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EDUCAÇÃ O E HABITAÇÃ O
Equipe de Elaboração
Grupo ZAYN Educacional
Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Gerência Administrativa
Marco Antônio Gonçalves
Professor-autor
Luciano de Assis Silva
Revisão
Ana Lúcia Moreira de Jesus
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Boas-vindas
Olá!
Rafael O. Leme
POLÍTICAS PÚBLICAS GRUPO ZAYN
EM SAÚDE, EDUCAÇÃO EDUCACIONAL
E HABITAÇÃO
Organização do conteúdo:
Prof.ª M.ª Jéssica de Freitas Lopes
CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Disciplina: POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE, EDUCAÇÃO E
HABITAÇÃO
EMENTA
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Azevedo (2003, p. 38) definiu que “política pública é tudo o que um governo
faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões”
(OLIVEIRA, 2010).
Percebe-se então que existe uma distinção entre política e política pública.
Mas como definir a primeira expressão? O filósofo e historiador Michel Foucault
(1979) afirmou que todas as pessoas fazem política, todos os dias, e até consigo
mesmas! Isso seria possível na medida em que, diante de conflitos, as pessoas
precisam decidir, sejam esses conflitos de caráter social ou pessoal, subjetivo.
Socialmente, a política, ou seja, a decisão mediante o choque de interesses
desenha as formas de organização dos grupos, sejam eles econômicos, étnicos, de
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Por que é importante fazer essa observação? Porque educação é algo que
vai além do ambiente escolar. Tudo o que se aprende socialmente – na família, na
igreja, na escola, no trabalho, na rua, no teatro, etc. –, resultado do ensino, da
observação, da repetição, reprodução, inculcação, é educação. Porém, a educação
só é escolar quando ela for passível de delimitação por um sistema que é fruto de
políticas públicas (OLIVEIRA, 2010).
A escola como se conhece hoje, lugar de ensino para todos os grupos sociais,
garantida em suas condições mínimas de existência pelo Estado, reprodutora da
cultura universal acumulada pela experiência humana sobre a Terra e disseminada
em todos os países do planeta, não possui mais do que 150 anos, ou seja, um
século e meio. É uma experiência educacional do final do século XIX, momento em
que as relações capitalistas de produção, amadurecidas pelo ritmo da
industrialização (mecanização da produção) e visando a mais-valia, demandavam,
por um lado, conhecimento técnico padronizado da mão-de-obra e, por outro,
controle ideológico das massas de trabalhadores (OLIVEIRA, 2010).
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5- A questão habitacional
O fato de a moradia ser uma necessidade básica de todo ser humano faz de
cada família uma demandante em potencial do bem habitação, no entanto configura-
se como um bem muito caro, de modo que depende de esquemas de financiamento
de longo prazo aos demandantes finais (RAMOS e NOIA, 2016).
No Brasil, destacam-se dois marcos legais que dão novos rumos às políticas
de habitação. O primeiro refere-se à promulgação da Constituição Federal de 1988,
e o segundo à Lei 10.257 de 2001, denominada Estatuto da Cidade. Até então, não
havia um tratamento jurídico adequado para disciplinar a vida nos grandes centros
urbanos, que foram crescendo de forma desordenada, sem assegurar condições de
vida adequadas aos seus cidadãos (Machado, 2008). A criação e promulgação da
Constituição Federal do Brasil de 1988 descentralizou a gestão das políticas
prevendo a promoção de programas de habitação e saneamento básico pelas três
esferas de governo e incluiu, no artigo 6º, a moradia entre os direitos sociais
mínimos (RAMOS e NOIA, 2016).
Assim, no período entre 1930 e 1934, a demolição maciça dos cortiços para
eliminar focos de epidemias e liberar áreas valorizadas das grandes cidades
ocasionou a construção de barracos, principalmente nos morros do Rio de Janeiro.
Essas moradias precárias eram habitadas, na época, por escravos libertos,
migrantes rurais e imigrantes europeus (Sampaio, 2007) (RAMOS e NOIA, 2016).
cidades”. Isso permitia aos empresários do ramo imobiliário daquela época atuarem
livremente conforme seus interesses (RAMOS e NOIA, 2016).
LEITURA COMPLEMENTAR
Resumo: Este trabalho propõe uma discussão em torno das políticas públicas e o
seu papel na construção da cidadania. Para isto, aborda, inicialmente, alguns
conceitos e paradigmas a respeito do tema e, em seguida, apresenta o potencial das
políticas públicas para a emancipação social, frisando a importância de se fomentar
mais ações que priorizem educação e cultura.
Introdução
Estado em ação” (Jobert; Muller apud Castro, 2008, p. 66). Entretanto, Castro reitera
que na teoria de Bruno Jobert e Pierre Muller,
Embora o Estado apareça como um agente central dentro
desta concepção, tal abordagem não deve remeter à falsa
conclusão de que toda política pública deve ser estatal, mas
sim que uma política só é pública a partir do momento em que
o Estado participa como um agente importante (CASTRO,
2008, p. 66).
Figueiredo (2003), por exemplo, propõe uma relação direta entre nível de
investimento em educação e o nível econômico de uma nação. Para ele, além do
crescimento econômico, tudo se altera quando há um maior investimento em
educação, possibilitando o desenvolvimento do ser humano. De acordo ainda com
sua lógica de pensamento, o ser humano desenvolvido possibilita o desenvolvimento
da sociedade na qual ele faz parte. O autor acredita, desta maneira, que esse
resultado é possível independente do tipo de investimento que é feito na educação,
seja ele público ou privado.
Mas o que, em geral, observa-se em sociedades em que o capital é priorizado
em detrimento dos direitos sociais básicos dos cidadãos é algo diferente desta
proposta. Nesse sentido, o sistema educacional brasileiro e outras políticas sociais
sofrem críticas, por priorizarem uma quantificação das mesmas, sem que seja dada
a devida importância à qualidade. Sob esta ótica, a maneira com que as políticas
públicas brasileiras são avaliadas, para utilizar como exemplo ainda a educação, é
por meio de índices, metas, eficácia, impacto etc.
Para Gohn (2006, p. 18), com esses modelos, “passou a haver uma
desconstrução do interesse público que o Estado deveria representar e muitas áreas
sociais passaram a receber tratamento de mercado (…) Com isso também se
desconstrói os direitos que passam a ser tratados como carências”.
Por outro lado, Cardoso e Junior (2006, p. 30) destacam que no caso
brasileiro, é
Considerações Finais
Recusando a utopia, o que buscamos com este trabalho, foi ampliar o debate
no sentido de reservar ao Estado o papel de promotor do bem estar social, através
das políticas públicas. Quisera fosse possível chegar a alguma conclusão precisa
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https://mestrado.fic.ufg.br/up/76/o/politicas_publicas_experiencias_educacao_cultura
.pdf.
MATERIAL COMPLEMENTAR:
https://www.youtube.com/watch?v=LsT21yPiTQA.
Referências