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COMUNICAÇÃO ASSERTIVA
FICHA TÉCNICA
UFCD/Módulo Comunicação interpessoal e comunicação assertiva
Carga horária 50H
Definição de objetivos
Introdução
1.1.1. Emissor
1.1.2. Receptor
1.1.3. Canal
1.1.4. Mensagem
1.1.5. Código
1.1.6. Contexto
1.1.7. Feedback
1.2.1. Passivo
1.2.2. Agressivo
1.2.3. Manipulador
1.2.4. Assertivo
2. Comunicação assertiva
2.4. Empatia
2.7. Paralinguagem
3. Barreiras à comunicação
5.1. Abertas
5.2. Fechadas
5.3. Retorno
5.4. Reformulação
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INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da Humanidade, o ser humano, como ser social sentiu necessidade de
comunicar com os seus semelhantes de modo mais profundo do que através dos processos
comunicacionais básicos e rudimentares utilizados pelas outras espécies. O Homem tem, portanto,
uma necessidade crescente de desenvolver, estudar e aperfeiçoar as técnicas comunicacionais e
fenómenos associados. O indivíduo relaciona-se com os seus semelhantes e adquire a forma de
agir e de pensar dominantes na sociedade em que está inserido.
Em média, o ser humano passa ¾ do seu tempo a comunicar com outras pessoas,
podendo ser afirmado que a comunicação humana é uma vertente fundamental no processo das
relações interpessoais.
Ao adquirir as regras e normas que regem uma determinada sociedade, o ser humano vai
desenvolvendo as suas capacidades de comunicação. Enquanto ser cultural, cada indivíduo
apreende da sociedade valores que se transmitem de geração em geração, para melhor se
relacionar com os outros.
Comunicação, de uma forma sintética, é a Acão, efeito ou meio de entrar em relação com o
outro. Podemos dizer que é o processo que realiza a transmissão interpessoal de ideias,
sentimentos e atitudes entre dois (ou mais) indivíduos ou organizações: para além de permitir a
troca de informação, possibilita e garante a dinâmica de grupo e a dinâmica social.
Passamos grande parte da vida a partilhar emoções e afetos, trocando ideias, informações,
saberes e experiências, trabalhando lado a lado com outras pessoas. Por isso mesmo, uma das
principais chaves para a comunicação é a capacidade de estabelecer interação com os outros
indivíduos, entendendo-se por interação o processo de ação e reação recíprocas entre pessoas,
que se manifesta através de linguagem verbal ou não verbal.
Sempre que à interação se alia a inter-relação – capacidade de estabelecer elos afetivos – surge a
comunicação.
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1.1. FUNÇÃO E IMPORTÂNCIA DOS ELEMENTOS QUE INTERVÊM NO PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
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Toda a comunicação tem por objetivo a transmissão de uma mensagem e é
formada por um certo número de elementos, é a combinação destes elementos,
devidamente estruturados, que torna possível a comunicação.
1.1.1. EMISSOR
1.1.2. RECETOR
1.1.3. CANAL
É o condutor da mensagem, o meio que permite a circulação da informação enviada pelo Emissor,
via de circulação das mensagens. Pode ser definida, de maneira geral, pelos meios técnicos aos
quais o emissor tem acesso, a fim de assegurar o encaminhamento da sua mensagem para o
destinatário.
1.1.4. MENSAGEM
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1.1.5. CÓDIGO
1.1.6. CONTEXTO
1.1.7. FEEDBACK
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O Feedback deve ser:
• Aplicável: pertinente
• Oportuno: há situações em que faz sentido aguardar até que o recetor esteja
recetivo para aceitar o feedback; no entanto, muitas vezes, será tão eficaz quanto
mais imediato for (adiá-lo pode levar à diminuição do seu impacto);
• Solicitado: existem pistas verbais e não verbais que nos indicam se o formando
se encontra ou não disponível para recebê-lo;
Nem todas as pessoas se comportam da mesma forma quando comunicam com alguém. Umas
são mais agressivas, outras mais passivas, algumas mais manipuladoras e outras mais assertivas.
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Desta forma, podemos dizer que comunicamos e agimos de acordo com alguns estilos de
comunicação.
