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Programação de CLP I

Módulo Básico

Plataforma TIA Portal


(Siemens)

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Automação Industrial

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Programação de CLP I

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Programação de CLP I

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outro que exista ou que venha a existir, sem a autorização prévia, expressa e
por escrito.
Programação de CLP I

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

AULA-01
Introdução ...................................................................................................... 07
Análise de Sinais ............................................................................................. 08
Processos de Automação ................................................................................. 09
Arquitetura do CLP .......................................................................................... 09
Posicionamento Simatic .................................................................................. 17
O CLP S7-1200 ................................................................................................ 18
Diagrama Elétrico ........................................................................................... 21

AULA-02
TIA Portal ........................................................................................................ 25
Criação de Projeto ........................................................................................... 27
Visão Geral do TIA ........................................................................................... 30
Comunicação CLP - PC ..................................................................................... 31
Detect de Hardware ........................................................................................ 36
Blocos de Programação ................................................................................... 39
PLC Tags ......................................................................................................... 40
Watch and Force Table .................................................................................... 41
Conceito de Automação Centralizada e Distribuída ........................................... 42
Configuração de Hardware com Remotas ......................................................... 44
Endereçamento de I/Os ................................................................................... 46

AULA-03
Conceitos Básicos de Programação .................................................................. 53
Linguagens de Programação ........................................................................... 54
Norma IEC61131-3 ......................................................................................... 55
Linguagem Ladder .......................................................................................... 55
Linguagem FBD .............................................................................................. 56
Linguagem SCL ............................................................................................... 56

AULA-04
Principais Operadores Bit Logic ........................................................................ 61
Propriedades da CPU ....................................................................................... 63
System Memory .............................................................................................. 64
Clock Memory ................................................................................................. 65
Programação de CLP I

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

AULA-05
Conceitos Básicos de Tamanho de Dados ......................................................... 71
Contador CTU ................................................................................................. 72
Contador CTD ................................................................................................. 73
Contador CTUD ............................................................................................... 74

AULA-06
Temporizador TP ............................................................................................. 81
Temporizador TON .......................................................................................... 82
Temporizador TOF .......................................................................................... 83
Temporizador TONR ........................................................................................ 84

AULA-07
Modelagem GRAFCET ...................................................................................... 89
Conceitos Básicos ............................................................................................ 89
Desenvolvimento GRAFCET em Linguagem Ladder ........................................... 90

AULA-08
Tipos de Sequência no GRAFCET ...................................................................... 99
Tipos de Acionamentos das Saídas ................................................................. 100

AULA-09
Conceitos Avançados de Estrutura de Dados .................................................. 105
Funções Matemáticas .................................................................................... 110

AULA-10
Operador de Move ........................................................................................ 123
Operadores de Comparação .......................................................................... 124
Operadores de Conversão ............................................................................. 127
Entrada e Saída Analógica ............................................................................. 131
Programação de CLP I

Aula 01
Introdução;
Análise de Sinais;
Processos de Automação;
Arquitetura do CLP;
Posicionamento Simatic;
O CLP S7-1200;
Diagrama Elétrico.
Programação de CLP I

1 INTRODUÇÃO

O controlador lógico programável (CLP) é um equipamento utilizado na


indústria para controle de máquinas e processos de produção. Possui um sistema
microprocessado com software de controle e hardware prepadarado para o ambiente
fabril.

1.1 HISTÓRICO

O Controlador Lógico Programável - CLP praticamente foi criado dentro da


indústria automobilística americana, mais especificamente na Hydronic Division da
General Motors, em 1968.

Placas Dedicadas

Modelo simplificado da evolução do controle industrial.

Sistema Programável
Lógicas com Relés Placas Dedicadas

Controles Industriais

7
Programação de CLP I

2 ANÁLISE DE SINAIS

Os sinais podem ser tratados em domínio contínuo e domínio discreto. Dessa


forma, é importante o conhecimento das características dos sinais, os quais podem
ser tratados como:

 Contínuo no tempo e contínuo em amplitude - (Gráfico 1);


 Discreto no tempo e contínuo em amplitude - (Gráfico 2);
 Discreto no tempo e discreto em amplitude - (Gráfico 3);
 Contínuo no tempo e discreto em amplitude - (Gráfico 4).

Gráfico 1 Gráfico 2

Gráfico 3 Gráfico 4

8
Programação de CLP I

3 PROCESSOS DE AUTOMAÇÃO

No cenário industrial, é usual segmentar os processos produtivos em duas


formas: sistemas de processos contínuos e sistemas de processos

 Sistema de processo contínuo - Caracterizado por manter uma determinada


variável dentro de uma faixa de operação. Normalmente possui elevada
quantidade de variáveis analógicas. Como exemplo de variáveis tem-se o controle
de temperatura, vazão, nível e pressão. Como exemplo de processos de produtivos
tem-se a indústria química, metalúrgica, siderúrgica e petroquímica;

 Sistema de processo discreto - Caracterizado pela tomada de decisão baseada em


eventos. Normalmente possui elevada quantidade de variáveis digitais. Como
exemplo de variáveis tem-se os sensores de posição, acionamentos de motores e
comandos de pistões pneumáticos. Como exemplo de processos produtivos tem-se
a indústria automobilística, moveleira e fabricação de peças.

4 ARQUITETURA DO CLP

O controlador lógico programável, o qual faz parte de um sistema de


automação é representado pela figura abaixo:

CLP S7-1200 / CPU 1214C DCDCDC

9
Programação de CLP I

Os principais blocos internos do controlador lógico programável são: fonte,


CPU, I/Os de entrada, I/Os de saída, memórias e comunicação.

Arquitetura Interna

4.1 FONTE DE ALIMENTAÇÃO

Os controladores possuem alimentação AC (110-220Vac) ou DC (24Vdc). Para


o primeiro caso é necessária uma fonte de 24Vdc para alimentação da CPU.

Fonte de Alimentação - PM1207 24V/2,5A

10
Programação de CLP I

Para os dois casos de alimentação do CLP (AC ou DC), é necessária uma fonte
interna, a qual é responsável em adequar os níveis de tensão para:

 Microprocessador;
 Módulos de bateria;
 Memória RAM;
 Comunicações.

NOTA: A fonte de alimentação, normalmente chaveada, tem as seguintes funções


básicas:

 Converter a tensão da rede elétrica (110 ou 220 Vca) para a tensão de alimentação
dos circuitos eletrônicos, +5 Vcc para o microprocessador, memórias e circuitos
auxiliares e +/-12 Vcc para a comunicação com o programador ou computador;
 Manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio em tempo real e
Memória do tipo RAM;
 Fornecer tensão para alimentação das entradas e saídas (12 ou 24 Vcc).

4.2 CPU

Também conhecido como Unidade de Processamento são responsáveis pelo


funcionamento lógico de todos os circuitos. Em CLPs maiores podem ser modulares.
Em CLPs compactos ou micros está dentro da mesma estrutura, em alguns
casos com os I/Os ou com possibilidade de expansão.

NOTA: A CPU é responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos. Nos


CLPs modulares a CPU está em uma placa ou módulo separado das demais,
possibilitando assim o uso de diferentes combinações de CPUs, Fonte de Alimentação
e módulos diversos. Nos CLPs de menor porte a CPU e os demais circuitos estão todos
em único módulo, algumas vezes expansíveis.

11
Programação de CLP I

4.3 MEMÓRIAS

 Memória do Programa Monitor - O Programa Monitor é o responsável pelo


funcionamento geral do CLP. Ele é responsável pelo gerenciamento de todas as
atividades. Não pode ser alterado pelo usuário.

 Memória do Usuário - É onde armazena o programa da aplicação desenvolvido


pelo usuário. Pode ser alterada.

 Memória de dados - É a região de memória destinada a armazenar os dados do


programa do usuário. Estes dados são valores de temporizadores, valores de
contadores, códigos de erro, senhas de acesso, entre outros.

Memórias do CLP

12
Programação de CLP I

4.4 ENTRADAS DIGITAIS

Entradas digitais são utilizadas por sensores, chaves fim de curso, botões de
comando, entre outras.

Botões de Comando - I/O digital

Possuem apenas dois estados lógicos possíveis:

 Ligado;
 Desligado.
Podem ser dos tipos:

 24 Vdc;
 110/220 Vac.

NOTA: As entradas digitais do tipo DC (24 Vdc) podem ser de dois tipos: NPN (tipo
dreno - sinking) ou PNP (tipo fonte - sourcing).

13
Programação de CLP I

4.5 SAÍDAS DIGITAIS

Saídas digitais são utilizadas por relés, contatores entre outros.

Relé e Contator - I/O digital

Possuem apenas dois estados lógicos possíveis:

 Ligado;
 Desligado.
Podem ser dos tipos:

 Transistor (24 Vdc);


 Relé.

14
Programação de CLP I

4.6 ENTRADAS ANALÓGICAS

As entradas analógicas permitem que o CLP monitore variáveis contínuas em


amplitude, enviadas normalmente por sensores e transmissores eletrônicos. As
grandezas analógicas elétricas tratadas por estes módulos são normalmente tensão e
corrente. Na maioria das interfaces, para leitura de tensão, as faixas de utilização são:
0 a 10 Vcc, 0 a 5 Vcc, 1 a 5 Vcc, -5 a +5 Vcc, -10 a +10 Vcc. As interfaces que
permitem entradas positivas e negativas são chamadas de entradas diferenciais, e no
caso de corrente, as faixas mais utilizadas são: 0 a 20 mA e 4 a 20 mA.

A resolução da entrada analógica é dada em números em bits. Uma entrada


analógica com um maior número de bits permite uma melhor representação da
grandeza analógica.

Como exemplo de utilização tem-se os sensores de temperatura, os


transmissores de pressão, sensores de nível, PH, vazão, fluxo, entre outros.

