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Prefácio

Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado.


Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.

No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as


necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho.

Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.

Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de


ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.

É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.

Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte


deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria
do Conhecimento.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA - FIESC

Glauco José Corte


Presidente

Mario Cezar de Aguiar


Vice-Presidente

SENAI - DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Sérgio Roberto Arruda


Diretor Regional

Antonio José Carradore


Diretor de Operações
Sumário - Unidades Curriculares

5 Fundamentos da Co- 239 Organização e Pre-


municação Oral e Escrita paração para o Trabalho

73 Fundamentos da 277 Ética, Cidadania e


Matemática Meio Ambiente

123 Saúde e Segurança


do Trabalho

163 Informática Básica


Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Fundamentos da Comunicação

Oral e Escrita
1ª Edição Revisada

Lilian Elci Claas


Fabiana Silva Piazera Fontana

Revisado por:
Larissa Lepri
Roberta Martins

Florianópolis/SC
2014
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da atualização desta obra

Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa


Consultoria em Educação Jaqueline Tartari
Maycon Cim Contextuar

Revisora Design Educacional


Larissa Lepri Roberta Martins
Roberta Martins
Ilustração
Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação Diego Fernandes
Gisele Umbelino
Kácio Flores Jara Diagramação
Felipe da Silva Machado
Coordenação Desenvolvimento de Recursos
Didáticos
Michele Antunes Corrêa

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca SENAI/SC Florianópolis

C613f
Class, Lilian Elci
Fundamentos da comunicação oral e escrita / Lilian Elci Class, Fabiana
Silva Piazera Fontana. 1. ed. rev. – Florianópolis : SENAI/SC, 2014.
68 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias e anexos.

1. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 2. Gramática. 3. Redação. 4.


Leitura. I. Fontana, Fabiana Silva Piazera. II. SENAI. Departamento Regional
de Santa Catarina. III. Título.

CDU 811.134.3

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Sumário
Conteúdo Formativo 9 44 Unidade de estudo 4
Gramática Aplicada
Apresentação 11
45 Seção 1 - Acordo Ortográfico
12 Unidade de estudo 1 47 Seção 2 - Pontuação
Comunicação 50 Seção 3 - Verbos
52 Seção 4 - Regência verbal e
nominal
13 Seção 1 - Linguagem, língua,
signo e fala 52 Seção 5 - Tópicos gramaticais
14 Seção 2 - O processo da
comunicação humana
15 Seção 3 - Variações linguís-
ticas Finalizando 59
16 Seção 4 - A construção do
sentido
20 Seção 5 - Redes Sociais e as
Relações Pessoais Referências 61

28 Unidade de estudo 2
Anexos 63
Leitura e interpreta-
ção de texto

29 Seção 1 - A compreensão e
interpretação de um texto
31 Seção 2 - O ato de ler

32 Unidade de estudo 3
Redação

33 Seção 1 - Regras para elabo-


ração de textos
34 Seção 2 - Textos dissertativos
35 Seção 3 - Textos escolares
36 Seção 4 - Textos comerciais e
empresariais
8 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 52h

Competências

Desenvolver capacidades linguísticas de modo a saber usar adequadamente a


linguagem oral e escrita em diferentes situações e contextos.

Conhecimentos

▪▪ Leitura e construção do sentido.


▪▪ Elaboração de texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e conclusão.
▪▪ Coesão e coerência textual.
▪▪ Produção de textos comerciais/empresariais: currículo, ordem de serviço, orça-
mento, requerimento, memorando, ofício, declaração, cartas de apresentação e
bilhete.
▪▪ Produção de textos escolares: resumo e relatório.
▪▪ Variedade padrão e não padrão da língua.
▪▪ Aplicação de noções gramaticais de acordo com o texto.

Habilidades

▪▪ Ler, compreender, interpretar e produzir textos de modo proficiente.


▪▪ Compreender textos técnicos: normas, catálogos, manuais e tabelas.
▪▪ Utilizar procedimentos de análise textual com vistas a construir o sentido do
texto.
▪▪ Produzir diferentes textos comerciais/empresariais e escolares.
▪▪ Reconhecer e aplicar recursos linguístico-formais em compatibilidade com a
norma-padrão da língua.

Atitudes

▪▪ Proatividade.
▪▪ Demonstrar capacidade de planejamento e organização do próprio trabalho.
▪▪ Demonstrar capacidade de relacionamento interpessoal mantendo comporta-
mento ético.
▪▪ Trabalhar em equipe.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 9


Apresentação
Caro estudante, Professoras Lilian Elci Claas
e Fabiana Silva Piazera Fon-
tana
é atribuição do professor auxiliá-lo a se tornar um leitor autônomo, ca-
paz de produzir bons textos, ler e compreender o que está lendo. Porém Lilian Elci Claas é graduada em Pe-
essa não é uma tarefa fácil e, para contornar tal dificuldade, elaboramos dagogia com habilitação em Su-
este livro. pervisão Escolar e pós-graduada
em Administração de Recursos
Ele se difere dos demais, pois está focado no perfil do seu curso e na Humanos (FAE/UNERJ) e em Con-
prática profissional. É o resultado de estudos e da prática de vários anos sultoria Empresarial (UFSC/SENAI).
em sala de aula e tem a pretensão de apresentar uma resposta concreta Participou de mais de 1.100 h/
aula de capacitações e treinamen-
ao desafio de ensinar o estudante a ler e escrever adequadamente.
tos empresariais em diversas áreas
Ao elaborarmos este material tivemos a preocupação de apresentar os de formação técnica profissional e
conteúdos de forma simples e objetiva para que possam ser aplicados de relacionamento interpessoal.
com facilidade na prática diária. Atua desde 1988 com a formação
e o desenvolvimento de lideranças,
Escrever de forma correta também não é uma tarefa fácil, principalmen- melhoria das relações humanas, re-
te para quem não está acostumando a fazê-lo diariamente. Você, que de- solução de conflitos, melhoria nos
seja construir uma carreira sólida e de sucesso, precisa aprender e saber métodos de trabalho e no ensino
correto de um trabalho. Atualmen-
aplicar as principais regras da nossa língua para se comunicar na forma te, é instrutora no SENAI/SC, na uni-
escrita e verbal de maneira eficiente e eficaz, tanto no mercado corpora- dade de Jaraguá do Sul, ministrando
tivo quanto no seu cotidiano. Desenvolva essa capacidade e aproveite os as disciplinas de Comunicação Oral
ensinamentos aqui disponibilizados. e Escrita, Metodologia Científica,
Metodologia da Pesquisa e Gestão
No corpo deste livro, você encontrará, além das explicações básicas, de Processos. Desenvolve trabalhos
uma série de exercícios que permitirão fixar aquilo que cada unidade de consultoria empresarial na área
apresenta. Desejamos que este material seja fonte de inspiração para o de gestão de pessoas e treinamen-
seu aperfeiçoamento no mundo maravilhoso das letras. Além dos con- to, também orienta TCCs nos cursos
Técnicos e Tecnólogos.
teúdos aqui descritos, lembre-se de contar com a ajuda do seu professor
em sala. Fabiana Silva Piazera Fontana é es-
Dedique-se com afinco e desenvolva essa competência para se destacar pecialista em Psicopedagogia pela
Universidade Castelo Banco e Li-
-se no mercado. cenciada em Letras Português - In-
glês e Literaturas pela Universidade
Regional de Jaraguá do Sul. Atuou
Sucesso! como professora de inglês e portu-
guês em escolas de idiomas, esco-
las públicas e particulares de ensi-
Fabiana Silva Piazera Fontana no regular, assim como no SENAI/
Lilian Elci Claas SC de Jaraguá do Sul. Atualmente,
exerce sua atividade profissional no
SENAI/SC de Jaraguá do Sul
nos cursos de aprendizagem
industrial, cursos técnicos e
cursos superiores. Orienta traba-
lhos acadêmicos de conclusão de
curso dos cursos técnicos e superio-
res e coordena os trabalhos de con-
clusão de curso do Curso Superior
em Tecnologia da área Metal Mecâ-
nica da mesma instituição.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 11


Unidade de
estudo 1

Seções de estudo

Seção 1 – Linguagem, língua, signo e fala


Seção 2 – O processo da comunicação
humana
Seção 3 – Variações linguísticas
Seção 4 – A construção do sentido
Comunicação

SEÇÃO 1
Linguagem, língua,
signo e fala
Linguagem: “O uso da pa-
lavra articulada ou escrita
como meio de expressão e de
Nesta unidade, você conhecerá o
comunicação entre pessoas”
processo de comunicação huma- (FERREIRA, 1986, p. 1035).
na e os aspectos que interferem
ou impactam na língua.
No início, não havia muita dife-
rença entre as espécies que habi-
Pinturas Rupestres: São
tavam o planeta Terra, mas com Figura 1 - Escrita Egípcia
desenhos nas paredes das
a evolução de nossa espécie, de- Fonte: Ferreira (2009). cavernas representando cenas
senvolvemos a capacidade de ex- do cotidiano dos homens pré
pressar as nossas ideias, fruto da -históricos. As pinturas eram
análise e reflexão sobre as coisas. Em seguida, ele desenvolveu um feitas com sangue de animais,
Então, o que nos diferenciou das sistema de sinais que representava carvão, rochas e até mesmo ex-
demais espécies foi a comuni- sons e que construía as palavras, trato de plantas.
cação. Para que a comunicação dando assim nome aos seres e coi-
ocorresse, fez-se necessário de- sas. Dessa forma, podemos dizer
senvolver a linguagem, tanto a que o homem criou a linguagem
Cultura: “O complexo dos
oral como a escrita. e, por meio dela, transmitiu a sua padrões de comportamen-
cultura para as gerações posterio- to, das crenças, das instituições
res. e doutros valores espirituais e
Os primeiros sinais de comunica-
materiais transmitidos coletiva-
ção foram as Pinturas Rupestres
mente e característicos de uma
feitas pelos homens pré-históricos Para comunicarmos uma ideia
sociedade” (FERREIRA, 1986, p.
e que podem ser encontradas nas usamos uma língua que é um sis- 508).
paredes das cavernas. Essas pintu- tema de signos.
ras tinham o objetivo de reforçar
as histórias contadas oralmente. A língua é “[...] o conjunto de
Após essa fase, o ser humano pas- Signos: “[...] é o ele-
palavras e expressões usadas por mento utilizado para
sou a combinar elementos a fim um povo.” (FERREIRA, 1986, representar o objeto. É com-
de comunicar suas ideias, como p. 1034) ou, “[...] é um con- posto de duas partes: o sig-
você pode ver nas imagens das pi- junto de signos e de regras de nificante (parte material ou
râmides do Egito. combinação desses signos, que objeto) e o significado (ideia
constituem a linguagem oral ou que desejamos representar)”
escrita de uma coletividade.” (GRIFFI, 1991, p. 9).
(MAIA, 2005, p. 22).

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 13


Manifestações cultu- Ela é dinâmica e está sempre se A linguagem coloquial:
rais: São as formas en- modificando, pois algumas pala-
contradas pelo homem vras são inseridas, outras entram
para expressar o que ele em desuso e outras, ainda, mudam ▪▪ é empregada no cotidiano;
pensa, deseja fazer ou mo- de significado conforme sua utili- ▪▪ não obedece, necessariamente,
dificar. Ex.: pinturas, escul-
zação. à norma culta;
turas, música, teatro, dança,
literatura, etc. ▪▪ é solta, com construções mais
A escrita tem a função de relatar simples;
fatos históricos e culturais ao lon- ▪▪ permite abreviaturas, diminuti-
go da nossa História. Ao relatar- vos, gírias, etc.
Latim: Língua indo-eu-
mos, através da linguagem, os fa-
ropeia do grupo itálico,
tos históricos e as manifestações
primitivamente falada pelo Outras culturas também exercem
Lácio, antiga região da Itália. culturais ao longo dos anos, cria-
influência sobre a nossa e podem
mos e produzimos a nossa cultu-
ser percebidas no vestuário, na
ra. Portanto, a linguagem é a base
culinária, na música, no compor-
da cultura.
tamento e na própria língua.

A Língua Portuguesa tem sua ori-


A influência de outras culturas so-
gem no latim, que era a língua fa-
bre a nossa língua você estudará
lada no Estado Lácio, região onde
na Seção 3. Agora conheça o pro-
atualmente fica a cidade de Roma,
cesso de comunicação.
na Itália. Em função da expansão
do Império Romano, o latim se
espalhou por grande parte da Eu-
ropa, dando origem ao português,
SEÇÃO 2
ao espanhol, ao catalão, ao fran- O processo da comuni-
cês, ao italiano e ao romeno. cação humana
Naquela época, havia dois níveis
de expressão do latim: o latim Como você viu na seção anterior,
clássico, que era falado pela elite a comunicação humana foi o que
dominante e por escritores; e o nos diferenciou das demais espé-
latim vulgar, que era usado pelo cies. Em função da nossa capaci-
povo. Do mesmo modo, hoje en- dade de analisar e expressar nos-
contramos em nossa língua duas sos pensamentos de forma oral
formas de expressão: a linguagem ou escrita conseguimos, ao longo
culta e a coloquial. Conheça as di- da História, transmitir às demais
ferenças entre elas. pessoas aquilo que aprendemos e
vivemos.
A linguagem culta:
Você também viu que a comuni-
cação é fundamental para o ser
▪▪ segue a norma culta; humano e se confunde-se com a
▪▪ é usada em situações formais; própria vida. Quando você lê um
▪▪ é polida; texto, assiste TV, conversa com
alguém ou interpreta os sinais de
▪▪ requer a seleção cuidadosa das trânsito, está realizando atos co-
palavras; municativos. Em cada um desses
▪▪ é ensinada nas escolas. atos, encontra os mesmos ele-

14 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


mentos que são: emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto.
Veja o exemplo na figura a seguir.

Figura 2 - Processo de Comunicação Humana

Agora compreenda a função desempenhada pelos elementos na comu-


nicação:
▪▪ emissor – emite a mensagem;
▪▪ receptor – recebe a mensagem;
▪▪ mensagem – conteúdo transmitido;
▪▪ canal – meio usado para transmitir a mensagem;
▪▪ código – conjunto de signos usados para elaborar a mensagem;
▪▪ contexto – objeto, fato/situação, imagem, juízo ou raciocínio a que
a mensagem se refere.

É preciso compreender esse processo, porque ao sabermos qual


é a mensagem, para quem ela se destina, que tipo de canal será
usado, qual é o contexto em que a mensagem se dará e qual é o
código a ser usado, teremos mais chances de sermos efetivos na
comunicação.

SEÇÃO 3
Variações linguísticas

O Brasil não é o único país que


fala a língua portuguesa. Segun-
do o site Mundo Educação (2009)
a “língua portuguesa é a quinta
mais falada e a terceira do mundo
ocidental, superada pelo inglês e
o castelhano. Atualmente, aproxi-
madamente 250 milhões de pes- Figura 3 - Países que Falam a Língua Portuguesa
soas no mundo falam português, Fonte: Wikipédia (2009).
o Brasil responde por cerca de
80% desse total”.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 15


A língua também sofre influência Exemplos Exemplos
de outras línguas, de grupos so-
Laranja = fruta cítrica ou falso ▪▪ Pipa, papagaio, pandorga.
ciais, de regionalismos e também
proprietário.
na criação de novas palavras (ne- ▪▪ Semáforo, farol, sinaleiro.
ologismos). Conheça essas influ- Gato = animal felino ou ligação
clandestina. ▪▪ Mandioca, aipim, macaxera.
ências.

Já a informática está repleta de


Estrangeirismos exemplos de novas palavras que SEÇÃO 4
estão sendo inseridas na nossa
língua.
A construção do sentido
Existem palavras que foram in-
corporadas à nossa língua sem
modificar a forma original ou a
Exemplos Há vários elementos na língua que
pronúncia da palavra e outros vo-
influenciam a construção do sen-
cábulos foram aportuguesados. Deletar = eliminar, apagar. tido. Compreenda-os a seguir.
Lincar = acessar documento de
▪▪ Do francês: omelete, vitrine, hipertexto por meio de link.
Logar = fornecer nome do usuá-
Conotação e denotação
toalete.
rio e senha permitindo acesso ao
▪▪ Do africano: acarajé, jiboia,
computador. Uma palavra pode ter um signi-
pajé.
ficado em uma frase e em outra,
▪▪ Do inglês: recorde, hambúr-
Gírias um completamente diferente.
guer, uísque.
O significado real da expressão
▪▪ Do espanhol: pepita, cava-
raiz é: “órgão da planta respon-
lheiro. As gírias nascem em um determi- sável pela sua fixação no solo e
▪▪ Do árabe: álgebra, arroz, nado grupo social e passam a fa- absorção da água e nutrientes”.
alecrim. zer parte da linguagem revelando, Observe as duas frases abaixo e
▪▪ Do japonês: quimono, samu- inclusive, a idade do falante. tente identificar a diferença.
rai, gueixa.
▪▪ A raiz daquela árvore é muito
▪▪ Do italiano: lasanha, piano, Exemplos grossa.
maestro.
Anos 50: cafona, careta, joia, pra-
▪▪ Do russo: czar, vodca. ou
frentex.
Atualmente: parada sinistra, res- ▪▪ A raiz do problema daquela
ponsa, tá ligado, da hora. família é a falta de amor.
Neologismos
Na primeira frase, a palavra raiz
está empregada com seu sentido
Os neologismos são usados quan- Regionalismos real e na segunda, em sentido fi-
do aquele que emite a mensagem
gurado. Ao escrevermos um tex-
não encontra uma palavra com
to, podemos usar tanto o signifi-
significado similar na língua ou A influência de várias culturas dei-
cado real da palavra (denotação)
quando utiliza uma palavra com xou no Brasil muitas marcas que
quanto o sentido figurado (cono-
sentido novo, diferente do origi- acentuaram a riqueza do nosso
tação). Quando duas ou mais pa-
nal e, após algum tempo, é incor- vocabulário. O regionalismo lin-
lavras têm significados diferentes
porado ao dicionário. guístico também apresenta dife-
e grafia idênticas, são chamadas
renças no sotaque e na pronúncia
de homônimos. Ao usarmos a lin-
das palavras, sem necessariamen-
guagem denotativa, permitimos
te constituir um erro. Um obje-
apenas uma interpretação e na
to pode receber um nome numa
linguagem conotativa permitimos
região e, em outra, um completa-
várias interpretações, o que suge-
mente diferente.

16 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


re subjetividade. Há, também, textos em que nem tudo o que importa Implícita: “é algo que
para a interpretação está registrado. está envolvido naquele
contexto, mas não está cla-
Para entendermos um texto, muitas vezes, é necessário considerar e
ro, é deixado subentendido”
identificar aquilo que não está escrito e compreendê-lo. Esse processo
(FERREIRA, 1986, p. 923).
de compreensão e decodificação dos sinais e a identificação do que não
está dito permitem ao leitor interpretar a mensagem. Veja o exemplo:

Frases: “é toda a pala-


vra ou conjunto de pala-
vras que constitui um enun-
ciado de sentido completo”
(SARMENTO; TUFANO, 2004,
p. 266).

Voz passiva: Quando


o verbo estiver na voz
passiva o sujeito sofre, rece-
be ou desfruta da ação ex-
pressa pelo verbo.
Na tira acima, existe um fato que é conhecido pelas duas personagens e
é considerado como antecedente e necessário para que o diálogo ocorra.
Ambas sabiam que se João parou de fumar é porque ele morreu. Essa
informação não está escrita, mas está implícita.

Quando lemos uma informação que não está explícita, apenas sugerida,
estamos diante de algo implícito. Compreender a informação implícita é
importante para que tenhamos um bom nível de leitura e a informação
lida deve ser confrontada com a nossa realidade para, só então, tirarmos
as nossas conclusões.

Coerência e coesão textual

O texto não é a soma ou a sequência de frases isoladas, é uma mensa-


gem construída que forma um todo significativo. “A palavra texto ori-
gina-se do verbo tecer: trata-se de um particípio _ o mesmo que tecido.
Assim, um texto é um tecido de palavras.” (CAMPEDELLI; SOUZA,
1999, p. 13).

Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem


construídas, sem ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego ex-
cessivo da voz passiva.

Muitas vezes encontramos textos que são confusos e difíceis de serem


entendidos. Isso ocorre porque tanto a coerência quanto a coesão não
estão sendo aplicadas.

Observe a frase a seguir.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 17


Pronome: “são palavras Fazendo sucesso com seu novo res- Coesão textual
que acompanham ou subs- taurante que oferece pratos típicos,
tituem o nome, designando-o o empresário José da Silva, localiza-
como a pessoa do discurso” A coesão textual exige o empre-
do na Rua dos Andradas, 265.
(SARMENTO; TUFANO, 2004, p.
go de vários elementos de forma
217).
adequada.
Quem está localizado? O em-
presário ou o restaurante? ▪▪ Emprego adequado de tempos
e modos verbais.
Artigo: “é uma palavra que
antepomos aos substanti- ▪▪ Emprego adequado de prono-
vos para dar aos seres um sen- A clareza de um texto é resultado mes, conjunções, preposições e
tido determinado ou indetermi- do uso adequado de palavras e a artigos.
nado (o, a, um, etc.)” (CEGALLA,
construção das ideias de maneira ▪▪ Emprego adequado de
2000, p. 153).
bem elaborada. “A maneira como construções por coordenação e
são articuladas as ideias por meio subordinação.
das palavras e das frases é que ▪▪ Emprego adequado dos dis-
determina se há uma unidade de cursos direto, indireto e indireto
Conjunção: “é a palavra sentido ou apenas um amontoa-
que liga orações ou pa- livre.
do de frases desconexas” (SAR-
lavras de função semelhante
numa mesma oração.” (SAR- MENTO; TUFANO, 2004, p.
Há também vários fatores que po-
MENTO; TUFANO, 2004, p. 266). 371).
dem contribuir para que um texto
perca a sua coesão textual:
Segundo Cegalla (2000, p. 590)
Preposição: “é a palavra um bom texto deve:
▪▪ regências incorretas;
invariável que liga dois ter-
mos, de forma que o sentido do ▪▪ concordâncias incorretas;
▪▪ ter correção gramatical –
primeiro é completado pelo se-
respeito às normas linguísticas;
▪▪ frases inacabadas;
gundo” (SARMENTO; TUFANO,
2004, p. 257). ▪▪ ser conciso – dizer muito em ▪▪inadequação ou ambiguidade
no emprego de pronomes.
poucas palavras;
▪▪ ser claro;
Advérbios: “é a palavra Para que um texto tenha unidade
que modifica um verbo,
▪▪ ser preciso – empregar o textual, faz-se necessário lançar
um outro adjetivo e, às vezes, termo adequado e de forma mão de vários recursos linguísti-
um substantivo, expressando a acertada; cos para unir orações e parágra-
circunstância em que determi- ▪▪ ser natural – evitar o em- fos. Os mais conhecidos são:
nado fato ocorre” (SARMENTO; prego de termos rebuscados e
TUFANO, 2004, p. 253). desconhecidos ao leitor;
▪▪ conjunção – e, nem, mas,
▪▪ ser original – evitar a vulgari- também, porém, entretanto, ou, logo,
dade e a imitação; portanto, pois, como, embora, desde
▪▪ ser nobre – evitar o uso de que, se, conforme, de modo que, etc.;
termos chulos; ▪▪ preposições – a, ante, após,
▪▪ ter harmonia, ser colorido até, com, em, entre, para, perante,
e elegante – uso criterioso de segundo, etc.;
figuras de linguagem. ▪▪ pronomes – eu, nós, me, mim,
comigo, consigo, te, lhe, etc.;
▪▪ advérbios – sim, certamente,
realmente, talvez, muito pouco, abaixo,
além, não, agora, hoje, cedo, antes, ora,
afinal, etc.

18 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Além desses fatores, você tam- Se esses recursos forem mal-em- Períodos: “é a frase for-
bém deve evitar os períodos mui- pregados, o texto se tornará am- mada por uma ou mais
to longos, um vocabulário rebus- bíguo e incoerente, elementos que orações” (SARMENTO; TUFANO,
cado, uma pontuação inadequada, você estudará em seguida. 2004, p. 266).
a ambiguidade e a redundância
para que seu texto tenha coesão e
clareza textual.
Ambiguidade e
redundância
Coerência textual
A ambiguidade é causada pelo uso
inadequado da pontuação, com
A coerência textual ocorre quan- o emprego de palavras de duplo
do há uma relação harmoniosa sentido e por problemas de cons-
entre as ideias expostas no texto. trução das frases.
Um texto coerente deve apresen-
tar seu conteúdo de forma orde-
A redundância é o emprego de
nada e lógica, com início, meio e
palavras ou ideias de maneira re-
fim. Seus fatos também devem ser
petida ou desnecessária.
apresentados de forma coerente e
sem contradições, e a linguagem
deve ser adequada ao tipo de tex- Agora que você conhece os ele-
to. mentos que compõem o texto,
aprenda na próxima unidade a
interpretá-lo. Vamos em frente!
Coerência: refere-se à unida-
de do tema.

Coesão: é a conexão entre os


elementos ou as partes do
texto.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 19


Baby boomer: pessoa nas-
cida entre 1945 e 1964 na
SEÇÃO 5
Europa.  O nome é devido ao Redes Sociais e as Relações Pessoais
“boom”, aumento, da natalida-
de, depois da Segunda Guerra Atualmente, a necessidade de se adaptar às novas tecnologias, como
Mundial. uso dos computadores e das mídias deles decorrentes, gerou a adesão
das gerações mais antigas, tais como: os baby boomers e a geração X.
As gerações mais antigas sentiram a necessidade de se conectar com
Geração X: Termo utiliza-
os aplicativos e softwares, utilizados no mundo globalizado, a partir das
do para rotular as pessoas necessidades advindas do convívio com as gerações, no mercado de tra-
nascidas após o chamado “Baby balho, como a geração y, por exemplo. Além disso, as novas ferramentas
Boom”. Essa geração inclui a facilitavam o trabalho, otimizavam o tempo, e possibilitavam atingir as
população nascida no início de metas da empresa nos curtos prazos estabelecidos.
1960 até o final dos anos 70. No
entanto, também podem ser
considerados como “X” os nas- Além disso, essas gerações viram, nas novas mídias, a oportunidade de
cidos no início dos anos 80, no adquirir novos conhecimentos, além de se sociabilizar com as pessoas e
máximo até o ano de 1982. manter os relacionamentos de longa data em tempo real a baixo custo.

Uma das facetas mais incríveis de alguns softwares de interatividade na


internet é a sincronia e a constante conexão entre os usuários, em tempo
Geração Y: pessoas que
real.
nasceram após os anos 80.
Essa geração é também conheci-
da como geração do milênio ou “É o potencial afetivo que explica a procura pelas redes on-line”. (MANSUR;
geração da internet, que surgiu GUIMARÃES apud PENTEADO, 2014, p. 53).
exatamente por essa época. Es-
sas pessoas vivenciaram muitos
avanços tecnológicos e o cresci- Dentre as mídias e redes sociais mais utilizadas atualmente, estão: What-
mento de diversos países. sApp, Facebook, Twitter, Tumblr, Instagram, Blogs, Google+ e Youtu-
be.

20 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


A seguir, conheça cada uma des- guidores e pessoas a seguir: cada dados de internet que se usa para
sas mídias e redes sociais. Twitter pode escolher quem dese- e-mail de navegação, não há custo
ja seguir e por quem deseja ser se- para enviar mensagens e ficar em
guido. Existe ainda a possibilidade contato com os amigos. Além das
de enviar mensagens particulares mensagens básicas, os usuários do
Mídias e redes sociais a outros usuários. WhatsApp podem criar e enviar
mensagens ilimitadas com ima-
gens, vídeos e áudio.
Facebook YouTube Empresa com mesmo nome, foi
Fundado por Chad Hurley Tvja- fundada em 2009, por Brian Ac-
É uma rede social lançada em 4 ton e Jan Amos, veteranos do
de fevereiro de 2004. Foi fundada wed Cat, o YouTube foi lançado
oficialmente em junho de 2005. Yahoo. Está sediada em Santa
por Mark Zuckerberg, ex-estu- Clara, Califórnia.
dante de Harvard. Inicialmente, Atualmente, é propriedade da
Google. É um site de comparti- Em julho de 2013, o aplicativo al-
a adesão ao Facebook era restri-
lhamento de vídeos e de cultura cançou a marca de 250 milhões de
ta aos alunos da Universidade de
participativa em que os usuários usuários. No dia 19 de fevereiro de
Harvard, depois passou a univer-
criam seus conteúdos. O YouTu- 2014, o Facebook adquiriu a em-
sitários de forma geral. Hoje to-
be tem grande popularidade entre presa pelo montante de 16 bilhões
dos podem unir-se à rede, com o
as massas, contando com mais de de dólares, sendo que 4 bilhões
propósito de dar às pessoas uma
85 milhões de vídeos. Está em em ações do Facebook, além de
maneira de compartilhar informa-
constante crescimento; no repo- 3 milhões de ações no prazo de
ção de forma fácil e divertida.
sitório tem produção profissional quatro anos, caso permaneçam
Funciona também com perfis e e amadora. Para uma pequena na companhia. Seus fundadores
comunidades. Em cada perfil é parcela de usuários é também um foram incorporadas no conselho
possível acrescentar módulos de site de relacionamento social. A administrativo do Facebook.
aplicativos, como jogos, ferra- diferença desta para outras redes
mentas etc. Oferece maior pri- de relacionamento com perfis, em
vacidade do que outros sites de que o objetivo maior é conhe- Instagram
relacionamento, porque apenas cer ou manter amizades, é que o
usuários da mesma rede podem É uma rede social on-line de com-
Youtube é o próprio conteúdo do
ver o perfil uns dos outros. Se- partilhamento de foto e vídeo
vídeo e o maior vínculo de comu-
gundo a revista Época, de 31 de que permite aos seus usuários ti-
nicação; o principal indicador de
maio de 2010, tem 9,6 milhões rar fotos de vídeos, aplicar filtros
agrupamentos sociais mais uma
de usuários no Brasil, na maioria digitais e compartilhá-lo, em uma
vez. Segundo a Revista Época, de
jovens de classe alta e com curso variedade de serviços de redes
31 de maio de 2010, o YouTube
superior. sociais, como Facebook, Twitter,
é frequentado por 20 milhões de
Tumblr e Flickr. Uma caracterís-
usuários na maioria dos jovens de
tica distintiva desta rede social é
12 a 24 anos no mundo, tendo 2
Twitter que ela limita as fotos para uma
bilhões de páginas vistas por dia.
forma quadrada semelhante ao
Criado em 2006, por Jack Dore- Kodak Instamatic, de câmeras
sey, é uma rede social e um servi- polaroid, em contraste à propor-
ço de microblogging, que permite WhatsApp ção de tela de 16.9, que são usa-
aos usuários enviar pequenos tex- É um aplicativo de mensagens das por câmeras de dispositivos
tos, de até 140 caracteres, conhe- multiplataforma que permite tro- móveis. Os usuários do Instagram
cidos como Tweets, em resposta car mensagens pelo celular sem também são capazes de gravar e
à pergunta: “O que você está fa- pagar por SMS. Disponível para compartilhar vídeos curtos com
zendo”? Iphone, Blackberry Android, duração de até 15 segundos. O
As atualizações são exibidas no Windows Phone, Nokia. Esses Instagram foi criado por Kevin
perfil do usuário em tempo real e telefones podem trocar mensa- Systrom e Mike Krieger, em ou-
enviadas a outros usuários que te- gens entre si. Como o Whatsapp tubro de 2010. O serviço rapida-
nham optado por recebê-las, por- Messenger, usa o mesmo plano de mente ganhou popularidade, com
que o Twitter funciona com se- mais de 100 milhões de usuários

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 21


ativos. Em abril de 2012, foi adi- do Google, como Google Contas, Fotos, PlayStore, Youtube e Gmail,
cionado suporte para androids esta rede social também introduz muitas características novas, incluindo
com câmera. O Instagram é dis- Círculos (grupos de amigos), Sparks (sugestões de conteúdo), Hangouts
tribuído através da Apple Store, (chat individual ou em grupo por texto ou vídeo) e Hangouts On Air
Google Play e Windows Phone (transmissões ao vivo via YouTube). Ainda em período de testes fecha-
Store; originalmente foi dispo- dos, o Google + alcançou 10 milhões de usuários. Seu lançamento foi
nível apenas para Iphone, Ipad e realizado em 31 de julho de 2011. Atualmente, tem mais de 350 milhões
Ipod Touch. O Instagram foi ad- de usuários e teve seu visual totalmente reformulado.
quirido pelo Facebook em abril de
2012, por cerca de um bilhão de
dólares em dinheiro e ações. SEÇÃO 6
Comunicação: práticas, habilidades e ferramentas
Blogs
Um blog ou blogue, contração do Técnicas para falar em público
termo em inglês web log, é um di-
ário na rede, é um site cuja estru-
tura permite a atualização rápida, Segundo Ludwig Wittgenstein, o jornal inglês Sunday Times realizou
a partir de acréscimos dos cha- uma pesquisa com 3000 entrevistados. Os questionários eram para que
mados artigos ou posts. Estes são cada pesquisado identificasse e hierarquizasse seus medos. O medo de
em geral organizados de forma falar em público ficou em primeiro lugar, com 41%, seguido de 32%
cronológica inversa, tendo como pelo medo de altura, 22%, de insetos, 22% dos entrevistados disseram
foco a temática proposta do blog. ter problemas financeiros, 19%, de doença e outros 19% foram atribuí-
Esta mídia pode ser escrita por dos ao medo da morte. Lembrando que cada entrevistado podia indicar
um número variável de pessoas, mais de um medo e colocá-los numa lista de importância. Uma enquete
de acordo com a política do blog. realizada no site da revista VOCÊ S/A, em abril do ano passado, mos-
Muitos blogs fornecem comentá- trou o quanto esse temor atinge os brasileiros. Dos 481 leitores que
rios ou notícias sobre um assunto responderam à pesquisa, 64% disseram ter medo de falar em público,
em particular, outros funcionam 66% assumiram que esse é um de seus maiores medos. Já a Pesqui-
mais como diário on-line. Um blog sa Global Anual da Price Water House Copers, 2008, entrevistou 1100
típico combina texto, imagens e CEOs em todo o mundo para apontar quais as habilidades pessoais que
links para outros blogs, páginas da mais valorizam num candidato à seleção. Entre as mais citadas está a
web e mídias relacionadas ao seu comunicação.
tema. Os leitores podem deixar
um comentário sobre um post do
blog, de forma a interagir com o
autor e outros leitores; esta é uma
parte importante de muitos blogs.

Google + ou Gloogle Plus:


É uma rede social e serviço de
identidade mantido pelo Google
Inc. O serviço foi lançado em 28
de junho de 2011, em uma fase de
testes por convite. No dia seguin-
te, usuários existentes foram auto-
rizados a convidar amigos acima
de 18 anos de idade ao serviço
para criar suas próprias contas.
Construída para agregar serviços

22 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Dessa forma, mesmo sendo uma 3. Fale sempre de frente para o Para que haja uma boa pronúncia
das primeiras habilidades que de- microfone. é essencial saber respirar. A respi-
senvolvemos, quando crianças, ração nunca deve ser forçada, ao
a fala tornou-se um dos grandes 4. Verifique e mantenha a distân- contrário, recomenda-se que seja
entraves para muitos profissio- cia adequada entre sua boca e profunda, silenciosa e frequen-
o microfone. te. O orador não deve respirar no
nais, os quais, muitas vezes, não
meio das palavras nem deixar os
conseguem demonstrar suas com- pulmões esvaziarem demais. Deve
petências técnicas, por não terem 5. Considere essa distância de
acostumar-se a respirar no final dos
um bom desempenho na apresen- acordo com o tom da oração. grupos de pensamentos.
tação oral.
6. Não grite.
As invenções da ciência, a amplifi-
Para melhorar a dicção, recomen-
cação da voz humana mudaram as 7. Cuidado com a respiração. O da-se:
condições físicas que em outros microfone registra-a e ampli-
tempos se exigia do orador. Com fica-a. 1. Respeitar a pronúncia correta
um microfone ou um alto falante, das palavras.
qualquer pessoa pode ser ouvida 8. Se o microfone é sensível, fale
por uma multidão em praça públi- em tom de conversas e não au- 2. Fazer soar nas palavras, as pala-
ca. Esse instrumento, entretanto, mente a intensidade da voz. vras tônicas.
impõe uma série de condições
que precisam ser conhecidas. 9. Não dê apartes; o microfone 3. Saber pronunciar os finais das
pega todas as frases que se frases, sem enfraquecê-las,
pronunciam à parte. para não torná-las inexpressi-
vas.
10. Fale com simplicidade: o tom
natural é o que ganha mais for- 4. Saber dizer as frases flexionan-
ça ao microfone. do e utilizando todas as possi-
bilidades de colorido da voz.
11. Não mexa no microfone quan-
do estiver falando: qualquer to- 5. O timbre da voz deve estar de
que é ampliado imediatamente. acordo com o sentimento que
se procura expressar.
12. Não estenda os finais das pala-
vras que, ao microfone, fazem 6. As imagens faladas devem ter
com que o orador cante. vida.

13. Procure evitar os períodos lon- 7. A voz falada compreende cer-


gos. ca de cinco ou seis notas. É
preciso saber usá-las para dar
14. Articule com cuidado. Os er- relevo e harmonia à exposição
ros de pronúncia são amplifi- oral.
A seguir, você será apresentado
a algumas técnicas de eloquência cados.
8. É preciso aprender a usar a
desenvolvidas por J. R. Whitaker arte do silêncio, de onde nasce
15. Reduza os gestos ao mínimo
Penteado (2012, p. 385). Acom- a força das pausas.
essencial. Ao microfone, para
panhe.
que a voz seja bem utilizada, é
mais conveniente que o orador 9. A voz é o nosso instrumento
se mantenha imóvel. de expressão individual. Pre-
1. Experimente o microfone an- cisamos conhecê-la perfeita-
tes de usá-lo. mente, para sermos donos ab-
16. Se estiver lendo, não vire as fo-
lhas diante do microfone. solutos de nossa voz.
2. Se o microfone começa a fun-
cionar mal, não vacile em pres- 10. Articular bem, articular claro,
cindir dele. articular exageradamente evita
cansar a voz.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 23


O contato visual e a postura que 18. Olhe calmamente para todos da plateia.
mantemos, durante uma exposi-
ção oral, também são elementos 19. Conte mentalmente até dez.
cruciais e, muitas vezes, pouco
administrados pelos oradores, em
geral. Seguem algumas dicas de Esses itens desempenham importante função para que se concretize
postura corporal: uma comunicação efetiva, pois o orador também fala com o corpo. Na
sequência, você aprenderá sobre outra importante ferramenta para a co-
1. Não fique sempre no mesmo municação humana: o domínio do inglês.
lugar.

2. Não passeie sem parar.


Mídias para apresentação oral
3. Não fique balançando-se.

4. Não se abaixe. O uso de mídias vem sendo algo cada vez mais utilizado por professores
ou palestrantes na atualidade. Tal iniciativa veio da necessidade em reter
5. Evite as mãos nos bolsos. a atenção do público atual, pessoas da geração tecnológica e que pos-
suem uma grande dificuldade em manter a atenção em um único fato,
6. Não ponha as mãos para trás. já que, para focar em algo, há a necessidade de trabalhar a concentração
em um ambiente silencioso.
7. Evite os “tiques” ou gestos re-
petidos.

8. Não brinque com o chaveiro.

9. Não abotoe e desabotoe o pa-


letó.

10. Não ponha e tire os óculos.

11. Mantenha o contato visual


com o público.

12. Deixe os pés firmemente so-


bre o chão, não muito afasta-
dos um do outro.

13. Avance levemente um dos jo-


elhos. É no quesito concentração que se encontra o maior desafio de alunos e
professores, palestrantes, na era digital, em que tudo é bem dinâmico e
14. Deixe o busto bem posto e os interativo.
ombros para trás.

15. Incline a cabeça, para permitir Mesmo sendo negligenciado pela maioria das pessoas, o som possui um
ampla ventilação dos pulmões. imenso poder de estímulo ao acesso à informação. Robert L. Lindstrom,
em 1996, relata que um indivíduo pode aprender por apenas dois senti-
16. Relaxe todos os músculos do dos: visão e audição. É através de sentimentos e emoções que se atinge o
corpo, principalmente os do público-alvo, fazendo uso de ferramentas interacionais, como imagens,
maxilar. vídeos, sons e, até mesmo, bom uso das palavras. Tais conceitos estão
implícitos na esfera da multimídia, e ajudam a efetivar a comunicação
17. Abra levemente a boca, como em diversos níveis de consciência, já que somos seres sensoriais. Diante
se fosse pronunciar a letra A. disso, alguns recursos são utilizados para auxiliar os professores em sala
de aula, principalmente para atrair a atenção desse público.

24 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Tipos de mídias para apresentação de conteúdo Office: conjunto de produ-
tos que combina diversos
tipos de softwares para a cria-
Slides ção de documentos, planilhas e
São amplamente utilizados por professores e palestrantes em geral. Os apresentações, e para o geren-
ciamento de e-mails.
programas mais utilizados para a elaboração de slides são: Powerpoint
e Prezzi.

▪▪ PowerPoint

O PowerPoint é um software que permite a criação de materiais que po-


dem ser apresentados por meio de um projetor. Este programa faz parte
do Office.

O uso desses materiais para anunciar um relatório ou uma proposta é


chamado de apresentação. Com o PowerPoint, você pode criar telas que
incorporam de forma eficiente texto colorido e fotografias, ilustrações,
desenhos, tabelas e filmes. Esses recursos transitam de uma para a outra,
como uma apresentação de slides.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 25


Você pode animar o texto e as ▪▪ Debut Video Capture Software
ilustrações na tela usando o recur-
so de animação, e também pode Possibilita a gravação de vídeos em Mac ou PC, através de webcams, dis-
adicionar efeitos de som e narra- positivos externos, telas de computadores e transmissão de vídeos. Além
ção. Além disso, você pode impri- de possibilitar a gravação, realizada através de qualquer fonte, ainda pos-
mir os materiais quando estiver sibilita a escolha de cores de vídeo, resolução e diferentes configurações
fazendo uma apresentação. de saída.

▪▪ Prezi

O Prezi é baseado em nuvem, o


que significa que você pode apre-
sentar a partir do seu navegador,
desktop, iPad ou iPhone e ter sem-
pre a última versão do seu traba-
lho onde quer que você esteja. Inglês para a área comercial
Com o Prezi é possível criar ou
editar seu trabalho de qualquer lu-
gar. Além disso, é possível sincro- Atualmente, a fluência no inglês vem sendo exigida dos profissionais
nizar o trabalho automaticamen- da área comercial, não mais como um diferencial, mas sim como um
te em todos os seus dispositivos. pré-requisito, e até mesmo como uma competência básica para as nego-
Isso possibilita a apresentação do ciações requeridas.
conteúdo ou tema, de qualquer
lugar, sem a necessidade de salvar Devido à limitação de tempo do profissional da atualidade para cursar
em qualquer mídia, pois o software aulas específicas do idioma, a utilização de sites e programas com o ob-
funciona como uma conta de e- jetivo de aprender o inglês estão se tornando cada vez mais populares.
-mail, onde o usuário registra uma A seguir, elencamos algumas ferramentas gratuitas de ensino-aprendiza-
senha e um nome de usuário. gem do inglês. Acompanhe:

26 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Livemocha English Central
Site de ensino de inglês, que tra- Prática da audição, da escrita e
balha as quatro habilidades de da fala, através de gravações, do
aprendizagem: audição, fala, lei- inglês geral e comercial. Disponí-
tura e escrita. Disponível em: vel em: <http://pt.englishcentral.
<http://livemocha.com/>. com/videos#>.

Duolingo TED
Site de ensino de inglês que tam- Prática da compreensão, através
bém trabalha as quatro habilida- da audição de vídeos. Disponível
des de aprendizagem: audição, em: <http://www.ted.com/>.
fala, leitura e escrita. Disponível
em: <https://www.duolingo.
Agora que você conhece todas
com/>.
essas ferramentas que auxiliam a
comunicação interpessoal, apro-
veite para testá-las, conhecê-las e
Karaoke party colocá-las em prática!
Site para a prática da pronúncia
e audição, através da cantoria de
músicas. Disponível em: <http://
www.karaokeparty.com/>.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 27


Unidade de
estudo 2

Seções de estudo

Seção 1 – A compreensão e
interpretação de um texto
Seção 2 – O ato de ler
Leitura e Interpretação
de Texto
SEÇÃO 1
A compreensão e interpretação de um texto

Antes mesmo de aprender a ler Se a leitura é algo sensorial e tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeira-
textos, você já aprende outro mente interessado e busque prazer nessa atividade, assim o processo se
tipo de leitura, que é a leitura do torna mais fácil e produtivo. Muitas vezes, a compreensão de um texto
mundo que o rodeia. Aprende a vai além do que está escrito, é preciso buscar não só o que o autor disse,
interpretar as diversas reações das mas também o que ele quis dizer com seu texto, a mensagem que se teve
pessoas com quem convive e dife- a intenção de passar.
rencia as receptivas das agressivas,
por exemplo. Conforme você vai
Um texto, dependendo da sua finalidade, apresenta um tipo de lingua-
se desenvolvendo, esse processo
gem, que pode ser formal ou informal. O texto escrito, na maioria das
vai se aprimorando até chegar à
vezes, segue regras mais rígidas, aplicadas especificamente à escrita, en-
leitura de textos escritos.
quanto a linguagem falada é mais flexível e se adapta-se livremente às
diversas situações.
A primeira leitura que se faz de
qualquer texto é sensorial. O lei-
tor, ao tomar em suas mãos uma
publicação, trata-a como um ob-
jeto em si, observando-a, apal-
pando-a, avaliando seu aspecto
físico e a sensação tátil que des-
perta (INFANTE, 2000, p. 49).

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 29


Para compreender melhor essa diferença, exercite-se com o exemplo que segue: leia o texto a seguir e resolva
as atividades propostas.

A partir da leitura, responda às perguntas a seguir.

1. O texto, apesar de se apresentar-se de forma escrita, mantém algumas características da língua falada. Apon-
te as que você perceber e comente.

2. Na sua opinião, por que o texto aproxima a prática pedagógica da prática política?

3. Por que, segundo o texto, a leitura não se esgota na “descodificação pura da palavra escrita” (linha 10)?

4. Comente a passagem “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não
possa prescindir da continuidade da leitura daquele” (linha 11).

5. Em que consiste a “leitura” do mundo de que fala o texto?

6. Explique o conceito da “palavra mundo” (linha 26).

7. Por que o texto apresenta as formas “re-crio” e “re-vivo” (linha 32) em lugar de “recrio” e “revivo”?

8. Quais são os “textos”, as “palavras” e as “letras” das primeiras “leituras” de Paulo Freire? Qual é a impor-
tância dessas leituras para a formação e o desenvolvimento da pessoa?

9. Você se recorda de suas primeiras “leituras”? Conte aos seus colegas oralmente uma experiência dessas
leituras, expondo “textos”, “frases” e “palavras” que você “leu” (INFANTE, 2000, p. 47-8).

30 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


SEÇÃO 2
O ato de ler
O ato de ler é geralmente interpretado como a decodificação daquilo
que está escrito. Dessa forma, saber ler consiste num conhecimento
baseado principalmente na habilidade de memorizar determinados
sinais gráficos (as letras). Uma vez adquirido tal conhecimento, a
leitura passa a ser um processo mecânico, prejudicado apenas por
limitações materiais (falta de luz ou mau estado do impresso, por
exemplo) ou por questões linguísticas (palavras de significado igno-
rado ou frases muito complexas) (INFANTE, 2000, p. 48).

Apesar de a definição acima estar, em parte, correta, sabemos que o ato


de ler é algo muito mais complexo do que a simples decodificação dos
sinais, como já estudado anteriormente. A leitura de um texto está inti-
mamente ligada à leitura de mundo que fazemos no momento da leitura,
não é possível ler um texto sem utilizar nossa percepção da realidade,
que está conectada à experiência particular vivida por cada um de nós
como indivíduo. Se a leitura de um texto fosse baseada somente na de-
codificação de sinais, não seria possível haver mais de uma interpretação
de um mesmo texto. “Ler é, portanto, um processo contínuo que se con-
funde com o próprio fato de estar no mundo – biológica e socialmente
falando” (INFANTE, 2000, p. 48).

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 31


Unidade de
estudo 3

Seções de estudo

Seção 1 – Regras para elaboração de


textos
Seção 2 – Textos dissertativos
Seção 3 – Textos escolares
Seção 4 – Textos comerciais e empre-
sariais
Redação

SEÇÃO 1
Regras para elaboração de textos
Para se redigir um texto, seja ele Um critério ao qual todo o tipo de texto deve estar adequado é a sequên-
de que natureza for, é necessário cia lógica da apresentação de informações. Para tanto, é importante que
obedecer a alguns pré-requisitos o mesmo tenha uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.
para que ele seja compreensível e Esses itens você compreenderá melhor na próxima seção.
atenda às necessidades da situação Independente do tipo de texto a ser redigido, é imprescindível que ele
proposta. tenha correção na escrita, boa organização e apresentação, pois esses
O primeiro critério a ser atendi- quesitos são básicos no auxílio da sua compreensão:
do é a clareza nas informações.
▪▪ clareza;
Muitas vezes o autor escreve de
maneira rebuscada, utilizando ▪▪ objetividade;
vocabulário pouco comum ou fa- ▪▪ conhecimento prévio;
zendo muitos rodeios, tornando o
▪▪ correção;
texto muito difícil de ser compre-
endido. Para que ele tenha clareza ▪▪ adequação à situação;
é preciso objetividade e utilização ▪▪ vocabulário;
de vocabulário adequado à situa-
▪▪ introdução, desenvolvimento e conclusão.
ção e ao contexto.
É preciso também que o autor
tenha conhecimento prévio do
assunto tratado. Se você não co-
nhecer muito sobre o tema do
texto a ser redigido, busque infor-
mações, leia, questione, converse
com as pessoas sobre o assunto,
então ficará um pouco mais fácil
de escrever.
Como você verá na sequência
desta unidade, um texto pode
atender aos mais variados propó-
sitos, portanto, é necessário que
você saiba qual é a finalidade do
seu, para que possa adequá-lo à
situação proposta. Dependendo
do tipo de texto, variam a forma,
o vocabulário e o tipo de infor-
mações.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 33


▪▪ apresentar pontos de vista e opiniões diversas que se contrapõem e
SEÇÃO 2 enfatizar seu ponto de vista ou posicionamento crítico;
Textos dissertativos ▪▪ verificar se o texto tem as partes principais – introdução, desenvolvi-
mento, conclusão;
▪▪ concluir, retomando o que foi falado no início;
No nosso cotidiano, somos sem-
pre chamados a dar opiniões, to- ▪▪ inserir um título sugestivo, se necessário.
mar decisões e expor pontos de
vista, para tal, utilizamos nosso Compreenda melhor cada parte do texto dissertativo estudando-as
poder de persuasão e argumenta- agora.
ção.

É a atitude linguística da dis-


Introdução
sertação que nos permite fazer “[...] a introdução encaminha o leitor, colocando a orientação adotada
uso da linguagem a fim de expor para o desenvolvimento do texto. Atua, assim, como uma espécie de
ideias, desenvolver raciocínios,
‘roteiro’” (INFANTE, 2000, p. 160).
encadear argumentos, atingir
conclusões. Os textos disserta- A introdução precisa ser clara e ao mesmo tempo breve, trazendo de
tivos são produtos dessa atitu- forma resumida as informações que serão desenvolvidas no texto. No
de e participam ativamente do texto dissertativo, ela deve servir como convite ao leitor, pois traz as
nosso cotidiano falado e escrito. informações iniciais e chama o leitor à reflexão. A introdução pode
(INFANTE, 2000, p. 159). apresentar uma tese, que será discutida e provada no decorrer do texto,
ou pode trazer também um questionamento, que fará com que o leitor
reflita sobre o assunto ou até reveja seus conceitos, buscando no texto
No texto dissertativo, é raro en- algumas respostas e/ou justificativas para seu ponto de vista.
contrar os elementos tempo e
espaço como na narração, nem
o detalhamento rico em adjetivos Desenvolvimento
valorizado na descrição.
Este é o momento da exposição de ideias, apresentação de fatos e argu-
O texto dissertativo tem como mentos. É importante que se apresente mais de um ponto de vista, afinal
base a argumentação, já que seu de contas, deve-se levar em consideração as diversas opiniões, porém
objetivo é, por meio da exposição sem perder a convicção na sua própria. É preciso desenvolver suas ideias
de fatos, ideias e conceitos, expri- e opiniões com organização e obedecendo a critérios que foram esta-
mir uma ou várias opiniões e/ou belecidos na introdução. Enquanto na introdução foram apresentados
chegar a conclusões. os tópicos de maneira sucinta, no desenvolvimento as ideias devem ser
Ao redigir um texto dissertativo, desenvolvidas de forma a dar ao leitor informações suficientes a ponto
é importante seguir estes passos: de auxiliarem na tomada de opinião.
▪▪ traçar um roteiro (planejamen- “A introdução já anuncia o desenvolvimento, que retoma, ampliando
to do que será escrito) com algu- e desdobrando, o que lá foi colocado de forma sucinta.” (INFANTE,
mas ideias a serem apresentadas 2000, p. 160).
em uma sequência organizada; O objetivo maior é convencer o leitor do seu ponto de vista, mas se não
▪▪ relacionar palavras e frases for possível, é importante que as informações estejam corretas e bem
importantes, que tenham víncu- organizadas para que façam o leitor refletir sobre o tema.
lo com o tema, as quais vão se
transformar em parágrafos no Conclusão
desenvolvimento do texto;
É o fechamento do texto, retoma as ideias principais e traz uma avalia-
▪▪ definir a tese e fundamentá-la
ção, de preferência pessoal, do assunto tratado. É possível, também, que
com argumentos que a sustenta-
se façam sugestões de melhorias e/ou planos de ação para a solução de
rão;
um problema discutido no texto.

34 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ generalização – é possível
SEÇÃO 3 Ler não é apenas passar os olhos
no texto. É preciso saber tirar substituir alguns elementos por
Textos escolares dele o que é mais importante, outros mais gerais que os in-
facilitando o trabalho da memó- cluem;
Com textos escolares podemos ria. Saber resumir as ideias ex-
pressas em um texto não é difícil. ▪▪ seleção – é possível eliminar
classificar resumos e relatórios. elementos que exprimem deta-
Resumir um texto é reproduzir
Compreenda o porquê. lhes óbvios e normais no con-
com poucas palavras aquilo que
o autor disse (BORGES, 2008). texto;
Resumo ▪▪ construção – é possível subs-
tituir um conjunto de orações
Em síntese, é preciso primeira-
por uma nova que inclua todas as
mente ler o texto selecionado com
demais informações”.
atenção a fim de compreender sua
mensagem. Em seguida, numa se-
gunda leitura, deve-se destacar as
ideias principais e as palavras-cha- Relatório
ve do texto. É importante, então,
transcrever o que foi selecionado
para que seja possível organizar o O relatório, como o próprio
resumo. Mas preste atenção, resu- nome já diz, tem por objetivo re-
mo não é cópia, é preciso reescre- latar uma sequência de fatos ou
ver o texto de forma sintetizada, acontecimentos relacionados a
a partir das ideias destacadas no um evento específico, por exem-
texto original. Cuidado para não plo: uma viagem de estudos, uma
acrescentar comentários, pois eles palestra, um evento, etc. “Relatório
exprimem opinião e esse não é o é o documento através do qual
objetivo do resumo. se expõem resultados de ativida-
Conforme Pereira e Pelachin De acordo com Amaral et al. des variadas” (MARTINS; ZIL-
(2004, p. 520) “o resumo é um (2003, p. 520) “[...] resumir é in- BERKNOP, 2003, p. 243).
texto feito a partir de outro. Sua terpretar e condensar, ou seja, re-
elaboração resulta, de um lado, da produzir o conteúdo do texto, de Nas áreas administrativas, ele se
seleção e organização das infor- modo sintético, em poucas pala- tornou uma ferramenta por meio
mações que se supõe são as mais vras. Um resumo deve ter, no má- da qual o administrador ou téc-
importantes de um texto e, de ximo, ¼ ou 1/5 do texto original, nico consegue acompanhar as
outro lado, do abandono de infor- sendo escrito de preferência com atividades desenvolvidas pelos di-
mações consideradas menos sig- a nossa própria linguagem.” versos setores, já que seria quase
nificativas.” Ou ainda, segundo o
Segundo Serafini (1997, p. 188), impossível estar presente durante
Dicionário Aurélio (FERREIRA,
“deve-se utilizar quatro regras todos os processos.
2004, p. 705), resumo significa
para se elaborar bons resumos:
“[...] 3. Apresentação, em poucas
palavras, do conteúdo de artigo, Um relatório precisa apresentar
livro, etc. [...]”. ▪▪ cancelamento – é possível os fatos obedecendo à sua ordem
Você pode perceber, então, que cancelar as palavras que se refe- cronológica, mas também deve
um resumo reproduz as informa- rem a detalhes desnecessários à ser claro, objetivo, informativo e
ções do texto lido, porém de for- compreensão do texto; apresentável.
ma sintetizada, extraindo somente
o essencial.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 35


Para Martins e Zilberknop (2003, Se o relatório for mais extenso, ele deve conter os seguintes elementos:
p. 243) “O relatório constitui um capa, folha de rosto, sumário, sinopse (ou resumo), introdução, contexto
reflexo de quem o redige, pois es- (ou desenvolvimento), conclusões e anexos. Para redigir esses elemen-
pelha sua capacidade”. Ainda se- tos, é necessário que se obedeça às normas vigentes estabelecidas pela
gundo esses autores, é necessário Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
que o redator se aprimore ao má-
ximo na sua execução e obedeça a
Seguindo as orientações que você recebeu, redija um relatório sobre uma
algumas normas para que ele seja
visita realizada a um museu de sua cidade ou região.
realmente um reflexo da sua com-
petência, com clareza, conteúdo e
facilidade na consulta.
SEÇÃO 4
Textos comerciais e empresariais
Elaboração do relatório

Textos como currículo, orçamentos, requerimentos, ordens de serviço,


Para que um relatório sirva aos memorandos, etc. podem ser classificados como textos comerciais ou
objetivos aos quais se propõe, ele empresariais. Conheça cada um deles a seguir.
deve responder às seguintes per-
guntas:
▪▪ O quê?
Currículo
▪▪ Por quê?
▪▪ Quem?
O currículo é o documento necessário quando da solicitação de uma
▪▪ Onde?
vaga de emprego ou então de uma bolsa de estudos numa universidade,
▪▪ Quando? por exemplo. Seu nome vem do latim curriculum vitae (percurso de vida),
▪▪ Como? o que geralmente serve de título do mesmo. O objetivo deste documento
▪▪ Quanto? é servir de apresentação, trazendo todas as informações relacionadas às
atividades profissionais e escolares de uma pessoa, também são inclusos
▪▪ E daí? dados que possam revelar habilidades do candidato. Os dados devem
ser descritos de forma cronológica, tanto os dados escolares quanto os
Antes de redigi-lo, é preciso que profissionais. A linguagem deve ser objetiva e clara evitando dúvidas ou
essas perguntas estejam respon- mal-entendidos. Deve-se dar prioridade aos fatos mais relevantes evitan-
didas, então você poderá iniciar a do assim currículos muito extensos.
organização de seu relatório.
Que tal aproveitar as informações sobre o currículo e elaborar o seu?
Dependendo da complexidade e Ele será de grande ajuda na hora de conseguir um emprego. Observe o
extensão da informação, o relató- modelo a seguir.
rio pode variar sua forma. Quan-
do o mesmo for curto, podem-se
enumerar os parágrafos, exceto o
primeiro.

36 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


MODELO DE CURRÍCULO

CURRICULUM VITAE

CAROLINA SOUZA Brasileira


Rua São Sebastião, 23, ap. 8 Solteira
000000-000 – Florianópolis (SC) Sem filhos
Tels.: (0XX48) 3589. 1234 e (0XX48) 9456.9876 29 anos
e-mail: carolinasouza@gmail.com.br

Objetivo
Coordenação industrial na área de desenho técnico

Resumo das qualificações


▪▪ Domínio de todas as etapas da produção gráfica
▪▪ Conhecimento em artes gráficas e editoração eletrônica

Histórico profissional
Vidraçaria Souza Carvalho
Cargo: coordenadora industrial
Período: de 1996 a 2008

São Gonçalo Indústria e Comércio S/A


Cargo: desenhista de novos produtos
Período: de 1994 a 1996

Formação acadêmica
▪▪ Pós-graduação lato sensu em Marketing – Universidade Estadual Piraporense (concluída em
1999)
▪▪ Graduação em Desenho Industrial com habilitação em Comunicação Visual – Faculdade de
Artes Plásticas da Cidade (concluída em 1994)

Cursos complementares
Design Contemporâneo – Escola de Design Paulistana (março a agosto de 2003)
Artes Gráficas I e II – Futura Comunicação (janeiro a dezembro de 2001)

Idiomas
Italiano (intermediário) e inglês (básico)
Viagem de estudos à Itália (junho a dezembro de 1996)

Conhecimentos de informática
PhotoShop, QuarkExpress e Microsoft Office

Florianópolis, 20 de setembro de 2009.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 37


Ordem de serviço Requerimento

A ordem de serviço (OS) é um O requerimento tem como função solicitar algo de direito a uma auto-
documento utilizado por depar- ridade, também é chamado de petição. Deve ser feito em papel ofício e
tamentos de empresas privadas e pode ser escrito a mão, máquina de escrever ou digitado. Este documen-
órgãos públicos e serve para esta- to é composto de:
belecer ações que devem ser exe-
cutadas por órgãos subordinados
ou servidores do mesmo. É uma ▪▪ invocação ou vocativo – o cargo da pessoa a quem se destina o
correspondência oficial interna requerimento;
com numeração própria. Cada ▪▪ dados pessoais do requerente – nome, estado civil, nacionalidade,
empresa geralmente tem um mo- endereço, número do RG e CPF;
delo próprio de ordem de serviço, ▪▪ motivo do pedido – pode ser fundamentado com a citação de
seguindo os padrões internos pre- documentos anexos;
estabelecidos.
▪▪ fecho;
▪▪ data e assinatura.
Basicamente, sua estrutura é com-
posta por: identificação da empre-
sa ou repartição, número da OS, Veja exemplo a seguir:
identificação do determinante,
determinações, local, data e assi-
natura do determinante. MODELO DE REQUERIMENTO

Ilmo Sr. Superintendente de Educação Básica

Orçamento Maria João Cunha, secretária do Departamento de Pes-


soal da Universidade Católica, casada, brasileira, residente na Rua
Marechal Deodoro da Fonseca, 23, ap. 15, edifício Isabela, nes-
Orçamento é o plano financeiro ta cidade, portadora do RG 80.462.104, CPF 71.335.000-15, vem
estratégico de uma administração requerer de V.Sª. uma bolsa de estudos para o Curso de Enfer-
para determinado exercício (ano, magem, tendo em vista sua aprovação no último vestibular desta
entidade.
mês, etc.). É utilizado tanto pelo
setor governamental quanto pelo
Nestes termos
privado.
Um orçamento em contabilidade Pede deferimento
e finanças é o relatório das recei-
tas e despesas de um indivíduo, Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2009.
organização ou governo relativas a Maria João Cunha
um período de execução (ou exer-
cício) determinado, geralmente
anual, mas que também pode ser
mensal, trimestral, etc. A adminis-
tração de qualquer entidade pú-
blica ou privada, com ou sem fins
lucrativos, deve estabelecer objeti-
vos e metas para um período de-
terminado, materializados em um
plano financeiro, isto é, contendo
valores em moeda para o devido
acompanhamento e avaliação da
gestão.

38 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Memorando No caso de correspondência in-
terna, não é necessário utilizar
local, vocativo, fecho e aviso de
Também chamado de memo, este cópias, anexos e iniciais.
documento pode ser utilizado pe-
los órgãos públicos ou empresas Agora que tal praticar? Imagi-
privadas, de maneira interna ou ne que você é um chefe de de-
externa. Ele aborda assuntos ro- partamento na empresa em que
tineiros. trabalha e precisa comunicar os
funcionários da necessidade da
O memorando pode conter: realização de horas extras na pró-
xima semana para atendimento
do prazo de entrega de mercado-
▪▪ número (opcional, mas reco- rias. Junte-se a um colega para a
mendável); redação de seu memorando. Para
▪▪ local; ajudá-lo, segue um modelo.
▪▪ data (pode ser abreviada);
▪▪ destinatário;
▪▪ remetente;
▪▪ assunto;
▪▪ vocativo;
▪▪ texto (claro e objetivo);
▪▪ fecho; Memo nº. 5/03
▪▪ assinatura;
Em 2 de março de 2009.
▪▪aviso de cópias, anexos, iniciais
do redator e digitador. Para: Gerente comercial

De: Gerente financeiro

Assunto: Indaiá Veículos – limite de crédito

Informo que a empresa Indaiá Veículos Ltda. teve seu


crédito reduzido para R$ 185.000,00 devido à situação finan-
ceira precária por que passa esse concessionário, revelada em
seu último balancete.

Abraços

Saulo Ferreira
SS-PL
C/c: Gerente de vendas
Anexo: Balancete

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 39


Ofício
MODELO DE OFÍCIO

O ofício é um documento utili-


Secretaria de Educação

GUARUJÁ
zado exclusivamente por órgãos
São Paulo - Brasil

públicos e pode tratar dos mais


Ofício nº. 15/08
diversos assuntos. Deve ser es-
crito em linguagem simples e Guarujá, 18 de maio de 2008.
formal, geralmente em duas vias,
em papel ofício e sem rasuras. Os Excelentíssimo Senhor Governador:
parágrafos podem ser enumera-
dos, exceto o primeiro e o último. A Secretaria de Educação desta cidade vem realizando
Apresenta também um timbre do vários cursos de formação continuada destinados a professores.
órgão que o expede, o que serve Como desejamos dar continuidade a esse trabalho, solicitamos a
de identificação. V. Ex.ª uma verba especial, durante este ano, pois não dispomos
de recursos suficientes.
Conheça um modelo a seguir. Contamos com a compreensão de V. Ex.ª e, desde já, de-
monstramos nossa consideração e apreço pelo empenho e inte-
resse nesta solicitação.

Atenciosamente

Gilberto Bitencurt Vianna

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ

A V. Ex.ª
Sr. Governador João Leite
Gabinete do Governador
São Paulo – SP

Declaração

MODELO DE DECLARAÇÃO 1
“Declaração é um documento que
se assemelha ao atestado, mas que Declaramos para os devidos fins que o Sr. Pedro da Costa é fun-
não deve ser expedido por ór- cionário desta empresa desde 29 de março de 2008, atuando
gãos públicos” (MARTINS; ZIL- como auxiliar administrativo no setor de Contabilidade.
BERKNOP, 2003, p. 196).
Jaraguá do Sul, 16 de novembro de 2009

A declaração é um documento
que pode atender aos mais varia- João da Costa
dos fins, desde confirmar a pre- Gestão de Pessoas
sença de alguém em algum evento
até confirmar o endereço de resi-
dência.

