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_Módulo 11_

0484-Sistemas informáticos na gestão de


armazéns
1
Índice

Introdução..........................................................................................................................................3

Âmbito do manual.........................................................................................................................3

Objetivos.........................................................................................................................................3

Conteúdos programáticos.............................................................................................................4

Carga horária.................................................................................................................................4

1.Software..........................................................................................................................................5

1.1 Software de gestão de armazéns.........................................................................................6

1.2 Software de gestão da cadeia de abastecimento.............................................................10

1.3 Software de gestão de distribuição....................................................................................15

1.4 Software de gestão da produção........................................................................................18

1.5 Software de gestão de frotas e localização de veículos...................................................20

1.6 Sistemas integrados de gestão...........................................................................................25

2. Custos de funcionamento..........................................................................................................28

Conclusão.........................................................................................................................................33

Bibliografia........................................................................................................................................34

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Introdução

Âmbito do manual

O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de


curta duração nº 0484 – Sistemas informáticos na gestão de armazéns, de acordo
com o Catálogo Nacional de Qualificações.

Objetivos

 Utilizar os diferentes sistemas informáticos na gestão do armazém.

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Conteúdos programáticos

 Software
o Software de gestão de armazéns
o Software de gestão da cadeia de abastecimento
o Software de gestão de distribuição
o Software de gestão da produção
o Software de gestão de frotas e localização de veículos
o Sistemas integrados de gestão

 Custos de funcionamento

Carga horária

 25 horas

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1.Software

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1.1 Software de gestão de armazéns

Software de gestão de armazéns


O software de Gestão de Stocks permite um controlo rigoroso do fluxo de entradas e saídas
nos stocks de uma Empresa, através de múltiplas funcionalidades otimizadas e integradas.

Relevância do software de gestão de armazéns:


 Possibilidade de utilização dos diferentes critérios valorimétricos de saídas;
 Facilidade de gerir inventários totais ou parciais;
 Possibilidade de consultar rapidamente os preços praticados;
 Controlo efetivo de stock por lotes, por localizações, cores e tamanhos.

Quais os benefícios:
 Controlo rigoroso do stock;
 Facilidade de implementar a rastreabilidade de produtos;
 Possibilidade de obtenção de análises globais ou detalhadas da posição de stocks.

CRM são as iniciais de "Customer Relationship Management".


O seu conceito baseia-se no entendimento que a relação com cada cliente é especial e
necessita ser registada. Esta informação é património da Empresa e não dos colaboradores
da empresa.

O Software CRM está totalmente integrado no restante ERP e possibilita extrair informação
relevante aumentando a capacidade de gestão das relações com os clientes.
A solução de CRM é baseada em três conceitos:

 O Cliente
 O Cliente Potencial
 O Lembrete
O Cliente:
As relações não são feitas entre empresas, mas sim entre pessoas que as representam.
Estas relações normalmente envolvem vários departamentos e vários assuntos. O Software
CRM permite o registo e a classificação das pessoas intervenientes, assim como dos
assuntos tratados. Mas para alem disto, permite que se associe os documentos que deram
origem ao registo.

"Imagine o seu vendedor a falar com o cliente que está a solicitar um desconto, e ter
disponível a informação que o departamento de tesouraria falou com o cliente dois dias
atrás, porque o cliente já tem faturas vencidas, e este pediu para esperar mais um mês."
"Ou então imagine que o seu departamento de cobrança antes de ligar para um cliente por
causa de uma fatura pequena que está em atraso, pode ver que existem registos do
departamento comercial onde é evidente que está a decorrer uma negociação
extremamente relevante."

Associar um registo ao anterior de forma a ter um histórico dos dados que são associados
Possibilidade de registar incidentes. Estes incidentes poderão atuar no controlo de crédito
A integração no ERP verifica-se para cada registo, podendo associar o documento de
referência (uma proposta, encomenda, aviso de cobrança, lançamento na contabilidade,
entre outros.) e com um clique ter disponível esta informação.

