Você está na página 1de 19

O normal e o

patológico
psicopatologia

Prof. Dra. Luciana Gaudio



A realidade é opaca, não existe
verdades absolutas, o mundo tem
contornos multiplos. Nenhum
conhecimento é universal e
acabado.

3
Como a psicopatologia
define normalidade
- Ausência de doença Cultura capitalista
- Ideal (construída coletivamente) centrada na doença e na
- Estatística medicalização. Vivemos
- Bem-estar (OMS 1946) em uma cultura onde
predomina a
- Funcional (sofrimento)
simplificação,
- Processo (aspectos psicodinâmicos) fragmentação e enfoque
- Liberdade organicista.
- Subjetiva

4
Quatro abordagens vigentes
na area da psicopatologia

• Organicista
• Comportamental
• Psicanalista
• Fenomenológica existencial

Emilio Romero- O inquilino do imaginario


5
Fenomenologia
Fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta
ou que mostra - e logos explicação, estudo) é uma metodologia e
corrente filosófica que afirma a importância dos fenômenos da
consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos.
Epoché- redução fenomenológica.

Edmund Husserl (1859-1938) - filósofo, matemático e lógico – é


o fundador desse método de investigação filosófica e quem
estabeleceu os principais conceitos e métodos que seriam
amplamente usados pelos filósofos desta tradição.
Martin Heidegger (1889-1976) foi um filosófo, escritor,
professor universitário e reitor alemão. Introduziu o conceito de
Dasein Ser-aí.
Merleau-Ponty, Binswanger, Sartre, Boss, Buber, Kierkegaad... 6
A Fenomenologia teve
expressiva contribuição no
campo da psiquiatria, no qual
o alemão Karl Jaspers (1883-
1969), um destacado
existencialista
contemporâneo, ressaltou a
importância da investigação
fenomenológica da
experiência subjetiva de um
paciente. O homem é um
todo.
7
Augras (1986)- Critica nossa vocação para o
patológico e o fato dos alunos nao saberem
ver “normalidade”

Normal é aquele que supera conflitos


criando-se dentro da sua liberdade,
atendendo igualmente as coações da
realidade. Patológico é o momento em que o
individuo permanece preso a mesma
estrutura, sem mudança e sem criação.
O diagnóstico não deve ser visto como algo
determinado e fixo mas sim como uma foto
que revela algumas coisas daquele momento
e como toda foto não mostra tudo é limitada.
Diagnostico x não diagnostico
8
O que é saúde?
Considerações
sobre o
patológico/normal/
diagnóstico

9
10
11
12
13
14
15
16
17
× Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele
se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o
próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela dialética, a
tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre
fruto da mudança, ou seja, do combate entre os contrários.
× Heráclito

18
Referências
Dalgalarrondo, Paulo. (2008). Psicopatologia e semiologia dos
trastornos mentais. 2º ed. – Portro Alegre: Artmed
Canguilhem, Georges. (2010). O normal e o patológico. 6º ed.
Rio de janeiro: Forense universitária.
Augras, Monique. (1986). O ser da compreensão.
Fenomenologia da situação de psicodiagnóstico. Petrolis: Vozes.
Romero, Emilio. O inquilino do imáginario. (2001). São Paulo:
lemos editorial.
Moreira, Virginia. (2010). Possíveis contribuições de Husserl e
Heidegger para a clínica fenomenológica. Psicologia em
Estudo, 15(4), 723-731.
19

Você também pode gostar