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ISCAL

4.º Semestre (2011) – 2º Ano


Contabilidade de Gestão
Contabilidade Financeira Vs Contabilidade de Gestão

As diferenças entre a contabilidade financeira e a contabilidade de gestão estão em


quais são os destinatários desta informação:

Para a contabilidade financeira os destinatários são para além da direcção da empresa,


os credores, bancos, empregados, sindicatos, accionistas, administração fiscal, etc.

Para a contabilidade de gestão os destinatários são os responsáveis da própria empresa.

Contabilidade Financeira ou Externa

Tem como objectivo principal a obtenção de informação histórica sobre as relações da


empresa com o exterior.

Esta informação:

Tem o seu principal expoente nas contas anuais integradas pelo Balanço, Demonstração
dos Resultados e pelo ABDR.

Trata a globalidade da empresa

É valorizada em unidades monetárias

É tratada de acordo com a legislação contabilística vigente

Permite responder a questões tais como:

Poderá a empresa amortizar as suas dívidas?

Dispõe de suficientes capitais próprios?

Oferece uma rendibilidade suficiente aos seus accionistas?

Gere adequadamente os seus activos?

Contabilidade de Gestão ou Interna

Pretende apresentar informação relevante, histórica ou previsional, monetária ou não


monetária, segmentada ou global, sobre a circulação interna da empresa para a tomada
de decisões.

Trata-se de dar luz a questões que não têm resposta na contabilidade financeira.

Dado o seu carácter interno, cada empresa pode utilizar o sistema de contabilidade de
gestão que se adapte às suas necessidades.

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Contabilidade de Gestão
Permite responder a questões tais como:

Quais os produtos que são rendíveis?

A partir de que preço de venda de um determinado produto não se perde


dinheiro?

Quanto custa um determinado departamento?

Quanto custa cada parte do processo de produção de um artigo?

Qual é a rendibilidade que se consegue com um determinado cliente?

Vale a pena subcontratar uma determinada actividade?

Inter-relações

Uma boa parte da informação que a contabilidade de gestão utiliza procede da


contabilidade financeira, já que esta tem a informação sobre os custos durante o período
considerado.

A contabilidade de gestão, por seu lado, também proporciona informação à


contabilidade financeira, como a referida aos custos com as matérias-primas, produtos
em curso e produtos acabados, para efeitos de valorização das existências no fim do
exercício.

O resultado obtido na contabilidade financeira há-de coincidir, em princípio, com o que


reflecte a contabilidade de gestão.

Por vezes, esta coincidência não se verifica, pois enquanto a contabilidade de gestão
procura obter custos reais, a contabilidade financeira está sujeita à legislação comercial,
que em certos casos se alheia da informação real.

Exemplos:

A amortização do imobilizado considerada na contabilidade financeira é


quase sempre menor do que reflecte a contabilidade de gestão.

Os custos de oportunidade que não são considerados na contabilidade


financeira.

A existência destas inter-relações entre as duas contabilidades é uma das causas que
explicam que haja empresas que optam por integrá-las em uma única contabilidade, que
recebe a designação de sistema monista, outras empresas optam por ter as duas
contabilidades totalmente em separado, sistema dualista.

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Contabilidade de Gestão Vs Contabilidade de Custos

Contabilidade de Gestão

A contabilidade de gestão desempenha um papel chave em qualquer organização, como


consequência da necessidade imperiosa de esta ter de ser inevitavelmente competitiva.

Tem sofrido, nos últimos tempos, uma evolução muito acentuada:

Os processos de transformação das organizações;

A inter-relação com o ambiente económico e social;

O novo contexto competitivo;

A incorporação das novas tecnologias.

É um ramo da contabilidade, que tem por objecto, a identificação, medição e


valorização da circulação interna, assim como sua racionalização e controlo, com o fim
de ministrar à organização a informação relevante para a tomada de decisões
empresariais.

Objectivos

Transmitir a cada parcela da empresa a informação necessária para a gestão (custos,


rendibilidades, e indicadores não monetários).

Contribuir para a consecução dos objectivos estratégicos da empresa, procurando a


eficiência e a eficácia na utilização de todos os recursos (para isso, utilizam-se os
orçamentos, as análises de desvios e a tomada de medidas correctivas).

Contribuir para que todos os responsáveis se sintam motivados (sistemas de incentivos


articulados com o controlo da gestão realizada).

Pretende servir de orientação ou ponto de referência, para todo o tipo de decisões


internas a diferentes níveis no horizonte temporal do curto prazo.

E configurar-se-á em função da estrutura organizativa e dos fins que se pretendam


alcançar.