Exemplo:

Uma placa de entrada analógica de 0 a 10 Vcc com uma resolução de 8 bits


permite uma sensibilidade de 39,2 mV enquanto que a mesma faixa em uma entrada
de 12 bits permite uma sensibilidade de 2,4 mV e uma de 16 bits permite uma
sensibilidade de 0,2 mV.

4.7 SAÍDAS ANALÓGICAS

As saídas analógicas convertem valores numéricos, em sinais de saída em


tensão ou corrente. No caso de tensão normalmente são de0 a 10 VCC ou 0 a 5 VCC,
e no caso de corrente de 0 a 20mA ou 4 a 20mA. Estes sinais são utilizados para
controlar dispositivos atuadores.

Da mesma forma que na entrada analógica, a resolução da saída analógica é


dada em número de bits.

Como exemplo de utilização tem-se o comando de setpoint em inversores de


frequência e setpoint para válvulas proporcionais.

15
Programação de CLP I

4.8 ENTRADAS ESPECIAIS

Existem módulos de entrada especial, com isso não possuem configuração


simples. Podem ser com sinais de:

 Módulos Contadores Rápidos;


 Módulos Contadores de Fase Única;
 Módulos Contadores de Dupla Fase;
 Módulos para Encoder Absoluto;
 Módulos para Encoder Incremental;
 Módulos para Termopares (Tipo J, K, L S);
 Módulos para leitura de grandezas elétricas (KW KWh KQ, KQh, cos Φ, V, entre
outros.

4.9 SAÍDAS ESPECIAIS

Assim como as entradas especiais, existem as saídas especiais, as quais podem


ser com sinais de:

 Módulos PWM para controle de motores CC;


 Módulos PTO para controle de Motores de Passo (Step Motor).

NOTA: Vantagens na utilização do CLP:

 Ocupam menor espaço;


 Requerem menor potência elétrica;
 Podem ser reutilizados e reprogramados;
 Apresentam maior confiabilidade;
 Oferecem maior flexibilidade.

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Programação de CLP I

5 POSICIONAMENTO SIMATIC

O posicionamento Simatic mostrado comtempla o controlador S7-1200


inserido nas famílias antigas de CLPs e nas famílias novas.

Posicionamento com as famílias antigas

Posicionamento com as famílias novas

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Programação de CLP I

6 O CLP S7-1200

O S7-1200 é um controlador de pequeno porte compacto e entre suas


principais características, destaca-se:

 Interface PROFINET integrada;


 I/O de Alta velocidade;
 Entradas e saídas analógicas integradas;
 Geradores de pulso;
 Contadores de alta velocidade;
 Placas de sinal para fornecer I/O adicionais.

6.1 MODELOS

A família do S7-1200 possui 5 modelos standart e 3 modelos de segurança.

 CPU 1211C;
 CPU 1212C;
 CPU 1214C;
 CPU 1215C
 CPU 1217C;
 CPU 1212FC;
 CPU 1214FC;
 CPU 1215FC.

NOTA: As CPUs podem variar entre os seguintes tipo:

 DC/DC/DC - Alimentação em 24 Vdc, Entradas digitais 24 Vdc e Saídas transistor 24


Vdc;
 DC/DC/RLY - Alimentação em 24 Vdc, Entradas digitais 24 Vdc e Saídas relé;
 AC/DC/RLY - Alimentação em 110/220 Vac, Entradas digitais 24 Vdc e Saídas relé.

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Programação de CLP I

Resumo das CPUs pertencentes á linha do S7-1200.

Quadro com o Resumo das CPUs

6.2 EXPANSÕES

As expansões podem ser do tipo SM (Módulo de Sinal - plugado na lateral


direita da CPU) e SB (Placa de sinal - plugada no frontal da CPU. Podem ser de
entradas, saídas e mistas, para sinais digitais e analógicos.

Expansão do tipo SM - SM1221

Expansão do tipo SB - SB1221

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Programação de CLP I

6.3 COMUNICAÇÃO

Os módulos de comunicação podem ser do tipo CM (Módulo de Comunicação -


plugado na lateral esquerda da CPU) e CB (Placa de Comunicação - plugada no frontal
da CPU. Podem trabalhar com diversos protocolos como: Profibus DP mestre, Profibus
DP escravo, ASi, Modbus RTU e USS (RS485), RS232, entre outros.

Módulo de comunicação do tipo CM – CM1241

6.4 ACESSÓRIOS

A família do S7-1200 possui alguns acessórios.

 Fonte de alimentação;
 Switch;
 Cartão de memória;
 Placa de simulação.

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Programação de CLP I

7 DIAGRAMA ELÉTRICO DAS CPUs UTILIZADAS

Nas maletas didáticas forma utilizadas dois modelos de CPU, a 1214C


DC/DC/DC e a 1217C DC/DC/DC.

Diagrama
1214C

Diagrama
1217C

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Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Cite dois exemplos de automação de processo discreto e dois exemplos para


automação de processo contínuo.

EXERCÍCIO 02

Cite um exemplo de sinal contínuo no tempo e discreto em amplitude e um


exemplo de sinal contínuo no tempo e contínuo em amplitude.

EXERCÍCIO 03

Quais os principais blocos na arquitetura interna de um CLP?

EXERCÍCIO 04

Cite dois exemplos para cada tipo de entrada de sinal: digital, analógica e
especial.

EXERCÍCIO 05

Para uma entrada analógica em corrente, de 0 à 20mA, com 9 bits de


resolução, qual a resolução da variável de corrente na entrada?

EXERCÍCIO 06

Qual a diferença entre as saídas PTO e PWM?

EXERCÍCIO 07

Qual a função da entrada HSC? Cite dois exemplos de aplicação.

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Programação de CLP I

Aula 02
TIA Portal;
Criação de Projeto;
Visão Geral do TIA;
Comunicação CLP - PC;
Detect de Hardware;
Blocos de Programação;
PLC Tags;
Watch and Force Table;
Conceito de Automação Centralizada e Distribuída;
Configuração de Hardware com Remotas;
Endereçamento de I/Os.
Programação de CLP I

1 TIA PORTAL

As ferramentas de automação da Siemens estão agrupadas em um software


chamado TIA Portla (Totally Integrated Automation). Este software permite que seja
feita a configuração e a programação de dispositivos como: CLPs, Interfaces Homem-
Máquina (IHM), Supervisório, Drives, entre outros.

1.1 AMBIENTE DE TRABALHO

O TIA Portal fornece duas visões diferentes do projeto:

 Portal View - Visão estruturada do projeto;


 Project View - Área para trabalho dentro do projeto.
Com um clique, é possível alternar entre o Portal View e o Project View.

Portal View

25
Programação de CLP I

Project View
.

26
Programação de CLP I

2 CRIAÇÃO DE PROJETO

Com o TIA Portal aberto, deve-se clicar no botão “Create new Project”.

Na sequência deve-se preencher os seguintes campos:


Criando um Projeto
 Nome do projeto;
 Local onde será salvo;
 Autor; Campos a Serem
 Comentários. Preenchidos

27
Programação de CLP I

Na sequência deve-se clicar em “Add new device”.

Adicionando em novo hardware

Com o hardware adicionado, é necessário selecionar o modelo da CPU.

NOTA: O hardware
mostrado na imagem
não é o mesmo da
maleta didática. Em
capítulos posteriores
será mostrada a
configuração
completa da maleta

Seleção da CPU

28
Programação de CLP I

Com a CPU selecionada, é possível por meio do catálogo de hardware,


configurar os I/Os necessários para o projeto.

Catálogo de Hardware

Configuração do Hardware

29
Programação de CLP I

3 VISÃO GERAL DO TIA

Na figura abaixo é possível ver a área de trabalho do projeto no TIA Portal.

Visão Geral do TIA

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Programação de CLP I

4 COMUNICAÇÃO CLP - PC

A comunicação do CLP S7-1200 é realizada sobre o padrão ethernet.com isso é


necessário configurar um endereço IP para o CLP e um para o PC.

4.1 CONFIGURAÇÃO DO CLP

Para configurar o CLP é necessário acessar as propriedades da CPU, opção


“PROFINET Interface” e “Ethernet Addresses”.

Configuração do Endereço IP do CLP

NOTA: A opção “Profinet Interface” >> “Ethernet Addresses“ permite que seja
configurado o endereço do CLP na rede. Como padrão todos os CLPs vêm configurado
com o endereço 198.168.0.1, é necessário que o endereço configurado no
computador esteja na mesma classe, como exemplo 192.168.0.XXX..

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Programação de CLP I

4.2 CONFIGURAÇÃO DO PC

Para a comunicação entre o CLP e o PC, são necessárias algumas configurações


no painel de controle. Os passos a seguir mostram como configurar o PC.

Abrindo o Painel de Controle

32
Programação de CLP I

Em seguida deve ser acessado a opção “Central de Rede e Compartilhamento”.

Abrindo a Central de Rede e


Compartilhamento

33
Programação de CLP I

Em seguida deve ser acessada a opção “Alterar as configurações do


adaptador”.

Abrindo as configurações do
adaptador

34
Programação de CLP I

Ao abrir as configurações do adaptador, com um duplo clique deve-se acessar


a “Conexão Local”, e assim, na janela de propriedades, acessar a opção “protocolo
TCP/IP versão 4 (TCP/IPv4).

Configurando o endereço IP

Criando uma Conexão entre CLP e o computador:

 Selecione a opção: “Usar o seguinte endereço IP”;


 Atribua as seguintes configurações: Endereço IP e Máscara de sub-rede.

NOTA: Os endereços entre os componentes da rede (PLC, Drive, IHM, Supervisório,


entre outros) devem ser diferentes, porém dentro da mesma classe.

35
Programação de CLP I

5 DETECT DE HARDWARE

Com o projeto criado, é possível detectar o hardware disponível. Para isso, no


momento da seleção da CPU, deve-se optar por uma não especificada.