Tudo que foi referido para o cliente é também aplicável aos fornecedores, bancos ou
qualquer outra entidade.

Tudo que dissemos sobre o cliente pode ser aplicado aos Clientes Potenciais. Estes são as
entidades que ainda não são clientes ou que apesar de nunca virem a ser seus clientes são
importantes para o seu negócio.

O Software CRM permite o registo de Clientes Potenciais com as mesmas funcionalidades


dos clientes e ainda acrescenta a capacidade de gestão de informação definida pelo próprio

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departamento de marketing. Tão importante quanto registar é lembrar dos compromissos
assumidos nestes contactos.

Para isto o Software CRM tem a solução pois permite que cada utilizador registe lembretes
com data e hora de aviso, associando ao mesmo os documentos relevantes, de forma que
estes fiquem disponíveis com um clique. Esta ferramenta permite também que o gestor
registe lembretes para os seus colaboradores e entre empresas.

Principais funcionalidades
 Entrada e saída de bens por dispositivos de leitura ótica;
 Facilidade de identificação e impressão da codificação dos produtos;
 Gestão do armazém simplificada
 Gestão de stocks e encomendas
 Visualização do troco
 Listagens, relatórios e gráficos
 Gestão de cartões de fidelização
 Personalização de perfis dos menus por utilizador ou por zona
 Controlo dos diferentes meios de pagamentos
 Gestão de promoções
 Gestão de contas correntes
 Comunicação e comentários com a cozinha e outras zonas do estabelecimento
 Controlo de acesso, rápido e por funcionário
 Controlo de movimentos de caixa
 Controlo dos meios de pagamento utilizados
 Gestão integrada de funcionários
 Auditoria às tarefas realizadas
 Criação do ficheiro SAF-T PT
 Emissão de documentos comerciais de acordo com o regime de IVA de caixa
 Possibilidade de ligação com inúmeros dispositivos periféricos, desde balanças e
impressoras, até às soluções avançadas de mobilidade em Android ou Windows
 Consulta de movimentos de venda, empregados, compras, produtos, famílias, etc.

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 Facilidade de anulação de documentos e criação de um novo documento por cópia

Benefícios relevantes
 Interface otimizado para o máximo de eficiência
 Gestão comercial completa
 Simples, agradável e intuitivo
 Solução única com FrontOffice e BackOffice
 Cumprimento de todas as exigências legais e fiscais
 Solução multiutilizador e multiempresa
 Utilização simultânea touchPOS, teclado e rato
 Auditoria às tarefas realizadas
 Acesso externo ao estabelecimento
 Consulta e impressão de listagens e gráficos com informação histórica
 Personalização de perfis por utilizadores e estabelecimentos
 Software de faturação certificado pela AT

WMS –Warehouse Management System

O conceito: WMS (Sistema de Gestão de Armazéns)


O WMS é um sistema de gestão (software), que melhora a operacionalidade da
armazenagem, através da eficiente gestão de informações e dos recursos do mesmo.
As informações utilizadas podem ser provenientes de empresas transportadoras, da
produção, do sistema corporativo (ERP), dos clientes e fornecedores, entre outros. O WMS
utiliza estas informações para receber, inspecionar, estocar, separar, embalar e expedir
mercadorias da melhor forma possível.

 Surgiu da necessidade de se melhorar as informações e processos dentro de um


armazém ou centro de distribuição;
 Através do surgimento de novas tecnologias de informação tanto em hardware
quanto em software.

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Objetivos do WMS:
 Nível de serviço ao cliente⇒ alta performance de informações, minimizando os
erros;
 Otimização operacional⇒ aumento da produtividade operacional, otimização dos
espaços e melhoria da utilização dos recursos operacionais;
 Redução de custos.

1.2 Software de gestão da cadeia de abastecimento


Gestão da cadeia de abastecimento
É a gestão de uma rede interligada de negócios envolvidos na provisão final de pacotes de
produtos e serviços requeridos por clientes finais. Abrange todo o movimento e
armazenamento de matéria prima, trabalho em processo de inventário, e produtos
acabados do ponto de origem até o ponto de consumo (cadeia de abastecimentos).

