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110 I SÉRIE — NO 14 «B. O.

» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 6 DE ABRIL DE 2009

Onde se lê: Tais propósitos associam-se igualmente à necessida-


“Artigo 9º de de reduzir o volume da despesa pública para a qual
contribui de forma relevante a Administração Pública
Autoridade estatística
com as suas dimensões actuais e ao esforço global de
2. Nos termos do número anterior, é obrigatório o consolidação orçamental que nestes últimos anos se vem
fornecimento das informações estatísticas que forem construindo.
solicitadas pelos OPES, a título não remunerado, dentro
dos prazos que fixarem, sob pena de aplicação de sanções Em virtude da comprovada permeabilidade da legis-
aos infractores nos termos dos artigos 31º a 37º”. lação actualmente vigente – Decreto-Lei nº 44/2004, de
8 de Novembro – que estabelece os critérios para a cria-
Deve ler-se:
ção de organismos da Administração pública, tornou-se
Artigo 9° necessário eleger um conjunto de orientações que disci-
Autoridade estatística plinem a criação ou reestruturação organizacional, com
2. Nos termos do número anterior, é obrigatório o especificações para cada departamento governamental
fornecimento das informações estatísticas que forem em consonância com as orientações do presente diploma,
solicitadas pelos OPES, a título não remunerado, dentro nomeadamente:
dos prazos que fixarem, sob pena de aplicação de sanções
a) O alinhamento das missões dos departamentos
aos infractores nos termos dos artigos 32° a 38°.
e respectiva estrutura tendo em conta as suas
Onde se lê: atribuições nucleares e em particular a sua
“Artigo 31° contribuição à estratégia de Transformação
Competência Económica do país;
2. A cessação da delegação de competências é determi- b) A extinção ou fusão de estruturas onde se verificar
nada nos mesmos termos do número 1 e é efectuada:” existência de duplicações ou sobreposições de
Deve ler-se: funções. Com o objectivo de combater as re-
“Artigo 31°
dundâncias e garantir a adequada coordenação
inter subjectiva, cada estrutura organizacional
Competência
deve definir clara e inequivocamente a sua
2. A cessação da delegação de competências é determi- área de intervenção e o respectivo posiciona-
nada nos mesmos termos do número 1, do artigo anterior, mento no ciclo de gestão das políticas públicas
e é efectuada:” e no respeito pela segregação de funções;
Secretaria-Geral da Assembleia Nacional, na Praia,
c) A uniformização dos DGPOG nos departamentos
aos 30 de Março de 2009. – O Secretário-Geral, Eutrópio
com provisão preferencial por administradores
Lima da Cruz.
públicos;
–––––––o§o–––––––
d) A institucionalização do serviço central de gestão
CONSELHO DE MINISTROS e planeamento da função inspectiva do Estado
articulando as inspecções gerais já consolidadas
––––––– e promovendo um programa de reforço e capa-
Decreto-Lei nº 9/2009 citação das áreas inspectivas a descoberto com
de 30 de Março base na gestão racional dos parcos recursos
No quadro das orientações definidas pelo programa do existentes neste domínio;
Governo no tocante à reforma do Estado e melhoria da e) A introdução de um novo nível de cargos direc-
qualidade dos serviços públicos importa concretizar o es- tivos com a criação das Direcções Nacionais
forço de re-avaliação das funções públicas e subsequente e que correspondem aos serviços centrais
derivação destas para as estruturas orgânicas, avançan- caracterizados pelo facto de exercerem res-
do na definição de um regime de bases que estabeleça ponsabilidades de controlo central do fluxo de
os princípios e normas a que obedece a organização da gestão de recursos institucionais ou de áreas
Administração Pública directa do Estado. de competência material estratégica;
O presente diploma visa reorganizar a administração
central de forma a promover economia de gastos e ganhos de f) A existência de serviços centrais que se estruturem
eficiência pela simplificação e racionalização de estruturas, up-bottom, ou seja, pela provisão inicial dos
ajustando-a aos recursos financeiros do país, e a melhorar serviços centrais reestruturando-se posterior-
a qualidade do serviço prestado aos cidadãos, empresas e mente em Direcções de Serviço ou equipas de
comunidades, por via da externalização, descentralização, trabalho à medida da sua gradual capacitação
desconcentração, fusão ou extinção de serviços. institucional;

