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Depressão

A depressão é considerada pela Organização Mundial da Saúde


(OMS) como o "Mal do Século". No sentido patológico, há presença
de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com
frequência e podem combinar-se entre si. A depressão provoca
ainda ausência de prazer em coisas que antes faziam bem e grande
oscilação de humor e pensamentos, que podem culminar em
comportamentos e atos suicidas. Pessoas acometidas por
depressão podem, além da sensação de infelicidade crônica e
prostração, apresentar baixas no sistema de imunidade e maiores
episódios de problemas inflamatórios e infecciosos. A depressão,
dependendo da gravidade, pode desencadear, também, doenças
cardiovasculares, como enfarto, AVC e hipertensão.

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e


prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas
as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por
telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias. A ligação para
o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita
a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é
possível acessar www.cvv.org.br para chat.

 Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos


e sociais muitas vezes são consequência e não causa da
depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a
depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é
genética. Estima-se que uma em cada cinco pessoas no mundo
apresentam problemas relacionados a depressão em algum
momento da vida.

A melhor forma de prevenir a depressão é cuidando da mente e do


corpo, com alimentação saudável e prática de atividades físicas
regulares. Saber lidar com o estresse e compartilhar os problemas
com amigos ou familiares é alternativa, que pode ser aliada à
prática de alguma atividade integrativa e complementar, como yoga,
por exemplo. Ajudam a prevenir a depressão leitura, aprender
coisas novas, ter hobbies, viajar e se divertir. Essas práticas
mantém a cabeça ativa e a ocupam com pensamentos positivos.
Além das alterações de humor ou irritabilidade, ansiedade e
angústia a depressão possui diversos sinais e sintomas, que podem
ser isolados ou somatizados.

Os principais sintomas da depressão são:

 Irritabilidade, ansiedade e angústia;


 Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para
fazer as coisas;
 Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer ;
 Desinteresse falta de motivação e apatia;
 Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero
e desamparo;
 Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa,
baixa autoestima;
 Sensação, inutilidade, ruína e fracasso;
 Interpretação distorcida e negativa da realidade;
 Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e
esquecimento;
 Diminuição do desempenho sexual;
 Perda ou aumento do apetite e do peso;
 Insônia ou despertar matinal precoce;
 Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas
médicos; 

Existem alguns fatores de risco que podem contribuir para o


desenvolvimento da depressão. 

 Histórico familiar
 Transtornos psiquiátricos correlatos
 Estresse crônico
 Ansiedade crônica
 Disfunções hormonais
 Excesso de peso
 Sedentarismo e dieta desregrada
 Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
 Uso excessivo de internet e redes sociais
 Traumas físicos ou psicológicos
 Pancadas na cabeça
 Problemas cardíacos
 Separação conjugal
 Enxaqueca crônica
Como diferenciar tristeza e depressão?

 Tristeza tem motivo. A pessoa sabe que está triste. 


 A depressão é uma tristeza profunda e muitas vezes sem
conteúdo, sem motivo aparente. Mesmo se algo maravilhoso
acontecer ou estiver acontecendo, a pessoa continuará triste.
 A pessoa triste pode ter sintomas no corpo, como sentir
aperto no perito, taquicardia, chorar. 
 A pessoa deprimida tem pensamentos suicidas. 
 Quem está triste costuma ter pensamentos repetitivos sobre a
razão da tristeza.
 Quando deprimida, a pessoa sente, pelo menos, duas
semanas de uma tristeza profunda e contínua.

Assim como outros transtornos, a depressão pode se manifestar de


diferentes formas dependendo da pessoa, de seus hábitos e dos
fatores de riscos. É importante entender como cada um deles se
apresenta para ter um conhecimento prévio a respeito do que pode
ou não ser depressão.

Transtorno depressivo persistente

Também chamado de distimia, é um humor deprimido que dura pelo


menos dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno
depressivo persistente pode ter episódios de depressão maior,
juntamente com períodos de sintomas menos graves.

Depressão perinatal ou pós-parto

As mulheres com depressão pós-parto experimentam grande


depressão durante a gravidez ou após o parto (depressão pós-
parto). Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão
que acompanham a depressão perinatal podem dificultar que essas
novas mães completem atividades de cuidados diários para si e / ou
para seus bebês.

