estar e com a vida que você deseja ter. Assim como somos responsáveis pelos
nossos comportamentos e nossos atos, somos também responsáveis pelos nossos erros.
Afinal, eles são consequência de nossas ações. MAS, não confunda: responsabilidade pelos
erros não é o mesmo que culpa! Errar é completamente normal. Agora, lembre-se que
você é responsável pela correção e pela mudança.

Vale ressaltar que somos responsáveis apenas pelo que podemos controlar. Logo, assim
como não é saudável se vitimizar, também não é saudável se culpar por algo que está
fora do nosso controle.

36
CHECK-LIST Da
autorresponsabilidade

Eu sou responsável pela minha felicidade, minha felicidade não está na


mão dos outros.

Eu sou responsável pela vida que desejo ter.

Ser autorresponsável é saber aprender com os erros.

Eu entendo que nem tudo está sob o meu controle e não vou carregar
pesos desnecessários.

autorresponsabilidade
NA PRÁTICA
Pense sobre o seu momento atual de vida, os desafios que você está
enfrentando e os objetivos que você têm. Agora faça o seguinte exercício:
em um papel, divida duas partes, na primeira parte você vai escrever tudo
aquilo que está no seu controle e que é de sua responsabilidade.

Na segunda parte você vai colocar o que não está sob o seu controle, para
se libertar desse peso e focar somente no que você é responsável.
autoconfiança

Quantas vezes você já se autossabotou e pensou em desistir de algo porque achou que
não era capaz? E quantas vezes você desistiu de algo sem ao menos ter tentado, por
medo de não dar certo?

Autoconfiança significa reconhecer e confiar nas suas habilidades, nas suas capacidades
e nas suas qualidades. Porque sim: todos nós somos bons em alguma coisa (aliás, várias
coisas). O grande problema está na autossabotagem: ela faz com que a gente foque
naquilo que a gente não é muito bom, sem reconhecer nossas competências, e mesmo
quando a gente faz algo bem, ela nos faz sentir como se ainda sim não fôssemos capazes.
Danada essa autossabotagem, né?

A autoconfiança está ligada não só aos pensamentos que você tem ao seu respeito, mas
também tem impacto direto nas suas ações e decisões. Sabe aquele sonho que você tem?
Só a autoconfiança pode te fazer chegar onde você quer. Você não vai alcançar o seu
sonho se os outros acreditarem em você, só vai alcançar se você mesma acreditar em
você!

“Mas Luana, e se eu tentar, mas não conseguir”? Você acha que todo mundo que alcançou
o sucesso (seu sonho), conseguiu de primeira? A pergunta não é se você vai conseguir,
porque você vai, mas sim quando. E para isso, você precisa tentar. Se der errado, você
levanta e tenta de novo, muda o caminho, faz diferente e segue até conseguir. Mas jamais
duvide de você e da sua capacidade de chegar onde você quer.

38
Você acha que já estou onde quero chegar com o Instagram? Eu já vi outras criadoras de
conteúdo sobre autoestima passando de 10k de seguidores em uma semana. Enquanto
ainda estou na metade (5k) depois de um ano criando conteúdo. E eu vou desistir por isso?
Óbvio que não, eu confio no meu propósito, na minha capacidade, na qualidade do meu
conteúdo e sei que vou chegar onde eu quero, no meu tempo. Cada uma de nós tem o seu
tempo!

A comparação também é um dos pontos que afeta a autoconfiança, isso porque nos
comparamos com as conquistas dos outros, com a jornada dos outros. Mas lembre-se que
você não sabe dos privilégios que a outra pessoa tem e também não sabe o que ela
enfrentou para alcançar o que conquistou. Por isso, não compare seus bastidores com o
palco dos outros e não meça seu tempo com o tempo dos outros. Além disso: lembre-se
que não estamos em uma competição.

Para se manter autoconfiante é super importante sempre lembrar (e se orgulhar) das


suas conquistas: todas elas, sejam as pequenas ou as grandes conquistas. Reconhecer as
suas conquistas serve como um lembrete de que você é capaz e serve como um
combustível para você acreditar ainda mais na sua capacidade de alcançar os seus
objetivos.

“Mas Luana, a fulana disse que meu sonho é bobagem e que eu não vou conseguir, isso
me desmotiva”. A verdade é que algumas pessoas vão sim tentar diminuir suas conquistas
e te desmotivar, sabe por quê? Elas não confiam nelas mesmas e não querem ver outras
pessoas conseguindo realizar seus sonhos. Mas deusa, você não precisa que os outros
acreditem em você, basta que você acredite! Você acha que pessoas de sucesso tiveram
100% do apoio das pessoas ao seu redor? Lembre-se de uma coisa: você não vai alcançar
o seu sonho se os outros acreditarem em você, só vai alcançar se você mesma acreditar
em você! Não adianta nada os outros acreditarem em você, se a única pessoa que
realmente precisa acreditar, não acredita: você!
CHECK-LIST Da
autoconfiança

Eu reconheço minhas habilidades, qualidades, minhas conquistas e sei


que sou capaz de tudo.

Não preciso que outras pessoas acreditem nos meus sonhos, desde que
eu mesma acredite.

Eu só vou saber se eu tentar. E está tudo bem não conseguir de primeira.

Errar é normal e não vou me culpar por isso, em vez disso vou tentar
aprender e melhorar.

Cada pessoa tem seu tempo e sua história, não é justo me comparar
com a trajetória dos outros.
Você pode fazer

qualquer coisa

se confiar

em si mesma!
chega de se
autossabotar

Você pode ser a sua maior aliada e maior incentivadora (autoconfiança) ou a


sua maior inimiga (autossabotagem). Pesado, né? Mas real! E agora chegou a
hora de você se tornar a sua maior aliada.

Vou te dar 9 dicas para você


parar de se autossabotar:

1- O primeiro passo é identificar quando você está se autossabotando para sair


dessa armadilha.

2- Entenda que em qualquer situação, a autocrítica e autocobrança excessivas


não ajudam em nada, ficar se cobrando e se criticando não vai fazer você “dar o
seu melhor”, só vai fazer você se sentir frustrada, focando no lado negativo e se
sabotando.

3- Não se cobre mais do que aquilo que você pode fazer/se dedicar e nem por
aquilo que não está no seu alcance.

4- Você reconhece suas conquistas da mesma forma que se cobra? Lembre-se


sempre de tudo que você foi capaz de alcançar.

5- Troque a autocrítica pela avaliação do que você pode mudar e melhorar.


Sempre respeitando os seus limites.

42
chega de se
autossabotar

6- Quando você estiver com medo de não tentar algo novo, lembre-se que se
você não fizer por você, ninguém fará. E mesmo que não saia como você
esperava, saiba que é sempre melhor “se arrepender” do que fez, em vez de se
arrepender do que não fez. Você só vai saber se tentar! E sabe o que mais? É
muito importante você tentar/experimentar para saber se realmente era aquilo
que você queria para si mesma! É super comum nossas prioridades e nossos
objetivos mudarem ao longo do caminho!