Veja os modelos a seguir

40 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


MODELO DE DECLARAÇÃO 2

Declaramos que a Sra. Maria da Luz participou de evento reali-


zado no Hotel Flores no dia 25 de outubro de 2009. Evento este
que foi composto de palestra e workshop sobre motivação com
duração de 2 horas (das 19h00 às 21h00).

Jaraguá do Sul, 06 de novembro de 2009.

Jorge da Silva
Organizador do evento

Carta de apresentação Segundo Micheletti (2003), as dicas a seguir são de extrema importância.

Cartas de apresentação são car- 1. A carta de apresentação serve, principalmente, para currículos en-
tas personalizadas que acompa- viados pelo correio, quando há necessidade de informar a pretensão
nham o envio de um currículo e salarial. Serve também para apresentar o profissional – no caso de
apresentam uma candidatura, uma indicação, por exemplo.
com o objetivo de conseguir
um emprego na empresa con- 2. Coloque sempre o nome e o cargo da pessoa – ou o departamento
tatada. Funcionam como uma – para quem você vai enviar a carta.
introdução à ação que está para
vir e por isso devem evidenciar 3. Ao contrário do currículo, que não deve ser assinado, na carta deve
alguns aspectos mais relevan- ter sua assinatura no final.
tes da sua experiência e da sua
forma de ser. As cartas de apre- 4. A primeira impressão sempre é a que fica. Portanto, tenha atenção
sentação servem também para redobrada para o vocabulário e o tom que você vai adotar no texto.
demonstrar como organiza os
seus pensamentos e se o sabe 5. Não se esqueça de colocar o nome da empresa (tenha certeza de
fazer de forma clara e apropria- que ele está correto). Isso mostra que você sabe com quem está fa-
da; noutras palavras, reflete a lando.
sua capacidade de comunicação
e, por sua vez, alguns traços de 6. Redija a carta colocando características profissionais e pessoais
sua personalidade (CURRICU- que façam com que o leitor o considere para a posição pretendida.
LAR, 2009).
7. Não mencione aspectos negativos ou que não tenham relação com
o cargo.
Uma carta de apresentação bem
elaborada e clara pode ser o dife- 8. Antes de enviar a carta, leia-a diversas vezes para evitar erros gra-
maticais e certifique-se de que as informações foram colocadas em
rencial de um candidato na hora
uma ordem lógica.
de concorrer a uma vaga de em-
prego. Ela deve acompanhar o seu 9. A carta não pode passar de uma página e deve ser redigida em A4
currículo e é o seu primeiro con- ou papel-carta de boa qualidade.
tato com o recrutador da empresa
em questão. Como todo tipo de 10. O papel deve ser branco ou de cor suave. Não use papéis muito
texto já estudado neste material, chamativos, pois eles destroem a sobriedade da carta.
ela precisa seguir algumas regras
quando da sua redação.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 41


Observando as dicas da autora e o modelo a seguir, que tal você tentar
redigir sua carta de apresentação se candidatando a uma vaga de empre-
go em uma empresa de seu interesse?

MODELO 1

Prezado(a) Senhor(a),

De acordo com a indicação do Sr. João da Silva, envio meu currículo para
apreciação.

Há cinco anos atuo na área de divulgação e markerting da empresa


Ramos&Associados, desenvolvendo trabalhos de consultoria na área
educacional e também na organização de eventos em diversos segmen-
tos empresariais.

Neste momento, busco uma efetivação no mercado, visando o desen-


volvimento de um trabalho objetivo e gerador de resultados, de forma
a possibilitar crescimento qualitativo e quantitativo para os envolvidos.

Agradeço a atenção e coloco-me ao inteiro dispor para contato pessoal.

Rosana Lemos

MODELO 2

Prezados Senhores,

Em busca de nova proposta de trabalho na área Administrativo-


Financeira, apresento-lhes meu currículo anexo.

Entre minhas características básicas encontram-se: adaptabilida-


de, bom humor, dinamismo, responsabilidades, perfeccionismo,
autoexigência, dedicação ao trabalho e bom relacionamento em
geral.

Informo ainda que estou disponível para viagens, de acordo com a


necessidade da organização.

No aguardo de contato de sua parte, coloco-me à disposição para


prestar-lhes mais esclarecimentos.

Atenciosamente,
Maria Tavares

42 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Bilhete

O bilhete é um texto de caráter informal, as informações básicas de um


bilhete são: o nome do destinatário, uma mensagem breve e simples, o
nome do remetente com a data. Sua finalidade geralmente é bem prática
e simples, você pode querer avisar alguém que vai chegar mais tarde ou
que precisa de um favor. Veja o modelo:

Pedro,

Hoje vou trabalhar até mais tarde, então não chegarei para o
jantar. Você pode avisar a mamãe, por favor?

Valeu!

João

05/11/2009

Além desses exemplos, há outros tipos de textos comerciais e empre-


sariais que poderão auxiliá-lo no seu cotidiano. Na próxima unidade,
conheça mais sobre a gramática e suas aplicações.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 43


Unidade de
estudo 4

Seções de estudo

Seção 1 – Acordo Ortográfico


Seção 2 – Pontuação
Seção 3 – Verbos
Seção 4 – Regência verbal e
nominal
Seção 5 – Palavras usuais
Gramática Aplicada

SEÇÃO 1
Acordo Ortográfico
Em janeiro de 2009, entrou em vigor uma série de alterações na Língua 1ª regra: o alfabeto da Língua Portu-
Portuguesa e que precisam ser incorporadas na nossa comunicação escrita. guesa agora conta com 26 letras. O
Apesar de resistirmos a essa ideia, teremos até 2011 para assimilar as novas “K”, o “W” e o “Y” foram incorpo-
regras e aplicá-las corretamente na nossa comunicação diária. Pode parecer rados ao nosso alfabeto.
muito tempo, mas não é quando se trata de mudanças de conceitos já arrai- Essas letras serão usadas em siglas,
gados em nossa memória. símbolos, nomes próprios, palavras
A seguir, conheça alguns dos países signatários do acordo. Estes países são estrangeiras e seus derivados.
membros da comunidade dos países de língua portuguesa. Acompanhe: Exemplo: km, watt, Byron, byronia-
no.

2ª regra: o trema foi eliminado de to-


das as palavras da Língua Portugue-
São Tomé e Príncipe Guiné Bissau
sa. Somente as palavras estrangeiras
e suas derivadas devem ser tremadas.
Ele será mantido também em casos
de nome próprios e seus derivados.
Angola Brasil
Ex.: Müller, mülleriano
Como era: agüentar, conseqüência,
cinqüenta, qüinqüênio, freqüência.
Cabo Verde Moçambique Como será: aguentar, consequência,
cinquenta, quinquênio, frequência.

3ª regra: Não existe mais o acento


Portugal Timor Leste
diferencial.
Como era: pára (verbo), péla (verbo),
Lembre-se de que o objetivo do acordo é defender a unidade essencial pêlo (substantivo), pêra (substanti-
da língua portuguesa e o seu prestígio internacional. vo), pólo (substantivo).
Acompanhe e procure assimilar as novas regras do Acordo Ortográfico Como será: para (verbo), pela (ver-
que estão descritas a seguir. bo), pelo (substantivo), pera (subs-
tantivo), polo (substantivo).

Obs.: o acento diferencial ainda per-


manece no verbo “poder” (3ª pessoa
do Pretérito Perfeito do Indicativo –
“pôde”) e no verbo “pôr” para dife-
renciar da preposição “por”.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 45


4ª regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em “ôo(s)” e 10ª regra: usa-se o hífen entre o
“êem”. prefixo e a palavra quando:
Como era: enjôo, vôo, abençôo, crêem, dêem.
Como será: enjoo, voo, abençoo, creem, deem. ▪▪ o prefixo terminar em vogal
Somente algumas palavras paroxítonas sofreram alteração quanto à sua e a palavra iniciar com a mesma
acentuação. vogal.
▪▪ o prefixo terminar em con-
5ª regra: não se usa mais o acento agudo no “u” tônico precedido de soante e a palavra iniciar com a
“g” e “q” na conjugação dos verbos arguir, apaziguar, averiguar, obliquar e mesma consoante.
dedarguir.
Como era: argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, obliqúe. 11ª regra: usa-se o hífen após o
prefixo “sub”, mesmo que a outra
Como será: argui, apazigue, averigue, enxague, oblique.
palavra inicie com “r”.

6ª regra: Não se acentuam mais “i” e “u” tônicos em paroxítonas quan-


Nota
do precedidos de ditongo.
Como era: baiúca, boiúna, feiúra, fiúme. ▪▪ Palavra iniciadas com “h” per-
Como será: baiuca, boiuna, feiura, feiume. dem essa letra ao se juntar com o
prefixo “sub”.

7ª regra: não se usa mais o acento nos ditongos “ei” e “oi” das palavras
12ª regra: usa-se o hífen entre os
paroxítonas.
prefixos “circum” e “pan” e as pa-
Como era: assembléia, platéia, idéia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, pa- lavras que iniciarem com “m” ou
ranóico. “n”.
Como será: assembleia, plateia, ideia, paranoia, jiboia, apoio, heroico,
paranoico.
13ª regra: usa-se o hífen após o
Obs.: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas, o acen- prefixo “vice”, “ex”, “sem”, “além”,
to continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis. “aquém”, “recém”, “pós”, “pró” e
Obs.2: o acento no ditongo aberto EU continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. “pré”.

Nota 14ª regra: o prefixo “co” aglutina-


-se com a palavra mesmo quando
▪▪ Permanece o acento nos ditongos abertos de palavras oxítonas e nos essa iniciar com “o”.
monossílabas.

8ª regra: sempre se usa o hífen diante de “h”. 15ª regra: nas palavras que per-
deram a noção de composição, o
Ex.: anti-herói, super-homem.
hífen foi eliminado.
Translineação
9ª regra: não se usa mais o hífen entre o prefixo e a palavra quando:
Deve-se repetir o hífen na linha
seguinte quando a repartição da
▪▪ o prefixo terminar com vogal e a palavra iniciar com “r” ou “s”, silaba coincidir com o hífen da
neste caso a consoante deverá ser dobrada; palavra.
▪▪ a palavra iniciar com uma letra diferente do “r” ou do “s”;
Agora que você já conhece as
▪▪ o prefixo terminar com uma vogal e a palavra iniciar com uma vogal
novas regras ortográficas, estu-
diferente;
de pontuação. Assim você estará
▪▪ o prefixo terminar com uma consoante e a palavra iniciar com uma bem preparado para redigir tex-
consoante diferente; tos.
▪▪ o prefixo terminar em consoante e a palavra iniciar com uma vogal.

46 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


SEÇÃO 2
Pontuação
Um texto, para ter qualidade, precisa de uma pontuação adequada, pois
indica ao leitor onde este deverá efetuar as pausas, que entonação deve
dar e qual será o ritmo da fala. Segundo Martins e Zilberknop (2003,
p. 340) “a pontuação é o conjunto de sinais que representam na língua
escrita as pausas e a entonação da língua falada”.

Os sinais de pontuação empregados na nossa língua são:

Pontuação Símbolo Função


Indica uma breve pausa na leitura, porém nem sempre uma pausa
Vírgula (,)
respiratória na leitura corresponde uma vírgula.

Ponto e vírgula (;) Indica uma pausa um pouco maior do que a vírgula.

Ponto final (.) Indica a pausa máxima.

Ponto de interrogação (?) Ocorre nas frases interrogativas diretas.

Ponto de exclamação (!) Ocorre em uma frase exclamativa indicando emoções ou ordens.

Dois-pontos (:) São empregados em frases ainda não terminadas.

Reticências ( ... ) Indica uma suspensão na frase.

Aspas (“ ”) Indica destaque ou citação textual.

Indica diálogos entre interlocutores ou para separar expressões ou


Travessão (_)
frases.

Parênteses ( () ) Usa-se para intercalar uma explicação.


Quadro 1 - sinais de pontuação

Veja a seguir, em detalhes, cada um dos sinais. Sujeito: “é o ser do qual


se diz alguma coisa” (CE-
GALLA, 2000, p. 297).
Emprego da vírgula
Aposto: “é uma palavra ou
Em regra geral, não se usa vírgula para separar o sujeito do predicado expressão que explica ou
nem o verbo de seus complementos. esclarece, desenvolve ou resu-
me outro termo da oração” (CE-
GALLA, 2000, p. 335).
Emprega-se, pois, a vírgula:

Verbo: “é uma palavra que


exprime ação, estado, fato
ou fenômeno” (CEGALLA, 2000,
p. 182).

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 47


Vocativo: “é o termo usado
para chamar, ou interpelar
a pessoa, o animal ou a coisa ▪▪ para separar os termos da mesma função sintática;
personificada a que nos dirigi- ▪▪ para isolar o aposto;
mos” (CEGALLA, 2000, p. 336). ▪▪ para isolar o vocativo;
▪▪ para isolar o adjunto adverbial deslocado;
▪▪ para separar a localidade da data e, nos endereços;
Adjunto adverbial: “é o
termo que exprime uma
▪▪ para marcar a supressão do verbo;
circunstância (tempo, lugar, ▪▪ para isolar o predicado deslocado;
modo) que modifica o sentido ▪▪ para separar as conjunções coordenativas adversativas e con-
de um verbo, adjetivo ou advér- clusivas deslocadas;
bio” (CEGALLA, 2000, p. 334).
▪▪ para isolar elementos repetidos;
▪▪ para separar orações coordenadas (assindéticas, adversativas
e explicativas);
Predicado: “é aquilo que ▪▪ para separar o complemento do verbo (quando vier antes
se declara do sujeito” (CE- deste ou existir um complemento);
GALLA, 2000, p. 297).
▪▪ antes de etc.;
▪▪ para separar orações adjetivas explicativas;
Orações coordenadas: “é a ▪▪ para separar as orações adverbiais deslocadas, com exceção
que está ligada a outra da da comparativa e conformativa (quando o verbo estiver explíci-
mesma natureza sintática [...] e to).
se dividem em assindéticas (não
ligadas) e sindéticas (ligadas). As
orações coordenadas sindéticas
se dividem em aditivas, adver-
sativas, alternativas, conclusivas
e explicativas. [...] As orações
coordenadas assindéticas são
separadas por pausas, que na Emprego do ponto e vírgula
escrita se marcam por vírgula,
ponto e vírgula ou dois-pontos”
(CEGALLA, 2000, p. 342-344). Emprega-se o ponto e vírgula:

▪▪ para separar um período de certa extensão;


Orações subordinadas ad-
jetivas explicativas: “expli-
▪▪ para separar as partes de um período que já tenha vírgulas
em seu interior;
cam ou esclarecem, à maneira
de aposto, o termo anteceden- ▪▪ para separar orações coordenadas assindéticas de sentido
te, atribuindo-lhe uma qualida- contrário;
de que lhe é inerente ou acres- ▪▪ para separar orações coordenadas adversativas e conclusivas
centando-lhe uma informação” com conectivos deslocados;
(CEGALLA, 2000, p. 358).
▪▪ parar separar diversos itens de uma lei;
▪▪ para separar itens em uma enumeração.

Emprego do ponto final

Ocorre no final de uma oração ou de um período composto.

48 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Emprego do ponto de Orações adverbiais: “têm
▪▪ em citações não comple- a função dos adjuntos ad-
interrogação tas; verbiais, isto é, exprimem cir-
cunstâncias de tempo, modo,
▪▪ para indicar ao leitor que
fim, causa, condição, hipótese,
O ponto de interrogação ocorre o término da frase deve ser
etc. Essas orações se classifi-
nas frases interrogativas diretas. imaginado por ele;
cam em causais, comparativas,
▪▪ para indicar ironia. concessivas, condicionais, con-
formativas, consecutivas, finais,
proporcionais, temporais e mo-
Emprego do ponto de dais” (CEGALLA, 2000, p. 364-
exclamação 369).
Emprego das aspas
Conectivos: “ligam as pa-
Emprega-se, pois, o ponto de ex- lavras ou orações” (CE-
Empregam-se, pois, as aspas:
clamação: GALLA, 2000, p. 280).

Oração: “é a frase construí-


▪▪ nas frases exclamativas; ▪▪ no início e término de da com um verbo ou uma
uma citação; locução verbal” (SARMENTO;
▪▪ após interjeições.
▪▪ para destacar uma palavra TUFANO, 2004, p. 266).
ou expressão vulgar;
▪▪ para destacar expressões Período composto: é cons-
Emprego dos estrangeiras; tituído de duas ou mais
dois-pontos ▪▪ para destacar a ironia; orações que podem ser por
▪▪ para assinalar uma palavra coordenação ou subordinação.
que precisa ser destacada. O período composto pode ser
Empregam-se os dois-pontos: dividido em:
período composto por coorde-
nação – “é constituído de ora-
ções independentes” (CEGALLA,
▪▪ antes de uma fala; 2000, p. 339);
▪▪ antes de uma enumera- período composto por subor-
ção; Emprego do travessão dinação – “consta de uma ou
▪▪ antes de uma explicação; mais de uma oração principal e
de uma ou mais orações depen-
▪▪ antes de uma comple- Emprega-se o travessão: dentes ou subordinadas” (CE-
mentação;
GALLA, 2000, p. 339).
▪▪ antes de uma conclusão.
▪▪ nos diálogos;
▪▪ para isolar termos ou Interjeições: “é uma pala-
orações intercaladas. vra ou locução que expri-
Emprego das reticên- me um estado emotivo” (CE-
GALLA, 2000, p. 277).
cias

Empregam-se as reticências:
Emprego dos parênte-
ses

Empregam-se os parênteses:

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 49


Tempos verbais: “situam o
fato ou a ação verbal den- ▪▪ para intercalar uma explicação acessória;
tro de determinado momento ▪▪ para intercalar uma manifestação emocional;
(presente, pretérito e futuro)” ▪▪ nas referências bibliográficas.
(CEGALLA, 2000, p. 182).

E então, aprendeu a pontuar? Agora conheça melhor os verbos!

SEÇÃO 3
Verbos
Não existe uma oração sem verbo. O verbo é uma palavra que exprime
ação, estado, fato ou fenômeno.

Os verbos se agrupam em três conjugações, conforme a sua terminação


no infinitivo e cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:

▪▪ 1ª conjugação: terminam em ar.


▪▪ 2ª conjugação: terminam em er.
▪▪ 3ª conjugação: terminam em ir.

Os verbos são flexionados de acordo com:

▪▪ a pessoa do discurso e o número;


▪▪ o tempo;
▪▪ o modo;
▪▪ a voz.

Pessoa do discurso e número

Os verbos variam para indicar o número (singular e plural) e a pessoa do


discurso (eu, tu, ele, nós, vós e eles).

Pessoa Singular Plural


1ª pessoa Eu Nós
2ª pessoa Tu Vós
3ª pessoa Ele Eles
Quadro 2 - pessoa do discurso e número

50 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Tempo Modos verbais: indicam
as diferentes maneiras de
um fato se realizar (indicativo,
Os tempos verbais situam o fato ou a ação no tempo. imperativo e subjuntivo) (CE-
GALLA, 2000, p. 183).
Existem três tempos verbais básicos ou principais:
Particípio: forma nominal
▪▪ presente (agora); do verbo que enuncia um
fato de maneira vaga, imprecisa,
▪▪ pretérito (passado); e impessoal.
▪▪ futuro.
Modos

Os modos indicam as diferentes formas de um fato realizar-se.

Estão divididos em:

▪▪ indicativo – indica um fato certo, positivo ou real;


▪▪ imperativo – indica ordem, proibição, conselho, súplica ou pedido;
▪▪ subjuntivo – indica um desejo, um fato hipotético, possível ou duvi-
doso.

Além desses modos verbais, ainda existem as formais nominais dos


verbos que enunciam o fato de maneira vaga, imprecisa e impessoal:

▪▪ infinitivo (pessoal e impessoal);


▪▪ gerúndio; e
▪▪ particípio.

Voz

Voz é a forma como o verbo se apresenta indicando a


relação que há entre o sujeito e ele. E se classifica em:

▪▪ voz ativa;
▪▪ voz passiva;
▪▪ voz reflexiva.

No Anexo 3, você encontrará uma tabela completa


com verbos da primeira, segunda e terceira conjuga-
ção. Guarde bem esse material, ele poderá facilitar a
resolução de alguns exercícios sugeridos nesta unidade.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 51


▪▪ devoto – a, de;
SEÇÃO 4
▪▪ solidário – com;
Regência verbal e
▪▪ acostumado – a, com;
nominal
▪▪ apto – a, para;
▪▪ dúvida – em, sobre.
Regência é o modo pelo qual uma
palavra rege outra que a comple-
menta e pode ser verbal ou no- Regência verbal
minal, “os termos de uma frase
se complementam numa relação
de dependência direta ou indireta. Alguns verbos exprimem uma ideia completa e, por isso, não exigem
Alguns pedem um complemento complemento (verbos intransitivos). Outros, porém, exigem um com-
- são os termos regentes; outros plemento para transmitir uma ideia completa (verbos transitivos). “Re-
complementam o sentido do ter- gência verbal é a relação de dependência que se estabelece entre o verbo
mo regente - são os termos regi- e o termo por ele regido” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 331). Al-
dos” (SARMENTO; TUFANO, guns verbos também podem ter seu sentido modificado em função da
2004, p. 329). regência.

Exemplos de regência verbal


Regência nominal
Aspirar
Alguns substantivos, adjetivos ou Ex.: A máquina aspirou a fuligem da chaminé. (transitivo direto: sorver,
advérbios precisam de comple- inalar, absorver).
mento para transmitir uma ideia
completa. A esse complemento Ex.: Ele aspirava ao cargo de diretor presidente da empresa. (transitivo
damos o nome de complemento indireto: desejar, almejar, ambicionar).
nominal. “Regência nominal é a
ralação de dependência que se es-
tabelece entre o nome e o termo
por ele regido” (SARMENTO; SEÇÃO 5
TUFANO, 2004, p. 329). Alguns
substantivos e adjetivos aceitam Tópicos gramaticais
mais de uma regência.

Existem algumas dúvidas no uso da Língua Portuguesa que são bem co-
Quando escrevemos: “João tem
muns e que afligem muitos estudantes. Na maioria das vezes, a solução é
medo”, logo nos perguntamos
simples. Obviamente que existem muitas outras dúvidas, principalmente
de que ele tem medo, certo? Isso
em relação aos homônimos ou parônimos, que podem ser resolvidas fa-
indica que essa frase precisa de
cilmente com o auxílio de um dicionário. Segue, uma lista de expressões
complemento. Então, a frase cor-
habituais com sua explicação e aplicação correta.
reta deve ser: “João tem medo de
cobra.”

Exemplos de regência nominal: Usos do Porque/Por que/Porquê/Por quê

▪▪ acessível – a, ao;
▪▪ afável – com, para com; Por que
▪▪ antipatia – a, contra, por; O por que tem dois empregos diferenciados:

52 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Quando for a junção da preposi- Porquê
ção por + pronome interrogativo
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompa-
ou indefinido que, possuirá o sig-
nhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
nificado de “por qual razão” ou
“por qual motivo”:
Exemplos: O porquê de não ir à festa é porque estou cansada. (motivo)
Exemplos: Por que você não
vai ao cinema? (por qual razão) Diga-me um porquê para fazer o que me pediu. (uma razão)
Não sei por que não quero ir. (por
qual motivo)

Usos do mim ou eu
Quando for a junção da pre-
posição por + pronome relati-
vo que, possuirá o significado de Este livro é para eu ler?
“pelo qual” e poderá ter as fle-
Este livro é para mim?
xões: pela qual, pelos quais, pelas
quais. As duas frases estão corretas.
Veja quando usar:
Exemplo: Sei bem por que moti-
vo resolvi mudar de planos. (pelo
qual) Para eu:

Por quê “Eu” é um pronome pessoal reto, devendo ser utilizado quando assume
Quando vier antes de um ponto, a função de sujeito. Assim, “para eu” deve ser utilizado sempre que se
seja final, interrogativo, exclama- referir ao sujeito da frase e for seguido de um verbo no infinitivo que
ção, o por quê deverá vir acentua- indique uma ação.
do e continuará com o significado
de “por qual motivo”, “por qual Exemplos:
razão”.
Era para eu fazer o convite.
Pediram para eu trazer o relatório.
Exemplos: Vocês não estudaram
Vai embora agora para eu trabalhar com mais rapidez.
para a prova? Por quê? Viajar de
carro, por quê? Vamos de avião.
Para mim:
“Mim” é um pronome pessoal oblíquo tônico, sendo utilizado quando
Porque assume a função de objeto indireto, devendo estar sempre precedido por
uma preposição. Assim, para mim deve ser utilizado sempre que se referir
É conjunção causal ou explicativa, ao objeto indireto da frase.
com valor aproximado de “pois”,
“uma vez que”, “para que”.
Exemplos:
Exemplos: Não fui à sua
casa porque tive que estu- Este presente é para mim.
dar para o concurso. (pois) Eles contaram toda a verdade para mim.
Não faça fofocas porque poderá Será que ele vai fazer isso para mim?
lhe trazer sérias consequências.
(uma vez que)

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 53


Que e quê A par e ao par

Que: A par:
O “que” pode assumir distintas “A par” indica o sentido voltado para “ciente, estar informado acerca
funções sintáticas e morfológicas, de algo”.
entre elas a de pronome, conjun- Por exemplo:
ção e partícula expletiva de realce,
Ele não estava a par de todos os acontecimentos.
por exemplo, “convém que você
chegue logo”. Nesse caso, o vocá-
bulo em questão atua como uma
conjunção integrante. Ao par:
“Ao par” representa uma expressão que indica igualdade, equivalência
entre valores financeiros.
Quê:
Já o “quê”, monossílabo tônico, Por exemplo:
atua como interjeição e como Algumas moedas estrangeiras estão ao par.
substantivo, em se tratando de
funções morfossintáticas.

Exemplo: Demais e de mais


Ela tem um quê de mistério.
Demais:
“Demais” pode atuar como advérbio de intensidade, denotando o sen-
tido de “muito”.
Ao encontro de / de
encontro a
Por exemplo:
A vítima gritava demais após o acidente.
Ao encontro de:
“Ao encontro de” significa ser fa- Tal palavra pode também representar um pronome indefinido, equiva-
vorável, aproximar-se de algo: lendo-se “aos outros, aos restantes”.
Suas ideias vão ao encontro
das minhas. (São favoráveis) Por exemplo:
Não se importe com o que falam os demais.

De encontro a:
“De encontro a” denota oposição De mais:
a algo, choque, colisão, por exem- “De mais” se opõe a de menos, fazendo referência a um substantivo ou
plo: a um pronome:
O carro foi de encontro ao poste. Ele não falou nada de mais.

54 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Nenhum e nem um Por exemplo:
Como foi seu fim de semana? 

Nenhum:
Representa o oposto de algum. Com certeza ou concerteza

Por exemplo: Por se tratar de uma locução adverbial, a forma correta de escrita é “com
Nenhum aluno fez a pesquisa. certeza”, formando duas palavras. É formada pela preposição “com” e
pelo substantivo “certeza” e é sinônima de certamente, sem dúvida.

Nem um Por exemplo:


Equivale a nem sequer um. Esta é, com certeza, a melhor refeição que eu já comi!
Para a sessão de cinema no domingo à tarde, pode contar comigo com
Por exemplo: certeza.
Nem uma garota ganhará o prê-
mio, quem dirá todas as compe- Com certeza, poderemos acreditar que você se sairá bem na prova.
tidoras.  
Seja ou seje?
Dia a dia e dia-a-dia 
(antes da nova reforma ortográfi- Seja é a forma correta de escrita da palavra. A palavra seje está incorreta.
ca grafado com hífen) Seja é a forma conjugada do verbo ser no presente do subjuntivo, na 1ª
ou na 3ª pessoa do singular, ou no imperativo, na 3ª pessoa do singular.
Ser é sinônimo de ficar, existir, equivaler, pertencer, acontecer, entre ou-
Após a reforma ortográfica, pa-
tros.
lavras com elementos de ligação
não recebem mais o hífen na es-
crita, portanto, a forma correta é Este é um erro de oralidade comum entre os falantes da língua portugue-
dia a dia. sa. É incorreto dizer “seje feliz”. O correto é dizer “seja feliz”. O mes-
mo erro ocorre com o verbo estar. É comum ouvir “esteje descansado”
quando o correto é “esteja descansado”.
Por exemplo:
O dia a dia dos trabalhadores tem
sido bastante conturbado. A seguir, você verá a conjugação do verbo ser, no presente do subjuntivo
e no imperativo.

Você se lembra quais são os tempos, modos dos verbos? Faça uma busca
Fim-de-semana e fim na internet e relembre! Falar e escrever corretamente é imprescindível para
de semana que a comunicação ocorra sem falhas.
Verbo ser - Presente do subjuntivo
(Que eu) seja
Após o acordo ortográfico esta (Que tu) sejas
palavra passou a ser grafada sem (Que ele) seja
hífen.

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 55


(Que nós) sejamos Menas ou menos:
(Que vós) sejais
(Que eles) sejam
A palavra menas está errada, não existe. A forma correta de escrita da
Verbo ser - Imperativo palavra é menos. É uma palavra uniforme e invariável, ou seja, não há
(Eu) --- flexão da mesma em gênero (masculino e feminino) e em número (sin-
(Tu) sê gular e plural). É correto dizer: menos pão, menos livros, menos água,
(Ele) seja menos cadeiras, o menos, a menos.
(Nós) sejamos
(Vós) sede A palavra menos tem sua origem na palavra em latim minus e é uma pa-
(Eles) sejam lavra muitíssimo utilizada no português. Pode ser um advérbio, um pro-
nome indefinido, um substantivo comum masculino ou uma preposição.
Existem também diversas expressões em que a palavra menos é utilizada
correntemente, com uma significação abrangente, como: a menos de, a
A seguir, você verá alguns exem- menos que, mais ou menos, pelo menos, quando menos, sem mais nem
plos de usos. Acompanhe. menos etc.
Exemplos:

A seguir, você verá alguns exemplos de usos, acompanhe:


Tomara que eu seja a primeira
pessoa em quem você pode con- Exemplos: 
fiar! (1ª pessoa do singular do pre- Aquele aluno é o menos inteligente da turma. 
sente do subjuntivo).
Aquela aluna é a menos inteligente da turma. 
Desejo que meu irmão seja feliz
para sempre! (3ª pessoa do singu- Quero menos feijão, por favor. 
lar do presente do subjuntivo).
Quero menos comida, por favor. 
Quanto é cinco menos três? 
Seja firme com seu filho, ele está
muito paparicado! (3ª pessoa do
singular do imperativo). Posso fazer as roupas de todas as crianças, menos as suas. 

Já temos muita comida. Tragam o menos possível. No quadro a seguir,


você pode acompanhar mais exemplos de expressões habituais com sua
explicação e aplicação correta.

56 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Palavras/
Significado Aplicação
expressões
Há = tempo passado Não chove há dias.
A/há
A = tempo futuro Daqui a cinco dias entraremos em férias.

A fim = finalidade Estou a fim de vê-la novamente.


A fim/afim
Afim = semelhante Os cursos tinham disciplinas afins.

Ao telefone/ Não se usa no telefone, pois não se


João esteve ao telefone durante horas.
no telefone fica dentro do telefone

Aonde = movimento Aonde você vai?


A onde/aonde
A onde = não expressa movimento Onde você mora?

Bebedor = aquele que bebe Paulo tornou-se um bebedor de cerveja


Bebedor/
Bebedouro = aparelho que fornece compulsivo.
bebedouro
água O bebedouro da escola está estragado.

Mal = pode ser antônimo de bem,


erradamente, prejudicial, equivale a
O relatório estava mal escrito.
Mal/mau tempo
Os maus pagadores são informados ao SPC.
Mau =pode ser ruim, antônimo de
bom

Ela tem dez anos a mais que Flávio.


Mais = contrário de menos
Mais/mas Ela tem diabetes, mas ainda continua
Mas = ideia contrária
comendo doces.

Por ora, não necessito de novos sapatos.


Por ora/ por Por ora = por esse momento
Os flanelinhas cobram 10 reais por hora para
hora Por hora = a cada sessenta minutos
cuidar do carro.

À medida que o consumo aumenta, cresce a


necessidade de ativar fontes de geração de
Á medida que/ À medida que = proporção
energia.
na medida em Na medida em que = equivale a visto
O projeto não será concluído na medida em
que que
que os recursos não forem liberados por causa
do atraso no repasse das verbas.

Ao invés de descer, a água subiu com mais


Ao invés de/ ao invés de = oposição, situação
força.
em vez de contrária
Em vez do Rio, a cidade de São Paulo foi a
em vez de = em lugar de
escolhida para sediar os jogos principais.

A princípio a ideia dele era fantástica, mas


A princípio/ A princípio = inicialmente
depois ela se mostrou inviável.
Em princípio Em princípio = em tese
Em princípio todos gostavam dele.

Se não = caso não Se não chover, faremos um passeio.


Se não/senão
Senão = do contrário, exceto Não fazia outra coisa senão trabalhar.

Quadro 3 - lista de expressões habituais

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 57


Finalizando
Chegamos ao fim de mais uma unidade curricular. Como apresentamos no início deste mate-
rial, o objetivo perseguido era desenvolver e ampliar sua competência linguística de modo a
saber usar adequadamente a linguagem oral e escrita em diferentes situações ou contextos, ler,
compreender e produzir textos de modo proficiente.

As unidades de estudo que foram desenvolvidas aqui visaram atingir esse objetivo apresentan-
do de forma simples e direta as principais regras e sugestões para você desenvolver a com-
petência da comunicação oral e escrita.

É sabido que essa competência não se desenvolve do dia para a noite, mas se você continuar
nessa jornada, com o passar do tempo e a aplicação diária dos conteúdos aqui apresentados,
será capaz de ler e entender o que foi lido, escrever e ser compreendido, apresentando-se de
forma brilhante.

Esperamos ter contribuído para o seu desenvolvimento e, lembre-se: a sua jornada no mundo
das letras não se encerra ao final desta unidade curricular.

Um grande abraço!

Lilian e Fabiana

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 59


Referências
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[200-?]. Disponível em: <http://www.cintiabarreto.com.br/artigos/aimportanciadoatodeescrev-
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▪▪ BORGES, Clélio. Como resumir um texto. Disponível em: <http://www.mundovestibular.


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▪▪ CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jésus Barbosa de. Produção de textos & usos da
linguagem: curso de redação. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. 288 p.

▪▪ CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em construção: a escritura do texto. 2. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Moderna, 2002. 288 p.

▪▪ CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 43. ed. São
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▪▪ CONSOLARO, Hélio. Exercícios. Disponível em: <http://www.portrasdasletras.com.br/


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▪▪ CURRICULAR.com.br. Cartas de Apresentação - O que são e para que servem?. Disponível em:
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▪▪ ______. Novo dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

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▪▪ FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 16.
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FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 61


▪▪ FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 12. ed. São Paulo: Cortez, 1986.

▪▪ GRIFFI, Beth. Português: literatura, gramática e redação. São Paulo: Moderna, 1991. 3 v.

▪▪ GOLD, M. Redação empresarial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.

▪▪ INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. 6. ed. São Paulo: Scipi-
one, 2000. 312 p.

▪▪ LINDSTROM, L. R. Apresentações em multimídia – crie apresentações dinâmicas e talentosas.


São Paulo: BusinessWeek, 1995.

▪▪ MAIA, João Domingues. Português. 11. ed. São Paulo: Ática, 2005. 496 p.

▪▪ MALLON, Luciana do Rocio. Única vantagem da reforma ortográfica. Disponível em:


<http://www.gargantadaserpente.com/artigos/lucianadorocio2.shtml>. Acesso em: 30 out. 2009.

▪▪ MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de acordo


com as atuais normas da ABNT. 24. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003. 560 p.

▪▪ MICHELLETI, Camila. 10 dicas para fazer uma carta de apresentação. Disponível em:
<http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/ge/curriculo/elaborar/carta_apre-
sentacao.shtm>. Acesso em: 09 nov. 2009.

▪▪ MUNDO EDUCAÇÃO: Países que falam português. Disponível em <http://www.mundo-


educacao.com.br/geografia/paises-que-falam-portugues.htm>. Acesso em: 20 out. 2009.

▪▪ PEREIRA, Helena Bonito; PELACHIN, Marcia Maisa. Português: na trama do texto. São Paulo:
FTD, 2004.

▪▪ PERTI, Dino. Sociolingüística: os níveis da fala. São Paulo: Nacional, 1974.

▪▪ PENTEADO, J. R. W. A técnica da comunicação humana. São Paulo: Cengage Learning,


2012.

▪▪ POLLITO, R. Superdicas para falar bem. São Paulo: Saraiva, 2006.

▪▪ ________. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva, 2013.

▪▪ SARMENTO, Leila Lauar; TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de


texto: volume único. São Paulo: Moderna, c2004. 447 p.

▪▪ SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11. ed. São Paulo: Globo, 1997. 221 p.

▪▪ SILVEIRA, Mauro. Português: que língua é essa? Você S/A, São Paulo, v. 5, n. 52, p. 60-64, out.
2002.

▪▪ WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. MAP of lusophone world. 2006. Disponível em: <http://
pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Map-Lusophone_World-en.png>. Acesso em: 02 out. 2009.

▪▪ WITTGENSTEIN, Ludwig; PINHEIRO, Aguilar (Ed.). Asbrapa - o caminho da excelência


humana. 2014. Disponível em: <http://cursocoachingpnl.com.br/ler_artigos.php?id_ler=41>.
Acesso em: 13 ago. 2014.

62 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Anexo
Anexo 1 – Mapa conceitual

(SERAFINI, 1997, p. 41)

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 63


Anexo 2 – Modelos de cartas comerciais e empresariais

MODELO DE OFÍCIO

Secretaria de Educação

GUARUJÁ São Paulo - Brasil

Ofício nº. 15/08

Guarujá, 18 de maio de 2008.

Excelentíssimo Senhor Governador:

A Secretaria de Educação desta cidade vem realizando vários cursos de formação continuada destina-
dos a professores. Como desejamos dar continuidade a esse trabalho, solicitamos a V. Ex.ª uma verba especial,
durante este ano, pois não dispomos de recursos suficientes.
Contamos com a compreensão de V. Ex.ª e, desde já, demonstramos nossa consideração e apreço pelo
empenho e interesse nesta solicitação.
Atenciosamente

Gilberto Bitencurt Vianna


SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ

A V. Ex.ª
Sr. Governador João Leite
Gabinete do Governador
São Paulo - SP

64 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


MODELO DE ATA

ATA DA DÉCIMA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DOS MORADORES DO


CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VERDES COLINAS

Aos dezesseis dias do mês de março do ano de dois mil e oito, às vinte horas, no Salão de Festas do Con-
domínio Residencial Verdes colinas, sito na Avenida América, número duzentos e dez, Parati, sob a presidência
do Síndico, Sr. Ângelo Cândido Cabral, realizou-se a Décima Assembléia Geral Extraordinária dos moradores
do condomínio, estando presentes, além do síndico, mais cinco dos dez moradores, sendo eles: José Simeão,
Marilda Locatel, Geraldo Cardoso, Carlos Olímpio e Thiago Nunes. O síndico abriu os trabalhos solicitando
ao condômino José Simeão que secretariasse a reunião e, de imediato, lesse a ata da assembleia anterior, que
foi aprovada sem ressalvas. Em seguida, o síndico leu correspondência enviada à Prefeitura Municipal, em que
se solicitavam melhorias na pavimentação da rua em frente ao condomínio, a qual se encontrava quase intran-
sitável. Depois passou para a pauta da assembleia, que se constituía do seguinte assunto: pintura externa do
prédio e instalação da piscina no condomínio. O síndico abriu os trabalhos ........(relato dos assuntos tratados
e as deliberações)...... O síndico colocou a palavra à disposição para outros assuntos, mas ninguém se manifes-
tou. Sendo assim, e nada mais havendo a tratar, foi encerrada a assembleia, e eu, José Simeão, secretário ad hoc
(substituto), lavrarei a presente ata, que, após lida e aprovada, será assinada por todos os presentes.

Parati, dezesseis de março de dois mil e oito.

José Simeão
Thiago Nunes
Geraldo Cardoso
Marilda Locatel
Carlos Olimpio

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 65


MODELO DE CARTA COMERCIAL

Vitória da Conquista, 8 de novembro de 2009.

Ilmo. Sr.
Joaquim da Silva
Atacadista São Cristóvão
Rua José Venceslau, 306
020564-085 – Rio de Janeiro – RJ

Prezado Senhor,

Somos obrigados a abordar novamente o assunto das entregas. Infelizmente, continuamos insatis-
feitos. O tempo decorrido entre a data da expedição e a efetiva entrega das mercadorias continua superior ao
tolerável. Pedimos que revisem sua convicção de que a Transportadora Urubu seja a melhor opção.
Sugerimos que seu representante agende este assunto para a próxima visita.
Temos certeza de que V. S.ª dará à questão a devida importância.

Atenciosamente

Murilo Araújo
GERENTE GERAL

Loja Sabiá - Rua do Santo, 45 – Vitória da Conquista – BH

66 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Anexo 3 – Tabela de verbos regulares

Cantar _ primeira conjugação

INDICATIVO SUBJUNTIVO
Tempo simples Tempo composto Tempo simples Tempo composto
Eu canto Que Eu cante
Tu cantas Que Tu cantes
Presente

Ele canta Que Ele cante


Nós cantamos Que Nós cantemos
Vós cantais Que Vós canteis
Eles cantam Que Eles cantem

Eu cantava Se eu cantasse
Tu cantavas Se tu cantasses
Imperfeito
Pretérito

Ele cantava Se ele cantasse


Nós cantávamos Se nós cantássemos
Vós cantáveis Se vós cantásseis
Eles cantavam Se eles cantassem

Eu cantei Eu tenho cantado Que Eu tenha cantado


Tu cantaste Tu tens cantado Que Tu tenhas cantado
Pretérito
Perfeito

Ele cantou Ele tem cantado Que Ele tenha cantado


Nós cantamos Nós temos cantado Que Nós tenhamos cantado
Vós cantastes Vós tendes cantado Que Vós tenhais cantado
Eles cantaram Eles têm cantado Que Eles tenham cantado
Eu tinha cantado
Pretérito mais que

Eu cantara Se Eu tivesse cantado


Tu tinhas cantado
Tu cantaras Se Tu tivesses cantado
Ele tinha cantado
perfeito

Ele cantara Se Ele tivesse cantado


Nós tínhamos
Nós cantáramos Se Nós tivéssemos cantado
cantado
Vós cantáreis Se Vós tivésseis cantado
Vós tínheis cantado
Eles cantaram Se Eles tivessem cantado
Eles tinham cantado
Eu cantarei Eu terei cantado Se Eu cantar
Tu cantarás Tu terás cantado Se Tu cantares
Futuro do
Presente

Ele cantará Ele terá cantado Se Ele cantar


Nós cantaremos Nós termos cantado Se Nós cantarmos
Vós cantareis Vós tereis cantado Se Vós cantardes
Eles cantarão Eles terão cantado Se Eles cantarem
Eu teria cantado
Eu cantaria Se eu tiver cantado
Tu terias cantado
Tu cantarias Se tu tiveres cantado
Futuro do
Pretérito

Ele teria cantado


Ele cantaria Se ele tiver cantado
Nós teríamos
Nós cantaríamos Se nós tivermos cantado
cantado
Vós cantaríeis Se vós tiverdes cantado
Vós teríeis cantado
Eles cantariam Se eles tiverem cantado
Eles teriam cantado

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 67


IMPERATIVO
Presente do Imperativo Presente do
Pessoas Imperativo negativo
indicativo afirmativo subjuntivo
Tu cantas → Canta tu cantes → Não cantes tu
Você -------- Cante você ← cante → Não cante você
Nós -------- Cantemos nós ← cantemos → Não cantemos nós
Vós cantais → Cantai vós canteis → Não canteis vós
Vocês ------- Cantem vocês ← cantem → Não cantem vocês

FORMAS NOMINAIS

Presente impessoal
Cantar
Presente pessoal

Se eu cantar
Se tu cantares
Se ele cantar
Se nós cantarmos
Se vós cantardes
Se eles cantarem

Pretérito impessoal
Ter cantado
Pretérito pessoal

Ter cantado
Teres cantado
Ter cantado
Termos cantado
Terdes cantado
Terem cantado

Gerúndio

Presente Pretérito
cantando Tendo cantado

68 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Comer _ segunda conjugação

INDICATIVO SUBJUNTIVO
Tempo simples Tempo composto Tempo simples Tempo composto
Eu como Que Eu coma
Tu comes Que Tu comas
Presente

Ele come Que Ele coma


Nós comemos Que Nós comamos
Vós comeis Que Vós comais
Eles comem Que Eles comam

Eu comia Se eu comesse
Tu comias Se tu comesses
Imperfeito
Pretérito

Ele comia Se ele comesse


Nós comíamos Se nós comêssemos
Vós comíeis Se vós comêsseis
Eles comiam Se eles comessem

Eu comi Eu tenho comido Que Eu tenha comido


Tu comeste Tu tens comido Que Tu tenhas comido
Pretérito
Perfeito

Ele comeu Ele tem comido Que Ele tenha comido


Nós comemos Nós temos comido Que Nós tenhamos comido
Vós comestes Vós tendes comido Que Vós tenhais comido
Eles comeram Eles têm comido Que Eles tenham comido
Pretérito mais que

Eu comera Eu tinha comido Se Eu tivesse comido


Tu comeras Tu tinhas comido Se Tu tivesses comido
perfeito

Ele comera Ele tinha comido Se Ele tivesse comido


Nós comêramos Nós tínhamos comido Se Nós tivéssemos comido
Vós comêreis Vós tínheis comido Se Vós tivésseis comido
Eles comeram Eles tinham comido Se Eles tivessem comido

Eu comerei Eu terei comido Se Eu comer


Tu comerás Tu terás comido Se Tu comeres
Futuro do
Presente

Ele comerá Ele terá comido Se Ele comer


Nós comeremos Nós termos comido Se Nós comermos
Vós comereis Vós tereis comido Se Vós comerdes
Eles comerão Eles terão comido Se Eles comerem

Eu comeria Eu teria comido Se eu tiver comido


Tu comerias Tu terias comido Se tu tiveres comido
Futuro do
Pretérito

Ele comeria Ele teria comido Se ele tiver comido


Nós comeríamos Nós teríamos comido Se nós tivermos comido
Vós comeríeis Vós teríeis comido Se vós tiverdes comido
Eles comeriam Eles teriam comido Se eles tiverem comido

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 69


IMPERATIVO
Presente do Imperativo Presente do
Pessoas Imperativo negativo
indicativo afirmativo subjuntivo
Tu comes → Come tu comas → Não comas tu
Você -------- Coma você ← coma → Não coma você
Nós -------- Comamos nós ← comamos → Não comamos nós
Vós comeis → Comei vós comais → Não comais vós
Vocês ------- Comam vocês ← comam Não comam vocês

FORMAS NOMINAIS

Presente impessoal
Comer
Presente pessoal

Se eu comer
Se tu comeres
Se ele comer
Se nós comermos
Se vós comerdes
Se eles comerem

Pretérito impessoal
Ter comido
Pretérito pessoal

Ter comido
Teres comido
Ter comido
Termos comido
Terdes comido
Terem comido

Gerúndio

Presente Pretérito
comendo Tendo comido

70 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Partir _ terceira conjugação

INDICATIVO SUBJUNTIVO
Tempo simples Tempo composto Tempo simples Tempo composto
Eu parto Que Eu parta
Tu partes Que Tu partas
Presente

Ele parte Que Ele parta


Nós partimos Que Nós partamos
Vós partis Que Vós partais
Eles partem Que Eles partam

Eu partia Se eu partisse
Tu partias Se tu partisses
Imperfeito
Pretérito

Ele partia Se ele partisse


Nós partíamos Se nós partíssemos
Vós partíeis Se vós partísseis
Eles partiam Se eles partissem

Eu parti Eu tenho partido Que Eu tenha partido


Tu partiste Tu tens partido Que Tu tenhas partido
Pretérito
Perfeito

Ele partiu Ele tem partido Que Ele tenha partido


Nós partimos Nós temos partido Que Nós tenhamos partido
Vós partistes Vós tendes partido Que Vós tenhais partido
Eles partiram Eles têm partido Que Eles tenham partido
Pretérito mais que

Eu partira Eu tinha partido Se Eu tivesse partido


Tu partiras Tu tinhas partido Se Tu tivesses partido
perfeito

Ele partira Ele tinha partido Se Ele tivesse partido


Nós partíramos Nós tínhamos partido Se Nós tivéssemos partido
Vós partíreis Vós tínheis partido Se Vós tivésseis partido
Eles partiram Eles tinham partido Se Eles tivessem partido

Eu partirei Eu terei partido Se Eu partir


Tu partirás Tu terás partido Se Tu partires
Futuro do
Presente

Ele partirá Ele terá partido Se Ele partir


Nós partiremos Nós termos partido Se Nós partirmos
Vós partireis Vós tereis partido Se Vós partirdes
Eles partirão Eles terão partido Se Eles partirem

Eu partiria Eu teria partido Se eu tiver partido


Tu partirias Tu terias partido Se tu tiveres partido
Futuro do
Pretérito

Ele partiria Ele teria partido Se ele tiver partido


Nós partiríamos Nós teríamos partido Se nós tivermos partido
Vós partiríeis Vós teríeis partido Se vós tiverdes partido
Eles partiriam Eles teriam partido Se eles tiverem partido

FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 71


IMPERATIVO
Presente do Imperativo Presente do
Pessoas Imperativo negativo
indicativo afirmativo subjuntivo
Tu parte → Parte tu partas → Não partas tu
Você -------- Parta você ← parta → Não parta você
Nós -------- Partamos nós ← partamos → Não partamos nós
Vós parti → Parti vós partais → Não partais vós
Vocês ------- Partam vocês ← partam → Não partam vocês
FORMAS NOMINAIS

Presente impessoal
Partir
Presente pessoal

Se eu partir
Se tu partires
Se ele partir
Se nós partirmos
Se vós partirdes
Se eles partirem

Pretérito impessoal
Ter partido
Pretérito pessoal

Ter partido
Teres partido
Ter partido
Termos partido
Terdes partido
Terem partido

Gerúndio

Presente Pretérito
partindo tendo partido

72 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Fundamentos da Matemática
1ª Edição Revisada

Fernando Carlos Dorte

Florianópolis/SC
2014
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da atualização desta obra

Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Design Educacional


Consultoria em Educação Roberta Martins
Maycon Cim

Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação Diagramação


Gisele Umbelino Felipe da Silva Machado
Kácio Flores Jara

Coordenação Desenvolvimento de Recursos


Didáticos
Michele Antunes Corrêa

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca do SENAI - SC Florianópolis

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca SENAI/SC Florianópolis

D719f
Dorte, Fernando Carlos
Fundamentos da matemática / Fernando Carlos Dorte. 1. ed. rev. –
Florianópolis : SENAI/SC, 2014.
50 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Matemática. 2. Matemática - Estudo e ensino. 3. Trigonometria. 4.


Frações. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título.

CDU 51

SENAI- SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis - SC
CEP: 88034-001
Tel: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Sumário
Conteúdo Formativo 77 98 Unidade de estudo 5 114 Unidade de estudo 9
Equações de 1º e 2º Trigonometria
Apresentação 79 graus Básica

80 Unidade de estudo 1 99 Seção 1 -Introdução às 115 Seção 1 - Definição de


equações trigonometria
Números decimais
100 Seção 2 - Equação de 1º grau 115 Seção 2 - O Triângulo
retângulo
101 Seção 3 - Equação de 2º grau
81 Seção 1 - Introdução 116 Seção 3 - Teorema de
Pitágoras: seno, cosseno e
82 Seção 2 - Operações básicas
102 Unidade de estudo 6 tangente
com números decimais
117 Seção 4 - Aplicação prática
Funções de 1º Grau
e 2º grau
84 Unidade de estudo 2
Proporções
103 Seção 1 - Definição de
Finalizando 119
função
85 Seção 1 - Definição de pro- 103 Seção 2 - Função de 1º grau
porção (conceito de razão)
104 Seção 3 - Função de 2º grau Referências 121
86 Seção 2 - Regra de três sim-
ples e composta
87 Seção 3 - Juros simples 106 Unidade de estudo 7
Unidades de
medida
88 Unidade de estudo 3
Frações
107 Seção 1 - Sistema Interna-
cional de Unidades (SI)
89 Seção 1 - Definição de 108 Seção 2 - Múltiplos e Sub-
frações múltiplos de Unidade (SI)
89 Seção 2 - Propriedades de
frações (multiplicação, divi-
são, adição e subtração)
110 Unidade de estudo 8
Áreas e volumes
92 Unidade de estudo 4
111 Seção 1 - Áreas
Potenciação e
113 Seção 2 - Volumes
radiciação

93 Seção 1 - Propriedades de
potenciação
95 Seção 2 - Propriedades de
radiciação
76 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 52 horas

Competências

Aplicar ferramentas matemáticas para resolução de problemas inerentes as suas


atividades profissionais.

Conhecimentos

▪▪ Operações fundamentais (adição, subtração, multiplicação, divisão);


▪▪ Fração (próprias e impróprias);
▪▪ Potenciação; Radiciação; Números naturais, inteiros, racionais, definição,
representação e leitura; Razão e proporção (relação direta e inversa);
▪▪ Regra de três simples e composta;
▪▪ Porcentagem (percentual ou taxa);
▪▪ Cálculo de juros;
▪▪ Unidades de medidas (comprimento, área, tempo, ângulo, massa, volume);
▪▪ Cálculo de áreas, volume e massa;
▪▪ Álgebra;
▪▪ Funções matemáticas;
▪▪ Noções de estatística;
▪▪ Trigonometria;
▪▪ Coordenadas cartesianas.

Habilidades

▪▪ Ler e interpretar dados expressos em manuais, catálogos, gráficos e tabelas;


▪▪ Transformar unidades de medidas (comprimento, área, tempo, ângulo, massa,
volume);
▪▪ Realizar cálculos de área, tempo, ângulo, volume e massa;
▪▪ Analisar dados de informações e desenvolver gráficos estatísticos;
▪▪ Resolver situações-problema que envolve porcentagem e juros;

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 77
▪▪ Utilizar calculadora científica
▪▪ Conhecer as redes privadas virtuais.
▪▪ Realizar cálculos matemáticos necessários para o dimensionamento de peças e
componentes utilizados na atividade profissional.

Atitudes

▪▪ Pró-atividade;
▪▪ Demonstrar capacidade de planejamento e organização do próprio trabalho;
▪▪ Demonstrar capacidade de relacionamento interpessoal mantendo comporta-
mento ético;
▪▪ Demonstrar capacidade de solucionar problemas;
▪▪ Trabalhar em equipe.

78 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Apresentação
No mundo em que vivemos atualmente, sabemos que é de fundamen- Professor Fernando Carlos
tal importância o desenvolvimento pessoal e profissional do cidadão. Dorte
A sociedade e os organismos de trabalho almejam não somente indiví-
duos capacitados, mas profissionais acima de tudo éticos e com atitu- Nascido em Santo André/SP, 44
des proativas, em busca de desenvolvimento e crescimento contínuos. anos, casado.
Iniciou a vida profissional como
aprendiz cursando Mecânica
Você está convidado a iniciar uma nova etapa no desenvolvimento de Geral na instituição SENAI de
sua formação através de um maior aprofundamento de seus conheci- Taubaté/SP (2 anos), ingressando
mentos, utilizando uma abordagem integrada entre assuntos tratados posteriormente à empresa como
nesta disciplina e suas aplicações práticas. estagiário em ferramentaria.
Teve desenvolvimento profis-
sional de aproximadamente 25
Os Fundamentos Matemáticos aqui tratados foram elaborados de anos nas Áreas de Engenharia
forma a não apenas fornecer informações. Deseja-se, contribuir Industrial de diversas empresas
para o desenvolvimento profissional dos alunos, proporcionando atuando como analista de pro-
o interesse e a motivação para a sua aprendizagem e estabelecen- cessos e desenvolvendo ativida-
des objetivando a redução dos
do ligações dos conteúdos com as atividades do dia a dia. Enfim,
custos industriais, melhoria da
objetiva-se tanto o aperfeiçoamento profissional como social, bus- qualidade do produto, proces-
cando situações práticas, que possam ser resolvidas através dos te- sos e também das condições de
mas correlacionados e desenvolvidos de uma forma prática, criativa trabalho (ergonomia).
e agradável. Atualmente atua como Espe-
cialista de Ensino na instituição
SENAI – Unidade de Jaraguá do
Sul/SC, no núcleo Metal Mecâ-
nico, onde ministra além de dis-
ciplinas nas áreas exatas, tam-
bém disciplinas relacionadas a
gestão e humanas.
Formação Acadêmica:
Curso Superior de Pedagogia
para o ensino técnico(2007) –
UNISUL - Pós Graduado em Ges-
tão Industrial (2007) – UNERJ
- Jaraguá do Sul/SC - Tecnólo-
go em Processos de Fabricação
(1997) – Convênio CEFET/PR –
UNERJ/SC - Técnico em Mecâni-
ca (1989) – CIS – Joinville/SC
Mecânica Geral (1982) – SENAI
– Taubaté/SP – Convênio SENAI/
VolksWagen do Brasil
Cursos Complementares:
Participação em vários cursos
relativos à Gestão Industrial,
Sistemas da Qualidade, Proces-
sos de Fabricação e Gestão de
Manutenção.
Cursos de formação pedagógica
pelo SENAI/SC e de desenvolvi-
mento tecnológico

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 79
Unidade de
estudo 1
Seções de estudo
Seção 1 – Introdução
Seção 2 – Operações básicas
com números decimais
Números decimais

SEÇÃO 1
Introdução

Leitura de um número decimal:

No número decimal, tem-se:

Parte Inteira Parte Decimal


}
}

3 , 52

Para ler um número decimal, você deve proceder do seguinte modo:

1 – Leia os inteiros.
2 – Leia a parte decimal seguida da palavra:

▪▪ Décimos – caso exista apenas uma casa decimal;


▪▪ Centésimos – caso existam duas casas decimais;
▪▪ Milésimos – caso existam três casas decimais.

Exemplos: Quando a parte inteira for


zero, leia apenas a parte deci-
a) 2,8 (dois inteiros e oito décimos) mal.
b) 3,27 (três inteiros e vinte e sete Exemplos:
centésimos)
a) 0,6 (seis décimos)
c) 14,008 (quatorze inteiros e oito
milésimos) b) 0,38 (trinta e oito centésimos)

d) 12,531 (doze inteiros, quinhen- c) 0,25 (vinte e cinco centési-


tos e trinta e um milésimos) mos)

d)0,002 (dois milésimos)

décimos centésimos
centésimos de
milhar centena dezena unidade , décimos centésimos milésimos de de
milésimo
milésimo milésimo

Exemplo: 64,5836 (sessenta e quatro inteiros, cinco mil, oitocentos e trinta e seis décimos de milésimos).

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 81
Exemplos:
SEÇÃO 2 84,63
Restaram na saca
- 8,74
Operações básicas 75,89 75,89 kg de arroz 4,26
x 2,3
com números decimais a) 4,26 x 2,3
1278
Dica 852/
Adição e subtração Havendo uma quantidade de 9,798
Prática para proceder nas opera- casas diferente entre os núme-
ções de adição e subtração com ros após a vírgula, iguale com
números decimais: zeros à direita. 0,23
b) 023 x 0,007 x 0,007
0,00161
1º Passo – Deve-se organizar
os números, colocando vírgu-
Exemplos:
la em baixo de vírgula;
Divisão
3,73
a) 3,73 + 2,40 + Para dividir números decimais,
2,40
6,13 deve-se igualar suas casas deci-
2º Passo – Adicionar ou mais, completando com quantos
subtrair como se fossem zeros forem necessários.
47,60
números naturais. b) 47,60 - 15,84 - 15,84 Exemplos:
31,76
Exemplos: a) 3,52 ÷ 0,2 = Igualando as
a) Comprei utensílios domésticos casas decimais: 3,52 ÷ 0,20
de limpeza que me custaram, res-
pectivamente R$ 4,34 e R$ 2,27. Multiplicação
Quanto gastei no total?
Para fazer essa operação, você Depois que as casas de-
deve multiplicar os números de- cimais estiverem com
cimais como se fossem números a mesma quantidade
4,34
+ 2,27 Gastei um total naturais. Depois, deve contar o de números, elimine as
6,61 de R$ 6,61 total de casas decimais dos nú- vírgulas e faça a divisão
meros multiplicados entre si para como se fossem números
posicionar a vírgula no resultado naturais.
b) Eu possuía uma saca de arroz pe- final (produto), contando da di-
sando 84,63kg. Meu vizinho solici- reita para a esquerda.
tou um empréstimo de três conchas 352 20
pesando 8,74 kg. Quantos quilos 20 17,6
restaram na saca? 152
140
0120
120
0

82 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Observe que a divisão foi efetuada
como se ambos os números deci-
mais tivessem sido multiplicados
por 100, eliminando-se, assim, as
vírgulas.

b) 68,4 ÷ 1,44 =
= 684 ÷ 144 = 47,5
(ambos multiplicados por 100)

c) 3,458 ÷ 0,25 = 3
= 458 ÷ 250 = 13,832
(ambos multiplicados por 1.000)

Você pode encontrar expres-


sões que envolvam adições,
subtrações, multiplicações e
divisões. Quando isso ocor-
rer, deve-se primeiramente
efetuar a multiplicação ou a
divisão e aposso depois so-
mar ou subtrair, salvo ope-
rações que se encontrem
entre parênteses.

Exemplo:

a) 3,5 x 2,45 + 2,5 =


= multiplicando: 3,5 x 2,45 =
= 8,575

Finalmente, soma-se o resul-


tado ao valor restante:
8,575 + 2,5 = 11,075

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 83
Unidade de
estudo 2
Seções de estudo
Seção 1 – Definição de
proporção (conceito de razão)
Seção 2 – Regra de três simples
e composta
Seção 3 – Juros simples

84 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Proporções

SEÇÃO 1
Definição de
proporção (conceito
de razão)
Para compreender a definição e a
aplicação prática da proporção, externo 9 6 meio
Proporção: a igualdade
meio = 8 externo
deve-se entender o conceito de 12
entre duas ou mais razões
razão. é definida como propor-
ção, isto é, mantendo-se a
Propriedade fundamen-
mesma relação (quocien-
te) entre o antecedente
tal das proporções:
Razão entre dois números da-
e o consequente de cada “O produto dos extremos é igual ao
dos: é o quociente (divisão) do
uma das razões, tem-se ra- produto dos meios.”
primeiro pelo segundo, que
zões proporcionais. Neves ([200?])
estabelece uma relação entre
ambos.
9 6 12 x 6 = 72
=
9 = 6 12 8 9 x 8 = 72
.
12 8
:

Exemplo: de cada 10 bolas colo-


Lê-se: 9 está para 12, assim
ridas, 5 são azuis. Portanto, 5 em Grandezas direta e
como 6 está para 8
10 são azuis. inversamente
proporcionais

Lê-se 5 para 10; Dica


5 . A razão é “ 0,5”
10 Note: a razão para cada uma Grandezas diretamente pro-
:

pois 5 ÷ 10 = 0,5
das relações é mantida inal- porcionais: duas grandezas
terada, isto é, igual a “0,75”, são diretamente proporcio-
portanto, são razões propor- nais quando ao se aumentar
Os números dados são os termos
cionais. o valor de uma certo núme-
da razão e, em toda razão, o divi-
dendo é chamado antecedente e o ro de vezes o valor da outra
divisor é chamado consequente. Os números que compõem uma aumentar o mesmo número
proporção são chamados termos, de vezes, ou quando ao se re-
os quais recebem denominações es- duzir o valor de uma o valor
peciais: o primeiro e último termos da outra diminuir o mesmo
12 Antecedente entre duas razões são os extremos número de vezes.
2 Consequente e os demais recebem a denomina-
ção de meios:

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 85
Exemplo: se uma pessoa paga R$ Exemplo: Relação entre veloci- Exemplo de regra de
2,58 por um litro de gasolina, pa- dade e tempo necessários para
gará por 45 litros o valor de R$ percorrer 180km:
três simples
116,10 (45 x R$ 2,58).
1) X 12 12
Tabela 1 - Grandezas Diretas Tabela 2 - Grandezas Inversas 2
= 4 4
Gasolina Preço R$ Velocidade
Tempo (horas)
(km/h) Aplicando a propriedade
1 litro 2,58
90 2
2 litros 5,16 4 xX = 2 x 12
5 litros 12,90 60 3
10 litros 25,80 45 4 Assim:
36 5
45 litros 116,10 2 x 12
30 6 X = 4
24
Nas grandezas diretamente pro- X = 4 = 6
porcionais, a razão entre os valo- Sempre que duas grandezas fo-
res correspondentes é constante. rem inversamente proporcionais,
o produto entre os valores corres-
pondentes será constante. 2 ) Se um minuto equivale a 60 se-
90 x 2 = 60 x 3 = 36 x 5 = gundos, 400 minutos equivalem a
2,58 5,16 = 30 x 6 = 180. quantos segundos?
1
= 2
=
12,90 25,80
= 5
= 10
=
Montando a Proporção:
116,10
= 45
= 2,58 1 min 60s
400 min Xs
SEÇÃO 2
Portanto:
Regra de três simples
1 60
e composta 400
= X

Por meio da regra de três é pos-


1 xX = 60 x 400
Grandezas inversamen- sível determinar um termo des- Matematicamente:
te proporcionais: duas conhecido de uma relação de
grandezas são inversa- 60 x 400
proporção, caso sejam conheci- X = 1
mente proporcionais dos os demais termos. A regra
quando aumentando a de três baseia-se na propriedade
fundamental das proporções.
X = 2400s
grandeza de uma certo
número de vezes a gran-
deza da outra diminuir o
mesmo número de vezes,
ou quando, ao se dimi- DICA
nuir a grandeza de uma, A regra de três composta
Relembrando:
a grandeza da outra au- envolve mais de duas gran-
“O produto dos extremos
mentar o mesmo número dezas direta ou inversa-
é igual ao produto dos
de vezes. mente proporcionais.
meios.”
Neves ([200?])

86 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Elabora-se o sistema com essas Para determinação dos valores
grandezas correlacionadas da envolvidos, deve-se aplicar a se-
mesma forma como se realiza guinte fórmula: M = P x [1 + (i x n)]
no desenvolvimento da regra de
três simples (duas grandezas). M=2000x[1+(0,105 x 5/12)]=
J=Pxixn
R$ 20.875,00
J = Taxa de juros
Exemplo de regra de P = Capital ou
três composta monte inicial
i = Taxa de juros
1) Em 8 horas, 20 operários n = Número de Observe que quando a
produzem 320 peças. Quan- períodos taxa “i” e o período “n”
tos operários serão necessários são expressos, deve-se
para produzir 250 peças em 5 trabalhar numa mesma
horas? unidade de tempo, ou
Exemplo 1 - Tenho uma dívi- seja, anos. Por esse mo-
da de R$ 5.000,00, que deve ser tivo, divide-se 5 por 12
paga em 2 meses com juros de
horas operários peças (número de meses em
5% a.m. (ao mês). Consideran-
20 320 um ano), assim obtém-se
8 do a aplicação de juros simples,
o período equivalente em
quanto pagarei de juros?
5 x 250 anos.