Assim, a revisão do quadro organizacional da adminis- g) A criação das Unidades de Coordenação dos Ser-
tração central impõe requisitos mais restritivos para a viços Desconcentrados do Estado (UCSDE),
criação de novos serviços procurando incentivar o agru- estruturas de articulação dos serviços de base
pamento lógico das estruturas e os melhores dispositivos territorial dirigidas pelos Representantes do
de coordenação inter-orgânica sectorial e regional. Governo, cuja organização e funcionamento
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é desenvolvida em diploma próprio, com o b) Gestão por objectivos, devidamente quantifi-


objectivo de promover a gestão integrada e cados, e avaliação periódica em função dos
racional dos serviços desconcentrados em resultados;
áreas de jurisdição que podem coincidir com
ilhas ou agrupamento de concelhos. Com este c) Permanente abertura e adequação às poten-
novo figurino institucional conhecer-se-á um cialidades das tecnologias de informação e
progressivo reforço da desconcentração de po- comunicação;
deres de representação do Governo nas regiões
conforme dispõe a Constituição. d) Recurso a modelos flexíveis de funcionamento em
função dos objectivos, recursos e tecnologias
Nestes termos,
disponíveis;
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do nº 2 do
artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: e) Observância das normas gerais aplicáveis à acti-
vidade da Administração Pública.
CAPÍTULO I
Disposições Gerais 2. Os departamentos governamentais asseguram que
Artigo 1º
os recursos públicos de que dispõem são administrados
de forma eficiente e sem desperdícios, devendo sempre adoptar
Objecto
ou propor as soluções organizativas e os métodos de ac-
O presente diploma estabelece os princípios e normas tuação que representem o menor custo na prossecução
que regulam a organização da administração directa do eficaz das atribuições públicas a seu cargo, procurando
Estado, bem como os critérios e parâmetros que determi- designadamente:
nam a criação, manutenção ou extinção das estruturas
organizacionais. a) Adequar a estrutura à missão, garantindo a justa
Artigo 2º
proporção entre a estrutura operativa e a es-
trutura de apoio;
Âmbito

1.Integram a administração directa do Estado os b) Assegurar um equilíbrio adequado entre serviços


serviços que, pela sua natureza e atribuições, devem centrais e territoriais, visando a prestação de
estar sujeitos ao poder hierárquico, designadamente, os um serviço de qualidade;
serviços de que decorra:
c) Agregar as funções homogéneas do departamento
a) O exercício de poderes de soberania;
governamental em serviços comuns, prefe-
b) O exercício de poderes de autoridade e de repre- rencialmente nos departamentos de média
sentação política do Estado; ou grande dimensão, com competências bem
definidas e com vista à responsabilização pelos
c) O estudo, a concepção, a coordenação, o apoio, o
resultados;
controlo ou a fiscalização de outros serviços.
2. Excluem-se do âmbito do presente diploma as forças d) Desagregar funções inter conflituantes existentes
armadas e os serviços da polícia e protecção civil. na mesma estrutura, designadamente na se-
paração de responsabilidades operacionais da
3. Excepcionalmente podem ser criadas, em diploma
respectiva avaliação, sobre a mesma área de
legal, estruturas internas diferentes das previstas no
competência material, de acordo com o prin-
presente diploma.
cípio da segregação de funções e com vista à
Artigo 3º responsabilização pelos resultados;
Princípios gerais
e) Assegurar a existência de circuitos de informação
A criação, gestão e desenvolvimento de estruturas dos
e comunicação simples e coerentes, tendencial-
serviços referidos no artigo 1º orientam-se pelos princípios
mente agregando num mesmo sistema centra-
da unidade, da racionalização de meios, da desconcen-
lizado a informação de utilização comum, tanto
tração e descentralização, da segregação de funções, da
no seio de cada departamento governamental,
eficácia e eficiência, da transparência e responsabilidade,
como no âmbito da prossecução de finalidades
bem como pelos demais princípios constitucionais que
conformam a actividade administrativa. interdepartamentais;

Artigo 4º f) Reduzir o número de níveis hierárquicos de decisão


Princípios de gestão ao mínimo indispensável à adequada prosse-
cução dos objectivos do serviço;
1. Os organismos da administração directa do Estado
obedecem aos seguintes princípios de gestão:
g) Privilegiar, face à emergência de novas atribuições,
a) Prestação de serviços de qualidade aos cidadãos a reestruturação dos serviços existentes, em
e às empresas; prejuízo da criação de novos.
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Artigo 5º Artigo 10º
Formas alternativas de prestação de serviço público Serviços Partilhados
Em obediência ao princípio da subsidiariedade e da 1. Estruturam-se sob a forma de serviços partilhados as
eficácia, a Administração Pública deve, sempre que funções de carácter intra ou interdepartamental sempre
possível e necessário, garantir a prestação de serviços que daí resulte o acréscimo de eficiência e eficácia através
públicos através de estruturas: da eliminação de estruturas e processos redundantes.
a) Dotadas de autonomia, nomeadamente de institutos,
2. Podem revestir carácter de serviços partilhados,
fundos, serviços autónomos ou associações
entre outras, as seguintes funções comuns:
publicas;
b) Dotadas de independência, nomeadamente das a) Execução orçamental, contabilidade e tesouraria;
entidades administrativas independentes ou; b) Administração de recursos humanos e processa-
c) Via contratação, nomeadamente, através da mento de salários;
concessão, da parceria pública – privada ou
c) Unidades de gestão de aquisição de bens e serviços;
através da terciarização de serviços.
CAPÍTULO II d) Instalação e manutenção de equipamentos e
infra-estruturas.
Modelo de funcionamento da administração
directa do Estado Artigo 11º