7- Estabeleça pequenas metas para o seu objetivo, assim fica mais fácil e
também mais prazeroso ver que você está cada vez mais perto de alcançar o
que você quer.
Exemplo: eu demorei muito pra tirar o e-book “do papel”, então para se tornar
mais fácil, estabeleci metas como: planejar o sumário, aprofundar meus estudos
nos assuntos, escrever x páginas por dia.

8- A organização é super importante para parar de se autossabotar e


procrastinar, por isso, utilize os planners semanal e mensal que vou enviar para
você por e-mail.

9- Por fim, entenda que nem sempre as coisas saem conforme planejamos e está
tudo bem! E entenda que todo mundo pode errar (e erra) e que isso é
absolutamente normal! Quando acontecer, não se culpe. Veja como esse erro
pode te ensinar e foque apenas em melhorar. Um dia de cada vez!
AUTOConfiança
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 1:
Eleja 5 conquistas que você alcançou ao longo da sua trajetória.
Vale qualquer coisa. Lembre-se: pequenas conquistas são conquistas.
Se você tiver dificuldade com isso é porque não está sendo generosa consigo
mesma. Se for o caso, imagine que essas conquistas tenham sido alcançadas
por uma amiga. Como você reconheceria essas vitórias?

Para te ajudar vou te dar o exemplo de uma seguideusa (ela é bem nova).
Uma vez ela estava conversando comigo dizendo que nunca tinha tido
nenhuma conquista, então no meio da conversa, tentando fazer ela revirar o
baú, ela disse que tinha usado biquíni na praia pela primeira vez, já tinha feito
uma cirurgia de risco, depois de um acidente de carro e tinha feito uma
viagem bem legal. A questão é que ela não reconhecia nada disso como
conquistas e eu fiquei chocada! Ela disse que a viagem não foi ela que pagou.
Mas e daí? Isso é uma conquista! Ela está viva porque passou por uma
cirurgia, isso não é uma conquista? Sejam gentis consigo mesmas! E bora
fazer o exercício.
AUTOConfiança
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 2:
Depois de falar sobre suas conquistas, identifique quais foram as suas
habilidades e qualidades que te ajudaram a alcançar essas conquistas.

EXERCÍCIO 3:
Diga ao menos 3 coisas que você gosta e acredita que faça bem.

EXERCÍCIO 4:
Agora você vai fazer uma carta para o futuro. Será em 2 etapas:
1º pense em como você quer estar daqui a 3 anos. Você vai escrever uma
carta para você do futuro como se já tivesse alcançado tudo que você quer.
Exemplo: Sou grata por ter conseguido _______________________,
sei que me esforcei para isso…
E guarde essa carta para você abrir daqui a 3 anos. Sua eu do futuro vai
amar!

A 2ª parte consiste em fazer um planejamento com pequenas etapas para


você fazer a curto e longo prazo para alcançar esses sonhos. Pense no que
você pode começar essa semana, esse mês e nos próximos meses. Assim fica
mais fácil visualizar e colocar em prática. Bora, deusa?
insegurança
em relacionamentos

A falta de autoconfiança e autoestima pode fazer com que a gente se sinta


insegura em relacionamentos, e isso pode ocorrer não só quando ainda estamos
conhecendo alguém, mas também quando já temos um relacionamento. Você se
sente insegura com o seu corpo para se relacionar muito provavelmente pela
pressão estética que nos faz querer mudar nossa aparência para “agradar
homens”, nos vendendo a ideia de que precisamos ter aquele corpo para que um
homem se interesse por nós. Ou ainda por aqueles pensamentos completamente
ultrapassados que ouvimos durante a nossa vida, como: “homem gosta de
mulher assim e assado”, como se precisássemos nos moldar.

Outro motivo que nos causa insegurança é ter vivido um relacionamento tóxico,
e/ou termos recebido comentários cruéis sobre o nosso corpo de um ex.
Infelizmente algumas mulheres acham que a próxima relação será igual e que
ela não merece um relacionamento feliz.

Eu já me relacionei com um cara que disse que seria bom eu colocar silicone,
porque meu corpo, segundo ele, é “desproporcional”. Além disso, ele elogiava
outras mulheres na minha frente: “fulana é gostosa”. Aquilo fez eu ir em um
cirurgião plástico fazer orçamento para colocar silicone e ir ao banco ver um
empréstimo. E isso fez eu me sentir insegura em absolutamente todas as vezes
que eu saí com um cara depois disso. Eu sempre dizia “preciso te dizer uma coisa:
tenho pouco peito”, como se aquilo fosse um defeito que eu precisasse avisar. E
isso durou até o ano passado, quando eu conheci meu namorado e mesmo ele
valorizando os meus peitos e fazendo eu sentir que não tinha nada de errado
com eles, eu ainda sim pensava em colocar silicone.

46
insegurança
em relacionamentos
Além disso, por mais que ele me elogiasse, eu achava constantemente que ele ia
enjoar de mim e terminar comigo, ou me trocar por uma mulher mais bonita do
que eu. Eu chorava pensando nisso, estragava nossos finais de semana e não
conseguia aproveitar o momento, porque estava preocupada com um futuro, um
futuro que eu estava criando na minha cabeça, sofrendo por algo que nem era
concreto, mas a insegurança fazia eu sempre imaginar o pior. Foi uma fase bem
ruim, mas eu sempre fui transparente com ele quanto a essas inseguranças e ele
me ajudou a me livrar disso. Aqui vai a primeira dica: compartilhe suas
inseguranças com o seu parceiro, se você está com ele é por que você confia
nele, certo? Então não tenha medo ou vergonha de abrir as suas inseguranças,
por mais que você ache “bobagem”, lembre-se sempre de uma coisa: tudo que
te faz mal não deve ser considerado bobagem. Se o seu parceiro se importa
com você, ele vai tentar te ajudar com essas inseguranças.

Uma coisa que o meu namorado me disse uma vez e que que guardei, porque fez
total sentido foi: “Luana se eu não te achasse linda e não tivesse atração por ti,
eu já teria terminado contigo”. Então deusa, entenda que em um relacionamento
contam muitas coisas, inclusive a atração, então se o seu parceiro está com você
é porque ele quer estar!

“Mas Luana, e se ele me trair?” Antes de mais nada entenda que você nunca
será traída por causa do seu corpo ou da sua aparência. Você lembra que a
modelo fitness e ex-panicat Juju Salimeni foi traída, e no início desse ano a atriz
e influenciadora Duda Reis também foi traída? Não importa se a mulher tenha
um corpo sarado, bundão, peitão, o corpo “perfeito”, nada disso importa, porque
uma mulher nunca será traída por causa da sua aparência, uma mulher é traída
por causa da falta de caráter do traidor. A culpa nunca não é e nem nunca será
da mulher.
check-list para
ser mais segura no
relacionamento
Antes de mais nada, tenha consciência de que não há nada de errado
com você. Você merece um relacionamento saudável e feliz. E merece
alguém que te valorize!