Existem várias formas de comunicar. O ser humano está constantemente a comunicar, quer
verbal, quer não verbalmente.
Esta constância da comunicação faz com que se desenvolvam estilos mais ou menos marcados
de comunicar e de interagir com os outros.
Alguns autores tentaram investigar mais aprofundadamente, tendo chegado à conclusão que
existem quatro estilos de comunicação.
Estilo Agressivo
Estilo Passivo
Estilo Manipulador
Estilo Assertivo
1.2.1. PASSIVO
O passivo raramente entra em desacordo com o meio e com os outros, não desenvolvendo
qualquer ação para manifestar os seus desejos e sentimentos.
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São vários os sinais que permitem identificar um passivo, entre eles encontram-se:
Face a estas características o passivo desenvolve uma má comunicação com os outros, uma
vez que estes não conhecem as suas opiniões, os seus sentimentos, as suas necessidades. O
passivo poderá mesmo perder o respeito por si próprio porque realiza frequentemente atividades
que não o motivam, mas que não consegue recusar.
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1.2.2. AGRESSIVO
Este estilo caracteriza-se por um conjunto de comportamento em que se visa e exerce uma
situação de domínio e ganho, ignorando, marginalizando e desvalorizando os outros participantes.
A pessoa que utiliza o estilo agressivo com maior frequência tende a agir como se não
cometesse falhas, sendo extremamente críticos em relação ao trabalho dos outros. Dificilmente
conseguem desenvolver relações íntimas e de segurança, uma vez que o principal objetivo que os
move é precisamente “ganhar aos outros”.
O agressivo procura:
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agressivos para com o interlocutor, com o objetivo de fazer valer os seus direitos à custa
da submissão do outro.
O individuo agressivo pretende dominar, valorizando-se à custa de terceiros, os quais
tende a ignorar ou a desvalorizar.
São geralmente pessoas demasiadamente críticas e controladoras que utilizam a
1.2.3. MANIPULADOR
São vários os sinais que permitem identificar um manipulador, entre eles encontram-se:
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As condições/motivos que podem auxiliar ao
desenvolvimento de um estilo manipulativo são vários entre
elas encontram-se uma educação tradicional na qual a
manipulação era usada para atingir os fins.
1.2.4. ASSERTIVO
A assertividade pode ser caracterizada como a capacidade do indivíduo afirmar os seus direitos
sem ir contra os direitos dos outros. É, portanto uma forma comportamental de comunicar que
significa afirmar, quer verbalmente, quer gestualmente o que eu quero, sinto e penso, dando
simultaneamente espaço de afirmação ao outro.
e opiniões do indivíduo sem interferir com a liberdade do seu interlocutor. Contudo, a comunicação
assertiva também tem limites: não serve para toda e qualquer situação, nem para se alcançar
todos os objetivos que se desejam.
São vários os sinais que permitem identificar o estilo assertivo, entre eles encontram-se:
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Procura compromissos realistas quando se encontra em desacordo;
Consegue estabelecer relações baseadas na confiança;
É verdadeiro consigo mesmo e com os outros.
O comunicador assertivo deseja que “ambas as partes ganhem, caso seja possível”.
Determinação - Uma pessoa assertiva não tem medo de dizer aquilo que sente e pensa, apesar
de respeitar a opinião dos outros. A determinação surge como a força de vontade para alcançar os
objetivos pretendidos.
Empatia - Uma pessoa assertiva consegue ser empática, consegue colocar-se no lugar do outro
o que pressupõe uma boa capacidade de escuta, bem como a capacidade de se descentrar de si
próprio.
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Tolerância à frustração - Resistência a aspetos negativos de acontecimentos e situações.
Capacidade de gerir tensões e conflitos.
2. COMUNICAÇÃO ASSERTIVA
É o estilo de comunicação que nos permite ser mais construtivos na relação com os outros.
Não é uma característica inata ou um traço de personalidade que alguns de nós possuem e outros
não. É uma aptidão que pode ser aprendida, isto é, que cada um pode desenvolver mediante um
treino sistemático e estruturado. A maior parte das pessoas não é assertiva em todas as situações.