20 320 5 J=Pxixn
X
= 250 = 8
20 1600 J = 500 x 0,05 x 2 =
X
= 2000
= R$ 500,00

1600X = 20 x 2000
40000 Somados ao capital ou montante
X = 1600 inicial, tem-se o montante final
pago:
X = 25 operários
R$ 5.000,00 + R$ 500,00 =
R$ 5.500,00 (montante final)

Podendo ser calculado pela se-


guinte fórmula:
SEÇÃO 3
Juros simples
M = P x [1 + (i x n)]

Consideram-se juros sim-


ples quando o percentual
Exemplo 2 - Calcular o mon-
de juros incide somente so-
tante final de uma aplicação de
bre o valor principal, que é R$20.000,00 à taxa de 10,5% a.a.
o valor inicial emprestado (ao ano) durante 5 meses.
ou aplicado, antes de se so-
mar os juros.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 87
Unidade de
estudo 3
Seções de estudo
Seção 1 – Definição de frações
Seção 2 – Propriedades de
frações (multiplicação, divisão,
adição e subtração)
Frações

SEÇÃO 1
Definição de frações
Divisão de frações
Números fracionários são formas de representação numérica, sig-
nificando uma relação de proporção, que não passa de uma divisão A operação de divisão com fra-
entre valores e são apresentadas da seguinte forma: ções obedece à seguinte regra:
deve-se transformar a operação
de divisão em uma multiplica-
X Numerador
ção, respeitando o seguinte pro-
Y Denominador
cesso:

Mantém-se a primeira fra-


SEÇÃO 2 ção inalterada e multiplica-a
pela segunda fração inver-
Propriedades tida, isto é, troca-se o nu-
de frações merador pelo denominador
desta mesma fração. Final-
mente, aplica-se a regra da
Multiplicação de Frações
multiplicação.

Realizar uma operação de multiplicação entre frações é muito simples,


basta multiplicar os numeradores entre si e os denominadores também
entre si.
2 2 x 3 =
a) : 3 =
Exemplos: 7 4 7 4

2x4 8
==
7x3 21
2 3 = 2x3= 6
.
7 4 7 x 4 = 28

5. 3 5 x 3 = 15
= =3 3
4 1x4= 4 4

b) 3 3 =
5 = 5 x
4 4

5x4 20 2
== = 6
1x3 3 3

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 89
Para se igualar os denominadores
Dica das frações a serem somadas ou
Observe: no exemplo b, a fração resultante possui o numerador subtraídas, aplique a sistemáti-
maior que o denominador e para realizar sua simplificação, foram ca de Mínimo Múltiplo Comum
retirados os inteiros do número fracionário, formando uma fração (m.m.c.).
composta.

Dica
Soma e subtração de frações Lembrando como obter o
m.m.c. de dois ou mais de-
nominadores:
As operações de soma e subtração de frações exigem uma condição
fundamental:

2 3 1
Ex.: - + = ?
Dica 3 10 6
Para se efetuar as operações de adição e subtração entre duas ou
mais frações, os denominadores das respectivas frações devem ser
iguais, pois deve ser mantida uma relação de proporcionalidade en- 3 , 6 , 10 2
tre elas. 3 3 5 3
1 1 5 5
1 1 1 2 x 3 x 5 = 30
▪▪ Fração Equivalente - frações equivalentes são aquelas que não alte-
ram sua grandeza, representando a mesma parte de um inteiro, isto é, “é o m.m.c de 3,6 e 10”
mantém-se a mesma relação de proporção entre numerador e denomi-
nador da fração quando se multiplica ou divide por um mesmo valor.
frações equivalentes

1 2 3 1 20 9 5
Assim: - + = - + =
2 3 10 6 30 30 30

denominadores angos denominador comum


x
2
4 =

2
2 20 - 9 + 5 16 8
Ex.: 1x 2 = = =
= 2
2 x2 4 30 30 15

2
2 1
=
2
4 2

1 e 2
Assim:
2 4

São frações equivalentes.

90 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


3 , 6 , 10 2
3 3 5 3
1 1 5 5
1 1 1 2 x 3 x 5 = 30

“é o m.m.c de 3,6 e 10”

frações equivalentes

2 3 1 20 9 5
Assim: - + = - + =
3 10 6 30 30 30

denominadores angos denominador comum


x

2
20 - 9 + 5 16 8
= = 2
=
30 30 15

Dica
Processo: dividir o novo denominador das frações
equivalentes pelo antigo de cada fração e multiplicar
esse resultado pelo numerador respectivo de cada fra-
ção.

Exemplos:

a) 2 + 1 = 8 + 5 = 13 b) 1 - 3 = 8 - 3 = 5
5 4 20 20 2 16 16 16

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 91
Unidade de
estudo 4
Seções de estudo
Seção 1 – Propriedades
de potenciação
Seção 2 – Propriedades
de radiciação

92 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Potenciação e radiciação

SEÇÃO 1
Propriedades
de potenciação
O processo pode ser revertido,
A potenciação indica o produto
isto é, pode-se transformar um
(multiplicações) de fatores (nú- X n . Y n = XY n
número inteiro não primo em po-
meros) iguais, representado da
tência, fatorando estes números:
seguinte forma:
Exemplos:

an = a . a . a .( . . .) .a Ex. : 8 = 23 8 2
{ n = número de vezes que o 4 2
2 2 a) a5 . b5 = (a.b)5
fator “a” deve ser multiplicado}
1
onde: 8
b) 57 . 27 = (5.2)7 = 107
Símbolo de potência:
an expoente Multiplicação de
base Potências Divisão de Potências
▪▪ Bases Iguais - para multi-
plicar potências de mesma base, ▪▪ Bases iguais - para dividir
Por exemplo, o produto: 5 . 5 . 5 . 5; deve-se manter a base e somar os potências de mesma base, deve-
pode ser indicado na forma 54. expoentes. se manter a base e subtrair os
expoentes.
Exemplos:

am . an = a m+n
am = m-n
a
an
a ) 23 = 2. 2. 2 = 8
Exemplos:
b ) 32 = 3. 3. = 9
Exemplos:

c ) 44 = 4. 4. 4. 4 = 256
a) a4 . a7 = a4+7 = a11
d ) 53 = 5. 5. 5 = 125
b) 25 . 22 = a5+2 = 27 a) 34 = 34-2 = 32
32

b) 53 = 53-8 = 5-5
Atenção: Todo número inteiro é 58
uma potência de expoente “1”: ▪▪ Expoentes iguais - para
Ex. : 7 = 71 multiplicar potências de mesmo
expoente, deve-se manter o expo-
ente e multiplicar as bases.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 93
▪▪ Expoentes iguais - para divi-
dir potências de mesmo expoente, Dica 1
deve-se manter o expoente e divi- Conclusões: sempre que a-n = an
dir as bases. a base for negativa, isto é,
sempre que o sinal também
esteja sob a influência do ex-
Exemplos:
Xn X
n
poente (entre parênteses), o
= resultado dependerá da re-
yn y
gra dos sinais. a0 =1
-1 1
a) 2 =
2
Exemplos:
-3 1 1
Observe: Se o expoente for par, b) 3 =
3
=
4 4 3 27
3 3 o resultado será positivo e se o
a) =
4
4
4 expoente for ímpar, o resultado -2 2
c) 2 3
será negativo. = =
3 2
2 2 2
6 6 3 32 9 1
b) = = = = 2
4 2
4 2 Expoente igual a zero: 2 2
4 4

-1 1
3 4
d) = =
Potências de base Toda potência de expoente 0 4 3
é igual 1. a0=1
negativa 41 4 1
= = 1
1
3 3 3
Pode-se encontrar potências com
base negativa em que o sinal de Exemplos:
negativo pode estar sob o efeito
do expoente (entre parênteses) Expoente de expoente
ou não.
0
a) 2 = 1 Existem duas formas de encontrar
0
potências elevadas a um determi-
Exemplos: b) 3 = 1 nado expoente: : em uma, a base
c) 10 = 1
0 é uma potência (entre parênteses)
0
(am)n = am+n e, em outra, apenas o
4 d) 100 = 1 expoente da base
n elevado a outro
a) -3 = - (3 . 3 . 3 . 3) = -81
e) 300 = 1
0 expoente am = am (multiplicado
por ele mesmo “n” vezes). Neste
4 0
b) (-3) = (-3 . -3 . -3 . -3) = -81 f) 1000 = 1 caso, eleve o expoente da base ao
segundo expoente.
3
c) -2 = - (2 . 2 . 2) = -8
(am)n = am+n
3 Potência de expoente n
c) (-2) = (-2 . -2 . -2) = -8 am = am (multiplicado por ele
negativo
mesmo “n” vezes)
É possível alterar o expoente ne-
gativo de uma potência para posi-
tivo invertendo sua base.

94 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Exemplos: Exemplos: Multiplicação e divisão
de raízes
4 Para se multiplicar e dividir raízes,
2 3 (2.3) 6 a) 48365 = 4,8365 x 10
a) (3 ) = 3 =3 deve-se possuir o mesmo índice.
-8
3 2 (3.2) b) 0,0000000562 = 5,62 x 10
b) (2 ) = 2 =2
6
▪▪ Multiplicação - Multipli-
4
3 (2.2.2) c) 3,45 x 10 = 34500 cação: multiplique duas ou mais
8
c) 32= 3 =3 raízes entre si mantendo o índice
-3
2 (3.3) 9 d) 1,38 x 10 = 0,00138 e multiplicando os radicandos.
d) 23 = 2 =2
9
e) 8 x 10 = 8.000.000.000
-6
f) 6,8 x 10 = 0,0000068 n n n

X x Y = XY
Notação Científica
(potência de dez)
Aplicam-se números representa-
dos em forma de notação científica
SEÇÃO 2 ▪▪ Divisão - Divida duas raízes
quando eles são de grandeza muito Propriedades entre si mantendo o índice e di-
vidindo os radicandos.
reduzida ou muito elevada, com o da radiciação
objetivo de facilitar o entendimento
ou os cálculos a serem efetuados. A radiciação é a operação inversa n

à potenciação, onde: X n X
=
n
Y Y
n n
Para representar um número X=Y Y = X
em notação científica, deve-se
respeitar o seguinte formato: n
Onde: X Exemplos:
onde: a deverá ser um
a x 10n
número entre 1,00 e 9,99 mul- - n é chamado índice
tiplicado por uma potência de - x é chamado radicando
expoente n e base 10. - é chamado radical
3 3 3 3
a) 5x 3 = 5x3 = 15

DICA b) 2x 3 = 2x3 = 6
Dica
Observar: Quando o expo- Lembre-se que quando o
ente n for positivo, acrescer índice não aparecer na re-
5
c) 5 5 5
zeros ao valor a ou deslocar a =
presentação, trata-se de 5
vírgula para a direita. Quan- 7 7
uma raiz quadrada, isto é,
do for negativo, acrescentar o índice é n = 2. 4
casas decimais ou deslocar a d) 3 4 3 4 1
vírgula para a esquerda. = =
4
6 6 2
Exemplos:

Raiz de raiz

a) 9 = 3
2
3 = 9
Quando se tem uma raiz de outra
3
raiz, é possível transformá-la em
3
b) 8 = 2 2 = 8 uma única raiz multiplicando os
índices das raízes.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 95
Redução de radicais
m.n Dica
m n
X =
mn
X ao mesmo índice
Lembre-se que muitas vezes é
possível fatorar o radicando e O índice de uma raiz pode ser al-
obter uma potência. terado com o objetivo de aplicar
Exemplos: alguma outra propriedade já co-
nhecida ou mesmo para simplifi-
car a expressão matemática.
3
a) 3 3x4 12 __
Procede-se multiplicando ou di-
4
7= 7 = 7
5 5
3
8 2 =25
vidindo o índice da raiz e o expo-
ente do radicando por um mes-
mo número, assim, sua grandeza
b) 5 5x2 10
3
3 = 3 = é mantida.
Potência de raiz

Quando se tem uma potência de


c) 3
4 7 = 3x4x2
7 = 24
7 uma raiz, pode-se dizer que o ra-
dicando dessa raiz está elevado ao n nxp
Xm Xm x p
mesmo expoente.
d) 3 3x2 6
5 2x5 10 a) 32 32 x 2 34
3 = 3 = 3
p
n n p 2x5 10
X X b) 2 21 x 5 25

Raiz de uma potência


3
c) 3 x 2
Quando se tem uma raiz de uma Exemplos:
potência, é possível transformá-la 3x2 2x3
em uma potência de expoente fra- 31 x 2x 21 x 3
cionário, ou vice-versa, caso isto
3 6 6
facilite a simplificação da expres- 3 32 x 23
são matemática.
a) 4 4
__
3 : recordando : 5 4
5 5
6
32 x 23
m
n n
m
Aplicando as propriedades já
X X 6
conhecidas: 9 x8

Exemplos: 6
3 72
4 4 4 4
5 5x 5 5=
x x
2
a) 3
5
2
5 3 4 4 3
= 5x5x5 5

Adição e subtração
- 2
b) 7 -2
3 7 de raízes
3
Só é possível somar ou subtrair as
1
c) 2 raízes que sejam totalmente iguais,
7 7
isto é, as que possuem o mesmo
índice e o mesmo radicando.
4 2
0,4
d) 2 2 10 4 4 4
2 3 + 3 = 2. 3
5 5 2
2 2

96 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Exemplos:

a) 2 + 5 2 = 6 2

b) 5 7 + 3 7 - 4 7 = 4 7

c) 2 8 + 3 2 2 23 + 3 2
Aplicando a propriedade de
potenciação tem-se:
2 22x 2 + 3 2
Lembrando a propriedade de
multiplicação de raízes:

2 22x 2 2 x 2 22 x 2
2x2x 2
Assim:
4 2 +3 2 7 2

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 97
Unidade de
estudo 5
Seções de estudo
Seção 1 – Introdução
às equações
Seção 2 – Equação de 1º grau
Seção 3 – Equação de 2º grau

98 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Equações de 1º e 2º graus

SEÇÃO 1
Introdução às equações

Para resolver expressões matemáticas, deve-se aplicar a lógica, as-


sim é possível transformar desafios cotidianos em meros problemas
matemáticos.
Para melhor compreender: equação é uma igualdade que possui
pelo menos uma incógnita (valor que você não conhece), que é re-
presentada por uma letra.

Veja a seguinte condição:

Pense em um número, multiplique-o por 2, subtraia 5 e o resultado será 3.


Que número é esse?

Para resolvê-la, deve-se utilizar as operações inversas e iniciar a


operação pelo fim, veja:

1º Passo: 3 + 5 = 8 (a adição é a operação inversa à subtração)

2º Passo: 8 ÷ 2 = 4 (a divisão é a operação inversa à multiplicação)

Assim, obtém-se o número resultante, que é 4.

Porém, o desafio pode ser descrito de forma diferente, veja como:

1º Passo - pense em um número: Como não se conhece esse número,


pode ser qualquer valor, assim, ele será representado por uma letra.
Que tal x?

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 99
2º Passo - multiplique-o por 2:
SEÇÃO 2
2 x X Equação de 1º grau

3º Passo - subtraia 5:
Definição de equação
2 xX - 5

Qualquer expressão matemática determinada por uma condição de


4º Passo - o resultado será 3: igualdade, formada por uma ou mais letras (variáveis ou incógnitas), que
representem valores numéricos desconhecidos.
2x X -5=3

Resolvendo através das operações Define-se como sendo de 1º grau quando suas variáveis constituem
inversas uma potência de expoente igual a 1.

2 x X = 3+5 X = 3+5 X =4
2 A expressão matemática situada à esquerda da igualdade é denominada
1º membro da equação (ou igualdade).

Dica A expressão matemática situada à direita da igualdade é denominada 2º


membro da igualdade (ou equação).
Você pode transformar
uma equação em outra
equivalente simplifica- 2X - 5 = 3
}

da adicionando ou sub- Onde o “x” é a


traindo um mesmo valor equação igualdade variável ou incógnita
em ambos os membros
da equação ou, tam-
bém, multiplicando ou
dividindo seus membros
Exemplo:
por um mesmo valor, di-
ferente de zero.

X-5=0 Somando 5 a ambos os membros teremos:

X - 5 (+5) = 0 (+5)

Portanto
X=5

100 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


A mais simples e principal ma-
“Portanto, solucionar uma neira de se resolver uma equação
equação significa encontrar quadrática é aplicar a chamada
as grandezas de suas incóg- fórmula de Bhaskara:
nitas, valor este que deve-
rá respeitar a condição de
igualdade.”
- b +- b2 - 4ac
x=
2a
Exemplos de equação de 1º grau

sendo a, b e c os mesmos coefi-


cientes da equação de segundo
a) 2X + 8 = 10 grau. A partir desta fórmula, é
2X = 10 - 8 possível encontrar os possíveis va-
X = 10 - 8 X= 2 X=1 lores para a resolução da equação.
2 2 A parcela da fórmula de Bhaska-
ra b2-4ac, também é conhecida
b) X +5=7 como Δ. Vale salientar que pode
X = 7-5 acontecer de duas grandezas aten-
X=2 derem à condição de igualdade da
equação.

Exemplo de
equação do 2º grau
SEÇÃO 3
Equação de 2º grau Exemplo:

Também conhecida como equa- 3X2 - 7X + 2 = 0


ção quadrática, é uma equação Temos a = 3
polinomial matemática, isto é, b= -7 c=2
para que a equação seja conside-
rada quadrática, é necessário que
3X2 - 7X + 2 = 0
sua incógnita forme uma potên-
Temos a= 3
cia de expoente 2 e siga a forma
geral, onde: a= -7 c= 2

Sabendo-se que: = b2 - 4ac


Obtem-se = ( - 7)2 - 4 . 3. 2
aX2 + bX + c = 0
Concluindo: = 49 - 24 = 25

Aplicando a fórmula de Bhaskara:


A, b e c são os coeficientes da
equação e o a é sempre diferente Assim:
de zero (caso contrário, não seria X2 = - (-7) + 5 12 X1 = 2
uma equação de segundo grau). 3.2 6
A incógnita x, que determina a X1 = - (-7) - 5 2 X2 = 1
equação quadrática, é a grandeza 3.2 6 3
a ser determinada.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 101


Unidade de
estudo 6
Seções de estudo
Seção 1 – Definição de função
Seção 2 – Função de 1º grau
Seção 3 – Função de 2º grau

102 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Funções de 1º e 2º graus

SEÇÃO 1
Definição de função
O conceito de função é um dos mais No 1º exemplo, pode-se afirmar que o valor da refeição é de R$15,00/
importantes em toda a matemática, kg, portanto:
por tratar de estabelecer a relação de
grandezas entre si. As funções têm Peso 0,5 1 1,5 2 2,5
grande importância não só pela sua Preço (R$) 7,50 15,00 22,50 30,00 37,50
aplicação na matemática, mas tam-
bém nas áreas da química, biologia, Perceba que o valor da refeição é uma grandeza variável e que o peso também
física, entre outras. Por isso, pode-se é uma grandeza variável, assim, pode-se afirmar que o preço é função do peso.
dizer que elas estão presentes em nos-
so dia a dia e nos possibilitam enten-
Notação de uma Função Para se construir um gráfico ba-
der melhor o mundo que nos cerca.
seado numa função, basta atribuir
Veja alguns exemplos práticos que A função é representada com a le- valores do domínio da função e
apresentam relações entre grande- tra f, e, como na matemática são calcular suas respectivas imagens
zas e a importância da função para utilizadas letras para representar através da sentença matemática
sua compreensão: grandezas variáveis, neste exemplo que define essa função.
será utilizado o x para representar
▪▪ o preço de uma refeição em fun- a variável peso e y para o preço. A função de 1º grau com duas va-
ção do peso; riáveis pode ser representada pos
▪▪ a altura de uma pessoa em fun- uma equação de 1º grau, onde:
ção de sua idade; Assim: y = f (x)
▪▪ o salário de um vendedor em significa que “y” é função de
função do volume de vendas; “x”
▪▪ a área de um quadrado em fun- A função do exemplo acima fi-
ção da medida de seu lado. caria assim: f (x) = a.x + b Valor inicial
f(x) = 15.x
Variável determinante
DICA Variação constante
Perceba que existe uma relação
entre as duas grandezas e que a va- SEÇÃO 2 portanto: y = a.x + b
O valor b corresponde à ordena-
riação de uma depende da variação Função de 1º grau da do ponto no gráfico de f(x) que
da outra.
Funções e Gráficos cruza o eixo y.
Tabelas e gráficos são cada vez mais
Domínio e imagem frequentes em jornais, revistas e, es-
Nos exemplos anteriores, o primeiro pecialmente, em empresas. De forma
Observação: se a grande-
(peso) expressa a grandeza chamada simples, são transmitidos os mais va-
za a for positiva, a função é
domínio, enquanto o segundo (pre- riados tipos de informações, aconteci-
mentos do dia a dia ou desempenho crescente, se for negativa, a
ço) expressa a grandeza chamada
imagem. de uma empresa, e, através da compre- função é decrescente. Para a
ensão de funções, é possível interpretar nulo (a=0), o resultado é uma
Tomando um dos exemplos citados
e compreender facilmente esses dados função constante.
acima, veja como é possível relacio-
ná-los utilizando uma tabela: e até projetar possíveis tendências.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 103


y y y SEÇÃO 3
Função de 2º grau
b b
b Denomina-se função de 2º grau
toda função que tenha como fa-
x x
tor de uma de suas variáveis uma
a>0 a<0 a=0 x
potência quadrática. Por isso, a
Figura 1 – Gráficos função de 2º grau também é co-
nhecida como função quadrática.
Assim com na função de 1º grau,
“Quando elaboramos um gráfico referente a uma função, aplicamos os a função de 2º grau também é
conhecimentos de coordenadas do plano cartesiano.” representada por uma equação e
a equação que melhor represen-
Exemplo: ta uma função de 2º grau é uma
equação já nossa conhecida:

f(x) = ax2 + bx + c
Para a função f(x) = x
2

x 2 4 6 8
Para uma função ser considera-
y 1 2 3 4
da de 2º grau o termo a deve ser
Obtenção dos valores “ y” em função de “x”: diferente de 0.

y1 = x1 . y1 = 2 . y1 = 1 y3 = x3 . y3 = 6 . y3 = 3
:
:

:
:

2 2 2 2
Funções e Gráficos

y2 = x2 . y2 = 4 . y2 = 2 y4 = x4 . y4 = 8 . y4 = 4 É possível elaborar gráficos para


:
:

:
:

2 2 2 2 representar uma função de 2º


grau, assim como se faz com as
equações de 1° grau.
No entanto, os gráficos gerados
Elaborando o gráfico:
por uma função de 2º grau têm
uma particularidade, o resul-
y tado das coordenadas obtidas
através dos cálculos formará
4
uma parábola.
3 Exemplo:
2

1 Veja a função f (x) = - x2 + 6x


onde entende-se Y = -x2 + 6x
0 1 2 3 4 5 6 7 8 x

Figura 2 – Gráfico do Exemplo

Observação: o gráfico de uma função de 1º grau gera uma reta.

104 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Determine valores para x e obtenha grandezas relativas para y.
Elaborando o gráfico:

Coordenadas Gráfico
x y Cálculo

1 5 y = -12 + 6.1 y=1-6 y=5


x
9
8
2 8 y = -22 + 6.2 y = -4 + 12 y = 8
7
6
3 9 y = -32 + 6.3 y = -9 + 18 y=9 5
4
3
4 8 y = -42 + 6.4 y = -16 + 24 y=8
2
1
5 5 y = -52 + 6.5 y = -25 + 30 y=5 0
0 1 2 3 4 5 6

6 0 y = -62 + 6.6 y = -36 + 36 y=0

Figura 3 - Gráfico de Parábola

Quando a > 0, o gráfico da função forma uma parábola côncava. Quando “a” < 0, a parábola é convexa.

Δ> 0 Δ= 0 Δ< 0

a>0
+ +x
- + + x

0 ++++ x

0 - - - -
- -x x
+
a<0 x
- -

Figura 4 - Tipos de Parábolas


Fonte: Coser (2009)

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 105


Unidade de
estudo 7
Seções de estudo
Seção 1 – Sistema Internacional de
Unidades (SI)
Seção 2 – Múltiplos e submúltiplos
de unidade
Unidades de Medida

SEÇÃO 1
Sistema Internacional
de Unidades (SI)
Devido à globalização e ao inter- Tabela 3 - Unidades de Base do SI
câmbio internacional de produtos Unidades de base do sistema Internacional (SI)
e informações, convencionou-se Unidades SI
elaborar a padronização das medi- Grandezas
Nome Símbolo
das aplicadas – também para elimi-
nar as incoerências entre unidades Comprimento Metro m
anteriormente adotadas –, assim, Massa Quilograma kg
estabeleceu-se, em 1960, o Sistema Tempo Segundo s
Internacional de Unidades (SI),
Corrente Elétrica Ampére A
que padroniza as unidades de base,
Temperatura Termodinâmica Kelvin K
derivadas e suplementares.
Quantidade de Matéria Mol mol
Intensidade Luminosa Candela cd
Unidades de Base: No SI apenas
sete grandezas físicas indepen-
dentes são definidas, as chamadas Unidades Derivadas: unidades derivadas são as unidades que são
unidades de base. Todas as demais formadas pela combinação das unidades de base. Constituem a
unidades são derivadas destas sete. maioria das grandezas em aplicação atualmente.

Tabela 4 - Unidades de base do SI

Unidades derivadas do sistema internacional (SI)


Unidades do SI
Grandezes
Nome Símbolo Expressão em Unidades de Base

Superfície Metro Quadrado m2 m2


Volume Metro Cúbico m 3
m3
Velocidade Metro por segundo m/s m/s
Aceleração Metro por segundo ao quadrado m/s 2
m/s2
Massa específica Quilograma por metro cúbico kg/m3 kg/m3
Quantidade de matéria Mol por metro cúbico mol/m 3
mol/m3
Volume específico Metro cúbico por quilograma m3/kg m3/kg
Frequencia Hertz Hz s-1
Força Newton N m.kg/s2
Pressão Pascal pa kg/s2.m

Energia; trabalho Joule j m2.kg/s2

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 107


Exemplo:
SEÇÃO 2
Múltiplos e submúltiplos de unidade (SI) Efetue a conversão das unidades:
Ao aplicar as unidades básicas, pode-se obter grandezas de proporções ex- a) 0,005km para mm: 5 x
tremamente elevadas ou reduzidas e isso pode dificultar sua interpretação ou 1.000.000 (6 unidades entrepos-
entendimento. Devido a essa condição e também para facilitar a realização tas), portanto: 5.000mm.
de cálculos matemáticos, foram criados os múltiplos e submúltiplos das uni- b) 0,35kg para g: 0,35 x 1.000 (3
dades que tornam possíveis a maior compreensão das grandezas expressas. unidades entrepostas), portanto:
350g.
Tabela 5 - Unidades de Base do SI
c) 35850 dN para N: 3.585 ÷ 10
Múltiplos e submúltiplos do sistema Internacional (SI)
(1 unidade entreposta), portanto:
Múltiplos Submúltiplos 3.585N.
Fator Prefixo Símbolo Fator Prefixo Símbolo d) 7,46daA para mA: 7,46 x
10 24
yotta y 10 -1
deci d 10.000 (4 unidades entrepostas),
10 21
zeta Z 10 -2
centi c portanto: 74.600mA.
10 18
exa E 10 -3
mile m
e) 8545cs para s: 8.545 ÷ 100 (2
unidades entrepostas), portanto:
1015 peta P 10-6 micro μ
85,45s.
1012 tera T 10-9 nano n
109 giga G 10-12 pico p
“Quando desejar efetuar a con-
106 mega M 10-15 femto f
versão de unidades derivadas, por
103 quilo k 10-18 atto a exemplo, uma unidade de super-
10 2
hecto h 10 -21
zepto z fície, o fator multiplicador será de
10 1
deca da 10 -24
yocto y 100 em 100, pois a unidade básica
está sob a potência quadrada (uni-
Os múltiplos e submúltiplos das unidades são aplicáveis a qualquer uni-
dade2). Caso se trate de uma uni-
dade do Sistema internacional. Na Tabela 6, verifica-se o procedimento
básico para conversão de unidades aplicando os prefixos multiplicadores e dade composta, deve-se converter
submultiplicadores. Quando se deseja converter uma unidade com prefixo uma unidade de cada vez, tendo
maior para uma de prefixo menor, deve-se multiplicar sua grandeza por atenção quando a unidade a ser
quantos forem os prefixos (casas) que distanciam a unidade de origem da convertida for o denominador da
unidade a ser convertida. Quando de uma unidade menor para uma de unidade composta, ou estiver sob
maior grandeza, procede-se dividindo pelo fator de conversão. A tabela a uma potência negativa (unidade-1)”.
seguir e seus fatores de conversão servem para unidades lineares.

Tabela 6 - Unidades de Base do SI


÷ ÷ ÷ ÷ ÷ ÷ xxxx ÷ ÷ ÷ ÷ ÷ ÷
1000000 100000 10000 1000 100 10 10 100 1000 10000 100000 1000000

Mega xxxx xxxx Kilo Hecto Deca Unida. Deci Centi Mili xxxx xxxx Micro

x x x x x x x x x x x x
xxxx
1000000 100000 10000 1000 100 10 10 100 1000 10000 100000 1000000

Exemplo: Converter 0,04m para centímetros


Resolução: Entre o prefixo m (metro) de origem e o cm há o prefixo dm, portanto dois prefixos (casas), assim, deve-
se multiplicar a grandeza 0,04 m (maior unidade) por 100 (cada prefixo nesse caso tem como padrão multiplicador a
proporção 10, assim, 10 x 10 = 100).
Resposta: 0,04m x 100 = 4cm

108 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Exemplo: ▪▪ Segunda conversão – para
a) 0,0059km2 para m2 : esta unidade, a proporção do fa-
tor de conversão será mantida,
(3 unidades entrepostas) 0,0059 x
porém, deve-se inverter o cálculo
1.000.000 = 5.900 m2.
a ser efetuado.

b) 0,45Kg/m2 para g/cm2 :


Tem-se: 450g/m2 para g/cm2,
Note que se trata de uma unida-
portanto, a proporção do fator
de composta por duas unidades,
de conversão é 10.000 (2 prefi-
portanto é possível encontrar o
xos quadráticos – 100 x 100 =
fator de conversão ou simples-
10.000), normalmente multiplica-
mente transformar uma unidade
se (unidade de grandeza maior
de cada vez.
por uma de grandeza menor),
mas compondo a unidade com-
▪▪ Primeira conversão – 0,45 posta e estando em seu denomi-
Kg/m2 para g/m2: como a unidade nador, deve-se inverter essa rela-
a ser convertida está no numera- ção, dividindo então o valor por
dor e é linear, procede-se normal- 10.000.
mente. De kg para g, multiplica-se
por 1.000 (3 prefixos entrepos-
tos), portanto, tem-se 450g/m2. Assim, tem-se: 450 ÷ 10.000 =
Faltando, ainda, converter a se- 0,045g/cm2.
gunda unidade (no denominador e Efetuando de forma direta e ob-
quadrática). tendo o fator de conversão.

Grandeza x 1000 : Fator de conversão: 0,1 : 0,45 x 0,1 = 0,045 g/ cm2


10.000

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 109


Unidade de
estudo 8
Seções de estudo

Seção 1 – Áreas
Seção 2 – Volumes
Áreas e volumes

SEÇÃO 1
Áreas
Definição de Área: compreende-
Tabela 7 - Formulário - Áreas de figuras básicas
se por área a superfície ocupada
por uma figura geométrica regular Unidades derivadas do sistema internacional (SI)
ou irregular num plano, isto é, Figura Geométrica Descrição Fórmula
planificada.
Superfície plana delimitada.
h

Retângulo A=bxh
b
h

Figura 5 - Imagens Planificadas Triângulo Retângulo


A= bxh
b 2
Note que as imagens formadas
possuem um formato geométrico
parcialmente regular ou irregular, A= x d2
isto é, são superfícies, formadas Circunferência 4
d

ou
pela junção de figuras regulares
Tabela 7: Formulário – Áreas de figuras básicas A= x r2
ou por partes delas.

Por exemplo, é possível dividir


a primeira imagem em dois Através dessas figuras geométricas, pode-se determinar todas as áreas
retângulos (figura regular), possíveis dentro de nossa linha de estudo, bastando dividir as imagens
a segunda imagem é de um a ser calculadas em partes que formem umas das figuras determinadas.
triângulo e a terceira imagem, de
um semicírculo. A aplicação prática dos cálculos de área são as mais diversas possíveis,
Portanto, compreende-se que as como você pode verificar abaixo:
superfícies são formadas pelas
mais diversas figuras geométricas ▪▪ Elaboração de plantas baixas na área da construção civil;
unidas de forma regular ou parcial ▪▪ Superfície de uma parede para determinar o volume de tinta neces-
e, assim, pode-se dimensioná-las sário para efetuar sua pintura;
através de cálculos e fórmulas
específicas. ▪▪ Área ocupada por um equipamento ou móvel para definição de
layout de parques fabris ou residências;
Para facilitar a compreensão – e
também os cálculos –, basei-se em ▪▪ Superfícies determinantes de pressão ou força aplicada, entre outras.
três figuras geométricas básicas e
em suas respectivas fórmulas de
determinação de área: quadrado
ou retângulo, triângulo retângulo
e circunferência.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 111


Exemplo 1 - analisando a Figura 6 e
determinando sua área, ou superfí- Nota: observe que os cálculos poderiam ser efetuados em cm, o que fa-
cie ocupada: cilitaria seu desenvolvimento. Mesmo tendo realizado em mm, é possível
converter sua unidade para cm, se isso for necessário.
Ex.: 42.000 mm2 para “cm2”: Dividir pelo fator de conversão 100 (um pre-
fixo quadrático), portanto, 420cm2

Determinando a área da peça abaixo:

20
Figura 6 - Exemplo 1 Área

50
▪▪ Observe que em desenho mecâ-
15

nico, as dimensões são cotadas em


“mm”; 100

▪▪ Deve-se dividir a figura em partes 150


geométricas;
▪▪ Calcular independentemente Figura 8 - Exemplo 2 – Cálculo de Área
cada uma das áreas;
▪▪ A imagem pode ser divida de
várias formas, deve-se procurar a
forma mais simples para realizar o
cálculo.

A1
A2

Figura 9 - Exemplo 2 – Cálculo de Área (Divisão)

Figura 7 - Exemplo 1 – Subdivisão Após a divisão, calcular a área de cada uma:

Calculando a área “A1”: Triângulo A1) Triângulo Retângulo: A1 = b x h


. A = 100 x 35 . A = 1.750mm2
:

1 1
Ret.: 2 2

A1 = b x h . A = 200 x 180 . . A = 50 x 50 . A = 2.500 mm2


A2) Retângulo 2: A2 = b x h
:

1
:

2
2 2
:

A1 = 18.000mm2
A4) Retângulo 4: A4 = b x h . A = 100 x 15 . A = 1.500 mm2
:

4
:

4
Calculando a área “A2”: Retân-
gulo:
A5) Semicírculo: A5 = x d2 . A = x 502 . A = 1.963,50 mm2
A2 = b x h . A2 = 200 x 120 .
5 5
:
:

4 4
:

2 2
A2 = 24.000mm 2
A3) Circunferência (-): A3 = x d2 . A = x 202 . A = 314,16 mm2
3 3
:
:

4 4
Calculando a Área total “AT”da
figura: Ap) Área da Peça:
AP = A1 + A2 + A4 + A5 - A3

AT = A1 + A2 . A = 7.399,34 mm2
AT = 18.000 + 24.000 AP = 1750 + 2500 + 1500 + 1936,50 - 314,16
:

AT = 42.000mm2

112 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


SEÇÃO 2 Transformando unidades: o volume
em cm³: (÷ 1000) :
Volumes V= 320cm³

Definição de Volume: Exemplo 1 – Considerando


compreende-se por volume de a Figura 11, e sabendo que a
um corpo a quantidade de espaço espessura da peça é de 320mm,
que este ocupa. Para facilitar determinar seu volume.
o entendimento, imagine uma
superfície (área) que, como já
visto, é a medida de uma figura
geométrica planificada, por Figura 10 - Volume – Cubo Retangular
exemplo, uma folha em formato
O volume de uma caixa (cubo
A4, entende-se que essa grandeza A1

retangular) de comprimento C,

300
não ocupa espaço por não possuir
largura L e altura h é: A2

120
profundidade (desprezível), 320

porém, se atribuída uma terceira


V=CxLxh 200

medida a ela, por exemplo, uma


espessura significativa, tem-se um Figura 11 - Volume – Cubo Retangular
A Figura 10 mostra uma
corpo que ocupa espaço (uma
superfície salientada, isto significa
resma de folhas formato A4). Determinar as áreas das superfí-
que se sua área for multiplicada
Assim, as unidades volumétricas cies A1 e A2 (já calculados anteri-
pelo seu comprimento, obtém-se ormente):
são cúbicas (por exemplo, cm³,
seu volume. Portanto, é possível
m³, mm³, etc.).
concluir que, para determinar A1 = 18.000mm³
o volume de um corpo, basta A2 = 24.000mm³
Existem várias aplicações práticas
determinar a área de uma de suas AT = 42.000mm2
para a utilização de cálculos
superfícies (faces) e multiplicar
de volume, tanto em âmbito
pela terceira dimensão, que Calcular o volume da peça:
profissional (nos vários ramos da
poderá ser sua espessura, seu
indústria) como também na vida
comprimento ou mesmo sua
social. Alguns exemplos:
largura. VP = AT x C

▪▪ Utilizar os cálculos de volume Exemplo: A Figura 10 apresenta VP = 42.000 x 320


para determinar o peso de uma os seguintes dados:
peça ou material (peso = volume C = 80mm; L = 50mm e h = VC = 13.440.000mm3
x peso específico do tipo de ma- 80mm.
terial); Determinar seu volume.
▪▪ Determinar a capacidade em Pode-se simplesmente multiplicar
as três dimensões do cubo: Nota: como a grandeza
litros de um reservatório (caixa
desta peça em mm fica
d’água, piscina, etc.); consideravelmente eleva-
V=CxLxh
▪▪ Determinar o espaço ocupado da, para facilitar o cálculo,
por um equipamento ou móvel V = 80 x 50 x 80 calcule em cm (dividindo
dentro de um ambiente fabril ou V = 320.000mm³ cada dimensão por 10)
em uma residência, etc. ou, ainda, transformando
Aplicando sua área: posteriormente (como se
trata de uma unidade cú-
AS = L x h . AS = 50 x 80 bica, deve-se dividir por
A2 = 4.000mm2
:

1.000). Para o exemplo:


13.440.000 ÷1000 :
Determinando seu volume: Vp = 13.440cm3
Vc = As x C . Vc = 4000 x 80
:

Vc = 320.000mm3

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 113


Unidade de
estudo 9
Seções de estudo

Seção 1 – Definição de
trigonometria
Seção 2 – O triângulo retângulo
Seção 3 – Teorema de
Pitágoras; seno, cosseno e
tangente
Seção 4 – Aplicação prática

114 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Trigonometria Básica

SEÇÃO 1
Definição de
trigonometria
“De origem grega ‘trigonon + especial, tomando-se como referência o ângulo reto (90°), de acordo
metria’ significa o estudo puro e com suas posições em relação a este ângulo. O lado oposto ao ângulo
simples das medidas dos lados, reto é a hipotenusa, que é o maior lado do triângulo retângulo. Os lados
ângulos e outros elementos dos que formam o ângulo reto são conhecidos por catetos.
triângulos. A Trigonometria é
usada em várias áreas das ciên-
cias, como as Engenharias, a Físi-
Ângulos Complementares
ca, a Astronomia, a Navegação,
etc.” (CARDOSO, 2009).
Hipotenusa
Cateto

Nas próximas seções, serão anali-


sados os fundamentos e proprie-
Ângulo Reto (90o)
dades relativas ao triângulo retân-
Cateto
gulo e, para isso, é fundamental o
conhecimento dessa figura geo- Figura 12 - Triângulo Retângulo
métrica.
Origem das nomenclaturas:
Hipotenusa: Hypoteinusa = hipó (por baixo) + teino (eu estendo)

SEÇÃO 2 Catetos: Cathetós (Perpendicular)

O triângulo retângulo Identificando os Catetos

Triângulo retângulo é todo Como já visto, os catetos são os lados do triângulo que formam o ângulo
triângulo que possui um de reto, porém, deve-se diferenciá-los entre si, tomando como referência
seus ângulos igual a 90° (ân- outro dos ângulos restantes, pois será necessário utilizar um desses ân-
gulo reto). Como já é sabido, a gulos, ou mesmo os dois, para se aplicar as relações trigonométricas ao
somatória dos ângulos internos triângulo retângulo.
de um triângulo é igual a 180° Esse ângulo complementar será considerado o ângulo de referência para
Ângulos = 180° basear os cálculos matemáticos que serão realizados, bem como para
orientar as práticas envolvidas nessa unidade.
, então, para um triângulo
retângulo os outros dois ângu-
los somarão 90° (ângulos com-
plementares) .
DICA
É primordial a interpretação correta de um triângulo retângulo e a
+ = 90° identificação de suas informações, em especial seus catetos, para
que se possa desenvolver os cálculos necessários e compreender
Os lados de um triângulo retân- suas relações.
gulo são denominados de forma

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 115


SEÇÃO 3
Ângulos Complementares
Teorema de Pitágoras:
seno, cosseno e
Hipotenusa tangente
Cateto

Hipotenusa

Cateto
Cateto

Figura 13 - Ângulos Complementares

Cateto Oposto e Cateto Adjacente Cateto


Orientados por esse ângulo de referência determinado, é possível dis- Figura 16 - Teorema de Pitágoras
tinguir os catetos e identificar adequadamente todas as características do
triângulo retângulo analisado.
▪▪ Teorema de Pitágoras: existe
uma relação direta entre os lados
▪▪ Cateto Oposto: Entende-se por cateto oposto o lado do triângulo de um triângulo. Através dessa
que fica oposto ao ângulo determinado como ângulo de referência. afirmação, elaborou-se uma teoria
em que Pitágoras pôde demonstrar
que “em um triângulo retângulo, a
hipotenusa ao quadrado é igual à
soma dos quadrados dos catetos”.
Cateto Oposto

Hipotenusa
Hipotenusa

hip2 = cateto2 + cateto2

Cateto Oposto

Figura 14 - Ângulo de Referência/Cateto Oposto


Cateto Oposto

▪▪ Cateto Adjacente: Entende-se por cateto adjacente o lado do triângulo que Hipotenusa
forma, conjuntamente com a hipotenusa, esse mesmo ângulo de referência.
Cateto Adjacente

Figura 17 - Lei do Seno


Hipotenusa
Hipotenusa
▪▪ Seno: Num triângulo retângu-
lo, o sen de determinado ângulo
de referência é dado pela razão (di-
Cateto Adjacente visão) entre o cateto oposto (CO)
Figura 15 - Ângulo de Referência/Cateto Adjacente
a esse ângulo e a hipotenusa (HIP).

sen = CO
HIP
DICA
Nota: alterando o ângulo de referência, alteram-se os catetos oposto
e adjacente

116 CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


para determinar a latitude e a longitude
de cidades e de outros pontos geográ-
ficos em seus mapas.
y
Do mundo grego, a trigonometria

122
Hipotenusa
passou para a Índia, onde era usada, a
partir do século V, nos cálculos astroló-

30
x
gicos. No ano 800, aproximadamente,
ela chega ao mundo islâmico, onde foi
Cateto Adjacente Dados: Ângulo: 30° e CO: 122 mm desenvolvida e aplicada na astronomia
Figura 18 - Lei do Cosseno Figura 20: Lei da Tangente e na cartografia. Alcança, com os livros
de Ptolomeu, a Europa cristã, em tor-
▪▪ Cosseno: Num triângulo retân- no de 1100. Com os portugueses, en-
gulo, o cos de determinado ângulo Sendo a dimensão x o CA em contra uma aplicação de enorme valor
de referência é dado pela razão (di- relação ao ângulo de referência, econômico na navegação oceânica.
visão) entre o cateto adjacente (CA) aplica-se a fórmula da Tangente:
Até cerca de 1600, todas as aplicações
a esse ângulo e a hipotenusa (HIP). utilizando os mesmos dados, e
da trigonometria (astronomia, car-
sendo y a hipotenusa, aplica-se a
tografia e navegação oceânica) nada
fórmula do seno: sendo α um ân-
cos = CA tinham a ver com problemas de agri-
gulo complementar:
HIP mensura ou topografia.
A trigonometria possui uma infinida-
de de aplicações práticas, como pode
tg = CO tg 30° = 122 ser visto a seguir:
CA x

x = 122 ▪▪ Os gregos, há mais de 2.000 anos,


Cateto Oposto

Hipotenusa
x = 211,3 mm
tg 30° conseguiram determinar o raio da Ter-
ra (distância inacessível);
▪▪ Os astrônomos precisaram, no
sen = CO sen 30° = 122 passado, determinar a distância da
Cateto Adjacente Hip y
Terra à Lua;
Figura 19 - Lei da Tangente y = 122 ▪▪ Muito utilizada, ainda hoje, na
y = 244 mm
sen 30° navegação para determinar distâncias
▪▪ Tangente: Num triângulo retân- entre ilhas, da posição dos navios até
gulo, a tg de determinado ângulo de a costa, etc.;
referência é dada pela razão (divi- + = 90° + 30° = 90° ▪▪ Os cartógrafos se utilizam dos
são) entre o cateto oposto (CO) e o recursos trigonométricos para deter-
cateto adjacente (CA) a esse ângulo. = 90° - 30° = 60° minar a altura de montanhas, compri-
Pode-se também dividir o valor do mentos de rios, desenhar mapas, etc.;
seno do ângulo pelo valor do cos-
▪▪ A engenharia aplica a trigonome-
seno do mesmo ângulo e, assim,
tria para determinar larguras de rios e
obtém-se também sua tangente,
SEÇÃO 4 assim construir pontes e dimensionar
componentes mecânicos, etc.;
Aplicação prática
tg = CO
▪▪ Em atividades de produção, onde
CA operadores de equipamentos de usi-
A origem da nagem determinam regulagens para
trigonometria preparação de máquinas operatrizes
ou
ou fabricação de produtos
A trigonometria nasceu entre os
tg = sen Note que, são inúmeras a possi-
cos
gregos, sendo aplicada à astronomia
bilidades de aplicação da trigono-
pura. Suas primeiras aplicações práti-
metria em nosso dia a dia e, em
cas ocorreram com Ptolomeu, por
especial, em nossas atividades.
volta do ano 150 d.C., que a utilizou

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 117


Finalizando
Este material foi elaborado de forma a relacionar todos os assuntos abordados à vivência prática
necessária para o desenvolvimento das atividades profissionais inerentes ao curso desenvolvido.
Todos os temas abordados são de fundamental importância para o crescimento profissional e
humano dentro do universo profissional, bem como social do aluno. procurando proporcionar a
este a capacitação para que se tornem autodidatas. Buscando aprofundar-se mais nos assuntos e,
assim, crescer cada vez mais no mundo tão concorrido e exigente em que vivemos.
Espero que os objetivos propostos neste livro tenham sido alcançados e que todos aqueles que
se utilizarem desse material possam aprofundar seus conhecimentos e desenvolver suas habili-
dades e atitudes.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 119


Referências
▪▪ NEVES, Márcio. Proporção. [200?]. Disponível em: <fadepe.com.br/restrito/conteudo/
matematica_proporcao.doc>. Acesso: 10/01/2010.

▪▪ CARDOSO, Adriano Sumar. Matemática na cabeça: Trigonometria. 2009. Disponível em:


<http://profdrico.sites.uol.com.br/trigono2.html>. Acesso: 20 out. 2010.

Bibliografia complementar

▪▪ FACCHINI, Walter. Matemática para a escola de hoje: guia pedagógico. São Paulo, SP:
FTD, 2006. 280 p.

▪▪ IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David Mauro. Matemática: ciência e


aplicações. São Paulo: Atual, 2001. 2 vol.

▪▪ MACHADO, Antonio dos Santos. Matemática na escola do segundo grau. São Paulo:
Atual, 1994, 3 v.

▪▪ PITOMBEIRA, João Bosco. Matemática: 1ª fase, 1º grau: volume 2. São Paulo, SP: Globo,
c1994. 127 p. (Telecurso 2000. Profissionalizante)

▪▪ PITOMBEIRA, João Bosco. Matemática: 2ª fase, 1º grau: volume 3. São Paulo, SP: Globo,
c1994. 144 p. (Telecurso 2000. Profissionalizante)

▪▪ PITOMBEIRA, João Bosco. Matemática: 2ª fase, 1º grau: volume 4. São Paulo, SP: Globo,
c1994. 128 p. (Telecurso 2000. Profissionalizante)

▪▪ PITOMBEIRA, João Bosco. Matemática: 2º grau: volume 1. São Paulo, SP: Globo, c1995.
176 p. (Telecurso 2000. Profissionalizante)

▪▪ PITOMBEIRA, João Bosco. Matemática: 2º grau: volume 3. São Paulo, SP: Globo, c1995.
224 p. (Telecurso 2000. Profissionalizante)

▪▪ SCARAMBONI, Antonio; NOVAES, Regina Celia Roland. Mecânica: cálculo técnico. São
Paulo, SP: Globo; c1995. 144 p. (Telecurso 2000. Profissionalizante)

▪▪ IEZZI, Gelson. Matemática e realidade: manual do professor: 8ª série do primeiro grau.


São Paulo: Atual, [199-]. 242 p.

▪▪ SCALZO, Maria Luiza Vollet; SODRÉ, Ulysses. Polígonos. Disponível em: <http://www.
mat.uel.br/matessencial/fundam/geometria/poligonos.htm>. Acesso em: 22 /10/2009.

▪▪ CÓSER, Marcelo. Funções de 1º grau. Disponível em: <http://www.marcelocoser.com.


br/03_funcoes1.pdf>. Acesso em: 12 /10/2009.

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA 121


Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Saúde e Segurança do Trabalho


1ª Edição Revisada

Lilian Elci Claas

Revisado por:
Roberto Rodrigues de Menezes Junior

Florianópolis/SC
2014
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consentimento
do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da atualização desta obra

Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa


Consultoria em Educação Jaqueline Tartari
Maycon Cim Contextuar

Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação Design Educacional


Gisele Umbelino Roberta Martins
Kácio Flores Jara
Ilustração
Coordenação Desenvolvimento de Recursos Luiz Eduardo de Souza Meneghel
Didáticos
Michele Antunes Corrêa Diagramação
Felipe da Silva Machado
Revisor
Roberto Rodrigues de Menezes Junior

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca SENAI/SC Florianópolis

C613s
Class, Lilian Elci
Saúde e segurança do trabalho / Lilian Elci Class. 1. ed. rev. –
Florianópolis : SENAI/SC, 2014.
40 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias e anexo.

1. Segurança no trabalho. 2. Saúde e trabalho. 3. Trabalhadores – Saúde


e higiene. 4. Prevenção de acidentes. I. SENAI. Departamento Regional de
Santa Catarina. II. Título.

CDU 331.45

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Ademar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Sumário

Conteúdo Formativo 1 27 146 Unidade de Estudo 3


Prevenção e Comba-
Apresentação 129 te a Incêndio

130 Unidade de Estudo 1 147 Seção 1 - Prevenção e com-


bate a incêndio
Saúde
148 Seção 2 - Noções de Primei-
ros Socorros
131 Seção 1 - Higiene e preven-
ção de doenças
Finalizando 157
133 Seção 2 - Alimentação e
saúde
134 Seção 3 - Prevenção de DSTs
Referências 159
135 Seção 4 - Prevenção e com-
bate a alcoolismo, tabagismo Anexo 161
e entorpecentes
136 Seção 5 - Compensação de
posturas físicas
138 Seção 6 - Práticas para uma
vida saudável

140 Unidade de Estudo 2


Segurança e Medici-
na do Trabalho

141 Seção 1 - Acidente de tra-


balho
141 Seção 2 - CIPA
142 Seção 3 - Causas e conse-
quências dos acidentes de
trabalho
143 Seção 4 - Fatores de risco de
acidentes
143 Seção 5 - Equipamentos de
proteção coletiva e indivi-
dual
126 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 24 horas

Competências

Desenvolver noções de saúde e segurança no trabalho, de medidas de segurança


para prevenção de acidentes, como também para preservação da saúde, visando
à consolidação da postura profissional.

Conhecimentos

▪▪ Higiene e prevenção de doenças;


▪▪ Alimentação e saúde;
▪▪ Prevenção de DSTs;
▪▪ Prevenção e combate a alcoolismo, tabagismo e entorpecentes;
▪▪ Compensação de posturas físicas;
▪▪ Práticas para uma vida saudável;
▪▪ Conceito de acidente de trabalho e causas e consequências dos acidentes do
trabalho;
▪▪ Fatores de risco de acidentes;
▪▪ Equipamentos de proteção individual (EPI);
▪▪ Equipamentos de proteção coletiva (EPC);
▪▪ Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do trabalho (CIPA);
▪▪ Noções de prevenção e combate a incêndios;
▪▪ Noções de primeiros socorros.

Habilidades

▪▪ Identificar os fatores de risco de acidentes no ambiente de trabalho;


▪▪ Realizar análise preliminar de risco;
▪▪ Identificar as necessidades em saúde e segurança do trabalho;
▪▪ Utilizar equipamentos de proteção;

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 127


Atitudes

▪▪ Proatividade;
▪▪ Demonstrar capacidade de planejamento, organização e segurança do próprio
trabalho;
▪▪ Demonstrar capacidade de relacionamento interpessoal, mantendo comporta-
mento ético;
▪▪ Trabalhar em equipe;
▪▪ Demonstrar visão sistêmica do processo no qual está inserido.

128 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Apresentação
Caro estudante! Lilian Elci Claas
Como você já deve ter ouvido falar, o dia 7 de abril é o Dia Mundial da
Saúde. Ele foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde com o ob- Lilian Elci Claas é graduada em
jetivo de sensibilizar a sociedade e despertar a consciência global sobre Pedagogia com habilitação em
a saúde e o bem-estar da população. Atualmente, o trabalho ocupa um Supervisão Escolar, pós-gradua-
grande espaço na vida do trabalhador, que passa nele a maior parte de da em Administração de Recur-
sos Humanos (FAE/Unerj) e em
seu tempo.
Consultoria Empresarial (Ufsc/
O dia 28 de abril foi instituído pela Organização Internacional do Tra- Senai). Participou de mais de
balho como o dia Mundial sobre Segurança e Saúde no trabalho. O ob- 1100 horas/aula de capacitações
jetivo foi promover a conscientização sobre a importância da segurança e treinamentos empresariais
e da saúde no trabalho. Estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas em diversas áreas de formação
morrem anualmente vítimas de acidentes e doenças decorrentes da ati- técnica profissional e de rela-
vidade profissional. Isso é lamentável, você não acha? cionamento interpessoal. Atua
desde 1988 com formação e
Muito se tem falado e discutido sobre a saúde e o bem-estar dos em- desenvolvimento de lideranças,
pregados. O estresse, a saúde física e os acidentes têm causado muitos melhoria das relações humanas,
danos financeiros, emocionais e sociais. Muitas coisas já foram feitas, resolução de conflitos, melhoria
mas ainda é preciso melhorar muito para que tenhamos uma situação nos métodos de trabalho e no
ideal de trabalho. ensino correto de um trabalho.
Mas, de quem é a responsabilidade? De todos: minha, sua, do emprega- Atua, hoje, como instrutora no
Senai/SC, na unidade de Jaraguá
dor, do governo e da sociedade. Se cada um fizer sua parte, poderemos
do Sul, ministrando as disciplinas
reverter esse quadro e reduzir drasticamente os números apresentados. de Comunicação Oral e Escrita,
Diante disso, este livro foi desenvolvido e preparado especialmente para Metodologia Científica, Meto-
você. Ele é uma obra de muita utilidade para quem está entrando no dologia da Pesquisa e Gestão de
mundo do trabalho, pois apresenta noções de saúde e segurança no tra- Processos; desenvolve trabalho
balho e medidas de segurança para prevenção de acidentes e preservação de consultoria empresarial na
da saúde, visando à consolidação de sua postura profissional. A partir do área de gestão de pessoas e trei-
namento; também, orienta TCCs
conteúdo aqui apresentado, você terá noções para identificar e analisar
em cursos técnicos e tecnólogos.
os principais fatores de risco de acidentes no ambiente de trabalho, para
usar adequadamente os equipamentos de proteção individual e coletiva
e para preservar a saúde.

Então, aproveite e bons estudos!

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 129


Unidade de
estudo 1
Seções de estudo

Seção 1 – Higiene e prevenção de doenças


Seção 2 – Alimentação e saúde
Seção 3 – Prevenção de DSTs
Seção 4 – Prevenção e combate a alcoolismo,
tabagismo e entorpecentes
Seção 5 – Compensação de posturas físicas
Seção 6 – Práticas para uma vida saudável
Saúde

SEÇÃO 1
Higiene e prevenção de doenças
Você já recebeu um elogio dizendo que estava cheiroso? Isso é mui-
to bom, não é mesmo? Porém, muitas vezes, encontramos pessoas que Não adianta colocar as mãos
cheiram mal, estão sujas e cheias de doenças. Você gosta de estar perto debaixo da torneira e deixar
delas? Claro que não! Ninguém gosta de sentir cheiro ruim ou ver algo a água apenas escorrer pelos
desagradável aos olhos, certo? dedos. É importante usar um
sabonete, esfregar as mãos
Essa seção de estudo pretende discutir a questão da higiene pessoal, tão tanto na parte inferior quan-
importante para a preservação da saúde do ser humano. Então, vamos to na superior e escovar as
lá! unhas.
Você sabe quais são os aspectos que envolvem a higiene pessoal? A hi-
giene pessoal envolve higiene bucal, corporal e a genital.
A princípio, todos nós sabemos cuidar de nossa higiene pessoal, porém, Percebeu como atitudes simples
algumas vezes, desconhecemos a maneira correta de fazê-la e, por isso, no dia-a-dia podem garantir a
podemos contrair algumas doenças. Além de proteger de algumas do- saúde? Agora, observe na figura a
enças, a higiene pessoal também aumenta nossa autoestima, pois nos seguir como lavar as mãos corre-
sentimos mais confortáveis e confiantes. tamente.
Uma atitude simples, tomar banho diariamente, evita uma série de doen-
ças, pois elimina o suor e a sujeira acumulada ao longo do dia. Quando
não temos o hábito de fazê-la, podemos desenvolver mau cheiro, as-
saduras, infecções urinárias, piolhos, corrimento vaginal, micoses e até
sarna.
Outra atitude simples e que deve ser feita várias vezes ao dia, principal-
mente após utilizar o banheiro e antes das refeições, é lavar as mãos. As
mãos estão em contato com superfícies e objetos que possuem milhões
de bactérias e, se não as lavarmos, poderemos levar toda essa sujeira para
dentro de nosso corpo. Além de lavar as mãos com frequência, é preciso
escovar as unhas. Lembre-se. Essas ações são muito importantes!

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 131


Os dentes e a língua devem ser
escovados diariamente, principal-
mente após as refeições e antes de
dormir. A escova de dentes deve
ser trocada pelo menos uma vez a
cada três meses ou sempre que as
cerdas estiverem curvadas. Lem-
bre-se, também, de que o fio den-
tal deve ser usado habitualmente
para retirar o resto dos alimentos
que ficam entre os dentes e que
são dificilmente são removidos
pela escovação. A falta de higiene
bucal pode provocar mau hálito,
problemas na gengiva, placa bac-
teriana, tártaro e cáries.

DICA
Assista ao filme “As armas
mágicas e secretas para a
saúde dos dentes” em “Di-
cas de segurança e saúde
do professor Corujão”. Vale
a pena conferir!

Agora que você aprendeu mais


sobre os cuidados com a saúde e a
higiene, vamos em frente!
Figura 1 – Como Lavar Corretamente as Mãos Além dos aspectos estudados
Fonte: Vianna (2009) anteriormente, a roupa também
merece atenção. Use roupas con-
fortáveis e adequadas para cada
Além das mãos, o rosto também precisa ser lavado frequentemente com
estação do ano e troque-as dia-
um sabonete adequado para cada tipo de pele. Com isso, podemos evitar
riamente, lavando-as em seguida.
a formação de cravos e espinhas. As axilas também merecem atenção
Lave todas as roupas íntimas an-
especial, pois facilmente geram um cheiro desagradável, perceptível às
tes de usá-las e jamais as empreste
pessoas à sua volta. Para evitá-lo, lave bem as axilas, use desodorante
para outras pessoas. Os sapatos
(talco ou bicarbonato de sódio), use roupas limpas e evite usar as sinté-
também devem ser trocados dia-
ticas, que dificultam a transpiração.
riamente, deixando de ser usados
Os cabelos também precisam ser lavados com frequência para evitar a por, pelo menos, 24 horas. Limpe-
formação de seborréia e caspa, bem como a queda de cabelo e o mau os sempre que necessário e man-
cheiro. Além de ser agradável para a pessoa, o ato de lavar os cabelos tenha-os em local arejado, evitan-
com frequência permite que os mesmos cresçam saudáveis e bonitos, do a formação de mau cheiro.
transmitindo uma boa imagem às pessoas ao redor.

Tome bastante água durante o dia!


Lembre-se: não adianta só lavar os cabelos. É preciso cortá-los e penteá-los! Isso evita a formação de chulé!

132 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Além dos aspectos pessoais, suas
atitudes em relação à higiene no
SEÇÃO 2
ambiente de trabalho também de- Alimentação e saúde
monstram sua educação. Então
preste atenção. Ao usar o banhei- Você se alimenta corretamente? A maioria das pessoas responderá que
ro, cuide para não respingar sobre sim. Porém, o que os médicos têm observado é que a grande maioria
o bacio, jogue o papel na lixeira e da população brasileira abusa de gorduras, massas, carnes e temperos.
dê descarga após o uso. Portanto, pare e pense: você consome frutas e verduras diariamente?
A escrivaninha ou a bancada de Muitos responderão que não gostam desses alimentos e, por isso, não
trabalho, as máquinas e os equipa- os incluem na dieta.
mentos também devem ser deixa- É verdade que algumas verduras não são muito saborosas, mas elas são
dos limpos e em ordem. fundamentais para o funcionamento do nosso organismo. Apesar de
Outro cuidado importante é com vivermos em um país que possui uma variedade muito grande de frutas,
a alimentação. Não coma ou beba a maioria da população não tem o hábito de consumi-las diariamente.
perto de máquinas e equipamen- Alguns alegam que elas são muito caras e outros, que têm preguiça de
tos da empresa ou sobre eles, descascá-las. Nesta seção, estudaremos os benefícios de uma alimenta-
pois, além de danificados, eles po- ção saudável e veremos como alimentos menos populares podem fazer
dem ser fonte de contaminação e bem para nossa saúde.
infestação de insetos. Primeiramente, precisamos conhecer a pirâmide alimentar para com-
Vamos pensar um pouco sobre preendermos que alimentos devem ser consumidos para obtermos os
nossa alimentação e sobre como nutrientes necessários e quais são as quantidades adequadas.
ela reflete em nossa saúde? Vere-
mos mais sobre o assunto na pró-
xima seção. Confira!

Açucares, Doces, Cereais Refinados,


Manteigas,Carnes Vermelhas Bata e Refrigerantes
Excessivos em Gordura e Calorias Ricos em Calorias / Baixos em Nutrientes
Consuma esporadicamente Consuma esporadicamente

Peixes, Ovos, Aves e Marisco Lacticínios ou suplementação


Ricos em Proteínas e em Gordura de cálcio
(retire as gorduras visíveis sempre que possível) Ricos em Proteínas e Cálcio
Consuma 0 a 2 vezes ao dia (opte por produtos magros)
Consuma 1 a 2 vezes ao dia
Leguminosas, Legumas
e Oleaginosas Frutos
Ricos em Vitaminas e fibra
Ricos em Vitaminas e fibra
(variedades diferentes por refeição)
Consuma 1 a 3 vezes ao dia
Consuma 2 a 3 vezes ao dia

Vegetais
Ricos em Vitaminas e fibra Azeite, Óleos Vegetais
(variedades diferentes ( canola, soja, milho,girassol,
por refeição) amendoim e outro)
Consuma em abundância Ricos em Gordura Poliinsaturada
Consuma na maioria das
refeições
Cereais Integrais( Pão, arroz, massa...)
Ricas em fibra
(consulte as tabelas nutricionais das embalagens) Água e exercícios diários
Consuma na maioria das refeições Tantos quanto quiser

Figura 2 – Pirâmide Alimentar


Fonte: HU - USP (2010).

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 133


Conforme você pôde perceber na figura anterior, na base da pirâmide
encontramos carboidratos, que são fonte de energia. No segundo pata-
SEÇÃO 3
mar estão vitaminas, minerais e fibras. No terceiro, alimentos que são Prevenção de DSTs
fonte de proteínas e, no topo da pirâmide, encontramos alimentos que
devem ser consumidos com moderação, pois são fonte de calorias. Os jovens têm entrado na vida se-
Os médicos recomendam uma alimentação equilibrada, variando os xual cada vez mais cedo. Por con-
alimentos, comendo com moderação e consumindo mais alimentos da ta disso e da falta de informação,
base da pirâmide que do topo. Ela não precisa ser cara, porém deve estar são acometidos de doenças sexu-
adequada ao consumo humano; deve ser colorida e saborosa, proporcio- almente transmissíveis (DSTs).
nando, além dos nutrientes necessários, sensação de bem-estar e prazer. No mundo moderno, o termo
usado pelos jovens para um re-
Você sabia disso? Já havia prestado atenção em sua alimentação? Vamos
lacionamento rápido e descom-
adiante!
promissado é “ficar”. Esse termo
Com o passar dos anos, a indústria alimentícia introduziu uma série de exprime bem a realidade sexual
condimentos que tornaram os alimentos mais saborosos e com cheiros onde a troca de parceiros costuma
irresistíveis. Infelizmente, alguns desses ingredientes são prejudiciais à ser frequente. Essa situação tem
saúde, se consumidos em excesso. Vejamos alguns deles: contribuído para que as DSTs se
proliferem entre os jovens.
Ingrediente Consequências do consumo excessivo As DSTs atingem todas as raças
humanas, ambos os sexos e todas
Aumento de peso e excesso de gordura no
Açúcar
sangue
as classes sociais. Elas são trans-
mitidas principalmente através
Gordura saturada
Acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos e do contato sexual vaginal, oral ou
doenças de coração anal. As principais doenças são
Aids, cândida, chato, gonorreia,
Problemas de saúde, principalmente de
Gordura trans clamídia, HPV, donovanose, her-
coração
pes, linfogranuloma, tricomoníase
Sódio Pode causar pressão alta e vaginose.
Quadro 1 – Consumo de Ingrediente O contágio ocorre através do con-
tato íntimo – oral, vaginal ou anal
Lembre-se sempre de que se alimentar saudavelmente é ingerir alimen- – com uma pessoa infectada. Al-
tos que fornecem todos os nutrientes de que o corpo necessita para gumas DSTs também podem ser
funcionar bem. transmitidas aos bebês através do
Você sabia que existem dois tipos de nutrientes? Vamos estudá-los: útero ou durante o parto. A gran-
de maioria delas se manifesta na
▪▪ Macronutrientes: proteínas, carboidratos, fibras e gorduras. parte externa dos genitais, porém
▪▪ Micronutrientes: vitaminas (A, B, C e E) e sais minerais (fósforo, algumas podem atingir e lesionar
magnésio, potássio, zinco, sódio, cálcio e o ferro). a próstata, o útero, os testículos e
▪▪ Os nutrientes que os alimentos fornecem ao organismo podem ser outros órgãos internos. Cuidado!
classificados como construtores, energéticos ou reguladores. Veja a
seguir:
▪▪ Construtores: fornecem nutrientes para a constituição do corpo DICA
humano. Para evitar as doenças se-
▪▪ Energéticos: fornecem energia para as células. xualmente transmissíveis,
use sempre camisinha, re-
▪▪ Reguladores: regulam diversos processos que acontecem no corpo. duza o número de parceiros
e tenha hábitos de higiene
Ficou claro até aqui? Podemos ir para a próxima seção? Agora, veremos corretos. Se você tem vida
a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). sexual ativa, não se esqueça
de consultar seu médico re-
gularmente.