Lembre-se de se colocar em primeiro lugar, você é a pessoa mais


importante da sua vida.

Não deposite sua felicidade no outro. Vocês podem (e vão ser) muito
felizes juntos, mas isso não significa que sozinha você não seja feliz. Você
é suficiente!

Entenda que seu namorado está com você porque quer, ele te escolheu!
Aproveite os momentos com o seu boy, não fique com medo do futuro,
nem remoendo o passado.

Quando bater a insegurança, lembre-se de tudo que ele já te disse e fez


por você.

Não esqueça que seu namorado é também seu amigo, compartilhe com
ele suas inseguranças para que ele possa te ajudar.
autoaceitação

Talvez esse seja o pilar mais desafiador, mas é também um dos mais importantes. Se
aceitar é acolher o nosso corpo, nossas características, nossa história e fazer as pazes
com o nosso passado. Por isso pode parecer tão difícil, afinal: fomos ensinadas desde
criança pela mídia e pelos padrões de beleza a estarmos sempre insatisfeitas com a nossa
aparência, sonhando com o dia que possamos mudar o nosso corpo. Além disso, todas
nós já cometemos erros ou passamos por situações em nossa vida que gostaríamos de
corrigir ou apagar.

Mas só podemos ter uma autoestima saudável quando nos aceitamos. Isso significa
respeitar o nosso corpo e amá-lo com todas as mudanças que ocorrem em nossa
aparência (e que são completamente naturais). É reconhecer beleza nas nossas
singularidades e entender que somos únicas. É se libertar dos padrões e não ficar presa à
ideia de que precisa alcançar uma “perfeição” inventada e inalcançável. É também aceitar
a nossa jornada e tudo que enfrentamos até nos tornarmos a mulher que somos hoje.

É importante esclarecer que se aceitar não tem nada a ver com se conformar: você pode
querer mudar algo na sua aparência. Mas a autoaceitação faz você tomar decisões
conscientes. Ou seja, você escolhe mudar por você e não para se encaixar em padrões
estéticos ou por opiniões alheias. Você não muda para ter a aprovação de outras pessoas.
Autoaceitação é liberdade para ser quem você é e para ter o corpo que você quiser, se
libertando da ideia de precisar ser “aceita” pelos outros. Sabe o que é se conformar?
Achar que deve seguir um padrão, isso sim é conformismo!

49
Se eu aceito a

mulher que eu sou,

ninguém mais

precisa me aceitar!
fazendo as pazes com o
seu corpo
Antes de mais nada é preciso ter consciência de que não fomos ensinadas a nos
aceitar, fomos ensinadas a não querer ser como somos, como vimos no capítulo
sobre padrões de beleza. Seu auto ódio é uma forma de nos diminuir como
mulheres, transformar nossas características normais e reais em inseguranças é
lucrativo. Por isso, entenda que você não tem defeitos! Estrias são normais e
não defeitos. Celulite é normal, e não um defeito. Gordura é normal, e não um
defeito.

Também é preciso normalizar que o nosso corpo se transforma, assim como a


gente se transforma. Nosso corpo muda constantemente e está tudo bem! Quer
ver uma coisa? Quando você acorda, em jejum, a sua barriga está de uma
forma, na hora de dormir ela está maior. Quando você está de pé sua barriga é
de uma forma, quando senta ela tem dobras. Até mesmo as horas e os ângulos
(em minutos) são capazes de mudar o nosso corpo.

O autoconhecimento vai ser a ferramenta mais importante para saber de onde


vem a sua insatisfação em relação ao seu corpo. Muito provavelmente a
resposta seja que você não gosta de alguma característica sua completamente
normal e que fizeram você achar que é “defeito”, certo?

51
fazendo as pazes com o
seu corpo
Será que você odeia seu corpo simplesmente por não estar nos “padrões”?
Para refletir sobre isso, pense na seguinte pergunta: suponhamos que você não
gosta dos seus peitos porque eles são pequenos. Agora responda: se o padrão
de beleza fosse peitos pequenos você ainda iria querer mudar? Se sua resposta
for não, então você apenas quer entrar em um padrão.

Outro exemplo: você não gosta da sua barriga porque tem “pochete”. Se o
padrão fosse barriga com pochete, você ainda iria querer mudar? Novamente,
se sua resposta for não, então você apenas quer entrar em um padrão.

Será que se o padrão de beleza atual fosse o corpo idêntico ao seu, você ainda
iria odiá-lo e querer ter outro corpo que não fosse o seu?

No meu caso, eu não aceitava o meu corpo simplesmente por não estar nos
padrões, eu achava meus peitos pequenos um defeito, minha barriga de pochete
um defeito, minha celulite um defeito, isso porque a ideia de que precisamos
alcançar uma “perfeição” já está no inconsciente de nós mulheres. Por isso, o
autoconhecimento vai fazer você tomar consciência do por que você não se
aceitar. A partir daí se torna mais fácil os passos seguintes.
fazendo as pazes com o
seu corpo
Desconstrua pensamentos negativos que você tinha a seu respeito e pare de
procurar “defeitos”. Passe a se olhar com amor, com admiração. Foque em
tudo que você gosta em si mesma, nas suas singularidades, naquelas
características que te tornam única.

Pense em tudo que o seu corpo te proporciona! Para te ajudar, trouxe 7 ótimos
motivos para você amar o seu corpo:

1- Ele te permite dançar

2- Te permite abraçar

3- Te permite sentir

4- Te permite viajar

5- Te permite se divertir

6- Te permite se expressar

7- Te permite VIVER!
Corpo bonito não é

aquele dentro dos

padrões, é aquele

que tem uma

mulher feliz e

livre dentro dele!


chega de se
comparar
Você achou que eu ia esquecer de um dos maiores vilões da Autoaceitação e da
Autoestima? Trouxe 6 dicas para você parar de se comparar:

1- Antes de mais nada é preciso entender que só nós comparamos porque temos
alguma insatisfação com o nosso corpo e, por isso, o primeiro passo é identificar
de onde vem essa insatisfação: pressão estética dos padrões de beleza? Algum
comentário tóxico que você já ouviu?

2- Entenda que você é única, logo é incomparável! Por que querer ter o corpo de
outra mulher se você é perfeita sendo você, essa mulher única e repleta de
singularidades. Você é uma edição limitada! E é também por esse motivo que a
sua beleza não anula a de outra mulher, assim como a beleza de outra mulher
não anula a sua! Somos todas únicas e maravilhosas exatamente do jeitinho que
somos!

3- Saiba que aquela pessoa com a qual você se compara também tem suas
inseguranças, não é porque você não sabe das inseguranças da outra pessoa
que ela não tem.

4- Você mostra toda a sua vida no Instagram? Não, né? E você acha que o que
você vê no Instagram é tudo sobre a vida de uma pessoa? Claro que não!
Lembre-se que as pessoas só mostram aquilo que elas querem que você veja. O
Instagram é o maior exemplo disso: você vê o filtro da vida das pessoas, isso
inclui fotos com phosophop, tiradas na melhor luz, no melhor ângulo. E a
pergunta que eu deixo é: por que você se compara mesmo sabendo que não é a
realidade?