Por exemplo, podemos comunicar assertivamente com um colega de trabalho e ter bastante
dificuldade em fazê-lo com familiares. Não será correto dizer que uma pessoa é simplesmente
assertiva ou não assertiva, mas sim que há ou não tendência para comunicar assertivamente em
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determinadas situações.
Faz com que os outros aumentem o seu respeito e admiração por nós.
Permite que, ao defendermos os nossos direitos, consigamos que as nossas preferências sejam
respeitadas e as nossas necessidades satisfeitas.
Um aspeto que é importante em conta é que NINGUÉM é 100% assertivo com todas as pessoas e
em todas as situações.
Para cada pessoa, a facilidade que tem em comportar-se de forma assertiva depende muito da
pessoa a quem esse comportamento se dirige (pais, professores, amigos, familiares, etc.) e da
situação em que se encontra (auto-afirmação, expressão de sentimentos positivos, etc.).
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Atitudes Assertivo
Esclarecido
Valorizado
Como me sinto como
recetor
Respeitado
Escutado
Confiante
Calmo
Ter resultados
Ser claro
Aumento do auto-respeito
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O ASSERTIVO NÃO DIZ O ASSERTIVO DIZ
Componente verbal
Rigor na afirmação.
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Resolução de conflitos através da negociação.
Rosto descontraído.
Princípios da Assertividade
Ser ASSERTIVO -
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• Aceitar o elogio, quando se considera o elogio merecido.
• Esclarecer o pedido.
• Reconhecer o pedido.
• Permite defender os próprios direitos e, tratar as restantes pessoas com o devido respeito,
enquanto seres humanos;
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• Reduz o stress físico e mental, porque as pessoas deixam de ser vítimas para passar a ser
atores com protagonismo no processo de comunicação;
2.4. EMPATIA
Entende-se por escuta dinâmica a forma de escutar para ouvir e não para responder,
compreender os significados das palavras, escutar o conteúdo emocional que está agregado à fala
e confirmar às partes que estão a ser ouvidas. A escuta dinâmica cria confiança com as partes,
conserva um espaço seguro, facilita o domínio da situação, clarifica os interesses, elimina dúvidas
e permite o perfeito entendimento de tudo o que está a ser escutado. Escuta ativa/dinâmica é
compreender a intenção do que está a ser comunicado.
O silêncio - o silêncio para dar poder às partes. Usado efetivamente, ajuda as partes a se
responsabilizarem. Também é uma técnica para mostrar respeito ao dar às partes tempo para a
reflexão.
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Esclarecimentos, afirmações ou perguntas – destinam-se a fazer entender um ponto específico.
Exemplo:“deixe que eu esclareça um ponto...”. O propósito é estimular a ampliação de um foco e
lidar com sentimentos confusos, ajudando na construção de um relato coerente.
Resumir, condensar– destinam-se a sintetizar oque foi dito acentuando os pontos mais relevantes.
Exemplo: “o ponto principal é...”. Tem o propósito de destacar os pontos-chave e evitar as
elaborações não importantes.
Repetir – dizer exatamente o que diz a pessoa. Exemplo: “você disse...”. Tem como finalidade
enfatizar um ponto importante.
Parafrasear – consiste em repetir oque a pessoa disse mas por outras palavras para confirmar que
o que foi dito foi entendido. Tem o propósito de confirmar o conteúdo e as emoções.
Afirmar – significa dar valor ou demonstrar empatia pelas pessoas. O propósito é reconhecer o
direito das pessoas de terem seus sentimentos ou de manterem as suas posições sem, com isso,
demonstrar que estejam a favor ou contra elas. Exemplo: “acredite que entendo como esta
situação lhes causa tanto rancor”.
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Preconceitos – em alguns casos, o preconceito pode prejudicar o entendimento da escuta. É
preciso não querer adivinhar, ou seja, entender por antecipação.
Confusão exterior– cobrança de familiares e amigos pelos resultados a seu favor prejudicam a
escuta.
Linguagem– vícios adquiridos entre famílias próprios das regiões, gírias, pleonasmos, etc.