134 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


E as formas de obter informações ▪▪ Estimulantes: aumentam a atividade cerebral e provocam êxtase
estão ao alcance de todos! As se- e agitação deixando a pessoa “ligada”. Ex.: nicotina, cocaína, crack,
cretarias municipais de saúde, o ecstasy, etc.
SUS e o Ministério da Saúde pos-
suem vários livretos e folders ilus-
O álcool e o cigarro são aceitos legalmente, mas provocam os
trativos que são disponibilizados
mesmo danos à saúde e geram vício tanto quanto as drogas ilíci-
à população. tas. Então, observe bem as consequências!

Viu como a prevenção é o melhor


remédio? Em frente! Veja a seguir as consequências causadas pelas substâncias presentes nas
drogas:

SEÇÃO 4
Droga Consequências
Prevenção e combate a
alcoolismo, tabagismo e Depressão, esterilidade, impotência, olhos injetados,
dificuldade na fala, falta de controle sobre as ações,
entorpecentes Álcool abandono de hábitos de higiene e danos em órgãos
internos como fígado, pâncreas, estômago e nervos.
Atualmente, o consumo de dro- Diminuição da produtividade escolar e profissional.
gas ou entorpecentes é cada vez
mais comum em nossa sociedade. Doenças pulmonares, aumento da pressão arterial,
O termo “droga” é empregado problemas de reflexo e confusão mental. Problemas
tanto para substâncias, naturais de sociabilidade (tendência ao isolamento),
Maconha
ou sintéticas, manipuladas em la- ansiedade, sensibilidade à luz, olhos vermelhos e
visão irregular. Impotência sexual e geração de bebês
boratórios, quanto para produtos
com problemas genéticos.
alucinógenos ou tóxicos que le-
vam à dependência. Falsa euforia, perda de controle, depressão,
Muitas pessoas buscam as drogas, ansiedade, agressividade, desconfiança, alucinações,
principalmente, por curiosida- Cocaína e crack dores de cabeça, hemorragias nasais e coriza.
de, influência de amigos, desejo Desintegração social, desestruturação da família,
de fuga, dificuldade de enfrentar criminalidade e baixo desempenho profissional.
problemas, para obter um prazer
Elevação da temperatura corpórea, convulsões e
ou para sentir euforia. parada cardíaca, danos permanentes no cérebro,
Infelizmente, as drogas oferecem Ecstasy depressão, insônia, apatia, impotência, desidratação,
essas sensações passageiras, po- ressaca, falta de transpiração e dificuldade para
rém, com sérias consequências à urinar.
saúde do homem.
Quadro 2 – Drogas e suas Consequências

As drogas são classificadas em: Percebeu como as drogas podem provocar danos irreversíveis ao orga-
▪▪ Depressoras: diminuem a nismo humano? Vamos adiante com nosso estudo!
atividade cerebral e alteram a
captação e o processamento de
informações, deixando o indiví-
duo desligado. Ex.: ansiolíticos,
barbitúricos, morfina, colas, ópio,
álcool, etc.
▪▪ Alucinógenas: modificam
qualitativamente a atividade
cerebral e, por isso, despersonali-
zam o usuário. Ex.: LSD, heroína,
maconha, etc.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 135


DICA
A revista Vida e Saúde, de abril de 2009, publicou uma reportagem
especial sobre drogas. Procure uma biblioteca do Senai e solicite seu
empréstimo. Vale a pena ler a matéria! Também se encontra dispo-
nível uma fita de vídeo intitulada “Problemas físicos e emocionais,
efeitos de bebidas e drogas” que vale a pena ser assistida. Então,
assista ao filme e aproveite para discutir o assunto com seus colegas.

Mesmo conhecendo as consequências do uso de drogas, muitas pessoas


continuam a fazê-lo em quantidades cada vez maiores e cada vez mais
cedo. Seguidamente, podemos ver, nos meios de comunicação, notícias
sobre crianças de oito, nove e dez anos consumindo drogas como ma-
conha, cola de sapateiro, cocaína, álcool, crack, etc.
As drogas, além de prejudicarem o desenvolvimento do corpo ainda
jovem, afetam a saúde, podendo levar à criminalidade. Isso é uma tragé-
dia, pois um indivíduo que se droga, além da saúde, perde a autoestima
e a dignidade.
Por causa das drogas, muitos lares são destruídos, o usuário é discri-
minado pela sociedade e sua carreira profissional fica comprometida.
Enfim, os danos provocados pelo consumo de drogas são infinitamente
maiores do que os benefícios. Por isso, pense bem! Sua vida vale mais do
que apenas um momento de prazer!

Vamos refletir um pouco sobre nossa postura? Veja na próxima seção os


problemas que a má postura pode causar.

SEÇÃO 5
Compensação de posturas físicas
Você já sentiu dores nas costas? Nas articulações? Musculares? A grande
maioria da população já sentiu algum tipo de dor física decorrente da má
postura. Normalmente, percebemos que estamos com problemas pos-
turais quando sentimos algum tipo de desconforto ou dor. Na grande
maioria das vezes, utilizamos nosso corpo sem pensar nas consequên-
cias. No entanto, precisamos aprender a usá-lo sem agredi-lo.
O primeiro passo é identificar a posição em que ficamos a maior parte
de nosso dia e aprender a maneira correta de posicionar o corpo.
Se você trabalha sentado, verifique se a cadeira é adequada e se está sen-
tado corretamente. Ao usar o computador, verifique se os punhos estão
na altura do teclado e se os olhos estão na mesma altura do monitor.

136 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 3 – Posição Correta Sentado

Agora, se você trabalha em pé, mantenha a coluna reta, procurando ca-


minhar de vez em quando. Ao carregar peso, procure distribuir o peso
igualmente. Caso precise apanhar um objeto do chão, dobre os joelhos,
mantendo a coluna reta.

Figura 4 – Posicionamento Correto do Corpo para Carregamento de Peso

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 137


Veja, a seguir, algumas dicas importantes para ter uma boa postura e
evitar dores musculares:
▪▪ Jamais carregue peso sobre a cabeça.
▪▪ As mulheres devem evitar usar sapatos de salto alto por longos
períodos.
▪▪ Ao dormir, use travesseiros que se adaptam entre o ombro e a cabe-
ça.
▪▪ Jamais durma de bruços.
▪▪ Faça alongamentos frequentemente.

Viu como é importante cuidar da postura? Vamos em frente!

SEÇÃO 6
Práticas para uma vida saudável
Quais são suas preocupações? Trabalho, relacionamentos, família?
Como você tem cuidado de seu corpo? Ele é sua casa e a forma como
você cuida dele determina sua aparência, seu estado mental e emocional.
Então, perceba se você leva uma vida saudável.
Para isso, não basta evitar doenças; é preciso estar bem emocional, física,
social e espiritualmente. Nossas escolhas afetam a maneira como vive-
mos e o tempo que vivemos.

Figura 5 – Aspectos da Qualidade de Vida

138 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Para se estar bem fisicamente, é preciso ter uma boa noite de sono, fazer Além de ter uma vida saudável,
exercícios físicos e comer adequada e equilibradamente. Já o bem-estar é preciso que as pessoas também
mental está relacionado ao equilíbrio emocional e ao bom convívio fa- consigam se realizar em seu tra-
miliar. O bem-estar social relaciona-se a uma moradia adequada, a aces- balho. Sabe-se que as pessoas se
so a tratamento de saúde, a trabalho e renda adequados e a segurança comprometem com alguma coi-
pessoal. Já o bem-estar espiritual é obtido através da prática de uma sa quando tiram do trabalho sua
religião, da meditação ou de contato com a natureza, alcançando, com realização pessoal, tanto material
isso, a paz interior. quanto psicologicamente. Dessa
maneira, o que impulsiona o ho-
mem à ação é sua motivação, ou
seja, a realização como ser hu-
mano; por isso, o trabalho preci-
sa, necessariamente, significar e
proporcionar um futuro melhor.
Caso isso não ocorra, o trabalho
será uma obrigação chata, frus-
trante e desgastante. O ser huma-
no não quer apenas trocar tempo
por dinheiro; ele deseja fazer algo
além da sua obrigação.
E você, já havia pensado sobre
isso? Aqui, finalizamos esta uni-
dade e, na seguinte, estudaremos
temas sobre segurança e medicina
Fonte: Bebê... (2010) do trabalho. Confira!

A vida saudável é obtida através de ações pessoais e não depende dos


outros. Cada pessoa deve querer e buscar boa saúde e se empenhar para
tê-la. Para isso, deve planejar, direcionar prioridades e mudar hábitos de
vida que colocam em risco a saúde e o bem-estar. Aquele que tem uma
vida saudável é mais feliz e, com isso, tem mais saúde.
Para ter uma vida saudável, é preciso estar bem consigo mesmo, re-
conhecendo seu valor e dos outros, respeitando direitos e cumprindo
obrigações. Uma pessoa saudável também observa a qualidade de seus
relacionamentos e, para isso, se comunica de forma eficiente, disponibi-
lizando tempo para as pessoas com as quais convive. Lembre-se de que
as relações afetivas estáveis influenciam na saúde, na realização pessoal e
na segurança do indivíduo.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 139


Unidade de
estudo 2
Seções de estudo

Seção 1 – Acidente de trabalho


Seção 2 – CIPA
Seção 3 – Causas e consequências dos aciden-
tes de trabalho
Seção 4 – Fatores de risco de acidentes
Seção 5 – Equipamentos de proteção coletiva e
individual
Segurança e Medicina do Trabalho

SEÇÃO 1
Acidente de trabalho
Atualmente temos lido e ouvido, c. doença profissional produzida pois a maior parte dos acidentes
com muita frequência, relatos de ou desencadeada pelo exercí- ocorre nesses períodos.
acidentes que ocorrem no local de cio do trabalho;
trabalho. Alguns são assustadores
e deixam a população perplexa. d. doença do trabalho adquirida DICA
Pergunto: de quem é a culpa? Na ou desencadeada em função
grande maioria das vezes, a culpa de condições especiais do tra- Que tal ampliar seus co-
nhecimentos assistindo ao
reside, na falha humana. Você já balho.
filme “O gato e o rato: cui-
observou como as pessoas usam
E você, já sofreu algum tipo de dados com a eletricidade”
os meios de transporte para se da fita “Dicas de segurança
acidente de trabalho? Quais fo-
deslocarem para o trabalho e e saúde do professor Coru-
ram as consequências? Quem saiu
como executam suas tarefas diá- jão”? Essa é uma boa dica!
prejudicado?
rias? Não é surpresa verificar que
os acidentes ocorram em função
da falta de cuidado e observação Segundo pesquisas da Previdência
às leis que regulamentam e regem Social, em 2007 ocorreram: Podemos seguir em frente? Então
o trabalho e o trânsito brasileiro. vamos para a Seção 2.
▪▪ 514.135 acidentes de trabalho,
Segundo o Artigo 1º do Decreto- sendo 393.143 com homens e
lei nº 7.036, de 10 de novembro 120.981 com mulheres.
de 1944, acidente de trabalho é SEÇÃO 2
▪▪ Destes, foram 414.785 aci-
“todo aquele que se verifica pelo
dentes típicos, 78.564 acidentes
CIPA
exercício do trabalho, provocan-
de trajeto e 20.786 doenças do
do, direta ou indiretamente, lesão A legislação sobre segurança, hi-
trabalho.
corporal, perturbação funcional, giene e saúde do trabalhador no
ou doença que determine a mor- ▪▪ Os meses com maior incidên- Brasil é relativamente nova. Os
te, a perda total ou parcial, perma- cia (47 mil) foram março, agosto primeiros registros de uma Co-
nente ou temporária da capacida- e outubro. missão Interna de Prevenção de
de para o trabalho”. Acidentes (CIPA) são de 1921.
Em Santa Catarina ocorreram Porém, somente em 1944 ela foi
28.442 acidentes de trabalho
São considerados acidentes de implantada legalmente no Brasil.
em 2007, sendo mais de 21 mil
trabalho: com homens e aproximadamen- A Norma Regulamentadora NR
te 7 mil com mulheres (MTE, 5 trata da CIPA e delibera sobre
a. aquele ocorrido no trajeto en- 2007). direitos e deveres tanto do empre-
tre a residência e o local de tra- gador quanto do empregado.
balho; Basta dar uma olhada nos jornais
para constatarmos que homens
b. Acidente de trajeto: aquele que
com idade entre 18 e 30 anos são
ocorre no trajeto de casa para
os que mais sofrem acidentes de
o trabalho (vice – versa, sem
trabalho. As partes mais atingidas
interrupções);
do corpo são mãos e dedos, segui-
dos por pés. Os horários entre 9
e 10 horas e 15 e 16 horas são
considerados os mais perigosos,

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 141


SEÇÃO 3
Causas e consequências dos acidentes de
trabalho
Agir sem permissão, brincar no local de trabalho, dirigir perigosamente,
não cumprir normas de segurança, não usar equipamentos de prote-
ção individual (EPIs), usar bebidas alcoólicas ou drogas, brigar no local
Fonte: Associação (2009) de trabalho, etc. Você sabia que atitudes como essas podem desenca-
dear acidentes de trabalho? “Acidente de Trabalho é uma ocorrência
não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere na
realização da atividade de forma normal, ocasionando perda de tempo,
lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais” (ZOOCHI, 1971 apud
SILVA, 2003, p.20).
Todas as empresas públicas e
privadas, bem como os órgãos
governamentais que tiverem fun- Portanto, muitos acidentes ocorrem porque as pessoas que executam
cionários contratados pela Con- determinado trabalho não o fazem segundo as normas de segurança.
solidação das Leis do Trabalho Esses acidentes são decorrentes de atos inseguros. Então, observe bem!
(CLT) são obrigados a organizar
e manter em funcionamento uma
CIPA, composta tanto por repre-
sentantes do empregador quanto
do empregado. A função principal
da CIPA é observar, relatar e pro-
por ações para reduzir, neutralizar
ou eliminar riscos existentes no
local de trabalho. Também é sua
função orientar os empregados
quanto à prevenção de acidentes.
Percebeu a importância da CIPA
em uma organização? Vamos se-
guir para a próxima etapa! Figura 6 – Ato Inseguro

Outros acidentes, por sua vez, ocorrem em função das condições inse-
guras do próprio local de trabalho.

Figura 7 – Condição Insegura


Fonte: Kindermann (2000, p. 157)

142 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Em qualquer uma das situações, Pronto para mais uma seção? Va-
todos os envolvidos são prejudi- mos adiante! DICA
cados:
SEÇÃO 4 Vamos ampliar nossos co-
nhecimentos sobre o tema?
▪▪ Empregado: dor, afastamen-
to temporário ou permanente, Fatores de risco de Então, assista ao filme “Cau-
sas de acidentes e sua pre-
cicatrizes, saúde física e emocio- acidentes venção: como lidar com os
nal abaladas, redução de salário, cinco maiores agentes cau-
vida em risco, etc. Cuidados com segurança, higiene sadores de acidentes”.
▪▪ Empregador: Problemas e saúde do trabalhador são fun-
e aumentos dos custos com a damentais para a prevenção e o
produção, contratação de outro controle de acidentes de trabalho
empregado, treiná-lo para a fun- que decorrem das condições inse- Pronto para mais uma etapa?
ção, etc. guras nos ambientes. Ambientes Agora veremos os equipamentos
de risco podem ocasionar o apa- utilizados para proteção durante o
▪▪ Sociedade: custo com inter- recimento das chamadas doenças trabalho. Acompanhe!
nações, cirurgias e fisioterapias,
do trabalho ou moléstias profis-
etc. Mas, algumas ações simples
sionais.
podem reduzir o número de SEÇÃO 5
acidentes de maneira significati-
va. A seguir, você verá algumas
Equipamentos de pro-
recomendações que podem ser teção coletiva e indi-
implementadas em sua empresa vidual
Fonte: LASAE (2010)
a fim de reduzir o número de
acidentes de trabalho: Todo empregado tem direito a
▪▪ Ter uma CIPA atuante. equipamentos de proteção indivi-
▪▪ Respeitar as normas de dual (EPIs), que devem ser forne-
segurança. cidos gratuitamente e em perfeito
Segundo a NR 9, os riscos am- estado de conservação e funcio-
▪▪ Usar os equipamentos de namento sempre que a atividade
segurança. bientais são agentes que produ-
zem danos à saúde do trabalha- oferecer algum risco à saúde e
▪▪ Treinar adequadamente a dor. Eles podem ser classificados à integridade física. EPI é todo
mão-de-obra. como: dispositivo ou produto destinado
▪▪ Implantar dispositivos de à proteção do trabalhador contra
segurança em máquinas e riscos de acidentes. O empregado,
equipamentos. ▪▪ Agentes físicos: ruídos, vibra- por sua vez, tem a obrigação de
ções, calor, frio, radiações, etc. usar o EPI e se responsabilizar
▪▪ Manter o local de traba-
▪▪ Agentes químicos: poeiras, por sua conservação e manuten-
lho limpo e em ordem.
fumaças, gases, vapores, etc. ção.
▪▪ Sinalizar e iluminar ade- Veja, a seguir, um quadro com os
quadamente os ambientes. ▪▪ Agentes biológicos: bactérias,
fungos, parasitas, vírus, etc. principais EPIs e suas aplicações.
▪▪ Manter os ambientes
arejados e livres de poeiras ▪▪ Agentes ergonômicos: são
e gases. aqueles que não se enquadram
em nenhuma das categorias ante-
▪▪ Instruir os empregados
riores e que podem, igualmente,
quanto à vestimenta ade-
produzir alterações na saúde do
quada para o trabalho.
trabalhador. Tais agentes são
ligados a:
Com esses cuidados, você pode
evitar acidentes e preservar sua
▪▪ Fatores psicológicos: monoto-
nia e trabalhos repetitivos.
saúde no trabalho!
▪▪ Fatores fisiológicos: ritmo e
posição de trabalho.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 143


Parte do corpo Objetivo Equipamento Foto

Reduzir/eliminar
riscos de quedas,
Crânio Capacete
batidas, cabelos
arrancados.

Reduzir/eliminar
riscos do impacto de Óculos de segurança,
Face partículas, respingos máscaras e protetor
de produtos facial
químicos, etc.

Reduzir/eliminar Protetores de inserção


Ouvido riscos decorrentes de ou externos (tipo
ruídos excessivos. concha)

Reduzir/eliminar
riscos de respingo
Tronco ou impacto dos Aventais
inúmeros agentes
agressores.

Reduzir/eliminar
riscos de inalação
Respiradores
Nariz/boca de gases ou
(máscaras)
substâncias nocivas
ao organismo.
Reduzir/eliminar
riscos com cortes,
escoriações,
Membros
abrasões, Luvas
superiores
perfurantes,
elétricos, térmicos,
etc.
Reduzir/eliminar
riscos contra
Calçados, botas e
Membros impactos,
perneiras
inferiores eletricidade, metais
em fusão, umidade,
etc.
Quadro 3 – Aplicação dos EPIs
Fonte: Adaptado de NOVA química (2008)

144 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Lembramos que de nada adiantam os equipamentos de proteção indivi-
dual e coletiva se você não fizer sua parte. Então, respeite as regras de
segurança e você reduzirá significativamente os riscos de acidentes no
exercício de sua profissão.

DICA
Vamos testar nossos conhecimentos?

Visite o site www.areaseg.com/jogos/cruzadas/index.html#, que


contém uma série de jogos e exercícios on-line na área de segurança.

Vamos para a próxima unidade? Agora veremos as formas de prevenção


e combate a incêndio.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 145


Unidade de
estudo 3
Seções de estudo

Seção 1 – Prevenção e combate a incêndio


Seção 2 – Primeiros socorros
Prevenção e Combate a Incêndio

SEÇÃO 1
Prevenção e combate a
incêndio

Você já teve a oportunidade de


presenciar um incêndio? As cenas
que se veem num incêndio são as-
sustadoras e ficam marcadas em
nossa memória para sempre! Um
incêndio pode destruir em pouco
tempo aquilo que se levaram anos
para construir ou comprar. O
fogo pode aparecer em veículos
automotores, florestas, empresas
e residências. Diante disso, faz-se
necessário controlar as causas de
incêndio, pois muitas vidas po-
Figura 9 – Triângulo do Fogo
dem correr perigo.
Fonte: UFRRJ ([200?])
Incêndio é a existência de fogo
em local indesejado capaz de pro-
vocar prejuízos materiais, quei-
maduras, intoxicação por fumaça A NR 23 legisla sobre prevenção e combate a incêndios. Seu objetivo é
e quedas. E você sabe quais são determinar as regras que devem ser respeitadas a fim de eliminar e/ou
as principais causas de incêndio? reduzir riscos de incêndio.
Fumar em local proibido, faíscas De acordo com informações do MTE (2001), ela determina que todas
ou chispas, eletricidade estática e as empresas devem ter:
locais sujos e desorganizados. En- ▪▪ proteção contra incêndio;
tão, fique atento para que isso não
aconteça com você! ▪▪ saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em
caso de incêndio;
O fogo precisa de três elementos
atuando simultaneamente para ▪▪ equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
existir: combustível, calor e oxi- ▪▪ pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.
gênio.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 147


Dependendo do material consumido, os incêndios podem pertencer a
quatro classes:

Tipo de fogo Material Extintor


Materiais de fácil combustão, com propriedade de
Espuma
queimar em sua superfície e profundidade, que
Classe A Água pressurizada
deixam resíduos, como tecidos, madeira, papel,
Água-gás
fibra, etc.
Dióxido de carbono
Produtos que queimam somente em sua superfície,
Químico seco
Classe B não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes,
Abafamento com areia
tintas, gasolina, etc.
Espuma
Dióxido de carbono
Equipamentos elétricos energizados, como motores,
Classe C Químico seco
transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Abafamento com areia

Abafamento com limalha de ferro


Elementos pirofóricos como magnésio, zircônio,
Classe D fundido
titânio
Abafamento com areia
Quadro 4 - Classes de Fogo
Fonte: MTE (2001)

Depois de aprendermos mais sobre causas de incêndio, vamos aos pri-


meiros socorros? Veja-os na próxima seção!

SEÇÃO 2
Noções de Primeiros Socorros1
Nesta seção, você aprenderá dicas práticas sobre socorro a vítimas de
pequenos traumas.

Caso haja ocorrências de grandes proporções, acione socorro especia-


lizado, repasse o máximo de informações sobre o problema e atenda a
possíveis orientações que lhe forem passadas.

Muitas vezes na ânsia de querer ajudar, você pode prejudicar ainda a


mais a vítima, dessa forma, se não sabe o que fazer melhor procurar
equipe que saiba, certo?

1 Texto adaptado de Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. SMS – Saú-
de. 2ed. Rio de Janeiro (RJ), 2008.

148 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Outros materiais podem ser acrescentados a essa lista, mas não faça isso
sem antes consultar um especialista em primeiros socorros.
DICA
SAMU: 192
Corpo de Bombeiros: 193 Manter a calma
Polícia Rodoviária Federal: 191 A vítima deve ser tranquilizada e, para isso, você deve estar calmo e
(somente para acidentes ocorri-
confiante. Portanto, evite que o acidentado conheça a extensão exata
dos em rodovias federais)
dos ferimentos.
Polícia Militar: 190

Tomar medidas de precaução


As ações básicas de primeiros O risco de contrair doenças infectocontagiosas no momento do socorro
socorros que você conhecerá ao pode ser minimizado, se forem observados alguns cuidados:
estudar esta seção, são geralmente ▪▪ Evitar o contato direto com o sangue ou fluidos orgânicos da víti-
aceitas no Brasil. São informações ma.
importantes, mas que não visam
▪▪ Evitar ferir-se durante o atendimento.
a habilitar profissionais em áreas
médicas ou de enfermagem, e sim ▪▪ Não levar as mãos à boca, olhos ou pele, sem antes lavá-las com
descrever os procedimentos mais muita água e sabão.
indicados nos primeiros atendi- ▪▪ Isolar seus ferimentos antes de atender à vítima.
mentos prestados em situações de ▪▪ Usar luvas cirúrgicas ou de borracha.
emergência.

Atitudes essenciais à Evitar remover a vítima


prestação dos primeiros Somente remova a vítima quando houver perigo imediato de agrava-
socorros mento da situação, como por exemplo: fogo, afogamento, queda em
precipício, atropelamento, inalação de gases venenosos etc., ou, ainda,
quando a espera por socorro não for possível.
Ao ajudar uma vítima de aciden-
te, você deve utilizar as técnicas
e procedimentos corretos e indi-
cados para cada caso, como tam-
bém precisa observar uma série
de comportamentos. São esses
comportamentos que vamos ana-
lisar em cada um dos itens abaixo.
Vamos lá?

Ser prevenido
Para facilitar o socorro, é impor-
tante que você tenha à mão alguns
materiais, como, por exemplo: fi-
tas de crepe de aproximadamente
10cm de largura, gaze, esparadra-
po, luvas de borracha ou cirúr-
gicas, água potável, tesoura sem
ponta, toalha e uma manta. Para
atendimento noturno, é aconse-
lhável uma lanterna a pilha.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 149


A remoção da vítima em estado Hemorragia
grave não é tarefa fácil, principal-
A hemorragia acontece quando se rompe um vaso sanguíneo; isso pode
mente quando não há ajuda.
levar a vítima à morte por anemia aguda, caso ela não seja atendida com
urgência. A intensidade da hemorragia é variável e, dependendo de sua
Assim, sempre que possível, dei- gravidade, você deve adotar um dos procedimentos descritos a seguir.
xe a remoção da vítima para uma Acompanhe:
segunda etapa, quando chegar um
médico ou o socorro especializa-
do. Tipo de
ferimento
Nome do Pro-
(para qual o Procedimento
cedimento
procedimento
Procurar um pronto-socorro é indicado)
Além de atender à vítima, é im-
portante que você providencie Usando um chumaço de gaze ou um lenço
ajuda especializada, chamando ou Ferimentos limpo dobrado sobre as bordas da ferida. Pos-
Compressão
leves teriormente, deve-se amarrar outro pedaço de
mandando chamar socorro médi-
gaze ou lenço no local.
co. Não se esqueça de comunicar
o local exato do acidente, o nú-
mero de vítimas e a gravidade dos Caso a compressão não funcione, deve-se
ferimentos. amarrar uma tira de borracha maleável três
Ferimentos
Garrote dedos acima do ferimento, com o cuidado de
leves
afrouxá-la de 15 em 15 minutos, aproximada-
Agora que você já conheceu algu- mente.
mas atitudes básicas que todo so-
corrista deve tomar ao prestar os
Consiste em passar um pedaço de pano em
primeiros socorros, vai ter a opor-
volta do membro atingido, deixando uma
tunidade de analisar os procedi- pequena folga, pela qual se introduz um
mentos para o atendimento de pedaço de ferro ou madeira. A seguir, faz-se o
emergência. Esperamos que, com Casos graves movimento de torção, até que seja cessada a
isso, você possa se sentir mais se- de hemorragia hemorragia. Não se deve esquecer, sobretudo,
guro para socorrer uma vítima de (nos quais a ví- que o torniquete precisa ser amarrado três
trauma e/ou acidente. Torniquete
tima teve um dedos acima do ferimento. É importante que
dos membros esse método seja empregado quando a com-
amputado, pressão ou o garrote não surtirem resultado. E
Procedimentos para o esmagado ou também nesse caso, deve-se ter o cuidado de
atendimento de emergên- dilacerado) afrouxar o torniquete de 15 em 15 minutos,
aproximadamente. Ao se fazer esse afrouxa-
cia mento, se a hemorragia não voltar, abandona-
-se o torniquete e aplica-se somente pressão
local.
Na sequência de seus estudos,
você aprenderá sobre os proce- Quadro 5 - Procedimentos de primeiro socorro
dimentos para o atendimento Fonte: Do Autor (2014).
de emergência. Ao estudar estes
procedimentos, o esperado é que
você se sinta mais seguro para so-
correr uma vítima de trauma e/ou Ferimentos
acidente. Dentre os diversos tipos de ferimento, selecionamos o mais comum,
para apresentar as técnicas de primeiros socorros indicadas para cada
Analise, a seguir, os casos apre- situação e que devem ser observadas pelo socorrista.
sentados, cuja gravidade requer
um pronto atendimento do so-
corrista e o emprego de técnicas
adequadas de primeiros socorros.

150 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Ferimentos superficiais ▪▪ Semi-inconsciência
O procedimento, neste caso, con- Considerando a profundida-
siste em sentar a vítima e abaixar de, uma queimadura pode ser
▪▪ Limpar a área atingida com a cabeça dela até a altura dos joe- de 1°, 2° ou 3° graus. Já quan-
água morna e sabão. lhos, pedindo-lhe que force para to à extensão, pode ser carac-
levantá-la. terizada como uma pequena
▪▪ Aplicar mercúrio cromo, ou uma grande queimadura.
mertiolate ou qualquer tipo de
antisséptico. ▪▪ Inconsciência
▪▪ Não tocar o ferimento com o ▪▪ Deitar a vítima em
dedo, lenço sujo etc. decúbito dorsal (barriga para A conduta de um socorrista deve
▪▪ Cobrir o local com gaze esteri- cima) e aplicar panos úmidos ser a seguinte:
lizada e esparadrapo. sobre sua testa ou rosto.
▪▪ Elevar membros inferio-
Obs.: para ferimentos graves res para facilitar circulação ▪▪ Lavar a área queimada com
como evisceração ou objetos em- sanguínea. água fria e soro fisiológico, do
palados, obrigatoriamente você centro para fora, sem perfurar as
▪▪ Mantê-la em local are-
deverá acionar socorro especiali- bolhas.
jado.
zado. ▪▪ Dar um analgésico para aliviar
▪▪ Jamais dê líquidos a uma
a dor.
pessoa inconsciente.
▪▪ Dar água para o queimado,
Vertigens ou desmaios caso ele esteja consciente.
Acidentes causados pelo ▪▪ Encaminhá-la, de imediato,
Chamamos de vertigem a uma calor para o hospital.
tonteira acompanhada por sen-
sação ilusória de rotação. O aten-
A seguir, você vai conhecer os
dimento é feito de acordo com o
principais tipos de lesão ocasio-
estado da vítima, ou seja, se ela Insolação
nados pelo calor e quais os pro-
está inconsciente ou semi-incons-
cedimentos corretos de primeiros
ciente.
socorros para cada caso. Ocorre quando a vítima sofre
ação excessiva e prolongada dos
raios solares.
Queimaduras
O atendimento do socorrista con-
São lesões ocasionadas pela ação siste em:
do calor sobre o corpo. As quei-
maduras são classificadas quanto
à profundidade da lesão dos teci- ▪▪ Remover a vítima para um
dos e à extensão do corpo tomada lugar fresco.
por ela. ▪▪ Afrouxar-lhe toda a roupa.
▪▪ Deitá-la de costas.
▪▪ Deixar sua cabeça mais alta
em relação ao corpo e colocar
compressas frias sobre ela.
▪▪ Dar-lhe quantos banhos frios
forem necessários.
▪▪ Fazê-la beber água, se possível,
ou dar-lhe bebidas frias.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 151


Acidentes causados pelo frio ▪▪ Não dê álcool de espécie alguma para a vítima.
▪▪ Transporte-a, não a deixando andar, pois o esforço apressa a absor-
ção do veneno.
Neste tipo de acidente, o atendi-
mento de primeiros socorros con- ▪▪ Aqueça-a imediatamente com cobertores, para minorar um possível
siste em: estado de choque.
▪▪ Não a faça vomitar, se ela estiver inconsciente ou se o veneno for
corrosivo.
▪▪ Cobrir a parte atingida com
um agasalho ou com a própria ▪▪ Não lhe dê leite, caso desconheça a natureza do tóxico.
mão. ▪▪ Não lhe dê qualquer óleo comestível, pois isso poderá apressar a
▪▪ Colocar a região atingida em absorção de venenos solúveis em óleo.
água aquecida, em temperatura
de 30 a 40ºC. No que se refere às intoxicações industriais, elas são adquiridas por via
▪▪ Enrolar a região afetada com oral, respiratória e cutânea.
um cobertor, na falta de água
morna. O primeiro atendimento, nesses casos, deve ser a remoção do indivíduo
▪▪ Deixar a circulação restabele- para um local arejado. Acompanhar a reação da vítima e se necessário,
cer-se normalmente. encaminhá-la imediatamente para um hospital.

Intoxicação e envenenamen- Lesão trauma-ortopédica


to
As lesões mais comuns podem afetar as articulações, os ossos ou os
Em casos de envenenamento – músculos.
por exemplo, o causado por inse-
ticida –, você deve proceder desta
maneira:

▪▪ Ministrar o antídoto reco-


mendado.
▪▪ Levar a vítima imediatamente
ao pronto socorro.

Antídoto – É o contraveneno;
o remédio utilizado para com-
bater a ação de substâncias
prejudiciais ao organismo.

Neste item, você vai identificar alguns tipos de lesão e os procedimentos


Existem algumas recomendações de primeiros socorros que devem ser adotados para aliviar o sofrimento
importantes que devem ser obser- da vítima.
vadas em casos de envenenamen-
to. Atente para cada uma delas:

152 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


O atendimento de primeiros so-
Tipos de lesão Descrição do tipo de lesão
corros deve ser feito levando-se
É o deslocamento do osso na base de suas articu- imediatamente a vítima ao pron-
Luxação to-socorro.
lações.

É a saída momentânea do osso (retornando em


Entorse
seguida). Se for o caso de uma epilepsia, es-
pecificamente, é necessário fazer
o seguinte:
Só existe fratura quando um osso se parte; nesse
caso, a imobilização é o primeiro passo no atendi-
mento de primeiros socorros. ▪▪ Chamar o médico.
Fraturas Os principais tipos de fratura são: ▪▪ Afrouxar as roupas da vítima,
• As fechadas ou cobertas. virando sua cabeça para o lado, a
• As expostas. fim de evitar a asfixia.
▪▪ Proteger a cabeça da vítima
Quadro 6 - tipos de lesões para evitar a ocorrência de lesões.
Fonte: Do Autor (2014).
▪▪ Deixá-la onde já estiver, ou
seja, não a remover.
As fraturas exigem um atendimento específico, acompanhe a seguir em
que consiste esse atendimento. ▪▪ Não dar nada para beber.

▪▪ Não tentar colocar o osso quebrado no lugar nem tratar como se A epilepsia não é contagiosa.
fosse uma ferida. Após a recuperação do ata-
que disrítmico ou epiléptico,
▪▪ Colocar duas talas de papelão duro, ou tábuas, ao lado da região
a vítima deve ser orientada a
atingida, acondicionando um acolchoamento entre elas.
procurar um médico.
▪▪ Fixar as talas, com faixas de pano ou ataduras, em espirais contínuas
e tensas.
▪▪ Encaminhar a vítima para um hospital. Corpos estranhos

Convulsões O corpo estranho pode agredir


diferentes partes do corpo, como
por exemplo olhos, nariz, ouvidos
São contrações involuntárias da musculatura, provocando movimentos etc. Vejamos como é possível pro-
desordenados. Elas acontecem geralmente com perda da consciência e ceder em cada caso.
têm causas diversas, entre as quais:

▪▪ Epilepsia.
▪▪ Verminose.
▪▪ Intoxicação.
▪▪ Febre alta em criança.
▪▪ Traumatismo na cabeça.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 153


Causada por alimentos, brinque-
Local do corpo Procedimento dos ou outros objetos externos,
é a obstrução das vias aéreas em
qualquer lugar da boca até os brô-
• Não esfregá-los. nquios. Pode levar à morte da víti-
• Não tentar retirar corpos estranhos encravados ma em poucos minutos.
no globo ocular.
Nos olhos • Tentar retirá-los, delicadamente, quando se
tratar de poeira ou cisco, usando bastante água.
• Procurar imediatamente o médico, caso não Fique em alerta a sinais como:
consiga retirar o cisco na primeira ou segunda • As mãos agarram o pescoço
tentativa.
• Sufocação
• Exaustão
• Comprimir a narina não obstruída, fechar a
boca e tentar expelir o ar com a narina obstruí- • Expressão de angústia
da.
Nariz
• Não assoar com muita violência.
• Procurar um médico, caso não consiga desobs-
truí-la.
A seguir, você aprenderá so-
• Não introduzir nenhum objeto, como palito, bre a Manobra de Heimlich.
grampo etc. no ouvido.
Ouvido
• Procurar imediatamente um médico, sem A Manobra de Heimlich é consi-
tentar retirá-lo.
derado o melhor método pré-hos-
pitalar de desobstrução das vias
aéreas superiores por corpo estra-
Quando se trata da obstrução das vias áereas por corpo estranhos, no nho. A manobra leva esse nome,
entanto, é necessário muito cuidado e atenção. Acompanhe na ilustra a porque foi descrita pela primei-
seguir como você deve proceder nesses casos: ra vem, em 1974, pelo médico
Henry Heimlich. O procedimen-
to consiste em induzir na víti-
ma uma  tosse  artificial, fazendo
com que a vítima expila o objeto
da  traqueia. Na sequência obser-
ve como realizar a manobra tanto
em adultos quanto em crianças.

Como realizar a manobra em


adulto

▪▪ Coloque-se por trás da vítima.


▪▪ Abra um pouco as pernas da
vítima introduzindo uma de suas
pernas entre as pernas dela.
▪▪ Abrace-a, posicionando suas
mãos sobre dois dedos abaixo do
esterno (osso que une as costelas)

Figura 10 - Obstrução de Vias Aéreas por Corpos Estranhos

154 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ Faça um movimento de com-
pressão na vítima para que pelo
deslocamento de ar o alimento/
objeto seja expelido.
▪▪ Caso obtenha sucesso na
manobra coloque a vítima latera-
lizada

Como realizar a manobra em


criança

▪▪ O procedimento deve ser exa-


tamente o mesmo que se aplica
ao adulto. Lembre-se apenas que
a força aplicada durante a com-
pressão deverá ser menor. Além
disso, pode ser necessário que
Verifique o estado geral da vítima e, se necessário, acione socorro espe-
você apoie um dos joelhos no
cializado imediatamente.
chão para garantir maior firmeza
durante o procedimento.
Como você aprendeu nesta seção, os primeiros socorros são, de forma
geral, procedimentos de emergência que têm por objetivo manter sinais
Como realizar a manobra em vitais das vítimas e evitar o agravamento do quadro. De qualquer for-
bebês ma, o atendimento especializado sempre deve ser acionado. Isto porque
o profissional em atendimento de emergência, o Socorrista, possui a
formação e equipamentos adequados para prestar o atendimento espe-
▪▪ Colocar a crianças em decúbi- cializado à vítima.
to ventral sobre sua mão.
▪▪ Aplicar pressão com a base
da palma da mão nas costas da
criança até que o alimento/obje-
to seja expelido.

Vítima de Choque Elétrico

Antes de prestar socorro à vítima,


tome o cuidado de cortar / isolar
a fonte de alimentação da energia
que gera o choque elétrico.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 155


Finalizando
Caro estudante!

Chegamos ao final desta unidade curricular. Parabéns!


Neste livro você encontrou uma série de informações sobre a segurança e saúde no trabalho.
A primeira unidade de estudo apresentou os vários aspectos que envolvem a saúde do traba-
lhador. Identificamos os principais aspectos da higiene e da prevenção de doenças, discutimos
a questão da alimentação adequada para o bem-estar do indivíduo e vimos como prevenir e/ou
evitar DSTs, tabagismo, alcoolismo e drogas. Também se apresentaram a questão da compensa-
ção de posturas físicas e as principais práticas para uma vida saudável.
A segunda unidade de estudo trouxe os aspectos relacionados à segurança e à medicina do tra-
balho. Conceituou-se acidente de trabalho, suas causas e consequências, bem como os fatores
de risco. O papel da CIPA e os equipamentos de proteção coletivos e individual também foram
contemplados neste capítulo.
A terceira unidade de estudo tratou de prevenção e combate a incêndio, bem como dos primeiros
socorros que devem ser prestados às vítimas de acidentes.
Como você deve ter percebido, a saúde e a segurança do trabalho dependem de todos nós. Se
cada um fizer sua parte, reduziremos significativamente o número de acidentes e com isso tere-
mos uma vida mais feliz, saudável e segura.
Então, evite acidentes de trabalho, tenha uma vida saudável e auxilie na preservação de sua vida e
dos demais colegas de trabalho. Aplique os conhecimentos aqui disponibilizados e estruture uma
carreira de sucesso, sólida e saudável. Não deixe de observar a questão da segurança, pois isso
pode fazer a diferença em sua vida!

Sucesso!

Um grande abraço!

Lilian

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 157


Referências
▪▪ ALM IND. COM. LTDA. EPI´S. Disponível em: <http://images.google.com.br/
imgres?imgurl=http://www.almepis.hpgvip.com.br/epis3.jpg&imgrefurl=http://
www.almepis.hpgvip.com.br/&usg=__680DxKwB1ZQcLDqSRrujW3_6HbA=&-
h=1069&w=804&sz=85&hl=pt-BR&star t=15&itbs=1&tbnid=aDFV2kIOK-
ZVAM:&tbnh=150&tbnw=113&prev=/images%3Fq%3DEPIs%26hl%3Dpt-BR%26sa
%3DG%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1>. Acesso em: 18 mar. 2010.

▪▪ ASSOCIAÇÃO de docentes da UERJ. Imagem. Ilustração, color, 2009. Disponível em:


<http://www.asduerj.org.br/X_ELETRONICO/2009/JUNHO/24/imagem.jpg>. Aces-
so em: 20 maio 2010.

▪▪ BEBÊ Ternura. MPj0430659000012. Foto, color. Disponível em: <http://www.bebeter-


nura.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/12/MPj0430659000012.jpg>. Acesso em:
20 maio 2010.

▪▪ CENTRO EDUCATIVO DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO. Problemas físicos e


emocionais, efeitos de bebidas e drogas. Rio de Janeiro: CEST, [199-?]. 1 fita de vídeo
(14 min): VHS/NTSC, son., color.

▪▪ KINDERMANN, G. Choque elétrico. 2. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000. 203 p.

▪▪ LASAE, Paulo. Safe Man. Ilustração, color. Disponível em: <http://s199.photobucket.


com/albums/aa194/paulolasae/Lasae/SafeMan.jpg>. Acesso em: 20 maio 2010.

▪▪ LEMOS, F. Drogas: como elas agem, viciam e matam seus usuários. Vida e saúde, v. 71, n.
4, p. 8-17, abr. 2009.

▪▪ MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). Anuário Estatístico de Aci-


dentes do trabalho. Disponível em: <http://www.previdenciasocial.gov.br/arquivos/of-
fice/3_090519-153719-033.pdf>. Acesso em: 02 mar. 2010.

▪▪ ______. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Disponível em: <http://


www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_05.asp>. Acesso em: 16 mar.
2010.

▪▪ ______. NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em:


<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09_at.pdf>. Acesso
em: 16 mar. 2010.

▪▪ ______. NR 12 - Máquinas e Equipamentos. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/


legislacao/normas_regulamentadoras/nr_12.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2010.

▪▪ ______. NR 23 - Proteção Contra Incêndios. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/


legislacao/normas_regulamentadoras/nr_23.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2010.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 159


▪▪ NOVA QUÍMICA. EPIs. Disponível em: <http://novaquimica.wordpress.com/epi/>.
Acesso em: 18 mar. 2010.

▪▪ PIRÂMIDE alimentar. Disponível em <http://www.hu.usp.br/profissionais/nutricao/nu-


tricao_piramide.htm>. Acesso em: 10 fev. 2010.

▪▪ SILVA, M. Q. Proposta de redução da taxa de frequência de acidentes em um compo-


nente automobilístico. 2003. Disponível em: <http://www.ppga.com.br/mba/2003/gpt/
silva-mauricio_quintino_da.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2010.

▪▪ TRIÂNGULO do fogo. Disponível em: <www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/fogo2.


jpg>. Acesso em: 18 mar. 2010.

▪▪ VIANNA, M. Lavar as mãos é uma das principais formas de evitar doenças con-
tagiosas como a gripe suína. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/vivermelhor/
mat/2009/07/21/lavar-as-maos-uma-das-principais-formas-de-evitar-doencas-contagio-
sas-como-gripe-suina-756903855.asp>. Acesso em: 05 fev. 2010.

Referências Complementares

▪▪ CAUSAS de acidentes e sua prevenção: como lidar com os cinco maiores agentes causadores
de acidentes. São Paulo: Interconnection, [2004?]. 1 fita de vídeo (16 min), VHS/NTSC,
son., color. (Segurança do trabalho).

▪▪ DICAS de segurança e saúde do professor Corujão. São Paulo: Apollo-Vídeos Educacio-


nais, [19--]. 1 fita de vídeo (35 min), NTSC/VHS, son., color. (Vídeo escola. 1005 Professor
Corujão).

▪▪ OLIVEIRA, L. H. A dura jornada de um sanduíche. Superinteressante, ed. 234, v. 20,


n. 12, Edição Extra, dez. 2006. Disponível em: <http://super.abril.com.br/superarqui-
vo/2006/conteudo_480628.shtml>. Acesso em: 10 dez. 2010.

▪▪ PORTINHO, J. A. Vida Saudável. Disponível em <http://www.universia.com.br/mate-


ria/materia.jsp?id=6573>. Acesso em: 01 mar. 2010.

▪▪ SCHNEIDER, A. P. ABC da Alimentação Saudável. Disponível em: < http://www.abc-


dasaude.com.br/artigo.php?650>. Acesso em: 10 fev. 2010.

160 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Anexo
A Dura Jornada de um Sanduíche Baba digestiva

Da boca ao fim do tubo digestivo, um túnel que mede cerca de 9 metros O líquido é 99,5% compos-
de uma ponta a outra, a comida que ingerimos passa por várias etapas to de água, que irá hidra-
até ser absorvida e, finalmente, transformada em energia. tar o bocado do sanduíche,
Texto adaptado de Lucia Helena de Oliveira transformando-o em uma
papa fácil de ser engolida. A
saliva ainda contém enzimas,
capazes de destruir bactérias
A boca avança sobre o sanduíche. Os dentes cortam o pão e rasgam o que, eventualmente, peguem
recheio. A mordida marca a largada do percurso que o alimento fará carona no sanduíche. Por
por um tubo com cerca de 9 metros de comprimento, ora mais largo, causa desse papel de defen-
ora mais estreito, na maior parte, cheio de curvas. Alguns obstáculos sora, ela não pára de ser fa-
diminuirão a velocidade dessa longa travessia, que deverá durar entre 12 bricada nunca. Diariamente,
e 14 horas. No final da jornada, as ligações químicas das moléculas do uma pessoa produz cerca de
sanduíche estarão quebradas em porções suficientemente pequenas para 1,2 litro desse líquido. Por
permitir que elas penetrem nas células humanas. causa do amido, um tipo de
carboidrato contido no pão, a
Todo o processo de digestão tem por objetivo quebrar as cadeias de quebra química do sanduíche
carbono dos alimentos, para que o organismo possa utilizar a energia de começa ainda na boca, graças
que precisa. Em seu sentido mais rudimentar, a vida, portanto, é uma a uma enzima salivar, a alfa-
constante busca de comida, ou melhor, das cadeias de carbono – e a amilase.
fome nada mais é do que um aviso do corpo de que a bateria está fican- O tempo que o sanduíche fica
do descarregada. No entanto, na forma como costumam ser encontra- na boca depende da vontade
das na alimentação, as cadeias de carbono quase sempre são muito com- de cada um, mas quanto mais
pridas. E as moléculas do sanduíche são muito grandes para penetrar nas triturada a comida for, mais
nossas células. fácil ela fica de ser engolida.
A deglutição é um momento
crítico, quando o alimento
“Por isso, o aparelho digestivo é relativamente longo. Ao percorrê-lo,
atravessa o cruzamento en-
essas moléculas têm tempo para se tornar menores”, justifica o cirurgião
tre o aparelho digestivo e o
Aldo Junqueira Rodrigues, especialista em anatomia, da Universidade de
respiratório, na faringe, um
São Paulo. Outra característica do tubo digestivo é ser impermeável na
tubo muscular com cerca de
maior parte do trajeto do sanduíche, cujas moléculas são absorvidas ape-
12 centímetros, na altura da
nas na reta final do intestino. Pão, carne, queijo, alface, tomate, maione-
garganta. “Se o sanduíche
se: nessa receita comum, encontram-se os 3 grupos de alimentos – car-
pegar a via errada, na direção
boidratos, gorduras e proteínas – que devem ser quebrados em órgãos
dos pulmões, ele logo será
diferentes do aparelho da digestão. A princípio, os ingredientes, juntos,
expulso por um jato de ar, no
são triturados na boca, pelos dentes. Enquanto a mastigação prossegue,
fenômeno do engasgo”, des-
a língua se move para todos os lados, ajudando assim a misturar o peda-
creve Junqueira. Da faringe,
ço de sanduíche com a saliva.
o bolo alimentar segue pelo
  esôfago, o tubo de aproxima-
damente 25 centímetros que
vai do pescoço ao tórax. É
uma pista de alta velocidade,
por onde os líquidos passam
em um único segundo; os

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHOI 161


alimentos sólidos demoram no Como as gorduras demoram para to. Nesse momento, o organismo
máximo 8 segundos. O ritmo ace- ser quebradas, se o sanduíche tiver manda para dentro das células as
lerado não é mérito da força da muita maionese, o intestino libe- vitaminas e os sais minerais que
gravidade: a proeza se deve a mo- rará hormônios, ordenando que estavam, principalmente, na alfa-
vimentos ondulatórios, existentes o estômago segure a sua carga. ce e no tomate do sanduíche. Res-
em todo o aparelho digestivo, que Obedecendo a esse comando quí- tará assim o chamado bolo fecal
empurram o alimento na direção mico, o piloro se fecha. Só quan- – uma mistura de tudo o que não
certa. do todo o alimento no intestino foi absorvido.
  já estiver pronto para a absorção,
o duodeno permitirá a entrada de
O sanduíche ainda levará outras
Bucho cheio um segundo bocado e assim por
10 ou 12 horas, antes de se tornar
diante. A gordura freia a veloci-
energia dentro de cada célula do
dade da trajetória, daí a sensação
O sanduíche alcança, enfim, o es- corpo humano. Na verdade, uma
que as pessoas têm de estômago
tômago. Se essa bolsa estiver va- pessoa ingere hoje o combustí-
pesado quando comem. 
zia, parecerá pequena como um vel que irá gastar amanhã. Ainda
pêssego. Estufado, o estômago assim, a glicose, de todos os nu-
pode armazenar 2 litros de ali- trientes, é o que se transforma
A etapa final mais rapidamente em energia.
mento. Nele, os líquidos fazem
uma pequena parada, de poucos
minutos. O sanduíche, porém, fi- Em 24 horas, o intestino fabri- A gordura, no entanto, é uma
cará ali durante 2 a 6 horas, sendo ca cerca de 3 litros do chamado fonte de energia bem mais efi-
sovado como uma massa de pão, suco intestinal, que serve apenas ciente, embora demore mais para
com movimentos em todos os para dissolver a massa provenien- ser acionada. Depois de algum
sentidos, a cada 15 ou 20 segun- te do estômago. As enzimas que tempo caminhando, os músculos
dos. quebrarão o sanduíche – nesse abandonam a glicose, para con-
instante, já líquido como uma sumirem gordura. Os aminoáci-
sopa grossa – são produzidas pelo dos, por sua vez, servem como
O ácido clorídrico estomacal con-
pâncreas, uma glândula que fica matéria-prima para o organismo
tinua o trabalho de quebrar os
fora do intestino, logo abaixo do construir suas próprias proteínas.
carboidratos do pão. Diariamen-
estômago. Elas se transformam em energia
te, o estômago fabrica cerca de 2
litros de suco gástrico, no qual se Na digestão, tudo acontece em somente quando não há mais ne-
encontra também uma enzima, a meio líquido, e a gordura da co- nhuma glicose ou gordura dispo-
pepsina, que inicia a quebra das mida não se dissolve em água. Daí níveis.
proteínas, o principal ingrediente a importância da bile, produzida
do queijo e da carne do recheio no fígado, que também escorre
do sanduíche. por um canal no duodeno. Os sais Questões:
biliares, derivados do famoso co-
lesterol, parecem um fósforo com
Logo depois, ele deixa sair uma duas cabeças. De um lado, são so- ▪▪ Que tipos de alimentos são
amostra dessa pasta de sanduíche lúveis em água; de outro, em mo- considerados saudáveis? Por quê?
pelo chamado piloro, uma passa- léculas de gordura, funcionando ▪▪ O que determina se uma dieta
gem estreita, sempre entreaberta. como um elo entre as gotículas é saudável é a quantidade ou a
Essa pequena colherada vai para gordurosas e a água. qualidade dos alimentos?
o duodeno, um trecho de 18 cen-
tímetros na entrada do intestino ▪▪ Que tipos de alimentos você
delgado, que tem 6 metros. Esse A etapa final do tubo digestivo prefere comer?
é, por excelência, o órgão de di- mede cerca de 1 metro: é o in- ▪▪ Considerando seus hábitos
gestão, pois é a única parte do testino grosso. Em uma ou duas alimentares, responda: você é
aparelho digestivo que trabalha- horas, ele absorve não só a água uma pessoa que se alimenta bem?
rá com todos os ingredientes do como os cerca de 9 litros de sucos Justifique sua resposta.
sanduíche ao mesmo tempo, in- diversos que o aparelho digestivo
cluindo a gordura da maionese. despejou na trajetória do alimen-

162 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Informática Básica
1ª Edição Revisada

Luciana Schmitz
Maycon Cim
Vitor de Oliveira Marinony Fernandes

Revisado por:
Levi Celestino Azevedo Pereira

Florianópolis/SC
2014
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da atualização desta obra

Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa


Consultoria em Educação Jaqueline Tartari
Maycon Cim Contextuar

Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação Design Educacional


Gisele Umbelino Roberta Martins
Kácio Flores Jara
Ilustração
Coordenação Desenvolvimento de Recursos Paulo Lisboa Cordeiro
Didáticos
Michele Antunes Corrêa Diagramação
Felipe da Silva Machado
Revisor
Levi Celestino Azevedo Pereira

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca SENAI/SC Florianópolis

S355i
Schmitz, Luciana
Informática básica / Luciana Schmitz, Maycon Cim, Vitor de Oliveira
Marinony Fernandes. 1. ed. rev. – Florianópolis : SENAI/SC, 2014.
76 p. : il. color ; 30 cm.

Inclui bibliografias.

1. Informática. 2. Internet. 3. Planilhas eletrônicas. 4. Editor de textos


(Programas de computador). 5. PowerPoint (Programa de computador). I.
Cim, Maycon. II. Fernandes, Vitor de Oliveira Marinony. III. SENAI.
Departamento Regional de Santa Catarina. IV. Título.

CDU 004

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Sumário
Conteúdo Formativo 167 214 Unidade de estudo 4
Microsoft Office
PowerPoint 2007
Apresentação 169

170 Unidade de estudo 1 215 Seção 1 - Slides e formatação


Sistema Operacional 217 Seção 2 - Objetos
219 Seção 3 – Animações
221 Seção 4 – Salvando e impri-
mindo
171 Seção 1 - Sistema Operacional
172 Seção 2 - Interface Gráfica
224 Unidade de estudo 5
175 Seção 3 - Gerenciamento de Microsoft Office
Arquivos e Pastas Excel 2007
176 Seção 4 - Manipulando Pas-
tas e Arquivos
177 Seção 5 - Área de Transfe- 225 Seção 1 – Planilhas e forma-
rência tação
227 Seção 2 – Formatação e
fórmulas
182 Unidade de estudo 2
Internet 228 Seção 3 – Gráficos
229 Seção 4 – Funções
231 Seção 5 – Classificação e
183 Seção 1 - Microsoft Outlook filtros
Express
232 Seção 6 – Salvando, impri-
188 Seção 2 - Internet e seus mindo e configurando a
navegadores página

190 Unidade de estudo 3


Microsoft Office Referências 237
Word 2007

191 Seção 1 - Visão geral e carac-


terísticas
194 Seção 2 - Formatação de
texto
199 Seção 3 - Configurando pará-
grafo e espaçamentos
203 Seção 4 - Configurando a
página
206 Seção 5 - Impressão de do-
cumentos
208 Seção 6 - Outras funções
166 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 32 horas

Competências

Desenvolver atividades no microcomputador usando as várias ferramentas e os


recursos que os softwares oferecem ao usuário de informática.

Conhecimentos
▪▪ Conhecimentos básicos de informática: componentes dos computadores e suas
finalidades – hardware e software.
▪▪ Sistema operacional.
▪▪ Editor de texto.
▪▪ Planilha eletrônica.
▪▪ Software de apresentação.
▪▪ Internet.
▪▪ Correio eletrônico (e-mail).

Habilidades

▪▪ Elaborar textos em editores de texto.


▪▪ Elaborar planilhas de cálculo e apresentação.
▪▪ Utilizar ferramentas específicas de informática.
▪▪ Navegar em sites de busca.
▪▪ Fazer download de arquivos.

Atitudes

▪▪ Organização e conservação do laboratório de informática.


▪▪ Uso responsável dos recursos de internet.
▪▪ Proatividade e trabalho em equipe.
▪▪ Demonstrar capacidade de relacionamento interpessoal, mantendo comporta-
mento ético.

INFORMÁTICA BÁSICA 167


Apresentação
Prezado aluno, neste curso você irá conhecer importantes informações Luciana Schmitz
e dicas sobre a utilização das principais ferramentas empregadas para Maycon Cim e
automação de escritórios: sistema operacional Windows XP; e-mail e na- Vitor de Oliveira Marinony
vegação na internet; Microsoft Word 2007; Microsoft Power Point 2007; Fernandes
e Microsoft Excel 2007.
Luciana Schmitz é pós-graduan-
da em Projeto de Software pela
Com o editor de texto Microsoft Word 2007 você terá condições de criar Universidade do Sul de Santa
de forma rápida e fácil poderosos documentos de texto. Catarina e formada em Ciência
da Computação pela Universi-
Você irá adquirir os conhecimentos necessários para a criação de apre-
dade Federal de Santa Catarina.
sentações de slides com imagens, sons e links para arquivos ou para a Realizou o curso de extensão
internet usando o Microsoft Power Point 2007. em Tutoria On-line pelo SENAC-
Usando o Microsoft Excel 2007 você irá criar fórmulas e funções para SC E o curso de Conteudista pelo
agilizar a confecção de planilhas e aumentar a confiança no seu trabalho SENAI-CTAI. É professora de cur-
realizado. sos profissionalizantes, quali-
ficação profissional e técnicos
Todos esses softwares funcionam no sistema operacional Windows XP, desde 2004. Possui quatro anos
nele você irá aprender a manipular arquivos e pastas, além de alguns de experiência em preparação
recursos de configuração do computador. de conteúdo para informática
Este material também contempla tópicos relativos à utilização de e-mail básica e web design.
e navegação na internet.
Maycon Cim é especialista em Ge-
renciamento de Projetos pelo SE-
Nota: todas as imagens utilizadas neste material são da interface dos NAI/Florianópolis, tecnólogo em
softwares Microsoft Word 2007, Microsoft Power Point 2007, Microsoft Gerenciamento dos Sistemas da
Excel 2007 e do sistema operacional Windows XP. Informação pelo SENAC/Florianó-
polis e técnico em Processamento
de Dados pelo SENAC/Brusque.
Possui experiência como docente
na área de Tecnologia da Infor-
mação. É autor de livros didáticos
na área de desenvolvimento para
web e Excel avançado. Atualmen-
te, trabalha como gerente de pro-
jetos dos cursos de Qualificação
de Tecnologia da Informação e
também na Pré-incubadora do
SENAI/Florianópolis.

Vitor de Oliveira Marinony Fer-


nandes é tecnólogo em Tecnolo-
gia de Redes de Computadores
pela faculdade SENAI Florianó-
polis e técnico em Informática
com ênfase em telecomunica-
ções pelo SENAC/São Carlos.
Possui experiência como docen-
te na área de Tecnologia da In-
formação. Atualmente, trabalha
como professor em cursos pro-
fissionalizantes.

INFORMÁTICA BÁSICA 169


Unidade de
estudo 1
Seções de estudo

Seção 1 − Sistema Operacional


Seção 2 − Interface Gráfica
Seção 3 − Gerenciamento de Arqui-
vos e Pastas
Seção 4 − Manipulando Pastas e
Arquivos
Seção 5 − Área de Transferência
Seção 6 − Aplicativos
Sistema Operacional Cliente

Nesta unidade, você aprenderá O Windows 7 é um sistema ope- Windows será carregado. Con-
a utilizar o sistema operacional racional gráfico que controla as forme sua configuração, talvez
Windows 7 – Home Basic. Além tarefas realizadas no computador. você se depare com a tela de usu-
de conhecer esse sistema opera- Foi desenvolvido pela Microsoft ário. Nesse caso, você deve clicar
cional, suas características e fun- Corporation. O nome Windows sobre o ícone do usuário que
ções, você irá aprender, por meio (janelas, em inglês) sugere a pos- deseja entrar. Alguns apresentam
de um passo a passo, a inicializar e sibilidade de se trabalhar com vá- senha, outros não.
finalizar esse sistema, bem como a rias janelas de programas ao mes- ▪▪ Passo 2 - Finalizando o Win-
gerenciar arquivos e pastas, dentre mo tempo. dows: para finalizar o Windows,
outras tarefas. Saiba como inicializar e finalizar o clique sobre o botão “iniciar” e
Windows 7 corretamente, acom- depois, no comando “desligar”.
panhando o procedimento a se- Ao lado do comando desligar,
SEÇÃO 1 guir. há uma seta, na qual aparecem
outras opções.
Sistema Operacional ▪▪ Passo 1 - Inicializando o Win-
Conheça as opções do botão des-
dows: aperte o botão de “liga/
ligar no quadro a seguir:
O sistema operacional torna o desliga” de seu computador e o
uso do computador conveniente
e amigável para os usuários. São
exemplos de sistemas operacio-
nais: Faz a troca de área de trabalho, mas não finaliza as
Trocar usuário
▪▪ Microsoft Windows 7; tarefas que estão em execução.

▪▪ Sistemas baseados no Ker- Fazer logoff


Faz a troca de área de trabalho mas, nesse caso, fina-
nel Linux (Debian, Mandriva. liza todas as tarefas que estão em execução.
Ubuntu, RedHat, Suse); Bloquear Bloqueia o computador.
▪▪ UNIX (Free BSD, Solaris,
Reiniciar Desliga o computador, reiniciando-o em seguida.
AIX);
▪▪ Macintosh Operating System É um estado de economia de energia, onde o
ou MacOS. Windows diminui a velocidade do processador e da
Suspender memória, desliga os ventiladores e gasta o mínimo de
energia. Neste caso, as informações ficam armazena-
das na memória.
É um estado de economia de energia, pois o Windo-
Como o sistema operacional ws grava a situação atual no HD e então se desliga
que será abordado nesta uni- Hibernar totalmente, consumindo nada de energia. Ao ligar o
dade é o Microsoft Windows computador, as informações serão exibidas no estado
7, é sobre ele que você terá em que este foi desligado.
mais detalhes nas próximas
páginas.
Quadro 1 - Opções do botão desligar do Windows 7

INFORMÁTICA BÁSICA 171


de trabalho mostra quais progra- acessar programas, pastas e con-
mas estão em execução, além de figurações do computador, além
Você sabia que o sistema
permitir que você os alterne. O da área de notificação, onde se en-
operacional é um programa
de computador que faz o in-
desktop também contém o menu contra o relógio digital, o ícone de
termédio entre os usuários e Iniciar, que pode ser usado para áudio, entre outros acessos.
o hardware do computador?
Sem o sistema operacional,
seria necessário conhecer a
linguagem que o computador
entende, para que fosse pos-
sível dar alguma ordem para
ele.

Nesta primeira seção você


aprendeu os primeiros passos
de como inicializar e finalizar um
computador do sistema Windows
7. Na seção a seguir, você conhe-
cerá os elementos da interface Figura 1 - Tela da área de trabalho do Microsoft Windows 7 Home Basic
desse sistema, bem como suas
respectivas características.
Ícones

SEÇÃO 2 São representações simbólicas de


Interface Gráfica arquivos, programas ou pastas, os
indicativos de caminho (ou ata-
lho) para se chegar a um deter-
Nesta seção você conhecerá os
minado fim. A seguir, veja alguns
principais elementos da interfa-
exemplos.
ce gráfica do sistema operacional Figura 3 - Windows 7 -Ícone da Lixeira
Windows 7.

Barra de Tarefas
Área de trabalho ou
Desktop
Os dois principais recursos da
barra de tarefas são: botão iniciar
A área de trabalho é a principal e alternância de tarefas com botão
área exibida na tela quando você de ação. Seu principal objetivo é
liga o computador. Ela serve de Figura 2 - Windows 7 - Ícone do Inter- tornar mais fácil a troca entre os
superfície, como se fosse uma net Explorer aplicativos.
mesa real. Quando você abre
programas ou pastas, eles são exi-
bidos na área de trabalho. Nela
também é possível colocar itens,
como arquivos e pastas, e organi-
zá-los como quiser.
A área de trabalho possui uma
barra de tarefas, que fica na par-
te inferior da tela, com a qual é
possível trocar de posição. A área

172 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 4 - Windows 7 - Barra de tarefas.

Quando você inicia ou abre uma janela (WordPad e Paint, por exemplo), Caixa de diálogo
um botão representando uma janela aparece na barra de tarefas. Para
alternar entre janelas, basta clicar no botão correspondente à janela dese-
jada. Ao fechar a janela, o botão é removido da barra de tarefas. Você pode imaginar que uma cai-
xa de diálogo é semelhante a uma
janela, mas a caixa se difere nos
seguintes aspectos:

▪▪ não apresenta botões de mini-


mizar, maximizar ou restaurar;
▪▪ não pode ser redimensionada;
▪▪ não existe ícone de identifica-
ção presente na barra de tarefas;
▪▪ apresenta botões (OK, can-
cela, aplicar, etc.) para exclusão/
confirmação das informações.
A figura a seguir representa uma
caixa de diálogo do Windows 7.