55
chega de se
comparar

5- Entenda que nós não estamos em uma competição de quem é a mais bonita,
tem a vida mais perfeita, quem conquista mais rápido o sucesso. Não existe isso!
Todas temos beleza diferentes e únicas, histórias diferentes e únicas e nossas
trajetórias são diferentes e únicas!

6- Sabe o tempo que você perde se comparando? Vendo o Instagram de outras


pessoas e se frustrando? Você podia usar esse tempo pra fazer coisas que você
gosta e que te ajudem com a sua autoestima. Chega de perder tempo se
comparando!
fazendo as pazes com a
minha história
Quando eu disse que autoaceitação é um dos pilares mais desafiadores e um
dos mais importantes é porque vai além de aceitar nosso corpo, mas também
envolve aceitar a nossa história. Para fazer as pazes com a nossa história é
preciso antes se perdoar, se libertar da culpa que carregamos. A verdade é que,
infelizmente, todas nós carregamos culpa, seja por algo que fizemos, algo que
não fizemos, ou ainda, algo que nem é nossa responsabilidade, mas assumimos
a culpa mesmo assim.

Por muitos anos eu me culpei por não ter sido mais presente com o meu pai
quando ele estava doente e me culpei por ter sido a única esperançosa que
achava que ele iria se curar do câncer (motivo por eu não querer ver ele doente
e não estar por perto). Foram muitos anos carregando culpa, até me perdoar e
entender que me sentir culpada não mudava o que já aconteceu no passado, a
culpa só me fazia mal no meu momento presente e iria se tornar cada vez mais
prejudicial no futuro.

Assim, fazer as pazes com o nosso passado não é apenas se perdoar, como
também é entender que não temos como mudar o que já aconteceu, mas temos
a escolha de aceitar a nossa história, para nos libertar para viver uma vida mais
leve e construir o futuro que queremos.

57
Não se culpe pelo que

você fez ou deixou de

fazer no passado, você

não era a mulher

madura que é hoje e

ainda vai se tornar!


CHECK-LIST Da
autoaceitação

Entendo que estar em guerra com o próprio corpo é algo ultrapassado,


afinal fomos ensinadas a odiá-lo pelos padrões de beleza impostos para
as mulheres. Estou consciente disso e quero me aceitar, e me libertar.

Meu corpo não tem “defeitos”. Celulite é normal, estrias são normais,
gordura é normal.

Meu corpo se transforma e está tudo bem.

Não vou mais dar ouvidos a opiniões alheias. Quando eu me aceito, me


liberto da ideia de precisar de aprovação. Eu não nasci para agradar a
ninguém.

Meu corpo é meu lar e me proporciona os melhores prazeres da vida.

Ficar me comparando é ser cruel comigo mesma e não faz sentido,


porque sei que sou única. E a beleza de outra mulher anula a minha.

Eu me perdoo e aceito a minha trajetória, e assim me liberto para


construir o futuro que eu desejo para mim.
AUTOaceitação
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 1:
Identifique quais são as suas insatisfações em relação ao seu corpo.
Quais são as suas características físicas que você não aceita? E reflita sobre
qual a origem dessas insatisfações: é a pressão estética dos padrões de
beleza? É influência da mídia? Foram comentários tóxicos que você ouviu na
sua infância e/ou adolescência? Anote tudo em um papel para que você
consiga visualizar.

Exemplo: Eu odiava meus peitos pequenos porque passei a vida vendo um


padrão de peitos grandes, redondos e “perfeitos” na mídia, com o silicone
como “solução” para deixar os peitos mais bonitos. Além disso, fui ensinada a
cuidar para nunca engordar, cuidar para sempre ser ou parecer magra, por
isso quando comecei a ter a barriga de “pochete” aquilo se tornou um
pesadelo, junto a isso são oferecidas diversas “soluções” para ficar magra,
desde chá, gel, shake, até cirurgias plásticas. Para a celulite é a mesma coisa:
existem diversos cremes que prometem “eliminar” algo que é completamente
normal no nosso corpo.
autoaceitação
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 2:
Reflita sobre a seguinte pergunta: se não existissem os padrões de beleza e
uma forte indústria da estética com diversos procedimentos, cirurgias
plásticas, cremes, chás, cápsulas, entre outros, será que você ainda iria querer
mudar algo no seu corpo? E se o padrão de beleza atual fosse exatamente o
seu corpo, você ainda iria querer mudá-lo?

EXERCÍCIO 3:
Reserve uns minutos para se olhar no espelho e se admirar. Diga para o seu
reflexo pelo menos 3 qualidades, características suas que você gosta. “Mas
Luana, eu não tenho 3 qualidades que eu goste em mim”. Tem sim! Sabe por
quê? Você não vai se olhar no espelho como está acostumada, procurando
sempre “defeitos”. Neste exercício e em todas as próximas vezes que você se
olhar no espelho, você vai se olhar com olhos de amor, se admirando e
citando as características que você gosta em si mesma.

EXERCÍCIO 4:
Fim de semana do empoderamento

Esse exercício é dividido em 3 partes:

1ª Parte: Tire uma selfie sem filtro e sem maquiagem, e aponte pelo menos 2
qualidades do seu rosto.

2ª Parte: Coloque uma roupa que você gosta e fique se admirando no espelho
por alguns minutos, você pode fazer poses, como se o espelho fosse uma
câmera! Aponte pelo menos 3 qualidades do seu corpo.

3ª parte: Faça uma maquiagem que você goste, se produza do jeito que você
quiser e faça uma mini sessão de fotos. Pode ser selfies, ou você pode apoiar
o celular e usar o temporizador (eu gosto mais), como preferir. Aproveite esse
momento só seu e brilhe! Não precisam ser muitas fotos, mas tire um
tempinho para você curtir esse momento.
autoaceitação
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 5:
Uma das coisas mais cruéis que fazemos com nós mesmas é nos
compararmos, seja na aparência, na vida, nas conquistas. Mas tudo muda
quando saímos dessa armadilha e conquistamos a lucidez de entender algo
que é tão óbvio, mas ao mesmo tempo, tão difícil de aceitar: somos ÚNICAS,
temos nossas singularidade e, logo, somos INCOMPARÁVEIS. Então agora
vamos ao exercício:

Responda às seguintes perguntas:


1- Em que situações você mais se compara? E por quê?
2- Como você se sente quando isso acontece?
3- O que você acha que pode fazer para evitar essas comparações?
4- O que você mais gosta no seu corpo? Você pode usar o que escreveu nas
tarefas anteriores.

Agora, reflita e complete:


Eu sou única porque______________________________________.