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Um sistema do tipo chamado Warehouse Management System (WMS), ou Sistema de Gestão de
Armazém, é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply cha in) e fornece a rotação
dirigida de stocks, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para
maximizar o uso do valioso espaço do armazém.

O sistema também dirige e otimiza a disposição de "put-away" ou colocação no armazém, baseada


em informações de tempo real sobre o status do uso de prateleiras. (Donath, 2002, p. 134). Um WMS
operacional significa que a empresa depende menos da experiência das pessoas, uma vez que o
sistema tem inteligência para operar o sistema.

Os sistemas WMS utilizam tecnologias de Auto ID Data Capture, como código de barras, dispositivos
móveis, redes locais sem fio e possivelmente RFID para monitorar eficientemente o fluxo de produtos
(Tompkins et al., 1998, p. 7). Uma vez que os dados tenham sido coletados, é feita uma sincronização
com uma base de dados centralizada tanto por processamento total de todo um lote, como por
transmissão em tempo real através de redes sem fio (Tompkins et al., 1998, p. 17).

O banco de dados pode então ser usado para fornecer relatórios úteis sobre o status das mercadorias
no armazém. Muitos sistemas WMS tem interface com sistemas do tipo Enterprise Resource Plann ing
(ERP), Planeamento de Recursos da Empresa (MRP) ou com outros tipos de softwares de gestão.
(Donath, 2002, p. 48). Isto permite uma forma de se receber automaticamente o inventário,
processar pedidos e lidar com devoluções. Na implementação de um WMS devem ser considerados
todos os custos, para além dos custos do equipamento e programas informáticos (Donath, 2002, p.
272)

O picking, também conhecido por order picking (separação e preparação de pedidos), consiste na
recolha em armazém de certos produtos (podendo ser diferentes em categoria e quantidades), face a
pedido de um cliente, de forma a satisfazer o mesmo (Rodrigues, 2007). O cross docking é um
processo de distribuição onde a mercadoria recebida é redirecionada sem uma armazenagem prévia.

Tudo isto faz diminuir o tempo. Existem três formas de cross docking:
 Feito à palete completa,

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 Feito à palete mista Feito à palete pré-sortida;
Esta primeira forma não sobrecarrega nem produtores ou fornecedores nem distribuidores
ou cliente. A segunda forma onera principalmente distribuidores ou clientes, visto que ao
serviço de picking por parte da loja (se esta possuir centro de distribuição é lá que deve ser
feito). A terceira forma de cross docking sobrecarrega os produtores ou fornecedores pelo
facto de estes necessitarem enviarem as paletes (caso seja palatização, mas também
podem ser caixas ou outros) para o centro de distribuição do distribuidor ou cliente já pré-
sortidas, segundo a necessidade de cada ponto de venda.

Das três formas de cross docking a mais eficiente é sem dúvida à palete completa, uma vez
que permite a redução do stock em ambos os parceiros. As outras duas formas tornam
mais desembaraçada a corrente de produtos, mas por outro lado pode dar origem a um
aumento de sobrecarga de um dos parceiros, podendo ser posta em causa, por falta de
benefícios para ambos (Carvalho, 2004).

Código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos. A


leitura dos dados é realizada por um tipo de scanner - o leitor de código de barras, que
emite um raio vermelho que percorre todas as barras. Onde a barra for escura, a luz é
absorvida; onde a barra for clara (espaços), a luz é refletida novamente para o leitor. Os
dados capturados nessa leitura ótica são compreendidos pelo computador, que por sua vez
converte-os em letras ou números humano-legíveis.

Dispositivos de Interface: possuem a função de oferecer a qualquer participante, em


tempo real, informações sobre produtos e status de pedidos.
 PC’s;
 Correio de Voz;
 Leitores de Códigos de Barras;
 PDA (Personal Digitant Assistants) –Dispositivos Portáteis conectados full time com
o sistema da empresa;
 Aparelhos de Rádio Frequência.