Artigo 6º Governação electrónica


Funcionamento em rede 1. A administração directa do Estado deve potenciar
1. O modelo de funcionamento em rede deve ser adop- a utilização dos instrumentos do governo electrónico na
tado quando estejam em causa funções do Estado cuja prestação de serviços directos aos cidadãos, às comuni-
completa e eficiente prossecução dependa de mais de dades e às empresas, que permita:
um serviço ou organismo, quer tenha carácter intra ou
a) Fornecer todos os dados e informações relevantes;
interministerial.
2. Este modelo de funcionamento determina sempre a b) Facilitar o tratamento integrado das relações
integração ou disponibilização de informação de utilização entre o cidadão e o Estado;
comum ou pertinente em formato electrónico. c) Melhorar a eficiência e a eficácia da contratação
3. O funcionamento em rede deve ser considerado no pública de empreitadas e de bens e serviços;
momento da fixação da estrutura interna dos serviços
d) Contribuir para melhorar o aproveitamento das
envolvidos.
oportunidades de desenvolvimento económico.
Artigo 7º
Sistemas 2. Cada órgão ou organismo da administração directa
do Estado deve desenvolver ou integrar um sistema de
1. São organizados sob a forma de sistema, as funções ad-
informação e comunicação de recurso às suas funções
ministrativas transversais aos departamentos governamen-
nucleares, que permita:
tais que careçam de normalização por meio de dispositivos
de coordenação, nomeadamente, as funções de estatísticas, a) A circulação da informação entre organismos por
cooperação, planeamento e orçamento, da gestão dos recursos via electrónica, reduzindo tanto quanto possível
institucionais e seguimento e avaliação. o peso da informação em papel;
2. Os sistemas referidos no número anterior podem com- b) O fornecimento das informações necessárias à boa
preender estruturas de controlo central, estruturas de arti- gestão dos recursos humanos, orçamentais e mate-
culação sectorial bem como serviços de base territorial. riais e à coordenação, controlo e avaliação pelos
Artigo 8º organismos competentes pela sua gestão.
Dupla subordinação
CAPÍTULO III
Os órgãos e serviços responsáveis pelas funções orga-
nizadas sob a forma de sistema estão funcionalmente Estrutura organizacional
sujeitas a orientações técnicas e regulamentos do or- Secção I
ganismo de controlo central do sistema, sem prejuízo Tipologia das estruturas
da subordinação hierárquica ao órgão de coordenação
estratégica em cuja estrutura administrativa estiverem Artigo 12º
integrados. Macro-estruturas
Artigo 9º
A administração directa do Estado, cuja estrutura
Dispositivos de Coordenação
encontra-se em anexo ao presente diploma, fazendo dele
Os departamentos governamentais que tiverem a seu parte integrante, organiza-se em:
cargo a coordenação central de um ou mais sistemas,
a) Departamentos Governamentais;
devem garantir o máximo de desconcentração das deci-
sões e rendimento dos processos de articulação com as b) Unidades de Coordenação dos Serviços Descon-
estruturas sectoriais. centrados do Estado.
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Secção II qual são criados, competindo aos serviços do respectivo
Departamentos governamentais departamento o apoio logístico, administrativo e finan-
ceiro necessário ao seu funcionamento.
Artigo 13º
5. Os órgãos consultivos são previstos nas respectivas
Estrutura dos Departamentos
leis orgânicas que definem as regras necessárias ao seu
1. São departamentos governamentais os Ministérios funcionamento.
e as Secretarias de Estado. Artigo 16º