Depressão psicótica

Ocorre quando uma pessoa sofre de depressão grave, além de


alguma forma de psicose, como ter falsas crenças
fixas perturbadoras (delírios), ouvir ou ver coisas que outras
pessoas não conseguem ouvir ou ver (alucinações). Assim, trata-se
de uma categoria atípica de depressão maior, onde as pessoas
demonstram sintomas psicóticos e comportamento depressivo geral
ao mesmo tempo. 

Transtorno afetivo sazonal

É caracterizado pelo início de um quadro de tristeza


prolongada durante os meses de inverno, quando há menos luz
solar natural.

A depressão de inverno, como costuma ser conhecida, é uma forma


de depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente
durante o outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar
as pessoas mais vulneráveis a flutuações normais de humor,
acompanhada do aumento do sono e ganho de peso.

Transtorno afetivo bipolar

É diferente da depressão, mas é incluído nesta lista porque alguém


com transtorno bipolar  vivenciam episódios de humores
extremamente baixos que atendem aos critérios de depressão
maior (chamado “depressão bipolar”).

Uma pessoa com transtorno bipolar também experimenta estados


altamente elevados – eufóricos ou irritáveis - chamados de “mania”
ou uma forma menos grave chamada “hipomania”.

Tratamentos para os sintomas de depressão

Cada quadro depressivo precisa ser avaliado por um médico


especialista, pois só assim será possível entender a gravidade e
qual é o tratamento mais adequado. Além disso, não existe um
tempo pré-estabelecido para os tratamentos, sendo necessário
avaliar a evolução do caso do paciente e ir ajustando o que for
necessário. Vamos conhecer alguns dos principais tratamentos para
depressão.

Psicoterapia

Em casos de depressão leve, somente a psicoterapia pode ser um


tratamento eficaz para a doença. Isso não significa que não seja
indicada em quadros de depressão mais grave. A psicoterapia
é essencial para todos os tipos de pacientes depressivos, pois
tem como objetivo trabalhar as causas emocionais que
desencadearam o transtorno. Ao longo das sessões, o paciente
será estimulado a refletir sobre a raiz de suas angústias e medos e
exercitar o autoconhecimento de maneira profunda.  trabalho é de
médio ou longo prazo, podendo durar meses ou anos. Além disso, é
válido ressaltar que a psicoterapia não é indicada apenas para
pessoas com depressão,  afinal, todos nós temos conflitos e
questões internas para trabalhar junto de um psicólogo.

Tratamentos alternativos

Yoga, Reiki, acupuntura meditação são ótimos tratamentos


alternativos que podem auxiliar no combate à depressão. Cada um
da sua maneira, todos proporcionam relaxamento e sensação de
bem-estar. Os benefícios virão se praticados com regularidade.

Medicação

Todo paciente com depressão deve consultar um psiquiatra, pois


ele poderá indicar se há ou não necessidade de medicação para o
tratamento da doença. Remédios antidepressivos são indicados,
principalmente, em casos de depressão moderada ou grave, mas
cabe apenas ao psiquiatra tal avaliação. Os medicamentos são
muito importantes, porque têm como papel repor
neurotransmissores cerebrais que faltam quando a pessoa está em
depressão, entre eles podemos citar a serotonina e noradrenalina
(melhoram o bem-estar e o humor)

Medicamentos psiquiátricos

Os medicamentos psiquiátricos, psicofármacos ou psicotrópicos são


grupos de substâncias químicas que trabalham no sistema nervoso
central. Por afetarem os processos mentais, alteram a
percepção, emoções e comportamentos dos pacientes.

Há dezenas de psicofármacos no Brasil para o tratamento do


mesmo transtorno ou de transtornos diversos. A escolha do
medicamento leva em consideração uma variedade de fatores
particulares, como história pessoal do paciente, idade, patologias
físicas, histórico de doenças e resposta a usos anteriores. 

