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Falácias

Entende-se por falácia todo o argumento inválido, embora aparente ser válido.
As falácias formais são aquelas que decorrem apenas da forma lógica do argumento, sendo por isso cometidas ao nível
dos argumentos dedutivos. (argumento parece válido, mas não é)
As falácias informais são cometidas ao nível dos argumentos não-dedutivos, resultando de aspetos que vão para lá da
forma lógica do argumento (conteúdo).

Refutar argumentos
Refutar um argumento é mostrar que esse argumento não é persuasivo (convincente). Para isso, dispomos das
seguintes alternativas:
1. Mostrar que as premissas não garantem nem apoiam a conclusão, ou seja, mostrar que o argumento não é válido,
nem forte;
2. Mostrar que (pelo menos) uma das suas premissas é falsa, ou seja, mostrar que, ainda que seja válido, o argumento
não é sólido;
3. Mostrar que as premissas não são mais aceitáveis do que a conclusão, ou seja, mostrar que (ainda que seja sólido) o
argumento não é persuasivo.

Contra-argumentar
Contra-argumentar é argumentar contra uma dada teoria e/ou um dado argumento. Podemos contra-argumentar de
forma direta ou indireta.
Contra-argumentar de forma direita é construir um argumento que tem como conclusão a negação da teoria em
causa, ou de pelo menos uma das premissas de um argumento a favor da mesma.
Podemos, ainda, contra-argumentar de forma indireta ou por redução ao absurdo. Nesse caso, procura-se mostrar
que uma dada proposição é falsa, construindo um argumento que mostre que, se assumirmos essa proposição como
premissa, somos validamente conduzidos a consequências absurdas ou inaceitáveis. Ora, qualquer teoria que tenha
implicações absurdas ou inaceitáveis deve ser reformulada ou rejeitada e substituída por uma melhor.

Proposições categóricas e quadrado da oposição


As proposições categóricas são aquelas que afirmam ou negam de forma absoluta e incondicional, isto é, sem
admitir alternativas e sem estabelecer condições.

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Opostas

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Lógica proposicional clássica
O que é a lógica?
A lógica é a área da filosofia que se dedica ao estudo dos aspetos relevantes para a argumentação correta.
A lógica proposicional clássica
A lógica proposicional clássica é uma linguagem formal – composta por símbolos e não por palavras – que serve para
detetar e avaliar a forma lógica dos argumentos.
Para analisar a validade de argumentos com lógica proposicional terás de traduzir proposições e argumentos da nossa
linguagem natural ou corrente – o Português – para linguagem da lógica proposicional e vice-versa.
Variáveis proposicionais: são letras maiúsculas como P, Q, R e assim sucessivamente, que servem para representar
proposições simples ou elementares que constituem os argumentos.
Na lógica proposicional ignora-se o conteúdo específico e atende-se às operações lógicas existentes.
Operadores proposicionais: são expressões (como “e”, “ou”, “se…então”) que se adicionam a proposições de modo a
formar novas proposições, ou seja, servem para construir novas proposições a partir de outras proposições.
A linguagem da lógica proposicional
Os operadores proposicionais são verofuncionais quando o valor de verdade da proposição mais complexa (com esses
operadores proposicionais) é determinado apenas pelos valores de verdade da(s) proposição(ões) mais simples que a
compõem.

Parênteses: parênteses esquerdo (e parênteses direito), para delimitar o âmbito dos operadores proposicionais binários.
Cada operador proposicional binário terá parênteses. Apenas a negação não terá parênteses, pois é um operador unário.
Operador proposicional unário: aplica-se apenas a uma proposição.
Operador proposicional binário: aplica-se a duas proposições.
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Os parênteses são necessários para evitar ambiguidades e para sabermos qual é o operador com maior âmbito.

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Funções de verdade das proposições: indicam-nos as circunstâncias em que essas proposições são verdadeiras ou falsas.
Essas funções de verdade dependem dos operadores lógicos que elas têm.
Por isso, temos de conhecer as funções de verdade de cada um desses operadores.
Cada proposição simples ou elementar tem apenas duas possibilidades: ser verdadeira (V), ou falsa (F).
Esses valores vão determinar o valor de proposições compostas por essas proposições através de operadores
verofuncionais.

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