2. A lei orgânica de cada departamento governamental Gabinete do membro do Governo


define as respectivas missões e atribuições, bem como 1. Junto de cada Ministro ou Secretário de Estado
a estrutura orgânica necessária ao seu funcionamento, funciona um gabinete, encarregado de o assistir pesso-
distinguindo os serviços e organismos que pertencem à almente no desempenho das suas funções.
administração directa dos da administração indirecta.
2. É nomeado pelo membro do Governo, mediante livre
Artigo 14º
escolha, um director de gabinete de entre pessoas, recru-
Organização dos Serviços tadas interna ou externamente, ou ainda requisitadas,
nos termos da lei.
1. Os Departamentos Governamentais organizam-se em:
3. O pessoal técnico e de secretariado recrutado no cor-
a) Órgãos e gabinetes, com funções consultivas e de respondente gabinete é limitado em função das dotações
apoio aos membros do Governo; orçamentadas para o efeito.
b) Serviços centrais, com funções de apoio à formulação Subsecção II
de políticas, elaboração e execução integrada Serviços Centrais
de estratégias nacionais, regulamentação e
Artigo 17º
respectiva inspecção e avaliação;
Serviços centrais
c) Serviços de base territorial, com funções perma-
nentes de prestação directa de bens e serviços 1. Os serviços centrais são organismos com depar-
aos cidadãos e comunidades; tamentalização fixa que exercem funções de apoio,
concepção, execução, coordenação e controle extensivo a
d) Estruturas especiais incumbidas com funções todo o território nacional nas áreas de sua competência
temporárias ou sazonais de prestação de ser- material.
viços aos cidadãos e comunidades.
2. Os serviços centrais organizam-se, em regra, em:
2 O departamento governamental responsável pelos
a) Secretaria-geral do Governo;
Negócios Estrangeiros integra serviços externos, que com-
preendem as missões diplomáticas e postos consulares. b) Direcções Nacionais ou;
Subsecção I c) Direcções Gerais ou equiparadas.
Órgãos e Gabinetes 3. Os serviços centrais podem agrupar-se em serviços
Artigo 15º operacionais de nível hierárquico inferior até um máximo
de dois níveis hierárquicos.
Órgãos consultivos
4. Os serviços de nível hierárquico superior dirigem a
1. Os Departamentos governamentais criam órgãos actuação dos de nível inferior que lhes estão adstritos ou
de consulta externa para, designadamente, possibilitar que deles dependem funcionalmente.
a participação de todos os sectores implicados na formu-
lação, implementação e avaliação das missões e planos 5. Os poderes de direcção compreendem as faculdades
estratégicos dos respectivos organismos, através da coo- necessárias para a consecução do interesse público do
peração entre a Administração Pública, individualidades conjunto orgânico dentro dos limites da sua competência,
de reconhecido mérito e representantes dos interesses e em particular os seguintes:
económicos e sociais. a) Orientar o departamento, planeando os processos;
2. São organizados a nível de cada departamento gover- b) Desenvolver uma matriz plurianual para que as
namental os órgãos consultivos de consulta interna para, decisões correntes possam ser tomadas com
nomeadamente, possibilitar a participação das estruturas uma visão de médio e longo prazo;
de gestão interna na revisão das relações, metodologias
c) Alocar recursos e decisões de forma consistente
e técnicas de trabalho no seio do departamento com o
com a matriz;
objectivo de estimular e melhorar o processo decisório.
d) Especificar resultados esperados e os meios para
3. Os órgãos consultivos apreciam e emitem parece-
os atingir;
res sobre as matérias que lhes forem submetidas pelos
membros do governo. e) Monitorar a efectividade dos projectos e activi-
dades; e
4. Os órgãos consultivos são centrais e funcionam na
dependência directa do membro do Governo junto do f) Assumir acções correctivas.
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6. Cabe designadamente aos serviços centrais: Artigo 20º