Figura 5 - Windows 7 - Barra de tarefas com botões

Dependendo da tarefa realizada, Paint), indicando que a janela está


outros indicadores podem apare- aberta e minimizada;
cer na área de notificação da barra ▪▪ possui os botões minimizar,
de tarefas, como uma impressora maximizar, restaurar e fechar no
representando o trabalho de im- canto superior direito;
pressão ou uma bateria represen-
tando o nível de energia, no caso ▪▪ pode ser redimensionada.
de um computador portátil.
Você poderá alterar o tamanho
da janela ativa dentro de suas ne-
Janelas cessidades. Para alterar o tamanho
de uma janela proporcionalmente,
proceda da seguinte forma:
Conheça as características de uma
janela: ▪▪ clique sobre um dos cantos ou
nas extremidades da janela;
▪▪ possui barra de título indi-
cativa do local de trabalho do ▪▪ espere o mouse se transformar
usuário; numa seta com duas pontas;
▪▪ possui botão de representação ▪▪ clique e arraste no sentido que
na barra de tarefas (por exemplo, as setas indicam.
Microsoft Internet Explorer e

INFORMÁTICA BÁSICA 173


Figura 6 - Windows 7 - Exemplo de caixa de diálogo

Botão Iniciar

O Windows 7 inclui o menu iniciar para fornecer acesso rápido a programas usados com frequência e áreas de
sistema comuns, como computador, painel de controle e pesquisa. No lado esquerdo do botão iniciar, aparece
a lista dos programas mais frequentemente utilizados. Esta lista controla a frequência de programas que são
usados e os exibe na ordem de mais usado (superior) para o menos usado (inferior).
Veja um exemplo na figura a seguir:

Figura 7 - Windows 7 - Botão Iniciar

174 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Conheça a seguir os comandos do botão iniciar.
SEÇÃO 3
Gerenciamento de Ar-
quivos e Pastas
Por meio deste comando é possível acessar a pasta que
Documentos contém os documentos. Esta pasta serve para que o
usuário guarde seus arquivos
Após ter estudado sobre a interfa-
ce gráfica do sistema operacional
Fornece acesso rapidamente à pasta Imagens. Essa Windows 7, você está apto a co-
Imagens pasta serve para o usuário guardar suas fotografias e nhecer o Explorer, ambiente ideal
figuras e próprio para você trabalhar com
Fornece acesso rapidamente à pasta Músicas. Essa pas- movimentação, exclusão e inser-
Músicas ta serve para o usuário guardar seus arquivos de música ção de arquivos em diferentes
digital. pastas de trabalho.
Neste comando encontram-se os jogos que estão insta-
Jogos
lados no Windows 7. Iniciando o Windows
Este comando mostra todas as unidades de armazena- Explorer
mento do computador (discos rígidos, drives de CD/
Computador Para inicializar o Explorer, siga os
DVD, pen-drives, entre outros), além de todo o conteú-
do dentro da unidade de armazenamento selecionada. passos seguintes:

Por meio deste comando, você configura os principais


Painel de recursos do Windows 7, que permitem alterar confi- ▪▪ Passo 1: clique sobre o botão
controle gurações genéricas, adicionar drivers de impressoras e Iniciar do Windows 7;
outros periféricos.
▪▪ Passo 2: escolha a opção To-
Indica a existência ou não da instalação de determina- dos os Programas/Acessórios;
Programas dos softwares no computador. É o caminho correto para
se chegar a um determinado aplicativo.
▪▪ Passo 3: selecione Windows
Explorer.
Dispositivos Usado para instalar, configurar e remover impressoras e
e impressora outros dispositivos. Você também poderá utilizar o
conjunto de teclas abaixo para
Servem para especificar o programa padrão para de-
acessar o Windows Explorer.
Programas terminadas atividades, como por exemplo, navegação
Veja!
padrão na web, envio de e-mails ou reprodução de arquivos de
mídia.
Ajuda e
Acessa a ajuda do Windows 7.
suporte
Este campo tem como finalidade facilitar a localização
de ar- quivos, pastas, pessoas, computadores na rede
Campo ou em qualquer um dos discos disponíveis da máquina tecla Windows + tecla “E”
Pesquisa/ ou rede. É a forma mais fácil de executar um programa
Executar que não apareça em algum dos menus. Exemplo: se
desejar abrir a calculadora, digite“calc”, se desejar exe-
cutar a tela do MS-DOS, digite“cmd”.

Quadro 2 - Comandos do botão iniciar

Interessante o conteúdo que acabou de aprender, você concorda? Co-


nhecendo os elementos que compõem a interface gráfica, você poderá
começar a gerenciar seus arquivos e organizá-los nas pastas correspon-
dentes. Como você gerencia seus documentos? Esse é o assunto que
será abordado a seguir. Em frente!

INFORMÁTICA BÁSICA 175


SEÇÃO 4
Manipulando Pastas e
Arquivos
O Windows Explorer é o am-
biente ideal e próprio para você
trabalhar com movimentação, ex-
clusão e inserção de arquivos em
diferentes pastas de trabalho.
Acompanhe, a seguir, as possibili-
dades que você poderá ter dentro
do Explorer.

Abrir e fechar pastas


Para abrir ou fechar pastas no
Figura 8 - Tecla Windows
Windows Explorer você pode cli-
car sobre um pequeno triângulo,
que fica posicionado ao lado das
Você ainda tem a opção de clicar sobre o menu “computador”, que se pastas. Quando ele estiver sinali-
encontra no botão “iniciar”. Veja uma representação na figura a seguir. zando para direita, indica que há
subpastas disponíveis para serem
exibidas. Quando ele estiver si-
nalizando para baixo, indica que
a pasta está aberta e exibe suas
subpastas.

Mudar de unidade
Você pode mudar de unidade para
ver as pastas e arquivos contidos
em um disco diferente. Para mu-
dar de unidade com o mouse, cli-
que no ícone da unidade desejada
(A:, C:, D:, etc.) no alto da lista de
pastas.

Criar novas pastas


Há várias razões para você querer
criar uma pasta. Um dos motivos
Figura 9 - Windows 7 - Janela do Windows Explorer ou Computador mais comuns para se criar uma
pasta é para organizar os arquivos
de documento.

Nesta etapa do conteúdo, você conheceu o ambiente em que são cria-


das as pastas no Windows Explorer. O próximo passo é aprender a Para criar uma pasta, siga os pas-
manipular essas pastas e os arquivos nelas contidos. Vamos em frente? sos descritos abaixo:
▪▪ defina o local onde deseja criar
uma nova pasta, que poderá ser
uma unidade ou uma pasta;

176 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ clique no menu “nova pasta”; Selecionar diversos ar- Ao definir um nome longo para
▪▪ digite o nome da nova pasta, pastas, siga as mesmas regras cita-
quivos ou pastas das anteriormente.
usando até 256 caracteres, no
quadro de texto que aparece Você pode fazer a seleção de vá- Agora que você já sabe o que
próximo ao novo ícone (o nome rios arquivos ou pastas de duas são arquivos e pastas, que tal en-
digitado substitui a palavra nova formas: tender como funciona a área de
pasta); Sequencialmente: para selecio- transferência com a manipulação
▪▪ pressione a tecla Enter. O nar um grupo de arquivos que es- de arquivos e pastas?
Windows cria a nova pasta, que tejam em sequência, dê um clique
aparece imediatamente na lista de sobre o primeiro, mova o cursor
pastas. para o último arquivo da lista a ser SEÇÃO 5
marcada e mantenha pressionada Área de Transferência
a tecla Shift, enquanto clica sobre
Eliminar uma pasta o mesmo. Todos os arquivos que Este é o local onde as informa-
Para eliminar uma pasta, siga estes fizerem parte desta sequência se- ções ficam guardadas por um cur-
passos: rão selecionados. to espaço de tempo. Veja algumas
Aleatoriamente: para selecionar situações práticas que ficam arma-
▪▪ na lista de pastas, selecione a mais de um arquivo que não este- zenadas na área de transferência.
pasta que você quer eliminar; ja em sequência, use e mantenha
▪▪ escolha no menu organizar o pressionada a tecla Ctrl, enquan-
comando “excluir”; to dá um clique sobre os arquivos Copiando um arquivo
▪▪ o quadro de diálogo aparece desejados. ou pasta
confirmando a exclusão; Ao copiar um arquivo ou pasta,
▪▪ certifique-se de que a pasta Definir nomes longos ou até mesmo um trecho de tex-
mostrada está correta e selecione para arquivos to, essa informação é guardada na
“sim”; área de transferência até que seja
▪▪ Outra forma de excluir pastas Você pode criar um arquivo com descarregada em algum local ou
é pressionando a tecla “delete” nome de até 256 caracteres de sobrescrita por outra informação.
quando a pasta já estiver selecio- comprimento, além de incluir Lembrando que, ao fazer a cópia
nada. espaços e determinados caracte- da informação, você poderá des-
res de pontuação no nome, para carregar diversas vezes, gerando
torná-lo legível. muitas cópias da mesma informa-
Renomear arquivos ou Você pode ainda, usar os seguin- ção.
pastas tes símbolos e marcas de pon-
Para renomear arquivos ou pastas, tuação em um nome de arquivo
siga estes passos: longo:
Também é necessário cuidar
para que o sistema operacio-
▪▪ selecione o arquivo ou a pasta nal não seja desligado, pois,
que você deseja renomear; $ % ‘ - (espaço) @ ~ ! ( ) [ ] ^ # & nesse caso, as informações
▪▪ escolha, no menu organizar, o +,;={} contidas na área de transfe-
comando “renomear”; rência serão perdidas
▪▪ o arquivo selecionado receberá
uma caixa de texto com o nome
Você jamais deve usar:
atual em destaque; Para copiar um arquivo ou pasta,
▪▪ inicie a digitação, que o nome uma das formas é usando tecla de
atual será eliminado automatica- atalho, portanto, siga os passos a
? : <> / \ | “” *
mente para a inserção do novo seguir.
nome;
▪▪ conclua a digitação e clique
▪▪ Passo 1: selecione o arquivo,
fora da caixa de texto para con-
ou pasta ou texto.
firmar a alteração.

INFORMÁTICA BÁSICA 177


▪▪ Passo 2: aperte as teclas Ctrl Com esses procedimentos você ▪▪ Calculadora: executa as mes-
+ C (copiar). já poderá copiar, recortar e colar. mas atividades de uma calcula-
▪▪ Passo 3: clique no local onde A cada passo apresentado aqui dora de mão. Ela oferece para o
deseja descarregar a informação procure realizar a experiência na usuário algumas interfaces para
que está na área de trabalho. prática, pois dessa maneira fica atender melhor às necessidades
mais fácil de assimilar o conteúdo específicas como: padrão, científi-
▪▪ Passo 4: aperte as teclas Ctrl apreendido. ca, programador e estatística.
+ V (colar).
▪▪ Gravador de som: você pode
gravar sua voz ou outro som que
Recortando um arqui- SEÇÃO 6 desejar e salvar em seu compu-
vo ou pasta Aplicativos tador. Neste caso, é importante
ter um microfone para capturar o
Ao recortar um arquivo ou pasta,
Em um sistema operacional, di- som externo.
ou até mesmo um trecho de tex-
versos aplicativos como editor de
to, essa informação é guardada na
textos simples, aplicativo de dese- Compactação
área de transferência até que seja
nho, entre outros, já vêm instala-
descarregada em algum local ou
dos para que auxiliem o usuário Compactar ou comprimir arqui-
sobrescrita por outra informação.
em tarefas comuns. Além disso, vos ou pastas serve para reduzir o
é permito instalar outros aplicati- tamanho do arquivo ou para adi-
vos, quando necessário. cionar vários arquivos ou pastas
Lembrando que ao usar o re- num único arquivo compactado.
cortar você estará movendo Conheça alguns destes aplicativos
a seguir. Existem vários formatos de arqui-
a informação para um novo
vos de compactação, os dois mais
local.
utilizados são os formatos ZIP e
Acessórios RAR.
Os acessórios são um conjun- Para realizar a compactação ou
Para recortar um arquivo ou pas- compressão, você poderá ter um
ta, uma das formas é usando tecla to de aplicativos que auxiliam o
usuário a realizar tarefas básicas. aplicativo instalado em sua má-
de atalho, portanto, siga os passos quina, como o Winzip ou Winrar.
a seguir. Para acessar os aplicativos conti-
dos nos acessórios, clique no bo- Mas, as versões mais atuais do
tão “iniciar”, depois em “todos Windows possuem um recurso
os programas”, e em seguida em chamado “pasta compactada”,
▪▪ Passo 1: selecione o arquivo,
“acessórios”. No Windows alguns que irá gerar um arquivo no for-
ou pasta ou texto.
acessórios vem instalados. Conhe- mato ZIP.
▪▪ Passo 2: aperte as teclas Ctrl Para compactar arquivos ou pas-
ça alguns deles a seguir.
+ X (recortar). tas usando o recurso pasta com-
▪▪ Passo 3: clique no lo- pactada do Windows, siga os se-
cal onde deseja descarregar a ▪▪ Bloco de Notas: é um editor guintes passos.
informação que está na área de de texto simples, que salva os
trabalho. arquivos em formato txt. É pos-
▪▪ Passo 4: aperte as teclas Ctrl sível salvar em outros formatos ▪▪ Passo 1: selecione o(s)
também. arquivo(s) ou pasta(s).
+ V (colar).
▪▪ WordPad: é um editor de ▪▪ Passo 2: clique com botão
texto que possibilita formatação direito do mouse sobre a seleção.
e inserção de imagens, tabelas e ▪▪ Passo 3: clique sobre o
outros objetos. Comparado ao comando “enviar para/pasta
DICA
Microsoft Word, suas opções são compactada” para que o Windo-
Outra forma de copiar, recortar e limitadas. ws faça a compactação.
colar é utilizando o clique do bo-
tão direito do mouse. ▪▪ Paint: permite que o usuário
edite e crie imagens de forma Para descompactar, uma vez uti-
simples. lizado o recurso “pasta compac-

178 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


tada”, o Windows entende que é do computador, como: Sistema e adicionar relógioscom fusos
uma pasta, portanto, basta você Segurança; Rede e Internet; Har- horários de outras partes do
selecionar a pasta ou clicar duas dware e Sons; Programas; Contas mundo;
vezes para entrar nela, recortar ou de Usuário e Segurança Familiar; ▪▪ a terceira guia, horário na in-
arrastar o arquivo para uma pasta Aparência e Personalização; Reló- ternet, permite configurar o Win-
comum, que este será descompac- gio; Idioma e Região. dows para sincronizar o horário
tado. Para abrir o Painel de Controle, a partir da Internet, deixando o
dê um clique no botão “iniciar” e, horário conforme o fuso local.
em seguida, no comando “painel
Painel de controle
de controle”.
O painel de controle tem como
Instalando impresso-
finalidade ajustar as configurações ras
É possível fazer a instalação de
uma impressora de duas formas
no Windows 7. A primeira delas
é diretamente no botão iniciar,
onde se encontra o menu dispo-
sitivos e impressoras. A segunda
forma, é dentro do painel de con-
trole, acessando o menu hardware
e sons e, em seguida, em disposi-
tivos e impressoras.
Para instalar uma impressora, siga
o seguinte procedimento.
▪▪ Passo 1: em dispositivos e
impressoras, você deve clicar no
menu “adicionar uma impresso-
Figura 10 - Windows 7 - Painel de Controle
ra”.
▪▪ Passo 2: na tela seguinte à
inicialização aparecerão duas
opções:
DICA
a. primeira opção é destinada
O Windows 7 tem o recurso chamado Controle dos Pais, que ser- à instalação de impresso-
ve para controlar o acesso das crianças ao utilizarem o computador.
ra local, ou seja, conectada
Com ele, você pode definir limites para a quantidade de horas que
fisicamente ao seu compu-
seus filhos podem usar o computador, acessando o Menu Ajuda do
Windows 7. tador e que não seja uma
impressora com interface
USB, pois nesses casos o
Windows faz a instalação
A seguir, conheça alguns recur- depois em “data e hora”. Em se- automaticamente, assim
sos disponíveis no painel de con- guida será exibida uma caixa de que o cabo USB é conec-
trole e saiba como configurar. diálogo com três guias: tado ao computador (essa
será a opção escolhida para
▪▪ na primeira guia, data e hora,
exemplo).
Ajustando a data e pode-se alterar a data dando um
hora clique sobre o botão “alterar data b. segunda opção é usada para
e hora”. Também é possível al- o caso de a impressora a ser
Alterar a data e a hora do sistema terar o fuso horário, clicando no instalada estarligada à rede
é uma tarefa bem fácil de realizar botão “alterar fuso horário”; ou compartilhada com ou-
no Windows 7. Basta você clicar
▪▪ a segunda guia, relógios tro microcomputador.
em “relógio, idioma e região”, e
adicionais, é onde você poderá

INFORMÁTICA BÁSICA 179


▪▪ Passo 3: na tela seguinte, o Desinstalando um pro- LPT: Significa Line Print Ter-
assistente perguntará se o usuário minal. Até o surgimento da
grama porta USB, essa era a porta utili-
deseja escolher uma porta exis-
tente ou criar outra porta. Uma Para desinstalar um programa, em zada para conectar as impresso-
ras ao computador.
porta de impressora é um tipo de programas, clique em “desinsta-
conexão que permite a troca de lar um programa”. Será exibida
informações entre o computador uma lista de todos os programas
e a impressora. Algumas portas instalados em seu computador.
são LPT1 e USB2, etc. Selecione o programa que dese-
ja desinstalar e clique no botão USB: Significa Universal Se-
▪▪ Passo 4: na próxima tela, o rial Bus. Surgiu com o ob-
assistente mostrará uma relação “desinstalar/alternar”. Aguarde
jetivo de facilitar a conexão dos
de fabricantes de impressoras enquanto o Windows finaliza o vários tipos de dispositivos ao
do lado esquerdo e os modelos processo. computador.
correspondentes ao fabricante do Outra forma de desinstalar um
lado direito. Caso não encontre programa seria acessando o pro-
a sua impressora na lista, será grama pelo botão “iniciar”, e de-
necessário colocar o disco de pois, clicando em “todos os pro-
instalação no drive de CD/DVD gramas”. Então, selecione a pasta
e clicar no botão “com disco”. que contém o programa que de-
Após selecionar o modelo, clique seja desinstalar. Na própria pasta
no botão “avançar”. terá um aplicativo para realizar a
▪▪ Passo 5: n a próxima tela, o desinstalação do programa.
assistente pede que seja dado um
nome à impressora, isso não é Gerenciador de tarefas
obrigatório. Você pode simples-
mente deixar o modelo ou colo- O gerenciador de tarefas é um
car um nome de sua preferência. aplicativo do Windows que exibe
Clique no botão “avançar” para uma lista dos aplicativos com seus
seguir para a próxima tela. respectivos status, além de outras
informações. Pode ser acionado
▪▪ Passo 6: na última tela, o as-
por meio das teclas Ctrl + Alt +
sistente nos pergunta se o usuário
Delete. Se desejar, você pode fi-
deseja definir a impressora como
nalizar uma tarefa apenas selecio-
padrão. Isso fará com que, ao
nando o aplicativo e clicando no
imprimir, esta seja a impressora
botão “finalizar tarefa”.
padrão para todos os aplicativos.
Além disso, o assistente pergunta
se deseja imprimir uma página
de teste. A página de teste serve
para verificar se o processo de
instalação da impressora ocorreu ALERTA
com sucesso. Clicando no botão Se achar que seu computador
“imprimir página de teste”, uma está muito lento no momento
página de teste do Windows será em que está executando muitas
impressa. Clique no botão “con- tarefas, talvez você tenha que
finalizar algumas tarefas para
cluir” para finalizar.
liberar espaço de memória.

180 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Veja figura a seguir.

Figura 11 - Caixa de diálogo Gerenciador de Tarefas do Windows

Nesta unidade, você obteve conhecimentos para iniciar e finalizar o sis-


tema operacional Windows 7 - Home Basic, conhecer as características
de sua interface gráfica, gerenciar arquivos e pastas, utilizar a área de
transferência, conhecer os aplicativos básicos contidos no sistema ope-
racional Windows 7, além de conhecer alguns recursos de configurações
no painel de controle.
Com esses conhecimentos você está apto para solucionar problemas
que possam ocorrer na utilização do Windows, além de compactar seus
arquivos e pastas. Mas seus estudos não param por aqui, siga em frente!

INFORMÁTICA BÁSICA 181


Unidade de
estudo 2
Seções de estudo

Seção 1 −Microsoft Outlook Express


Seção 2 −Internet e seus Navegadores
Internet

Após conhecer o sistema ope- Como Carregar o Microsoft Outlook 2010?


racional Windows Seven, nesta
unidade você será apresentado
aos recursos de internet que ele Para abrir o Microsoft Outlook siga o seguinte caminho: Iniciar / Todos
oferece. os Programas / Microsoft Office / Microsoft Outlook 2010. Veja na
imagem a seguir.

SEÇÃO 1
Microsoft Outlook
Express
Nesta seção você aprenderá a ge-
renciar e-mails utilizando o Micro-
soft Outlook Express.

Atualmente é possível fazer a ge-


rência dos e-mails a partir de uma
página web nos serviços chamados
webmail e também é possível ge-
renciar e-mails a partir de aplicati-
vos instalados nos computadores,
os gerenciadores de e-mail. Os
webmails possuem a vantagem de
os e-mails poderem ser acessados a
partir de qualquer microcomputa-
dor ligado à internet, ou seja, sua
conta de e-mail e suas mensagens
permanecem em um servidor na
internet. Já em um gerenciador de
e-mail usado localmente os e-mails
são copiados para o seu computa-
Figura 12: Carregando o Microsoft Outlook Express
dor, não permanecendo mais nos
servidores da internet.

Exemplos de gerenciadores
de e-mail local são o Micro-
soft Outlook Express, Mi-
crosoft Outlook (que é um
componente do Microsoft
Office), Mozilla Thunderbird
e o Eudora, entre outros.

INFORMÁTICA BÁSICA 183


Conhecendo a tela principal do Microsoft Outlook
2010

Figura 13: Tela principal do Microsoft Outlook 2010

Acompanhe o que temos na tela principal do Microsoft Outlook 2010.

▪▪ Barra de títulos: exibe o nome da pasta que está sendo visualizada


e o nome do perfil em uso. Na maioria das vezes, quando o correio é
aberto, ela exibe o nome da pasta ou Caixa de Entrada, onde estão as
últimas mensagens recebidas.

Figura 14 - Barra de títulos

▪▪ Barra de menus: mostra o menu de comando do Outlook Express.

Figura 15 - Barra de Ferramentas

184 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ Barra de ferramentas: disponibiliza os recursos mais utilizados do ▪▪ Caixa de entrada
correio. Armazena todas as mensagens
endereçadas para você.

▪▪ Caixa de saída
Armazena todas as mensagens
que estão prontas para serem en-
Figura 16: Barra de ferramentas viadas;

▪▪ Itens enviados
▪▪ Área de Visualização: encontra-se dividida em quatro partes que
Armazena uma cópia de todas as
permitem a visualização das pastas, dos contatos (agenda com os
mensagens redigidas e enviadas;
endereços de correio mais usados), das mensagens contidas nelas e das
mensagens na íntegra.
▪▪ Itens excluídos
Armazena todas as mensagens ex-
Cabeçalho das mensagens cluídas das outras pastas. Caso as
mensagens sejam excluídas nova-
Cabeçalho das
mensagens mente desta pasta, as mensagens
Pastas serão retiradas definitivamente do
computador;

Mensagens
▪▪ Rascunhos
Armazena mensagens que ainda
não foram terminadas. Para ar-
mazenar mensagens no rascunho
basta salvar a mensagem, que au-
tomaticamente ela será salva nesta
Figura 17: Áreas de visualização do Microsoft Outlook 2010
pasta.

▪▪ Barra de Status: essa barra exibe quantas mensagens e quantas


ainda não foram lidas.

Figura 18: Barra de Status

Funções das Pastas

Como padrão o Outlook Express trás algumas pastas para organização


dos e-mails, são elas

INFORMÁTICA BÁSICA 185


Escrevendo um e-mail

Para escrever uma nova men-


sagem no Microsoft Outlook
2010 você deve clicar na aba
“página inicial” e em seguida
na opção “novo e-mail”, con-
forme você pode visualizar na
imagem a seguir.

Figura 20: Criando uma nova mensagem

Campos da mensagem
Figura 19: Criando um novo e-mail
▪▪ Para: local destinado para colocar o endereço eletrônico do destina-
tário, ou mais de um destinatário. Para colocar mais de um destinatário
é necessário colocar ponto e vírgula (;) ou vírgula (,) entre um destina-
tário e outro.
Após clicar na ferramenta
“novo e-mail” aparecerá uma ▪▪ Cc: cópia, envia uma cópia para outro destinatário.
tela com o título “sem título - ▪▪ Cco: cópia oculta.
mensagem” onde você pode-
rá redigir sua mensagem. ▪▪ Assunto: serve para escrever uma breve descrição da mensagem
para que o destinatário saiba do que se trata a mensagem sem ter que
abri-la para isso.

Inserindo um anexo

Você pode inserir um arquivo anexo à mensagem, isso quer dizer que
pode mandar junto com a mensagem arquivos de texto, planilhas
eletrônicas, fotografias entre outros arquivos. Para anexar, basta cli-
car na opção “anexar arquivo”, conforme imagem a seguir.

186 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Primeiramente o assistente pede o nome da conta, endereço de e-mail e a
senha do usuário, como você pode visualizar na imagem a seguir.

Figura 21: Anexando um arquivo

Para enviar a mensagem basta


clicar no botão Enviar, automa-
ticamente a mensagem irá para
caixa de saída e aguardará que o
Outlook Express mande a mensa-
gem para o servidor de e-mail.

Figura 23: Assistente configuração da conta de e-mail


Enviando e recebendo
mensagens Depois, o assistente verificará os dados informados e conectar com o
servidor através do e-mail do usuário informado.

O Microsoft Outlook 2010 checa


o envio de novos e-mails a cada
10 minutos por padrão. É pos-
sível fazer o envio e a checagem
de mensagens clicando na opção
“enviar/receber”.

Figura 22: Enviando e recebendo


mensagens.

Figura 24: Assistente configuração de conta de e-mail


Configurando a
primeira conta no Outlook
Express
Agora que você já aprendeu a utilizar o Microsoft Outlook 2010, conhe-
ça na seção a seguir sobre navegadores de intenet.
Acessando pela primeira vez no
Microsoft Outlook 2010 por pa-
drão ele executará um assistente
para configurar a conta de e-mail.

INFORMÁTICA BÁSICA 187


Este material é referente ao Microsoft internet Explorer versão 9, nave-
SEÇÃO 2 gador de internet originalmente instalado no Windows Seven.
Internet e seus
Navegadores Como entrar no navegador?

Nesta seção você será apresen- Para entrar no internet Explorer é bastante simples, basta clicar no menu
tado aos navegadores de internet Iniciar/Todos os Programas/Internet Explorer (veja na figura abaixo).
e aprenderá a utilizar o internet
Explorer.

A internet é a maior rede de


computadores da atualidade,
ela interliga computadores
em todos os continetes e per-
mite a troca de arquivos, in-
formações, mensagens, áudio
e vídeo instantâneo. Uma das
formas de obter informações
da internet é usando o serviço
web via navegadores ou bro-
wsers.

Navegadores Figura 25: Carregando o Internet Explorer

Navegadores, ou também co-


Identificando as áreas do Internet Explorer
nhecidos como browsers, são
softwares usados para nave-
gar na internet. Os navega- Tela principal do Intenet Explorer
dores são responsáveis pela
visualização de páginas na in-
ternet, apresentando normal-
mente uma internet intuitiva.

Algums exemplos de navegadores


são:
▪▪ Microsoft Internet Explorer
▪▪ Mozilla Firefox
▪▪ Apple Safari
▪▪ Opera
▪▪ Google Chrome
Figura 26: Tela principal do Internet Explorer versão 9

188 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Clique para retornar à página anterior

Clique para avançar para a próxima página de uma série de páginas que você já visitou

Clique se uma página que você está tentando visualizar estiver demorando muito a abrir.

Para atualizar a página se todas as informações mais recentes ou as informações esperadas


não aparecerem.

Para ir à página inicial (a primeira página que você vê quando abre o seu navegador).

Para selecionar uma página da web na sua lista de favoritos.

Quadro 3: Barra de Ferramentas

Mecanismos de busca

Nesta seção você aprendeu a usar


São mecanismos de busca o Internet Explorer para navegar
que procuram informações na internet e realizar pesquisas.
em grandes bancos de dados Na unidade 2 você aprendeu a ge-
com informações sobre pági- renciar e-mails e a utilizar a inter-
nas da internet. Quando uma
net para pesquisa e navegação. Ao
palavra ou frase é digitada
no campo de pesquisa, apa-
se conectar à internet você pode
recerá na tela uma lista de compartilhar informações, men-
páginas na internet contendo sagens, áudio e vídeo. Na próxima
informações com a palavra ou unidade você aprenderá a utilizar
frase digitada. o Microsoft Office Word 2010.
Siga em frente!

Alguns sites de busca são:


▪▪ Google – www.google.com;
▪▪ Alta Vista – www.altavista.
com;
▪▪ Yahoo – www.yahoo.com.

No Internet Explorer existe um


campo onde pode-se cadastrar
esses sites de busca e fazer as pes-
quisas diretamente no navegador,
sem necessitar carregar a página
de busca.

Para pesquisar, basta clicar no


botão com ícone de uma lupa.
A pesquisa será feita em diver-
sos servidores por palavra ou
expressão-chave.

INFORMÁTICA BÁSICA 189


Unidade de
estudo 3
Seções de estudo

Seção 1 − Visão Geral e Características


Seção 2 − Formatação de Texto
Seção 3 − Configurando Parágrafo e
Espaçamentos
Seção 4 − Configuração de Página
Seção 5 − Impressão de Documentos
Seção 6 − Outras Funções
Microsoft Office Word 2010

Nesta unidade você aprenderá a Veja sua tela inicial na imagem abaixo:
utilizar o Microsoft Office Word
2010 para a produção de docu-
mentos. O conteúdo desta uni-
dade está dividido em seis seções,
organizadas para proporcionar
um aprendizado eficiente.

SEÇÃO 1
Visão Geral e
Características

Essa seção dará a você uma vi-


são geral deste software que une
as vantagens de um processador
de texto e de poderosos recursos
gráficos. Figura 27: Microsoft Word 2010 – Tela inicial

O Microsoft Office Word 2010 O Microsoft Office Word 2010 oferece uma grande variedade de
é um software que une as recursos que ajudam a criar de maneira rápida e fácil documen-
vantagens de um processador tos consistentes e com aparência profissional.
de texto munido de pode-
rosos recursos gráficos, tor-
nando mais fácil, agradável e
eficiente a tarefa do usuário
Entre muitas de suas características, podemos citar:
de elaborar um documento
profissional de excelente qua- ▪▪ recursos de destaque (negrito, itálico, sublinhado, bordas, sombrea-
lidade. mento, etc.), cabeçalhos, texto colunado, criação de envelopes, gerado-
res de índices, entre outros;
▪▪ acesso imediato aos menus e à barra de ferramentas;
▪▪ tarefas básicas com auxílio da área de transferência;
▪▪ criação de estilos e modelos, auxiliando no aproveitamento de for-
matações;
▪▪ inserção de imagens, redimensionamento, alteração e criação de
desenhos;
▪▪ revisor ortográfico;
▪▪ visualização WYSIWYG (what you see is what you get).

INFORMÁTICA BÁSICA 191


Inserindo texto Navegando pelo docu-
mento utilizando o teclado
Ao iniciar um novo documento, a tela de digitação que representa uma
folha em branco é iniciada com o cursor piscando e posicionado no
canto superior esquerdo da tela. À medida que a digitação é realizada, DICA
o cursor se desloca para direita, este é o chamado ponto de inserção. A
posição exata de linha e coluna do ponto de inserção é mostrada na vi- Muitas vezes, torna-se mais
ágil a movimentação do Ponto
sualização da barra de status, que você pode ver na figura abaixo:
de Inserção via teclado. Segue
abaixo algumas teclas de mo-
vimentação que auxiliam mui-
to a edição de um documento:

Final da linha − END


Início da Linha − HOME
Figura 28: Microsoft Word 2010 – Barra de Status
Início do
Documento − CRTL + HOME
Caso esses indicadores de posição não estejam aparecendo, eles podem Fim do
ser habilitados clicando com o botão direito do mouse na barra de status Documento − CRTL + END
e selecionando os itens Número de Linha e Coluna. Início da Página − PAGE UP
Fim da Página − PAGE DOWN
Via Mouse − através da
barra de rolagem

Criando um novo do-


cumento

Ao iniciar um trabalho em
um novo arquivo, precisamos
informar que um novo docu-
mento necessita ser aberto.

Figura 29: Microsoft Word 2010 – Menu da Barra de Status


Acompanhe o procedimento para
criação de um novo documento:

1. Clique no botão Office/Novo;

2. Escolha a opção Documento


em Branco e após clique em
OK para confirmar a opera-
ção.

192 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Na opção Salvar Em, defina o lo-
cal onde deseja gravar o arquivo.
Você pode salvar a apresentação
em uma unidade de disco específi-
ca ou em uma nova pasta. Depois
de definir o local onde irá salvar o
arquivo, digite o nome do arquivo
no campo Nome do Arquivo e, ao
final, clique no botão Salvar.

Formatação de texto
através da barra de ferra-
mentas

Figura 30: Microsoft Word 2010 – Abertura de um novo documento


A barra de ferramentas Início
lhe permite aplicar efeitos no
texto selecionado por meio
dos botões de atalho.
Salvando o documento pela primeira vez

Para testar, digite algum conteúdo


No botão Office, escolha a opção Salvar ou clique sobre o botão que ocupe, no mínimo, dois pa-
Salvar ( ) na barra de ferramentas para abrir a caixa de diá- rágrafos, selecione-os e altere as
formatações a partir da barra de
logo Salvar Como.
ferramentas, conforme mostra a
figura a seguir:

Figura 31: Microsoft Word 2010 – Tela de gravação de arquivo

INFORMÁTICA BÁSICA 193


Definir tipo e tamanho da fonte

Figura 34: Microsoft Word 2010 – Bo-


tões de controle da janela

Para acrescentar Negrito, Definir alinhamento


Itálico, Sublinhado, Sobrescrito, do texto selecionado Nesta seção você conheceu o
Maiúscula e Minúscula Microsoft Office Word 2010,
uma ferramenta que auxilia todos
Figura 32: Microsoft Word 2010 – Menu de Formatação aqueles que trabalham com infor-
mações na criação de documen-
tos com aparência profissional,
Fechando um arquivo e saindo do Word tornando essa tarefa mais rápida,
agradável e eficiente. Na seção a
Fechando Arquivo seguir você aprenderá a utilizar os
recursos de formatação de textos
existentes no Word.

Para fechar um arquivo, basta escolher o comando Fechar dispo-


nível no botão do Office ou clicar duas vezes no botão do Office do
documento, ou ainda clicar sobre o botão Fechar (que representa
SEÇÃO 2
o documento) no canto superior direito da tela. Formatação de Texto

Após ter uma visão geral sobre


Se as alterações ainda não foram salvas, o Word envia uma janela in- o Microsoft Word 2010, agora
formando para que o usuário o faça, evitando desta forma que perca você saberá como formatar seus
as informações contidas no documento, como você pode ver na figura textos, com opções de fontes, co-
abaixo: res e tamanhos. Aprenderá como
mudar as fontes entre maiúsculas
e minúsculas, como verificar se a
ortografia está correta, localizar e
substituir textos, além de muitos
outros recursos importantes no
processo de formatação.

Figura 33: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo de salvamento

Saindo do Word

Para finalizar o Word, escolha o botão de controle da janela do Word,


com a opção Fechar você também finaliza o documento e o aplicativo.

194 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Fonte

Fonte são os tipos de letras


que um software possui. Le-
tras são denominadas carac-
teres e podem ser, também,
números, símbolos (como:
“a” , @, &, *), marcas de pon-
tuação e espaços.

Para mudar a aparência dos carac-


teres, é preciso selecionar o texto
e aplicar um ou mais atributos ou
formatos de caractere. Ao come-
çar a digitar um novo documen-
to, o texto será exibido na fonte
(tipo) e no tamanho predefinidos
pelo Word (Calibri, 11). Para ob-
ter uma aparência diferente, você Figura 36: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo formatação de Fontes
poderá escolher os formatos de-
sejados selecionando o menu Iní- Se a área do texto selecionado possuir diferentes formatos (já definidos
cio e clicando sobre um botão de anteriormente), eles não podem ser indicados ao mesmo tempo na bar-
acesso rápido da barra de ferra- ra de ferramentas ou na caixa de diálogo Fontes, eles poderão estar em
mentas Fontes. branco ou escurecidos.

Além de determinar o estilo, o tamanho e determinar efeitos para a fon-


te, você poderá também definir os espaçamentos entre caracteres por
meio das guias predefinidas da caixa de diálogo Fontes.
Figura 35: Microsoft Word 2010 – Bo-
tão de acesso rápido

Figura 37: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Espaçamento de Caracteres

INFORMÁTICA BÁSICA 195


Copiando a Formatação de Caracteres

DICA
1. Selecione o texto que possui os formatos a serem copiados.

2. Na barra de ferramentas Padrão, clique sobre o botão Formatar Figura 39: Microsoft Word 2010 – Bo-
Pincel ( ). tão corretor Ortográfico

3. Quando o ponteiro do mouse for alterado para um pincel com um


ponteiro em forma de I, selecione o texto desejado.
Dessa forma, a seguinte caixa de
diálogo aparecerá para você du-
rante toda a verificação do docu-
mento:
Maiúsculas e Minúsculas

O recurso maiúsculas e minúsculas permite que você altere


de maneira rápida e fácil entre letras maiúsculas e minúscu-
las no seu texto.

Para alternar entre maiúsculas e minúsculas, escolha as letras desejadas


marcando-as e após selecione o botão Maiúsculas e Minúsculas, locali-
zado na barra de ferramentas Fontes

Figura 38: Microsoft Word 2010 – Maiúsculas e Minúsculas

Verificando Ortografia

Após a digitação do texto, pode-se verificar se houve erros de


ortografia e gramática pelo corretor ortográfico do Word.

Utilize o menu Revisão, no botão Ortografia e Gramática.

196 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 40: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Verificação de Ortografia
e Gramática

A verificação será feita a partir do ponto de inserção, ou na região sele-


cionada. Na caixa de diálogo aparecerá a frase que contém a palavra que
está errada ou a sentença gramaticalmente incorreta ou que não consta
no dicionário padrão e suas possibilidades de substituição.

Para cada palavra encontrada, execute um dos seguintes procedimentos:

▪▪ ignorar Uma Vez – para ignorar a palavra atual e/ou todas as de-
mais ocorrências desta palavra;
▪▪ ignorar Regra – para ignorar as regras gramaticais apresentadas
pelo Word;
▪▪ próxima Setença – pula para próxima sentença;
▪▪ alterar – altera a ocorrência selecionada seja corrigida somente para
a palavra selecionada;
▪▪ explicar – abre a ajuda do Word com um texto explicativo;
▪▪ cancelar – cancela a verificação ortográfica.

DICA
Se você necessitar que o Word faça substituições durante a digita-
ção, defina na caixa de diálogo Autocorreção clicando no botão do
Office/Opções do Word/Revisão de Texto/Opções de Autocorreção.

INFORMÁTICA BÁSICA 197


Figura 41: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Auto-Correção

Na guia Autocorreção:
▪▪ deixe a marca de verificação na caixa Corrigir Duas Iniciais Mai-
úsculas se pretender que o Word o faça durante a digitação;
▪▪ se, após um ponto final, necessitar que o Word coloque a primeira
letra em maiúscula para você, clique sobre a opção Primeira Letra de
Cada Sentença em Maiúscula;
▪▪ a opção Corrigir o Uso Acidental da Tecla Caps Lock é inte-
ressante para que o Word altere o conteúdo sempre que você iniciar a
digitação com esta tecla acionada e tiver feito uso da tecla Shift para
acionar a primeira letra maiúscula;
▪▪ substituir Texto ao Digitar permite a alteração durante a digitação.
Se precisar que o Word altere algum texto repetitivo, digite-o na caixa
Substituir e na caixa Por como deverá ficar ao teclar a barra de espaço.

Localizando e Substituindo Texto

Usando o comando Localizar você pode pesquisar no texto à pro-


cura de todas as ocorrências de uma combinação específica de ca-
racteres. As combinações possíveis incluem caracteres em maiús-
culos e minúsculos, palavras inteiras ou partes de palavras.

Selecione o comando Localizar a partir do menu Início e clique na barra


de ferramentas Edição para abrir a seguinte caixa de diálogo: Localizar
e Substituir.

198 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Para o Word, um parágrafo
é um conjunto de texto, um
gráfico ou um item, seguindo
por um indicativo de parágra-
fo definido pela tecla Enter.
A formatação de parágrafos
afeta os parágrafos seleciona-
dos ou o parágrafo contendo
o cursor.

Figura 42: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Localizar


Você pode mudar a aparência do
bloco de textos, como o espa-
Com o comando Substituir você pode procurar palavras no texto e subs- çamento entre as linhas, o alin-
tituí-las no decorrer de todo o seu documento por meio de um clique do hamento do texto ou as tabula-
mouse. Para ativar a caixa de diálogo, escolha no menu Editar a opção ções. Para abrir a caixa de diálogo
Substituir ou selecione a guia Substituir da caixa de diálogo Localizar e Parágrafo, selecione o menu Iní-
Substituir. cio e clique no botão de acesso
rápido da barra de ferramentas
Parágrafo.

Figura 43: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Substituir

Depois do estudo desta seção você já pode formatar os seus textos de


maneira correta com recursos que o Microsoft Office Word 2010 lhe
proporciona.

SEÇÃO 3
Configurando Parágrafo e Espaçamentos

Na seção anterior você aprendeu sobre os recursos para a formatação de


textos e agora, como continuação de seus estudos sobre o Word 2010,
irá aprender a configurar parágrafos e espaçamentos.

INFORMÁTICA BÁSICA 199


Utilize um dos procedimentos an-
teriores sempre que for efetuar re-
cuos de texto, evite utilizar a barra
de espaços.

Controlando Viúvas e
Órfãs

Preste atenção às viúvas e órfãs,


que podem causar buracos nas
colunas de texto. Uma viúva é
uma sílaba, palavra ou menos de
um terço de uma linha isolada na
base de uma coluna, parágrafo ou
página. Uma órfã é uma palavra
ou menos de um terço de uma li-
nha isolada no topo de uma colu-
na ou página.

Para poder controlar as viúvas e


Figura 44: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo formatação de Parágrafos órfãs, selecione a guia Quebras
de Linha e de Página da caixa de
diálogo Parágrafo para poder se-
lecionar a opção Controle de Li-
Recuando Textos nhas Órfãs/Viúvas.

O texto pode ser recuado de três diferentes maneiras:


▪▪ recue rapidamente um parágrafo a partir da margem esquerda cli-
cando nos botões na barra de ferramentas Parágrafo ( ) ou pressio-
nando teclas de atalho;
▪▪ arraste marcadores de recuo na régua ( ), para isso utilize, na
margem esquerda, a primeira setinha para movimentar as primeiras
linhas do parágrafo e a segunda setinha para movimentar as demais
linhas do parágrafo, conforme vista no capítulo anterior;
▪▪ utilize, no menu Início a opção Parágrafo e, em Recuos, selecione os
valores desejados para recuar textos em parágrafos definidos.

Figura 45: Microsoft Word 2010 – Configuração de Parágrafos

200 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 46: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Quebra de Linha e de Página

Bordas e Sombreamento

Pode-se incluir bordas, ou linhas, em qualquer lado de um parágrafo


de textos, dos gráficos e das células da tabela, além de adicionar som-
breamento de fundo. Isso pode ser feito sobre texto comum e sobre
parágrafos incluídos em células de tabelas e molduras.

Com o botão Bordas, localizado no menu Início na barra de ferramentas


Parágrafo, você pode aplicar efeitos de borda e sombreamento comu-
mente usados diretamente nos parágrafos.

Ou clique sobre o comando Bordas e Sombreamento localizado no final


da barra de menu para ativar a caixa de diálogo Bordas e Sombreamento.
Por meio dessa caixa de diálogo você poderá aplicar ou remover bordas:
▪▪ selecione os parágrafos, as células da tabela ou as molduras que você
deseja aplicar ou remover bordas;
▪▪ na barra de Parágrafo, clique sobre o botão Bordas, escolha a opção
Bordas e Sombreamento, selecione a aba Bordas.

Utilize um destes procedimentos: para aplicar, escolha o estilo da linha, Figura 47: Microsoft Word 2010 –
da borda e mais o que desejar; para remover, escolha Nenhuma. Menu Bordas

INFORMÁTICA BÁSICA 201


Figura 49: Microsoft Word 2010 –
Marcadores

Figura 48: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Bordas e Sombreamento

O mesmo procedimento funciona tanto para aplicação de borda na pági-


na ou sombreamento, basta apenas escolher as respectivas guias.

Marcadores e Numeração

Você pode usar o Word para criar automaticamente parágra- Figura 50: Microsoft Word 2010 –
fos com bullets, numerados e de múltiplos níveis. Você pode Numeração
criar esses efeitos no seu documento, depois de digitá-lo, ou
enquanto está digitando.
Você pode também converter
marcadores em números e vice-
versa. Selecione os itens que pos-
Você pode adicionar ou remover marcadores e números de lista. Sele- suam os marcadores ou números
cione os itens aos quais deseja adicionar ou remover os marcadores ou a serem alterados.
números.
Na barra de ferramentas Parágra-
Na barra de ferramentas Parágrafo, localizada no menu Início, siga um fo, localizada no menu Início, siga
destes passos: um destes procedimentos:
▪▪ para adicionar/remover marcadores, clique sobre seu botão; ▪▪ para converter marcadores em
▪▪ para adicionar/remover numeração, clique sobre seu botão. números, clique sobre o botão
Numeração;
▪▪ para converter números em
marcadores, clique sobre o botão
Marcadores.

Para interromper a lista, simples-


mente clique novamente sobre o
botão Marcadores e Numeração.

202 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Utilizar listas persona- SEÇÃO 4 Tamanho e Orientação
lizadas Configuração de Página do Papel

Selecione o texto que receberá Após estudar as opções de forma- Na caixa de diálogo Configuração
a lista. Na barra de ferramentas tação de textos e parágrafos, nes- de Página, selecione a guia Papel.
Parágrafo, localizada no menu ta seção você será apresentado às Selecione um tamanho de papel
Início, selecione Marcadores ou opções de configuração da página ou digite as dimensões de largura
Numeração e clique na opção De- de um documento do Word 2010, e altura para um tamanho perso-
finir, na caixa de diálogo escolha como definir as margens ou o ta- nalizado. Selecione a orientação
entre símbolo, imagem ou fonte, manho do papel, por exemplo. de página Retrato ou Paisagem e
conforme figura abaixo: escolha OK.

Definindo Margens

Na caixa de diálogo Configura-


ção de Página acionado atra-
vés do menu Layout da Pági-
na, botão Configurar Página,
guia Margens, você poderá
definir as medidas de mar-
gem, posicionamento da área
de cabeçalho e rodapé e es-
pecificar a parte do documen-
to onde devem ser aplicadas
as definições. Figura 53: Microsoft Word 2010 – Cai-
xa de dialogo Configuração do Papel
Figura 51: Microsoft Word 2010 – Cai-
xa de dialogo Listas Personalizadas
Cabeçalhos e Rodapés

Nesta seção você aprendeu a con-


figurar parágrafos e espaçamen- Todo conteúdo que se repete na
tos. Também acompanhou algu- margem superior chamamos de
mas dicas sobre recuo de textos, cabeçalho e o conteúdo que se re-
formatação de colunas, marcado- pete na margem inferior, rodapé.
res de itens de lista (numeradas ou
com bullets).
Para inserir cabeçalho e/ou
rodapé no documento, você
Na próxima seção você estudará deve selecionar o menu Inse-
as opções de configuração de pá- rir e escolher a opção Cabe-
gina existentes no Word 2010. Figura 52: Microsoft Word 2010 – Cai- çalho ou Rodapé e clicar no
xa de dialogo Configuração de Página item Editar.

INFORMÁTICA BÁSICA 203


Quebras de Página,
Coluna e Seção

Coloque o ponto de inserção (cur-


sor) na posição onde você deseja
inserir uma quebra de página (de
preferência numa linha em bran-
co) ou criar uma nova seção ou
Figura 54: Microsoft Word 2010 – Menu configuração de Cabeçalho e Rodapé
quebra de coluna e escolha Que-
bras no menu Layout da Página.
Selecione o tipo desejado na caixa
Na barra de ferramentas Cabeçalho e Rodapé você poderá: de diálogo Quebra e escolha OK.
▪▪ clicar sobre o botão Inserir Número da Página para colocar nume-
ração sequencial para o seu documento ou número total de páginas
no documento, ele exibe ainda uma série de formatos que podem ser
utilizados;
▪▪ clicar sobre os botões Data e Hora caso necessite que o Word insira
a data e a hora do sistema no seu documento. A data é atualizada quan-
do o documento for salvo;
▪▪ clicar sobre o botão Posição para especificar a altura da área de
cabeçalho e rodapé;
▪▪ utilizar o botão Opções para selecionar as caixas de verificação Di-
ferentes Páginas Pares e Ímpares ou Diferente na Primeira Página para
personalizar seu documento.

Quando você define documentos com quebra de seção (veremos na


sequência) poderá também inserir cabeçalhos e rodapés diferentes. O
botão Mesmo que a Seção Anterior tem a função de desativar uma sequ-
ência de informações do cabeçalho e rodapé.

Para alternar do rodapé para o cabeçalho clique sobre o botão Ir Para


Cabeçalho e vice versa. Para sair da área de cabeçalho e rodapé clique
sobre o botão Fechar Cabeçalho e Rodapé.

204 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 55: Microsoft Word 2010 – Menu Inserção de Quebras

DICA
Um documento do Word pode ser dividido em seções e cada uma
pode possuir configurações de página diferentes.

Movendo-se pelas Páginas

Você pode ir de uma página a outra do documento via teclado ou


via mouse (como descrito anteriormente), mas poderá também
solicitar que o Word vá até a página desejada simplesmente indi-
cando o seu número na janela de diálogo Ir Para.

Quando você optar pela opção Ir Para da barra de ferramentas Edição,


localizada no menu Início, a seguinte caixa de diálogo aparecerá para que
você digite o número da página desejada:

INFORMÁTICA BÁSICA 205


Imprimindo Documen-
to

Você pode imprimir o seu docu-


mento no Word a qualquer mo-
mento e durante qualquer estágio
do documento. Após o término
da edição do seu documento e
Figura 56: Microsoft Word 2010 – Caixa de dialogo Ir para
verificada sua apresentação atra-
vés da Visualização de Impressão,
pode-se comandar a impressão
Além da página, você pode ir para seções específicas, linhas, indicadores,
através do menu Imprimir locali-
anotação, notas de rodapé, etc.
zado no item Imprimir do botão
Office.
Agora que você foi apresentado às opções existentes para configurar as Essa caixa de diálogo informa:
páginas de um documento do Word, como a criação de seções. Na pró-
xima seção você irá aprender a imprimir os documentos criados.
▪▪ a impressora – o tipo de im-
pressora configurada;
SEÇÃO 5 ▪▪ o tipo de impressão – docu-
Impressão de Documentos mento, resumo informativo, entre
outros;
▪▪ o número de cópias necessá-
Nesta seção você aprenderá a imprimir os documentos criados com o rias;
Word 2010 utilizando as opções disponíveis. ▪▪ o intervalo de impressão –
Tudo para impressão de todo o
Visualizando Área de Impressão documento, Tudo − impressão
de todo o documento;
O menu Visualização de Impressão localizado no item Imprimir do bo- ▪▪ Página Atual para a página que
tão Office transforma o Word numa janela com demonstração prévia do contém o cursor dentro e Páginas
resultado a ser impresso. para os números de páginas sele-
cionados.

Figura 57: Microsoft Word 2010 – Visualização de impressão

206 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 60: Microsoft Word 2010 –
Menu Modos de exibição do Docu-
mento

A ferramenta oferece os seguintes


modos de exibição:

▪▪ Layout de impressão – é o
Figura 58: Microsoft Word 2010 – Caixa de dialogo Configuração de Impressão modo de exibição do documento
padrão, utilizado para a maioria
das tarefas de digitação, edição
Outras configurações estão disponíveis no botão Opções, conforme fi- e formatação, exibe cada página
gura abaixo: do documento exatamente como
será impressa. As molduras,
colunas, cabeçalhos e rodapés
são exibidos em suas posições
corretas;
▪▪ Leitura em tela inteira – este
modo é utilizado para leitura do
documento ou para apresenta-
ções;
▪▪ Layout da web – quando
você alterna para o modo Layout
Web, o Word ativa a estrutura web
Figura 59: Microsoft Word 2010 – Caixa de dialogo Opções de Impressão do documento subtendendo que
o texto digitado deverá permane-
cer no modo on-line, ou seja, sem
Modos de Visualização do Documento predefinições;
▪▪ Estrutura de tópicos – você
O Word oferece modos de visualização de páginas para melhorar a apa- pode utilizar o modo de tópicos
rência e atender as suas necessidades. para mover e copiar textos e para
reorganizar documentos longos,
mesmo quando você não cria o
documento a partir de uma es-
DICA
trutura de tópicos. É interessante
Você pode alternar entre os modos de exibição através do menu Exi- criar seu documento na estru-
bição da barra de ferramentas Modos de Exibição de Documento. tura de tópicos quando desejar
importá-lo para o PowerPoint;
▪▪ Rascunho – exibe o do-
cumento como rascunho com
intuito de utilizar o editor para
digitações rápidas, nem todos
os elementos do editor de texto
estarão disponíveis.

INFORMÁTICA BÁSICA 207


Nesta seção você conheceu as op- ▪▪ o Word posiciona o ponto de inserção na primeira célula da tabela
ções de impressão para um docu- para que se inicie a digitação. Você pode se movimentar dentro de uma
mento criado no Word 2010. tabela utilizando o mouse e clicando dentro da célula, ou utilizando a
Na próxima lição serão mostra- tecla Tab e as setas de movimentação do cursor.
das funções que você poderá usar
para melhorar ainda mais seus
documentos, incluindo tabelas e
símbolos, por exemplo.

SEÇÃO 6
Outras Funções
Na última seção sobre o Word
2010 você aprenderá usar algumas
funções para melhorar a qualidade
dos documentos, como a inserção
de tabelas e símbolos.

Tabelas
Figura 61: Microsoft Word 2010 – Menu inserção de tabela

As tabelas permitem organizar


colunas de números e texto em O botão Tabela também permite a criação de tabelas pela opção do
um documento sem a necessida- menu Inserir Tabela, conforme mostra a caixa de diálogo abaixo:
de de usar tabulações. Oferecem,
também, uma maneira convenien-
te de apresentar o texto em pará-
grafos lado a lado.

Para criar tabelas:


▪▪ posicione o ponto de inserção
onde deseja posicionar a tabela;
▪▪ selecione o menu Inserir;
▪▪ clique no botão Tabela da
barra de ferramentas Tabela;
▪▪ arraste o mouse sobre a grade
até selecionar o número desejado
de linhas e colunas e, em seguida, Figura 62: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo inserção de Tabelas
solte o botão do mouse, ao fazer
isso, o Word insere na tela linhas
e colunas marcadas por linhas Para adicionar linhas ou colunas em uma tabela:
imprimíveis; ▪▪ selecione a linha/coluna abaixo ou acima da posição onde você
deseja inserir uma nova linha ou coluna;
▪▪ clique com o botão direito do mouse na linha/coluna selecionada;
▪▪ escolha a opção Inserir, Inserir Linhas ou Colunas abaixo ou acima
do item selecionado.

208 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 63: Microsoft Word 2010 – Menu personaliza tabela

DICA
O mesmo procedimento pode ser utilizado para exclusão de linhas
ou colunas, basta primeiro selecionar o item que você deseja excluir

Modificando a largura da coluna:

Manualmente, é possível modificar a largura das colunas inteiras po-


sicionando o ponteiro do mouse sobre as linhas de grade divisórias das
colunas e arrastando-as.
Conforme mostra o modelo (observe que o mouse deverá assumir o mes-
mo formato que no modelo).

Figura 64: Microsoft Word 2010 – Alterando tamanho da tabela com o mouse

Automaticamente, o comando Propriedades da Tabela, que pode ser


acessado clicando com o botão direito do mouse em cima da tabela,
também pode ser usado para especificar medidas exatas para o posicio-
namento/alinhamento da tabela, largura das colunas, altura das linhas e/
ou células, conforme mostra a caixa de diálogo Propriedades da Tabela.

INFORMÁTICA BÁSICA 209


Clicando no botão Mais Colunas
você terá acesso à caixa de diálo-
go de formatação de coluna, onde
você poderá:
▪▪ inserir linhas de visualização
entre colunas;
▪▪ especificar a largura e o espa-
çamento entre as colunas;
▪▪ especificar se a coluna irá
abranger o documento inteiro ou
somente a área selecionada.

Figura 65: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Propriedades da


Tabela Colunas

No Word você pode criar colunas de largura igual ou desigual, pode


incluir números ou estilos diferentes de colunas em seções diversas do
seu documento. Você pode, ainda, criar colunas com a ajuda do menu
Layout da Página, clicando no botão Colunas.

Figura 66: Microsoft Word 2010 – Menu inserção de colunas

210 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Desativando ou Movendo
uma Tabulação:

Selecione os parágrafos que


deseja desativar ou mover
uma tabulação e siga um des-
tes procedimentos:

▪▪ para desativar, arraste o mar-


cador de tabulação para fora da
régua;
▪▪ para mover, arraste o mar-
cador para a posição desejada
Figura 67: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo formatação de Colunas
(direita ou esquerda).

DICA Você pode também preen-


Algumas dicas ao formatar um documento em colunas cher os espaços vazios antes
de uma parada de tabulação
Somente no modo Layout de Impressão ou de Visualização de Im- com linhas pontilhadas, trace-
pressão você consegue ver as colunas dispostas lado a lado. Como jadas ou sólidas, use o botão
padrão, as colunas se aplicam a todo documento, se ele não incluir Tabulação que está disponível
quebras de seção. Você pode colocar o ponto de inserção onde qui- na caixa de diálogo Parágrafo,
ser que as colunas se iniciem no seu documento e aplicar colunas que pode ser encontrada no
desse ponto em diante. O Word insere uma quebra de seção no pon- menu Início, na barra de fer-
to de inserção. ramentas Parágrafo.

Tabulação

As paradas de tabulação são posições definidas ao longo do documento


que ajudam a alinhar o texto. São definidas em intervalos de 1,25 cm a
partir da margem esquerda. Simplesmente pressione a tecla Tab para
mover o ponto de inserção até a próxima tabulação do parágrafo atual.
A primeira linha do texto digitado é alinhada na parada de tabulação.

Utilizando a régua, clique sobre o local onde você deseja definir uma
tabulação, estas podem ser alinhadas à esquerda, à direita, centralizadas
ou de acordo com uma vírgula decimal, conforme a régua a seguir:

Figura 68: Microsoft Word 2010 – Tabulações do Word

INFORMÁTICA BÁSICA 211


Símbolos

Você pode ainda acrescentar


ao seu documento todos os
símbolos necessários para a
apresentação do seu traba-
lho.

A relação de símbolos pode ser


encontrada abrindo a caixa de di-
álogo Símbolos a partir do menu
Inserir, barra de ferramentas Sím-
bolos, botão Símbolo.

Figura 69: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Tabulação Figuras

A importação de elementos gráficos no Word pode ser feita da forma


descrita a seguir.

1. Posicione o ponto de inserção.

2. No menu Inserir na barra de ferramentas Ilustrações você pode es-


colher entre:

▪▪ imagem – você pode escolher uma imagem de arquivo;


▪▪ clip-art – insere clip-art da galeria do Word (desenho, filmes, sons e
fotos);
▪▪ formas – insere formas prontas (retângulos, círculos, setas, linhas e
fluxogramas);
▪▪ smartart – insere listas gráficas, diagramas de processos e organo-
gramas;
▪▪ gráfico – insere gráficos para ilustrar e comparar dados.

Figura 70: Microsoft Word 2010 – Botões para inserção de imagens

212 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


DICA
Para personalizar as notas de
fim ou rodapé você também
pode abrir a caixa de diálo-
go Notas de Rodapé e Notas
de Fim, clicando no botão de
acesso rápido localizado na
barra de ferramenta Notas de
Rodapé.

Figura 71: Microsoft Word 2010 – Caixa de diálogo Símbolos

Notas de rodapé

As notas são utilizadas num documento para referenciar uma determi-


nada palavra, frase ou até mesmo um parágrafo. Ao inserir uma nota
de rodapé a área específica será referenciada a partir de um símbolo ou
número sequencial e o conteúdo passará a ser descrito no rodapé da
página.
Figura 73: Microsoft Word 2010 –
Caixa de diálogo configuração de Notas

Textos com nota de rodapé referenciada serão movimentados


sempre em companhia do conteúdo do rodapé, ou seja, se o tex- ▪▪ faça as alterações e seleções
to mudar de página, o conteúdo da referência também mudará. desejadas e selecione Ok.
▪▪ o cursor, automaticamente, irá
se posicionar na área de notas de
rodapé ou de fim de acordo com
As notas de fim de documento procedem da mesma forma, a única di- a opção selecionada.
ferença é que a referência será inserida sempre no final do documento,
não mais no rodapé da página.
Nesta seção você aprendeu a usar
funções que permitem, por exem-
Para inserir notas de rodapé ou de fim, siga estes passos: plo, criar tabelas, inserir imagens e
símbolos. Com os recursos estu-
1. Posicione o cursor logo atrás do texto que receberá a referência; dados você pode criar documen-
tos com alta qualidade no Word
2. No menu Referências, na barra de ferramentas Notas de Rodapé,
2010.
escolha um dos botões Inserir Notas de Rodapé ou Inserir Notas
de Fim.
Na Unidade 3 foram apresentadas
as características principais do Mi-
crosoft Office Word 2010. Agora,
você é capaz de criar documentos
com aspecto profissional como
textos, imagens e tabelas, com
seções diferentes e características
próprias, como cabeçalhos e ro-
Figura 72: Microsoft Word 2010 – Menu inserção Notas dapés.

INFORMÁTICA BÁSICA 213


Unidade de
estudo 4
Seções de estudo

Seção 1 − Slides e formatação


Seção 2 − Objetos
Seção 3 − Animações
Seção 4 − Salvando e imprimindo
Microsoft Office PowerPoint 2010

Esta unidade apresenta o Microsoft Office PowerPoint 2010, aplicativo No meio da barra você encon-
usado para criar apresentações em forma de slides com objetos animados. trará o nome do arquivo de apre-
sentação que está visualizando
SEÇÃO 1 no momento, além do título do
aplicativo, como Apresentação 1
Slides e formatação – Microsoft PowerPoint.

Nesta seção você aprenderá a criar e formatar apresentações de slides


com o Office da Microsoft 2010. O PowerPoint é o aplicativo do paco- Guias de ferramentas
te Office da Microsoft destinado a desenvolver apresentações de slides.
Neste material você aprenderá a utilizar a versão 2010. Uma apresenta-
ção é composta por um ou mais slides. Logo abaixo da barra de título
você encontrará as guias do paco-
te Office com suas ferramentas.
Clique sobre as guias para visuali-
zar quais as ferramentas contidas.
Ao posicionar o mouse sobre uma
ferramenta o aplicativo indica
nome, tecla de atalho se houver e
uma breve descrição sobre a fer-
ramenta.

Área de trabalho

Neste espaço você encontrará


o conteúdo do slide selecionado.
Cada slide contém um layout que é
Figura 74 - Tela Principal
definido pelas caixas de textos. As
caixas de textos vêm com indica-
ção de: Clique para Adicionar um
Título, Clique para Adicionar um
Barra de título Subtítulo ou Clique para Adicio-
nar um Texto.

Na barra de título à esquerda você encontrará o botão do Office


e os atalhos rápidos para Salvar, Desfazer e Repetir. No botão do
Office você poderá: criar uma nova apresentação, abrir, salvar e
imprimir, além de outras funções.

INFORMÁTICA BÁSICA 215


DICA DICA
Ao inserir um conteúdo, F5 é a tecla de atalho para realizar a apresentação em tela cheia, essa
trabalhe em tópicos, evite tecla faz sua apresentação iniciar do primeiro slide, mesmo se você
inserir muito conteúdo num estiver com outro slide selecionado.
único slide.

Formatação
Um pouco abaixo há o espaço das
anotações. Nesse espaço você po-
derá inserir textos que não serão Selecione o slide que deseja inserir um texto, clique dentro da caixa de
exibidos na apresentação. texto conforme a indicação e digite o texto desejado.

Para formatar um texto é necessário selecionar, portanto, cli-


Lista de slides que sobre a caixa de texto que deseja formatar e em seguida
clique na guia Início. Nessa guia você encontrará a seção Fonte,
as ferramentas Fonte, Tamanho da Fonte, Aumentar e Reduzir
À direita da tela você encontrará Fonte, Negrito, Itálico e Sublinhado, Maiúsculas e Minúsculas,
a Lista de Slides enumerada identi- Cor da Fonte, entre outras ferramentas.
ficando a ordem. Observe que no
momento o slide selecionado é o
de número 1.

Ao clicar com botão direito do


mouse sobre qualquer slide,
você poderá inserir um novo
slide, duplicá-lo ou excluí-lo.

Barra de status Figura 75 - Seção Fonte da Guia Início

Na barra de status você en- DICA


contrará à esquerda o núme-
Não utilize fontes serifadas como Times New Roman e Scripts, elas
ro de slides da apresentação
atrapalham a leitura de quem irá visualizar sua apresentação. Esco-
e à direita os botões de exibi-
lha entre fontes Calibri, Arial, Verdana, Comic Sans MS, ou outras
ção Normal, Classificação de
semelhantes.
Slides e Apresentação de Sli-
des. E mais à direita os botões
para Reduzir (-) e Ampliar(+)
o zoom.

Para formatar os slides clique na guia Design, você encontrará na seção


Temas diversos modelos, basta clicar sobre o que gostar.

216 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Ao usar um tema, ele irá alterar a formatação do texto também, mas é Inserindo tabela
possível fazer alterações clicando nos botões Cores, Fontes e Efeitos
que se encontram do lado direito dos temas.
Para inserir uma tabela, selecione
o slide que deseja inserir e clique
no ícone . Defina o número
de linhas e colunas selecionando
com o mouse os pequenos qua-
drados, ao soltar o mouse a tabela
Figura 76 - Seção Temas da Guia Design aparecerá no slide. Caso tenha sido
aplicado um tema no slide, a tabe-
la seguirá a formatação do tema.
Mas é possível alterar sua forma-
DICA tação utilizando a guia Design (da
Cuidado com o contraste de cores entre fundo e texto tabela) que aparece somente se a
tabela estiver selecionada.

Nesta seção você aprendeu a criar e formatar documentos sob a forma Em Estilos de Tabela você po-
de slides. O próximo passo será estudar a manipulação de objetos no derá alterar sua formatação
PowerPoint, na próxima seção. rapidamente, mas é possível
alterar utilizando as ferra-
mentas Sombreamento, Bor-
da e Efeitos.
SEÇÃO 2
Objetos

Após ter estudado como criar e formatar uma apresentação, agora você
aprenderá a inserir objetos para ilustrar essa apresentação.
No PowerPoint é possível inserir objetos que irão ilustrar uma apresen-
tação, fornecendo um significado maior ao conteúdo dos slides.