Contabilidade de Custos

Também chamada contabilidade analítica, é uma das partes da contabilidade de gestão e


centra-se no cálculo de custos dos serviços ou produtos que a empresa oferece.

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Objectivos

Calcular os custos das diferentes partes da empresa e dos produtos que se obtêm;

Conhecer quanto custa cada etapa do processo produtivo, da cadeia de valor de uma
empresa (a cadeia de valor está integrada pelas etapas do processo produtivo que
acrescentam valor ao produto ou serviço que a empresa oferece);

Valorização das existências;

Análise do processo de como é gerado o resultado contabilístico;

Contribuir para o controlo e redução de custos (face à situação actual de economia de


mercado);

Contribuir para a tomada de decisões estratégicas:

Eliminar um produto ou potenciá-lo;

Subcontratar um serviço ou uma etapa do processo produtivo;

Fixar preços de venda e descontos.

Recolhe todos os custos da empresa e atribui-os a produtos, departamentos ou clientes,


consoante as necessidades de informação.

Quando a atribuição pode fazer-se de forma objectiva e sem recurso a critérios de


repartição, designa-se por afectação (por exemplo, o custo da matéria-prima pode
afectar-se ao produto sem demasiadas complicações).

Quando a atribuição se faz através de um processo de repartição de custos entre os


vários departamentos, designa-se por imputação.

Sistemas de Custeio

Tipologia de Custos

Custos completos;

Custos parciais;

Custos reais;

Custos pré-determinados ou previsionais.

Sistema de Custeio Completo

Todos os custos são introduzidos no circuito contabilístico analítico.

Os custos de actividade (conjunto dos custos directos e indirectos), (varáveis) e de


estrutura (fixos), são encaminhados até ao CIPV.

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Englobam:

Custos Directos

Consumos afectáveis ao produto sem arbitrariedades.

Custos Indirectos

Consumos comuns a vários produtos ou ao conjunto dos produtos.

Os custos indirectos só podem ser imputados aos diferentes produtos depois de uma
repartição (coeficiente).

Exemplo:

1ª Hipótese

Produção 500 Unidades

Custo Unitário 2.000,00

Custos de Estrutura 400.000,00

Determine o custo unitário de produção.

Custo Unitário de Produção

((500 x 2.000,00) + 400.000,00) : 500 = 2.800,00

Sistema de Custeio Racional

Visa recalcular os custos completos de forma a que eles sejam representativos das
condições de exploração.

Tornar a evolução dos custos independente da variação do nível de actividade.

Estabilizar os custos completos em condições de exploração iguais.

Imputar os custos de estrutura (custos fixos) ao custo de produção, na medida em que os


meios disponíveis são realmente utilizados.

Custos Fixos Imputados = custos fixos reais x (activ. real : activ. normal)

Exemplo

1ª Hipótese

Actividade normal 500 unidades

Actividade real 500 unidades

Custo unitário variável 2.000,00

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Custo real de estrutura (cf) 400.000,00

Custos fixos imputados = 400.000,00 x (500 : 500)

Custo unitário de produção = ((500 x 2.000,00) + 400.000,00) : 500 = 2.800,00

Vantagens do Sistema

Informar o gestor do prejuízo / do lucro ocasionado pela sobre actividade.

Sistema de Custeio Parcial

Trata-se mais de um método de gestão do que um método contabilístico.

Pretende dar resposta às múltiplas necessidades de gestão.

Princípios

Custos de Actividade (Custos Variáveis ou Custos Operacionais)

Variam com o volume de actividade, são incorporados nos produtos.

Custos de Estrutura (Custos dos Meios, de Capacidade ou Fixos)

Não variam com o volume de actividade, são lançados a débito da conta de resultados
analíticos.

Conceito Base

O volume de vendas do período deve de cobrir os custos do período e libertar um lucro


em relação aos produtos vendidos.

Fórmula Base

V - volume de vendas

(Kv) - custos de actividade (variáveis) dos produtos vendidos

Mb - margem bruta ou margem de contribuição

(Kf) - custos de estrutura (fixos) do período

R - resultado

Consequências
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Qualquer análise de gestão em “direct costing”, baseia-se nas vendas o volume de
actividade é medido em termos de vendas.

Todos os custos de estrutura do período devem de ser suportados pelos produtos


vendidos.

Os stokck’s de pa e pvf são valorizados a custos variáveis de produção.

Ponto Crítico

É o nível de actividade necessário para atingir o resultado nulo.

É o nível de actividade para o qual a margem libertada é igual aos custos fixos.

Pressupostos

Os custos podem separar-se em variáveis e fixos;

Não há variação dos preços dos factores de produção;

Não há variação dos preços de venda.