EXERCÍCIO 6:
O Instagram é um dos “lugares” mais tóxicos que existe, isso porque a gente
vê normalmente pessoas com corpos e vidas “perfeitas”, mostrando apenas o
que elas querem, mesmo que não seja a realidade. Muitas pessoas postam
fotos com photoshop, filtro, no seu melhor ângulo e com a melhor pose. Além
disso, (quase) ninguém ali mostra suas inseguranças. Mas não é porque você
não sabe das inseguranças e dos problemas do outro, que isso significa que
essa pessoa não tenha inseguranças e problemas. Todos nós temos. Mas nem
todo mundo mostra a realidade.
autoaceitação
NA PRÁTICA
Por isso, pare de seguir pessoas que mostram uma perfeição que não existe,
que se escondem por trás de photoshop e que muitas vezes contribuem para
os padrões de beleza. Pare de seguir pessoas com as quais você se compara
e se sente mal. Lembre-se que se comparar não é o mesmo que se inspirar!
Se preferir, você pode apenas silenciar os stories e publicações.

Em compensação, siga pessoas reais, com corpo reais e que mostram a vida
real. Pessoas que incentivem você a se aceitar e se amar. Pessoas com as
quais você se identifique e se inspire.

EXERCÍCIO 7:
Fazendo as pazes com a pessoa mais importante da sua vida: você.

Com certeza você já perdoou uma amiga, namorado, ou alguém que você
gosta, mas não tem a mesma facilidade para perdoar a si mesma, certo? E
como já falei anteriormente, muitas vezes nos culpamos por coisas que
sequer foram por nossa culpa.

Mas agora chegou a hora de você se perdoar e se livrar da culpa que você
carrega.

Esse exercício é dividido em duas partes:


Primeiro, pense em algumas coisas pelas quais você se culpa no dia a dia e
coloque em um papel. Por exemplo, você se culpa por não conseguir concluir
alguma tarefa do dia? Escreva como você se sente quando se sente culpada.
autoaceitação
NA PRÁTICA
Segunda parte:
Agora, vamos revisitar o passado. Pense nas situações da sua história nas quais
você carrega culpa e precisa se perdoar.

Comece escrevendo: “Eu me perdoo por_________________” (coloque tudo que


você se considera culpada) porque____________________ (escreva por que é
importante para você se perdoar por isso).

Em seguida, escreva o que você aprendeu em cada uma dessas situações.

Por último, você também vai se perdoar por ter sido cruel consigo mesma por todos
esses anos, por ter se odiado e não ter se tratado com o mesmo amor que você dá
aos outros.

Eu vou começar, para que você possa se inspirar:

“Eu me perdoo por todas as vezes que eu olhei com olhar de ódio para o meu corpo
e por todas as vezes que evitei me olhar no espelho simplesmente para não
enxergar quem eu era de verdade. Eu me perdoo por todas as vezes que fui cruel
comigo mesma, me comparando com outras mulheres, outros corpos, outras vidas,
outras histórias e outras conquistas. Eu me perdoo por todas as vezes que duvidei
de mim e por todas as vezes que eu disse para mim mesma que eu não iria
conseguir, mesmo sem sequer ter tentado. Eu me perdoo por todas as vezes que
ignorei as minhas vitórias e foquei apenas em me cobrar.

Eu me perdoo por todas as vezes que me deixei de lado, colocando os outros como
prioridade. Eu me perdoo por todas as vezes que deixei de dizer não por medo de
não ser aceita. Eu me perdoo por todas as vezes que dei ouvidos a comentários e
críticas sobre o meu corpo e sobre a minha vida, e absorvi eles como verdade. Eu
me perdoo por ter me permitido sofrer por tanto tempo e por ter dito a mim
mesma que eu não merecia ser feliz.

Eu me perdoo por ter sido uma versão de mim que não enxergava a mulher que eu
enxergo e sou hoje. Essa Luana que sempre esteve ali, mas precisava ser libertada
dentro de mim.”

Agora é sua vez, faça uma carta a si mesma perdoando a mulher que você vai
deixar para trás.
autoafirmação

Todo mundo deveria viver com autenticidade, agindo de acordo com suas convicções e
sentimentos, sem medo de expressar. Mas infelizmente muitas pessoas, por medo de
rejeição e julgamento, acabam omitindo suas opiniões e guardando seus sentimentos
para si, abalando a sua autoestima e também a sua saúde mental.

Autoafirmação é ser coerente e honesta consigo mesma. É viver e agir de acordo com
suas prioridades e seus valores. É se sentir confortável para falar o que você pensa e o
que você sente, sem se preocupar com o julgamento alheio. Significa não ter medo de ser
você! E mais que isso, não mudar para agradar alguém. Por exemplo: se alguém que
você está conhecendo gosta de verde e pergunta se você gosta também, você diz que
sim, mesmo odiando verde, só para lhe agradar.

Outro exemplo: eu sou contra procedimentos estéticos e cirurgias plásticas por beleza,
essa é a minha opinião e sei que muita gente não concorda. No entanto, eu me posiciono
firmemente quanto a isso no meu Instagram e quem me acompanha sabe disso.

CHECK-LIST Da
autoafirmação

Seja autêntica, isso te torna única!

Jamais deixe de dar sua opinião por medo de ser julgada.

Não mude sua personalidade para agradar ninguém.

Você não é obrigada a aceitar fazer algo que não esteja de acordo com
os valores que você acredita.

65
autoafirmação
NA PRÁTICA
exercício 1:
Identifique seus 5 valores abaixo com os quais você mais se identifica, de acordo
com aquilo que mais importa em sua vida:

determinação dedicação intimidade

saúde espiritualidade propósito

gratidão liberdade paixão

harmonia inspiração crescimento

amor poder excelência

ousadia lealdade fé

equilíbrio disposição tolerância

realização conforto segurança

diversão

Agora reflita sobre a sua vida atual: você está vivendo de acordo com esses valores?
Quais atitudes suas te aproximam desses valores? E quais atitudes te distanciam?

exercício 2:
Tente lembrar de alguma situação em que você mentiu (ou omitiu) sobre seus
gostos ou sobre sua opinião para agradar alguém ou simplesmente por medo de
ser julgada. Como você se sentiu?
autorrespeito

O mínimo que devemos fazer por nós mesmas é praticar o autorrespeito. Você respeita o
próximo, certo? Mas você respeita a si mesma? Autorrespeito é saber respeitar os seus
limites, os seus sentimentos, respeitar o seu corpo e a sua mente. É respeitar quando o
seu corpo e sua mente pedem descanso.

Até um tempo atrás eu me sentia culpada por estar descansando. No fim de semana,
quando eu olhava um filme com meu namorado, eu não conseguia me desligar e ficava
pensando “meu Deus, eu devia estar usando esse tempo pra algo mais útil, podia estar
criando conteúdo pro Instagram”. Até que eu parei de me culpar e entendi que descansar
faz parte de ser produtiva. Tentar estudar, trabalhar, ou fazer qualquer coisa exausta, só
nos deixa mais cansada, frustrada e estressada.

É entender que determinadas questões fogem do seu alcance e ultrapassam o limite das
suas capacidades, e está tudo bem. É colocar suas necessidades e seus sentimentos como
prioridade, é se colocar como prioridade.