Seleção da CPU não Especificada

36
Programação de CLP I

Nas configurações de dispositivo, deve-se optar por “Detect”.

Reconhecendo a CPU

37
Programação de CLP I

Em seguida deve-se configurar a comunicação PROFINET, selecionando PN/E e


depois a placa de rede do computador. Após clicar em “Detect”.

Estabelecendo a comunicação entre CLP e e PC

Detect Realizado

38
Programação de CLP I

6 BLOCOS DE PROGRAMAÇÃO

No desenvolvimento de um programa de CLP no TIA Portal, é possível


segmentar o código em blocos, os quais são mostrados abaixo.

Blocos de Programação

 Organization Blocks (OB) - Os blocos organizacionais contêm as instruções


executáveis. As instruções executáveis consistem de um bloco de programa com
instruções. Estas instruções são compiladas e carregadas no CLP. Comentários não
são compilados ou carregados no CLP;

 Function blocks (FB) - Blocos de funções são blocos lógicos que armazenam suas
entradas, saídas e parâmetros permanentemente em blocos de instância de dados,
para que eles permaneçam disponíveis mesmo após o bloco ter sido executado.
Por isso, eles também são referidos como blocos "com memória“;

 Functions (FC) - Funções são blocos de código sem memória. Depois que a função
foi executada, as informações nas variáveis temporárias são perdidas. Funções
podem usar blocos de dados globais para armazenar dados permanentemente;

 Data Blocks (DB) - Os blocos de dados são áreas de dados no programa que
contêm dados do usuário, sejam eles blocos de dados globais ou instância a bloco
de dados.

39
Programação de CLP I

7 PLC TAGS

O uso de tags, permite que sejam criados mnemônicos para as entradas,


saídas, temporizadores, contadores e outros elementos utilizados para a
programação dos CLPs.

Podem ser criadas diversas tabelas para organizar as tags. Em um programa


muito extenso, pode ser interessante criar diversas tabelas para identificar entradas,
saídas, elementos de controle ou organizar os tags por função do elemento no
sistema.

Na tabela com todas as tags são representados os nomes simbólicos utilizados


para cada elemento, o nome da tabela em que este elemento está armazenado, o
tipo de dado (booleano, inteiro, real, entre outros), o endereço real, se o valor é
retentivo, se é visível e acessível pela IHM e um campo adicional para comentários.

PLC Tags

40
Programação de CLP I

8 WATCH AND FORCE TABLES

Para monitorar o estado das entradas e saídas do CLP conectado, é possível


utilizar o recurso da Watch table. Podem ser criadas diversas tabelas de
monitoramento onde o estado das entradas e saídas pode ser visto.

Na tabela de Monitoramento (Watch) são apresentados os nomes dos campos,


o endereço, o formato da informação representada, o valor monitorado, assim como
indicar um novo valor para determinado elemento e enviar o mesmo a assumir este
valor.

A tabela para forçar (Force) é muito parecida com a de monitoramento, porém


seu objetivo principal é permitir que os valores das entradas e saídas sejam
facilmente modificados.

Watch Table

41
Programação de CLP I

9 CONCEITO DE AUTOMAÇÃO CENTRALIZADA E DISTRIBUÍDA

Um sistema de automação pode ser implementado utilizando dois conceitos: o


centralizado e o distribuído. Dessa forma, pode ser dos seguintes tipos:

 Processamento centralizado e I/O centralizado;


 Processamento centralizado e I/O distribuído;
 Processamento distribuído e I/O distribuído;

I/Os de entrada

Processamento
CLP
Centralizado e I/O
(Processamento único) Centralizado

I/Os de Saídas

I/Os de entrada

Processamento
Centralizado e I/O CLP
Distribuído (Processamento único)

I/Os de entrada PN DP I/Os de entrada


I/Os de Saídas

Remota 1 Remota 2
(Sem processamento) (Sem processamento)

I/Os de Saídas I/Os de Saídas


42
Programação de CLP I

I/Os de entrada

Processamento
Distribuído e I/O CLP
Distribuído (Processamento)

I/Os de entrada PN DP I/Os de entrada


I/Os de Saídas

Remota 1 (CPU) Remota 2 (CPU)


(Processamento) (Processamento)

I/Os de Saídas I/Os de Saídas

43
Programação de CLP I

10 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE COM REMOTAS

Para configuração de hardware, é necessário inserir o CLP e na sequência, em


“Network View” inserir a remota, assim como o link de rede.

10.1 EXEMPLO COM S7-1200 PN

Um sistema com S7-1200 PN e remota PN segue o esquema da figura abaixo:

Estrutura da Maleta do S7-1200 PN

44
Programação de CLP I

10.2 EXEMPLO COM S7-1200 DP

Um sistema com S7-1200 DP e remota DP segue o esquema da figura abaixo:

Estrutura da Maleta do S7-1200 DP

45
Programação de CLP I

11 ENDEREÇAMENTO DE I/Os

Para configurar os endereços dos I/Os da CPU é necessário acessar as


configurações de hardware e acessar a área dos endereços.

Configurações de Hardware da CPU

46
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Crie um novo projeto e configure o dispositivo conforme o CLP disponível na


maleta. Faça todas as configurações necessárias para a comunicação do mesmo com
o PC. No PLC tags, crie um tag no endereço I0.0 tipo bool, chamado de “Entrada”, e
um tag no endereço Q0.0 tipo bool chamado de “Saída”. No OB1, dentro de program
blocks, faça com que a entrada seja ligada na saída. Descarregue a aplicação no CLP e
teste. Monitore online o programa através de uma watch table, e através de uma
force table, force a saída Q0.1.

EXERCÍCIO 02

Faça a seguinte configuração de Hardware, segundo a quantidade de entradas


e saídas abaixo e os cartões de comunicação.

 CPU (AC/DC/RLY);
 24 DI (Entrada Digital - 24VCC);
 24 DO (Saída Digital - Relay);
 2 AI (Entrada Analógica);
 Comunicação RS485 (USS).

EXERCÍCIO 03

Faça a seguinte configuração de Hardware, segundo a quantidade de entradas


e saídas abaixo e os cartões de comunicação. Altere os endereços das entradas
digitais para o byte 2 e os das saídas digitais para 4. O endereço da saída analógica
deve estar no byte 100.

 CPU (DC/DC/RLY);
 6 DI (Entrada Digital - 24VCC);
 4 DO (Saída Digital - Relay);
 2 AI (Entrada Analógica);
 1 AO (Saída Analógica em tensão).

49
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 04

Faça a seguinte configuração de Hardware, segundo a quantidade de entradas


e saídas abaixo e os cartões de comunicação.

 CPU 1215C (DC/DC/DC);


 30 DI (Entrada Digital - 24VCC);
 24 DO (Saída Digital - 24VCC);
 8 AI (Entrada Analógica Termopar);
EXERCÍCIO 05

Faça um configuração de hardware com base no conceito de I/O distribuído.


Utilize a CPU descrita abaixo, rede PN, e a quantidade de I/Os descrita abaixo na
remota.

 CPU 1214C (DC/DC/DC);


 16 DI (Entrada Digital - 24VCC);
 16 DO (Saída Digital - 24VCC);
 8 AI (Entrada Analógica);
 2 AO (Saída Analógicas).

EXERCÍCIO 06

Faça um configuração de hardware com base no conceito de I/O distribuído.


Utilize a CPU descrita abaixo, rede DP, e a quantidade de I/Os descrita abaixo na
remota.

 CPU 1212C (DC/DC/DC);


 32 DI (Entrada Digital - 24VCC);
 32 DO (Saída Digital - 24VCC);
 16 AI (Entrada Analógica);
 16 AO (Saída Analógicas).

50
Programação de CLP I

Aula 03
Conceitos Básicos de Programação;
Linguagens de Programação;
Norma IEC61131-3;
Linguagem Ladder;
Linguagem FBD;
Linguagem SCL.
Programação de CLP I

1 CONCEITOS BÁSICOS DE PROGRAMAÇÃO

No momento que a CPU é energizada, são executadas diversas operações


como:

 Verificar o funcionamento eletrônico da CPU, memórias e circuitos auxiliares;


 Verificar a configuração interna e comparar com os circuitos instalados;
 Desativar todas as saídas;
 Verificar a existência de um programa de usuário;
 Emitir um aviso de erro caso algum dos itens acima falhe.
Na sequência, a CPU entra em um modo de varredura do programa principal,
chamado de ciclo de scan da CPU, conforme o diagrama abaixo:

Ciclo de Scan da CPU

 Verificar estado das entradas - O CLP lê o estado de cada uma das entradas,
verificando se alguma foi acionada. O processo de leitura recebe o nome de ciclo
de varredura das entradas - Scan e normalmente é de alguns micro-segundos scan
time;

 Transferir para a memória - Após o Ciclo de varredura, o CLP armazena os valores


lidos em uma região de memória chamada de memória imagem das entradas e
saídas. Ela recebe este nome por ser um espelho do estado das entradas e saídas.
Esta memória será consultada pelo CLP no decorrer do processamento do
programa do usuário;

53
Programação de CLP I

 Comparar com o programa do usuário - O CLP entanto executa o programa do


usuário, após consultar a memória imagem das entradas, atualiza o estado da
memória Imagem das Saídas de acordo com as instruções definidas pelo usuário
em seu programa. Só no final do ciclo as saídas, todas simultaneamente, são
atualizadas;

 Atualizar o estado das saídas - CLP escreve o valor contido na memória das saídas
atualizando as interfaces ou módulos de saída. Depois disso então, inicia-se um
novo ciclo de varredura.

2 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

Para facilitar a programação dos CLPs foram desenvolvidas, diversas


linguagens de programação. Essas linguagens são um conjunto de símbolos,
comandos, blocos figuras, etc. com regras de sintaxe e semântica.