Neste sentido, ter uma atitude de escuta ativa é estar disponível para receber as mensagens
dos outros e tentar compreendê-las, o que implica:
Sabia que...
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“Simpatia gera simpatia”
Semântica Sintaxe
2.7. PARALINGUAGEM
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inconscientemente, e isso inclui o tom de voz, volume, em alguns casos, uma expressão facial. Às
vezes, a definição é restrita a sons produzidos vocalmente.
Os últimos são fenômenos que podem ser observados na fala , mas que não pertencem ao
sistema convencional de código arbitrário da língua.
As propriedades paralinguísticas da fala desempenha um papel importante na comunicação de voz
humana. No entanto, a distinção linguística versus paralinguísticos não se aplica apenas ao
discurso, mas a escrita e a linguagem gestual também, e não está vinculada a qualquer
modalidade sensorial.
Até mesmo a linguagem vocal tem algumas modalidades paralinguísticas, bem como propriedades
linguísticas que pode ser visto (leitura labial), e ainda sentir esses efeitos.
Então pode-se distinguir os seguintes aspectos de sinais de voz e expressões :
1ª aspectos em perspectiva
Os sinais de fala que chegam as orelhas de um ouvinte tem propriedades acústicas que podem
permitir que os ouvintes tentem a localizar o alto-falante (distância, direção). Localização do som
que funciona de forma semelhante, também para os sons da fala .
2ª aspectos orgânicos
Os órgãos da fala de falantes diferentes, diferem no tamanho. Como as crianças crescem, os
órgãos da fala se tornam maiores e existem diferenças entre adultos do sexo masculino e feminino,
as diferenças não dizem respeito somente o tamanho, mas também a proporção.
3ª aspectos expressivos
As propriedades da voz e da maneira de falar são afetados por emoções e atitudes. Normalmente,
nas atitudes são expressas as emoções e intencionalmente ou sem intenção, mas as tentativas de
falsificar ou esconder as emoções não são incomuns.
4º Aspectos linguísticos:
Estes aspectos são a principal preocupação dos linguistas. Ordinária transcrições fonéticas dos
enunciados refletem apenas linguisticamente informativo e de qualidade. O problema de como os
ouvintes fazem do fator informativo e da qualidade linguística de sinais de voz é um tópico de
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pesquisa atual.
Algumas das características linguísticas de expressão, em particular da sua prosódia, são
paralinguísticos ou pré-linguística na origem. Um fenômeno fundamental e generalizada a maior
parte deste tipo é conhecido como o código de frequência "(Ohala, 1984). Esse código funciona
mesmo na comunicação entre as espécies.
Assim sendo podemos dizer que a paralinguagem é um conceito que se aplica às modalidades da
voz (modificações de altura, intensidade, ritmo...) que fornecem informações sobre o estado afetivo
do locutor, e ainda outras emissões vocais tais como o bocejo, o riso, o grito, a tosse....
A qualidade da voz e as vocalizações que emitimos durante a fala dividem-se em quatro índices
paralinguisticos:
3. BARREIRAS À COMUNICAÇÃO
Comunicar é trocar mensagens. Sabemos que não é fácil (é talvez impossível) dissociar o que é
dito, de quem o diz. E isto porque no nosso discurso está sempre presente, de forma manifesta ou
latente, aquilo que somos.
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Existem diversos fatores que o comunicador não deve desconhecer, de modo a poder superá-
los.
Estas barreiras aparecem por vezes designadas por distância psicológica. Imaginemos, numa
sequência linear, um tanto artificial, o processo de envio de uma mensagem do sujeito A para o
sujeito B.
1. Construção da ideia a nível conceptual. Remete para o âmbito cognitivo, uma vez que se
faz apelo à capacidade de abstração e ao raciocínio, estando implicado o quadro de referências
em que se move o sujeito;
b) Ao Nível do Código
Se o emissor usar sinais (sons, gestos, grafismos) que sejam desconhecidos do recetor, este
não tem hipótese de descodificar a mensagem e perceber o que o outro lhe envia.
c) Ao Nível da Mensagem
Se a mensagem não for oportuna, pertinente, motivadora, pode não suscitar sequer a atenção
do recetor. Se for demasiado dissonante com o quadro referencial do recetor é provável que este a
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recuse. Os valores culturais e éticos do recetor podem provocar uma forte recusa da mensagem,
não chegando mesmo a “ouvir” o que se quer dizer.