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Benefícios do WMS:
 Erros reduzidos;
 Melhor veracidade dos inventários;
 Maior produtividade;
 Papelada de trabalho reduzida;
 Melhor utilização do espaço;
 Eliminação de inventários físicos;
 Melhor controle de carga de trabalho;
 Melhor gerenciamento de mão-de-obra.

Principais características:
 Integração com EDI (Intercambio Eletrónico de dados);
 Inspeção e controle de qualidade;
 Integração com AUTO-ID (Código de barras e Radiofrequência);
 Atualização online do stock;
 Capacidade de previsão;
 Separação do tipo de produto, cliente, pedido, etc.

Principais funções:
Movimentação;
Armazenamento;
Transferência de informações.

Movimentação:
o Recebimento;
o Transferência;
o Seleção;
o Cross-docking;
o Triagem e acondicionamento
Armazenamento:
o Armazenamento temporário;
o Armazenamento semipermanente.

Transferência de informações:
o Transmissão de informação em tempo real;
o Intercâmbio eletrônico de dados (EDI);
o Redes locais sem fio;
o Computação móvel;
o Código de barras;
o RFID.

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1.3 Software de gestão de distribuição

Distribuição
Um dos processos da logística responsável pela administração dos materiais a partir da
saída do produto da linha de produção até a entrega do produto no destino final.
Após o produto pronto ele tipicamente é encaminhado ao distribuidor. O distribuidor por
sua vez vende o produto para um retalhista e em seguida aos consumidores finais.

O marketing vê que a Distribuição é um dos processos mais críticos, pois problemas como
o atraso na entrega são refletidos diretamente no cliente. A partir do momento que o
produto é vendido a Distribuição torna-se uma atividade de front office e ela é capaz de
trazer benefícios e problemas resultantes de sua atuação.

Sistemas de Informações para Logística


“O sistema de informações logístico é aquele que processa a informação (demanda) do
cliente, analisa a situação interna (integra ao erp) e conecta a sua cadeia de fornecimento
de forma que a informação seja confiável e esteja no momento certo, de modo a manter
toda a cadeia integrada e sincronizada”.

Vantagens:
 Reduzir Lead Time do Ciclo do Pedido;
 Reduzir custo de stock e armazenamento;
 Criar sistema logística robusto para que as informações sejam confiáveis;
 Dados para tomadas de decisões e realização de planeamento estratégico.

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Sistema de Processamento de Pedidos
Características:
 Receber o pedido do cliente: quantidade, forma de pagamento, preferências,
endereço de entrega, etc.
 Analisar Sistema: nível de estoque, promoção, preço, tempo de entrega.
 Alimentar o sistema: Programação da Produção, Demanda, Necessidades de
Matéria-Prima etc.

Sistemas de Processamento por meio eletrónico


EDI (Electronic Data Interchange – Intercâmbio de Dados Eletrónicos);
Transferência, entre computadores, de documentos eletrónicos: pedidos de compras,
contratos, necessidades de materiais, transferências de fundos para pagamentos,
faturas etc;
Padrão de Linguagem EDI: Protocolo ANSI X12.

Tipos de Sistemas de EDI:


 Sistema Proprietário (Um para Muitos): A companhia detém do sistema e esta
distribui os documentos aos fornecedores.
o Vantagens: Controle do Sistema e da Informação;
o Desvantagens: Necessidade de o Fornecedor manter um terminal exclusivo.

 Sistema VAN (Value-Added Networks – Redes de


Valor Adicionado – Muitos para Muitos): Empresa Terceira que recebe e distribui os
documentos entre cliente-fornecedor, mesmo com linguagem incompatível;
o Vantagens: Não há necessidade de padronizar os
protocolo EDI; baixo custo e lead time baixo de
implementação;
o Desvantagens: Envio não automático – apenas algumas vezes por dia.