Margem de Segurança (Actividade para além do ponto crítico)

% da margem de segurança = (v-v’)/v

% da margem de segurança = (v-v’)/v’

Distinção entre Custo, Pagamento e Investimento

Custo / Gasto

É o valor do consumo dos inputs que se precisa para poder produzir os outputs;

São atribuídos aos denominados objectos de custos, que são:

Os produtos

As fases de produção dos produtos

Os centros de custos (departamentos dirigidos por um responsável)

Pagamento

É uma saída de tesouraria;

Nem todos os custos se pagam (a amortização do imobilizado, sendo um custo não se


paga);

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Há pagamentos que não correspondem a custos (a amortização de um empréstimo ou o
pagamento dos dividendos).

Investimento

É a aquisição de um bem tangível ou intangível, que não se consome totalmente no


exercício e que permanece na empresa, para poder ser utilizado em futuros exercícios.

Os activos imobilizados, como a maquinaria, por exemplo, são investimentos.

Para cada exercício há que calcular a parte dos investimentos que se consome
(amortizações /depreciações).

Principais Tipos de Custos

Por Natureza

Matérias-primas

Quando no período considerado, alguma MP tem vários preços, podem-se usar diversos
métodos de valorização, entre os quais se destacam:

FIFO, LIFO, HIFO, Preço médio, NIFO, Padrão

Serviços Exteriores

O custo estima-se a partir das facturas dos fornecedores.

Nalguns casos (arrendamentos, telefones, água, gás, electricidade, seguros, etc.) há que
calcular correctamente a parte do custo que corresponde ao consumo do período, para o
que se tem de periodificar, devido ao princípio da especialização.

Pessoal

O cálculo do custo da mão-de-obra obtém-se a partir da contabilidade financeira (conta


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O custo/hora de um empregado é igual à soma de todos os custos do empregado, tais


como:

Salários, segurança social, plano de pensões, fardas, etc;

Dividindo pelo número de horas efectivamente trabalhadas.

Custo/hora de um empregado = Custo total anual do empregado / N.º de horas


efectivamente trabalhadas pelo empregado

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Financeiros

Terão de ser também adequadamente periodificados.

Amortizações e provisões / Depreciações e imparidades

Normalmente diferentes da contabilidade financeira, há que efectuar uma estimativa


razoável e realista dos consumos e das perdas de valor que se produzem nos activos
correspondentes.

Oportunidade

Relacionado com EVA;

EVA = Resultado contabilístico (sem custos financeiros) – Custo de oportunidade


financeiro (activos x taxa de custo de oportunidade)

Taxa de custo de oportunidade é uma taxa equivalente ao custo de oportunidade dos


accionistas.

Por Funções

Custos relacionados com as principais áreas funcionais da empresa:

Aprovisionamento;

Produção;

Comercialização;

Administração;

Investigação e desenvolvimento;

Direcção.

Directos e Indirectos

Directos

São os custos que podem ser atribuídos de forma inequívoca e directa ao objecto de
custo, portanto são afectados ao objecto de custo.

Indirectos

São os custos que precisam de critérios de repartição subjectivos para poderem ser
atribuídos, por isso, imputados. São consumidos simultaneamente por dois ou mais
objectos de custo.

Um custo pode ser indirecto em relação ao produto, mas directo em relação a um centro
de responsabilidade.

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Custos do produto e custos do período

Os custos do produto são os correspondentes à produção, os restantes custos são do


período.

Exercício

Matérias-primas 300 u. m.

Mão-de-obra directa 100 u. m.

Outros custos de produção 100 u. m.

Custos de administração e direcção 300 u. m.

Produção 50 Unidades

Vendas 40 Unidades ao pv de 20 u. m.

Ei 0 Unidades

Ef 10 Unidades

Elabore a Demonstração de Resultados.

Demonstração de Resultados

Vendas 40 un. x 20 u. m. 800 u. m.

Custo das vendas 40 un. x 10 u. m. -400 u. m.

Custos do período -300 u. m.

Resultado 100 u. m.

Custos Variáveis e Fixos

Os custos são variáveis ou fixos em função da sua relação com o nível de actividade da
empresa.

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Custo Variável

Relações entre custos directos, indirectos, variáveis e fixos

Custos de Oportunidade

Estes custos referem-se a consumos reais, mas que não são objecto de facturação nem
de pagamento e, além disso, não são tidos em conta pela contabilidade financeira.

Os mais habituais:

Trabalho gratuito efectuado pelos familiares do empresário;

Os alugueres não facturados de locais propriedade dos sócios;

Financiamento dos sócios sem pagamento de juros.