As barreiras da comunicação são tudo o que impede que a comunicação se efetue de forma eficaz.
As barreiras podem classificar-se em:
• Barreiras externas
• Barreiras internas
Exemplos:
• Ruído
• Distância
• Temperatura
• Iluminação
• Separadores
Exemplos:
Cansaço e doença
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Quando o sujeito não está interessado nem envolvido na relação com o outro, é pouco
provável que a mensagem seja recebida e interpretada corretamente.
• Quadros de referência
Para se comunicar com eficácia, é fundamental ter ideias positivas acerca das
pessoas com quem se comunica.
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• Atitude para com o assunto
As interações sociais, ao nível das relações face-a-face, estão sujeitas à
influência de um conjunto de variáveis de carácter manifesto ou latente, que lhes
determinam, ou, pelo menos, influenciam a condução dos processos
comunicacionais. Conhecer alguns dos fatores que podem constituir barreiras à
compreensão, ao sentir e ao agir dos atores sociais que pretendem interagir é o
propósito que nos orienta. Assim, podemos equacionar uma estrutura de variáveis
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interacionais que, nos processos de comunicação humana, tanto podem facilitar
como barrar ou constituir fontes de ruído às relações face-a-face.
Fatores Pessoais
O nível de profundidade de conhecimento que o indivíduo tem e revela na
decorrência da conversa ou o nível de conhecimento que os outros intervenientes
lhe atribuem ou reconhecem ter sobre o assunto a tratar. Pode conduzir à maior
ou menor credibilidade a atribuir ao emissor, trazendo-lhe um estatuto que pode
marcar o desempenho do seu papel enquanto comunicador.
Outro aspeto a considerar nos fatores pessoais diz respeito à aparência do
sujeito. Não há nesta matéria aspetos morais a considerar, no que se refere a
padrões de referência. O estar cuidado ou não, o parecer este ou aquele tipo
profissional, o estar ou não enquadrado num ou noutro grupo marca a relação,
mais que não seja pelas expectativas que provoca, sobretudo, nas primeiras
impressões.
Outro aspeto dos fatores pessoais é a postura corporal. Naturalmente
que, nesta matéria, há sempre posturas próprias, eminentemente individuais. Mas
o que interessa aqui ressaltar são, sobretudo, as posturas corporais que, apesar
de pessoais, fazem parte de um léxico social, às quais é possível atribuir
significados também sociais.
Também o movimento corporal se insere nos fatores pessoais que podem
constituir barreiras à comunicação. Sobretudo em grupos fechados, ou em
comunidades pouco abertas ao exterior, a vigilância sobre o movimento corporal
dos indivíduos é exercida de forma expectante. O importante a reter é a ideia de
que a forma como o corpo ocupa o espaço tem um significado social e cultural
que, em determinados contextos, o seu valor pode facilitar ou constituir fator de
obstrução às relações entre os indivíduos.
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O contacto visual é também um fator pessoal que, apesar de tudo, pode
obstruir a interação e provocar momentos de embaraço ou, até, de pânico. O
direcionamento, o tempo, o contexto, a oportunidade, a intensidade, o status de
quem olha ou de quem é olhado impõem um quadro interpretativo, que cada
cultura se encarrega de transmitir aos seus membros, pelo processo de
socialização.
A expressão facial é mais um fator pessoal. Os códigos sociais e culturais
também aqui se fazem sentir. As expectativas e as previsões comportamentais
que os indivíduos fazem uns dos outros passam pelas mensagens emitidas pela
expressão facial. Em determinados contextos, pode ser fatal ou fundamental uma
expressão de ódio, de desprezo, de raiva, de desqualificação, de preocupação, de
simpatia, de compreensão, de alegria, de bem-estar, de aceitação, etc.