a) Preparar os elementos necessários à definição da Direcção-Geral


política governamental relativa ao respectivo
1. A Direcção-geral é o serviço central dotado, em re-
âmbito de competência material;
gra, de autonomia administrativa para actos de gestão
b) Assegurar a coordenação, a direcção e o controle corrente, encarregue de conceber, dirigir, e controlar
técnico e administrativo dos serviços e orga- medidas de política na respectiva área de competência
nismos neles integrados material.
Artigo 18º 2. Os cargos de Directores gerais são providos em co-
Secretaria-Geral do Governo missão de serviço ou mediante contrato de gestão.
1. A Secretaria-Geral do Governo é o mais alto nível Artigo 21º
de direcção e contém atribuições de coordenação, estudo, Critérios para criação de serviços centrais
informação e assistência técnica e jurídica ao Conselho de
Ministros e demais serviços e organismos que integram Sem prejuízo do disposto nos artigos 29º, quanto ao
a Chefia do Governo. serviço central de inspecção e auditoria, 30º, serviços
sectoriais de inspecção e auditoria e 31º, Direcções Gerais
2. Compete, designadamente à Secretaria-Geral do
de Planeamento, Orçamento e Gestão, um serviço central
Governo:
é criado, quando, cumulativamente:
a) Prestar apoio técnico e administrativo à agenda de
trabalhos do Conselho de Ministros, instruindo a) A missão, os objectivos, os recursos e a dignidade
e informando os processos e demais assuntos dos serviços justificarem tal solução;
que lhe sejam atribuídos; b) Não houver outro serviço que tenha, parcial ou
b) Centralizar e dar o devido tratamento técnico aos inteiramente, a mesma missão e;
projectos de diplomas bem como recolher dos
c) Houver obediência à relação entre o mínimo de
departamentos governamentais os pareceres e
recursos humanos e índice de tecnicidade.
as informações com os mesmos relacionados;
Artigo 22º
c) Servir de elo de ligação entre a Chefia do Governo
e os departamentos governamentais trans- Cartas de missão
mitindo-lhes as directrizes e as instruções
superiormente aprovadas; 1. Os responsáveis dos serviços centrais assumem o
compromisso de cumprir as cartas de missão que contêm
d) Coordenar as acções referentes à organização um sistema coerente de indicadores de desempenho orga-
e preservação do património arquivístico da nizacional, o qual deve reflectir os objectivos e o conjunto
Chefia do Governo; das actividades a prosseguir e os resultados a obter no
horizonte temporal do seu exercício de gestão.
e) Assegurar o apoio administrativo aos serviços
e organismos dependentes directamente da 2. O sistema engloba indicadores de economia, de
Chefia do Governo, bem como da gestão das eficiência e ainda de qualidade, caso prestem serviços
instalações que lhe estejam afectas, por lei directamente ao público.
ou determinação superior, designadamente
no que se refere às necessidades de restauro 3. Compete às Direcções Gerais de Planeamento,
e conservação; Orçamento e Gestão garantir a organização, recolha e
sistematização dos dispositivos de aferição da qualidade
f) Exercer as demais atribuições que lhe forem in- das cartas de missão, bem como avaliar, anualmente, os
cumbidas neste domínio. resultados obtidos pelos serviços, em função dos meios
3. O cargo de Secretário-Geral do Governo é provido em disponíveis, devendo as conclusões obtidas constar de
comissão de serviço ou mediante contrato de gestão. um relatório a ser homologado pelo membro do governo
responsável pelo sector.
Artigo 19º
Subsecção III
Direcção Nacional
Organização interna dos serviços centrais
1. A Direcção Nacional é o serviço central dotado, em
regra, de autonomia administrativa para actos de gestão Artigo 23º
corrente no exercício de responsabilidades de controlo
Modelo estrutural
central dos sistemas ou de áreas de competência material
consideradas especialmente críticas ou estratégicas. A organização interna dos serviços centrais obedece
2. O cargo de Director Nacional é provido em comissão aos seguintes modelos estruturais:
de serviço ou mediante contrato de gestão. a) Modelo matricial, quando a natureza do serviço
3. O Director Nacional coordena funcionalmente todos implica focalização em projectos ou produtos
os organismos que integram o sistema central do qual bem identificados que promovam a constituição
é responsável. e mobilidade de equipas multidisciplinares;
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b) Modelo de estrutura hierarquizada, quando a 3. O estatuto remuneratório dos chefes de equipa é de-
natureza do serviço implica focalização nas terminado em função de um suplemento remuneratório,
funções e no pressuposto de uma subordinação indexado ao salário da categoria de origem, e definido
vertical a um serviço de nível superior; em função do nível de competência e responsabilidade
cometidas, não devendo no seu conjunto ultrapassar a
c) Modelo misto integra os serviços onde se verificarem a remuneração do cargo de Director de Serviço.
coexistência dos dois modelos anteriores, adequados
à natureza técnica das suas atribuições. Artigo 26º

Artigo 24º Criação de serviços internos

Direcção de Serviço 1. As direcções de serviço e as equipas de trabalho


criadas no seio de um serviço central não podem duplicar
1. A Direcção de Serviço é a estrutura nuclear dos a existência cumulativa de:
serviços centrais, correspondendo a uma departamenta-
lização fixa, encarregue de executar programas, projectos a) Objectos de intervenção;
e acções numa área específica de actividade e de assistir
b) Métodos e processos de trabalho;
os serviços centrais que integram no exercício das res-
pectivas competências. c) Destinatários da acção;
2. Uma direcção de serviço é criada quando cumulati- d) Base territorial de acção.
vamente possuir:
Subsecção IV
a) Um volume de trabalho e grau de especialização Estruturas de projectos ou missão e comissões
do sector que o justifique;
Artigo 27º
b) Um quadro de pessoal que não afecte o índice
Estruturas de projecto ou missão
de tecnicidade global do serviço central que
assiste, calculado em função do número de 1. A prossecução de missões temporárias que não pos-
colaboradores e o peso de quadros com conte- sam fundamentalmente ser desenvolvidas pelos serviços
údos funcionais que impliquem conhecimentos existentes, pode ser cometida a estruturas de projecto ou
técnico-científicos relevantes para as compe- missão criados por Resolução do Conselho de Ministros,
tências materiais do serviço. podendo ser dotados de autonomia administrativa, finan-
ceira e patrimonial durante a sua actuação.
3. A natureza e o número de direcções de serviço têm
limites máximos previamente fixados nos diplomas orgâ- 2. As estruturas de projecto ou missão têm uma du-
nicos dos respectivos departamentos governamentais. ração limitada ao cumprimento dos objectivos para que
foram criadas na Resolução do Conselho de Ministros e
4. Os cargos de directores de serviço são providos em
que estabelece obrigatoriamente:
comissão de serviço ou mediante contrato de gestão.
Artigo 25º
a) A designação da estrutura de missão;