Medicamentos  para depressão

Fluoxetina É  um dos medicamentos mais utilizados para o


tratamento da depressão, ansiedade, síndrome do pânico, bulimia,
disforia e outros. Ele aumenta os níveis de serotonina, o
neurotransmissor responsável pela regulagem do humor, bem-
estar, sono, apetite, entre outras funções. É ideal para transtornos
que causam o desequilíbrio na produção de serotonina. A
recomendação da fluoxetina é ingeri-la diariamente. Os efeitos
positivos começam a se manifestar no período de 2 a 6 semana

Escitalopram Indicado para pacientes depressivos e ansiosos, além


dos que apresentam síndrome do pânico, transtorno obsessivo
compulsivo e transtorno de ansiedade social, é um dos
medicamentos mais recomendados pelos médicos.
O escitalopram corrige as concentrações danosas de
neurotransmissores no cérebro, aumentando os níveis de
serotonina entre os neurônios. Combate os sintomas da depressão
aguda mais rápido do que outros medicamentos. 

A melhora clínica é visível entre 2 a 6 semanas. Em alguns casos, a


ação terapêutica pode ocorrer em apenas quatro semanas.

Citalopram Este medicamento é próprio para o tratamento da


depressão, do pânico e do transtorno obsessivo compulsivo. Os
principais efeitos do citalopram são observados entre 2 a 4
semanas após o início do uso. Atua corrigindo as concentrações
inadequadas de neurotransmissores, como a serotonina.

Medicamentos psiquiátricos para ansiedade

Diazepam Gera alívio sintomático da ansiedade e outras


patológicas associadas à síndrome da ansiedade generalizada,
incluindo também insônia e síndrome do pânico.
O diazepam produz um efeito calmante no corpo e também
funciona como sedativo. O efeito é notado após 20 minutos de sua
ingestão, sendo que sua concentração máxima é atingida de 30 a
90 minutos depois de sua administração. 

Bromazepam Indicado para ansiedade, tensão, transtornos do


humor e esquizofrenia. Em doses baixas, reduz a tensão e
ansiedade e, em mais elevadas, tem efeito sedativo e relaxante
muscular. Seu uso é recomendado apenas em quadros graves ou
incapacitantes.

Alprazolam O alprazolam é usado no tratamento de transtornos


de ansiedade e do pânico, com ou sem agorafobia. Ele atua
principalmente no sistema nervoso central, por isso, pode haver
leve comprometimento de reflexões leves e sonolência durante o
dia. Reduz a manifestação de sintomas como tensão, apreensão,
irritabilidade, insônia, taquicardia, hiperatividade

Lorazepam Atua como controle do transtorno de ansiedade


generalizada ou para o alívio dos sintomas no cotidiano. Pode ser
também usado como medicação complementar no tratamento da
ansiedade em estados psicóticos e depressão profunda. Age em
diversos receptores em locais diferentes do sistema nervoso
central, diminuindo a geração de estímulos nervosos dos neurônios.
Dessa forma, reduz a ansiedade. 

CID-10 Depressão
F32 Episodios depressivos

CID 10 - F32 Episódios depressivos


CID 10 - F32.0 Episódio depressivo leve
CID 10 - F32.1 Episódio depressivo moderado
CID 10 - F32.2 Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos
CID 10 - F32.3 Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos
CID 10 - F32.8 Outros episódios depressivos
CID 10 - F32. 9 Episódio depressivo não especificado
Bibliografia
Depressão: causas, sintomas, tratamentos e diagnósticos e prevenção.
TJDFT, 2022. Disponível em: encurtador.com.br/tzDHW. Acesso em: 05
out. 2022.

Valorização da vida. CVV, 2022. Disponível em: http://www.cvv.org.br/ .


Acesso em: 05 out 2022.

Tratamento para depressão. Vittude, 2022. Disponível em:


https://www.vittude.com/blog/tratamentos-para-depressao/ Acesso em:
05 out 2022.

Medicamentos psiquiátricos. Vittude, 2022. Disponivel em:


https://www.vittude.com/blog/medicamentos-psiquiatricos/ . Acesso em:
05 out 2022.

CID 10. MedicinaNet,2022. Disponivel em :


https://www.medicinanet.com.br/pesquisa/cid10/cod/f32.htm , Acesso
em 05 out 2022.

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