Vantagens Sistema EDI:


 Redução de papel;
 Aumento na precisão da informação;

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 Alta velocidade na transmissão dos pedidos e outros dados;
 Oportunidades de melhoria de relacionamento com o cliente;
 Redução de Custo de Processamento e Manuseio dos Dados;
 Possibilidade de avisar o cliente do embarque (Notificação do Embarque Avançado);
 Aumento da velocidade e precisão das informações para outros
 departamentos da empresa;
 Redução do stock de segurança e redução no tempo de ciclo do processamento de
pedido.

1.4 Software de gestão da produção


Logística produtiva
A logística de produção de uma indústria, também conhecida como PPCP (Planeamento,
Programação e Controle da Produção) é um segmento da indústria automatizada, que trata
da gestão e controle de mão-de-obra, material e informação no processo produtivo.

Devido à grande complexidade que as grandes plataformas industriais apresentam, dada à


enorme quantidade de materiais, operários e máquinas, a gestão destes recursos é feita
maioritariamente por computador. São estes processos logísticos contínuos de controlo da
produção e também das encomendas, que se dá o nome de logística de produção.

Uma logística de produção eficiente resulta em tempo e dinheiro ganho na produção. Esta
área é, assim, essencial para o sucesso de empresas na economia de mercado global, que
hoje existe, uma vez que se preocupa com o aperfeiçoamento de tarefas fabris, quer pela
adição de processos mais eficazes, quer pela eliminação de outros desnecessários.

Integração dos processamentos de pedidos com a gestão do sistema de


informação logístico
 Determinar o meio de transporte, veículo e a sequência carga;
 Análise do Stock e Planeamento da Produção;

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 Atualização automática dos níveis de estoques de MP e produtos acabados;
 Realização automática das listas de necessidades (BOM);
 Criação de Documentos de Embarque;
 Sistema de embarque dos pedidos ao cliente.

Decisões criadas pelo Sistema de Informação Logístico

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1.5 Software de gestão de frotas e localização de veículos
TMS (Transportation Management System)
Sistema de Gestão de Transporte, é um software para melhoria da qualidade e
produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a
operação e gestão de transportes de forma integrada. O sistema é desenvolvido em
módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, consoante as suas necessidades.

Este sistema controla os processos de um transportador, abrangendo as áreas comerciais,


operacionais, seguros, faturação, financeira e logística. Um TMS visa ser integrado com um
sistema de ERP, desta forma ao emitir um CT-e ou NFS-e, por exemplo, a integração
financeira, fiscal e contábil ocorrerá automaticamente.

Finalidades (TMS)
Identificar e controlar os custos inerentes a cada operação, sendo importante identificar e
medir os custos de cada elemento existente na cadeia de transporte, a qual envolve não só
o veículo em si, mas também a gestão dos recursos humanos e materiais, o controle das
cargas, os custos de manutenção da frota e índices de discrepâncias nas entregas, bem
como as diversas tabelas de transporte existentes (peso, valor, volume) apresentando o
modelo que melhor se ajusta.

Funcionalidades (TMS)
 Manutenção
 Abastecimento
 Controle de fretes de terceiros
 Operação
 Faturação do transporte
 Custos
 Controle de Manutenção de Frota
 Controle de Stock
 Planeamento

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 Rastreamento
 Expedição

SCM – Supply Chain Management System

“Supply Chain Management é a integração dos principais processos de negócios de uma


rede de empresas, desde o cliente final até os fornecedores originais; estes oferecem
produtos, serviços e informações que agregam valor para os clientes e outras partes
interessadas.”

 A competição, atualmente, não ocorre mais somente entre marcas ou entre


empresas isoladamente, mas sim entre CADEIAS FORNECEDORAS, que hoje
possuem DIMENSÕES GLOBAIS;
 Sendo assim, a vantagem competitiva se mede pelo NÍVEL DE INTEGRAÇÃO
entre os participantes da rede, da capacidade do conjunto de PROJETAR,
LANÇAR, COMERCIALIZAR, PRODUZIR e ENTREGAR, Produtos e Serviços E
de FORNECER o mercado, com eficácia e custos e níveis de capacidade ótimos;
 Para alcançar tamanho nível de coordenação e cooperação entre empresas faz-se
necessário a implementação eficiente de FERRAMENTAS DE TI adequadas, que

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irão CONSOLIDAR, PROCESSAR e DIFUNDIR dados e informações relevantes para a estratégia
das empresas e para a organização das operações.