Equipa de trabalho b) A definição clara dos objectivos do projecto ou da


missão;
1. Na impossibilidade de observância dos requisitos
dispostos no número 2 do artigo anterior, podem os ser- c) Os encargos orçamentais e respectivo cabimento
viços centrais criar equipas de trabalho, entendendo-se orçamental;
como tal um grupo de 3 a 15 pessoas, de entre as quais d) Os termos e a duração do mandato;
será nomeado um responsável, e que integre, em regime
de exclusividade, competências multidisciplinares em e) Os organismos ou serviços intervenientes;
razão das afinidades relacionadas com os resultados da
gestão pretendidos, dotados de relativa autonomia de f) Os tipos de controlo ou aferição dos indicadores
acção e de disposição de meios para o alcance de objectivos de resultados;
fixados no quadro da missão do serviço central a que se g) O estatuto remuneratório das chefias e restante
encontre adstrito. pessoal e as formas de nomeação;
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior as h) O departamento ou departamentos governamen-
equipas de trabalho são criadas quando ocorra uma das tais a que reportam as suas actividades;
seguintes condições:
i) Descrição da eficácia funcional.
a) Existência de processos críticos;
3. A orientação, coordenação e seguimento das acti-
b) Existência de processos que suponham um alto vidades das estruturas de projecto ou de missão devem
risco técnico ou tecnológico e/ou dependa de ser realizadas em estreita articulação com os planos
pessoal altamente qualificado. estratégicos da Administração Central.
c) Necessidade de facilitar e agilizar os processos 4. As estruturas de projectos ou missões devem recorrer
intradepartamentais. essencialmente à requisição e ao destacamento do pessoal
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pertencente aos quadros dos serviços e organismos da para determinadas áreas de intervenção crítica, podendo
Administração Pública, sem prejuízo de poderem celebrar recorrer à contratação externa de inspectores certificados
contratos individuais de trabalho a termo, devidamente para operarem em áreas que não exigem exclusividade
fundamentados, os quais cessam automaticamente no ou especialização.
termo do prazo do mandato.
4. A regulamentação da organização e o funcionamento
5. Findo o prazo da missão, o responsável elabora o do serviço central de inspecção e auditoria será objecto
relatório da actividade desenvolvida e dos resultados de diploma próprio.
alcançados, o qual deverá ser publicado no site do depar-
Artigo 30º
tamento, ou do Governo, após aprovação do membro do
Governo competente. Serviços sectoriais de inspecção e auditoria

Artigo 28º 1. O serviço central de inspecção e auditoria não preju-


Comissões
dica a existência nos departamentos de serviços sectoriais
de inspecção e auditoria, especialmente direccionados
1. As comissões são dispositivos organizacionais espe- para aferir da eficácia e eficiência dos serviços que presta
cialmente dotados para as funções com vocação interde- directamente ao público, das necessidades e desempenho
partamental na medida em que garantem e promovem a dos recursos humanos e da utilização dos meios postos
articulação em domínios onde esta seja necessária. à sua disposição, com vista à adopção de medidas auto-
correctivas e de aperfeiçoamento.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, as
comissões de coordenação: 2. A função de inspecção e auditoria a que se refere o
número anterior poderá ser desempenhada ou por um
a) Harmonizam a formulação e execução de políticas assessor do membro do Governo ou por serviços criados
públicas da responsabilidade do Governo; para o efeito no diploma orgânico departamental, com
respeito pela não duplicação de atribuições.
b) Asseguram a utilização racional, conjugada e
eficiente, de recursos na Administração Pú- 5. O provimento dos cargos directivos para os serviços
blica; de inspecção referidos no presente artigo é feito em co-
missão de serviço ou mediante contrato de gestão.
c) Emitem pareceres sobre as matérias que, no
âmbito da sua acção coordenadora, lhes forem Subsecção VI
submetidas pelos membros do Governo. Serviços de suporte à gestão

3. As comissões de coordenação tem vocação interdepar- Artigo 31º


tamental devendo o diploma que os cria especificar qual o
Serviço de Planeamento, Orçamento e Gestão
membro do Governo de que directamente dependem.
1. Em cada departamento governamental, é criada a
4. Os membros integrantes das comissões podem ter
Direcção Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão
direito a um suplemento remuneratório calculado em
(DGPOG) encarregue de proceder a estatísticas, estudos,
função da complexidade e responsabilidade da missão
cooperação institucional, suporte ao planeamento estra-
num valor a fixar por despacho dos membros do Gover-
tégico, seguimento e avaliação das políticas públicas, bem
no responsável pelo sector nuclear de trabalho, pelas
como do apoio técnico e administrativo na gestão orça-
Finanças e da Administração Pública e poderá revestir
mental, recursos humanos, financeiros e patrimoniais,
a forma de senhas de presença.
e na área da modernização administrativa.
5. O diploma que cria a comissão deve especificar o nível
2. As DGPOG promovem a partilha de actividades
de direcção a que corresponde o estatuto do respectivo
comuns entre os serviços integrantes de um ou mais
coordenador.
departamentos governamentais, com vista à optimiza-
Subsecção V ção dos recursos em domínios de actividade de natureza
administrativa e logística, designadamente:
Serviços inspectivos

Artigo 29º
a) Negociação e aquisição de bens e serviços;

Serviço central de Inspecção e auditoria b) Sistemas de informação e comunicação;

1. É criado um serviço central de inspecção e auditoria. c) Gestão de edifícios;