Custos Históricos e Custos Futuros

São custos históricos os que já têm ocorrido no passado e dos quais é útil o seu cálculo;

Para conhecer o valor de um produto ou serviço

Para avaliar acções passadas na empresa

São custos futuros os que ainda não ocorreram e que se calculam;

Para antecipar os sucessos que se prevêem surgir na empresa

Para a tomada de decisões correspondentes.

Os custos futuros podem configurar dois tipos:

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Custos Padrões (que se referem a uma unidade de produto);

Custos Orçamentados (que se referem a centros de custo).

Custos Relevantes e Irrelevantes

Custos relevantes são custos relativos ao futuro e que podem ser afectados pela decisão
em análise, e custos irrelevantes são os que não são afectados pela decisão que se vai
tomar.

Exemplo:

Se a empresa tem que decidir entre dois processos de fabrico que utilizam
máquinas diferentes, mas que consomem as mesmas quantidades de matérias-
primas, as matérias-primas são irrelevantes para a decisão

Custo Marginal

É o aumento de custo pelo fabrico ou venda de uma unidade adicional de output.

Custo Incremental ou Diferencial

É o aumento de custo pelo fabrico ou venda de um conjunto adicional de unidades de


output.

C’ = (Kt2 – Kt1) / (Q2 – Q1)

Custo Controlável

É o custo que pode ser modificado pelo respectivo responsável

Exemplo:

Se o gerente de uma agência bancária tem capacidade de decisão sobre os tipos


de taxa com que retribui os seus depositantes, as taxas que ele paga são custos
controláveis;

Se são repercutidos na agência os custos da administração e dos serviços


centrais, estes são incontroláveis para o gerente da agência.

Custo Marginal e Custos e Proveitos Diferenciais

Em termos económicos:

Custo Marginal

É o custo de uma unidade adicional;

Representa-se normalmente por c’;

Esta representação c’ é também usada para o custo diferencial médio.

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Custo Diferencial Médio

Chamam-se custos diferenciais aos acréscimos experimentados pelos custos anteriores


quando a produção (e vendas) é incrementada, representa-se por ∆ K.

∆ K = Kn+p - Kn

Todavia, este conceito não é operacional se não for relacionado com o acréscimo
quantitativo da produção.

Assim, teremos o custo diferencial médio que resulta do quociente entre o acréscimo de
custo suportado pela produção de uma quantidade superior à inicial e o acréscimo
dessas quantidades.

c’ = ∆ K / ∆ Q

Proveito Diferencial Médio

Resulta do quociente entre o acréscimo de proveitos resultante da venda dessas unidades


adicionais e a sua quantificação.

p’ = ∆ P / ∆ Q

O acréscimo dos resultados será dado por:

∆R=∆P–∆K

Dividindo ambos os membros da equação, por ∆ Q teremos:

∆ R = ∆ Q (p’ – c’)

Custos e Proveitos Diferenciais

Exercício:

Numa empresa que produz o produto X suportou € 500.000 de custos na sua actividade
actual de 100.000 unidades que vende a 6 € por unidade.

Havendo possibilidade de vender este ano mais 20.000 unidades, face à existência de
capacidade disponível, e sabendo-se que os custos crescerão € 70.000 essencialmente a
nível de custos variáveis. Determine o acréscimo de resultado.

Admitindo que estas quantidades adicionais se destinam a um mercado de exportação e


que eventualmente isto implicará que se tenha de praticar um preço inferior ao do
mercado interno, calcular o limite inferior possível para esse preço.

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Resolução:

a) c’ = ∆ K / ∆ Q
p’ = ∆ P / ∆ Q

∆ R = ∆ Q ( p’ – c’)

c’ = ∆ K / ∆ Q 70.000 / 20.000 = 3,5 €

p’ = ∆ P / ∆ Q 120.000 / 20.000 = 6,0 €

∆ R = ∆ Q ( p’ – c’) 20.000 ( 6,0 – 3,5) = 50.000 €

b) O limite inferior do preço a praticar seria aquele que não alterasse o


resultado anterior, ou seja, ∆ R = 0.

(p’ – c’)*20.000 = 0 (p’ – 3,5)*20.000 = 0 p’ = 3,5

Rendibilidade e Risco

Indicadores de Risco

Económico

Está estritamente relacionado com a actividade operacional e respectiva estrutura de


custos (variáveis e fixos).

Depende do tipo de negócio da empresa;

Volume de vendas / prestações de serviços;

Margens brutas;

Estrutura dos custos operacionais.

Financeiro

Mais relacionado com a estrutura financeira da empresa, bem como do custo de


financiamento;

Sempre que o custo de financiamento for superior à rendibilidade económica, aumenta o


risco financeiro com o endividamento. Caso contrário, o aumento do endividamento
pode traduzir-se num benefício acrescido para o investidor.