Na guia Inserir é possível encontrar todos os objetos, nesta seção


você estudará os objetos Tabela, Imagens, Clip-art e Som.

Figura 77 - Guia Inserir

INFORMÁTICA BÁSICA 217


Figura 78 - Guia Design do Objeto Tabela

Inserindo imagens

Para inserir uma imagem, selecione o slide que deseja inserir e


clique no ícone . Abrirá a Janela de Diálogo Inserir Imagem, Figura 80 - Painel Clip-Art

selecione a imagem desejada e clique no botão Inserir. Pronto,


a imagem será inserida.
Em seguida, aparecerão os clip-
arts relacionados ao tema da pes-
Mantendo a imagem selecionada, a guia Formatar é exibida e com ela quisa.
diversas ferramentas para alteração da imagem.

Basta clicar sobre o clip-art


escolhido para que seja inse-
rido no slide. No slide, man-
tendo o clip-art selecionado,
a guia Formatar da imagem
será aberta.

Figura 79 - Guia Formatar do Objeto Imagem

Inserindo clip-art

Para inserir um Clip-art, selecione o slide que deseja inserir e clique no


ícone . Abrirá o painel Clip-art à direita da tela. Digite o tema (exem-
plo de tema: casa) na caixa Procurar Por e clique no botão Ir.

218 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Inserindo som SEÇÃO 3
Animações
Nesta seção você estudará as po-
Para inserir um som do arquivo, selecione o ícone . tencialidades do PowerPoint 2010
em animações, como a transição
animada entre slides e o surgimen-
Abrirá a janela de diálogo Inserir Som. Selecione o arquivo de áudio to de cada objeto, por exemplo.
desejado e clique no botão OK. Em seguida, aparecerá uma mensagem: No PowerPoint é possível inserir
“Como você deseja que o som seja iniciado na apresentação de slides?” animações que irão dar movimen-
Você terá como respostas: Automaticamente ou Quando Clicado. Es- to à apresentação.
colha Automaticamente se desejar que o som comece assim que o slide
iniciar, ou escolha Quando Clicado se desejar que o som comece ao
clicar sobre o ícone. Na guia Animações é possível
encontrar os dois tipos de
Você verá o ícone do som em seu slide. Mantendo o ícone selecionado,
animações: as animações de slides
a guia Opções é exibida. Clique no checkbox Ocultar Durante Apresenta-
ção, e em Tocar Som altere para Executar entre Slides. Assim o ícone não chamadas de Transição de Slides e
aparecerá durante a apresentação e o som será executado durante toda a as animações de objetos chamadas
apresentação e não somente no primeiro slide. de Animação Personalizada.

Figura 81 - Guia Opções do Objeto Som

DICA
Insira imagens, clip-arts ou sons que irão ajudar na interpretação do
conteúdo exposto.

Saiba mais: clique no objeto Álbum de Fotografias e aprenda a uti-


lizá-lo. Com ele você poderá criar apresentações de slides com suas
fotos favoritas, além de poder aplicar animações em poucos cliques

Nesta seção você aprendeu a inserir ilustrações, tabelas, clip-arts e sons


nas apresentações de slides. Na próxima seção você estudará como inse-
rir animações em suas apresentações.

INFORMÁTICA BÁSICA 219


Figura 82 - Guia Animações

Transição de slides

Na seção Transição para Este Slide você poderá escolher en-


tre os tipos de transição, a velocidade da animação, escolher
um som e definir se deseja aplicar essa configuração a todos
os slides.

Caso não clique nesse botão, a configuração será aplicada no slide atual.

Figura 84 - Painel Personalizar Anima-


ção

Selecione o slide e o objeto


desejado, em seguida clique
no botão Adicionar Efeito do
Painel.

Aparecerão efeitos de:


Figura 83 - Seção Transição de Slides da Guia Animações

Entrada – para aplicar efeitos


quando o objeto entrar no
slide;
Animação personalizada
Ênfase – para aplicar efeitos
Como dito anteriormente, esta animação é para objetos como textos, que destaquem o objeto;
imagens, tabelas, gráficos, etc. Para aplicar é necessário selecionar o ob-
jeto, pois um slide pode conter mais de um objeto. Lembrando que pode Saída – para aplicar efeitos
haver várias caixas de texto, cada uma é um objeto. quando o objeto sai do slide;

Trajetória da Animação – para


fazer com que o objeto per-
corra um caminho no slide.
Para aplicar clique no ícone . Abrirá o painel Personalizar
Animação.

220 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Conforme sua escolha, clique em
Mais Efeitos, na segunda lista que
SEÇÃO 4
é exibida. Assim você terá mais Salvando e imprimindo
opções de efeitos. Agora, basta
clicar sobre o nome do efeito que Nesta seção você aprenderá a criar uma apresentação autoexecutável e
a animação será exibida. Segue al- conhecerá as opções de impressão disponíveis no PowerPoint 2010.
guns efeitos da lista:

▪▪ Aparecer Salvando uma apresentação


▪▪ Caixa
▪▪ Deslizar
Para salvar uma apresentação, clique no botão do Office e de-
▪▪ Dividir pois em Salvar ou vá direto ao ícone .
▪▪ Losango
▪▪ Persianas
▪▪ Recortes
Na janela de diálogo Salvar Como, escolha a pasta onde deseja salvar a
▪▪ Revelar apresentação. Em Nome do Arquivo, digite o nome de sua apresenta-
▪▪ Triangular ção (exemplo: Minha apresentação). Observe que o PowerPoint salva
▪▪ Xadrez no formato .pptx por causa da versão 2010. Versões anteriores são sal-
vas no formato .ppt, se desejar trocar o formato, escolha na lista Salvar
▪▪ Barras aleatórias Como Tipo. Assim você poderá abrir uma apresentação criada na versão
▪▪ Círculo 2010 em versões anteriores.
▪▪ Dissolver
▪▪ Mais
▪▪ Piscar uma vez
▪▪ Relance
▪▪ Surgir
▪▪ Volante
▪▪ Desaparecer
Figura 85 - Nome e Tipo do Arquivo a ser salvo
▪▪ Girar gradativamente
▪▪ Expandir

Nesta seção você aprendeu que


é possível inserir animações no
PowerPoint e como personalizá-
las. Na próxima seção você verá
como salvar e imprimir uma apre-
sentação e irá investigar os dife-
rentes formatos de apresentação e
de impressão.

INFORMÁTICA BÁSICA 221


Criando uma apresentação autoexecutável

Uma apresentação autoexecutável é uma apresentação que


abre em tela cheia ao clicar duas vezes sobre o ícone do arqui-
vo, este tipo de apresentação é salvo em outro formato.

Ou seja, você poderá desenvolver a apresentação no PowerPoint nor-


malmente, utilizando todos os recursos estudados neste curso, mas ao
salvar deve escolher na lista do Salvar Como Tipo o formato .ppsx (ou
.pps nas versões anteriores) que é Apresentação de Slides do Power-
Point.

Imprimindo uma apresentação

Para você imprimir uma apresentação, primeiramente clique na guia Ar-


quivo e depois, no comando Imprimir. Na opção Impressora escolha a
impressora que desejar (caso exista mais de uma). Para personalizar a
impressão, na opção Configurações você pode:

▪▪ em cópias, definir o número de cópias a serem impressas;


▪▪ escolher entre Imprimir todos os slides (imprimirá todos os slides);
Imprimir Seleção (imprimir somente os slides selecionados); Imprimir
Slide Atual (imprimirá somente o slide que está sendo exibido na tela)
ou Intervalo Personalizado (imprimir slides específicos;
▪▪ em Slide, escolher o número dos slides ou intervalos que deseja
imprimir;
▪▪ definir quantos slides deseja imprimir por página;
▪▪ escolher entre agrupado (imprime as páginas sequenciais) e desagru-
pado (imprime todas as cópias da mesma página);
▪▪ escolher se deseja imprimir em Cores, Escala de Cinza ou Preto e
Branco.

222 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


DICA
Como o tamanho das fontes em apresentações geralmente são gran-
des, você pode imprimir mais de um slide por folha.

Figura 86 - Comando Imprimir do Microsoft PowerPoint 2010

Viu como é fácil imprimir uma apresentação? Aqui você finaliza mais
uma etapa. Explore todas as informações disponíveis. Lembre-se: de-
dicação e comprometimento são essenciais para o processo de apren-
dizagem.

INFORMÁTICA BÁSICA 223


Unidade de
estudo 5
Seções de estudo

Seção 1 − Planilhas e formatação


Seção 2 − Formatação e fórmulas
Seção 3 − Gráficos
Seção 4 − Funções
Seção 5 − Classificação e filtros
Seção 6 − Salvando, imprimindo e
configurando a página
Microsoft Office Excel 2010

Nesta unidade você irá aprender a utilizar a planilha Excel 2010. Barra de título
O conteúdo desta unidade está organizado em seis seções para facilitar
o seu estudo e aprendizado.

Na barra de título à esquerda


SEÇÃO 1 você encontrará o botão do
Office e os atalhos rápidos
Planilhas e formatação para Salvar, Desfazer e Repe-
tir. No botão do Office você
A Seção 1 dará a você uma visão geral do Microsoft Office Excel 2010, poderá: criar uma nova pla-
apresentando os elementos de uma planilha e as opções de formatação. nilha, abrir, salvar e imprimir,
além de outras funções.

O Excel é o aplicativo do pacote Office da Microsoft destinado a No meio da barra temos o nome
desenvolver planilhas eletrônicas. Neste material você aprende- do arquivo que está visualizando
rá a utilizar a versão 2010. no momento, além do título do
aplicativo, como Pasta1 – Micro-
soft Excel.
Um arquivo gerado no Excel é considerado uma pasta e nela podemos
inserir muitas planilhas. É possível realizar comunicação entre as plani-
lhas ou não. Cada planilha é composta por uma tabela contendo colunas Guias de ferramentas
e linhas. Cada coluna é identificada pelas letras do alfabeto (A, B, C, D,
E, F, etc.). E cada linha é identificada por números (1, 2, 3, 4, 5, 6, etc.).
O encontro de uma coluna com uma linha é chamado de célula e identi- Logo abaixo da barra de título
ficado pela letra da coluna mais o número da linha. Exemplo: o encontro você encontrará as guias do paco-
da coluna D com a linha 7 será a célula D7. O encontro da coluna H te Office com suas ferramentas.
com a linha 15 será a célula h15, e assim por diante. Clique sobre as guias para visuali-
zar quais as ferramentas contidas.
Ao posicionar o mouse sobre uma
ferramenta o aplicativo indica
nome, tecla de atalho se houver e
uma breve descrição sobre a fer-
ramenta.

Figura 87 - Tela do Excel 2010

INFORMÁTICA BÁSICA 225


Área de trabalho
Na parte inferior da planilha
você encontrará guias identi-
Logo abaixo das guias você encontrará a Caixa de Nome, onde terá a ficadas como Plan1, Plan2 e
identificação da célula selecionada, e ao lado a Barra de Fórmula que Plan3, ou seja, são as 3 plani-
conterá o real conteúdo de uma determinada célula. lhas que já vêm como padrão
ao criar um novo arquivo no
Em seguida, é possível visualizar a planilha com suas colunas e linhas
Excel, mas é possível adicio-
identificadas por respectivas letras e números. Observe na imagem aci-
nar, excluir e renomear. Para
ma que a célula A1 está selecionada e identificada na Caixa de Nome. isso clique com botão direito
do mouse sobre a planilha
Para selecionar uma linha inteira, basta clicar sobre o número que iden- desejada e abrirá o menu de
opções para realizar as ope-
tifica a linha. Para selecionar uma coluna inteira, basta clicar sobre a letra
rações citadas assim como
que identifica a coluna. Para selecionar várias células clique e arraste o
outras.
mouse sobre as células que deseja selecionar. Observe que o mouse, dentro
da planilha, muda seu formato para uma cruz branca.

Barra de status

Na barra de status você encontrará


à direita os botões de exibição
Normal, Layout da Página e
Figura 88 - Selecionando Células Visualização de Quebra de Página.
E mais à direita os botões para
Reduzir (-) e Ampliar(+) o zoom.
Para inserir texto nas células, basta clicar sobre a célula desejada e digitar
o texto ou o número desejado.

DICA
Aperte a tecla Ctrl e gire o
botão de rolagem do mou-
se, assim você poderá redu-
zir ou ampliar o zoom.

Figura 89 - Inserindo Texto na Célula


Nesta seção você foi apresentado
às planilhas eletrônicas, mais es-
pecificamente ao Excel 2010. A
próxima seção é destinada à apre-
sentação das opções de formata-
ção e à aplicação de fórmulas nas
planilhas.

226 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


SEÇÃO 2 Fórmulas
Formatação e fórmulas
Na escola aprende-se a somar
Esta seção apresenta as opções de formatação das informações em uma dois números assim: 9 + 5 = 14.
planilha e como é possível utilizar fórmulas. Em uma planilha, se os números
Na planilha Plan1 digite a partir da célula A1 a planilha abaixo (ver fi- foram digitados nas respectivas
gura), ao digitar na primeira célula aperte a tecla Enter, assim a segundo células A1 e B1, na célula C1 po-
célula da coluna A é selecionada para inserir a próxima informação. Siga derá ser digitada a seguinte fór-
o mesmo processo até finalizar a primeira coluna, somente depois vá mula: =A1+B1 e apertar Enter,
para a segunda coluna iniciando da célula B1. pronto o valor 14 será gerado.
Insira uma nova coluna na tabe-
la, assim, na célula F1 digite TO-
TAL, e nas células abaixo aplique
a seguinte fórmula para somar as
notas de todos os trimestres de
cada aluno:
▪▪ na célula F2 digite
=B2+C2+D2+E2 e tecle Enter.
Pronto, o resultado será calcu-
lado pela planilha referente aos
respectivos valores 6, 5, 10 e 8;
▪▪ na célula F3 digite
=B3+C3+D3+E3 e tecle Enter.
Pronto, o resultado será calcu-
lado pela planilha referente aos
respectivos valores 8, 6, 4 e 8. E
assim por diante até a célula F9.
Figura 90 - Alterando a Largura da Coluna

Observe que a planilha trabalha


Observe na figura anterior que os textos Mariazinha e Trimestre não por referência, ou seja, você não
couberam na largura da coluna. Para ajustar isso, posicione o mouse sobre precisa digitar o valor que está na
a linha entre as letras A e B e dê um duplo clique, a coluna irá se ajustar célula, mas sim a referência do
automaticamente, a célula terá espaço para mais caracteres. Faça o mes- valor. Assim, caso o valor mude,
mo para as outras colunas. o resultado será alterado. Experi-
mente trocar o valor da célula B1
para 10 e observe o resultado.
Agora, crie outra coluna para cal-
Formatando a tabela cular a Média. Para isso, em G di-
gite na célula G1 MÉDIA:
▪▪ selecione a tabela clicando na célula A1 até E9 e aplique Borda
▪▪ na célula G2 digite =F2/4 e
e Cor de Sombreamento . tecle Enter. Pronto, o resulta-
▪▪ selecione apenas as células A1 até E1, aplique outra cor de sombre- do será calculado pela planilha
amento. referente ao total que está em
F2 dividido pela quantidade de
Agora você formatará a aparência dos números, fazendo com que fi- trimestre;
quem com duas casas decimais, portanto, selecione as células B2 até E9

e clique na ferramenta Separador de Milhares .

INFORMÁTICA BÁSICA 227


▪▪ na célula G3 digite =F3/4 e tecle Enter. Pronto, o resultado será
calculado pela planilha referente ao total que está em F3 dividido pela
SEÇÃO 3
quantidade de trimestre. E assim por diante até a célula G9. Gráficos
O resultado final da planilha será: Nesta seção você irá estudar a uti-
lização de gráficos em uma plani-
lha. Eles são usados para facilitar
a interpretação e a visualização
dos dados.

Um gráfico serve para facilitar


a interpretação ou visualiza-
ção de um conjunto de dados
tabulares. Dados são as infor-
mações inseridas. No exem-
plo da seção anterior, dados
são os nomes e as notas dos
alunos.
Figura 91 - Resultado da Tabela com as Colunas Total e Média Calculadas

Operadores
Para inserir um gráfico é necessá-
rio ter construído uma tabela com
Veja abaixo a relação dos operadores utilizados em fórmulas ou funções: informações tabulares. Vamos se-
guir o mesmo exemplo da seção
anterior para gerar o gráfico.
Operadores aritméticos Operadores de comparação
Soma + Igual =
Subtração - Menor que < Selecione a tabela da célula A1 até
Multiplicação * Maior que > B9, depois selecione apenas as co-
lunas com os nomes dos alunos e
Divisão / Menor ou igual <=
a coluna do 1º trimestre e clique
Exponenciação ^ Maior ou igual >= na guia Inserir.
Porcentagem % Diferente <>
Você verá que existem diversos
tipos de gráficos.
Durante esta seção você acompanhou exemplos de formatação dos da-
dos e aprendeu a utilizar fórmulas para realizar cálculos em uma plani-
lha. Na próxima seção você conhecerá mais um recurso que pode ser
usado em uma planilha: os gráficos.

228 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 92 - Seção Gráficos da Guia Inserir do Excel

Figura 94 - Exemplo de gráfico de pizza

Clique no ícone correspondente aos gráficos em colunas.


A figura a seguir mostra o gráfico gerado.

Nesta seção você aprendeu a criar


gráficos para facilitar o entendi-
mento e a visualização dos da-
dos de uma planilha. Na próxima
seção você estudará as funções
disponíveis em uma planilha do
Excel 2010.

SEÇÃO 4
Funções
Nesta seção você estudará as fun-
ções disponíveis no Excel 2010 e
aprenderá a utilizá-las.
Figura 93 - Exemplo de Gráfico de Colunas
As funções servem para facilitar
os cálculos das planilhas eletrôni-
cas, vamos ver um exemplo.
Ao clicar com botão direito do mouse sobre as colunas e em No exercício anterior, ao criar a
seguida no menu Formatar a Série de Dados, você poderá al-
coluna Total e fazer a soma das
terar preenchimento, cor da borda, estilo da borda, sombra e
estilo 3D.
notas do Joãozinho você fez:
=B2+C2+D2+E2, se existisse 50
números você teria que digitar as
50 células, portanto, substitua essa
Ainda ao clicar com botão direito em qualquer lugar da área do gráfico, fórmula pela função Soma, delete
é possível alterar o tipo clicando no menu Alterar Tipo do Gráfico. Es- o que está na célula F2 e escreva:
colha o tipo Pizza.

INFORMÁTICA BÁSICA 229


Algumas funções não têm argu-
=SOMA(B2:E2) mentos, veja os exemplos.

sendo que SOMA() é o nome da função, identifica o intervalo, ▪▪ Função Agora: =AGORA(),
portanto, a função diz: some de B2 até E2. Assim, serão soma- exibe a data e hora atual.
dos os valores de B2 até E2 sem ter que digitar todas as células, ▪▪ Função Hoje: =HOJE(),
bastando para isso informar a primeira célula e a última célula exibe a data atual.
do intervalo separado entre dois pontos.

Entre tantas funções, outra


muito utilizada é a função
Lógica SE, conheça a sintaxe
No Excel existem diversas outras funções, clique na guia Fórmulas e veja
dessa função:
que as funções estão separadas por grupos:
=SE (condição; valor_verda-
deiro; valor_falso).

Existem três argumentos:


▪▪ Condição – é a condição que
Figura 95 - Guia Fórmulas do Excel testará alguma informação;
▪▪ Valor_verdadeiro – se o teste
Você conheceu a função Soma, agora conhecerá algumas outras funções for positivo, você determinará
muito utilizadas no dia a dia. neste espaço;
▪▪ Valor_falso – se o teste for
negativo, você determinará neste
▪▪ Função Média: =MÉDIA(A1:A10), fará a média entre os valores espaço.
A1 até A10.
▪▪ Função Máximo: =MÁXIMO(A1:10), exibe o maior valor entre Volte ao exemplo da planilha e
A1 e A10. crie mais uma coluna, na célula
▪▪ Função Mínimo: =MÍNIMO(A1:A10), exibe o menor valor entre H1 digite a palavra SITUAÇÃO.
A1 e A10. Vamos testar se o aluno atingiu a
nota 7, se for positivo a situação
▪▪ Função Cont.Núm: =CONT.NUM(A1:A10), calcula o número de
será Aprovado, se for negativo a
células num intervalo que contém números.
situação será Reprovado.
▪▪ Função Cont.Valores: =CONT.VALORES(A1:A10), calcula o
número de células num intervalo independente do tipo de caractere
(números ou letras).
▪▪ Função E: =E(A1;A2;A5), considera todos os argumentos relacio-
nados em sua função.
▪▪ Função OU: =OU(A1;A2;A5), considera um ou outro dos argu-
mentos relacionados em sua função.

230 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Para isso, na célula H2 digite: =SE(G2>=7; Aprovado; Reprovado).
Utilize a alça de autopreenchimento para fazer o mesmo para as outras
Para classificar uma tabela,
células sem ter que digitar novamente a função, veja imagem a seguir:
basta posicionar o mouse em
qualquer célula da coluna
que deseja ordenar e clicar na
guia Início, depois em Classifi-
car e Filtrar, escolher:
- classificar de A a Z para or-
dem crescente; ou
- classificar de Z a A para or-
dem decrescente.
Ainda é possível personalizar
a classificação clicando no
Personalizar Classificação.

Figura 96 - Exemplo da Utilização do Autopreenchimento

Durante esta seção você estudou algumas funções disponíveis no Ex- Aplicando filtros
cel 2010, funções que podem ser bastante úteis nos cálculos em uma
planilha. Na próxima seção você verá como organizar os dados de uma
planilha, filtrando e ordenando as informações de interesse. Aplicar filtro significa que você
poderá visualizar apenas as infor-
mações que deseja a partir de uma
SEÇÃO 5 condição predeterminada.
Classificação e filtros Utilizando o exemplo da tabela de
alunos, exiba somente os alunos
Nesta seção serão mostradas as formas de classificação e organização com situação Reprovado. Para
dos dados existentes em uma planilha. isso, siga os passos:

1. deixe o cursor em qualquer cé-


lula da tabela;
Classificando uma tabela 2. clique na guia Início, depois em
Classificar e Filtrar;
Classificar é o mesmo que ordenar uma coluna em ordem alfabética ou 3. clique em Filtro, em cada colu-
numérica. Podemos classificar em ordem Crescente ou Decrescente. na será exibido um botão com
uma seta;

4. clique na seta da coluna Situa-


ção;

5. desmarque a opção Aprovado


e clique em OK.

Pronto, o Excel mostrará apenas


os alunos com situação Reprova-
do. Para desfazer um filtro, clique
na mesma seta que aplicou o filtro
e em seguida em Limpar Filtro
de...
Figura 97 - Ferramenta Classificar e Filtrar

INFORMÁTICA BÁSICA 231


Outro exemplo: exiba somente os alunos com nota do 1º trimestre
maior ou igual a 7 e situação Aprovado. Para isso siga os passos:

1. clique na seta da coluna do 1º trimestre;

2. clique em Filtros de Número e depois em É Maior ou Igual a;

3. do lado direito da caixa, clique em É Maior ou Igual a, digite 7 e clique


em OK;

4. clique na seta da coluna Situação;

5. desmarque a opção Reprovado e clique em OK.

Pronto, o Excel mostrará apenas os alunos com nota maior ou igual a 7


no 1º trimestre e situação Aprovado.
Nesta seção você aprendeu a classificar e ordenar os dados de interesse.
Na próxima seção você verá como salvar, imprimir e configurar a página
de uma planilha do Excel 2010.

SEÇÃO 6
Salvando, imprimindo e configurando a página
Esta última seção da Unidade 5 mostrará como salvar, imprimir e con-
figurar planilhas.

Salvando uma planilha

Para salvar uma planilha, clique no botão do Office e depois em Salvar

ou vá direto ao ícone .

Na janela de diálogo Salvar Como, escolha a pasta onde deseja


salvar a planilha. Em Nome do Arquivo digite o nome de sua
planilha (exemplo: Planilha Alunos).

Observe que o Excel salva no formato .xlsx por causa da versão 2010.
Versões anteriores são salvas no formato .xls, se desejar trocar o for-
mato, escolha na lista Salvar Como Tipo. Assim você poderá abrir uma
planilha criada na versão 2010 em versões anteriores.

232 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 98 - Nome e Tipo do Arquivo do Excel

Imprimindo no Excel

Para imprimir, clique no botão do Office e depois em Imprimir. Na ja-


nela de diálogo Imprimir escolha a impressora caso exista mais de uma.
Defina o Intervalo de Impressões entre Tudo (imprimirá todas as pla-
nilhas), Páginas (poderá definir De e Até que página deseja imprimir).
Em Imprimir você poderá escolher entre: Seleção (imprimirá somente o
que estiver selecionado), Planilha(s) Selecionada(s) (imprimirá somente
as planilhas selecionadas) e Pasta de Trabalho Inteira (imprimirá tudo
que estiver no arquivo).

Figura 99 - Tela de Impressão do Excel

No botão Visualizar abrirá a tela de visualização do documento e você


poderá configurar a página clicando no ícone Configurar Página. A jane-
la de diálogo Configurar Página abrirá e nela você poderá:

INFORMÁTICA BÁSICA 233


Figura 100 - Tela Cabeçalho/Rodapé do Configurar Página

▪▪ na guia Página configurar Orientação para Retrato ou Paisagem e


Tamanho da Página;
▪▪ na guia Margens definir as margens esquerda, direita, superior e infe-
rior, assim como as margens de cabeçalho e rodapé. Também poderá
definir se deseja centralizar a página na horizontal e/ou vertical;
▪▪ na guia Cabeçalho/Rodapé definir como deseja configurar. Para
fazer a configuração do Cabeçalho, clique em Personalizar Cabeçalho
o mesmo para o Rodapé clicando em Personalizar Rodapé. Ambos os
casos abrirá a janela a seguir.

234 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Figura 101 - Tela do Cabeçalho

Uma vez configurado, clique no botão OK e você voltará à janela Con-


figurar Página, clique novamente no botão OK e pronto, verá a página
configurada. Basta clicar no ícone Imprimir e todas as configurações
serão aplicadas e impressas.
Agora, depois de estudar esta seção, você é capaz de salvar e configurar
as páginas de uma planilha Excel.
Nesta unidade você aprendeu a utilizar planilhas eletrônicas desde a di-
gitação de dados, formatação da tabela, geração de gráficos, aplicação
de fórmulas ou funções, classificação de dados em ordem alfabética ou
numérica, configuração de página, aplicar cabeçalho e rodapé até a sua
impressão.

INFORMÁTICA BÁSICA 235


Referências
▪▪ CANTO, C. R. D. L. Integrado de informática. Florianópolis: SENAI/SC/CTAI,
2000. (Apostila Didática).

▪▪ MICROSOFT Excel para Windows. Versão 2010. [S.l.]:  Microsoft Corporation, 2010. 1
CD-ROM.

▪▪ ______.PowerPoint para Windows. Versão 2010. [S.l.]:  Microsoft Corporation, 2010. 1


CD-ROM.

▪▪ ______. Windows 7. Versão Home. [S.l.]: Microsoft Corporation, 2010. 1 CD-ROM.

▪▪ ______. Word para Windows. Versão 2010. [S.l.]:  Microsoft Corporation, 2010. 1 CD-
ROM.

INFORMÁTICA BÁSICA 237


Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Organização e Preparação para o Trabalho


1ª Edição Revisada

Elvira Maria Volpato Zanandrea


Lilian Elci Claas

Revisado por:
Kácio Flores Jara

Florianópolis/SC
2014
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da atualização desta obra

Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa


Consultoria em Educação Jaqueline Tartari
Maycon Cim Contextuar

Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação Design Educacional


Gisele Umbelino Roberta Martins
Kácio Flores Jara
Ilustração
Coordenação Desenvolvimento de Recursos Paulo Lisboa Cordeiro
Didáticos
Michele Antunes Corrêa Diagramação
Felipe da Silva Machado
Revisor
Kácio Flores Jara

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca SENAI/SC Florianópolis

Z27o
Zanandrea, Elvira Maria Volpato
Organização e preparação para o trabalho / Elvira Maria Volpato
Zanandrea, Lilian Elci Claas. 1. ed. rev. – Florianópolis : SENAI/SC, 2014.
38 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias e anexo.

1. Cidadania. 2. Grupos de trabalho. 3. Organização. 4. Relações


humanas. I. Claas, Lilian Elci. II. SENAI. Departamento Regional de Santa
Catarina. III. Título.

CDU 331.1

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Sumário
Conteúdo Formativo 243 262 Unidade de estudo 3
Formas Alternativas
Apresentação 245 de Geração de Tra-
balho e Renda com
Enfoque na Juventude

246 Unidade de estudo 1


263 Seção 1 - Elaboração de
Organização, Planeja- currículo
mento e Controle do 264 Seção 2 - Entrevista de
Processo de Trabalho seleção
e Trabalho em Equipe 265 Seção 3 - Apresentação
pessoal
266 Seção 4 - Empreendedoris-
247 Seção 1 - Mundo do trabalho mo e empregabilidade
250 Seção 2 - Conceitos e proce-
dimentos da qualidade
251 Seção 3 - Planejamento, Finalizando 269
organização e controle no
trabalho
252 Seção 4 - Relacionamento Referências 271
humano
255 Seção 5 - Trabalho em Anexo 275
equipe

258 Unidade de estudo 2


O Exercício da
Cidadania

259 Seção 1 - Direitos e deveres


do cidadão
260 Seção 2 - Direitos trabalhis-
tas
242 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 20 horas

Competências

Promover situações e condições para que o aluno compreenda o conceito atual


de trabalho nas organizações e empreendimentos do mundo contemporâneo,
considerando a necessidade de planejamento, os avanços tecnológicos, a im-
portância da qualidade e das condições de segurança, reconhecendo, assim, as
diferentes formas de trabalho.

Conhecimentos

▪▪ Organização, planejamento e controle do processo de trabalho e trabalho em


equipe.
▪▪ Educação fiscal para o exercício da cidadania.
▪▪ Formas alternativas de geração de trabalho e renda com enfoque na juventude.
▪▪ Informações sobre o mercado e o mundo do trabalho.
▪▪ Preparação para entrevista, organização de currículo, apresentação pessoal e
controle emocional.
▪▪ Conceitos e procedimentos de qualidade.

Habilidades

▪▪ Identificar os fatores de risco de acidentes no ambiente de trabalho.


▪▪ Organizar, planejar e controlar o processo de trabalho e trabalho em equipe.
▪▪ Entender as formas alternativas de geração de trabalho e renda com enfoque
na juventude.
▪▪ Conhecer sobre o mercado e o mundo do trabalho.
▪▪ Preparar-se para a entrevista, organizar o currículo e a apresentação pessoal.
▪▪ Avaliar o trabalho realizado.

Atitudes

▪▪ Organizar e conservar o local de trabalho.


▪▪ Fazer o uso responsável dos cursos existentes.
▪▪ Demandar de proatividade.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 243


▪▪ Demonstrar capacidade de relacionamento interpessoal mantendo o comporta-
mento ético.
▪▪ Trabalhar em equipe.

244 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Apresentação
Caro aluno, neste momento você iniciará os estudos da unidade curricu- Professoras Elvira Maria
lar Organização e Preparação para o Trabalho. Volpato Zanandrea e Lilian
Elci Claas
Durante seus estudos você encontrará conteúdos que irão auxiliá-lo na
compreensão do conceito atual de trabalho em organizações e empre-
Elvira Maria Volpato Zanandrea
endimentos do mundo contemporâneo. Além disso, observará também é graduada em Comunicação
a necessidade de planejamento, os avanços tecnológicos, a importância Social – habilitação em Relações
da qualidade e as condições de segurança, reconhecendo as diferentes Públicas – e pós-graduada em
formas de trabalho. Administração de Recursos Hu-
Você sabia que o trabalho dignifica o homem? manos (FAE/UNERJ). Atua des-
de 1993 como colaboradora do
Ele garante a integração dele com a sociedade tanto como produtor de SENAI/SC, os quais durante dez
bens e serviços como também de consumidor. anos foi diretora adjunta. Hoje
Neste sentido, esta unidade curricular tem por objetivo auxiliar você, é coordenadora e instrutora da
jovem aprendiz, a se preparar para adentrar no mundo do trabalho. Aqui Aprendizagem Industrial.
você conhecerá uma visão geral das tendências do mundo do trabalho e
das mudanças tecnológicas e organizacionais que estamos vivendo, além Lilian Elci Claas é graduada em
Pedagogia com habilitação em
de receber dicas de como trabalhar em equipe e manter as boas relações
Supervisão Escolar, pós-gradua-
com colegas e superiores. Irá também arrolar os principais direitos so- da em Administração de Recur-
ciais e trabalhistas, o que o auxiliará na preparação para um processo sos Humanos (FAE/UNERJ) e em
seletivo. Consultoria Empresarial (UFSC/
Você vai descobrir durante seus estudos que através da educação e da SENAI). É instrutora no SENAI/
qualificação profissional, é possível alçar voos cada vez maiores e que SC em Jaraguá do Sul, minis-
eles estão diretamente relacionados ao seu êxito pessoal. trando as disciplinas de Comu-
nicação Oral e Escrita, Metodo-
Desejamos que aproveite ao máximo os conteúdos e atividades aqui logia Científica, Metodologia da
apresentados. Compartilhe suas descobertas e experiências com seus Pesquisa e Gestão de Processos.
colegas e professores. Desenvolve trabalho de Con-
sultoria Empresarial na área de
gestão de pessoas e treinamen-
Bom trabalho. to e orienta TCCs nos cursos Téc-
Elvira e Lilian nicos e Tecnólogos.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 245


Unidade de
estudo 1
Seções de estudo

Seção 1 - Mundo do Trabalho


Seção 2 - Conceitos e procedimentos
da qualidade
Seção 3 - Planejamento, organização e
controle no trabalho
Seção 4 - Relacionamento humano
Seção 5 - Trabalho em equipe
Organização, Planejamento e Controle
do Processo de Trabalho e
Trabalho em Equipe

SEÇÃO 1
Mundo do trabalho
Antes de iniciar, perceba o mun- tem registro. Com ele foi possível
do a sua volta. Observe que pra- aperfeiçoar os utensílios e os ins- Com o passar do tempo, co-
ticamente tudo o que você vê foi trumentos de caça. meçaram a desenvolver e
produzido pelas mãos do homem. utilizar técnicas de fabricação
Mas, por quê? As coisas foram e cada vez mais sofisticadas,
dando início ao processo de
são feitas para satisfazer as nossas
produção organizada. Assim
necessidades e tornar o nosso dia surgiram as primeiras organi-
a dia bem mais simples e agradá- zações industriais.
vel.
Para que esses produtos possam
ser produzidos é necessário que a
sociedade se organize para retirar “O mundo atual é uma socieda-
o melhor dos recursos naturais, de institucionalizada e compos-
humanos e tecnológicos. Figura 1 - Descoberta do Fogo ta de organizações.” (CHIAVENA-
Fonte: Grupo... (2010). TO, 2005, p. 01).

O ser humano é incapaz de de- A segunda grande revolução Uma organização é um tipo de as-
senvolver todo seu potencial ocorreu com a domesticação dos sociação das quais as pessoas que
sozinho e, por isso, precisou animais levando o homem a aban- nela trabalham, assumem um ob-
se organizar em sociedade a donar a vida nômade e a se fixar jetivo comum e cada um tem um
fim de extrair e aproveitar em um único local. Essa perma-
toda a sua capacidade.
papel específico a desempenhar
nência acarretou no surgimento com deveres e tarefas a executar.
das primeiras tribos, ou seja, os Ao longo dos anos, as organiza-
primeiros agrupamentos sociais. ções sofreram influência tanto
Em função disso, o acesso às fon- dos filósofos, quanto dos físicos,
Desde o início, o homem aplicou tes de alimentos foi reduzido, o economistas, estadistas e, tam-
os conhecimentos adquiridos ao que obrigou o homem a cultivar bém, da igreja e do exército. Essa
longo de sua história para trans- a terra. A partir desse momento influência auxiliou as instituições
formar os recursos de que dispu- o homem passou a desenvolver o a organizarem seus processos
nha para produzir outros bens e comércio, trocando as mercado- produtivos e administrativos.
satisfazer as suas necessidades. rias que produzia ou os animais
Com o surgimento da máquina a
Por exemplo, ele tinha a árvore a criava.
vapor em 1776, desenvolvida por
sua disposição na natureza e, com No início cada um fazia aquilo James Watt, e a aplicação do car-
ela, produzia móveis para mora- que necessitava, mas com o passar vão e do ferro nos processos pro-
dia, com a água produzia energia, do tempo, alguns se especializa- dutivos, toda a estrutura social e
com o ferro produzia motores, ram e passaram a produzir quan- econômica da época se modificou,
com o algodão o tecido etc. tidades maiores. Os artesãos eram provocando rápidas e profundas
O mundo já passou por inúme- especialistas numa fabricação e a mudanças. Essas invenções per-
ras transformações e não foi di- sua produção atendia a demanda mitiram que o homem mecanizas-
ferente com as organizações. O existente. se a indústria (da máquina de fiar
domínio do fogo, por exemplo, para o tear hidráulico) e aplicasse
promoveu a primeira grande re- a força motriz a fim de propiciar
volução tecnológica de que se

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 247


o trabalho em série. Pouco depois, Quadro 1 - Teorias administrativas
surgiram o telefone, o telégrafo e Principais
a locomotiva a vapor. Esse perí- Ano Teoria Enfoque
defensores
odo é conhecido como a primeira Racionalização do trabalho
Administração Frederick W. Taylor
revolução industrial. 1903 em nível operacional com
Científica e Henry Ford.
ênfase na tarefa.
Organização formal
Teoria da
1909 burocrática e racionalidade Max Weber.
Burocracia
organizacional.
Organização formal.
Princípios gerais
Henry Fayol,
da Administração e
1916 Teoria Clássica Lyndall F. Urwick e
definição das funções do
Luther Gulick.
administrador. Ênfase na
estrutura.
Organização informal.
Figura 2 - Surgimento da Máquina a Teoria das
Motivação, liderança, Elton Mayo e Kurt
Vapor 1932 Relações
comunicações e dinâmica Lewin.
Humanas
Fonte: The... (2010). de grupo.
Múltipla abordagem:
Organização formal
Teoria
A segunda revolução industrial 1947 e informal. Análise Etzioni, Blau e Scot.
Estruturalista
ocorreu entre 1860 e 1914 com intraorganizacional e
a descoberta do aço e da eletrici- análise interorganizacional.
dade. Essas invenções permitiram Integração entre as ciências
Teoria dos Ludwig Von
o aperfeiçoamento do dínamo, a 1951 naturais e sociais.
Sistemas Bertalanffy.
invenção do motor a combustão
A organização é um
interna, a substituição do ferro sistema sociotécnico:
pelo aço e do vapor pela energia. Abordagem sistema técnico e sistema
Essa era permitiu a expansão da 1953 Tavistock.
Sociotécnica social. Ambos os sistemas
industrialização. encontram-se em interação
Com o advento da industrializa- mútua e recíproca.
Organização formal.
ção surgiram também as teorias Peter F. Drucker,
Princípios gerais
administrativas. Acompanhe no Teoria Ernest Dale, Harold
1954 da Administração e
quadro abaixo as principais teo- Neoclássica Koontz, entre
definição das funções do
rias administrativas e seu enfoque. outros.
administrador.

Herbert A. Simon,
Enfatiza o processo
Chester Barnard,
decisório. Ênfase nas
Douglas McGregor,
Teoria pessoas e formas de
1957 Rensis Likert, Chris
Comportamental abordagem. É mais
Argyris, entre
descritiva e menos
outros.
restritiva.
Mudança organizacional
Desenvolvimento
1962 planejada. Abordagem de Leland Bradford.
Organizacional
sistema aberto.
Análise ambiental
(imperativo ambiental). Dill, Burns,
Teoria da Abordagem de sistema Stalker, Chandler,
1972
Contingência aberto. Administração da Fouracker,
tecnologia (imperativo entre outros.
tecnológico).
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2005).

248 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Segundo Schumpeter ([199-?] apud CHIAVENATO, 2005) a história hu-
mana passa por ciclos de vida caracterizados por atividades econômicas
diferentes. Veja a evolução da história no Quadro 2.

Quadro 2 - Evolução por atividade econômica


Fonte: Chiavenato (2005, p. 652).

Atualmente, vivemos em um “Para competir no mercado de


É importante conhecer a his- mundo tecnológico e em uma trabalho, não basta ter uma
tória para poder compreen- sociedade de consumo cada vez competência, é preciso ser com-
der o passado, atuar no pre- mais urbana. A sociedade moder- petitivo, ou seja, estar disposto
sente e prever o futuro. na é caracterizada pela extrema di- a reformular e atualizar continu-
amente conhecimentos, habili-
visão do trabalho, o que faz com
dades e atitudes.” (SCHWARTZ,
que as profissões se especializem 2000 apud FOLHA ONLINE,
cada vez mais. Tal fato acaba 2009).
por acarretar num aumento exa-
cerbado da competitividade no
mercado de trabalho. Essa nova
sociedade tecnológica e racional
valoriza a instrução, exigindo in-
vestimentos cada vez maiores de
tempo e dinheiro na capacitação
das pessoas.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 249


O mundo do trabalho é inconstante e, por isso, o profissional do futuro
precisa estar preparado e se adaptar a nova realidade que se apresenta. A O programa 5S tem como ob-
nova economia é globalizada e com mudanças tecnológicas significativas jetivo a organização do local
em curtos espaços de tempo e, por isso o profissional deve acompanhar de trabalho a fim de aumen-
essas mudanças. tar a produtividade e melho-
rar a qualidade, bem como
prevenir acidentes, aumentar
o relacionamento interpesso-
al e a autoestima dos colabo-
radores.

O programa 5S foi desenvolvido


no Japão, após a Segunda Guerra
Mundial, para combater a sujeira
existente nas fábricas da época.
Este programa é composto por
cinco conceitos que, em japonês
começam com a letra “S”: Seiri,
Seiton, Seiso, Seiketsu, Shitsuke.
Fonte: Adaptado de JAGUAR

Uma nova organização está sur-


gindo no século XXI, a qual:
SEÇÃO 2
Conceitos e procedi-
▪▪ o trabalho será flexível e tem-
porário; mentos da qualidade
▪▪ o cliente será o centro das
Como vimos na seção anterior, o
ações;
mercado consumidor está ficando
▪▪ o quadro de pessoal será cada vez mais exigente, o que tem
reduzido; Conheça a seguir o significado de
obrigado as empresas a atingirem
cada um deles.
▪▪ a qualidade será a base do padrões de qualidade cada vez
trabalho; maiores. Para que as empresas
▪▪ a hierarquia será desmantelada; ofereçam produtos de qualidade, Seiri – Organização
é necessário que as pessoas atuem
▪▪ as tarefas serão realizadas por de forma participativa, colabora- No senso da organização, iden-
equipes autogerenciáveis; tiva e organizada. Dessa forma, tifica-se tudo o que é necessário
como devemos desenvolver um do que não é. O que não é usado
▪▪ a remuneração será flexível. deve ser descartado.
ambiente de qualidade?
Após conhecer um pouco sobre O movimento da qualidade pode
o mundo do trabalho, acompanhe ser iniciado com a implantação do REGRA: Eliminar tudo que é desne-
na próxima seção conceitos e pro- programa 5S. Observe. cessário, cada coisa em seu lugar.
cedimentos para se ter qualidade
no trabalho.

250 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Seiton – Ordem Como observamos, o 5S é um Nesta seção conhecemos a ori-
programa que tem o objetivo de gem, o significado e as fases do
Ordem significa arrumação. De- melhorar a qualidade de vida e a programa 5S.
vemos, portanto, dispor as coisas moral dos colaboradores. Além
de forma que possamos localizá- de prevenir acidentes, melhorar
las facilmente. a produtividade, reduzir custos, SEÇÃO 3
conservar energia e prevenir o Planejamento, orga-
aparecimento de máquinas para-
REGRA: Um lugar para cada coisa e
das por motivo de quebra. nização e controle no
cada coisa em seu lugar.
Para que tudo isso seja mantido, trabalho
é preciso realizar avaliações cons-
Seiso – Limpeza tantemente a fim de monitorar o Na seção anterior identificamos a
Este senso tem o objetivo de aca- seu desempenho. importância da aplicação do pro-
bar com a sujeira e o lixo em to- Essa avaliação é feita a partir de grama 5S para a qualidade no tra-
dos os ambientes da empresa. um questionário que, após sua balho.
aplicação e a tabulação dos dados, A aplicação do 5S permite a práti-
seu resultado é divulgado para que ca do Ciclo PDCA. O que se en-
REGRA: Mais importante que lim-
todos saibam como anda a situa- tende por ciclo PDCA?
par, é não sujar.
ção do programa. Quando for
diagnosticado um problema, ações
Seiketsu – Conserva- corretivas e preventivas devem ser Ciclo PDCA é uma metodo-
ção realizadas. logia usada para melhoria e
Confira nas figuras abaixo o qua- controle dos processos.
Neste senso deve-se manter a or-
dro de conceito de nota e o cartão
ganização, a ordem e a limpeza,
de identificação da situação do
tomando cuidado para que os ou-
ambiente. A sigla PDCA vem das palavras
tros sensos não retrocedam.
em inglês.

REGRA: Melhorar continuamente ▪▪ Plan – Planejar.


para que os sensos anteriores não CONCEITO NOTA COR ▪▪ Do – Executar.
retrocedam. ▪▪ Check – Verificar.
ÓTIMO 9 à 10 VERDE

▪▪ Action – Agir.
Shitsuke – Autodisci- BOM 7 à 8,9 AZUL

plina REGULAR 5 à 6,9 AMARELO

Este senso trata da reeducação de RUIM 0 à 4,9 VERMELHO


nossas atitudes, é o cumprimento
rigoroso do que foi estabelecido
entre as pessoas, bem como das Figura 1 - Quadro de notas
normas vigentes na empresa.

REGRA: Fazer do Programa 5S um


hábito de vida.

Como é possível verificar, esse Verifique agora cada uma dessas


programa por mais simples que etapas.
pareça, não é fácil de ser imple-
mentado e de ser mantido como
▪▪ 1a etapa – Planejar
hábito diário dos colaboradores,
Nesta etapa se define as metas
pois necessita da cooperação do Figura 2 - Identificação da situação do
que se pretende atingir e os meios
grupo como um todo. ambiente
que serão usados para atingi-las.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 251


▪▪ 2ª etapa – Executar Depois que o ciclo for concluído,
Nesta etapa, é necessário preparar refaz-se a etapa do planejamento Para que as atividades pos-
as pessoas para que tenham con- inserindo os conhecimentos e as sam ser concluídas com êxito,
dições de executar as tarefas, asse- experiências adquiridas durante o precisamos ter um bom rela-
gurando-se de que elas possuem processo. cionamento e saber trabalhar
em equipe.
as informações e competências
necessárias para desempenhá-las
conforme o que foi planejado. Na Esse processo se inicia e rei-
execução, coletam-se dados para nicia continuamente, melho- Geralmente as indústrias são co-
uma análise posterior do proces- rando o desempenho. nhecidas por seus prédios, instala-
so. ções, marcas etc., mas essas coisas
não lhes dão personalidade ou ca-
▪▪ 3ª etapa – Verificar racterísticas.
Na verificação, analisam-se os da- Nesta seção você conheceu uma
Como afirma Chiavenato (2005,
dos coletados na execução a fim nova prática, o ciclo PDCA.
p. 184)
de mensurar a efetividade da ação.
Nesta etapa, elaboram-se os rela-
tórios, os gráficos e os documen- SEÇÃO 4 “uma organização não é somen-
te um conjunto de coisas físicas
tos que servirão de subsídio para
as próximas ações e, também,
Relacionamento hu- e tangíveis como prédios, luga-
para compará-los com os objeti- mano res, marcas ou produtos. Essas
coisas são inertes e estáticas”.
vos estabelecidos na fase do pla-
nejamento. Como vimos nas seções anterio-
res, trabalhar em uma empresa O que faz, portanto, uma
▪▪ 4ª etapa – Agir exige que as pessoas se envolvam organização?
Nesta etapa, padronizam-se os nesse processo e participem de
processos para que se tornem fre- Ela é feita das pessoas que nela
forma produtiva das atividades.
quentes e rotineiros. trabalham. As pessoas são a ener-
gia, a inteligência, o talento, as
competências e as habilidades que
Confira a seguir como isso acon- levam uma empresa ao sucesso.
tece. Ao se juntarem em uma organiza-
ção, elas buscam alcançar os obje-
tivos que jamais teriam condições
de alcançar sozinhas.
Fonte: Lumacart (2007).

Figura 3 - Ciclo PDCA

252 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Cada indivíduo traz ideias, expe-
riências, visões, expectativas, so-
nhos, conhecimentos e talentos
para dentro das organizações, in-
fluenciando no comportamento.
Para entendermos a importância
e o comportamento das pessoas
dentro das organizações e como
as atitudes delas afetam as ativi-
dades e os colegas, é necessário
compreender o que é comporta-

Fonte: Etnias (2010).


mento organizacional.

“[...] Comportamento organiza-


cional se preocupa com o estu-
do do que as pessoas fazem nas
organizações e de como esse Nós, seres humanos, somos di-
comportamento afeta o desem- ferentes uns dos outros porque Se somos diferentes, por que
penho das empresas.” (ROB- não reagimos da mesma maneira tentamos enquadrar todas
BINS, 2002, p. 6). diante das inúmeras situações que as pessoas nos mesmos pa-
nos são apresentadas diariamente. drões de comportamento,
As pessoas são diferentes, porém, sentimentos, atitudes, tama-
Estudamos o comportamento das muito frequentemente, olhamos nhos etc.?
outras pessoas desde o início da para elas como se fossem iguais.
nossa vida observando suas ações
e interpretando aquilo que ve-
mos. Verificamos o que os outros
fazem e tentamos compreender
o porquê de determinadas com-
portamentos e, assim, procura-
mos prever o que cada um faria
nas mais diversas circunstâncias.
Infelizmente, muita das vezes,
essa análise nos leva ao erro, pois
não sabemos o que o outro sente,
pensa ou vivencia.
O que podemos, portanto, re-
fletir, é que ao nosso redor e no
convívio diário existem pessoas
diferentes. Por quê? Quais carac-
terísticas as diferenciam entre si?

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 253


“Os seres humanos são comple- Atitudes aconselháveis: ▪▪ comer em local de trabalho;
xos e diferentes e não há como ▪▪ usar o nome da empresa para
fazer generalizações simples e ▪▪ procure fazer seu trabalho
receber benefícios pessoais;
precisas. Duas pessoas reagem com perfeição;
de maneiras diferentes em uma ▪▪ fornecer dados da empresa
▪▪ execute as suas atividades com
mesma situação, e uma mesma sem autorização de superiores;
pessoa muda seu comporta- entusiasmo;
▪▪ não cuidar da sua aparência
mento em situações diferentes.” ▪▪ seja cortês e generoso com
(ROBBINS, 2002, p. 12).
pessoal;
seus colegas de trabalho;
▪▪ ficar com expressão carrancu-
▪▪ agradeça sempre;
da durante o expediente;
Comportamo-nos de uma ou de ▪▪ seja otimista e confie nas suas
▪▪ tratar as pessoas com rispidez
outra maneira a fim de alcançar- aptidões;
e indiferença;
mos os nossos objetivos, porém ▪▪ pense antes de realizar as
em alguns casos, não temos cons- ▪▪ usar gírias ou expressões
atividades;
ciência desses objetivos. Dessa chulas;
forma, acabamos nos perguntan- ▪▪ seja discreto e pontual;
▪▪ não cumprimentar as pessoas;
do: “Por que eu fiz isto?” Nem ▪▪ mantenha o interesse, aprenda
▪▪ deixar que seus problemas
sempre nos damos conta dos mo- sempre e seja versátil;
pessoais venham afetar seu de-
tivos que nos levaram a determi- ▪▪ seja honesto; sempenho profissional;
nada ação. Essa situação demons-
▪▪ tenha iniciativa; ▪▪ não ser colaborativo.
tra claramente a falta de esforço
para nos conhecermos. Muitas ve- ▪▪ tenha controle sobre suas
zes, perdemos horas condenando emoções; Esta seção apresentou o assunto
as atitudes de outras pessoas, mas ▪▪ tenha senso de humor; relacionamento humano, tema
raramente paramos para analisar um tanto quanto complexo. Ve-
▪▪ amplie seu vocabulário;
as nossas próprias práticas. Deve- rificamos nos estudos que somos
mos nos lembrar que somos o re- ▪▪ não deixe para amanhã o que diferentes uns dos outros e rece-
flexo de nossas atitudes e valores você pode fazer hoje. bemos algumas dicas de atitudes
e que por eles somos guiados. An- tanto positivas quanto negativas,
Atitudes desaconselháveis: a fim de que se tenha sucesso no
tes de apontarmos os erros dos
outros, devemos rever as nossas ▪▪ desrespeitar as regras e regula- relacionamento entre os colabo-
atitudes e melhorarmos caso seja mentos da empresa; radores e, consequentemente, no
necessário. trabalho.
▪▪ fumar em local de trabalho;
Para termos sucesso no trabalho Na próxima seção iremos estudar
existem algumas recomendações ▪▪ receber amigos ou parentes sobre trabalho em equipe, tema
que devem ser observadas. em seu local de trabalho; que faz parte da política de muitas
▪▪ usar os equipamentos da empresas que desejam alcançar
empresa para realizar atividades êxito. Confira.
particulares;

254 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


SEÇÃO 5 Interdependente: que de-
pendem umas das outras.
Trabalho em equipe

Para você, o que é trabalho em equipe? Que elementos são funda- Interativo: maneira de in-
mentais? Você já deve ter tido diversas experiências em desenvolver teragir, de participar.
trabalho em equipe. Reflita sobre essas experiências, quais os pontos
positivos e negativos?

Papéis: atuação, desempe-


nho.

A comunicação entre as pessoas é


verdadeira e as opiniões divergen-
tes são estimuladas. Elas confiam
umas nas outras e assumem riscos
calculados, têm respeito, mente
aberta e há grande cooperação.

O clima do grupo pode variar: sa-


tisfação, insatisfação, tensão, stress,
entusiasmo, prazer, frustração
e depressão. A cultura e o clima
afetam a imagem, a qualidade, o
Agora que você refletiu sobre suas vivências, você estudará o conceito
comportamento e o desempe-
e os elementos do trabalho em equipe.
nho do grupo num determinado
período. Os grupos começam,
funcionam durante algum tem-
Equipe é um grupo de pessoas que compreende seus ob- po, modificam-se em estrutura
jetivos e está engajado em alcançá-los de forma compar- e dinâmica e continuam modifi-
tilhada. cando-se gradativamente ou, divi-
dem-se terminando com o grupo
inicial ou dando origem a novos
grupos. As pessoas participam de
vários grupos e em cada um deles
Segundo Robbins (2005, p. 211), “um grupo é definido como dois ou
ocupam e desempenham papéis
mais indivíduos, interdependentes e interativos, que se juntam vi-
diferentes. Os papéis indicam os
sando à obtenção de um determinado objetivo”. Pessoas se juntam de
comportamentos esperados das
acordo com os seus objetivos, defendendo causas, criando projetos,
pessoas diante de situações espe-
desenvolvendo ações sociais comunitárias, cumprindo ordens, jogando
cificamente definidas. Em cada
conversa fora, enfim, buscando ou desenvolvendo os mais variados
grupo, a pessoa aprende os com-
objetivos. São objetivos do grupo apenas quando se formam, devem
portamentos do papel que desem-
ser aceitos e mantidos por todos os indivíduos que neles se reúnem.
penha e que são adequados para a
posição que ocupa.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 255


Segundo especialistas, existem quatro funções desenvolvi- Na função de implementar, o membro do gru-
das pelos membros de uma equipe. Veja quais são! po deve demonstrar forte comprometimento
com prazos, ser perfeccionista e detalhista. Além
disso, deve ter tendência a ser sério e sensato
com base na análise de todas as possibilidades.

Coordenar Desenvolver

Estruturar Implementar

Cada integrante de equipe possui uma função predominan-


te.

Você sabe quais são essas funções? A seguir, você verá, em


detalhes, cada uma delas. Acompanhe!
As habilidades de cada um são disponibilizadas e
Na função de coordenar, o membro deve demonstrar ma- a troca de conhecimentos e experiências é cons-
turidade, confiança, dinamismo e decisão. Além disso, é de- tante para que os objetivos sejam alcançados
sejável que tome iniciativa, estabeleça metas claras, delegue com facilidade.
atribuições e responsabilidades, coordene as atividades dos
outros membros, motive as pessoas e as influencie para que Para que uma equipe alcance um excelente es-
contribuam de forma positiva para o alcance dos resultados. tágio de desenvolvimento, é preciso que os seus
membros se entendam, colaborem e tenham
Na função de desenvolver, o membro deve demonstrar um excelente relacionamento humano, no qual
interesse pelas coisas novas, ser criativo e de fácil relacio- a competição e as vaidades individuais não exis-
namento. Além disso, precisa explorar as oportunidades tem.
que surgem e ter forte propensão para resolver problemas
complexos. Ter boa comunicação com os outros membros Diante dessa perspectiva, confira a seguir algu-
da equipe e promover a articulação com o mundo externo. mas dicas para você trabalhar em equipe e ter
bons resultados.
Já na função de estruturar, o membro precisar ter forte
tendência para o trabalho cooperativo, ser diplomático,
confiável, disciplinado, evitar conflitos e buscar soluções
integradoras. As ideias e ações devem ser facilmente colo-
cadas em prática de forma a contribuir para o bom funcio-
namento do grupo.

256 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪ Nunca dê a impressão de que der-
rotou algum de seus colegas.

▪ Não carregue o grupo nas costas,


pois cada um tem seu papel e suas
tarefas a cumprir.

▪ Colabore com os colegas, evitan-


do dominá-los.

▪ Evite desculpar-se, procure e ofe-


reça soluções e assuma responsabi-
lidades.

▪ Trabalhe democraticamente.

▪ Conquiste seu lugar na equipe e o


respeito dos colegas.

▪ Não discuta ordens e, sim, opi-


niões.

▪ Seja corajoso, participativo e cria-


tivo.

▪ Disponibilize seus dons e suas


competências para que as metas
sejam alcançadas.

Neste primeiro capítulo, você


estudou sobre o mundo do traba-
lho. Na sequência de seus estudos,
você aprenderá sobre os direitos e
deveres do cidadão e, por fim, os
direitos trabalhistas.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 257


Unidade de
estudo 2
Seções de estudo

Seção 1 - Direitos e deveres do cida-


dão
Seção 2 - Direitos trabalhistas
O Exercício da Cidadania

SEÇÃO 1
Direitos e deveres do cidadão
Para iniciar os estudos desta unidade, pedimos que antes de qualquer I – construir uma sociedade livre,
outra coisa, você pense o que significa a palavra cidadão. justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento
nacional;
III – erradicar a pobreza e a mar-
ginalização e reduzir as desigual-
dades sociais e regionais;
IV – promover o bem estar de to-
dos, sem preconceito de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

Para alcançar esses objetivos é


necessário cumprir o conjunto de
direitos sociais e individuais des-
critos na Constituição Brasileira.
Confira a seguir uma síntese des-
ses direitos.
▪▪ Homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações.
▪▪ Ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei.
Fonte: Câmara... (2009).

▪▪ Ninguém será submetido a


tortura nem a tratamento desu-
mano ou degradante.
▪▪ É livre a manifestação do
pensamento, sendo vedado o
anonimato.
Vamos conhecer o conceito de foi promulgada em 1988, e em leis ▪▪ É assegurado o direito de res-
cidadão. menores que a complementam. posta, proporcional ao agravo.
“Cidadão é a pessoa que está no Segundo a Constituição, todos os
▪▪ É inviolável a liberdade de
gozo dos direitos civis e políti- homens nascem iguais em liber-
consciência e de crença religiosa;
cos de um estado.” (ESCOLA ..., dade e direitos. A Carta Magna
1999, p. 2). também estabelece os objetivos ▪▪ Ninguém será privado de
da República Federativa do Brasil direitos por motivo de crença re-
Os direitos humanos estão descri-
em seu artigo terceiro, que são: ligiosa ou de convicção filosófica
tos na Constituição Brasileira, que
ou política.
▪▪ É livre a expressão da ativida-
de intelectual, artística, científica
e de comunicação.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 259


▪▪ São invioláveis a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem
SEÇÃO 2
das pessoas. Direitos trabalhistas
▪▪ A casa é asilo inviolável do
indivíduo. Você sabia que você como trabalhar possui direitos?
Os direitos trabalhistas existem e estão descritos no artigo 7º da Cons-
▪▪ É inviolável o sigilo da corres-
tituição.
pondência.
▪▪ É livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão.
▪▪ É assegurado a todos o acesso
à informação.
▪▪ É livre a locomoção no terri-
tório nacional.
▪▪ Todos podem reunir-se pacifi-
camente, sem armas.
▪▪ É plena a liberdade de associa-
ção para fins lícitos.
▪▪ É garantido o direito de pro-
priedade.
▪▪ É garantido o direito de he-
rança.
▪▪ A prática do racismo constitui
crime inafiançável e imprescrití-
vel.
▪▪ São direitos sociais: a edu-
cação, a saúde, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assis-
tência aos desamparados.
▪▪ A soberania popular será
exercida pelo sufrágio universal
e pelo voto direto e secreto, com
Fonte: Blog... (2010).

valor igual para todos.

Nesta seção, estudamos que o


cidadão é regido por direitos hu-
manos, os quais estão descritos na
Constituição Brasileira. Na próxi-
ma seção, abordaremos um tema
muito conhecido, os direitos tra-
balhistas. Acompanhe.

260 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Confira a seguir os principais direitos.
Nem todos os cidadãos bra-
▪▪ Seguro-desemprego. sileiros conhecem seus di-
▪▪ Fundo de garantia do tempo de serviço. reitos. Desta forma, sempre
que houver oportunidade,
▪▪ Salário mínimo.
pesquise sobre seus direitos
▪▪Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acor- como cidadão e empregado.
do coletivo.
▪▪ Décimo terceiro salário.
▪▪ Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
▪▪ Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais. DICA
▪▪ Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininter- Caso você queira saber mais
ruptos de revezamento. detalhes sobre esses direi-
tos, acesse o site <http://
▪▪ Repouso semanal remunerado. biblioteca.planejamento.
▪▪ Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em gov.br/biblioteca-tema-
cinquenta por cento à do normal. tica-1/textos/trabalho-e-
previdencia/at_managed_
▪▪ Férias anuais remuneradas. file.2009-09-16.8571398906/>.
▪▪ Licença à gestante, com a duração de cento e vinte dias. Nele, você encontrará in-
formações mais detalhadas
▪▪ Licença-paternidade.
sobre como as empresas
▪▪ Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. devem fazer para respeitar
▪▪ Aposentadoria. os diretos trabalhistas.

▪▪ Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até


cinco anos de idade em creches e pré-escolas.
Finalizamos esta unidade conhe-
▪▪ Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.
cendo um pouco mais sobre os
▪▪ Seguro contra acidentes de trabalho. direitos e deveres do cidadão e do
▪▪ Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de trabalhador. Na próxima unidade
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na você aprenderá formas e técnicas
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. de se inserir no mercado de tra-
▪▪ Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício balho.
permanente e o trabalhador avulso.
▪▪ Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de crité-
rio de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 261


Unidade de
estudo 3
Seções de estudo

Seção 1 - Elaboração de currículo


Seção 2 - Entrevista de seleção
Seção 3 - Apresentação pessoal
Seção 4 - Empreendedorismo e em-
pregabilidade
Formas Alternativas de Geração
de Trabalho e Renda com
Enfoque na Juventude

Iniciamos agora um assunto que Normalmente, o currículo é en-


é bastante discutido e faz parte da tregue no setor de recrutamento
vida diária das pessoas que dese- da empresa ou é enviado por cor-
jam se inserir no mercado de tra- reio ou e-mail. O currículo chega

Fonte: English-language (2009)


balho. Acompanhe a seguir. antes de o entrevistador conhecê-
lo, por isso, ele deve ser elaborado
com cuidado para causar uma boa
SEÇÃO 1 impressão, distingui-lo da multi-
dão e não ser eliminado antecipa-
Elaboração de currículo damente.
O currículo deve iniciar com
O que você entende por currícu- O currículo bem elaborado pode
a identificação do candidato –
lo? abrir as portas para as entrevistas
nome, endereço, telefone, e-mail
de seleção e, por isso, deve des-
Currículo é um documento ne- e idade. Em seguida, apresenta-se
tacar as suas competências, habi-
cessário quando da solicitação o objetivo, o que se está buscan-
lidades, experiências e conquistas
de uma vaga de emprego ou en- do, se é uma vaga específica ou
de maneira breve, objetiva e ele-
tão de uma bolsa de estudos em de uma área em particular. A for-
gante.
uma universidade. Seu nome vem mação escolar e as qualificações
do latim curriculum vitae (percurso Como vimos, o currículo serve vêm em seguida, colocando-se a
de vida), o que geralmente serve de apresentação e, desta forma, mais recente em primeiro até a
como título do mesmo. deve trazer todas as informações mais antiga. Lembre-se também
relacionadas as atividades profis- de relatar as suas experiências
sionais e escolares do candidato. profissionais. Termine com as in-
Os dados devem ser descritos de formações complementares, tais
Segundo Case ([200-?], p. ) “o
forma cronológica, em linguagem como atividades de voluntariado,
currículo é o registro da sua
história profissional. É a sua
objetiva e clara evitando dúvidas intercâmbio no exterior, cursos
propaganda, e como tal não ou mal entendidos. Deve-se dar ou congressos e/ou línguas. O
pode ser apenas um pedaço prioridade aos fatos mais rele- currículo deve ter no máximo
de papel frio.” vantes evitando assim, currículos duas páginas escritas em fonte
extensos. 12 Times New Roman ou Arial,
Como desenvolver um currículo? destacando os tópicos com letra
Qual é a sua estrutura? maiúscula e em negrito. Não use
desenhos ou enfeites. Confira no
anexo um modelo de currículo.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 263


A entrevista, normalmente,
DICA segue uma ordem cuidado-
A revista Veja de 11 de novembro de 2009, edição no 2138 é especial- samente elaborada a fim de
mente dedicada à carreira profissional. Ela apresenta entre as pági- extrair o máximo de informa-
nas 153 e 163 um artigo sobre aptidão e vocação e, se você aprendiz, ções do candidato, com um
não sabe exatamente a profissão que pretende seguir, leia esse arti- mínimo de perguntas do en-
go. Além de orientá-lo, o artigo apresenta um questionário para você trevistador.
responder e descobrir as suas aptidões. Nas páginas 166 e seguintes
da mesma revista, você encontrará uma série de reportagens que
falam sobre as profissões mais procuradas, as mais bem pagas e as
novas tendências profissionais. Uma entrevista de seleção possui,
normalmente, a seguinte estrutu-
Procure essa revista em uma das bibliotecas do SENAI ou acesse o site ra. Veja.
<http://veja.abril.com.br/111109/como-nasce-uma-vocacao-p-154.
shtml>. ▪▪ Cumprimento/bate-papo.
▪▪ Introdução.
Veja também no site do Fantástico uma reportagem sobre como
elaborar currículos. A reportagem Consultores ensinam estagiá- ▪▪ Experiência de trabalho.
rios a montar currículo pode ser acessada pelo site <http://fantas- ▪▪ Formação escolar.
tico.globo.com/Jornalismo/NT/0,,MUL1263129-15605,00.html>.
Você também pode acessar o site <http://fantastico.globo.com/Jor- ▪▪ Atividades e interesses.
nalismo/FANT/0,,MUL696911-15605,00.html> e ver a reportagem ▪▪ Descrição de pontos fortes e
Dicas para um currículo campeão. Vale a pena assisti-los e aproveitar fracos.
as dicas mencionadas.
▪▪ Descrição do cargo, perguntas
do candidato.
▪▪ Encerramento.
Acompanhe a seguir a segunda etapa, a entrevista de seleção.
Ao conduzir uma entrevista, o en-
trevistador fará perguntas gerais
SEÇÃO 2 concentrando-se no passado, en-
Entrevista de seleção corajará o candidato a falar entre
70% e 80% do tempo, dará pou-
Após a etapa da elaboração de currículo, passamos para a entrevista de cas informações sobre o cargo
seleção. Todo candidato a um emprego, participa de um processo seleti- até certificar-se das qualificações,
vo. Ele pode ser feito através de uma bateria de testes de conhecimentos manterá contato visual, ficará a
ou de aptidão, e em alguns casos, também por uma entrevista de seleção. vontade e em silêncio esperando
o entrevistado falar e não fará per-
guntas pessoais ou compromete-
doras.
Por ser um processo decisivo, se
faz necessário que o candidato se
prepare para essa entrevista a fim
ter um bom desempenho. Selecio-
namos abaixo uma série de per-
guntas que podem ser feitas numa
entrevista de seleção.
▪▪ Conte alguma coisa sobre
você.
▪▪ Por que você está procurando
emprego?
Fonte: Etiquette... (2010).