2. O serviço referido no número anterior tem vocação d) Serviços de segurança e de limpeza;


interdepartamental e tem por objectivo reduzir funções
e) Gestão da frota automóvel;
e processos redundantes, garantindo os mecanismos
de planeamento estratégico, coordenação e controlo da f) Processamento de vencimentos e contabilidade.
função inspectiva.
3. Para efeitos do disposto no número anterior pode
3. O serviço central de inspecção referido no número 1 ser concretizada a requisição ou transferência do pessoal
gere corpos de inspectores em regime de exclusividade anteriormente afecto à execução dessas actividades para
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o serviço prestador, sem prejuízo da manutenção de uma CAPÍTULO IV


estrutura mínima, sendo os respectivos lugares aditados
Da criação, reestruturação, fusão e extinção
ao quadro de destino com a inerente extinção no quadro
de serviços
de origem.
Artigo 35º
4. Aos dirigentes das DGPOG é aplicável o regime Forma e conteúdo dos diplomas
previsto no estatuto dos administradores públicos.
1. Os serviços centrais e de base territorial previstos em
Secção III sede de lei orgânica do respectivo departamento governa-
mental, a criação de novos serviços ou a reestruturação,
Órgãos e serviços de base territorial
fusão e extinção de serviços existentes são aprovados
Artigo 32º mediante decreto-lei.

Serviços de base territorial 2. As disposições constantes das leis orgânicas que


criem unidades orgânicas caracterizadas no presente
1. Sempre que haja razões ponderosas, são criados diploma como equipas de trabalho, estruturas de pro-
serviços vocacionados para a prestação directa de serviços jecto ou missão e comissões, bem como regulamentos de
directos aos cidadãos e empresas com competência limi- organização e funcionamento de serviços previstos na
tada a uma área territorial e cujo nível de equiparação mesma, têm natureza regulamentar.
depende da missão e dos objectivos preconizados, bem 3. Para efeitos de aprovação dos diplomas referidos no
como dos meios materiais e humanos disponíveis. número anterior devem as propostas conter:
2. Os serviços referidos no número 1 podem ter missões a) A designação do serviço, a menção dos serviços
que abrangem uma ou mais ilhas ou um ou mais conce- que lhe deram origem ou do serviço extinto, no
lhos e ter as atribuições próprias dos serviços centrais caso, respectivamente, de criação, reestrutu-
desde que devidamente articuladas. ração ou fusão ou extinção;

3. Sem prejuízo das atribuições dos serviços centrais e b) A respectiva missão;


da necessária articulação com os mesmos, os serviços de c) A identificação das respectivas atribuições;
base territorial têm em regra a equiparação indexada à
d) A identificação do tipo de organização interna;
representatividade do sector governamental na respec-
tiva área de jurisdição, a ser determinada no diploma e) A dotação de lugares de direcção e o estatuto re-
orgânico correspondente. muneratório dos cargos directivos ou de chefia,
se aplicável, e;
Artigo 33º
f) O estatuto do pessoal.
Unidades de Coordenação dos Serviços Desconcentrados
do Estado 4. A aprovação dos quadros de pessoal é realizada em
conjunto com os diplomas orgânicos referidos no presente
1. São criadas as Unidades de Coordenação dos Serviços artigo ou, extraordinariamente, por portaria conjunta
Desconcentrados do Estado (UCSDE), estruturas respon- do membro do Governo da tutela, e dos membros do
sáveis pela articulação da programação, racionalização, Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da
coordenação das operações e avaliação das actividades Administração Pública num prazo de seis meses após a
dos serviços de base territorial, na área de jurisdição em sua publicação.
articulação com os serviços centrais e outras entidades Artigo 36º
públicas e privadas.
Criação de serviços

2. As UCSDE são superiormente dirigidas por Re- 1. A criação de novos serviços implica a não existência
presentantes do Governo (RG), em conformidade com de outros serviços que prossigam total ou parcialmente
as orientações do Primeiro-Ministro e dos membros do os mesmos fins, ou a extinção dos serviços que os prossi-
governo, em função das suas competências. gam, de forma que resulte clara a responsabilidade pelas
funções que determinam a criação de um novo serviço
3. A organização e funcionamento das UCSDE, as rela- do Estado.
ções de subordinação hierárquica e funcional dos serviços
de base territorial, bem como as respectivas áreas de 2. Não podem ser criados novos serviços da adminis-
jurisdição são objecto de diploma próprio. tração directa do Estado cujas missões sejam ou possam
ser prosseguidas por serviços existentes.
Artigo 34º
3. As atribuições e competências dos diferentes serviços
Equipas de missão ou de projectos locais e seus departamentos devem permitir a identificação
de responsabilidades pelos resultados nos vários níveis
Podem ser constituídas, por despacho do Representante hierárquicos ou nas diferentes áreas de actividade.
do Governo, equipas de missão ou de projectos locais, Artigo 37º
que funcionam na directa dependência do mesmo e cujos
Reestruturação, fusão ou extinção de serviços
objectivos, duração, membros integrantes, hierarquia
interna e remuneração, são definidos no acto da sua 1. Sempre que a finalidade de um serviço se encontre
criação. esgotada ou verificando-se que o mesmo prossegue missões
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complementares, paralelas ou sobrepostas às de outros Artigo 41º