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Indicadores de Risco Económico

GAO – Grau de Alavanca Operacional

Mc / RO

Evidencia o peso dos custos fixos na estrutura dos custos operacionais da entidade;

Quanto maior for este indicador maior é o risco da entidade, pois significa que grande
parte da Mc é absorvida por custos independentes da entidade.

Ponto Crítico

Kf / % Mc

Reflecte o nível de actividade necessária para que o Resultado Operacional seja nulo;

Representa o volume de negócios mínimo que é necessário para cobrir os custos


operacionais.

Margem de Segurança (V – V’)

( V – V’ ) / V’

Mede a margem percentual que separa o actual Volume de Negócios do Ponto Crítico;

Quanto maior for a Ms menor será o risco económico;

Significa quanto a empresa está a laborar acima do ponto crítico;

Significa quanto as Vendas podem baixar sem que a empresa tenha resultados
operacionais negativos.

Indicadores de Risco Financeiro

GAF – Grau de Alavanca Financeiro

RO / RAI

Avalia a capacidade da empresa em fazer face aos compromissos com os custos


financeiros;

Quanto maior for este indicador maior é o risco financeiro, pois significa que o RO foi
em grande parte absorvido pelos custos financeiros;

Se o RO for positivo e este indicador for negativo significa que os custos financeiros
excedem o RO.

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Solvabilidade

Capital Próprio / Passivo

Avalia a capacidade da empresa para fazer face aos compromissos com terceiros;

Avalia o risco que os credores correm em relação a decisões de concessão de crédito à


empresa.

Autonomia Financeira

Capital Próprio / Activo

Avalia o nível de financiamento do investimento total por capitais próprios;

Sendo reduzido, este indicador, traduz o risco financeiro para o financiador;

Em muitos programas de apoio exigem valores mínimos para este indicador (geralmente
15% a 25%).

Indicador do Risco Combinado

GAC – Grau Combinado de Alavanca

GAO x GAF ou Mc / RAI

Indicador de risco global que conjuga as vertentes operacionais e financeira;

Quantifica o peso dos custos fixos operacionais e dos custos financeiros, ou seja, o
impacto das variações das V sobre o RC.

Modelo CVR (Custos / Volume / Resultados)

Comportamento dos Custos

Os custos directamente associados a um determinado nível de capacidade instalada de


uma empresa, mantém-se inalteráveis face a variações do nível de actividade que não
excedam a capacidade instalada.

Existem outros custos que variam em função do nível de actividade e que no médio
prazo decrescem com o aumento desse mesmo nível de actividade, por efeito da curva
de experiência e da curva de economia de escala.

Comportamento dos Proveitos

A MLP o pv tende a decrescer, pelo aumento do n.º de concorrentes.

A CP o pv tende a manter-se inalterado, pelo que os proveitos globais variam


proporcionalmente ao nível de actividade.

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Intervalo Relevante

A análise CVR assenta unicamente na perspectiva do curto prazo.

Sendo válida apenas para decisões, cujos efeitos se materializam neste horizonte
temporal, no qual é possível individualizar um intervalo, expresso em n.º de unidades de
produto ou de tempo.

Pressupostos deste intervalo de nível de actividade

O pv mantém-se constante originando proveitos globais proporcionais ao nível


de actividade (P = Q x pv);

O custo variável unitário se mantém constante (Kv = Q x cv), originando custos


variáveis globais proporcionais ao nível de actividade;

Os custos fixos se mantêm inalterados (Kf).

Principal limitação da análise CVR resulta da sua aplicação ao CP, sendo, como
qualquer modelo, uma simplificação da realidade.

Equação do CVR

R = V – Kv - Kf

Qxpv = V

Qxcv = Kv

Q = Nível de actividade dado pelo n.º unidades produzidas e vendidas

Margem de Contribuição

Dentro do intervalo relevante, cada nível de actividade Q proporciona uma margem


global Qx(pv–cv) que contribui para a cobertura dos custos fixos (Kf).

mc = pv - cv

Mc = Q x mc

R = Mc - Kf

A margem de contribuição pode também ser expressa em percentagem das vendas.