O STEP 7 permite ao usuário representar o programa de automação, tanto em


Diagrama de Contatos (DIC ou LADDER), em Diagrama Lógico (DIL ou Function Block
Diagram - FBD) e como uma Lista de Instruções (LIS ou SCL).

Intercambiabilidade entre as linguagens

54
Programação de CLP I

3 NORMA IEC 61131-1

De acordo com informações disponibilizadas no site da PLCOpen, associação


internacional com membros de setores industriais e acadêmicos, a norma
internacional IEC61131 estabelece padrões para CLP abrangendo características
mecânicas, elétricas assim como aspectos lógicos. Segundo a IEC 61131-3, parte da
norma internacional IEC 61131, é referente às linguagens de programação para CLP,
e define as seguintes: Ladder e FDB (Functional Block Diagram) com linguagens
gráficas e (Instruction List) e (Structured Text) como linguagens de texto.

4 LINGUAGEM LADDER

A linguagem ladder consiste em um diagrama de contatos, assemelha-se à um


projeto elétrico.

Exemplo de Linguagem Ladder

55
Programação de CLP I

5 LINGUAGEM FBD

A linguagem FBD (Functional Block Diagram) consiste na representação do


programa por meio de diagrama de blocos lógicos.

Exemplo de Linguagem FBD

6 LINGUAGEM SCL

A linguagem SCL (Structured List) consiste na representação do programa por


meio de texto estruturado.

Exemplo de Linguagem SCL

56
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Um motor deverá ser acionado quando o botão “Liga” for pressionado e


desligado quando o botão “Desliga” for pressionado. O motor será acionado pela
saída “Motor”. Um sinalizador de “Status” deve estar no painel, o qual representa o
estado lógico do motor. Desenvolva o programa em linguagem ladder

 I0.0 - Liga (NA);


 I0.1 - Desliga (NA);
 Q0.0 - Motor.
 Q0.1 - Status

EXERCÍCIO 02

Refaça o programa anterior, primeiramente com linguagem FBD e na


sequência com a linguagem SCL.

EXERCÍCIO 03

Faça um comando para o “Motor_1” por meio dos botões “Liga_1” e


“Desliga_2”. Um sinalizador de “Status_1” do motor deve ser utilizado no painel. Da
mesma, realize o comando para o “Motor_2” e “Status_2”, como os botões “Liga_2” e
“Desliga_2”. Para que o motor 2 seja acionado, é necessário que o motor esteja
ligado, caso contrário, o motor 2 não pode ser acionado. Desenvolva o programa em
linguagem ladder.

 I0.0 - Liga_1;
 I0.1 - Desliga_1;
 I0.2 - Liga_2;
 I0.3 - Desliga_2;
 Q0.0 - Motor_1;
 Q0.1 - Status_1;
 Q0.2 - Motor_2;
 Q0.3 - Status_2.

EXERCÍCIO 04

Refaça o programa anterior, primeiramente com linguagem FBD e na


sequência com a linguagem SCL.

59
Programação de CLP I

Aula 04
Principais Operadores Bit Logic;
Propriedades da CPU;
System Memory;
Clock Memory.
Programação de CLP I

1 PRINCIPAIS OPERADORES BIT LOGIC

Os operadores bit logic são instruções que trabalham com dados booleanos
somente. Na figura abaixo são listados os principais bit logic.

Bit Logic

61
Programação de CLP I

1.1 DESCRIÇÃO DOS BIT LOGIC

A descrição abaixo segue a ordem dos símbolos apresentados na figura da


página anterior.

 Contato de entrada normalmente aberto ;


 Contato de entrada normalmente fechado;
 Inverte RLO;
 Bobina de saída normal;
 Bobina de saída invertida;
 Reset da saída;
 Set da saída;
 Set campo de bits;
 Reset campo de bits;
 Flip-flop set/reset - prioridade do reset;
 Flip-flop reset/set - prioridade do set;
 Operador por borda de subida;
 Operador por borda de descida;
 Saída por borda de subida;
 Saída por borda de descida;
 Scan RLO por borda de subida;
 Scan RLO por borda de descida.

62
Programação de CLP I

2 PROPRIEDADES DA CPU

As configurações de hardware da CPU podem ser realizadas por meio da janela


de propriedades da mesma. Assim, é possível a configuração de endereçamento de
redes, configurações de I/Os, modos de startup, proteção, entre outros.
De forma resumida, as configurações da CPU são:

 General - Todas as informações da CPU;


 PROFINET Interface - Informações de endereço IP, configurações de rede;
 DI14/DO10 - Configurações das entradas e saídas digitais da CPU;
 AI2 - Configuração das entradas analógicas da CPU;
 High Speed Counters (HSC) - Configuração das entradas rápidas da CPU, é
utilizado as entradas físicas da mesma;

 Pulse Generators (PWM/PTO) - Configuração das saídas rápidas, que podem


ser configuradas como PWM ou PTO;

 Startup - Configuração da CPU, comportamento de quando é desligada e religada;


 Cycle - Scan da CPU;
 Communication Load - Ciclo de comunicação em %;
 System and Clock Memory - Configuração de bits de sistema e clock;
 Web Server - Configuração de acesso ao web server da CPU;
 Time of Day - Configuração de data e hora da CPU;
 Protection - Configuração de proteção da CPU (senha);
 Connection Resources - Demonstra a quantidade de conexões da CPU;
 Overview of Addresses - Overview dos endereçamentos de I/O da CPU.

63
Programação de CLP I

3 SYSTEM MEMORY

As CPUs dispõe de um byte de memória para funções específicas. O system


memory disponibiliza quatro bits, sendo o first scan, Always true, Always false e
diagnóstico.

 First Cycle - Bit de primeiro ciclo;


 Diagnostic Status Changed - Bit de diagnóstico de erros;
 Always 1 (high) - Bit sempre 1;
 Always 0 (low) - Bit sempre 0;

7 0

First Cycle
MBx
Diagnostic Status Changed

Always 1 (high)

Always 0 (low)

64
Programação de CLP I

4 CLOCK MEMORY

As CPUs dispõe de um byte de memória para geradores de clock. O clock


memory disponibiliza oito bits:

 10 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;


 5 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;
 2,5 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;
 2 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;
 1,25 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;
 1 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;
 0,625 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;
 0,5 Hz Clock - Pulso com frequência de 10 Hz;

MBx
7 0

Clock 10 Hz

Clock 5 Hz

Clock 2,5 Hz

Clock 2 Hz

Clock 1,25 Hz

Clock 1 Hz

Clock 0,625 Hz

Clock 0,5 Hz
65
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Um motor deverá ser acionado quando o botão “Liga” for pressionado e


desligado quando o botão “Desliga” for pressionado. O motor será acionado pela
saída “Motor”. Caso a entrada “Falha_Térmico” esteja acionada não poderá ser
possível ligar o motor. Considere todos os comandos de pulso.

 I0.0 - Liga (NA);


 I0.1 - Desliga (NA);
 I0.2 - Falha_Térmico (NF);
 Q0.0 - Motor.

EXERCÍCIO 02

Um motor deverá ser acionado pelo botão “Liga” e desacionado pelo botão
“Desliga”. A sinalização de “Status” indica no painel que é possível comandar o sentido
de rotação deste motor. O botão “Horário” move o motor no sentido horário e o
botão “Anti_Horário” move no sentido anti-horário. Considere todos os comandos de
pulso.

 I0.0 - Liga (NA);


 I0.1 - Desliga (NA);
 I0.2 - Horario;
 I0.3 - Anti_Horario;
 Q0.0 - Status;
 Q0.1 - Sentido_Horario;
 Q0.2 - Sentido_A_Horario.

EXERCÍCIO 03

Programe um sistema de controle de velocidade de motor com quatro


velocidades. Quando ligado o controle deverá funcionar conforme a tabela. O sistema
deverá ser habilitado ou desabilitado pela entrada “HAB_DESAB” e assim a saída de
“Status” mostrará que o sistema está pronto para operação. Conforme sejam fechadas
as entradas, as saídas que indicam a velocidade deverão ser acionadas.

 I0.0 - HAB_DESAB;  Q0.0 - Status;  A + B - Velocidade 1;


 I0.1 - Comando A;  Q0.1 - Velocidade 1;  A + C - Velocidade 2;
 I0.2 - Comando B;  Q0.2 - Velocidade 2;  B + C - Velocidade 3;
 I0.3 - Comando C.  Q0.3 - Velocidade 3;  A + B + C - Velocidade 4.
 Q0.4 - Velocidade 4.

67
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 04

Faça um sistema de “Set” e “Reset” de uma “Saída” onde os comandos sejam


validados somente no momento de retorno da chave.

 I0.0 - Set;
 I0.1 - Reset;
 Q0.0 - Saida.

EXERCÍCIO 05

Considere uma esteira transportadora de chapas de madeiras. No final da


mesma é disposto um sensor de proximidade “Sen_Prox” para detecção da peça. Com
um comando no botão “Liga” a esteira é acionada, sendo desacionada somente no
momento que a madeira passa por completo na frente do sensor. Ao desacionar a
esteira um sinalizador “Sin_Fim” deve ser acionado. Para um novo ciclo de transporte,
o botão de “Reset” deve ser pressionado, desligando o sinalizador e permitindo novo
transporte.

 I0.0 - Liga;
 I0.1 - Reset;
 I0.2 - Sen_Prox;
 Q0.0 - Esteira;
 Q0.1 - Sin_Fim.

EXERCÍCIO 06

Uma plataforma pode ser conduzida para cima e para baixo através de
comandos em teclas. A tecla que eleva a plataforma é “Sobe” e a tecla que abaixa é a
“Desce”. Nos extremos do campo de deslocamento da plataforma existem chaves fim
de curso, “Lim_Sup” é o limite superior e “Lim_Inf” é o limite inferior. Caso a
plataforma esteja numa posição extrema, ela somente poderá aceitar comandos no
sentido contrário. Se um comando inválido for dado, ela deve acionar o “Alarme”,
sinalizando o erro. A saída “Sentido_Sobe” eleva a plataforma e “Sentido_Desce”
abaixa. A saída de alarme deve pulsar com frequência de 2 Hz.