Autorrespeito também é impor o respeito das outras pessoas com você. Quando você se
respeita de fato, passa a ser mais seletiva nas relações, nas pessoas que você quer que
façam parte da sua vida. Você também se impõe mais, já que sabe que a sua opinião deve
ser respeitada e não aceita certas atitudes que antes aceitava.

67
aprenda a
dizer não
Se respeitar é saber dizer não. Quantas vezes você deixou de dizer não para
outra pessoa por medo de julgamento? Por medo de rejeição? Ou por medo de
magoá-la? E quantas vezes alguém te disse não sem ligar se iria te magoar? Pois
é, saiba que não tem nada de errado em dizer não.

Você pode dizer não para uma amiga: “não posso te ajudar hoje amiga”. Você
pode dizer não para um familiar: “não acho legal esse tipo de comentário”. E
também pode dizer não no seu ambiente de trabalho: “não me sinto bem
fazendo essa tarefa”.

Você pode dizer não para qualquer pessoa e em qualquer ocasião: “não quero”,
“não posso”, “não gosto”, “não acho legal”, “não concordo”, “não aceito que fale
assim comigo”.

Dizer não para o outro, muitas vezes é dizer sim para você, para o seu bem-estar
e para a sua saúde mental. Dizer não para o outro é também se colocar como
prioridade.

68
Às vezes, dizer não

é dizer sim a você!


como lidar com
opiniões alheias
e pessoas tóxicas
Se respeitar é entender quando precisamos nos afastar de situações e pessoas que
não nos fazem bem, em outras palavras: pessoas tóxicas. Além disso, ter autorrespeito
é não dar ouvidos a opiniões alheias, seja sobre o seu corpo, seu jeito de ser, sobre sua
vida. Deixa eu te contar uma coisa: se você for magra, vai ter alguém pra te criticar, se
for for gorda também. Se você não tiver faculdade, vão te julgar. Se você tiver pós
graduação, mestrado e doutorado, vão te julgar também.

Deu pra entender que as pessoas sempre vão falar, né? E sabe o que isso significa?
Que o problema não está, nunca esteve e nunca estará em você! O problema está na
pessoa tóxica. Você pode ter certeza que essas pessoas não gostam de si mesmas, são
frustradas e até infelizes. Afinal, gente feliz não incomoda, não é mesmo? O que essas
pessoas dizem diz respeito a elas e não sobre você. Esses dias eu li uma frase que faz
total sentido: “Quando entendo que toda opinião é uma visão carregada de história
pessoal, compreendemos que o julgamento é uma confissão".

Entenda que nunca importa o que os outros acham ou falam, a única opinião que
importa é a que você tem a seu respeito (como vimos lá no autoconceito). E além disso,
muitas vezes nós mesmas não temos a opinião correta sobre nós. Por exemplo:
quantas vezes você já achou que não é bonita, quando na verdade você é. Ou quantas
vezes você achou que não merecia algo que aconteceu de bom, por não considerar
mérito seu, quando na verdade era seu merecimento? Pois então, se muitas vezes você
não tem uma opinião correta a seu respeito, o que te faz pensar que os outros teriam
uma opinião correta sobre você? Então não faz o menor sentido achar que opiniões
alheias te definem!

E como lidar com esses comentários? Você tem duas opções: ou ignora e segue sua
vida, ou então fala pra pessoa o que você sente/pensa. Exemplo: “Não te dei
permissão pra falar do meu corpo/da minha vida”. “Não acho legal isso que você falou,
peço que não fale mais”. Agora, o que você não pode de jeito algum é absorver esses
comentários como uma verdade sobre você.

Você sabia que pessoas que amamos também podem ser tóxicas? Infelizmente sim. E
algumas vezes (não sempre) elas acabam sendo sem querer, sem se dar conta que
estão sendo tóxicas. Por isso, é importante você saber identificar para conversar com
essa pessoa para alertá-la de que ela não está sendo legal com você, ou dependendo
do caso, afastar da sua vida. Você não merece conviver com alguém que te faça mal!

70
como identificar
amizade tóxica
Ela compete com você
Suas conquistas se tornam motivo de competição. Imagina que você conquista algo e
de repente o/a amiga se interessa pela mesma coisa que você e mostra que quer se
igualar a você, ou ainda, te "superar".

Ela não demonstra entusiasmo com as suas conquistas


Imagine que você consegue aquela tão sonhada bolsa na faculdade, ou uma vaga em
um emprego super bom. E o/a amiga fala "parabéns", com meias palavras, e não
demonstra o entusiasmo que uma amizade verdadeira faria. Sinto muito, mas o nome
disso é inveja!

Ela é pessimista quando o assunto é você


Todas nós temos um sonho grande, certo? E cabe ao/a amiga te apoiar, demonstrar
confiança em você e oferecer a ajuda que estiver ao seu alcance. Claro que, ela pode
te aconselhar, isso faz parte da amizade. Agora, quando o/a amiga fica dizendo que
você não vai conseguir, que é perda de tempo e que você deveria desistir, ela está
sendo tóxica.

Te coloca para baixo


Você já se sentiu inferior ou insuficiente junto dela? Amizades tóxicas mexem com suas
inseguranças, relembram seus erros e fazem você se sentir mal.

O foco é sempre ela


O mundo gira ao redor da seu/sua amiga tóxica. Você pode estar passando por
qualquer coisa que seja, boa ou ruim, o foco é sempre ela. Você vai contar uma
novidade ou desabafar e ela sempre dá um jeito de falar sobre si mesma.

Te coloca em situações desconfortáveis


Amizades tóxicas aumentam sua ansiedade e estresse. Ela te coloca em situações
desagradáveis mesmo sabendo que irá te fazer mal. Imagine que você recebeu um
convite, mas não está confortável para aceitar. Ela te "encoraja" a aceitar, sem ter a
menor consideração pelos seus sentimentos.

Te humilha "sem querer" em público


Imagine que você não gosta do seu nariz, por exemplo. Vocês estão em uma roda de
amigos e ela faz um comentário sobre o seu nariz que te deixa triste, mas em seguida
ri e diz que é "só brincadeira". Essa atitude é tóxica. Não importa se seja uma
"brincadeira". Se fere você, não pode ser tratado como irrelevante.
71
como identificar
relacionamento tóxico
Ele prejudica a sua autoestima
Ele faz comentários tóxicos sobre o seu corpo, a sua aparência ou sobre como você se
veste. Ele pede que você mude algo no seu corpo, sugere que emagreça, comece a
malhar ou até mesmo faça uma cirurgia plástica. Compara você com outras mulheres
e elogia outras mulheres na sua frente. Raramente ou nunca te elogia, apenas te julga.

Excesso de ciúmes e controle


Ele costuma ser sempre ciumento, controla tudo que você faz, cobra pra ver o seu
celular e não respeita a sua privacidade

A comunicação é tóxica
Ele está sempre te xingando, criticando e sendo sarcástico.