Pode ser calculada a partir dos valores globais

%Mc = (V – Kv) / V

Ou a partir dos valores unitários

%Mc = (pv – cv) pv

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A margem de contribuição global é também dada pelo produto do volume de vendas V
pela %Mc:

Mc = V x %Mc

A equação CVR do resultado, pode também ser expressa:

R = V x %Mc - Kf

Demonstração de Resultados evidenciando a margem de contribuição:

Ponto Crítico das Vendas

O Ponto Crítico das vendas (ponto morto, limiar de rendibilidade ou breakeven point) é
o nível de actividade (expresso em vendas, quantidade ou valor) que proporciona um
resultado nulo, níveis de actividade superiores proporcionam resultados positivos e
níveis de actividade inferiores dão origem a prejuízos.

Utilizando a equação CVR do Resultado, pode calcular-se esse nível de actividade de


indiferença, expresso em n.º de unidades e representado por Q’.

Q’ = Kf / (pv –cv)

O Ponto Crítico das vendas em valor (V’), representa o Volume de Vendas a atingir
para que o resultado seja nulo.

O seu cálculo deduz-se do Ponto Crítico em Quantidade (Q’), multiplicado pelo pv.

V’ = pv x [Kf / (pv – cv)]

V’ = [Kf / %Mc]

Situação do Multiproduto

A maioria das empresas, não produzem e vendem apenas um único produto.

O mais vulgar é a mesma estrutura de custos fixos ser comum a vários produtos.

Nestes casos, verificam-se diferentes combinações (Mix) de vendas dos vários produtos.

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Como

Cada combinação (Mix);

Apresenta uma Mc própria, resultante dos pv e cv de cada um dos produtos;

Como os Kf;

São comuns aos vários produtos.

A cada Mix corresponde também um Ponto Crítico diferente

V’ (Mix) = Kf / % Mc (Mix)

O Mix que proporciona maior Mc é aquele que conduz a um maior resultado e a um


menor Ponto Crítico.

A % da Mc global é igual ao somatório da %Mc de cada produto multiplicada pela


posição relativa das vendas de cada produto em relação às vendas totais.

%Mc = Σ (vi * mi)

Exercício

A empresa X construiu o seu orçamento de 200x, com base nas seguintes vendas
previstas:

Produtos Vendas % %Mc

A 20.000 0,1 0,3

B 80.000 0,4 0,25

C 60.000 0,3 0,2

D 40.000 0,2 0,4

Total 200.000 1

Calcule a % Mc da empresa.

%Mc=0,1*0,3 + 0,4*0,25 + 0,3*0,2 + 0,2*0,4= 0,27

A variação da % da Mc global pode resultar de alteração do Mix de produtos, e então a


variação será:

Σ (vi – vi’) = 0

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Exercício

Em Fevereiro de 200x aquando da revisão orçamental, verificou-se que embora se


devesse manter o total das vendas programadas, se deveria ajustar a composição dessas
vendas para:

Produtos Vendas (1) % Vendas (2) % % Mc

A 20.000 0,1 15.000 0,075 0,3

B 80.000 0,4 70.000 0,35 0,25

C 60.000 0,3 80.000 0,4 0,2

D 40.000 0,2 35.000 0,175 0,4

Total 200.000 1 200.000 1

Calcular a alteração ocorrida na % Mc da empresa e como se decompõe por produto


essa alteração.

Resolução

%Mc após revisão do orçamento

∆% Mc = - 0,025*0,3–0,05*0,25+0,1*0,2– 0,025 * 0,4 = - 0,01

Nova %Mc

0,27 – 0,01 = 0,26

Confirmação

O Ponto Crítico não se refere aos produtos individualmente, mas sim ao respectivo Mix.

Podendo determinar-se a contribuição de cada um dos produtos para o Ponto Crítico.

V’ x % das vendas de cada um dos produtos

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A contribuição de cada um dos produtos para o Ponto Crítico em quantidade (valor)
multiplicado (dividido) pelo respectivo pv.

Permite determinar a contribuição de cada um dos produtos para o Ponto Crítico em


valor (quantidade).

Para se calcular o ponto de equilíbrio em quantidade (Q’) e valor (V’) das vendas, há
que identificar os produtos individuais como componentes de um produto global.

Cálculo do pv ponderado e do cv ponderado

Pv(p) = 90 * 0,8 + 140 * 0,2 = 100

Cv(p) = 70 * 0,8 + 95 * 0,2 = 75

pv(p) = preço de venda ponderado

cv(p) = custo variável ponderado

Ponto de equilíbrio em quantidade da empresa

Q’ = Kf / [pv(p) – cv(p)]

Q’ = 200.000 / (100-75) = 8.000 Un

Ponto de equilíbrio em valor da empresa

V’ = Q’ * pv(p)

V’ = 8.000 * 100 = 800.000 €

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Contribuição de cada produto para o ponto de equilíbrio da empresa em quantidade

Q’ (a) = 8.000 * 0,8 = 6.400

Q’ (b) = 8.000 * 0,2 = 1.600

Contribuição de cada produto para o ponto de equilíbrio da empresa em valor

Produto A = 8.000 un x 90 € = 720.000 € (72%)

Produto B = 2.000 un x 140 € = 280.000 € (28%)

Contribuição de cada produto para o ponto de equilíbrio da empresa em valor

V’(a)=800.000*0,72 = 576.000

V’(b)=800.000*0,28 = 224.000

Margem de Segurança

A Margem de Segurança (Ms) é um indicador de risco que mede a proximidade ou


afastamento de um determinado nível de vendas V (Q) relativamente ao Ponto Crítico
V’ (Q’).