 I0.0 - Desce;
 I0.1 - Sobe;
 I0.2 - Lim_Sup;
 I0.3 - Lim_Inf;
 Q0.0 - Sentido_Sobe;
 Q0.1 - Sentido_Desce;
 Q0.2 - Alarme;
68
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 07

Para um sistema de prensa, ao acionar o botão de “Habilita”, e se a prensa


estiver com peça (“Sen_Prox” ativo), a prensa deve descer. Dois sensores de fim de
curso “Sen_Sup” e “Sen_Inf” identificam se a prensa está encima ou embaixo. Ao
iniciar o processo de prensa, a mesma deve baixar, subir, baixar novamente e subir
novamente, acionando o sinalizador de “Fim_Processo”. Ao pressionar o botão
“Emergência”, o ciclo deve ser interrompido, e ao iniciar novamente, o mesmo deve
ser reinicializado. A prensa é representada pelas saídas “Prensa_Desce” e
“Prensa_Sobe”. O sinalizador de fim de processo deve pulsar em uma frequência de
2,5 Hz.

 I0.0 - Habilita;
 I0.1 - Sen_Prox;
 I0.2 - Sen_Sup;
 I0,3 - Sen_Inf;
 Q0.0 - Prensa_Desce;
 Q0.1 - Prensa_Sobe;
 Q0.2 - Fim_Processo.

EXERCÍCIO 08

Para um sistema de controle de dois motores, os mesmos são ligados com os


botões “Liga_1” e “Liga_2”, e desligados com os botões “Desliga_1” e “Desliga_2”.
Ambos os motores possuem um botão de emergência, “Emergência_1” e
“Emergência_2”. Os motores possuem status no painel de comando, “Status_1” e
“Status_2”. Para operação dos motores, o painel dever ser ativado por meio do botão
“Habilita” e desativado pelo botão “Desabilita”. Um sinalizador de “Status_Painel” deve
ser ativado com funcionamento do mesmo. O sinalizador de status do painel deve
pulsar em uma frequência de 0,5 Hz e os status dos motores em uma frequência de 2
Hz

 I0.0 - Habilita;  Q0.0 - Status_Painel;  Utilize somente saídas


 I0.1 - Desabilita;  Q0.1 - Motor_1; do tipo set e reset.
 I0.2 - Liga_1;  Q0.2 - Status_1;
 I0.3 - Desliga_1  Q0.3 - Motor_2;
 I0.4 - Liga_2;  Q0.4 - Status_2.
 I0.5 - Desliga_2;
 I0.6 - Emergência_1;
 I0.7 - Emergência_2;

69
Programação de CLP I

Aula 05
Conceitos Básicos de Tamanho de Dados;
Contador CTU;
Contador CTD;
Contador CTUD.
Programação de CLP I

1 CONCEITOS BÁSICOS DE TAMANHOS DE DADOS

Para iniciar o estudo dos contadores, é necessário conhecer outros tamanhos


de dados, além dos booleanos, tratados até o momento.

 BIT - Pode ter seu estado lógico entre 0 ou 1;


 BYTE - Formado por 8 Bits, valores formados por meio das combinações dos 8 Bits;
 WORD - Formado por 2 Bytes ou 16 Bits. Pode-se formar palavras de comunicação
e dados do tipo INTEIRO, por exemplo;

 DWORD - Formado por 4 Bytes ou 32 Bits. Podemos formar informações mais


complexas como: Data e hora, DUPLO INTEIRO e Números REAIS.

71
Programação de CLP I

2 CONTADOR CTU

O contador crescente conta de um valor inicial, normalmente igual a zero, até


um limite estabelecido pelo usuário. Quando este limite é atingido, o bit de controle
do contador vai para nível lógico um e só volta a zero através de um reset.

Contador CTU

 CU - Incrementa o contador - Exemplo I0.0;


 R - Reset do contador - Exemplo I0.1;
 PV – Referência para o valor da contagem - Exemplo 10.

No exemplo, quando a entrada I0.0 receber o décimo pulso a condição de


saída é verificada e a saída Q0.0 vai para nível lógico 1. Caso haja um pulso de reset
(Entrada I0.1) a contagem é reiniciada em zero.

72
Programação de CLP I

3 CONTADOR CTD

O contador decrescente conta de um valor inicial estabelecido pelo usuário,


até zero. Quando este valor é atingido, o bit de controle do contador vai para nível
lógico um e só volta à zero através de um reset, quando o contador volta ao valor
inicial definido pelo usuário.

Contador CTD

 CD - Decrementa o contador - Exemplo I0.0;


 LD - Carrega valor para o contador - Exemplo I0.1;
 PV – Referência para o valor da contagem - Exemplo 10.

No exemplo, o contador inicia com valor 10, quando a entrada I0.0 receber o
décimo pulso, o contador vai conter o valor zero e o bit Q vai ser ativado. A partir
deste momento a condição de ativação é verificada e a saída Q0.0 vai para nível
lógico 1. Caso haja um pulso de reset (entrada I0.1) a contagem é reiniciada em zero.

73
Programação de CLP I

4 CONTADOR CTUD

O contador crescente/decrescente conta até um valor estabelecido pelo


usuário. Quando este valor é atingido, o bit de controle do contador vai para nível
lógico um e só volta a zero através em duas condições.

Contador CTUD

 CU - Incrementa o contador - Exemplo I0.0;


 CD - Decrementa o contador - Exemplo I0.1;
 R - Reset do contador - Exemplo I0.2;
 LD - Carrega valor para o contador - Exemplo I0.3;
 PV - Referência para o valor da contagem - Exemplo 10.

74
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Utilize um contador para implementar um sistema de contagem. O mesmo


deverá ter um botão para incremento de contagem “Inc” e um botão para reset do
sistema “Reset”. Quando o sistema chegar ao valor de 8 unidades, a saída “Sinal”
deverá ser acionada.

 I0.0 - Inc;
 I0.1 - Reset;
 Q0.0 - Sinal.

EXERCÍCIO 02

Desenvolva um sistema de contagem de carros para um estacionamento. Ao


entrar carro, o contador deve ser incrementado, ao sair um carro deve ser
decrementado. Os sensores de entrada e saída de carros são “Sen_Entrada” e
“Sen_Saida”. Caso o limite de carros seja alcançado (15 carros), uma sinalização
“Alarme” intermitente (1 Hz) deve ser acionada.

 I0.0 - Sen_Entrada;
 I0.1 - Sen_Saida;
 Q0.0 - Alarme.

EXERCÍCIO 03

Uma máquina pode produzir dois tipos de peças, A e B. A seleção depende da


chave “Seleção”. Essa máquina deve contar 10 unidades para fechar o pacote da peça
A e 15 unidades para a peça B. O sensor de contagem é o mesmo para as duas peças,
sendo ligado em “Conta_Peça”. Depois de totalizar a peça A, um “Alarme_A” deve
pulsar. Ao totalizar a peça B, o “Alarme_B” deve pulsar. A frequência dos pulsos deve
ser de 1 Hz para peça A e 2 Hz para peça B. Um sistema de “Reset” deve inicializar os
dois contadores.

 I0.0 - Seleção;
 I0.1 - Conta_Peça;
 I0.2 - Reset;
 Q0.0 - Alarme_A;
 Q0.1 - Alarme_B.

77
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 04

Em um processo de montagem de peças existem duas baias, sendo que a 1ª


tem um buffer de 7 peças e a 2ª tem um buffer de 10 peças. Para trabalhar no
processo, o operador remove as peças das baias manualmente. Quando as peças
acabarem deverá acender uma luz indicadora de cada baia “Luz_Ind_1” e “Luz_Ind_2”,
caso duas baias acabem simultaneamente deverá acender a sinalização de “Alerta”. O
sistema possui um botão de liga/desliga “Liga_Desl”, um sensor de saída de peça da
baia 1, “Sen_B1” e um sensor de saída de peça da baia 2, “Sen_B2”. A entrada “Reset”
reinicializa os contadores.

 I0.0 - Liga_Desl;
 I0.1 - Sen_B1;
 I0.2 - Sen_B2;
 I0.3 - Reset;
 Q0.0 - Luz_Ind_1;
 Q0.1 - Luz_Ind_2;
 Q0.2 - Alerta;

EXERCÍCIO 05

Utilize dois contadores para implementar um sistema de contagem. O sistema


terá um contador com PV = 5, e outro PV = 4. Quando o primeiro contador terminar a
contagem, o segundo deve incrementar, e dessa forma o primeiro contador deve ser
zerado. Quando o segundo atingir o valor de contagem = PV, a saída “Sinal” deverá
ser acionada. Dessa forma o sistema deverá contar 20 unidades. O sistema deverá ter
um botão para incremento de contagem “Inc” e um botão para “Reset” dos dois
contadores.

 I0.0 - Inc;
 I0.1 - Reset;
 Q0.0 - Sinal.

78
Programação de CLP I

Aula 06
Temporizador TP;
Temporizador TON;
Temporizador TOF;
Temporizador TONR.
Programação de CLP I

1 TEMPORIZADOR TP

Seu funcionamento é simples, a cada pulso de sinal na entrada IN o bit de


controle do temporizador é ativado, caso este sinal volte a zero, o temporizador
continua até executar o tempo determinado em PT. A cada pulso na Entrada 1 (I0.0)
a Saída 1 (Q 0.0) fica ativa por 3 segundos consecutivos (PT – conforme o exemplo).

Temporizador TP

 IN - Habilita o temporizador - Exemplo I0.0;


 PT - Tempo de disparo – Exemplo de ajuste para 3 segundos.