Estresse e chateação constante


Você fica mais chateada e estressada do que feliz. Um relacionamento precisa ser leve,
e não um peso. E precisa te fazer feliz. Isso não significa que não existam brigas. Mas
existem muito mais momentos bons e leves do que as discussões (que não devem ser
constantes).

Ele nunca assume a responsabilidade


Seja em discussões corriqueiras ou em brigas, ele sempre se esquiva da culpa. E
quando ele faz algo errado ou te magoa, dá um jeito de colocar a culpa em você pelos
atos dele.

Ele não visualiza um futuro com você


Não estou falando de casar ou ter filhos, mas em toda relação há planos, como por
exemplo uma viagem juntos nas próximas férias.

Ele não te apoia


Seja qual for o seu objetivo ele não demonstra apoio ou então te desencoraja. Além
disso, ele diminui as suas conquistas.

Competição
Ele demonstra que quer estar sempre à sua frente, seja nas conquistas, nas coisas
materiais. Ele não quer crescer junto com você, quer crescer sozinho e “mais” do que
você.

72
Você não é você mesma
É normal mudarmos em um relacionamento, seja em algumas características, gostos e
até mesmo planos. Mas quando você muda pelo outro e não por você, e acaba indo em
direção a algo que não é o que você quer, isso não é saudável. Você pode até fazer um
teste simples: se você age com suas amigas/amigos diferente de quando está com seu
namorado, é sinal de que algo está errado.

Você vive esperando que ele mude


O que te faz ficar na relação é a esperança de que ele mude e seja melhor para você.
Mas deusa, se ele realmente te amasse e merecesse o seu amor, já teria mudado.

como identificar
família tóxica
1- Fazem você se sentir menos inteligente, menos capaz, menos bonita e menos
importante.

2- Te comparam com suas primas, irmãs ou até mesmo filhas de amigas.

4- Seu humor muda quando está com ela: fica tensa, estressada, triste.

5- Fazem piadas sobre você, sobre o seu corpo, sobre sua aparência, jeito de ser. E te
menosprezam com frequência.

6- Você sente que só são carinhosos com você quando precisam de algo.

7- Diminuem suas conquistas e seus sonhos, estão sempre te desencorajando.

8- Não te respeitam: não respeitam seus sentimentos, nem suas vontades.

9- Para eles seus problemas são irrelevantes e são vistos como frescura.

73
CHECK-LIST Do
autorrespeito

Respeite seus limites: você não tem que saber de tudo nem dar conta de
tudo, você não é um robô.

Não colocar qualquer atividade que seja acima da sua saúde mental. Você
está se sentindo cansada? Descanse. Pessoa cansada não produz!

Respeite também o seu tempo e a sua trajetória.

Não se cobre tanto. Cada um tem o seu tempo, suas necessidades. Cada
um faz uma coisa melhor ou mais rápido que os outros e ao mesmo tempo
cada um tem suas limitações. Não somos robôs e não vivemos no
automático. Não somos “programados” para sermos todos iguais e termos
a mesma produtividade, logo: não se compare.

Se afaste de situações e pessoas que não te fazem bem.

Entenda que você não precisa e não deve colocar a vontade dos outros
acima das suas.

Saiba impor o respeito dos outros com você. Estão te cobrando por algo e
você não se sente bem pra fazer? Falaram algo que você não gostou?
Deixe isso claro.

Aprenda a dizer não. Entenda que se colocar como prioridade não é


egoísmo, é autorrespeito.

Não ligue para a opinião dos outros, elas não te definem.

Entenda que existe namorado(a), marido, amiga(o) e família tóxica e você


não deve aceitar as atitudes. Você pode e deve se impor ou se afastar, se
preferir.
autorrespeito
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 1:
Reflita e escreva: o que você continua fazendo que te faz mal, e que você
sabe que depende de você mudar essas atitudes ?

E a quais situações você continua se submetendo mesmo que elas te façam


mal?

EXERCÍCIO 2:
Vamos supor que alguém fez um comentário sobre o corpo da sua amiga e
ela ficou triste. O que você diria a ela? A sua resposta é o que você deve fazer
para si mesma quando alguém opinar sobre você.

EXERCÍCIO 3:
Liste as pessoas que te fazem mal, te colocam em situações desconfortáveis,
ou falam coisas sobre você que te magoam e dê um basta nisso.
Você não precisa cortar relações, mas pode conversar, se impor e ser sincera
sobre como você se sente, sobre como elas fazem com que você se sinta.

Agora lembre-se: se você disse pra pessoa que ela faz algo que te deixa mal e
mesmo assim ela continua fazendo, ela não liga pra você, pense bem se vale
a pena manter ela em sua vida.
autocuidado

Você já deve ter visto a frase “quem ama cuida”. Você cuida de quem você ama, você se
preocupa com essa pessoa, você gosta de fazer ela feliz e ver essa pessoa bem, certo?
E é exatamente esse cuidado que você deve ter com você. O autocuidado é parecido
com o autorrespeito e os dois se complementam.

Existem três tipos de autocuidado que são fundamentais:

Autocuidado físico: cuidar da saúde do seu corpo, praticar exercícios físicos, cuidar da
alimentação (beber bastante água), e ter boas noites de sono.

Autocuidado mental/emocional: cuidar da saúde mental, respeitar os seus sentimentos,


buscar terapia.

Autocuidado social: estar perto de pessoas que você gosta e que te fazem bem. E
também se afastar de pessoas tóxicas.

Quando falo em autocuidado físico, não associe exercícios físicos e cuidar da


alimentação com dieta ou emagrecimento, ok? Eu particularmente nunca gostei de ir na
academia, aliás, eu detestava. Isso porque eu associava com a pressão estética, para
mudar meu corpo e me “encaixar” em um padrão. No ano passado eu comecei a treinar
em casa com um aplicativo no celular e hoje já estou há um ano me exercitando. A
diferença é que agora é por um hábito de autocuidado, por amor ao meu corpo, e isso
fez os exercícios físicos se tornarem prazerosos. Ah, e eu não me cobro: se eu não estiver
a fim de fazer, não faço. Eu aconselho você a fazer algo que você goste, seja dançar
(amo), correr, caminhar, fazer jump, andar de bicicleta, ir na academia, enfim, o
importante é movimentar o corpitcho e cuidar da saúde.

76
Praticar o autocuidado é também fazer coisas simples no dia a dia que te deem prazer,
como assistir uma série, ler um livro, cozinhar, pedir aquela comida que você gosta, fazer
skincare, colocar uma música que você gosta e dançar, meditar, fazer yoga, escrever,
desenhar. É importante sempre reservar um tempo para fazer aquilo que te faz bem.

algumas formas de praticar


o autocuidado no dia a dia

Cozinhar algo Falar com


que você goste
Ler um livro Dançar
alguém especial

Fazer skincare Assistir um filme Meditar Hidratar o


ou série cabelo
CHECK-LIST Do
autocuidado

Cuide de você da mesma forma que você cuida de quem você ama

Cuide da sua saúde, se movimente, beba água e tenha boas noites de sono.