MODELO CONCEITUAL⇒⇒ESTRUTURA DA REDE


IDENTIFICAR OS MEMBROS DA REDE
 Definir a configuração e forma da rede: Localização dos mercados, Fábricas e CDs;
 Determinar quais são os membros primários (envolvidos diretamente com clientes e
fornecedores) e os membros de apoio (abastecem os membros primários com
recursos, conhecimento, ativos e outros);
 Determinar os Membros-Chave, aqueles cujos relacionamentos deverão ser
gerenciados;
 Classificar os Tipos de Relacionamentos ou Gestão de processos que se irão
desenvolver com cada um dos elos:
 Processos Geridos e Não Geridos;
 Processos Monitorados e Não Monitorados;
 Membros e Não-membros.

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DIMENSÕES ESTRUTURAIS DA REDE

Há três tipos de Classificações:


 Estrutura Horizontal: Número de Camadas ou processos sequenciais para se
atingir o produto ou serviço que chegará ao mercado;
 Estrutura Vertical: Número de empresas ao longo da cadeia das atividades;
 Posição Horizontal da empresa-foco: Posição da empresa analisada na
cadeia:
o Mais próxima dos clientes (Downstream) ou mais próximas dos Fornecedores
(Upstream) bem como a abrangência de atuação da mesma ao longo da estrutura
Horizontal do Produto (INTEGRAÇÃO VERTICAL)

TI APLICADA À SCM
MEIOS:
Comunicações: transferência e partilha de informações e conhecimento entre os elos da
Cadeia.
 Correio Eletrônico;
 EDI;
 Groupware;
 Rastreamento GPS.

EXEMPLO: SOFTWARE DE SCM DA CAPS LOGISTICS


 Atualmente, há uma diversidade alta de softwares de SCM no mercado, inclusive
sistemas de ERP possuem módulos específicos que tratam das questões de SCM.

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1.6 Sistemas integrados de gestão

MODELO CONCEITUAL⇒⇒ PROCESSOS DE NEGÓCIOS


Conjunto de atividades que produzem uma potência de valor específica para o
cliente:
 Customer Relationship management: gestão, fidelização e ajuste de demanda de
clientes chave;
 Customer Service management: gestão do atendimento on-line dos clientes;
 Demand management: coordenação do plano de marketing com os planos de
produção/compras – planeamento que visa estabilizar a demanda e equilibrar a capacidade
da organização;
 Customer Order Fullfilment Process: gestão do fluxo de materiais até o cliente,
otimizando serviço e custo;
 Manufacturing Flow management: gestão da produção de acordo com as
necessidades dos clientes;
 Procurement: Gestão de parcerias estratégicas com fornecedores, visando agregar
valor à cadeia via cooperação;
 Product development and comercialization: gestão da atividade de captar as
necessidades dos clientes para projetar ou melhorar produtos e serviços, planeando
também as capacidades e fluxos internos e dos fornecedores;
 Returns: Gestão dos fluxos reversos (resíduos, reparos, retornáveis, descartes) de
modo a gerar valor.

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MODELO CONCEITUAL⇒⇒ COMPONENTES DE GESTÃO

São Componentes Necessários à Integração efetiva da Gestão de SCM

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Computação Móvel

REDES SEM FIO (WIRELESS)

Conceito: as tecnologias de redes sem fio incluem desde redes de dados e de voz globais,
que permitem que os usuários estabeleçam conexões sem fio por longas distâncias, até
tecnologias de frequência de rádio e luz infravermelha em conexão de curta distância.

Tipos de Rede: WAN (longa distância); MAN (metropolitana), LAN (local) e PAN (pessoal
– conectar dispositivos domésticos).