Quando houver um sinal de nível lógico um na entrada IN (I0.0 acionada) o


temporizador é inicializado e a saída Q acionada. Toda a vez que for pulsado a
Entrada I0.0 a Saída Q ficará acionada o tempo que está em PT, neste caso 3
segundos.

Formas de Ondas do TP

81
Programação de CLP I

2 TEMPORIZADOR TON

Depois de um determinado tempo com sinal na entrada IN o bit de controle do


temporizador é ativado, caso este sinal volte a zero, o temporizador é zerado. Depois
de 3 segundos consecutivos (PT - conforme o exemplo) com sinal na entrada IN o bit
de controle é ativado.

Temporizador TON

 IN - Habilita o temporizador - Exemplo I0.0;


 PT - Tempo de disparo – Exemplo de ajuste para 3 segundos.

Quando houver um sinal de nível lógico um na entrada IN (I0.0 acionada) o


temporizador é inicializado. Enquanto I0.0 permanecer acionada, o temporizador
continua contando até que chegue em 3 segundos, quando o controle de saída Q
muda para nível lógico 1 e a saída Q0.0 é acionada. Caso a entrada I0.0 seja desligada
Q volta a zero e o temporizador é zerado.

Formas de Ondas do TON

82
Programação de CLP I

3 TEMPORIZADOR TOF

Com um determinado tempo depois que o sinal na entrada IN vai a zero, o bit
de controle do temporizador é desativado, caso este sinal volte a um, o temporizador
é zerado e a saída permanece acionada.

Temporizador TOF

 IN - Habilita o temporizador - Exemplo I0.0;


 PT - Tempo de disparo – Exemplo de ajuste para 3 segundos.

Quando houver um sinal de nível lógico um na entrada IN (I0.0 acionada) a


saída Q0.0 vai para nível lógico um. Quando a entrada I0.0 for desligada, ou seja
quando IN for a nível lógico zero, o temporizador conta 3 segundos, quando o bit de
controle Q muda para nível lógico zero e a saída Q0.0 é desligada. Caso a entrada I0.0
seja ligada o bit Q volta a um e o temporizador é zerado.

Formas de Ondas do TOF

83
Programação de CLP I

4 TEMPORIZADOR TONR

A diferença básica deste para o temporizador com atraso no acionamento é


que quando cessar o pulso na entrada, o contador mantém o valor corrente de
contagem de tempo. Depois de um determinado tempo com sinal na entrada IN o bit
de controle do temporizador é ativado.

Temporizador TONR

 IN - Habilita o temporizador - Exemplo I0.0;


 R - Reset do temporizador - Exemplo I0.1;
 PT - Tempo de disparo – Exemplo de ajuste para 3 segundos.

Quando houver um sinal de nível lógico um na entrada IN (I0.0 acionada) o


temporizador é inicializado. Enquanto I0.0 permanecer acionada, o temporizador
continua contando até que chegue em 3 segundos, quando o bit de controle Q muda
para nível lógico 1 e a saída Q0.0 é acionada. Caso a entrada I0.0 seja desligada o
temporizador mantém seu valor atual. Para reinicializar o contador é necessário o uso
de uma entrada reset em R.

84
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Faça uma partida estrela-triângulo para um Motor.

 I0.0 - Botão Liga;  Q0.0 - K1;


 I0.1 - Botão Desliga;  Q0.1 - K2;
 I0.2 - Emergência;  Q0.2 - K3;
 Tempo - 3 seg.

EXERCÍCIO 02

Quando a “Entrada_01” for acionada as saídas “S1”, “S2”, “S3”, “S4”, “S5” e “S6”
deverão ser acionadas. Após 3 segundos deverá desligar a saída “S6” depois que esta
for desligada após mais 3 segundos a saída “S5” e assim até desligar a saída “S1”.

 I0.0 - Entrada_01;  Q0.3 - S4;


 Q0.0 - S1;  Q0.4 - S5;
 Q0.1 - S2;  Q0.5 - S6.
 Q0.2 - S3;

EXERCÍCIO 03

Implemente um oscilador utilizando dois temporizadores, uma para TH = 1 seg


e outro para TL = 2 seg. A visualização deve ser através de “Saida_1”.

 Q0.0 - Saida_1.

EXERCÍCIO 04

Ao acionar a chave “Liga_1”, a “Saída_1” deve ser acionada por um período de


2 segundos. Depois de decorrido esse período, deverá ficar desligada por 2 segundos.
Na sequência deverá ser ligada por 1 segundo, e assim ficar desacionada por 1
segundo. Na sequência deve repetir o ciclo e assim permanecer acionada enquanto a
chave “Liga_1” estiver ativada.

 I0.0 - Liga_1;
 Q0.0 - Saida_1.

87
Programação de CLP I

Aula 07
Modelagem GRAFCET;
Conceitos Básicos;
Desenvolvimento GRAFCET em Linguagem Ladder.
Programação de CLP I

1 MODELAGEM GRAFCET

O GRAFCET surgiu no ano de 1977 em um grupo de pesquisa da AFCET


(Association Française pour la Cybernétique Economique et Technique, Associação
Francesa para Cibernética Econômica e Técnica).
O principal motivo da criação do GRAFCET foi suprir as necessidades para a
descrição de processos com várias etapas simultâneas em um processo. Dessa forma
o GRAFCET trata de uma técnica para modelagem de sistemas sequenciais, o qual foi
incialmente utilizado na França.
A adoção e evolução mundial do GRAFCET resultaram em uma norma da
Comissão Eletrotécnica Internacional denominada IEC 848. Posteriormente foi criada
a linguagem baseada no GRAFCET chamada de SFC (Sequential Function Chart,
Sequenciamento Gráfico de Funções).
O GRAFCET foi desenvolvido a partir das redes de Petri e representa uma
ferramenta de modelagem comportamental de sistemas sequenciais com evolução
discreta.

Entre os sistemas a serem modelados, destacam-se:

 Sistemas Combinacionais;

 Sistemas Sequenciais.

Um sistema combinacional é dependente somente das combinações das


entradas em um determinado instante. Um sistema sequencial é dependente tanto
da combinação das entradas em um determinado instante assim como o estado que
as mesmas se encontram.

2 CONCEITOS BÁSICOS

A representação do GRAFCET toma por base a estrutura abaixo:

Elementos
Básicos do
GRAFCET

89
Programação de CLP I

Para o exemplo de sistema de comando de motor, o GRAFCET funciona da


seguinte forma:

 A etapa representada por dois quadrados é a etapa inicial, normalmente


representada pela etapa 0. Dessa forma, para a evolução natural do modelo, essa
etapa deve começar ativa, com o sistema aguardando a ocorrência de algum
evento;

 Ao ocorrer o evento de acionamento do botão “liga”, considerando o não


acionamento do botão “desliga” (lógica combinacional), a transição é ativada;

 Com a ativação da transição em questão, a evolução da máquina de estados


representada pelo GRAFCET, sai da etapa 0, desativando a mesma, indo para a
etapa 1, ativando a mesma;

 Com o sistema na etapa 1, é executada a ação correspondente. Para o caso, a


ação de ligar a saída de acionamento do motor;

 Ao ocorrer novo evento, de acionamento do botão “desliga”, a evolução do


GRAFCET sai da etapa 1 e retorna para a etapa 0;

 Como a etapa 0 não possui ação, e o motor só deve estar ativo com o sistema na
etapa 1, o mesmo é desligado, e o sistema fica no aguardo de novo evento.

3 DESENVOLVIMENTO GRAFCET EM LINGUAGEM LADDER

Para o desenvolvimento simplificado de um programa em ladder, a partir de


uma modelagem GRAFCET, três etapas devem ser realizadas:

 Programação a partir das equações lógicas das transições;

 Programação a partir das equações lógicas das etapas;

 Acionamento das saídas.

90
Programação de CLP I

Para análise do equacionamento lógico de um sistema, o exemplo abaixo será


utilizado:

Painel de
Comando

Liga Reset Fim de


Motor Fim de Processo
Curso

Exemplo de um sistema de manufatura

O sistema funciona da seguinte forma: ao pressionar o botão “Liga” a esteira é


acionada, encaminhando o material para outro setor. Com a detecção do sensor fim
de curso, e esteira é desacionada e o sinalizador de “Fim de Processo” é acionado,
indicando o fim do processo. Com a ativação do botão “Reset”, o sinalizador é
desacionado e o sistema fica pronto para uso novamente.

A modelagem GRAFCET do sistema apresentado fica da seguinte forma:

Modelagem GRAFCET do sistema da esteira

91
Programação de CLP I

Para o equacionamento lógico do processo, deve-se inicialmente, a atribuição


de uma variável booleana para cada etapa e transição, conforme o esquema indicado
abaixo:

“ETP0” M0.0

“T0.1” M1.0

“ETP1” M0.1

“T1.2” M1.1

“ETP2” M0.2

“T2.0” M1.2

Atribuição das variáveis booleanas

Para as variáveis booleanas utilizadas, foi utilizado, entre aspas, o endereço


simbólico, e ao lado o endereço absoluto referente ao PLCTags.

3.1 EQUACIONAMENTO LÓGICO DAS TRANSIÇÕES

Para ativar uma transição, é necessário que a etapa anterior esteja ativa, e que
o evento relacionado à transição ocorra.
No exemplo apresentado, para que a transição T1.2 fique ativa, é necessário
que a etapa 1 esteja ativa e que o Fim de Curso seja acionado.
Para o desenvolvimento em ladder, tem-se a seguinte linha de programação:

Exemplo em ladder para logica de transição T1.2

92
Programação de CLP I

3.2 EQUACIONAMENTO LÓGICO DAS ETAPAS

As etapas são controladas pelas transições. Com a ocorrência de um evento,


uma transição é ativada, essa transição deverá fazer o sistema sair de uma etapa e ir
para outra. Dessa forma, as transições são responsáveis por desativar uma etapa e
ativar a etapa seguinte.
Para o exemplo utilizado, com a ativação da transição T1.2 a partir do evento
correlato, o modelo do processo deve desativar a etapa 1 e ativar a etapa 2. O código
ladder abaixo mostra como efetuar tal tarefa.