Cuide da sua saúde mental, respeite seus sentimentos e busque fazer


terapia.

Esteja perto de quem te faz bem e se afaste de quem te faz mal.

Reserve momentos no seu dia a dia para fazer aquilo que te faz bem.

autocuidado
NA PRÁTICA
É comum não nos tratarmos como prioridade no dia a dia e não reservamos um
momento para fazer aquilo que a gente gosta.

E para mudar isso, você vai fazer uma lista do autocuidado com coisas que você
gosta de fazer, mas que tem deixado de lado, ou coisas que você quer começar a
fazer. Exemplos: ler, assistir uma série comendo um docinho, hidratar o cabelo,
fazer skincare, se exercitar, meditar, praticar yoga, ou o que quer que seja que te
dê prazer.

Além de fazer essa lista, você vai se comprometer a reservar um tempinho para
você, para voltar a fazer o que você gosta e para criar novos hábitos de
autocuidado.

Para te ajudar, vou te enviar por e-mail um planner do autocuidado, com alguns
cuidados básicos que devemos ter com a gente no dia a dia e espaços para você
escrever aquilo que você gosta e vai se comprometer a fazer.
amor próprio

Por último, o amor próprio pode ser considerado uma soma de todos os pilares acima.
Quando você se ama: você se conhece, tem uma visão positiva de si mesma, vive
consciente do que é importante ter em sua vida hoje, se responsabiliza pela sua
felicidade, se aceita, confia em si mesma, não tem medo de ser você mesma, se
respeita, se cuida e se prioriza.

Você deve se amar na mesma proporção que ama os outros. Sabe o amor que você dá
aos outros? Você tem que dar a si mesma. Se a sua felicidade dependesse apenas do
amor que você sente por si própria, você seria feliz?

Se amar é libertador, porque quando você se ama você se valoriza, se cuida, se aceita e
se liberta da dependência de outras pessoas para ser feliz. É sobre compartilhar a
felicidade, não sobre depender de alguém para se sentir feliz. Se amar é se libertar da
ideia de que precisa mudar para ser aprovada ou amada por alguém. Quando você se
ama, você se torna mais seletiva sobre o que e quem merece a sua energia, o seu tempo e
o amor que você tem dentro de si.

Para terminar, você deve ser a sua melhor amiga! Pense o seguinte: você é a pessoa que
passa mais tempo consigo mesma, certo? Pessoas podem chegar e sair da sua vida,
podem ser passageiras, mas você fica. Pessoas podem não estar lá quando você precisar,
mas você sempre terá a si mesma, e isso basta. Enquanto você se amar, nunca estará
sozinha. Por isso, se trate bem, ame sua companhia, ame quem você é hoje e a mulher
que você está se tornando!

79
CHECK-LIST Do
amor próprio

Dê a si mesma o amor que você dá aos outros

Lembre-se que você não precisa mudar para ser amada por outra pessoa

Seja sua melhor amiga, você sempre terá a si mesma!

Ame a mulher que você é hoje e a que você está se tornando

Repita comigo: eu me amo e estou trabalhando para me amar mais a cada


dia

amor próprio
NA PRÁTICA
EXERCÍCIO 1:
Chegou a hora de você substituir todas as suas crenças limitantes, pensamentos
negativos e todos os julgamentos cruéis que você tem (ou te induziram a ter) sobre
você mesma, e começar a se enxergar com amor!

Olhe para as suas respostas nas tarefas anteriores e pense em tudo que você deseja
mudar para melhorar a sua autoestima, para se aceitar, se amar e se libertar!

Faça no seguinte formato: (exemplos)

1- EM VEZ DE: não gostar dos meus peitos pequenos


VOU: buscar entender de onde veio esse “ódio” pelos meus peitos e olhar apenas para
as vantagens de ter peitos pequenos
amor próprio
NA PRÁTICA
2- EM VEZ DE: achar que não sou boa o suficiente para alcançar x objetivo
VOU: entender que estou me autossabotando e que sou capaz de alcançar isso,
assim como tudo que já conquistei até hoje

Agora é a sua vez!

EM VEZ DE: _______________________________________

VOU: ___________________________________________

EXERCÍCIO 2:
Você vai comprar um presente para si mesma. Pode ser uma roupa, uma
lingerie, uma cesta, um docinho, pode ser algo até bem simples, como um
açaí (quem me conhece sabe que eu amo açaí), enfim, qualquer coisa que
você goste.

Você vai encomendar isso e pedir que escrevam um papel com algum recado
legal, como por exemplo: “para uma mulher incrível”, “para alguém que eu
amo e admiro”. Calma, você pode fingir que está enviando para uma outra
pessoa na hora de pedir para fazerem esse bilhete, hahahah. Então quando
chegar o que você comprou, seja no mesmo dia ou depois de alguns dias, vai
receber junto esse recado cheio de amor feito por você, para você!

EXERCÍCIO 3:
Pense em alguma coisa que você ama em si mesma. Eu tenho certeza que
tem algumas coisa! Pode ser a unha, o cabelo, o estilo, algo que você faça
bem, uma qualidade sua, enfim, qualquer coisa. Anote em um papel.

Agora reflita: da mesma forma que você ama esses detalhes, pode conseguir
se amar por completo! E eu sei que você consegue!
Se ame um pouquinho mais a cada dia!
sobre mim
Eu sou a Luana Kanitz, mas pode me chamar de Lu! Sou gaúcha, tenho 24
anos, estou cursando o último ano da faculdade de Jornalismo e sou criadora
de conteúdo/influenciadora digital no Instagram desde outubro de 2020. Eu
sempre amei escrever e me expressar através das palavras, e um dos meus
maiores sonhos é um dia lançar um livro. Escrever esse e-book é uma grande
realização para mim, porque apesar de não ser um livro físico, já é um grande
passo! (Reconheça as suas conquistas, lembra?)

Eu sou autêntica, sincera, intensa, sou um tanto impulsiva e entusiasmada


com a ideia de poder transformar a minha autoaceitação em uma forma
de ajudar outras mulheres a se libertarem. Eu sinto que encontrei o
meu propósito! E um deles agora é poder te ajudar a se olhar com mais amor
e reconhecer a mulher maravilhosa, incrível e única que você é!

82
conclusão
Espero que esse e-book tenha te ajudado a mudar o seu olhar sobre si
mesma e te ajude a trilhar o caminho do amor próprio. Leia, releia, refaça as
atividades sempre que quiser. Ele sempre será o seu guia da Autoestima, com
o nome já diz.

E me promete uma coisa? Não esqueça jamais que você é maravilhosa,


incrível e única! E merece se libertar de padrões, julgamentos e tudo que fere
a sua autoestima. Você merece ser livre: livre para viver quem você é hoje,
aqui e agora, e livre para ser quem você quiser.

Você merece a liberdade de se amar!

autora:
Luana Kanitz
(@lu.autoestima)

designer gráfico:
Deborah Parra - Designer com D
(@designer_com_d)

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