▪▪ Quais são seus estudos?

264 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ Quais são seus pontos fortes? Abaixo seguem algumas dicas im-
SEÇÃO 3 portantes.
▪▪ Quais são seus pontos fracos?
Apresentação pessoal
▪▪ Quais são suas limitações? ▪▪ Evite fazer gestos muito
▪▪ Quais são suas ambições para Parabéns! Você foi convidado amplos.
o futuro? para participar de uma entrevista ▪▪ Não tamborile os dedos sobre
▪▪ O que você sabe sobre nossa de seleção. Você se preparou e a mesa.
empresa? sabe todas as respostas que pre- ▪▪ Não roa as unhas.
cisa dar para agarrar essa vaga.
▪▪ Quais são seus interesses? ▪▪ Evite cruzar os braços.
Preparou o currículo e a sua apre-
▪▪ O que é mais importante para sentação pessoal está impecável. ▪▪ Cruze as pernas com elegância
você no trabalho? Chega a hora da entrevista. Você ou deixe os pés firmes no chão.
▪▪ Como você descreveria sua fica nervoso, as palavras têm difi- ▪▪ Vista-se adequadamente para a
personalidade? culdade para sair, você começa a entrevista.
▪▪ Descreva alguma situação de ficar inquieto e demonstra clara- ▪▪ Evite roupas justas demais,
trabalho que o tenha irritado. mente o seu desconforto. Balan- transparentes ou decotadas.
ça as pernas sem parar, estala os
▪▪ Com que tipo de pessoas você ▪▪ Evite usar adereços em dema-
dedos, pisca os olhos demasiada-
tem dificuldade para trabalhar? sia.
mente e o suor está estampado
▪▪ Que tipo de leitura você em seu corpo. Você precisa se ▪▪ Cumprimente o entrevistador
aprecia? acalmar e controlar seus movi- com cordialidade, aperte a mão
▪▪ O que mais o motiva? mentos. Aprenda a controlar seu com firmeza, mas sem exagero.
corpo para comunicar exatamente
▪▪ Quais são as suas atividades de
o que deseja.
lazer?

DICA
Se você tiver interesse em
aprofundar seus estudos
nesse assunto, confira no
site do Fantástico a re-
portagem feita por Max
Gheringer que dá dicas
importantes de como se
comportar em uma entre-
vista de emprego. Acesse
o site <http://fantastico.
globo.com/Jornalismo/
T/0,,MUL696831-15605,00.
html> e assista ao vídeo
Como encarar a entrevista
de emprego.
Fonte: AC… (2010).

Agora vamos para a próxima eta-


pa, a apresentação pessoal.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 265


▪▪ Procure olhar firmemente O desafio para você aprendiz é
para o entrevistador ao respon-
SEÇÃO 4 ser um empreendedor no desen-
der as perguntas, isso demonstra Empreendedorismo e volvimento da sua carreira com a
segurança. empregabilidade finalidade de atingir o êxito pro-
▪▪ Fale devagar, declarando as fissional. Ter êxito é alcançar uma
palavras claramente. Atualmente o mundo do trabalho vitória, ou seja, é quando nos es-
exige que as pessoas tenham es- forçamos para ir de encontro ao
▪▪ Evite o uso de gírias. objetivo traçado.
pírito empreendedor. Você sabe o
▪▪ Seja pontual. que vem a ser empreendedor? Pense em uma pessoa que você
▪▪ Não masque chiclete. admira. O que ela tem ou fez de
▪▪ Desligue o celular. especial para chamar sua atenção?
Empreendedor é aquele que Provavelmente, além de suas ca-
▪▪ Seja simpático e educado. racterísticas pessoais excelentes,
empreende, ou seja, que põe
▪▪ Não minta e seja honesto em em execução um projeto. o seu desempenho profissional é
suas repostas. destacado. Será que a educação e
▪▪ Demonstre entusiasmo pelo a qualificação dessa pessoa a aju-
trabalho. daram a ter êxito?
Define-se espírito empreendedor
▪▪ Sente-se adequadamente na Agora pense em uma pessoa que
como “um processo pelo qual os
cadeira. passa por dificuldades profissio-
indivíduos procuram oportuni-
nais. Será que a falta de estudo
▪▪ Tenha uma postura otimista. dades, satisfazendo necessidades
contribuiu para essa situação? É
e desejos por meio da inovação
▪▪ Pergunte tudo o que quiser claro que sim.
[...]” (ROBBINS, 2003, p. 129).
saber sobre a tarefa que você A grande maioria das pessoas pre-
desempenhará, caso seja o esco- cisou estudar muito para ter uma
lhido. carreira sólida e de sucesso. Uma
▪▪ Agradeça pela oportunidade boa qualificação profissional aju-
de realizar a entrevista. da a conseguir um bom trabalho,
Adaptado de Mundo sebrai (2010)

ou seja, quem tem mais qualifica-


ção é mais empregável que outros
É importante demonstrar in- e tem salários maiores. “Empre-
teresse pelo emprego para gabilidade é a possibilidade que as
o qual se candidatou. Geral- pessoas têm de conseguir um em-
mente existem vários can-
prego.” (JUNIOR..., 2008, p. 13).
didatos para a mesma vaga
e é seu papel convencer o
entrevistador que você me- Como profissional, você deve
rece este trabalho. Por isso, ser um empreendedor, ter con-
seja convincente e use todos fiança, aproveitar as oportuni-
os argumentos favoráveis a dades, ser corajoso, inovador
você para que o entrevistador e audacioso. As empresas pro-
perceba que é a pessoa certa curam pessoas que resolvam
para a vaga. problemas e que apresentem
soluções inovadoras para elas.

Vamos agora para o último as-


sunto dessa unidade curricular, a
palavra central é empreendedor.
Confira.

266 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Gráfico 3 - Remuneração média, segundo o gênero e grau de Instrução (preços de
dezembro de 2005) - Brasil 2005

Fonte: Junior Achievement Brasil (2005).

Como você pode notar no gráfico acima, quanto mais escolaridade o


profissional possui, maior é a sua renda.

DICA
Confira a reportagem com Max Gehringer que aborda a questão da
qualificação técnica como uma das formas de conseguir um empre-
go com facilidade. Acesse o site <http://fantastico.globo.com/Jorna-
lismo/FANT/0,,MUL752324-15605,00.html> e assista à reportagem
Curso técnico encurta o caminho para o emprego. E, pelo site <http://
fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL742255-15605,00.
html> você pode assistir à reportagem Cursos técnicos abrem as por-
tas para o mercado de trabalho.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 267


Finalizando
Caro aluno, estamos felizes com sua conclusão desta unidade curricular. Esperamos ter contribuído
para que você acesse o mundo do trabalho com firmeza e que consiga desenvolver uma carreira
longa e sólida.
Sabemos que os trabalhadores sem instrução também conseguem emprego, mas, geralmente,
recebem baixos salários que, na maioria das vezes, não são o suficiente para cobrir seus gastos men-
sais. Muitos brasileiros têm dificuldades para frequentar os bancos escolares ou tem que abandonar
os estudos. Você aprendiz não se enquadra nessa situação, pois tem a oportunidade de frequen-
tar uma escola profissionalizante, melhorar seus conhecimentos e, consequentemente, adentrar no
mundo do trabalho destacando-se dos demais.
Aproveite a oportunidade que recebeu e coloque em prática os conhecimentos aqui disponibiliza-
dos. Alce voos cada vez mais audaciosos. Prepare seu currículo e o mantenha atualizado. Vá para
as entrevistas de seleção que a vida lhe apresentar de forma primorosa, tanto emocional e física,
quanto intelectualmente. Relacione-se bem, trabalhe de forma colaborativa, conheça seus direitos e
cumpra seus deveres. Pratique o 5S na sua vida pessoal e profissional. Planeje tudo – carreira, vida
pessoal, lazer etc. Coloque seus planos em prática, acompanhe o progresso e redirecione-se, caso
necessário. Não deixe que outras pessoas controlem o seu destino, faça-o.
Um grande abraço,
Lilian e Elvira

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 269


Referências
▪▪ AG Consultancy Services. dreamstimemedium_4089392__2__business_people.
Foto, color. Disponível em: <http://www.agcscorp.com/images/dreamstimemedi-
um_4089392__2__business_people.jpg>. Acesso em: 19 maio. 2010.

▪▪ BLOG do Trabalho. ctps-atual. Foto, color. Disponível em: <http://blog.mte.gov.br/wp-


content/gallery/carteira-de-trabalho-e-previdencia-social/ctps-atual.jpg>. Acesso em: 19
maio. 2010.

▪▪ BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso
em: 10 dez. 2009.

▪▪ BRASIL. MTE. 2005. Características do emprego formal – RAIS 2005. Disponível em:
<http://www.mte.gov.br/rais/resultado_2005.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2009.

▪▪ CÂMARA MUNICIPAL DE CARMO DA CACHOEIRA. Globo. 2010. Altura: 250


pixels. Largura: 248 pixels. 96 ppp. 16,5 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://www.
camaradecachoeira.com.br/cidadania.htm>. Acesso em: 20 dez. 2009.

▪▪ CÂMARA Municipal de Sertã. Cidadania. Ilustração, color, 2009. Disponível em: <http://
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ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 271


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nico/meioambiente/poluicaoar/01.jpg&imgrefurl=http://www.coacavo.com.br/paginas/
tecnico/meioambiente.htm&usg=__UUtp1RRp1qxdEtHLLBMFrAuhLA8=&h=293&w=4
00&sz=166&hl=pt-BR&start=20&tbnid=B_OVtwaMueAsKM:&tbnh=91&tbnw=124&pr
ev=/images%3Fq%3Ddescoberta%2Bdo%2Bfogo%2Bpelo%2Bhomem%26gbv%3D2%2
6hl%3Dpt-BR%26sa%3DG>. Acesso em: 16 dez. 2009.

272 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ REVISTA VEJA. Aptidão e vocação: como nasce uma vocação. n. 2138, 11 nov. 2009.
Abril, 2009. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/111109/como-nasce-uma-vocacao-
p-154.shtml>. Acesso em: 14 dez. 2009.

▪▪ ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo, SP: Saraiva,


2002. 483p.

▪▪ ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo, SP: Saraiva,


2003. 524 p. 

▪▪ Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Gestão de pes-


soas / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina . Brasília:
SENAI/DN, 2012. 144 p. : il.; (Série Segurança do Trabalho).

▪▪ SOTO, Eduardo. Comportamento organizacional: o impacto das emoções. São Paulo:


Thompson, 2001.

▪▪ STOCK.XCHNG. Teamwork 1. Foto, color. Disponível em: <http://www.sxc.hu/pho-


to/1254520>. Acesso em: 20 maio 2010.

▪▪ THE garratt locomotive. Foto. Disponível em: <http://lusoluena.home.sapo.pt/The%20


Garratt%20Locomotive.jpg>. Acesso em: 19 maio. 2010.

▪▪ UNIMEP. Europa - Inglaterra - A Revolução Industrial. 2008. Altura: 180 pixels. Largura:
180 pixels. 96 ppp. 24 bits. Formato JPG. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/
saiba_mais/fatos_historicos/geral/revolucao_industrial>. Acesso em: 16 dez. 2009.

Bibliografia complementar:

▪▪ ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,


2000. 524 p.

▪▪ _________. Comportamento organizacional. 9. ed. São Paulo: Pretice Hall, 2005.

▪▪ _________. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Person Education do


Brasil, 2006.

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 273


Anexo
Modelo de currículo

RUA JOÃO JANUÁRIO AIROSO Nº 555, CENTRO – FLORIANÓPOLIS/SC


TELEFONE (48) 9524 7564 – E-MAIL: fabio_sc@gmail.com.br
FABIO JOSÉ DA SILVA

INFORMAÇÕES PESSOAIS

▪▪ Estado civil: Solteiro


▪▪ Nacionalidade: Brasileiro
▪▪ Idade: 19 anos
▪▪ Naturalidade: São José/SC
▪▪ Filiação: Nelson dos Santos Silva / Maria Alves da Silva

OBJETIVO

▪▪ Ser contratado como jovem aprendiz na área mecânica.

FORMAÇÃO

▪▪ 2009 – SENAI/SC – Aprendizagem Industrial em Torneiro Mecânico


800h
São José/SC
▪▪ 2007 a 2009 – Ensino Médio
Colégio Estadual Rolando da Silva
São José – SC
▪▪ 1999 a 2006 – Escola Municipal Alfredo Carlos Matarazzo
Rio do Sul/SC
Ensino Fundamental

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

▪▪ 2007 – 2009 – Fundição São José


Ajudante de produção
São José/SC

CURSOS PROFISSIONALIZANTES

▪▪ Inglês Profissional
CCAA
(09/03/2005 a 11/12/2009) – 480h

▪▪ Informática básica
Compus Master
(01/09/2006 a 25/08/2007) – 96h

ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 275


Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso Técnico Aprendizagem Industrial

Ética, Cidadania e Meio Ambiente


1ª Edição Revisada

Kelly de Moraes

Revisado por:
Larissa Lepri

Florianópolis/SC
2014
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da atualização desta obra

Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa


Consultoria em Educação Jaqueline Tartari
Maycon Cim Contextuar

Revisora Design Educacional


Larissa Lepri Roberta Martins

Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação Ilustração


Gisele Umbelino Luiz Eduardo de Souza Meneghel
Kácio Flores Jara
Diagramação
Coordenação Desenvolvimento de Recursos Felipe da Silva Machado
Didáticos
Michele Antunes Corrêa

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca SENAI/SC Florianópolis

M827e
Moraes, Kelly de
Ética, cidadania e meio ambiente / Kelly de Moraes. 1. ed. rev. –
Florianópolis : SENAI/SC, 2014.
34 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Ética ambiental. 2. Cidadania. 3. Proteção ambiental. 4. Ecologia. I.


SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título.

CDU 504.75

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Sumário
Conteúdo Formativo 281 Finalizando 305

Apresentação 283 Referências 307

284 Unidade de estudo 1


Ética e Cidadania

285 Seção 1 - Conceitos básicos


sobre ética e cidadania
292 Seção 2 - A cidadania
292 Seção 3 - O cidadão e a
diversidade
293 Seção 4 - A ética e o mundo
do trabalho

296 Unidade de estudo 2


O Meio Ambiente e o
Cidadão

297 Seção 1 - Conceitos básicos:


cidadania e meio ambiente
298 Seção 2 - Preservação do
meio ambiente
300 Seção 3 - Equilíbrio entre a
natureza e o homem
280 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
Carga horária de dedicação

Carga horária: 20 horas

Competências

Fortalecer a formação pessoal e profissional por meio da compreensão dos conceitos de ética,
cidadania e meio ambiente como valores de convivência social e historicamente construídos,
exercendo de forma ampla sua missão dentro do contexto socioeconômico e cultural.

Conhecimentos
▪▪ Ética: conceitos e importância para relações familiares e profissionais.
▪▪ Diversidade cultural brasileira relacionada ao mundo do trabalho.
▪▪ Direitos humanos com enfoques sobre respeito de discriminação por orientação sexual, raça,
etnia, idade, credo religioso ou opinião política.
▪▪ Educação para o exercício da cidadania.
▪▪ Políticas de segurança pública voltadas para adolescentes e jovens.
▪▪ Incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável na preservação do
equilíbrio do meio ambiente, entendendo a defesa da qualidade ambiental como um valor
inseparável do exercício da cidadania.
▪▪ Meio ambiente: conceitos, riscos, impactos, reciclagem de lixo, racionalização do uso dos
recursos naturais e fontes de energia.

Habilidades

▪▪ Adotar comportamento ético no exercício das atividades.


▪▪ Identificar e praticar os direitos e deveres de cada cidadão.
▪▪ Cumprir regras de preservação ambiental (utilização correta da coleta seletiva de lixo, desti-
nação correta dos resíduos gerados).
▪▪ Estar consciente dos impactos ambientais relevantes (poluição atmosférica, contaminação do
solo e da água) com relação às atividades e aos serviços que executa.
▪▪ Preservar fauna, flora, meio ambiente.

Atitudes

▪▪ Organização e conservação do ambiente de trabalho e familiar.


▪▪ Proatividade.
▪▪ Capacidade de entender os conceitos de ética e cidadania.
▪▪ Comportamento ético.
▪▪ Trabalhar em equipe.
▪▪ Consciência ambiental.
ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 281
Apresentação
Olá! Seja bem-vindo à unidade curricular Ética, Cidadania e Meio Am- Kelly de Moraes
biente.
Kelly de Moraes é graduada
em Psicologia, com licenciatura
Agora você terá oportunidade de desenvolver competências voltadas plena em Formação Pedagógi-
para o autodesenvolvimento e o exercício de seus direitos e deveres no ca para Educação Profissional,
mundo do trabalho. Nesta unidade curricular as competências a serem e pós-graduada em Gestão Es-
desenvolvidas serão o fortalecimento e a formação pessoal e profissio- tratégica de Pessoas. Possui
nal por meio da compreensão dos conceitos de ética, cidadania e meio experiência multidisciplinar em
ambiente como valores de convivência social e historicamente construí- recursos humanos e psicologia
dos, exercendo de forma ampla sua missão dentro da sociedade. organizacional e do trabalho.
Atua como instrutora de cursos
de qualificação e superior com
Assim, durante esta unidade curricular será possível desenvolver habili- experiência profissional em trei-
dades voltadas para a adoção de comportamento ético e capacidade de namento e desenvolvimento na
identificar e praticar os direitos e deveres de cada cidadão, bem como gestão de pessoas e como coor-
cumprir regras de preservação ambiental e conscientização dos impac- denadora de estágios, respon-
sável pelos encaminhamentos
tos ambientais relevantes, além da preservação da fauna, da flora e do
conforme a legislação vigente.
meio ambiente. É palestrante dentro das temá-
ticas relacionadas às organiza-
Então aproveite bem os conteúdos e bons estudos! ções e psicologia do trabalho e
orientação profissional.

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 283


Unidade de
estudo 1
Seções de estudo

Seção 1 – Conceitos básicos sobre ética


e cidadania
Seção 2 – A cidadania
Seção 3 – O cidadão e a diversidade
Seção 4 – A ética e o mundo do traba-
lho
Ética e Cidadania
SEÇÃO 1
Conceitos básicos sobre
ética e cidadania
Diante de várias fontes filosóficas Conforme Bock (2002, p. 168), Você já havia pensado sobre isso?
a respeito do homem e sua forma- Então vamos lá!
ção em sociedade, deve-se levar O homem não pode ser conce- No campo da ética podemos di-
em consideração que o homem é bido como ser natural, porque zer que é a prática dos deveres
um ser sócio-histórico, pois ele se ele é um produto histórico, nem comuns a todos para produzir o
faz e se constitui nas relações que pode ser estudado como ser iso-
maior bem possível, ou seja, são
estabelece ao longo de sua vida. lado, porque ele se torna huma-
regras definidas dentro de uma
no em função de ser social, nem
De acordo com Bock (2002), sociedade para que possamos vi-
ser concebido como ser abstra-
dentre os três mitos filosóficos ver de forma justa e digna.
to, porque o homem é o conjun-
citados por Bleger (1984), estão to de suas relações sociais.
as hipóteses: o mito do homem
natural, que prevê que o homem
nasce bom e a sociedade o cor- Dessa forma iniciamos nossa
rompe; o mito do homem isola- trilha pelos passos dos teóri-

Fonte: Stock.xchng vi (2010)


do, que supõe o homem como cos e estudiosos do compor-
um ser não social e isolado, que se tamento humano para com-
desenvolve de forma gradual con- preendermos os conceitos de
forme sua necessidade de relação; ética e cidadania.
e o mito do homem abstrato, que
atribui ao homem a característi-
Mas afinal, o que significam essas
ca de ser universal e atemporal,
duas palavras?
que independe da sociedade e do Ainda em se tratando de viver de
momento histórico para se de- forma justa, para compreender
senvolver, ou seja, compara que “Ética é a ciência do dever, da melhor os direitos humanos, con-
obrigatoriedade, a qual rege a sulte a Declaração Universal dos
uma pessoa que nasceu na época
conduta humana”. (CAMPOS;
do Brasil Colônia não é diferente Direitos Humanos neste endere-
GREIK; VALE, 2002, p. 1).
de uma pessoa nascida no Brasil ço: <http://www.onu-brasil.org.
atual, como se o desenvolvimen- br/documentos_direitoshuma-
to econômico e tecnológico não Tendo como base que a ética é a nos.php>.
tivesse interferência nenhuma so- ciência do dever, não podemos ig-
bre a formação desta pessoa. norar a análise da sociedade e da
história para conceituar de forma
correta o comportamento huma-
no.

Fonte: Gould (1990)

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 285


Declaração Universal dos Direitos Humanos
Proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948

Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os
membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis
constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem
conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade
e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de
falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais
alta inspiração do homem;
Considerando que é essencial a proteção dos direitos do homem através de
um regime de direito, para que o homem não seja compelido, em supremo
recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações
amistosas entre as nações;
Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de
novo, a sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor
da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se
declararam resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores
condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla;
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover,
em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal
e efetivo dos direitos do homem e das liberdades fundamentais;
Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da
mais alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso:  
 

A Assembleia Geral
Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal
comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos
os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente
no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver
o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas
progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a
sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios
Estados-Membros como entre as dos territórios colocados sob a sua
jurisdição.  

ARTIGO 1º. 
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em
espírito de fraternidade.

ARTIGO 2º. 
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades
proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente
de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra,
de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer

286 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


outra situação.
Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político,
jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa,
seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito
a alguma limitação de soberania.  

ARTIGO 3º.
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.  

ARTIGO 4º.
Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o
trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.  

ARTIGO 5º.
Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis,
desumanos ou degradantes.  

ARTIGO 6º.
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares da
sua personalidade jurídica.  

ARTIGO 7º.
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção
da lei. Todos têm direito à proteção igual contra qualquer discriminação
que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.

ARTIGO 8º.
Toda a pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais
competentes contra os atos que violem os direitos fundamentais
reconhecidos pela Constituição ou pela lei.  

ARTIGO 9º.
Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. 

ARTIGO 10º.
Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja
equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial
que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer
acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

ARTIGO 11º.
1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até
que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um
processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam
asseguradas.
2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento
da sua prática, não constituíam ato delituoso à face do direito interno ou
internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a
que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.  

ARTIGO 12º.
Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família,
no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 287


reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito
a proteção da lei.  

ARTIGO 13º.
1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua resi-
dência no interior de um Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra,
incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.  

ARTIGO 14º.
1. Toda a pessoa sujeita à perseguição tem o direito de procurar e de bene-
ficiar de asilo em outros países.
2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmen-
te existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos
fins e aos princípios das Nações Unidas.  

ARTIGO 15º.
1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do
direito de mudar de nacionalidade.  

ARTIGO 16º.
1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de
constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião.
Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos
iguais.
2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento
dos futuros esposos.
3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito
à proteção desta e do Estado. 

ARTIGO 17º.
1. Toda a pessoa, individual ou coletivamente, tem direito à propriedade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.  

ARTIGO 18º.
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência
e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de
convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção,
sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino,
pela prática, pelo culto e pelos ritos.  

ARTIGO 19º.
Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que
implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar,
receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por
qualquer meio de expressão.

ARTIGO 20º.
1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacífi-
cas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.  

288 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


ARTIGO 21º.
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios pú-
blicos do seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representan-
tes livremente escolhidos.
2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às fun-
ções públicas do seu país.
3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos;
e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente
por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equi-
valente que salvaguarde a liberdade de voto.  

ARTIGO 22º.
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social;
e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais
e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação
internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.  

ARTIGO 23º.
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a con-
dições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desem-
prego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho
igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória,
que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade
humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção
social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de
se filiar em sindicatos para a defesa dos seus interesses.  

ARTIGO 24º.
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma
limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.  

ARTIGO 25º.
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar
e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimenta-
ção, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos
serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na
doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou em outros casos de perda de
meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito à ajuda e à assistência especiais.
Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma
proteção social.

ARTIGO 26º.
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo
menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino ele-
mentar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado;
o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igual-
dade, em função do seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao
reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve fa-
vorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e
todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das ati-

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 289


vidades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educa-
ção a dar aos filhos.  

ARTIGO 27º.
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da
comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos
benefícios que deste resultam.
2. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a
qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.

ARTIGO 28º.
Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano
internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efetivos os direitos
e as liberdades enunciados na presente Declaração.  

ARTIGO 29º.
1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é pos-
sível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade.
2. No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está
sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente
a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos
outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública
e do bem-estar numa sociedade democrática.
3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contra-
riamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas.  

ARTIGO 30º.
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de
maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o
direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato destinado
a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.

Agora que você aprendeu um


pouco mais sobre direitos huma- Vamos aos exemplos: tomar
nos, vamos avançar em nosso es- banho, beber água, ler, es-
tudo? crever, comer com talheres,
dançar, andar de bicicleta e
Em se tratando de regras escritas
tantos outros comportamen-
você compreende, mas quanto tos. Você compreende que
às regras que não estão escritas esses não são hábitos genéti-
e são seguidas? Estamos falando cos, certo? Não está em seu
de moral, que se insere em uma código genético praticar tais
sociedade a partir da prática de comportamentos. Está inscri-
costumes e ideias consensadas to socialmente, e por meio da
por essa sociedade e que se tor- imitação dos comportamen-
nam importantes e valorizadas tos é que nos assemelhamos
por quem as pratica. com os outros, somos aceitos
e vivemos em sociedade.
Se você parar para pensar nos vá-
rios comportamentos que pratica
em seu dia a dia poderá compre-
ender como se instala a moral.

290 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Logo, a partir desse contato com Bem que você pode estar se per- Dentro dessa perspectiva, tome-
o mundo e com as outras pessoas guntando: e o que isso tem a ver mos como exemplo o que dizem
é que passamos a exercitar vários com ética? O comportamento Gonçalves e Wyse (2007) quan-
comportamentos que nos intro- dito moral de uma sociedade tem do colocam que o campo ético
duzem aos comportamentos acei- ligação direta com a ética, pois a é constituído, de um lado, por
táveis. ética normaliza, estuda e avalia os comportamentos e, de outro, por
Conforme Bock (2002, p. 170), comportamentos como sendo be- juízos de valor, pela apreciação
néficos ou não para o restante da sobre esses comportamentos.
humanidade. Com isso, chega-se à Vamos ao exemplo!
[...] para se apropriar deste
mundo, o homem desenvolve conclusão de que irá beneficiar o
Pinóquio é um personagem da
atividades que reproduzem os maior número de pessoas possí-
literatura clássica infantil, criado
traços essenciais da atividade vel, torna-se ético, ou seja, todo
pelo italiano Carlo Callodi. Ele
acumulada e cristalizada nes- comportamento moral pode se
personifica um boneco e, portan-
ses produtos da cultura. São tornar ético, desde que seja anali-
to, não tem consciência moral. O
exemplos esclarecedores a sado e sejam verificados seus be-
aprendizagem do manuseio de crescimento do nariz de Pinóquio
nefícios e suas condições para to-
instrumentos e a linguagem. Os foi o recurso utilizado pelo autor
dos. da história para sinalizar a falta
instrumentos humanos levam
em si os traços característicos cometida pelo boneco – a men-
da criação humana. Estão neles tira. O nariz funcionaria como
Dessa forma, podemos apli-
fixadas as operações de trabalho a consciência moral do perso-
car a seguinte definição: tudo
historicamente elaboradas. Pen- nagem, como o juiz de sua falta
que é ético é moral, mas nem
se numa enxada ou em um lápis, ou transgressão (GONÇALVES;
tudo que é moral é ético.
são instrumentos que têm em si WYSE, 2007).
incorporados comportamentos
aprendidos e elaborados pelos
humanos e que formam capaci- Está claro até agora?
dades novas.

Fonte: DSX Brasil (2010)


Portanto, o que promove a refle-
xão ética é justamente a análise
do juízo de valores morais e, com
essa reflexão, pode-se chegar à
conclusão sobre o que está cer-
to ou errado dentro dos padrões
considerados justos e dignos
para uma sociedade. “Daí serem
tão comuns as expressões ético
e antiético quando nos referimos
a certas atitudes dos indivíduos
em sociedade” (GONÇALVES;
Fonte: Bergamasco (2009)

WYSE, 2007, p. 12).


Vamos relembrar e apreender os
conceitos estudados? Então faça
um exercício simples, refletindo
sobre os conceitos de ética e mo-
ral para o ser humano que vive em
sociedade.

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 291


Todo cidadão tem direitos e deve- Na sociedade somos reconheci-
SEÇÃO 2 res, por isso, toda vez que prati- dos pelos registros que nos tor-
A cidadania camos um ato público ou priva- nam cidadãos cumpridores de
do que não respeita as regras de deveres e possuidores de direitos.
Agora que você aprendeu mais convivência em grupo estamos Veja quais são os documentos
sobre a ética, vamos estudar a ci- sujeitos a um juízo de valor e que que nos identificam e nos tornam
dadania. pode nos levar a responder judi- cidadãos atuantes e, ao mesmo
O exercício dos direitos humanos cialmente por isso. tempo, nos diferenciam dentro de
declarados como sendo universais Vamos aprender esse conceito? uma sociedade.
e a prática das regras convencio- O que os direitos e os deveres
nadas como corretas para o con- ▪▪ Registro de nascimento –
significam em nosso dia a dia? Já sua primeira identidade cidadã,
vívio em sociedade tornam cada pensou sobre o assunto?
homem um cidadão. feito em um cartório civil pelos
pais após o nascimento.
Você pode compreender como
exercício da cidadania desde a ▪▪ Registro geral – ou mais
prática e o respeito aos costumes SEÇÃO 3 conhecido como RG ou Carteira
de Identidade, atualmente pode
de um lugar, ou seja, atender de O cidadão e a ser feito a partir dos três anos de
forma moral, até ao atendimen-
to de suas necessidades perante a diversidade idade.
lei vigente, ou seja, os comporta-
mentos dentro das regras sociais Agora que estudamos sobre ética
para convivência. e cidadania, vamos pensar o papel
do cidadão.
Cada ser humano é diferente e
tem algo a contribuir. Sendo as-

Fonte: Pessoa (2010)


sim, o que nos diferencia uns dos
outros além das impressões digi-
tais e da íris dos olhos é o modo
de pensar e de perceber o mundo.
Logo, é necessário compreender ▪▪ Cadastro de pessoas físicas
as diferenças, pois entre bilhões – ou mais conhecido como
de pessoas no mundo, cada um CPF, também pode ser feito a
faz diferença com sua atitude pe- partir de qualquer idade.
Fonte: Duo Stereo (2010)
rante a sociedade. ▪▪ Título de eleitor – emitido
pelo cartório eleitoral, pode ser
feito a partir de 16 anos de idade.
▪▪ Carteira profissional – tam-
Exemplificando: não jogar pa- bém feita a partir de 16 anos de
pel pelas calçadas da cidade idade.
é uma prática do local e tam-
Fonte: Pessoa (2010)

bém um respeito às regras da


“Você pode pensar que é exa-
sociedade ditas como prática
gero, até mesmo duvidar, mas
da ética, pois cada vez que
saiba que cada um de nós vai
você joga um papel no chão,
suportar, ao longo da vida, mui-
está afetando não somente a
tos números, todos eles indica-
imagem da cidade, ou local,
E por falar em diferenças, pode- dores de nossa identificação”
como também a sua própria,
dando mau exemplo aos de-
mos citar algumas que tornam (GARCIA, 2004, p. 14).
mais e deixando de exercer as relações humanas conflituosas
seu dever como cidadão, que e harmoniosas e que divergem a
é manter rios e praças limpos todo o momento.
e livres da poluição.

292 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Depois de vermos os documen- E você, já havia pensado também sobre esse assunto?
tos de identificação dos cidadãos,
vamos pensar sobre nosso papel
Para tornar a sociedade cada vez mais justa e digna para as pessoas que
na sociedade?
nela vivem, é preciso buscar a igualdade, mas sempre respeitando o que
Sempre que nos referirmos aos cada um tem de diferente. Nesse contexto, vimos que as diferenças não
direitos e deveres de cada pessoa, se configuram apenas em números e códigos, mas sim nas reflexões e
estaremos falando de exercício ações que traçam o caminho da construção da cidadania.
da cidadania, e exercer a cidada-
nia requer muito mais do que ter
os registros, requer refletir sobre SEÇÃO 4
nosso papel na sociedade.
Nesse sentido, a reflexão nos
A ética profissional e o mundo tecnológico
leva pelo caminho do respeito
Uma das maiores lacunas que o contexto tecnológico tem trazido para
aos direitos humanos e também
o mundo organizacional é a falta de humanização na relação entre as
à compreensão dos conceitos de
pessoas. Esse fato pode ocorrer devido à estrita relação entre o homem
inclusão, grupos e regras sociais.
e a máquina, o que vem ocasionando um grande distanciamento entre
“Muitos de nós, nos esquecemos
as pessoas, afetando, dessa forma, a interação social em quesitos de alta
de que os direitos são irmãos sia-
relevância.
meses dos deveres, assim, gozar
dos direitos nos obriga a respei-
tar e cumprir os deveres.” (GAR- Acredita-se que esse afastamento tenha sua origem na pressa pela aqui-
CIA, 2004, p. 74). Portanto, não sição de informação e na ansiedade gerada pela efemeridade das coisas.
se pode apenas exigir e praticar os Essa efemeridade é proveniente da automatização acelerada da infor-
direitos e se esquecer de que exis- mação, ou seja, a informática que, através da máquina, traz uma vasta
tem regras a serem cumpridas. quantidade de informações em poucos segundos. Essas informações,
Temos nossos direitos, mas tam- antes da popularização dos computadores, eram difundidas em um tem-
bém nossos deveres! po bem maior.
Conforme Garcia (2004), os ver-
bos usados nesses casos – gozar Diante desse contexto, uma das maiores problemáticas a serem resolvi-
os direitos e cumprir os deveres das no mundo contemporâneo é a falta de algumas atitudes comporta-
– nos fazem pensar que é gosto- mentais, cada vez mais escassas nas relações humanas. Por este motivo,
so usufruir os direitos, mas que é algumas dessas atitudes comportamentais são cada vez mais apreciadas
penoso cumprir os deveres, já que no mundo empresarial. É nesse patamar, que se encontram as empresas
estes fazem parte da obrigação do de tecnologia, que têm priorizado, de forma acentuada, a parte compor-
cumprimento. tamental, tanto quanto o conhecimento técnico de seus colaboradores.

Exemplificando: um professor
que cumpre o seu dever de
dar uma boa aula deve sentir
prazer nisso, pois está respei-
tando o direito que o aluno
tem de frequentar uma boa
escola. Um aluno responsável
e cumpridor dos deveres es-
colares, por sua vez, propor-
ciona prazer ao seu mestre,
que se sente realizado em
constatar o fruto de seu tra-
balho. Assim, uma boa escola
é dever e direito de todos que
nela estudam ou trabalham
(GARCIA, 2004).

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 293


Muitas vezes, algumas dessas gramas de computador (softwares),
empresas dão mais valor à parte manuais e metodologias criados
comportamental das pessoas. Isso durante o desempenho das fun-
porque acreditam ser mais fácil ções de colaboradores e estagiá-
treinar as pessoas com conheci- rios são de propriedade intelec-
mento técnico do que fazer com tual. Portanto, não é permitido
que adquiram comportamentos o uso ou a disseminação de
sociais, tais como respeito e com- cópias não autorizadas ou
prometimento. obtidas ilegalmente de quaisquer
materiais, sistemas ou softwares.

São qualidades apreciadas Vale lembrar que a Propriedade


pelas empresas: cumprimen- Intelectual é protegida pelo Di-
A falta de ética não é um dilema
tar as pessoas, falar com elas, reito da Propriedade Industrial,
se preocupar em ajudá-las, encontrado apenas em pequenas
direitos do autor e ainda da pro-
ser pontual, comprometido empresas, tal fato tem sido obser-
teção que envolve os Registros de
em finalizar seus projetos, sa- vado até mesmo em empresas de
Cultivares e de Topografia de Cir-
ber criar e ouvir novas ideias, renome internacional, tais como
cuito Integrado.
respeitar o próximo, dentre Microsoft e Apple. Segundo o
outras atitudes. autor da Biografia de Steve Jobs,
Walter Isaacson, Jobs afirmava Quanto ao Direito autoral, a lei
que o presidente da Microsoft, protege os autores de obras lite-
Bill Gates, roubou a ideia do pri- rárias (escritas ou orais), audio-
É nesse universo que se encontra meiro software que desenvolveu. visuais, musicais e estéticas (fo-
a tão respeitada ética profissio- Ainda sobre Bill Gates, Steve Jobs tografias, pinturas e esculturas
nal. A ética profissional é muito teria dito: “Bill basicamente não etc.). Essa proteção ainda inclui a
importante para o ambiente pro- tem imaginação e nunca inventou proteção dos programas de com-
fissional dessas empresas, princi- nada, e é por isso que eu acho que putador.
palmente, porque muitos profis- ele fica mais confortável agora na
sionais despendem uma grande filantropia do que na tecnologia. Ainda, usando o SENAI/SC
quantidade de tempo e dinheiro Ele só roubou descaradamente as como referência, a empresa apre-
para finalizar determinados pro- ideias de outras pessoas”. (GUIO, senta em seu Manual do colabo-
jetos, como a criação de softwares, 2011). rador, as seguintes orientações
por exemplo. Tal fato implica a sobre questões éticas:
implementação de leis que pre-
Segundo Rebeca Guio, em artigo
servam a propriedade de quem as
publicado na revista Techtudo,
criou, o que foi denominado pro- ▪▪ mantenha a sua caixa de
apesar dessas questões éticas, a
priedade intelectual. entrada do e-mail sempre limpa e
Microsoft e a Apple realizaram
um trabalho em conjunto, in- responda às mensagens instanta-
É sabido que, de forma geral, a éti- cluindo o desenvolvimento do neamente;
ca deixa de existir quando se trata Microsoft Office para o Mac. Em ▪▪ utilize os recursos disponíveis
de investimento em propaganda e 1997, quando Steve Jobs retornou (como telefone, correio eletrô-
marketing. Nessas ocasiões, muitas à Apple como CEO, a Microsoft nico e internet) para assuntos de
vezes, se vê uma empresa agredir investiu US$ 150 milhões na em- trabalho;
a outra, buscando os pontos fra- presa de Jobs, que enfrentava di- ▪▪ procure conhecer os produ-
cos umas das outras. Em muitas ficuldades. tos e serviços, as diretrizes da
propagandas, porém, quando se estrutura organizacional e as
trata de novas ideias, provenien- atividades desenvolvidas pelas
Atualmente, empresas como o
tes da criação humana, realizadas unidades do SENAI/SC, assim
SENAI já se preocupam em man-
para um determinado propósito, você poderá contribuir e interagir
ter as criações e inovações de seus
que não o marketing, elas devem com seus colegas de trabalho;
colaboradores sob proteção. Se-
ser preservadas e mantidas em si-
gundo o site do SENAI, os pro-
gilo.

294 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ tenha o hábito de consultar o Portanto, perceba que a empre-
site do SENAI e a intranet; sa enfatiza a capacidade e as ha-
▪▪ mantenha-se informado e bilidades de relacionamento in-
atualizado acessando diariamente terpessoal. Isso porque a ética
os canais de comunicação dispo- profissional, além de ser um con-
níveis; junto de práticas que determinam
o exercício de qualquer profissão,
▪▪ procure não se ausentar de possibilita e rege as relações inter-
seu ambiente de trabalho sem pessoais no trabalho, visando, as-
comunicar alguém que possa sim, ao bem-estar e ao respeito no
localizá- lo; âmbito profissional.
▪▪ caso seja necessário participe
das ações de integração pro-
Antes de você dar continuidade
movidas pela instituição, dessa
aos seus estudos, é importante
forma você vai conhecer melhor
lembrá-lo como a ética é indis-
as pessoas com quem convive
pensável não só no ambiente de
diariamente;
trabalho, mas para o convívio em
▪▪ cuidado com o volume da sociedade. No entanto, atitudes
voz; inadequadas no trabalho podem
▪▪ atenda o telefone até o tercei- afetar o desempenho e a reputa-
ro toque; ção de uma empresa.
▪▪ identifique a instituição, seu
nome próprio e utilize um com-
primento. Por exemplo: SENAI,
seu nome, bom dia, boa tarde ou
boa noite;
▪▪ fale com as pessoas;
▪▪ sorria.

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 295


Unidade de
estudo 2
Seções de estudo

Seção 1 – Conceitos básicos: cidadania e


meio ambiente
Seção 2 – Preservação do meio ambiente
Seção 3 – Equilíbrio entre a natureza e o
homem
O Meio Ambiente e o Cidadão
SEÇÃO 1
Conceitos básicos:
cidadania e meio
ambiente
Como você pôde compreender
na unidade anterior, ser cidadão
é participar da sociedade na qual
se está inserido, cumprindo seus
deveres e também usufruindo de
seus direitos. Além disso, é respei-
tar as diferenças e praticar sempre
que possível o maior bem às pes-
soas e à comunidade.
A relação entre ser cidadão e o
meio ambiente é muito estreita,
pois vivemos em um ambiente
onde temos pessoas, animais e
plantas, certo? Se você concorda
que vivemos em meio a todas es-
sas relações irá compreender que
temos direitos e deveres a serem
cumpridos junto a esse meio.
E quais são nossos direitos e de-

Fonte: Land 4US (2010)


veres?
Cuidar do meio onde vivemos é
prática que herdamos de nossos
ancestrais, pois a questão do equi-
líbrio do ambiente é vital para a E como é importante cuidar de
humanidade. Infelizmente a hu- nosso planeta, não é mesmo?
Nossas atitudes podem garantir o DICA
manidade descuidou e acabou
acordando para as relações exis- futuro das próximas gerações! Assim, podemos iniciar
tentes entre ambiente de natureza nossa reflexão sobre os
Para isso, entra em cena a educa-
assuntos ligados à conser-
física, química, biológica, social, ção ambiental, pois é necessário vação do meio ambiente
econômica e tecnológica um pou- promover ações preventivas para e a ações preventivas que
co tarde demais. com a natureza e a subsistência do organizam e proporcionam
ser humano. bem-estar a todos e longe-
vidade à sociedade.
“Educação ambiental é um pro-
cesso que tem como objetivo a
produção de cidadãos, cujos co- Vamos em frente!
nhecimentos acerca do ambien-
te biofísico e dos problemas a
ele associados possam alertá los
e habilitá-los a resolver os seus
problemas” (STAPP, 1969 apud
ABREU, 2000, p. 18).

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 297


Hora de pesquisar! Busque
SEÇÃO 2
no link abaixo maiores infor- Preservação do meio ambiente
mações sobre o modelo de
desenvolvimento sustentável: Objetivando o bem-estar e o cumprimento das regras, temos as leis a
<http://www.wwf.org.br/ serem cumpridas pelas indústrias e pelos cidadãos. Portanto, não bas-
informacoes/questoes_am- ta apenas criar um cenário para passar a imagem de que as regras são
bientais/desenvolvimento_
cumpridas. É preciso consciência, envolvimento da sociedade em prol
sustentavel/>
de um grande objetivo para se viver mais e melhor e em harmonia com
a natureza.

Fonte: Stock.xchng vi (2010)

Em 1987, a Comissão Mundial Agora que você ampliou seus co-


do Ambiente e Desenvolvimen- nhecimentos sobre o assunto, va-
to da ONU (Organização das mos prosseguir!
Nações Unidas) estabeleceu o
De acordo com Abreu (2000), à
“modelo do desenvolvimento
sustentável”, o qual garante que medida que a sociedade se tor-
as necessidades das gerações nava mais consciente e sensível,
atuais sejam atendidas, de for- cresciam as exigências em rela-
ma tal que os recursos naturais ção ao desempenho ambiental
também possam ser preser- das indústrias e os empresários
vados para gerações futuras. começaram a ser pressionados.
(ABREU, 2000, p. 30). Dessa vez, não só pelos órgãos
de proteção ambiental, que exi-
giam o cumprimento da lei, mas
Você sabia que esse modelo foi também pelos clientes, consumi-
difundido no mundo inteiro e dores, fornecedores, investidores,
provocou discussões e reflexões organizações não governamentais
acerca dos problemas socioam- (ONGs), concorrentes, comuni-
bientais? Dessa forma podemos dades, entre outros.
perceber que não existia a preser-
vação dos recursos naturais, bem
pelo contrário, os abusos aconte-
ciam o tempo todo.

298 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


das decisões ou apenas como ob-
E foi na década de 90 que sur- servadores das discussões. Além Fique por dentro acessando
giu a International Standar- disso, a ISO é também a criado- mais informações sobre as
dization Organization (ISO), ra das normas de qualidade ISO normas da série ISO 14000 no
uma organização internacio- 9000, que foram elaboradas por site da ABNT:
nal de padronização. Cada um comitê denominado TC-176. <http://www.wwf.org.br/
país criou seu próprio selo O comitê responsável pela defi- informacoes/questoes_am-
ecológico certificado pela bientais/desenvolvimento_
nição e regulamentação da série
ISO, que estabeleceu uma sustentavel/>
norma de âmbito mundial, a ISO 14000 é o TC-207.
ser adotada por qualquer em- Outra informação importante é
presa do mundo que quisesse que as normas da ISO só podem
demonstrar a eficiência de entrar em vigor após uma série de
seu desempenho ambiental, etapas de discussões, que acaba
conhecida como ISO 14000. em uma votação dos países-mem-
bros com direito a voto, quando,
então, assumem o caráter de nor-
Ficou claro até agora? Podemos mas internacionais ISO. O Brasil
continuar? integra a ISO como fundador e
com direito a voto. É representa-
Conforme Abreu (2000), por
do pela Associação Brasileira de
sua abrangência universal, a ISO
Normas Técnicas (ABNT).
14000 permite que em todos os
lugares do mundo se fale a mes-
ma linguagem normativa, o que
significa extraordinário avanço Desta forma, compreende-
nas relações internacionais. Os mos que para criar uma nor-
critérios de avaliação de desempe- ma são necessárias muitas
nho ambiental serão os mesmos análises e aprovações, bem
para qualquer empresa, indepen- como para a sua atualiza-
dentemente da sua nacionalidade, ção. O processo de revisão é
facilitando bastante as transações muito ágil e busca ajudar as
empresas interessadas em
num mercado cada vez mais glo-
implantar essas normas e a
balizado. vencer as dificuldades encon-
Vamos conhecer mais sobre o as- tradas. Com essa revisão, não
sunto? se pretende criar obstáculos,
A ISO, responsável pela no- mas sim simplificar, tornan-
do as normas mais acessíveis
bre iniciativa de criação da ISO
para qualquer empresa.
14000, é uma organização não
governamental, fundada em 1947,
com o objetivo de reunir órgãos
de normalização de diversos paí- Pronto para mais uma seção? En-
ses e criar um consenso interna- tão vamos em frente.
cional normativo. Com sede em
Genebra, na Suíça, a ISO possui
mais de cem países-membros que
participam, com direito a voto,

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 299


Para saber mais sobre o tema,
SEÇÃO 3
consulte o site abaixo e tire Equilíbrio entre a
suas dúvidas!
Portal Brasil, disponível em:
natureza e o homem

Fonte: Vintage-views (2010)


<http://www.portalbrasil.
net/educacao_seresvivos_ Você sabe o que é ecossistema?
meioambiente.htm>. Vamos contextualizar.

Os seres vivos de uma comuni-


dade são os componentes bióti-
cos de um ecossistema; os fatores
físico-químicos do ambiente (luz,
água, calor, gás, oxigênio, etc.) são
Fonte: Sustentabilidade (2010)

os componentes abióticos de
um ecossistema.
Seres bióticos e abióticos? Isso
mesmo!
Assim, um lago, um rio, um cam-
po ou uma floresta são exemplos
“[...] podemos entender ecos- de ecossistemas. Neles, encontra-
sistema como um sistema com- mos seres vivos diversos (com-
posto por todos os organismos
ponentes bióticos) que se rela-
de uma área e o meio ambiente
cionam entre si e com os vários
onde vivem” (RIBEIRO, 1998, p.
64). fatores ambientais, como a luz, a
água, etc. (componentes abióti-
cos) (PORTAL BRASIL, 2009).
Os ecossistemas não são partes Dentro desse contexto, veremos
ou áreas isoladas da Terra. Eles agora o conceito de nicho ecoló-
interagem e podem se agrupar em gico. Confira!
unidades maiores com caracterís- O conjunto de atividades ecoló-
ticas particulares, denominadas gicas desempenhadas por uma
biomas (conjunto de seres vivos espécie no ecossistema recebe o
de uma área). nome de nicho ecológico. Pode-
Vamos traçar uma sequência para mos entender por nicho ecológi-
compreender como se forma um co a forma como os indivíduos se
ecossistema. alimentam, moram e se reprodu-
Inicialmente temos uma popula- zem dentro de um ecossistema.
ção, que são indivíduos da mesma Vamos ver alguns exemplos: a
espécie vivendo em uma região/ cutia e a onça podem ser encon-
localidade. Sendo assim, temos tradas na mata Atlântica; pos-
uma comunidade, que são popu- suem, então, o mesmo hábitat.
lações convivendo em uma mes- No entanto, os nichos ecológicos
ma região. desses animais são diferentes.
Logo, o ecossistema é: comunida-
de + meio ambiente.

300 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


A cutia é herbívora, alimentando- Art. 1º - Ficam consideradas, no
se de frutos, sementes e folhas, Estado do Rio Grande do Sul, a
abriga-se em tocas ou em tocos de coleta seletiva e reciclagem do
árvores e serve de alimento para lixo como atividades ecológicas
animais diversos, como a pró- de relevância social e de interes-
se público.
pria onça. Já a onça é carnívora,
Parágrafo único: entende-se a
alimenta-se de animais diversos, coleta e reciclagem como for-
como cobras e macacos, e não ma organizada de classificação e
vive em tocas. aproveitamento de resíduos ur-
banos, industriais, hospitalares
e laboratoriais, desenvolvida,
conjuntamente, pela sociedade
civil organizada, papeleiros, ca-
tadores e entidades afins.
Fonte: Imotion imagens (2010)

Esse é um exemplo de como se


espalhou a consciência da sepa-
ração do lixo que provém dos ni-
chos ecológicos e que atualmente
têm papel fundamental para a so-
brevivência dos ecossistemas.
Para finalizarmos nossas impres-
sões, temos o conjunto de ecossis-
temas do Planeta que é chamado
de biosfera, ou seja, todo sistema
que tem vida.
Esses conceitos já lhe são familia-
res?
Dentro das implicações com a
preservação do meio ambiente
e a condução da vida humana,
fauna, flora, vegetação e clima, é
necessário ressaltar a grande im-
portância de um fator vital para os
nichos ecológicos: “o lixo”.
Você sabe o destino de todo o lixo
que é produzido pelos nichos eco-
lógicos? Fonte: Lixeiros... (2010)

Já parou para pensar?


Todavia, é importante lembrar
Em 7 de janeiro de 1992, o gover-
que apenas separar o lixo não é
nador do Estado do Rio Grande
suficiente. É necessário se envol-
do Sul, Alceu Collares, promul-
ver com o destino que é dado, as
gou a lei estadual Lei Estadual n.º
soluções que nasceram depois da
9.493. Disposto no artigo 82, item
iniciativa da coleta seletiva.
IV, temos (ALBUQUERQUE,
1995, p. 10): Todos nós produzimos lixo, que
se constitui em: lixo seco e lixo
orgânico.

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 301


Plástico Metais
Lixo seco – plásticos, vidros,
papéis e metais. Decomposição: Decomposição:
Lixo orgânico – restos de co- mais de 100 anos. não se decompõem.
mida, cascas, papel higiênico,
tocos de cigarros, etc. Não são recicláveis: Vantagens da reciclagem:
celofanes, embalagens plásticas evita a retirada de minérios do
metalizadas, plásticos usados na solo, minimizando o impacto am-
indústria eletroeletrônica e na biental acarretado pela atividade
Conheça a seguir como funciona produção de computadores, mineradora, e reduz o volume de
a decomposição de todo lixo que telefones e eletrodomésticos. água e energia necessário para a
é produzido e compreenda um Vantagens da reciclagem: produção de novos produtos.
pouco a dimensão das ações das
em lixões, o plástico pode quei-
pessoas e a importância da cons-
mar indevidamente e sem contro- Lixo Orgânico
ciência de cada cidadão ao lidar
le. Em aterros sanitários, dificulta
com o próprio lixo (CEMPRE, Decomposição:
a compactação e prejudica a de-
2009):
composição dos elementos degra- 6 a 12 meses.
dáveis. Vantagens da reciclagem:
Papel a compostagem de resíduos orgâ-
Decomposição: Vidro nicos – adubo com grande capaci-
dade de reposição de sais minerais
3 a 6 meses. Decomposição: e vitaminas.
Não são recicláveis: mais de 4.000 anos.
vegetal, celofane, encerados, pa- Não são recicláveis:
pel-carbono, fotografias, papéis
espelhos, vidros de janelas e de
sanitários usados e fraldas descar-
automóveis, tubos de televisão e
táveis.
válvulas, ampolas de medicamen-
Vantagens da reciclagem: tos, cristal, vidros temperados pla-
preservação de recursos naturais, nos ou de utensílios domésticos.
economia de água e energia. Vantagens da reciclagem:
pode ser reutilizado porque sua
esterilização tem alto grau de se-
gurança.

302 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


Agora conheça um pouco mais sobre reciclagem, destino do lixo, ideias
inovadoras e exercício de cidadania por meio de pequenas ações que Pesquise também em:
podem transformar o seu mundo. <http://www.lixo.com.br/>.

Fonte: O Mundo (2010)

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 303


Finalizando
Parabéns! Você chegou ao final desta unidade de estudo.

Nosso objetivo foi ampliar seus conhecimentos a respeito dos principais conceitos e práticas
voltadas para o autodesenvolvimento e o exercício de seus direitos e deveres no mundo do
trabalho.

Você pôde contemplar e exercitar competências como o fortalecimento e a formação pessoal


e profissional por meio da compreensão dos conceitos de ética, cidadania e meio ambiente
como valores de convivência social e historicamente construídos, exercendo de forma ampla
sua missão dentro da sociedade.

Para relembrar, iniciamos com a compreensão dos conceitos de ética e a capacidade de iden-
tificar e praticar os direitos e deveres de cada cidadão, seus principais fundamentos e práticas.
Na sequência, vimos os conceitos de cidadania e diversidade, onde as diferenças vão muito
além de características físicas.

Além disso, você também aprendeu sobre ética profissional, principalmente, no mundo tec-
nológico. Nesta oportunidade, você pôde perceber como as habilidades nos relacionamentos
interpessoais são valorizadas no âmbito profissional, até mais do que conhecimento técnico.

Você compreendeu também os principais conceitos de meio ambiente e educação ambiental


e de gestão da qualidade dentro desse contexto. Por fim, pôde verificar as noções de preser-
vação e equilíbrio entre a natureza e o homem.

Durante esta unidade curricular foi lhe proporcionado conhecimentos para você desenvolver
habilidades voltadas para a adoção de comportamento ético, bem como cumprir regras de
preservação ambiental e conscientização dos impactos ambientais relevantes.

Com nossa trajetória, vimos que esse conjunto contribuirá para sua atuação como profissional
que com proatividade no contexto social poderá ser agente de mudanças positivas, praticando
seus direitos e deveres para a organização e conservação do ambiente de trabalho e familiar.
Além disso, você pôde entender a importância de levar estes conhecimentos aos grupos em
que está inserido, contribuindo para o trabalho em equipe e transformando, de forma posi-
tiva, o meio onde vive.

Após estudar os principais conceitos e praticar algumas atividades relacionadas, poderá pôr
em prática o comportamento ético e exercer seus direitos e deveres, consciente de sua con-
tribuição histórico-social. Poderá, ainda, conscientizar sobre os impactos ambientais e a im-
portância do cumprimento das regras de preservação a fim de tornar suas ações cada vez mais
relevantes em prol da preservação da vida humana e de todos os ecossistemas aos quais tem
ligação direta ou indireta.

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 305


Referências
▪▪ ABREU, Dôra. Sem ela, nada feito!: educação ambiental e a ISO-14001: conscien-
tização, preparação, implantação, sustentação. Salvador: Casa da Qualidade, 2000.

▪▪ ALBUQUERQUE, Beto. O lixo: (lixo reciclado, natureza poupada). 2. ed. Porto


Alegre: CORAG, 1995.

▪▪ ALMANAQUE Abril 2001: edição Mundo 2001. 27. ed. São Paulo, SP: Abril, 2001.

▪▪ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: siste-


mas de gestão ambiental - especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, RJ, 1996.

▪▪ BAGNARELI, Moacyr; PICCHI, Ruth. Construindo cidadania: habilidades básicas


e de gestão: livro do professor. São Paulo, SP: SENAI/SC DR, 2000.

▪▪ BERGAMASCO, Marcos. [Indígenas]. 2009. Altura: 284 pixels. Largura: 329 pixels.
72 dpi. 24 BIT. 77,7 kb. Formato JPG. Disponível em: <http://iurirubim.blog.terra.
com.br/files/2009/10/1010_capa.jpg>. Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ BLEGER, J. Psico-higiene e psicologia institucional. Porto Alegre, Artes Médicas,


1984.

▪▪ BOCK, Ana Mercês; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes. Psicologias:


uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.

▪▪ CAMPOS, Michele; GREIK, Michl; DO VALE, Tacyanne. História da ética. Cien-


teFico, Salvador, ano II, v.1, ago./dez. 2002. Disponível em: <http://www.ricardoal-
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exercício de cidadania. São Paulo-SP, 2009. Disponível em <http://www.cempre.org.
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156 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://dsxbrasil.com.br/blog/tag/mentira>.
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▪▪ DUOSTEREO. [Placa anti-fumo]. 2010. Altura: 319 pixels. Largura: 425 pixels. 72
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▪▪ ÉTICA & trabalho. Rio de Janeiro, RJ: SENAC/DN, 1997.

▪▪ ETNIAS. 2010. Altura: 361 pixels. Largura: 591 pixels. 300 dpi. 24 BIT. 889 Kb. For-
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ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 307


▪▪ EVOLUÇÃO da espécie. Altura: 3 cm. Largura: 5 cm. In: GOULD, Stephen Jay. Vida
maravilhosa: o acaso na evolução e a natureza da história. São Paulo - SP: Companhia
das Letras: 1990.

▪▪ GARCIA, Edson Gabriel. Cidadania agora. São Paulo, SP: Saraiva, 2006.

▪▪ GUIO, Rebeca. Após comentários de Steve Jobs em sua biografia, Bill Gates
responde. (01 nov. 2011). Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/noticias/
noticia/2011/11/apos-comentarios-de-steve-jobs-em-sua-biografia-bill-gates-responde.
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▪▪ HEERDT, Mauri Luiz. Construindo ética e cidadania todos os dias: reflexões sobre
temas filosóficos, sociais, políticos, econômicos e históricos. 6. ed. Florianópolis: Sophos,
2000.

▪▪ IMOTION IMAGENS. [Onça Pintada]. 2010. Altura: 768 pixels. Largura: 1024 pixels.
96 dpi. 24 BIT CMYK. 292 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://www.imotion.
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▪▪ LAND 4US. [O rio mais poluído do mundo]. 2010. Altura: 462 pixels. Largura: 468
pixels. 72 dpi. 24 BIT. 819 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://img.dailymail.
co.uk/i/pix/2007/06_01/plasticrubbishR_468x462.jpg>. Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ LIXEIROS DE COLETA SELETIVA.JPG. 2010. Altura: 266 pixels. Largura: 400 pixels.
96 dpi. 24 BIT CMYK. 261 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://ecoiniciativas.
wordpress.com/2009/08/21/papelreciclavel/>. Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ O MUNDO.JPG. 2010. Altura: 1200 pixels. Largura: 1600 pixels. 96 dpi. 24 BIT
CMYK. 261 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://mariliaescobar.files.wordpress.
com/2010/01/terra.jpg>. Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (Brasil). Declaração dos direitos huma-


nos: 10 de dezembro de 1948. 2009. Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/
documentos_direitoshumanos.php > Acesso em: 21 nov. 2009.

▪▪ PESSOA, Luisi. [Carteira de identidade]. 2010. Altura: 1810 pixels. Largura: 1200 pix-
els. 300 dpi. 24 BIT. sRGB. 209 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://www.es.gov.
br/site/noticias/show_popup.aspx?noticiaId=99696927>. Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ PORTAL BRASIL. Os seres vivos. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/edu-


cacao_seresvivos_meioambiente.htm> Acesso em: nov. 2009.

▪▪ RIBEIRO, Mônica Solon. Educação ambiental. São Paulo: Globo, 1998.(Telecurso


2000.Profissionalizante)

308 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


▪▪ ROBLES JUNIOR, Antonio; BONELLI, Valerio Vitor. Gestão da qualidade e do
meio ambiente: enfoque econômico, financeiro e patrimonial. São Paulo, SP: Atlas,
2006.

▪▪ SÁ, A. Lopes de. Ética profissional. 8. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2007.

▪▪ SENAI SC. Código de Conduta. Disponível em: <http://www3.fiescnet.com.br/br/


apresentacao-codigo-de-conduta>. Acesso em: 16 out. 2014.

▪▪ SOUZA, Herbert José de. Ética e cidadania. São Paulo: Moderna, 2002.

▪▪ SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: a gestão da reputação. 2. ed. rev. e atual.
Rio de Janeiro, RJ: Campus, c2003.

▪▪ STOCK.XCHNG VI. [Momentos em família]. 2010. Altura: 1000 pixels. Largura:


1504 pixels. 300 dpi. 24 BIT SRGB. 753 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://
www.sxc.hu/photo/983338>. Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ STOCK.XCHNG VI. [Time]. 2010. Altura: 600 pixels. Largura: 800 pixels. 72 dpi. 24
BIT. 163 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://www.sxc.hu/photo/1254520>.
Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ SUSTENTABILIDADE. 2010. Altura: 320 pixels. Largura: 247 pixels. 96 dpi. 24 BIT
CMYK. 9,21 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://designfromhell.files.word-
press.com/2008/10/sustentabilidade.jpg>. Acesso em: 10 mar. 2010.

▪▪ TACHIZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa:


estratégia de negócios focadas na realidade brasileira. 2. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2004.

▪▪ UAI, Goiânia.’Bill Gates não criou, só roubou idéias de outros’, disse Steve. [s.d].
Disponível em: <http://www.uaigoiania.com.br/noticias/noticias/bill-gates-nao-cri-
ou-so-roubou-ideias-de-outros-disse-steve-jobs/>. Acesso em: 16 out. 2014.

▪▪ VINTAGE-VIEWS. [Fauna tropical]. 2010. Altura: 624 pixels. Largura: 784 pixels.
300 dpi. 24 BIT CMYK. 71,6 Kb. Formato JPG. Disponível em: <http://www.vin-
tage-views.com/MeyersKonversations/Vol12/images/052783k6-NeotropischeFauna.
jpg>. Acesso em: 10 mar. 2010.

ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE 309


Sumário - Unidades Curriculares

1 Fundamentos da Co- 55 Organização e Pre-


municação Oral e Escrita paração para o Trabalho

23 Fundamentos da 61 Ética, Cidadania e


Matemática Meio Ambiente

39 Saúde e Segurança
do Trabalho

47 Informática Básica
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Fundamentos da Comunicação
Oral e Escrita
Caderno de atividades teóricas e/ou práticas

Lilian Elci Claas


Larissa Lepri
Roberta Martins

Florianópolis/SC
2014
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


Unidade 1
Comunicação
1. Você aprendeu que o latim clássico era falado pela elite dominante e por escritores;
e o latim vulgar, era usado pelo povo. Aprendeu que também é possível encon-
trar em nossa língua duas formas de expressão: a linguagem culta e a coloquial.
Sendo assim, liste, com base no material didático desta disciplina, as principais
diferenças entre a linguagem culta e a coloquial.
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2. Complete as frases abaixo com um dos homônimos ou parônimos entre parênteses:

a. Não podemos ___________ os nossos semelhantes em função da sua raça.


(disciminar/descriminar)

b. Os estudantes receberam os ________ do professor pelo excelente desem-


penho. (cumprimentos/ comprimentos)

c. A escola está colhendo informações para o novo _____ escolar. (senso/censo)

d. O _____ de segurança estava com problemas. (sinto/ cinto)

e. Máquina precisa ser ________ rapidamente porque a produção não pode


parar. (consertada /concertada)

f. O calor deve ______ o material. (dilatar/ delatar)

g. O menino cometeu uma grave ______ de trânsito. (infração/ inflação)

h. O ______ da orquestra foi emocionante. (conserto/ concerto)

i. O estudante _____ o autor do roubo na sala de aula. (dilatou/ delatou)

j. A mensalidade foi reajustada pela ______. (infração/ inflação)

3
FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

k. Os políticos tiveram bom _ _ ao elaborar aquela nova lei. (senso/censo)

l. O ______ daquela peça estava fora do especificado. (comprimento/ cum-


Anotações
primento)

3. Escreva uma frase para cada palavra abaixo empregando-as com sentido conotativo.

a. Pai

b. Escrita

c. Foto
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4. Com base em seus estudos sobre a comunicação Oral e Escrita, analise as


sentenças a seguir e atribua, para cada uma delas, “SC” quando você julgar que
a sentença tem Sentido Conotativo e “SD” quando tiver Sentido Denotativo.

a. ( ) A espaçonave entrou na atmosfera terrestre.

b. ( ) Não faltaram braços para a montagem do palco.

c. ( ) Os cegos leem braile.

d. ( ) Ganhei uma pulseira dourada.

e. ( ) A atmosfera da reunião era pesada.

f. ( ) Os anos dourados de minha juventude se foram há muito tempo.

g. ( ) Aline e Pedro estavam cegos de paixão.

h. ( ) Os braços de João estavam muito machucados.