Dispositivos de uso: computadores portáteis, computadores de mesa, computadores de


bolso, assistentes digitais pessoais (PDAs), telefones celulares, computadores com canetas
e pagers.
Aplicações: acesso remoto, visualizar e-mails a distância, conexão em locais públicos,
reunião por videoconferência, conexão com o sistema da empresa a distância etc.

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2. Custos de funcionamento

Sistemas informáticos na gestão de armazém e Sistema de informação


logístico. Uma das grandes chaves para aumentar a competitividade no atual mundo dos
negócios é acima de tudo a satisfação do cliente e o seu sucesso. A logística integrada
procura atingir essa satisfação através da implementação das funções, tanto as funções
internas à organização como à distribuição física. Ela é responsável pelo destino que o
produto tem, desde a saída da linha de produção até a entrega ao cliente, onde também a
atividade de armazenamento ganha muita importância frente às atuais mudanças no
mercado empresarial.

As empresas através de uma eficiente administração de armazenagem e de um bom


sistema de informação, consegue a redução de stocks, a otimização da movimentação e da
utilização do armazém, um atendimento rápido ao cliente e à linha produtiva, pode
também alcançar uma redução do material obsoleto, e obter uma maior precisão nas
informações, etc. … Com um bom sistema e com tudo o que referi em cima é possível que
as empresas possam diminuir custos, melhorar a integração do processo de armazenagem
e melhorar o atendimento ao cliente.

Para que as empresas possam alcançar estes objetivos foram criados os sistemas de gestão
de armazéns e de informações logísticas. A logística pode ser considerada a última fronteira
na redução de custos numa empresa, pode também ser considerada uma plataforma para
a modernização das empresas, sendo uma grande importância para o desenvolvimento de
um negócio.

Dai a importância do conceito de logística integrada a qual visa controlar e otimizar os


fluxos de informação e o fluxo físico entre os elos da cadeia de suprimento, dentro de
objetivos estratégicos definidos, criando vantagens competitivas e diminuindo desperdícios
ao longo de toda a cadeia.

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Pode-se dizer que a armazenagem é uma das áreas mais tradicionais da logística e tem
passado por profundas transformações nos últimos anos. Essas mudanças refletem-se na
implementação de novos sistemas de informação aplicadas à gestão da armazenagem, em
sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos e até na revisão do
conceito do armazém, com a principal função de stocks de produtos.

As tecnologias de informação ou sistemas de informação, são ferramentas que servem para


facilitar as integrações entre as empresas de uma cadeia produtiva diminuindo o tempo de
transações, pedidos, compras, facilitando o fluxo de informações, diminuindo os custos
provenientes dos erros humanos, otimizando processos etc., a fim de atingir os objetivos
estratégicos de um negócio. Este processo integrado é constituído por quatro níveis de
funcionalidade, Transações, Controlo de gestão, Análise de decisão e Planeamento
estratégico.

As empresas que tiverem um sistema de informação logística, à partida distinguem-se logo


das outras, pois conseguem manter toda a gestão da empresa organizada. O MRP é um
sistema de informações que planeia, programa e controla as operações do armazém,
abrangendo todas as funções, desde a chegada do veículo ao cais, desde o recebimento
dos materiais, passando também pelo stock, pela separação do pedido, pela reposição e o
controlo dos stocks, pelo inventário, pela programação e o controlo do embarque e pela
libertação dos veículos.

O sistema MRP2 é um sistema que interage com outros parceiros de negócio por exemplo
clientes, fornecedores, parcerias, etc. … o que faz deste sistema um sistema adequado a
vários tipos de empresa.
Através dos “sistemas informáticos na gestão de armazém e sistema de informação
logístico”, podemos ver a importância e as vantagens que um software pode trazer para as
empresas, seja ele qual for, e seja a empresa de que ramo for.

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Também podemos concluir que os softwares, de um modo geral, atendem às necessidades
das empresas, mostrando eficiência nos processos de customizações e implementação.