Quanto maior (menor) a Margem de Segurança menor (maior) o risco da empresa.

A margem de segurança em valor absoluto é representada pelas vendas diferenciais ao


ponto crítico (V – V’).

Em regra a margem de segurança expressa-se em termos relativos (em %), segundo 2


ópticas:

1 - Em relação ao ponto crítico:

MS = (V – V’) / V’

O que significa que este indicador nos informa quanto a empresa está a laborar
acima do ponto crítico em percentagem.

2 – Em relação às Vendas:

MS = (V – V’) / V

O que significa que a margem de segurança, assim definida, nos informa (em
percentagem) quanto as Vendas podem baixar sem que a empresa tenha resultados
operacionais negativos.

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Exercício

Determinar o V’ e MS, tendo em conta:

Vendas 90.000

Kv 63.000

Sabendo que a Mc gera um lucro de 12 000.

Resolução

V’ = 50.000

(V - V’) = 40.000

MS (em % V’) = 80%

A empresa está a laborar 80% acima do ponto crítico

MS (em % de V) = 44,4%

O que significa que as Vendas podem baixar até 44,4% sem que a empresa tenha
resultados negativos.

Se o pv = 10

Determinar Q’

Resolução

V / pv = Q Kv / Q = cv

Q = 90.000 / 10 = 9.000 cv = 63.000 / 9.000 = 7

Q’ = Kf / (pv – cv) Q’ = 15.000 / (10–7)

Q’ = 5.000 unidades

Planeamento de Resultados

O Ponto Crítico traduz o nível de vendas, para que a Mc gerada iguale os Kf, ou seja,
para que produza um resultado nulo.

Como os Kf ficam totalmente cobertos no Ponto Crítico, o resultado proporcionado por


uma unidade vendida a mais do que o Ponto Crítico é dado pela: mc.

O resultado proporcionado por mais x unidades vendidas para além do Ponto Crítico
será: X x mc.

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Generalizando, o resultado proporcionado por qualquer nível de vendas (Q), conhecido
que seja o Ponto Crítico (Q’), é dado por:

R = (Q – Q’) x mc

Onde (Q – Q’) expressa o número de unidades vendidas a mais (ou menos, se Q < Q’)
do que o Ponto Crítico.

O mesmo planeamento pode ser feito a partir dos dados expressos em valor, através da
seguinte expressão:

R = (V – V’) x %mc

Onde V – V’ significa o volume de vendas acima (ou abaixo) do Ponto Crítico.

Graus de Alavanca Financeiro e Combinado

Graus de Alavanca Financeiro

A análise do risco financeiro não se pode ficar pela análise do balanço.

Uma empresa pode ter uma estrutura financeira aparentemente equilibrada, mas com
rendibilidade insuficiente para lhe permitir pagar os custos financeiros resultantes da
dívida.

Daí a análise do GAF.

Em seguida foi criado um rácio do risco total, o GAC, juntando num mesmo indicador o
GAO e o GAF.

O que está em causa?

Analisar e concluir se o endividamento está a ser favorável à rendibilidade dos CP;

O que se consegue com um conjunto de rácios – o “efeito de alavanca financeiro”;

GAO > o impacto na variação % do RO face à variação % das V;

GAF > o impacto no RC face à variação % dos RO.

GAF = RO / RAI

O GAF mede a variação dos resultados correntes face a uma dada variação dos
resultados operacionais.

GAF = ∆ % Rai / ∆ % Ro

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Exercício

GAF = (2.700 : 4.500) / (2.700 : 12.000)=0,6 / 0,225=2,6667

O GAF será igual a 1 quando não existam Custos Financeiros de Financiamento e tanto
mais elevado quanto maiores forem estes.

Podendo apresentar expressão negativa, quando o custo dos capitais alheios de


financiamento superar o valor do Resultado Operacional.