Exemplo de evolução de etapa ativa

3.3 ETAPA INICIAL

Ao iniciar a execução do programa, o CLP tem todas as variáveis booleanas em


nível lógico “0”. Dessa forma todas etapas iniciam desativadas.
Para que, ao iniciar o CLP, a etapa 0 esteja ativa, é necessária a utilização de
uma variável, que possua nível lógico “1” somente no primeiro scan da CPU, para não
interferir no funcionamento posterior do programa.
Alguns CLPs disponibilizam o bit de primeiro scan, assim esse bit inicializa a
máquina de estados modelada, e as transições continuam com a evolução das etapas,
conforme a figura abaixo;

Bit de
primeiro
ciclo

Ativação da etapa inicial

93
Programação de CLP I

NOTA: Para CLPs que não disponibilizam o bit de primeiro ciclo, é possível a
programação do mesmo por meio de variáveis booleanas.

O código utilizado para geração do bit de primeiro ciclo é mostrado na figura


abaixo:
Bit de
primeiro
ciclo

Bit de primeiro ciclo

3.4 ACIONAMENTOS DAS SAÍDAS

Conforme a etapa, ações devem ser realizadas. Essas ações podem ser de
vários formatos, sendo que o mais simples é o acionamento comum das saídas.
Para o GRAFCET de exemplo , a etapa 2 deve desligar a esteira e ligar o
sinalizador, assim , o ladder equivalente é mostrado na figura abaixo:

Exemplo de ações relacionadas com etapas

94
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Considere um sistema de esteira transportadora indicado na figura abaixo. Ao


pressionar o botão “LIGA”, a esteira deve encaminhar a peça até o fim de curso 1,
para inspeção do operador. Ao pressionar o botão “CONFIRMA”, a esteira deve ser
acionada novamente, para encaminhar a peça até o ponto final, monitorado pelo fim
de curso 2. Com a peça no final do processo, um sinalizador de “FIM DE PROCESSO”
deve ser acionado, e assim ficar aguardando o comando de “RESER”. Converta o
GRAFCET apresentado para código ladder.

Painel de
Comando

Liga Confirma Reset Fim de


Processo

M1 FC1 FC2

Simbólico Absoluto Simbólico Absoluto

LIGA I0.0 MOTOR_M1 Q0.0

CONFIRMA I0.1 SINALIZADOR Q0.1

RESET I0.2

FC1 I0.3

FC2 I0.4

97
Programação de CLP I

Aula 08
Tipos de Sequência no GRAFCET;
Tipos de Acionamentos das Saídas.
Programação de CLP I

1 TIPOS DE SEQUÊNCIAS NO GRAFCET

Foi apresentada a sequência única, a qual é de maior simplicidade. Contudo,


outros formatos de sequências são utilizados em processos modelados.

Sequência única Seleção de sequência Salto de sequência

Repetição de sequência Paralelismo de sequência

99
Programação de CLP I

2 TIPOS DE ACIONAMENTOS DAS SAÍDAS

Para o acionamento das saídas, diversos formatos são possíveis, desde


acionamentos simples, como temporizados, condicionais, por meio de pulsos e
memorizados.

Ação contínua

Ação condicional

Ação com retardo

Ação limitada

Ação impulsional

Ação memorizada

100
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Considere um sistema com duas esteiras transportadoras para separação de


peças. São considerados dois tamanhos de peça, o pequeno e o grande.
Ao colocar a peça na esteira 1, a mesma deve ser encaminhada até os sensores
de detecção de tamanho. Caso a peça seja do tamanho pequeno, deve ser
encaminhada para esquerda, e caso seja do tamanho grande, deve ser encaminhada
para a direita. Ambos os lados possuem fins de curso para detecção da peça no ponto
final, assim como sinalizadores de fim de processo.
Independente do tamanho da peça, ao chegar no final do processo, um
comando de reset deve ser executado para iniciar um novo ciclo. Modele o sistema
em GRAFCET, e converta o modelo para o código ladder equivalente.
S1 S2
Sensores de
Peça Pequena Peça Grande
detecção de
tamanho

Fim de Fim de
Processo 1 Processo 2
Esteira 2 Esteira 2
Esquerda Direita

FC1 FC2
Painel de Comando
Esteira 1

Liga Reset

Peça Grande Peça Pequena

103
Programação de CLP I

Aula 09
Conceitos Avançados de Estrutura de Dados;
Funções Matemáticas;
Programação de CLP I

1 CONCEITOS AVANÇADOS DE ESTRUTURA DE DADOS

Existem dois tipos de operações matemáticas nas CPUs S7-1200 E s71500, as


operações lógicas e as operações aritméticas. Os operadores utilizados para estas
operações são os mesmos, mas o tipo de dado deve ser definido.

 BIT - BOOL;
 BYTE - BYTE / SINT e USINT;
 WORD - WORD / INT e UINT;
 DWORD - DWORD / DINT e UDINT.

1.1 BIT

Tamanho de dados que permite somente o tipo booleano (BOOL) O tipo


booleano é normalmente tratado em lógica de programação com contatos digitais de
entrada e bobinas digitais de saídas, podendo operar com os valores lógicos “0” e “1”.

1.2 BYTE

Tamanho de dados que permite valores compostos por 8 bits Pode ser do tipo
BYTE, SINT e USINT. Utiliza um range de valores de 0 à 255 ou -128 à +127, conforme
o tipo utilizado.

Dados do tipo BYTE

105
Programação de CLP I

1.2.1 SINT

Um operando do tipo SINT tem um comprimento de 8 bits e consiste em dois


componentes: um sinal e um valor numérico no complemento de 2. Os bits de 0 a 6
representam o valor do número. O sinal é representado pelo bit 7, o qual pode
assumir "0" para o positivo ou "1" para o negativo. Um operando do tipo SINT ocupa 1
byte na memória, assinando inteiros de -128 até +127.

1.2.2 USINT

Um operando do tipo USINT tem um comprimento de 8 bits e pode conter


valores numéricos não assinados, ou seja, sem sinal. Um operando do tipo USINT
ocupa 1 byte na memória com inteiros sem sinal de 0 até 255.

1.3 WORD

Tamanho de dados que permite valores compostos por 16 bits Pode ser do
tipo WORD, INT e UINT. Utiliza um range de valores de 0 à 65.535 ou -32.768 à
+32.767, conforme o tipo utilizado.

Dados do tipo WORD

106
Programação de CLP I

1.3.1 INT

Um operando do tipo INT tem um comprimento de 16 bits e consiste em dois


componentes: um sinal e um valor numérico no complemento de 2. Os bits de 0 a 14
representam o valor do número. O sinal é representado pelo bit 15, o qual pode
assumir "0" para o positivo ou "1" para o negativo. Um operando do tipo INT ocupa 16
bytes na memória, assinando inteiros de -32.768 até +32.767.

1.3.2 UINT

Um operando do tipo UINT tem um comprimento de 16 bits e pode conter


valores numéricos não assinados, ou seja, sem sinal. Um operando do tipo UINT
ocupa 2 bytes na memória, Inteiros sem sinal de 0 até 65.535.

1.4 DWORD

Tamanho de dados que permite valores compostos por 32 bits Pode ser do
tipo DWORD, DINT e UDINT. Utiliza um range de valores de 0 à 4.294.967.295 ou -
2.147.483.648 à +2.147.483.647, conforme o tipo utilizado.

Dados do tipo DWORD

107
Programação de CLP I

1.4.1 DINT

Um operando do tipo DINT tem um comprimento de 32 bits e consiste em dois


componentes: um sinal e um valor numérico no complemento de 2. Os bits de 0 a 30
representam o valor do número. O estado do sinal do bit 31 representa o sinal. O
sinal pode assumir "0" para o positivo ou "1" para o negativo. Um operando do tipo
DINT ocupa 32 bytes na memória, assinando inteiros de -2.147.483.648 até
+2.147.483.647.

1.4.2 UDINT

Um operando do tipo UDINT tem um comprimento de 32 bits e pode conter


valores numéricos não assinados, ou seja, sem sinal. Um operando do tipo UDINT
ocupa 4 bytes na memória, sendo Inteiros sem sinal de 0 até 4.294.967.295.

1.4.3 Floating Point

O dado do tipo Floating Point é constituído por 32 Bits. Podemos ter este dado
no formato do tipo: REAL Este tipo de operando pode ter valores com Casa decimais.

Dados do tipo REAL

108
Programação de CLP I

1.4.4 Real

Operandos do tipo Real dados têm um comprimento de 32 bits e são usados


para exibir números de ponto flutuante. Um operando do tipo de dados real consiste
das seguintes três componentes:

 Sinal - O sinal é determinada pelo estado do sinal do bit 31. O bit 31 assume o
valor "0" (positivo) ou "1" (negativo);

8 bits para expoentes base 2 - O expoente é aumentada por uma constante


(base, 127), para que ele tenha uma faixa de valores de 0 a 255;

 23-bit mantissa - Somente a parte fração da mantissa é mostrada. A parte inteira


da mantissa é sempre 1 com normalizada números de ponto flutuante e não é
armazenada.

1.4.5 LREAL

Operandos do tipo de dados LREAL tem um comprimento de 64 bits e são


usados para representar números de ponto flutuante. Um operando do tipo de dados
LREAL consiste das seguintes três componentes:

 Sinal - O sinal é determinada pelo estado do sinal do bit 63. O bit 63 assume o
valor "0" (positivo) ou "1" (negativo);

 11 bits para expoentes base 2 - O expoente é aumentada por uma constante


(base, 1023), de modo que ele tem uma faixa de valores de 0 a 2047;

 52-bit mantissa - Somente a parte fração da mantissa é mostrada. A parte inteira


da mantissa é sempre 1 com normalizada números de ponto flutuante e não é
armazenada.