Com as soluções de software para retalho, obtém uma elevada eficiência na organização
dos artigos na loja e no armazém, bem como identifica facilmente os produtos de
substituição em stock. Desta forma, permite ganhos na redução de tempos e de custos de
organização, e ainda obtém, um excelente nível de profissionalização no serviço de
atendimento.

As vendas a retalho enfrentam novos desafios, nomeadamente com margens de lucro


reduzidas e novas exigências legais e fiscais, pelo que a necessidade de maior controlo de
custos e a otimização dos processos internos de compras, constituem pontos cruciais na
sustentabilidade financeira e crescimento do negócio.

Todo o funcionamento deste tipo de gestão tem subjacente alguns custos, contudo,
podemos ter duas perspetivas, por um lado analisar esta estratégia como um custo,
(despesa) ou então perceber que através da aplicação de sistemas de software não são
uma despesa, mas sim um investimento.
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Ferramentas e Sistemas Logísticos de TI cada vez mais presentes para:
 Integrar Departamentos, Empresas e Países;
 Automatizar funções repetitivas;
 Melhorar os Canais de Comunicação ao longo da Cadeia;
 Consolidar, processar e Trabalhar dados em informações, para a devida Gestão das
atividades;
 Fornecer subsídios para formulações de estratégias;
 facilitar a coordenação e o sincronismo das operações.

Para ter um sistema logístico eficiente a empresa deve:


 Conhecer e Mapear “na ponta do lápis” o seu core business, a sua cadeia de
suprimentos e seus processos internos;
 Possuir uma Gestão de TI eficaz e integrada, que consiga interagir com os outros
departamentos para entender suas necessidades e então propor soluções que
agreguem valor à produtividade das pessoas, considerando o custo e a dificuldade
destas inovações;
 Ser capaz de desenvolver uma cultura de Gestão da Mudança eficaz, incorporando
as ferramentas de TI ao dia-a-dia das pessoas, de modo a evitar erros de projeto
e/ou de implementação dos sistemas;
 Saber selecionar e implementar tecnologia/sistema adequada a sua necessidade,
maximizando assim, suas operações e retornos financeiros.

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Assim, o software de Gestão de Cadeia de armazéns auxilia a integração e automatização
de todos os estágios da cadeia de suprimentos da empresa ao aperfeiçoar os fluxos dos
processos operacionais (gestão de demandas, monitorização dos níveis de stocks e até a
própria administração dos processos produtivos no chão-de-fábrica) resultando em redução
de perda, seja por conta de diminuição de atividades dispensáveis ou identificação de
falhas em processos, o que por sua vez proporciona preços mais competitivos, clientes
mais bem atendidos e o aumento de receita.

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Conclusão

Este manual tem como propósito facilitar a aprendizagem dos formandos, bem como a
interação com as temáticas apresentadas. Após a finalização deste manual podemos
concluir, que o mesmo é uma ferramenta importante para um conhecimento mais factual.
Abordando temas teóricos, mas também práticos.

Neste sentido, para tornar o manual um veículo facilitador de aprendizagem, foi utilizada
uma linguagem técnica, contudo simples, para isso foi, crucial abordar os temas com
informação recolhida da bibliografia relativa ao tema Logística.

Por último referir que informação exata e em abundância é determinante para uma boa
Gestão de armazéns, ou seja, dependendo da estratégia que cada empresa adota, a
aplicação das melhores normas de gestão (procura de melhores formas de negócio)
depende de cada área de negócio.

De salientar ainda que cada organização decide, que estratégias adotam em relação ao
software, contudo, de referir, que as empresas (organizações) que melhor aperfeiçoarem
os seus sistemas de gestão de armazém, serão as que melhor performance atingem, quer
em termos comerciais como financeiros.

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Bibliografia

LAMBERT, Douglas M.; STOCK, James R.; ELLRAM, Lisa M.Fundamentals of logistics
management.Boston ; New York: Access Intelligence, c1998.

LAMBERT, D.; COOPER, M.Issues in Supply Chain Management.Industrial Marketing


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