A fluência com que os indivíduos falam ou discursam, bem como a
articulação, a modulação, o ritmo ou o timbre que emprestam à sua voz não
escapam à observação social e cultural de determinados meios. São indicadores
pessoais que os restantes atores têm em conta nas relações sociais que
estabelecem. Claro está que, neste processo de adivinhação, muitos erros e
equívocos condicionam as relações interpessoais, constituindo, por isso mesmo
barreiras à comunicação não desprezíveis.
Fatores Sociais
A flexibilidade ou rigidez dos sistemas de conhecimento, que impregnam
e condicionam as formas como os indivíduos pensam o mundo (sendo
essencialmente influenciados pela educação) pode também ser uma barreira à
comunicação. Havendo fortes discrepâncias na pontuação das interações entre os
indivíduos, maior a probabilidade de ocorrência de equívocos e de conflitos nos
processos de comunicação.
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A cultura que marca a origem de cada ator social dá aos indivíduos uma
orientação normativa às suas formas de pensar, de sentir e de agir. Por isso, os
padrões de cultura que embebem o trajeto pessoal e social dos indivíduos geram,
frequentemente, aproximação ou afastamento entre si.
As crenças ocupam no panorama dos fatores sociais que condicionam os
sistemas de conhecimento um lugar proeminente. Pode dizer-se que elas são
princípio, meio e fim dos sistemas de conhecimento. Elas podem pontuar os ritmos
de vida pessoal e social, ao nível dos estilos de vida, das escolhas de parceiros,
de métodos relacionais e, até, de decisões de vida ou de morte, pessoal ou de
familiares dependentes de quem toma a decisão. As crenças podem igualmente
levar certos indivíduos a acreditar que não vale a pena considerar a vida como um
bem, já que a sua passagem pela terra é efémera, ou então porque após a morte
haverá um paraíso mais agradável para viver. A complexidade das crenças na
vida das pessoas é, pois, um dos fatores que mais riscos pode trazer às relações
interpessoais e, por consequência, barreiras à comunicação.
As normas sociais são em cada sociedade um fator de duplo sentimento:
amor e ódio. As normas sociais condicionam os comportamentos, e por isso dão
aos actores sociais segurança e previsibilidade nas relações entre si.
As crenças religiosas, sobretudo quando rejeitam tudo o que possa ir
contra determinadas convicções, são um dos sociais que podem constituir
barreiras à intercompreensão humana. Não estão, naturalmente, em causa os
dogmas em si mesmos, visto que não há religiões sem dogmas. Estão em causa
as crenças que, por princípio, em vez de constituírem um fator de aglutinação e
desenvolvimento humano, provocam a desagregação social, o
subdesenvolvimento e a ignorância, que só trazem infelicidade.
Fatores Fisiológicos
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Nem todos os aspetos da fisiologia humana constituem barreiras à
comunicação e nem todos os indivíduos valorizam os mesmos fatores como
entraves à interação. Todavia, há sujeitos que, portadores de determinado
handicap, ou têm eles mesmos dificuldade na interação com os outros, ou são os
outros que lhes provocam dificuldades.
Fatores de Personalidade
A comunicação é realizada, por norma, entre duas ou mais pessoas, cada
uma das quais com uma personalidade distinta. O confronto entre as
características das diferentes personalidades poderá dar origem a conflitos e
barreiras à comunicação.
Fatores de Linguagem
O uso constante de palavras abstratas ou de duplo sentido por parte de
determinados comunicadores é motivo frequente de desorientação e equívocos de
compreensão entre os indivíduos.
Não são também raras as vezes que a confusão nos processos
comunicacionais tem origem no desencontro de sentidos que cada um dos
interlocutores atribui às palavras dos outros e às suas próprias mensagens
Quando os sujeitos em interação não conseguem separar as coisas entre si
ou aspetos da realidade que só aparentemente são iguais, estamos perante
processos comunicacionais em que predominam as chamadas indiscriminações.
As perturbações nos processos de comunicação também podem ter origem
no uso frequente de polarizações por parte de um ou mais intervenientes. Este
mecanismo discursivo é uma espécie de tudo ou nada. Para tais emissores, a
realidade das situações nunca tem um meio-termo – tudo é maximizado na sua
linguagem.