109
Programação de CLP I

2 FUNÇÕES MATEMÁTICAS

São blocos de funções utilizados para formulações matemáticas. Expressões


aritméticas, trigonométricas, logarítmicas, entre outras, estão disponíveis na
biblioteca.

Funções matemáticas

110
Programação de CLP I

2.1 FUNÇÃO CALCULATE

Está função permite a criação de uma fórmula matemática. Os valores


colocados nas entradas (IN1, IN2, INn...) são utilizados na equação. Na saída OUT
tem-se o resultado da equação.

Bloco de função “Calculate”

2.2 FUNÇÕES ADD, SUB, MUL E DIV

Funções que permitem operações como soma, subtração, multiplicação e


divisão.

Blocos de função “ADD”, “SUB”, “MUL” e “DIV”

111
Programação de CLP I

2.3 FUNÇÃO MOD

Esta função retorna o resto em uma operação de divisão.

Bloco de função “MOD”

2.4 FUNÇÃO NEG

Está função retorna o valor negativo do valor de entrada.

Bloco de função “NEG”

112
Programação de CLP I

2.5 FUNÇÃO INC

Esta função permite incrementar uma variável com pulsos na entrada.

Bloco de função “INC”

2.6 FUNÇÃO DEC

Esta função permite decrementar uma variável com pulsos na entrada.

Bloco de função “DEC”

113
Programação de CLP I

2.7 FUNÇÃO ABS

Esta função retorna o valor absoluto de uma variável.

Bloco de função “ABS”

2.8 FUNÇÃO MIN

Esta função retorna o menor valor entre os inseridos nas entradas.

Bloco de função “MIN”

114
Programação de CLP I

2.9 FUNÇÃO MAX

Esta função retorna o maior valor entre os inseridos nas entradas.

Bloco de função “MAX”

2.10 FUNÇÃO LIMIT

Esta função retorna o um valor limitado às entradas MIN e MAX.

Bloco de função “LIMIT”

115
Programação de CLP I

2.11 FUNÇÃO SQR

Esta função retorna o valor de entrada elevado à potência de 2.

Bloco de função “SQR”

2.12 FUNÇÃO SQRT

Esta função retorna a raiz quadrada do valor de entrada

Bloco de função “SQRT”

116
Programação de CLP I

2.13 FUNÇÃO LN

Esta função retorna o logaritmo natural do valor de entrada.

Bloco de função “LN”

2.14 FUNÇÃO EXT

Esta função retorna o valor de entrada elevada à constante de Euler.

Bloco de função “EXT”

117
Programação de CLP I

2.15 FUNÇÕES SIN, COS E TAN

Estas funções retornam o seno, cosseno e tangente do valor de entrada.

Bloco de função “SIN”

2.16 FUNÇÕES ASIN, ACOS E ATAN

Estas funções retornam o arco seno, arco cosseno e arco tangente do valor de
entrada.

Bloco de função “ATAN”

118
Programação de CLP I

2.17 FUNÇÃO FRAC

Esta função retorna a parte fracionária do valor de entrada.

Bloco de função “FRAC”

2.18 FUNÇÃO EXPT

Esta função retorna o valor da entrada IN1 elevada à entrada IN2.

Bloco de função “EXPT”

119
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Faça a seguinte fórmula matemática para calcular qualquer número inteiro.

R = 3 *[2 * (A + B)2+ C]

 R - Resultado;
 A - Variável A;
 B - Variável B;
 C - Variável C;

EXERCÍCIO 02

Desenvolva uma fórmula para o cálculo do volume de um cone. Considere o


raio da base de R = 3m e altura H = 5m.

V = H*π* R2/3

 V - Volume;
 H - Altura;
 R - Raio.
Considere π = 3,14.

EXERCÍCIO 03

Desenvolva uma fórmula para converter temperatura em °C para °F.

[TC/5] = [(TF-32)/9]

 TC - Temperatura °C;
 TF - Temperatura °F;

121
Programação de CLP I

Aula 10
Operador de Move;
Operadores de Comparação;
Operadores de Conversão;
Entrada e Saída Analógica.
Programação de CLP I

1 OPERADOR DE MOVE

Os operadores de “MOVE” são instruções utilizadas para movimentação de


valores em variáveis.

Funções de “MOVE”

Bloco de função “MOVE”

123
Programação de CLP I

2 OPERADORES DE COMPARAÇÃO

Os operadores de comparação são instruções utilizadas para extrair o


comparativo entre variáveis.

Funções de comparação

 CMP == Esta função faz a comparação de dois dados o superior com o inferior se a
comparação for igual então o RLO da instrução será igual a um.

 CMP <> Esta função faz a comparação de dois dados o superior com o inferior se a
comparação for diferente então o RLO da instrução será igual a um.

 CMP >= Esta função faz a comparação de dois dados o superior com o inferior se a
comparação for maior ou igual então o RLO da instrução será igual a um.

 CMP <= Esta função faz a comparação de dois dados o superior com o inferior se a
comparação for menor ou igual então o RLO da instrução será igual a um.

 CMP > Esta função faz a comparação de dois dados o superior com o inferior se a
comparação for maior então o RLO da instrução será igual a um.

 CMP < Esta função faz a comparação de dois dados o superior com o inferior se a
comparação for menor então o RLO da instrução será igual a um.

124
Programação de CLP I

2.1 COMPARADOR IN_RANGE

Esta função verifica se o valor de entrada está entre os valores definidos no


bloco.

Bloco de função “IN_RANGE”

2.2 COMPARADOR OUT_RANGE

Esta função verifica se o valor de entrada está fora dos valores definidos no
bloco.

Bloco de função “OUT_RANGE”

125
Programação de CLP I

2.3 COMPARADOR OK

Esta função verifica se o tipo de dado e o valor escrito nele estão corretos.
Caso for verdadeiro então o RLO da instrução será igual a “1”.

Bloco de função “OK”

2.4 COMPARADOR NOT_OK

Está função verifica se o tipo de dado e o valor escrito nele estão errados. Caso
for verdadeiro então o RLO da instrução será igual a “1”.

Bloco de função “NOT_OK”

126
Programação de CLP I

3 OPERADORES DE CONVERSÃO

Os operadores de conversão são instruções utilizadas para transformar tipos de


dados.

Funções de conversão

3.1 FUNÇÃO CONV

Esta função converte o tipo de dado da entrada, para o dado configurado para
a saída.

Bloco de função “CONV”

127
Programação de CLP I

3.2 FUNÇÃO ROUND

Esta função é utilizada para fazer o arredondamento de valores.

Bloco de função “ROUND”

3.3 FUNÇÃO CEIL

Esta função é utilizada para fazer o arredondamento de valores para cima.

Bloco de função “CEIL”

128
Programação de CLP I

3.4 FUNÇÃO FLOOR

Esta função é utilizada para fazer o arredondamento de valores para cima.

Bloco de função “FLOOR”

3.5 FUNÇÃO TRUNC

Esta função retorna a parte inteira do valor de entrada.

Bloco de função “TRUNC”

129
Programação de CLP I

3.6 FUNÇÃO NORM_X

Esta função é utilizada para normalizar uma variável. Normalmente utilizada


da relação entre escalas.

Bloco de função “NORM_X”

3.7 FUNÇÃO SCALE_X

Esta função é utilizada para tratativa de nova escala.

Bloco de função “SCALE_X”

130
Programação de CLP I

4 ENTRADA E SAÍDA ANALÓGICA

Para trabalhar com sinais de 0 a 10V, tanto na entrada quanto na saída do CLP,
deve-se utilizar os valores mostrados pelas tabelas a seguir, sendo a primeira para
entradas analógicas em tensão e a segunda para saídas analógicas em tensão.

Relação Numérica para Entrada Analógica

Relação Numérica para Saída Analógica

131
Programação de CLP I

Lista de Exercícios
Programação de CLP I

EXERCÍCIO 01

Desenvolva um programa para movimentação de valores. Ao pressionar a


entrada “ENT1”, deve-se mover o valor 5 para uma variável do tipo inteira chamada
“MEM”. Ao pressionar a “ENT2” deve-se mover o valor 10 para a mesma memória e
com a “ENT3” o valor 15. Utilize blocos de comparação para acionar as saídas. Com o
valor 5, deve-se ligar a saída “SDA1’, com o valor 10 a saída “SDA2” e com o valor 15 a
saída “SDA3”

 MEM - MW100;
 ENT1 - I0.0;
 ENT1 - I0.1;
 ENT1 - I0.2;
 SDA1 - Q0.0;
 SDA2 - Q0.1;
 SDA3 - Q0.2

EXERCÍCIO 02

Faça a leitura da variável analógica. Considere a conversão da entrada de 0 à


10V numa escala de temperatura de 0 à 150°C. Faça uma lógica de comparação para,
quando a temperatura for maior que 75°C, um ventilador deve ser acionado.

 ENT_AN0 - IW64;
 VENTILADOR - Q0.0.

EXERCÍCIO 03

Desenvolva um sistema de medição de temperatura semelhante o exercício


anterior. Considere a escala de temperatura com o range de 0 à 180°C. Implemente
uma função de conversão de °C para °F. uma fórmula para converter temperatura em
°C para °F. Com a temperatura entre 221°F e 338°F, um sinalizador pulsante deve ser
acionado, na frequência de 2Hz.

[TC/5] = [(TF-32)/9]

 ENT_AN0 - IW64;
 SINALIZADOR - Q0.0.

133
(41) 3311-1112 | (41) 9 9558-8700
siaut@siaut.com.br | www.siaut.com.br
Rua Brasílio Itiberê, 2915 | Salas 01 e 02
Rebouças | Curitiba-PR

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