4
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


5. Reescreva o texto abaixo substituindo as palavras grifadas, empregadas usual-
mente na linguagem coloquial, e substitua por termos ou expressões formais.

Fui muito aos shopping centers, ficava paquerando os meninos, teve um até que veio
conversar comigo e perguntou meu telefone. Achei chato dar meu telefone de
recado, daí fiquei quieta e ele achou que eu era chata e cheia de frescura. Queria
tanto ter conversado mais com ele, mas ele tem um jeito de riquinho, desses
que só querem tirar umas da gente. Acho que nunca mais vou ver o Márcio
(esse é o nome do gato). Minha melhor amiga, a Célia, disse que ele sempre ta
lá, em frente do cinema do shopping Morumbi, mas eu tenho vergonha de ver
ele de novo. Passei o resto das férias feito boba. Feito, não. Eu sou uma boba.
Andrade (1993, p. 19)

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Unidade 2
Leitura e interpretação de Texto
Leia o texto a seguir, em seguida, resolva as atividades de 1 a 9.

A Importância do Ato de Ler


Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso
política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar, ou de en-
cerrar encontros ou congressos.

5
FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Aceitei fazê-lo agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir
aqui para falar um pouco da importância do ato de ler. Anotações
Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do
momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do
processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio,
processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota
na descodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se
antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede
a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da
continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamica-
mente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a
percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a
importância do ato de ler, eu me senti levado – e até gostosamente – a “reler”
momentos fundamentais da minha prática, guardados na memória, desde as
experiências mais remotas da minha infância, de minha adolescência, de minha
mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio
em mim constituindo. Ao ir escrevendo este texto, ia “tomando distância” dos
diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência
existencial. Portanto, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me
movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha esco-
larização, foi a leitura da “palavramundo”.
A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler”
o mundo particular em que me ouvia – e até onde não sou traído pela memória
–, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando,
re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento que
ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife,
rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre
nós – à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me
experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras
maiores. A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o
sítio das avencas de minha mãe –, o quintal amplo em que se achava, tudo isso
foi o meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, andei,
falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo da
minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo das minhas pri-
meiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto – em
cuja percepção me experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a
capacidade de perceber – se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de
sinais, cuja compreensão eu ia aprendendo no meu trato com eles, nas minhas
relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais.
(FREIRE, 1986, p.11-13).

A partir da leitura, responda às perguntas a seguir.

1. O texto, apesar de se apresentar de forma escrita, mantém algumas características


da língua falada. Aponte as que você perceber e comente.
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CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações

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2. Na sua opinião, por que o texto aproxima a prática pedagógica da prática política?
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3. Por que, segundo o texto, a leitura não se esgota na “descodificação pura da


palavra escrita” (linha 10)?
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4. Comente a passagem “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a


posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele”
(linha 11).
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FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

5. Em que consiste a “leitura” do mundo de que fala o texto?


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6. Explique o conceito de “palavramundo” (linha 26).


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7. Por que o texto apresenta as formas “re-crio” e “re-vivo” (linha 32) em lugar
de “recrio” e “revivo”?
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8. Quais são os “textos”, as “palavras” e as “letras” das primeiras “leituras” de


Paulo Freire? Qual é a importância dessas leituras para a formação e o desen-
volvimento da pessoa?
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CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


9. Você se recorda de suas primeiras “leituras”? Conte aos seus colegas oralmente
uma experiência dessas leituras, expondo “textos”, “frases” e “palavras” que
você “leu”.
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Unidade 3
Redação
1. Independente do tipo de texto a ser redigido, é imprescindível que ele tenha
correção na ) escrita, boa organização e apresentação. Além destes quais outros
quesitos são básicos para que o texto seja compreensível? Sua resposta deve
estar fundamentada no material didático desta disciplina.
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2. No texto dissertativo, é raro encontrar os elementos tempo e espaço como na


narração, nem o detalhamento rico em adjetivos valorizado na descrição. O
texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é, por
meio da exposição de fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias opiniões
e/ou chegar a conclusões.
Partindo dos seus estudos sobre o assunto, quais os passos que devem ser
observados ao se redigir um texto dissertativo?
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9
FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

3. Com o material didático desta disciplina, você aprendeu que


Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o Anotações
que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir
as ideias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é repro-
duzir com poucas palavras aquilo que o autor disse (BORGES, 2008).
Partindo deste pressuposto, leia e elabore um resumo do texto a seguir . Seu
resumo deve ter no máximo 10 linhas.
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4. O requerimento tem como função solicitar algo de direito a uma autoridade,


também é chamado de petição. Deve ser feito em papel ofício e pode ser escrito
a mão, máquina de escrever ou digitado.

a. Escolha a alternativa que apresenta apenas partes de um requerimento.


I. Invocação, fecho, data e destinatário.
II. Data, assinatura, aviso de cópias e informações pessoais.
III. Número, remetente, vocativo e motivo do pedido.
IV. Vo c a t i vo, m o t i vo d o p e d i d o, d a d o s p e s s o a i s d o
requerente, data, assinatura e fecho.
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b. Elabore um modelo de requerimento.


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CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


Unidade 4
Gramática Aplicada
1. Assinale a alternativa em que as palavras estão flexionadas adequadamente.

a. ( ) País , países

b. ( ) sertões, sertões

c. ( ) oficial, oficials

d. ( ) milhão, milhões

e. ( ) inglês, ingleses

f. ( )Tradução, traduçãos

g. ( ) difícil, difíceis

2. Complete as frases com a forma correta: por que, por quê, porque ou porquê.

a. ________ você está tão triste?

b. A resposta está incompleta, _________?

c. Você não pode usar essa ferramenta ________ ela está desregulada.

d. Não entendo os __________ dessa reprovação no medulo.

e. João, _____ não consulta a norma antes de usinar a peça?

f. Eis a razão _______ me recuso a emitir meu parecer.

g. Devem ter viajado ______ a casa está toda fechada.

h. Se tens tanta certeza _______ não discute essa proposta com o seu professor?

i. Corram, ______ o ônibus não vai demorar.

3. Preencha as lacunas com uma das formas do verbo ser entre parênteses:

a. _____ ser nove horas quando cheguei em casa. (devia / deviam)

b. Ontem ________ sete de junho. (foi / foram)

c. Cinco meses _______ o bastante. (é / são)

11
FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

d. Quem ______ essas indivíduos na sala do gerente? (é / são)

e. O grande culpado pela briga _____ tu. (é / és)


Anotações

f. Pedro _______ as preocupações da mãe. (era / eram)

g. _____ uma vez uma princesa chamada Elizabeth. (era / eram)

h. Quem decide se você pode sair ____ eu. (é / sou)

i. As vítimas do acidente de hoje ______ nós. (era / eram / éramos)

j. Quando José apareceu _________ perto das dez horas. (era / eram)

k. Mulher com dupla personalidade parece uma, mas _É____ duas. (é / são)

l. O problema entre vocês _______ águas passadas. (é / são)

m. Amanhã ________ ser vinte de novembro. (devem / deve)

n. Dois mais dois ________ quatro. (é / são)

o. Por causa dos engarrafamentos, de Florianópolis ao continente _____ uma


hora e quarenta minutos. (é / são)

p. Vinte anos _____ muito tempo. (é /são)

4. Complete as frase com a expressão ou palavra correta:

a. Sairemos daqui ______ pouco. (a /há)

b. Esse assunto precisa ser desconsiderado________ . (por ora/ por hora)

c. ______ você pensa que vai com tanta pressa. (onde/ aonde)

d. Ela fica horas ______ conversando sobre banalidades. (no telefone/ao telefone)

e. O ______ de cachaça ficou doente e teve que ser internado. (bebedor/


bebedouro)

f. Não chove ___ __ dias. (há/a)

g. Os ________ sentimentos fazem _L_____ a pessoa. (mau/ mal)

h. Os presos serão liberados, ________ em que o parecer do juiz for favorável.


(na medida, à medida)

i. ________ de Pedro, Julio foi escolhido para ocupar a vaga de operador de


máquina. (ao invés/em vez de)

j. Estou _______ de vê-la outra vez. (a fim /afim)

12
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k. Os conteúdos que o professor Carlos e o Professor Jonas passaram são
_____ (afim/ a fim)

l. _______a sua idéia é memorável, porém cabe uma análise mais detalhada
posteriormente. (a princípio, em princípio)

m. _______ quiseres fazer parte desse projeto, serás demitido. (se não/ senão)

n. _______ fica o banheiro? (onde/ aonde)

o. João procurou um ______, mas não encontrou. (bebedouro/bebedor)

p. José se comportou ______ na escola e por isso foi suspenso. (mal/ mau)

q. A diarista cobra cinco reais _____________. (por hora/ por ora)

r. _____________ que o tempo passa os resultados começam a aparecer. (à


medida/ na medida)

s. ______ subir, os preços caíram. (ao invés de/ em vez de)

t. ________ todos os inscritos serão aprovados. (a princípio/ em princípio)

u. Teremos que terminar o trabalho até amanhã, ______ não receberemos o


pagamento. (senão/ se não)

5. Assinale a alternativa correta:

a. Se ao menos aquele profissional __________ o problema que daria! Não


pensou e por isso não se __________, e __________ na briga de outros
colegas do departamento.
( ) previsse - conteve – interviu
( ) prevesse - continha - interveio
( ) previsse - conteve - interveio
( ) prevesse - continha - interviu

b. Se você não ____________o material no local indicado, haverão de


_________ as ativiadades.
( ) pôr - suspender
( ) por - suspenderem
( ) puser - suspender
( ) puser - suspenderem

13
FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

c. Não se deixe dominar pela tristeza. __________ outros fontes de satisfação,


__________ atenção as oportunidade que a vida lhe apresenta e __________ Anotações
o quanto você pode crescer.
( ) Descubra - preste - veja
( ) Descobre - presta - vê
( ) Descubra - presta - vê
( ) Descubra - presta - veja

d. Se os estudantes__________ suas pesquisas __________ suas opiniões,


não os __________.
( ) exporem - manterem - censura
( ) expuserem - mantiverem - censura
( ) expuserem - mantiverem - censure
( ) exporem - manterem - censures

e. Se o diretor se __________ em sua posição, __________ com antenção.


Não te _________.
( ) deter - ouça-lhe - precipites
( ) deter - ouve-lhe - precipita
( ) detiver - ouve-o -precipites
( ) detiver - ouve-o precipita

f. Se todos os funcionários __________ boas relações com seus colegas de


trabalho e __________ as amizades perdidas, teriam um ambiente mais
agradável para se trabalhar.
( ) mantivessem - refizessem
( ) mantessem - refizessem
( ) mantivessem - refazessem
( ) mantiverem - refizerem

6. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas e acentuadas


corretamente segundo o novo acordo ortográfico.
( ) heróica, freguês, tênue, idéia
( ) vôo, enjôo, chaminé, relógio
( ) antirruga, contrarregra, auto-ajuda
( )micro-ondas, infraestrutura, ingênuo, anti-inflamatório

7. Acentue a frase abaixo corretamente:


A ideia de quem tem muito poder e dinheiro acaba so, parece ser ver-
dadeira. As que possuem pouco ou nenhum recurso são as que veem o

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Atividades teóricas Anotações


mundo de outra maneira: com mais carinho e cuidado com o proximo.

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Unidade 1, 2, 3 e 4
Fundamentos da Comunicação Oral e Escrita
Leia o texto a seguir, em seguida, resolva as atividades de 1 a 7.

A Língua que Falamos


“(...) Esse negócio de língua estrangeira em país colonizado é fogo. A começar
que a nossa língua oficial, o português, nós a recebemos do colonizador luso,
o que foi uma bênção. Imagina se, como na África, nós tivéssemos idiomas
nativos fixados em profundidade, ou, então, se fosse realidade a falada ‘língua
geral’ dos índios, que alguns tentaram, mas jamais conseguiram impor como
língua oficial do brasileiro. Mesmo porque as tribos indígenas que povoaram
e ainda remanescem pelos sertões, cada uma fala o seu dialeto; o pataxó, por
exemplo, não tem nada a ver com o falar dos amazônicos; pelo menos é o que
informam os especialistas.
Mas, deixando de lado os índios que nós, pelo menos, pretendemos ser, fale-
mos de nós, os brasileiros, com o nosso português adaptado a estas latitudes
e língua oficial dos nossos vários milhões de nativos. Pois aqui no Brasil, se
você for a fundo no assunto, toma um susto. Pegue um jornal, por exemplo:
é todo recheado de inglês, como um peru de farofa. Nas páginas dedicadas
ao show business, que não se pode traduzir literalmente por ‘arte teatral’, tem
significação mais extensa, inclui as apresentações em várias espécies de salas,
ou até na rua, tudo é show. E o leitor do noticiário, se não for escolado no
papo, a todo instante tropeça e se engasga com rap, punk, funk, soap-opera
etc. etc. Cantor de forró do Ceará, do Recife ou Bahia só se apresenta com seu
song book, onde as melodias podem ser originalmente nativas, mas têm como
palavras-chave esse inglês bastardo que eles inventaram e não se sabe se nem
os próprios americanos entendem.
No esporte é a mesma coisa, ou pior. Já que os nossos esportes foram importados
(até a palavra que os representa – sport – é inglesa). O meu querido ministro
Pelé tenta descaracterizar o neologismo, chamando-o de ‘desporto’. Mas não
pega. Verdade que o jornalismo esportivo procura aclimatar o dialeto, traduzindo
como pode os nomes importados – goal keeper já é goleiro, back é beque, e
há traduções já não tão assimiladas que ninguém diz mais senão ‘centroavan-

15
FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

te’, ‘meio-de-campo’ etc. Engraçado nós sermos um país tão apaixonado por
esporte, especialmente o futebol (não mais foot-ball), e nunca fomos capazes
de inventar nenhuma modalidade de peleja esportiva. Os índios têm lá os jogos
Anotações
deles, mas devem ser chatos ou difíceis, já que a gente não os conhece nem de
nome. Ficamos nas adaptações tipo ‘futevôlei’, que, pelo menos, é engraçado.”
Queiroz (apud CAMPEDELLI e SOUZA, 2000, p. 31)

1. Destaque do texto as palavras desconhecidas e procure seu significado no


dicionário.
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2. A partir dos seus estudos sobre o assunto e da sua reflexão sobre o texto “A
língua que Falamos”, converse com seus colegas sobre a invasão inglesa na
língua portuguesa e sua influência no nosso dia a dia!
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3. O que a autora quis dizer com “esse negócio de país colonizado”? Justifique sua
resposta com base no material didático da disciplina.
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4. Analise a frase “...com o nosso português adaptado a estas latitudes e língua


oficial dos nossos vários milhões de nativos”. A partir desta análise e com base
em seus estudos sobre o assunto, responda: qual o seu ponto de vista sobre a
língua portuguesa falada no Brasil? Justifique sua resposta.
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Atividades teóricas Anotações


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5. Na sua opinião, qual é a ideia central do texto de Rachel de Queiroz e o que


ela quis transmitir?
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6. Reescreva abaixo os estrangeirismos encontrados no texto e elabore uma frase


para cada um deles.
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7. Identifique as gírias do texto e elabore uma frase com as mesmas.


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FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Leia o texto seguir e resolva as questões de 8 a 13, destaque as palavras desconhe-


cidas e procure seu significado no dicionário. Anotações

A Língua Portuguesa no Exercício Profissional


Com a globalização, o mercado torna-se, cada vez mais exigente e apenas absorve
aqueles que forem qualificados em vários sentidos. Agora o que se pretende
é um profissional que saiba planejar, executar e divulgar o seu trabalho. Para
isso, o profissional de hoje deve saber, além de exercer bem seu ofício, uma ou
duas línguas estrangeiras. [...]
Ao contrário do que se pensa não se pode deixar de lado a língua portuguesa,
a não ser que o profissional não trabalhe no Brasil, pois o que se vê é uma des-
valorização de nossa língua e, sobretudo, a banalização da modalidade escrita.
Hoje há uma preferência por gráficos e fotos, valorizam-se os números por
não saberem organizar as letras.
No entanto, determinados profissionais utilizam-se da modalidade escrita para
discriminar tarefas, para expor idéias, divulgar pesquisas, propor negócios, etc.
Nesse momento, o domínio da língua padrão se faz necessário no mercado de
trabalho. [...]
Vejamos trechos da reportagem da matéria de capa da seção Boa Chance do
dia 11 de agosto deste ano:
Erros de português comprometem a imagem profissional. Um bilhetinho
preso ao relatório diz: “faça as alterações que quizer”, em vez de “as al-
terações que quiser”. A contrariedade do diretor é imediata: ele passa
a questionar a qualidade de todo o material que tem em mãos. Sustos
como esses, envolvendo tropeços na língua portuguesa, são comuns. E
prejudiciais: abalam a imagem do profissional e põem em dúvida o traba-
lho. Aliás, também expõem a empresa, no caso de o relatório ser enviado
a clientes (O GLOBO).
O profissional de hoje, se quer, realmente, sobreviver no novo mercado, pre-
cisa ser multifuncional e apresentar diferentes habilidades, como ter iniciativa,
ter conhecimento especializado em mais de uma área, ter leitura, ter um bom
vocabulário, ter texto próprio, ter capacidade de pesquisa, ter vontade de se
manter sempre atualizado, participando, constantemente, de cursos, de pales-
tras, de congressos e de seminários nos quais os temas referem-se à sua área
de atuação. [...]
Dessa forma, não podemos mais ver um sujeito sair da escola (alteração nossa)
sem saber passar suas idéias para o papel de forma coesa e coerente, sem ter o
hábito de verificar a concordância ou a regência verbal em uma gramática ou
em um livro especializado. [...]
No entanto, é fato tão notório quanto lastimável que a comunicação escrita está
em crise, e essa crise se faz notar até mesmo nos meios mais especializados e
intelectualizados. [...]
Dado o exposto, percebe-se a importância do domínio de vários aspectos,
sobretudo os gramaticais, da língua portuguesa para o mercado de trabalho, já
que esse encontra-se mais exigente quanto ao profissional contemporâneo.[...]
Quem vai sobreviver nesse novo mundo? Terão mais chances os que conse-
guirem acompanhar o ritmo das mudanças e também quem for “educado” e
não meramente preparado para “apertar parafusos”. O cacife dos que tiverem
capacidade para criar e transferir conhecimentos de um campo para outro

18
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também será maior. Também o dos que souberem se comunicar, trabalhar em
grupo, aprender várias atividades. Sobreviverão aqueles que estiverem preparados
para a era da polivalência, da multifuncionalidade, das famílias de ocupações.
(ASSIS, 1999. p. 13)[...]
É preciso ter conhecimento especializado em pelo menos uma área, além
de conhecimento básico das outras áreas da empresa. Quem conhece
um pouquinho de cada coisa, mas nada em profundidade, está perden-
do importância. O técnico também precisa mudar. É bom que ele tenha
noções de vendas, administração, mercado. Marca ponto se consegue
abrir uma oportunidade de negócio para a companhia. [...] Informação
geral é preciosa, mesmo para um técnico. A leitura precisa acrescentar
alguma coisa às necessidades do trabalho, ainda que seja um vocabulá-
rio melhor. O profissional deve melhorar seus conhecimentos por conta
própria. A iniciativa é bem vista pelas empresas. Cada vez menos elas
promovem cursos de reciclagem ou pagam aula de inglês. (SIMONETTI &
GRINBAUM, 1998 apud ASSIS, 1999, p. 133)
É óbvio que não cabe, nesse momento, comentar as mudanças relativas ao
trabalho, em sua profundidade, mas é importante perceber que um dos itens
desse manual se refere à língua portuguesa. E vale rever: Informação geral é
preciosa, mesmo para um técnico. A leitura precisa acrescentar alguma coisa às
necessidades do trabalho, ainda que seja um vocabulário melhor». Assim, pode-se
somar essa recomendação à modalidade escrita, uma vez que é tão importante
ter um bom vocabulário para a fala quanto para a produção de um texto.
Adaptado de Cintia Barreto

8. Destaque as palavras desconhecidas do texto e procure seu significado no


dicionário.
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9. Observe que esse texto da Cintia Barreto possui uma organização diferente dos
textos convencionais. Que tipo de texto é esse? Quais são as suas características?
Responda com base no material didático desta disciplina.
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FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

10. Discuta com seus colegas sobre a importância da comunicação oral e escrita
corretas no exercício de sua profissão. Com base os seus estudos e a partir do Anotações
debate com os colegas sobre o assunto, disserte sobre o que você acredita que
precisa melhorar para se destacar no mercado de trabalho no que se refere a
Língua Portuguesa.
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11. Analise o seguinte trecho do texto “A Língua Portuguesa no Exercício Profis-


sional”: “No entanto, é fato tão notório quanto lastimável que a comunicação
escrita está em crise, e essa crise se faz notar até mesmo nos meios mais espe-
cializados e intelectualizados [...]”.
Como você percebe essa crise no seu dia a dia? Justifique sua resposta com base
no material didático desta Disciplina.
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12. Escreva um texto com, no máximo, 10 linhas, sobre o dito popular: “Em terra
de cegos, quem tem olho é rei”. Além da sua interpretação deste dito popular,
apresente argumentos relacionados ao emprego da língua portuguesa adequa-
damente a fim de destacar-se no mercado de trabalho.
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Atividades teóricas Anotações


13. Leia o texto a seguir e identifique os problemas de coerência e coesão textual.
Reescreva o texto melhorando a coerência e a coesão textual.

Eu sou um jogador onde que sempre sei que vou fazer muito. Fa-
zem cinco anos que estou na seleção brasileira. Eu sou um joga-
dor e aí é o problema, todos os jogos que joguei lutei muito para
marcar. Numa copa do mundo falta pouquíssimo tempo. Acho que
estou dentro desse grupo, não sei se vou entrar lá, essa copa é para
o meu pai. Eu sou uma pessoa que, desde cedo, eu sabia que eu ia
lá estar jogando, defendendo o meu país, onde que se nós todos
quiséssemos nenhuma vez a copa estaria perdida... (depoimento
de um atleta)

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Leia o texto a seguir e resolva as questões que o seguem.

Única Vantagem da Reforma Ortográfica


Luciana do Rocio Mallon
Como todos sabem, a nova reforma ortográfica entra em voga em janeiro de
2009. Ao ler matérias sobre este assunto, logo pensei:
- Terei que reaprender tudo outra vez!
- Pois tiraram o trema e o hífen de algumas palavras...
Porém fiquei contente ao saber que letras como: K, Y e W farão parte do alfa-
beto brasileiro. Este fato fez com que eu entrasse na máquina no tempo e me
transportasse até o ano de 1980, na minha pré - escola:
A mestra tinha acabado de ensinar as letras do alfabeto. Quando, de repente,
Kátia exclamou:
- Professora, não vi a letra inicial do meu nome no alfabeto!
Desta maneira, a tia ralhou:
- A letra K não faz parte do alfabeto brasileiro!
- É um estrangeirismo colocar letras como: K, W e Y nos nomes dos filhos.
Assim a garota começou a choramingar:
- Só por causa disto a minha letra não está no alfabeto...

21
FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Deste jeito eu expliquei:


- Não fique triste, Kátia. Anotações
- Sua letra tem o desenho muito bonito.
- O K tem o som muito mais forte do que o C.
- Se você fosse Kátia com C, seu nome ao ser falado não teria a força que tem!
Então William que estava sentado ao lado da minha carteira comentou:
- Pelo que vi a letra inicial do meu nome, também, não está no alfabeto brasileiro.
Assim eu falei:
- William, a letra W tem forças mágicas. Porque ela pode ter dois sons: o da
letra U e o da letra V. Você é um sortudo por ter uma letra digna de dois sons
na inicial do seu nome.
Depois olhei para trás e falei para Yara:
- A inicial do seu nome é muito bonita, pois parece um estilingue.
Após este comentário, esta menina deu risada.
Logo, pensei em voz alta:
- Professora, um dia haverá justiça no alfabeto do Brasil!
- Pois as letras K, W e Y ainda entrarão nele!
Vinte e oito anos se passaram e chegou a vez da nova reforma ortográfica que
incorpora estas letras estrangeiras ao nosso alfabeto. Ao saber disto, logo dei
meus parabéns a todos os amigos que têm as letras: K, W e Y no nome.

14. Você concorda com a autora Luciana do Rocio Mallon que a única vantagem da
reforma ortográfica é a inclusão de algumas letras no nosso alfabeto? Justifique
sua resposta, tendo como base o material didático desta disciplina.
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15. O texto de Luciana do Rocio Mallon possui algumas características bem distin-
tas. Descreva quais são elas, e que tipo de texto, segundo seus estudos sobre o
assunto, é esse: descrição, narrativa ou dissertação?
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Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Fundamentos da Matemática
Caderno de atividades teóricas e/ou práticas

Kácio Flores Jara

Florianópolis/SC
2014
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

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Atividades teóricas Anotações


Unidade de estudo 1
Números Decimais
1. Dada a fração, diga qual número decimal ela representa:

a. 4
10

b. 869
1000

123
c.
100

7
d.
1000

961
e.
10

555
f.
100000

2. Dado o número decimal, diga à qual fração corresponde:

a. 0,566

b. 0,13

c. 0,00098

d. 0,077

Operações com Números Racionais Decimais


3. Calcule o valor das expressões:

a. 19,6 + 3,04 + 0,076 =

b. 17 + 4,32 + 0,006 =

c. 4,85 - 2,3 =

25
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

d. 9,9 - 8,76 =

e. (0,378 - 0,06) - 0,245 =


Anotações

f. 2,4 * 3,5 =

g. 4 * 1,2 * 0,75 =

h. (0,35 - 0,18 * 2) - 0,03 =

i. 17 / 6 =

j. 137 / 36 =

Razões
1 b
4. A razão é igual a 10. Determine a razão .
b a

5. A distância entre duas cidades em um mapa de escala 1:2000 é de 8,5cm. Qual


a distância real entre essas duas cidades?

6. A idade de Pedro é 30 anos e a idade de Josefa é 45 anos. Qual é a razão entre


as idades de Pedro e Josefa?

7. Uma caixa de chocolate possui 250g de peso líquido e 300g de peso bruto. Qual
é a razão do peso líquido para o peso bruto?

2
8. A razão entre o comprimento da sombra e da altura de um edifício é de 3
Se o edifício tem 12m de altura, qual o comprimento da sombra?

9. Pedrinho resolveu 20 problemas de Matemática e acertou 18. Cláudia resolveu


30 problemas e acertou 24. Quem apresentou o melhor desempenho?

10. A razão entre a quantia que gasto e a quantia que recebo como salário por mês
4
é de 5 O que resta coloco em caderneta de poupança. Se neste mês meu
salário foi de R$ 840,00, qual a quantia que aplicarei na caderneta de poupança?

11. Uma equipe de futebol obteve, durante o ano de 2010, 26 vitórias, 15 empates
e 11 derrotas. Qual é a razão do número de vitórias para o número total de
partidas disputadas?

26
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

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Atividades teóricas Anotações

12. Durante o Campeonato Brasileiro de 2010, uma equipe teve 12 pênaltis a seu
favor. Sabendo que a razão do número de acertos para o total de pênaltis foi de
3
, quantos pênaltis foram convertidos em gol por essa equipe?
4

13. Um reservatório com capacidade para 8m³ de água está com 2000L de água.
Qual a razão da quantidade de água que está no reservatório para a capacidade
total do reservatório? (Lembre-se que 1dm³ = 1L).

Unidade de estudo 2
Proporções
1. Resolva as seguintes proporções:

x 21
a. =
5 35

10 50
b. =
7 x

1 x-6
c. =
7 49

5x + 3 -21
d. =
10 30

5 30
e. =
x+4 54

0,9 -18
f. =
x 27

g. 7x + 5 2x
=
4 3/4

2. Sabendo que x + y = 42, determine x e y na proporção

x 5
=
y 9

27
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

3. Sabendo que a + b = 55, determine a e b na proporção


a 4 Anotações
=
b 7

4. A soma da idade do pai e do filho é 45 anos. A idade do pai está para a idade do
filho, assim como 7 está para 2. Determine a idade do pai e do filho.

Regra de Três
5. Três caminhões transportam 200m³ de areia. Para transportar 1600m³ de areia,
quantos caminhões iguais a esse seriam necessários?

6. A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por 12
dias. Um deles resolveu saltar e tentar chegar à terra nadando. Com um náufrago
a menos, qual será a duração dos alimentos?

7. Para atender a todas as ligações feitas a uma empresa são utilizadas 3 telefonistas,
atendendo cada uma delas, em média, a 125 ligações diárias. Aumentando-se
para 5 o número de telefonistas, quantas ligações atenderá diariamente cada
uma delas em média?

8. Um pintor, trabalhando 8 horas por dia, durante 10 dias, pinta 7.500 telhas.
Quantas horas por dia o pintor precisa trabalhar para que consiga pintar 6.000
telhas em 4 dias?

9. Em uma disputa de tiro, uma catapulta, operando durante 6 baterias de 15


minutos cada, lança 300 pedras. Quantas pedras lançará em 10 baterias, de 12
minutos cada?

10. Dez guindastes móveis carregam 200 caixas num navio em 18 dias de 8 horas
de trabalho. Quantas caixas serão carregadas em 15 dias, por 6 guindastes, tra-
balhando 6 horas por dia?

11. Com a velocidade de 75 Km/h, um ônibus faz um trajeto em 40 min. Devido


a um congestionamento, esse ônibus fez o percurso de volta em 50 min. Qual
a velocidade média desse ônibus?

12. Sabendo que os números a, 12 e 15 são diretamente proporcionais aos números


28, b e 20, determine os números a e b.

28
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Curso:

Atividades teóricas Anotações


13. Uma tábua com 1,5m de comprimento foi colocada na vertical em relação ao
chão e projetou uma sombra de 53cm. Qual seria a sombra projetada no mesmo
instante por um poste que tem 10,5m de altura?

14. Uma certa quantidade de suco foi colocada em latas de 2 litros cada uma,
obtendo-se assim 60 latas. Se fossem usadas latas de 3 litros, quantas latas seriam
necessárias para colocar a mesma quantidade de suco?

Juros simples:
15. Calcule os juros simples de R$1200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias.

16. Calcule os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36%
a.a., durante 125 dias.

17. Qual o capital, que aplicado a juros simples de 1,2% a.m., rende R$3.500,00 de
juros em 75 dias?

18. Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão neces-
sários para dobrar um capital aplicado através de capitalização simples?

Unidade de estudo 3
Frações
1. Observe a figura:

29
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

a. Em quantas partes iguais o retângulo foi dividido?

b. Cada uma dessas partes representa que fração do retângulo?


Anotações

c. A parte pintada representa que fração do retângulo?

2. Observe as figuras e diga quanto representa cada parte da figura e a parte pintada:

a.        b.

c.

3. Um sexto de uma pizza custa 3 reais, quanto custa:

3
a. da pizza
6

5
b. da pizza
6

c. a pizza toda

3 4
4. Se 7 do que eu tenho são 195 reais, a quanto correspondem 5 do que eu
tenho?

5. Encontre o resultado dos cálculos abaixo:

7 3
a. -
5 5

30
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


4 2
b. +
8 8

3 5
c. +
4 12

Unidade de estudo 4
Potenciação de Números Reais
1. Reduza a uma potência:

a. [(– 3)4]3

b. [(2/5)-1]-2

c. [(34)4]4

2. Calcule o valor das expressões:

a. 25 . 105. 20-3

b. (82: 22. 43)10

3. Qual o valor numérico da expressão abaixo?

35-1. 40-1. 10². 5 . 100


2³ . 14-1. 5 . 25

Unidade de estudo 5
Equações de 1º Grau
1. Existem três números inteiros consecutivos com soma igual a 393. Quais são
esses números?    

2. Resolva as equações a seguir:

a. 18x - 43 = 65

b. 23x - 16 = 14 - 17x

31
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

c. 10y - 5 (1 + y) = 3 (2y - 2) - 20

d. x(x + 4) + x(x + 2) = 2x2 + 12


Anotações

e. (x - 5)/10 + (1 - 2x)/5 = (3-x)/4

f. 4x (x + 6) - x2 = 5x2

3. Determine um número real “a” para que as expressões (3a + 6)/ 8 e (2a +
10)/6 sejam iguais.     

4. Resolver as seguintes equações (na incógnita x):

a. 5/x - 2 = 1/4 (x 0)

b. 3bx + 6bc = 7bx + 3bc

Equações de 2º Grau
5. Identifique os coeficientes de cada equação e diga se ela é completa ou não:

a. 5x2 - 3x - 2 = 0

b. 3x2 + 55 = 0

c. x2 - 6x = 0

d. x2 - 10x + 25 = 0

6. Ache as raízes das equações:

a. x2 - x - 20 = 0

b. x2 - 3x -4 = 0

c. x2 - 8x + 7 = 0

7. Dentre os números -2, 0, 1, 4, quais deles são raízes da equação x2-2x-8= 0? 

8. O número -3 é a raiz da equação x2 - 7x - 2c = 0.


Nessas condições, determine o valor do coeficiente c:

9. Se você multiplicar um número real x por ele mesmo e do resultado subtrair 14,
você vai obter o quíntuplo do número x. Qual é esse número?

32
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações

Unidade de estudo 6
Função de 1º Grau
1. Determine a função afim f(x) = ax + b, sabendo que f(1) = 5 e f(–3) = –7.

2. (U. Católica de Salvador-BA) Seja a função f de R em R definida por f(x) = 54x


+ 45, determine o valor de f(2.541) – f(2.540).

3. Uma função f é dada por f(x) = ax + b, em que a e b são números reais. Se f(–1)
= 3 e f(1) = –1, determine o valor de f(3).

4. A função R(t) = at + b expressa o rendimento R, em milhares de reais, de


certa aplicação. O tempo t é contado em meses, R(1) = –1 e R(2) = 1. Nessas
condições, determine o rendimento obtido nessa aplicação, em quatro meses. 

Equação do 2º Grau
5. Aplicando a fórmula de Bhaskara, resolva as seguintes equações do 2º grau.

a. 3x² – 7x + 4 = 0

b. 9y² – 12y + 4 = 0

c. 5x² + 3x + 5 = 0

6. Determine quais os valores de k para que a equação 2x² + 4x + 5k = 0 tenha


raízes reais e distintas. 

7. Calcule o valor de p na equação x² – (p + 5)x + 36 = 0, de modo que as raízes


reais sejam iguais.
Para essa condição, o valor de ∆ precisa ser igual a 0.

8. Resolva a seguinte equação fracionária do 2º grau.

5x 3
x2 - -0
2 2

33
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

Unidade de estudo 7 Anotações

Medidas de Volume
1. Dê a representação simplificada das seguintes medidas:

a. doze centímetros cúbicos.

b. três metros cúbicos e quinze decímetros cúbicos.

c. seis centímetros cúbicos e doze milímetros cúbicos.

d. quinze hectômetros cúbicos e cem metros cúbicos.

2. Efetue as seguintes transformações:

a. 6m³ em dm³

b. 50cm³ em mm³

c. 3,632m³ em mm³

d. 0,95dm³ em mm³

e. 500dam³ em m³

f. 8,132km³ em hm³

Unidade de estudo 8
Geometria Plana
1. Determine a área das seguintes figuras (em cm):

a.

34
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações

b.

c.

d.

e.

2. Temos um triângulo equilátero de lado 6cm. Qual é o perímetro e qual é a área


desse triângulo?

3. Um trapézio tem a base menor igual a 2, a base maior igual a 3 e a altura igual
a 10. Qual a área deste trapézio?

35
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

4. Sabendo que a área de um quadrado é 36cm², qual é seu perímetro?


Anotações
5. Calcule a área e o perímetro (em metros) dos retângulos descritos:

a. a = 25 e b = 12

b. a = 14 e b = 10

Unidade de estudo 9
Razões Trigonométricas
1. No triângulo retângulo da figura a seguir, determine as medidas de x e y indicadas
(use: sen 65° = 0,91; cos 65° = 0,42; tg 65° = 2,14).

2. Considerando o triângulo retângulo ABC da figura, determine as medidas a e


b indicadas. (Sen 60° = 0,866)

3. Sabe-se que, em um triângulo retângulo isósceles, cada lado congruente mede


30cm. Determine a medida da hipotenusa desse triângulo.

4. Nos triângulos das figuras abaixo, calcule tg Â, tg Ê, tg Ô:

36
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações

a.

b.

c.

5. Sabendo que o triângulo retângulo da figura abaixo é isósceles, quais são os


valores de tg  e tg Ê?

6. Encontre a medida RA sabendo que tg  = 3.

37
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

Anotações

7. Encontre x e y:

a.

b.

38
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Saúde e Segurança do Trabalho


Caderno de atividades teóricas e/ou práticas

Lilian Elci Claas


Roberto Rodrigues de Menezes Junior

Florianópolis/SC
2014
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


Unidade 1
Saúde
1. Sobre o uso de métodos contraceptivos e as doenças sexualmente transmissíveis, e
de acordo com o material didático desta disciplina, analise as seguintes sentenças:
I. A camisinha é um método que previne a gravidez, além de proteger contra
algumas doenças sexualmente transmissíveis.
II. O uso de anticoncepcionais orais, além de prevenir a gravidez, é eficaz na
proteção contra DSTs.
III. De todos os métodos contraceptivos, a camisinha é o mais eficaz na pro-
teção contra DSTs.
IV. Algumas doenças sexualmente transmissíveis podem ser evitadas com
medidas de higiene.
Escolha dentre as alternativas a seguir, a única correta:

a. As sentenças I, II e III estão corretas.

b. Todas as sentenças estão corretas.

c. Somente as sentenças I e III estão corretas.

d. As sentenças I, II e IV estão corretas.

2. A sífilis é uma doença transmitida pela bactéria Treponema pallidum. Com base
em seus estudos sobre o assunto, escolha a alternativa que apresenta uma das
principais características desta doença.

a. Inflamação no canal da uretra.

b. Feridas nos órgãos sexuais, conhecidas por cancro duro.

c. Baixa na imunidade do portador.

d. Lesões dolorosas.

e. Lesões dolorosas e ulceradas em todas as partes do corpo.

3. A clamídia é uma doença causada por bactéria e normalmente se apresenta


assintomática, entretanto pode desencadear alguns problemas de saúde graves.
A respeito dos sintomas e das consequências dessa infecção em mulheres, e
com base no material didático desta disciplina, marque a alternativa correta:

a. A clamídia pode causar dores no pé da barriga, impedimento da gravidez


ou gravidez tubária.

41
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

b. A clamídia pode causar lesões dolorosas na vagina.

c. A clamídia pode causar pequenas verrugas na região genital.


Anotações

d. A clamídia pode causar dores pélvicas e verrugas na região genital.

e. A clamídia pode causar baixa na imunidade, permitindo assim a contaminação


por outras doenças

4. A respeito das doenças sexualmente transmissíveis, marque a questão correta:

a. Todas as doenças sexualmente transmissíveis são caracterizadas pelo apare-


cimento de lesões.

b. A camisinha só é eficiente como método para proteger contra a gravidez.

c. Uma mulher grávida pode transmitir uma doença sexualmente transmissível


ao seu filho.

d. Toda DST é transmitida exclusivamente por relação sexual.

e. A AIDS, a sífilis, a gonorreia e a anemia são doenças sexualmente transmissíveis.

5. O HIV é o vírus causador da AIDS. Essa doença ataca o sistema imunológico,


deixando a pessoa mais suscetível a doenças chamadas de oportunistas. Com
base em seus estudos sobre essa doença, escolha dentre as alternativas a seguir,
aquela que apresenta as células mais atingidas por esse vírus.

a. Hemácias.

b. Plaquetas.

c. Linfócitos T.

d. Linfócitos B.

e. Macrófagos.

6. Quais os três grandes grupos das drogas? Comente cada uma delas e cite exem-
plos. Fundamente sua resposta no material didático desta disciplina.
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____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________

42
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas
7. De acordo com o livro didático, relacione as drogas, apresentadas
na primeira coluna, com efeitos colaterais ou adversos, apresentados
na segunda coluna.

Droga Consequência

( ) Doenças pulmonares, aumento da pressão arterial, problemas de


reflexo e confusão mental. Problemas de sociabilidade (tendência ao iso-
(1) Álcool
lamento), ansiedade, sensibilidade à luz, olhos vermelhos e visão irregular.
Impotência sexual e geração de bebês com problemas genéticos.

( ) Elevação da temperatura corpórea, convulsões e parada cardíaca,


(2) Maconha danos permanentes no cérebro, depressão, insônia, apatia, impotência,
desidratação, ressaca, falta de transpiração e dificuldade para urinar.

( ) Depressão, esterilidade, impotência, olhos injetados, dificuldade na


fala, falta de controle sobre as ações, abandono de hábitos de higiene e
(3) Cocaína e crack danos em órgãos internos como fígado, pâncreas, estômago e nervos.
Diminuição da produtividade escolar e profissional.

( ) Falsa euforia, perda de controle, depressão, ansiedade, agressividade,


desconfiança, alucinações, dores de cabeça, hemorragias nasais e coriza.
(4) Ecstasy
Desintegração social, desestruturação da família, criminalidade e baixo
desempenho profissional.

43
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Unidade 2
Anotações
Segurança e Medicina do Trabalho
1. A partir de seus estudos, preencha os espaços em branco, com as palavras a seguir:
Temporária – Perda total – Exercício – Capacidade – Lesão corporal – Trabalho
– Morte – Permanente – Parcial – Perturbação funcional – Doença – Capacidade.
Acidente de trabalho é todo aquele que se verifica __________ do __________,
provocando, direta ou indiretamente __________, __________ou __________
que determine a __________, a __________ ou __________, __________
ou __________ da__________ para o trabalho.

2. Com base em seus estudos sobre Segurança do Trabalho, marque (V) para as
situações que podem ser equiparadas a acidentes de trabalho e (F) para as que
não podem:

a. ( ) Fora da área da empresa, por motivos pessoais, não do interesse do em-


pregador ou do seu preposto.

b. ( ) A doença proveniente da contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade.

c. ( ) Empenhado em atividades esportivas patrocinadas pela empresa, pelas


quais não receba qualquer pagamento direta ou indiretamente.

d. ( ) Envolvido em luta corporal ou outra disputa sobre assunto não relacio-


nado com o seu emprego.

3. De acordo com o livro didático desta disciplina, o que é CIPA e qual é a sua
principal função?
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____________________________________________________________
____________________________________________________________
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___________________________________________________________

4. Cite algumas recomendações que podem ser implementadas nas empresas a


fim de reduzir o número de acidentes de trabalho. Fundamente sua resposta
no material didático desta disciplina.
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________

44
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações

5. Pesquise e relacione as colunas de acordo com o que representa cada cor em


um Mapa de riscos. Sua resposta deve estar fundamenta em seus estudos sobre
o assunto.

( 1 ) Cor verde ( ) Riscos de acidentes


( 2 ) Cor vermelho ( ) Riscos químicos
( 3 ) Cor marrom ( ) Riscos biológicos
( 4 ) Cor amarelo ( ) Riscos físicos
( 5 ) Cor azul ( ) Riscos ergonômicos

6. Segundo a NR9, os riscos ambientais são agentes que produzem danos à saúde
do trabalhador. Como eles podem ser classificados? Fundamente sua resposta
no material didático.
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____________________________________________________________
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____________________________________________________________

7. Pesquise e descreva, com base em seus estudos sobre o assunto, o que é a NR9.
____________________________________________________________
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____________________________________________________________

8. Você estudou que o Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou


produto destinado à proteção do trabalhador contra riscos de acidente. Com
base em seus estudos sobre os EPIs, cite dois exemplos desses equipamentos,
qual o seu objetivo e qual parte do corpo é protegido por ele.
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45
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Anotações
Unidade 3
Prevenção e Combate a Incêndio
Com base no estudo de caso a seguir, quais seriam suas ações para prestação
de primeiros socorros.
Você faz parte da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – de
sua empresa. Recebe uma ligação, informando que houve na indústria um aci-
dente de trabalho. Ao avistar a vítima, você nota que a mesma está com uma
mão amputada, por não ter utilizado os equipamentos de proteção adequados
e a máquina que motivou o acidente ainda está ligada. A vítima está no chão,
sobre um fio elétrico. Você não sabe se o fio está energizado ou não. Por conta
do ferimento, a vítima se debate muito. Nessa ocasião, o que você faria?
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46
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Informática Básica
Caderno de atividades teóricas e/ou práticas

Luciana Schmitz

Florianópolis/SC
2014
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


Unidade 1
Sistema Operacional
1. A partir de seus estudos sobre Sistemas Operacionais, marque V (verdadeiro)
ou F (falso) nas sentenças a seguir.
( ) É a parte lógica do computador, como o sistema operacional Windows e
os aplicativos de planilhas eletrônicas.
( ) É tudo que você pode tocar, como monitor, teclado, memória e processador.
( ) Mouse e placa de vídeo também podem ser considerados exemplos de hardware.
( ) É a parte pensante de todo sistema computacional.
( ) É tudo que você não pode tocar, como antivírus e gerenciador de e-mails.

2. De acordo com seus estudos, assinale a única alternativa que apresenta apenas
dispositivos de saída:

a. ( ) Monitor, impressora e mouse.

b. ( ) Monitor, impressora e caixas de som.

c. ( ) Monitor, mouse e caixas de som.

3. De acordo com estes estudos, assinale a alternativa que apresenta apenas ele-
mentos que fazem parte da interface gráfica do Windows.

a. ( ) Desktop e Barra de Tarefas.

b. ( ) Ícones e Windows 7.

c. ( ) Barra de Tarefas e Área de Transferência.

4. Segundo seus estudos sobre Sistemas Operacionais, escolha a alternativa que


apresenta o sistema de arquivos utilizado na versão do Windows.

a. ( ) FAT

b. ( ) FTP

c. ( ) NSFT

49
INFORMÁTICA BÁSICA

Unidade 2
Anotações
Internet
1. Site é o conjunto de páginas de determinado assunto e endereço disponível na
Internet, enquanto Homepage é a página inicial de um site.
Segundo seus estudos sobre o assunto, essa afirmação é verdadeira ou falsa?

a. ( ) Verdadeira

b. ( ) Falsa

2. É a ciência que estuda os princípios, meios e métodos para proteger as infor-


mações, através do ato de cifrar, quando está codificando a informação; ou
decifrar, quando está decodificando a informação.
Segundo seus estudos sobre este assunto, escolha a alternativa que corresponde
ao conceito apresentado.
( ) Chave assimétrica.
( ) Autoridade certificadora.
( ) Criptografia.

3. De acordo com seus estudos sobre Internet, escolha a alternativa que apresenta
apenas ferramentas ou recursos para proteger seu computador de ameaças da rede.

a. ( ) Vírus, firewall e atualizações dos aplicativos.

b. ( ) Vacinas antitetânicas, firewall e antivírus.

c. ( ) Antivírus, firewall e atualizações do sistema.

4. Os webmails possuem a vantagem de poderem ser acessados a partir de qualquer


computador ligado à Internet, ou seja, sua conta de e-mail e suas mensagens
permanecem em um servidor na Internet.
Escolha a alternativa que apresenta apenas exemplos de webmail.
( ) Hotmail, Gmail e Eudora.
( ) Hotmail, Gmail e Yahoo.
( ) Gmail, Yahoo e Microsoft Outlook.

Unidade 3
Microsoft Office Word 2010
1. De acordo com seus estudos sobre o Microsoft Office Word 2010, escolha a
alternativa que apresenta apenas os comandos para formatação de texto.

50
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


a. ( ) Negrito, Fonte, Tamanho da Fonte etc.

b. ( ) Cor da Fonte, Colar, Sobrescrito etc.

c. ( ) Negrito, Itálico, Copiar etc.

2. Assinale a alternativa que apresenta o grupo de comandos no Word 2010 do


qual faz parte o comando “Espaçamento de Linha e Parágrafo”.

a. ( ) Fonte

b. ( ) Espaçamento

c. ( ) Parágrafo

3. A partir de seus estudos sobre Microsoft Office Word 2010, assinale a única
alternativa correta.

a. ( ) Todo conteúdo que se repete na margem superior, chamamos de topo.

b. ( ) Para realizar a configuração de página é necessário configurar margens,


orientação, tamanho do papel e outros.

c. ( ) É possível dividir o texto em duas ou mais colunas. Para isso, selecione


o texto e clique sobre o comando Colunas, que se encontra na guia Inserir.

4. De acordo com seus estudos, assinale a alternativa que apresenta apenas recursos
que fazem parte do grupo Ilustrações do Word 2010.

a. ( ) Imagem, Clip-Art e WordArt.

b. ( ) Imagem, Formas e Instantâneo.

c. ( ) Clip-Art, SmartArt e WordArt.

5. Assinale a alternativa que complete a frase.


Uma ___________ direta é uma carta, envelope ou etiqueta que será enviada
a várias pessoas ao mesmo tempo.

a. ( ) carta

b. ( ) mala

c. ( ) correspondência

51
INFORMÁTICA BÁSICA

Anotações
Unidade 4
Microsoft PowerPoint 2010
1. No Microsoft PowerPoint 2010 os textos são inseridos dentro das caixas de
textos. Caso você desejar inserir uma nova caixa de texto, indique qual o passo
correto. Assinale a alternativa que, de acordo com seus estudos sobre o assunto,
responde corretamente à questão.

a. ( ) Guia Inserir – Grupo Texto – Comando Caixa de Texto.

b. ( ) Guia Inserir – Grupo Texto – Comando WordArt.

c. ( ) Guia Exibição – Grupo Texto – Comando Caixa de Texto.

2. No Microsoft PowerPoint 2010, os Temas são inseridos nos slides para tornar
uma apresentação mais agradável.
De acordo com seus estudos sobre o assunto, assinale a alternativa que apresenta
o caminho correto para inserir um tema:

a. ( ) Guia Inserir – Grupo Temas – clicar no tema desejado.

b. ( ) Guia Design – Grupo Temas – clicar no tema desejado.

c. ( ) Guia Design – Grupo Plano de Fundo – clicar no tema desejado.

3. No Microsoft PowerPoint 2010 é possível alterar a fonte das caixas de texto do


Tema aplicado na apresentação.
Assinale a alternativa que, de acordo com seus estudos sobre o assunto, apresenta
a sequência correta de passos para realizar essa alteração.

a. ( ) Guia Design – Grupo Temas – comando Fontes.

b. ( ) Guia Design – Grupo Fonte – comando Fontes.

c. ( ) Guia Formatação – Grupo Fonte – comando Fontes.

4. Partindo de seus estudos, assinale a alternativa que responda ao seguinte ques-


tionamento: “Quais os comandos encontrados no Grupo Ilustrações, da Guia
Inserir, do Microsoft PowerPoint 2010?”

a. ( ) Formas, Gráfico e Tabelas.

b. ( ) Formas, Tabelas e Imagem.

c. ( ) Formas, Gráfico e SmartArt.

52
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações

5. Complete a lacuna de acordo com os estudos realizados nesta unidade.


“Os _____________ são combinações de caixas de textos posicionados de
forma que organizam os conteúdos, como títulos, subtítulos, imagens, e outros
objetos a serem inseridos nos slides. Cada slide pode conter somente um.”

a. ( ) desenhos

b. ( ) layouts

c. ( ) quadros

Unidade 5
Microsoft Office Excel 2010
1. O conteúdo de uma célula pode ser reconhecido como um ____________
(inclui os dígitos de 0 a 9, ponto decimal, vírgula, os sinais de mais ou menos,
parênteses e cifrão) ou um __________ (qualquer entrada que não for inter-
pretada como número ou fórmula é tratada como título, podendo apresentar
até 250 caracteres).
Assinale a alternativa que complete a frase, de acordo com seus estudos sobre
o assunto.

a. ( ) Valor, Título

b. ( ) Título, Valor

c. ( ) Número, Título

2. A parir de seus estudos sobre o assunto, relacione os itens da primeira coluna


(erros), com os conceitos da segunda coluna (mensagens).

Erros Mensagens

( ) Valor não disponível (referência a uma


a. #DIV/0! célula vazia).
b. #N/A! ( ) Erro de referências nas células utilizadas
(nome cancelado).
c. #NOME?
( ) Nome não reconhecido (digitado errone-
d. #REF amente ou não definido).
( ) Fórmula com divisão por zero.

53
INFORMÁTICA BÁSICA

3. A partir de seus estudos sobre o assunto, relacione os comandos (primeira


coluna) aos seus respectivos grupos (segunda coluna). Anotações

Comandos Grupos

a. Barras ( ) Gráficos
b. Classificar ( ) Comentários
c. Filtro ( ) Gráficos
d. Novo Comentário ( ) Texto
e. Objeto ( ) Classificar e Filtrar
f. Pizza ( ) Classificar e Filtrar

4. Segundo seus estudos sobre o Microsoft Excel 2010, escolha a alternativa que
apresenta apenas Operadores Aritméticos.

a. ( ) Adição (+), Subtração (-), Multiplicação (*), Divisão (/),


Exponenciação (^) e Porcentagem (%).

b. ( ) Igual (=), Maior que (>), Menor que (<), Maior ou igual a
(>=), Menor ou igual a (<=) e Diferente(<>).

c. ( ) Intervalo (:), União (;) e Interseção (espaço).

5. A partir de seus estudos, assinale a alternativa que apresenta apenas uma função.

a. ( ) =(A1+A2+A3)*B5

b. ( ) =SOMA(A1:A3)

c. ( ) =(A1 + A2 + A3)/B2 * 2

54
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Organização e Preparação
para o Trabalho
Caderno de atividades teóricas e/ou práticas

Elvira Maria Volpato Zanandrea


Lilian Elci Claas

Florianópolis/SC
2014
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas

Unidade 1
Organização, Planejamento e Controle do
Processo de Trabalho e Trabalho em Equipe
Caça-palavras

1. Encontre as palavras: tecnologia, organização, revolução industrial,


artesãos, mundo do trabalho, comércio, fabricação, industrialização,
nômades, teorias administrativas.

C D E I O M I S M U N D O D O T R A B A L H O D
C E F Q O N N F S H Ô L K C J T S L K R J T S D
D O G H H O D B D O M L K C J T S L T C H T S V
D U M P I S U G E H A G I I T R S Y E W L I O O
V I N E G T S I S C D W T A I G O L O N C E T G
O O E E R S T O A A E G H H O W B S R G H H O Q
G I I T R C R A L K S J T S X C Z A G V V Z E A
Q W T E O R I A S A D M I N I S T R A T I V A S
A T Y P I W A O L K C J T S X E G R N G H H O A
A W H K E Q L Ã G I I T R R V T B I E R S D L
A S O O O A I S Z V L Z E L P E E L Z X M L V E
L K C J T S Z R E R P B P W S V M A G H H O A
E V R H K F A B R I C A Ç Ã O B E P Ç P M E G D
A T O T Y D Ç P P V L R O G I I T R Ã Z L R Q O
D M K H I H Ã W X E S X E P L L O Z V A S
O W H R E V O L U Ç Ã O I N D U S T R I A L A U
S R S S Ç A O S L K C J T S G I I T R P U R A U

2. Responda às questões a seguir com base no material didático desta


disciplina.

a. Conte com suas palavras como foi o processo de criação e de-


senvolvimento do comércio?
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________

57
ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO

b. Quais são as principais características da nova organização do século XXI?


_____________________________________________________________ Anotações
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________

3. Com base em seus estudos, relacione a primeira coluna com a segunda.


(1) Seiri – organização
(2) Siton – ordem
(3) Seiso – Limpeza
(4) Seiketsu – Conservação
(5) Shitsuke – autodisciplina

( ) Fazer do programa 5S um hábito de vida.


( ) Mais importante do que limpar, é não sujar.
( ) Eliminar tudo o que é desnecessário, cada coisa em seu lugar.
( ) Melhorar continuamente para que os sensos anteriores não retrocedam.
( ) Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.

4. Com base no material didático desta disciplina, complete as frases com uma das
palavras entre parênteses:

a. Na/No _________(planejamento/ execução) preparam-se as pessoas para


que tenham condições de executar as tarefas.

b. Na ___________(verificação/execução) analisam-se os dados coletados na


_________ (verificação/execução) a fim de mensurar a efetividade da ação.

c. Na ________(execução/ação) padronizam-se os processos para que se


tornem frequentes e rotineiros.

d. Na/No _________ (planejamento/ação) definem-se as metas que se pretende


atingir e os meios que serão usados para atingi-las.

58
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


Unidade 2
Exercício da Cidadania
1. Com base em seus estudos nesta disciplina, cite cinco direitos que levam você
ao exercício da cidadania.
____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________

2. De acordo com seus estudos nesta Unidade, assinale V para as alternativas


verdadeiras e F para as falsas:
( ) Ao ser contratado, o empregado receberá um salário que deve ser de no
máximo um salário mínimo.
( ) O pagamento do salário deve ser efetuado até o quinto dia útil do mês
subsequente ao vencido.
( ) Geralmente, a jornada de trabalho não poderá ser superior a 44h semanais.
( ) A hora extra não receberá nenhum acréscimo ao valor da hora normal.
( ) Tem direito ao repouso semanal remunerado o empregado que na semana
anterior não teve falta injustificada ao trabalho.
( ) Adicional noturno é o pagamento de mais 20% da hora normal ao em-
pregado que trabalhar entre as 22h e 5h da manhã seguinte.
( ) As férias não podem ser fracionadas em dois períodos.
( ) O décimo terceiro salário é uma gratificação que visa a melhorar as con-
dições de vida do empregado na época natalina.
( ) Salvo na condição de aprendiz, é proibido o trabalho para menor de 14 anos.

Unidade 3
Formas Alternativas de Geração de Trabalho e Renda
com Enfoque na Juventude
1. Pesquise nos jornais de sua cidade as vagas de emprego que estão sendo ofer-
tadas pelas empresas. Recorte-as e monte, em grupo, um mural com o título
“CLASSIFICADOS”.

59
ORGANIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO

2. A partir do mural confeccionado por sua equipe, observe as qualificações e as


instruções exigidas para cada cargo. Monte um gráfico relacionando a escola-
ridade e o salário das vagas disponibilizadas na sua região.
Exemplo:

3. Pesquise junto à associação empresarial de sua cidade, aos sindicatos patronais


e ao SINE quais são as oportunidades de trabalho e renda que a região oferece
aos jovens. Descubra também o que essas instituições pensam sobre o que deve
mudar no Brasil para que a vida dos Brasileiros melhore.

60
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso de Aprendizagem Industrial

Curso de Aprendizagem Industrial

Ética, Cidadania e Meio Ambiente


Caderno de atividades teóricas e/ou práticas

Kelly de Moraes
Larissa Lepri

Florianópolis/SC
2014
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações


Unidade 1
Ética e Cidadania
1. Com base no material didático desta disciplina, analise as afirmações a seguir e
assinale a única verdadeira.

a. ( ) A ética tem como função julgar as distintas práticas morais de cada


sociedade.

b. ( ) A ética está relacionada com o sentimento de justiça social.

c. ( ) O homem antigo não se satisfazia com as respostas que eram dadas por
meio de simples mito e nada questionava.

d. ( ) Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamada
de bioética, assim como o ato praticado também é denominado dessa forma.

2. A partir de seus estudos, complete as frases com as seguintes palavras:


Responsabilidades – Conhecimento – Desenvolvimento histórico-cultural – Au-
todestruição – Direitos humanos – Humanitários fundamentais – Coletividade.

a. A cidadania não possui uma definição simples e definitiva devido à sua na-
tureza de mudança. Nesse sentido, trata-se de um processo que iniciou nos
primórdios da humanidade e que se efetiva por meio do _______________
e da conquista dos _______________, não como algo pronto, acabado, mas
como aquilo que se constrói.

b. A ética tem sido o principal regulador do _______________ da humanidade.


Sem ética, ou seja, sem a referência a princípios _______________ comuns
a todos os povos, nações, religiões etc., a humanidade já teria se despedaçado
até a _______________.

c. O cidadão tem _______________ a serem cumpridas para com a


_______________ em que está inserido.

3. Leia atentamente as afirmações a seguir.


I. A ética profissional é definida como um conjunto de normas de conduta
a serem seguidas no exercício de qualquer profissão.
II. A ética profissional, como “código”, está mais próxima da “moral” que
da ética, ou seja, dos “valores”.
III. A ética profissional deve ser vista não somente como normas e instru-
mentos de regulação profissionais, mas como uma filosofia de valores morais
compatíveis com o meio e a expectativa do ser humano.

63
ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE

A partir dos seus estudos sobre Ética e Cidadania, é correto afirmar que:

a. I, II e III estão corretas.

b. I e III estão incorretas.

c. Somente II está incorreta.

d. II e III estão corretas.

4. Você estudou quais são as características e os valores de um profissional ético.


A partir deste estudo, assinale, nas alternativas a seguir, aquelas que representam
características éticas desejáveis em um profissional.

a. ( ) Bom.

b. ( ) Individualista.

c. ( ) Despreocupado com as questões socioambientais.

d. ( ) Correto.

e. ( ) Inflexível

f. ( ) Justo.

g. ( ) Corrupto.

h. ( ) Corajoso.

i. ( ) Fechado.

j. ( ) Íntegro.

5. Com base nos seus estudos, associe as palavras da primeira coluna com as suas
respectivas frases, na segunda coluna.

( ) O profissional precisa acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no


( 1 ) Lealdade
poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor.

( ) O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas deve ser desen-
( 2 ) Honestidade
volvido na formação de futuros profissionais.

( ) Ajuda-nos a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quan-


( 3 ) Sigilo
do estamos conscientes de nosso dever.

( ) Qualidade que ajuda muito um profissional a ser bem aceito pelos que dele
( 4 ) Competência dependem, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no relacionamento
profissional.

64
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas

( ) É o exercício do conhecimento de forma adequada e persistente a um trabalho ou a


( 5 ) Coragem
uma profissão.

( 6 ) Compreensão ( ) Fazer críticas construtivas, mas mantê-las dentro do âmbito da organização.

( ) Está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a responsabilidade


( 7 ) Perseverança
perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos.

( ) Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito
( 8 ) Humildade a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas.

( ) Representa a autoanálise que todo profissional deve praticar por causa de sua
( 9 ) Imparcialidade
atividade profissional.

( ) É uma qualidade que se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os


( 10 ) Otimismo mitos, a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente
uma posição justa nas situações que terá de enfrentar.

6. O hospital público de sua cidade exige uma grande demanda para consultas
odontológicas e somente três dentistas atendem durante a semana. Um de-
les começou a cobrar taxas de pacientes que pretendiam ser atendidos com
prioridade. Você acha que esse profissional está pensando coletivamente ou
individualmente? Você acredita que esse é o perfil de um profissional ético?
E sobre os outros dentistas, que atitudes eles podem tomar para resolver a
situação da grande demora no atendimento? Dê sua opinião com base no que
você estudou nesta unidade.
______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
______________________________________________________________
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_____________________________________________________________
___________________________________________________

65
ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE

Unidade 2
Anotações
Meio Ambiente e o Cidadão
1. Com base nos seus estudos, encontre as respostas das seguintes questões no
quadro de caça-palavras:

a. O que é definido como todo material sólido ou semissólido indesejável e


que necessita ser removido por ser considerado inútil por quem o descarta,
em um recipiente com essa finalidade?

b. O que é classificado como materiais restantes, de origem animal e vegetal,


oriundos da alimentação, jardinagem etc., e que, quando dispostos indevida-
mente em locais a céu aberto, diretamente no solo, próximos ou até mesmo em
mares, igarapés, rios e outros cursos de água, são potencialmente poluidores
e ainda ajudam no desenvolvimento de vetores de doenças?

c. O que é classificado como resultado de produtos que passaram por algum


processo industrial, ou seja, não teve origem biológica e tem a característica
de poder ser reciclado pelo homem, mas se disposto incorretamente no meio
ambiente são de difícil decomposição pela natureza?
Q W E R T Y U I O P A S D F G H J K L Ç
A S D Q W E R A F R T Y U I O P A S D F
S R E W E R U O S Q A Z X S W E D C V R
A F E S D Q F A T T U O T Y U D O P A S
R A P S V A V S D F G H J K L Ç Ã O V V
E S O Z I Q W E R T Y U I O P A S R T R
S D I X C D A Q Z E G F D S A S W E D O
I F Y C C E U D F C E R F V B Y U D O F
D G U V X D F O V G W S P O L K L Ç Ã S
U H T B S D T F S L S D F G H G F D S T
O J R N W H J Y Ç I I O P A S E R F V B
S T Y U I O P A S X N F A S D W S P O L
O K E M Q Q W E R O T O Y U I S D F G H
R L W K A A F R T Y N W R W T I O P A S
G Ç Q L Z O S Q A Z U I A G C R T Y U I
A L Ç Q W A T T U O M Q P L A N T A R R
N K J H G S D F G H X C V B N N M Ç L P
I X C D E R F V B G T Y H N M J I U I K
C A Q Z W S P O L U I Ç Ã O B N M C O L
O O P A S D F G H J K L Ç Ã O M N C O Ç
S S D F G H J K L Ç O I U Y T R E W Q S
A Y U I O P A S D F H Y R V M N D E R T

66
CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

Nome:
Curso:

Atividades teóricas Anotações

2. Com base no livro didático desta disciplina, marque, dentre as alternativas a


seguir, somente as que apresentarem vantagens de se realizar a coleta seletiva.

a. ( ) Alto custo de operação, chegando a ser 10 vezes maior que os preços


de uma coleta e transporte do lixo regular através de uma empreiteira.

b. ( ) Nada melhor do que retornar à natureza aquilo que dela tiramos.

c. ( ) Método de educação ambiental correto, especialmente com a população


jovem (adolescentes) e infantil.

d. ( ) Atendimento (salvo raras exceções) de somente uma pequena parcela


da população.

e. ( ) Incentivo à prática da cidadania.

f. ( ) Preservação de bens naturais, a exemplo da redução de derrubada de


árvores por meio da reciclagem de resíduos como papel e papelão.

g. ( ) Aumento do tempo de vida útil dos sistemas de destino final de resíduos


sólidos através de aterros controlados e sanitários.

h. ( ) Alerta à problemática no mundo todo, com o aumento crescente da


geração per capita de resíduos sólidos.

i. ( ) Dificuldades de inserir o ressarcimento de tais serviços por meio da


taxa de limpeza pública ou taxa de coleta de resíduos.

3. Encontre, dentro do quadro caça-palavras, quatro materiais que podem ser


reciclados:

P A P E L A D F G H O Q
C W V B N M U I O C E W
O E A S D F G H I W C E
I R R G B N A T Q O P R
N T X S W E S V K L X T
I Y E R T A Q A R G E Y
M I V B L P V R B N M I
U O R P U K L X O P Ç O
L P V F E R G E N H Y P
A L Q A Z X S W E D C L
M Z N Z X C V V I D R O

67
ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE

4. Em grupos de até quatro alunos, considerando o assunto estudado na Unidade


2, imagine que cada grupo tem a oportunidade de apresentarem para a Prefeitura Anotações
do Município uma campanha sobre o tema “Preservação do Meio Ambiente”.
Definam os principais aspectos que vocês acreditam que deveriam ser contem-
plados e estruturem a campanha.

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