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Como fatores de linguagem é ainda considerada a falsa identidade
baseada nas palavras. Numa situação destas, o emissor está crente de que
resume numa palavra ou expressão as suas crenças, atitudes ou avaliações. É
como se um simples rótulo conseguisse identificar a complexidade dos conteúdos
que ele expressa.
Fatores Psicológicos
O chamado efeito de halo é um mecanismo que diz respeito ao recurso
que determinados sujeitos fazem quando se referem a outra pessoa. Do seu
discurso emergem palavras ou expressões que remetem para a generalização de
uma pessoa, a partir de uma só das suas características.
Um outro mecanismo de dificuldade interacional pode ser o decorrente do
designado efeito lógico. Neste caso, o problema centra-se na tendência que
determinados sujeitos revelam em associar duas características de um indivíduo,
como se houvesse uma relação causal linear: se A, então B.
Quando determinados indivíduos tendem a enquadrar os outros em tipos
sociais ou profissionais, estamos perante os chamados preconceitos. É um
mecanismo a que todos recorremos, por uma questão de economia cognitiva ou
percetiva, ou simplesmente como dimensão lúdica, em tentar adivinhar ou prever o
outro. O problema não reside no mecanismo de simplificação que este processo
implica; está, sobretudo, ao nível da estigmatização, que por vezes se projeta no
outro da nossa relação.
Finalmente, pertencente ainda aos fatores psicológicos, temos a tendência
de alguns indivíduos avaliarem os outros e situá-los no campo extremo da escala
de apreciação. A esta deturpação da informação no processo interacional dá-se o
nome de efeito de polarização.
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3.2. BARREIRAS TÍPICAS DAS DIFERENTES FASES DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
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Refere-se à fonética que é o ramo da linguística, estuda a natureza física da produção e da
perceção dos sons da fala humana.
Refere-se ao significado literal da mensagem. ex: “Cuidado com o degrau” (ter cuidado com um
degrau).
Não incita a uma resposta inexata, ou seja, desenquadrada da informação que se pretende obter;
Deve ser formulada de forma a requerer uma afirmação ou negação ou, então a eleição de uma
categoria (sobretudo as perguntas fechadas);
Deve ser redigida de forma compreensível em função das características das pessoas a que se
dirigem;
Não deve ser indiscreta ou embaraçosa, salvo em algumas exceções. Quando assim for devem ser
formuladas de maneira a não ferir a suscetibilidade do inquirido;
Não utilizar palavras abstratas (classe; espécie, tipo…) ou valorativas (muito, pouco, bom) porque
causam um duplo sentido;
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Colocar as questões da forma mais concreta e simples possível (pensar em quem vai responder ao
questionário);
As perguntas servem para esclarecer, para direcionar, para conduzir, para ouvir de forma mais
profunda…
5.1. ABERTAS
As perguntas abertas são aquelas cuja resposta exige mais do que um monossílabo ou uma
oração curta. Ex: “Que coisas aconteceram na festa?”. Este tipo de perguntas convida ao
interlocutor para que fale durante mais tempo.
5.2. FECHADAS
As perguntas fechadas são aquelas que contestam com um monossílabo ou pelo menos com duas
ou três palavras; são perguntas do tipo “Aonde deixaste o carro?”, ou “Estás bom?”. Pode-se
apreciar que facilitam menos a conversação.
5.3. RETORNO
5.4. REFORMULAÇÃO
CONCLUSÃO
Desta forma e com base em todos os elementos supra mencionados podemos verificar que a
comunicação se evidencia como um pilar fundamental no relacionamento interpessoal.
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BIBLIOGRAFIA
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FERREIRA, J.M. Carvalho et al Manual de Psicossociologia das Organizações. Lisboa: MCGRAW-
HILL.
Fachada, M. O. (2005). Psicologia das Relações Interpessoais – 1.º Volume. Lisboa: Edições
Rumo.
Fachada, M. O. (2005). Psicologia das Relações Interpessoais – 2.º Volume. Lisboa: Edições
Rumo.
http://desenvolvimento-pessoal.blogspot.com
Bitti, Pio R. & Zani, Bruna(1993). A Comunicação como Processo Social. Lisboa: Editora Estampa.
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