Grau de Alavanca Combinado

Trata-se de medir o efeito combinado das duas alavancas

Isto é - A capacidade da empresa em usar Kf tanto operacionais como financeiros, para


aumentar o efeito da variação das V no lucro por acção

GAC - Mede a sensibilidade do RC à variação das V

Limitação – Tal como os outros graus é aceitável para pequenas oscilações do volume
de vendas

Permite relacionar directamente as variações do nível de actividade da empresa com as


variações dos Resultados Correntes

GAC = GAO x GAF

GAC = Mc / RAI

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Exercício

GAC = GAO x GAF = GAC = 2,25 x 2,6667 = 6

GAC = Mc / RAI = GAC = 27.000 / 4.500 = 6

O GAC e a % da M. de Segurança

Podemos agora relacionar a % da Margem de Segurança com o GAO e com o GAC


(perspectiva económica e total, respectivamente).

GAC = 1 / % Marg. Segurança

V’ = 22.500 / 0,3 = 75.000

%Ms = (90.000 -75.000) / 90.000 = 0,166

GAC = 1 / 0,1666 = 6

Grau de Alavanca Operacional

Mede a variação percentual dos resultados operacionais em função de uma dada


variação do volume de vendas, tendo em conta um determinado nível de actividade.

Avalia o efeito multiplicador dessa variação.

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GAO = Margem de cobertura / Resultados

Mc = Kf + Ro

Demonstração

1. Seja R o resultado operacional, ∆R a variação dos resultados. V o volume de vendas


actual e ∆V a variação das vendas.

2. Variação dos resultados operacionais face a uma variação do volume de vendas.

GAO = ∆% Resultados / ∆ % Vendas

3. Como os resultados operacionais correspondem à diferença entre a margem de


cobertura e os custos fixos (excluindo financiamento), teremos:

R = Q (pv – cv) - Kf

e que no cálculo do ∆R já não devemos considerar os custos fixos não financeiros


(considerados no resultado inicial), ou seja,

∆ R = ∆ Q (pv-cv)

4. Por sua vez as vendas são o produto das quantidades pelo preço e o acréscimo das
vendas será igual ao produto do acréscimo das quantidades pelo preço

V = pv x Q

∆ V = pv x ∆ Q

O GAO pode também ser calculado a partir da fórmula:

GAO = 1 / %Margem de segurança

GAO = (Kf / Ro) +1

Exercício

Determinar a variação dos resultados operacionais duma empresa, perante um


acréscimo de 10% nas vendas. A Demonstração de Resultados simplificada é a
seguinte:

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Resolução

GAO = Mc / RO > 27.000 / 12.000 = 2,25

GAO = ∆% R / ∆%V 0,1 x 2,25 = 0,225 <> 22,5%

O resultado crescerá 22,5%

Quanto maior o peso dos Kf, maior o risco do negócio

Indústrias com elevado risco operacional:

Indústrias de capital intensivo

Indústrias que usam pessoal muito especializado

Durante uma recessão terão de manter o volume de custos para o nível de actividade
para que se estruturaram

Quando a empresa tem um peso elevado de Kf diz-se em termos financeiros que a


empresa tem um elevado grau de alavanca operacional (económico)

Um elevado grau de alavanca operacional

Significa, uma variação nas vendas tem um impacto mais que proporcional nos
resultados operacionais;

Isto é, se a tendência das vendas for para crescer a alavanca operacional é


favorável;

Ou seja, um crescimento das vendas implica um crescimento mais que


proporcional nos RO;

Mas, se as vendas caírem a alavanca operacional é desfavorável;

Pois, uma descida das vendas arrasta um decréscimo mais do que proporcional
nos RO.

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Ambas as empresas apresentam o mesmo volume de vendas e o mesmo resultado;

Única diferença, estrutura de custos;

Resultante, X tem uma Mc = 50% e Y tem uma Mc = 30%;

GAO, X = 5 e Y = 3;

Significa, uma variação de 1% nas vendas terá um impacto de 5% nos RO de X e um


impacto de 3% nos RO de Y;

Isto é, X tem um risco de negócio maior que Y.

Uma subida ou descida de 10% nas vendas da empresa X tem um impacto no mesmo
sentido de 50% nos RO;

Significa, para pequenas variações de vendas;

Pois o mesmo não se verifica para grandes variações nas vendas;

Visto que, a elasticidade dos custos em relação às vendas não é constante;

Veja-se, quando a actividade cai para 900, o novo GAO é de 9%;

Isto é, uma queda posterior de 1% nas vendas implica uma redução de 9% nos RO.

Factores que influenciam o GAO

O GAO será tanto menor quanto menores forem os Kf;

O GAO será tanto menor quanto maiores forem os R;

O GAO será tanto menor quanto maior for a Ms;

O GAO será tanto maior quanto menor for a Ms.

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