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Relatório 13
Fatores de clima organizacional relevantes para a criatividade: estudo de caso em
empresas brasileiras (SIERRA et al., 2017)
O texto exposto retrata os fatores de clima organizacional, relacionando-os com a
criatividade em organizações brasileiras. Sendo assim, se inicia definindo a criatividade
organizacional; tal definição pode ser tida como: criação de elementos (produtos, serviços,
ideias ou processos), por sujeitos contidos em um sistema social complexo, visando a
transformação em si. Sabe-se que no mundo atual globalizado as organizações necessitam cada
vez mais descobrir formas de se adaptarem e transformarem seu ambiente para serem
competitivas. Deste modo, a criatividade, ou seja, o fator humano, se torna essencial neste
processo.
Ekvall, importante autor no campo de estudo, caracterizou o clima como um elemento
da organização. Sua composição se dá pelos sentimentos, comportamentos e atitudes que
descrevem a organização, de forma singular. Ele ainda vai além ao retratar o clima da
organização como a própria manifestação da cultura. Amabile também se introduz no campo
ao nomear “criatividade” como a produção de algo novo, tendo em vista uma dada dificuldade
ou demanda específica da empresa.
Por conseguinte, são evidenciados elementos tais como a remuneração, o
reconhecimento e os benefícios, as condições de desempenho etc. Tais elementos são
intrínsecos aos processos da empresa e se tornam direcionadores para a chamada “satisfação no
trabalho”, a qual é definida por Locke como um estado emocional positivo do trabalhador, a
partir de uma avaliação da experiência dentro da organização. Vale ainda ressaltar que enquanto
a busca pela satisfação das necessidades é definida como “motivação”, a realização das
necessidades em si é o que caracteriza a satisfação.
O clima organizacional em si traz consigo inúmeros reflexos para dentro de uma
empresa. Ele se materializa em aspectos rotineiros do trabalho e impacta diretamente os padrões
de comunicação, solucionamento de problemas, gestão de conflitos, entre outros fatores. Todos
estes fatores por sua vez se relacionam com a criatividade. Pode-se então analisá-la a partir de
duas vertentes: do indivíduo e do time. Sob a perspectiva do indivíduo, pode-se afirmar que ela
é resultado da personalidade, estilo cognitivo, influência social e contextual etc. Já sob a
perspectiva do grupo, ela se torna resultado das interações, características universais do grupo,
influência contextual etc. A criatividade em si não é um elemento fixo e imutável. Em outras
palavras, ela pode ser incentivada e estimulada. Indivíduos por exemplo que tenham liberdade
para executar o trabalho de forma não tão padronizada, ambientes de trabalho colaborativos, o
foco no desenvolvimento de ideias e, fundamentalmente, o papel desempenhado pelas
lideranças, são fatores que contribuem intensamente para este incentivo.
Por fim, vale ressaltar que o clima organizacional, a cultura e a criatividade são
conceitos que se mostram como interdependentes. Passa a ser, portanto, papel das organizações
e, principalmente, dos líderes, agir como facilitadores da criatividade, visando o estímulo a
diversidade de pensamentos e formas de trabalho, que por sua vez são fundamentais para a
inovação e aprimoramento dos processos.
Estudo de Caso - Para chefe de inovação do Google, só inova quem tem empatia
A notícia apresentada tem como pauta a inovação. Ela se baseia na opinião de Frederik
G. Pferdt, chefe de inovação do Google. Segundo Frederik, existem algumas atitudes que
podem ser consideradas primordiais para que a inovação ocorra; são elas: sair do piloto
automático (abertura para pensar e agir diferente) e compreender as perspectivas dos demais
(empatia como pilar central). Segundo ele, a empatia é o que dá combustão ao motor da
criatividade.
Por conseguinte, afirma que a criatividade pode sim ser incentivada. Para isso,
considerando um futuro de incertezas, deve-se reforçar, principalmente, a confiança dos
indivíduos, colocando assim a “mudança” não como um ato, mas uma constante.
Por fim, ressalta que a experimentação e a mentalidade tida como foco nas organizações
são os elementos que inferem o caminho para o “sucesso”. Diz que se deve criar um ambiente
no qual as pessoas se sintam seguras para agir, pensar e inovar da melhor forma possível,
inibindo convenções usuais, estimulando (através também dos líderes) a transformação
constante.
Fonte: VOCÊRH. Para chefe de inovação do Google, só inova quem tem empatia. Disponível em
https://vocerh.abril.com.br/futurodotrabalho/para-chefe-de-inovacao-do-google-so-inova-quem-tem-empatia/.
Acesso em: 20 Out. 2022