serviços, deve o competente membro do Governo promover, Avaliação de desempenho dos serviços
nos termos do número 1 do artigo 35º, a sua extinção,
1. As funções e os objectivos prosseguidos pelos serviços
reestruturação ou fusão.
que integram a administração directa do Estado são ob-
2. As iniciativas tomadas nos termos do número anterior jecto de avaliação periódica, sem prejuízo das iniciativas
devem conter justificação objectiva e fundamentada internas de revisão das estruturas e em obediência aos
da finalidade do serviço em causa ou das relativas à princípios previstos no presente diploma.
prossecução de missões complementares, paralelas ou 2. A avaliação é determinada por despacho conjunto dos
sobrepostas às de outros serviços. membros do Governo da tutela, Administração Pública e
Artigo 38º das Finanças e pode ser realizada por auditores externos
ou por órgãos de controlo oficial.
Extinção de serviços
Artigo 42º
1. A extinção de órgãos e serviços opera-se designa- Alterações de regime de pessoal
damente:
1. Quando se verifique alteração do regime de pessoal
a) Quando tenha decorrido o prazo pelo qual tenham de um serviço da administração directa do Estado, o
sido criados; pessoal que, nos termos da lei, nele deva exercer funções
conserva o respectivo regime de origem.
b) Quando tenham sido alcançados os fins para os
quais tenham sido criados, ou se tenha tornado 2. Nos casos previstos no número anterior, o regime de
impossível a sua prossecução; pessoal em vigor no serviço, à data da alteração, mantém-se
como regime transitório, bem como os correspondentes
c) Quando não subsistir as razões que ditaram a quadros e mapas de pessoal, sendo os respectivos lugares
personificação do serviço em causa ou incapaci- extintos à medida que vagarem.
dade de cumprir com a sua carta de missão.
3. Quando, em consequência de processos de reorgani-
Artigo 39º zação, seja afecto ao serviço pessoal em regime diferente
Pareceres prévios
do que nele vigora, o pessoal afecto mantém o respectivo
regime de origem, considerando-se para o efeito auto-
1. A proposta relativa à criação, reestruturação, fusão maticamente criado o número necessário de lugares em
ou extinção de serviços apenas pode ser presente ao quadros ou mapas de pessoal correspondentes àqueles
Conselho de Ministros desde que acompanhada de pa- regimes.
recer prévio dos serviços competentes dependentes dos
4. O pessoal considerado em regime de disponibilidade
membros do governo responsáveis pelas Finanças, pela
é enquadrado no quadro de mobilidade centralmente
Reforma do Estado e Administração Pública.
dirigido pela Direcção-Geral da Administração Pública.
2. Os pareceres referidos no número anterior incidem, Artigo 43º
nomeadamente, sobre a conformidade com: Revogação

a) A disciplina orçamental em vigor; e É revogado o Decreto-Lei nº 44/2004, de 8 de Novembro.


Artigo 44º
b) As orientações e regras definidas no presente
diploma e nas pautas de verificação de não Entrada em vigor
concorrência de missões na mesma área de O presente diploma entra em vigor a partir de 1 de
actividade, posição na tipologia de funções e Março de 2009.
âmbito de actuação.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
CAPÍTULO V José Maria Pereira Neves - Manuel Inocêncio Sousa
Disposições transitórias e finais - Basílio Mosso Ramos - Maria Cristina Lopes de Al-
meida Fontes Lima - José Brito - Cristina Duarte - Lívio
Artigo 40º Fernandes Lopes - Marisa Helena do Nascimento Morais
Base de Dados dos Organismos Públicos - Fátima Maria Carvalho Fialho - Maria Madalena Brito
Neves - Sidónio Fontes Lima Monteiro - José Maria
1. O departamento governamental que tenha a seu Veiga - Sara Maria Duarte Lopes - Manuel Veiga - Vera
cargo a Administração Pública, é responsável pela cria- Valentina Benrós de Melo Duarte Lobo de Pina - Janira
ção e permanente actualização da Base de Dados dos Isabel Fonseca Hopffer Almada.
Organismos Públicos, contendo a localização, descrição e
Promulgado em 25 de Março de 2009
composição dos serviços públicos, bem como da respectiva
divulgação através dos meios mais eficazes, designada- Publique-se.
mente, o site do Governo. O Presidente da República, PEDRO VERONA RO-
2. A divulgação a que se refere o número anterior DRIGUES PIRES.
inclui os organogramas e quadros de pessoal de cada Referendado em 1 de Abril de 2009.
departamento governamental, bem como a referência às
disposições orgânicas em vigor. O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves.
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ANEXO
(a que se refere o artigo 12º)

l1 l2

Rl H2

O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves.

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