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Desenvolvimento

Psicossocial nos Três


Primeiros Anos
• Personalidade: Combinação relativamente
consistente de emoções, temperamento,
pensamentos e comportamentos que torna a
pessoa única.
• Emoções: Reações subjetivas a experiências que estão
associadas a mudanças fisiológicas e comportamentais.

• Quando suas mensagens trazem uma resposta, aumenta a


sensação de ligação com as outras pessoas.

• Sorriso e risada: social e antecipatório;

• Choro: fome, raia, dor e frustração.


• Emoções autoconscientes: emoções como constrangimento,
empatia e inveja, que dependem da autoconsciência.

• Autoconsciência percepção de que a própria existência e


funcionamento estão separados dos de outras pessoas e
coisas.

• Emoções Autoavaliadoras: emoções como orgulho, vergonha e


culpa, que dependem tanto da autoconsciência quanto do
conhecimento de padrões de comportamento socialmente
aceitos.

• Comportamento Altruísta: Atividade em que se pretende


ajudar outra pessoa sem esperar recompensa.
• Empatia: capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e
sentir o que ela sente.

• neurônios-espelho: neurônios que são ativados quando uma


pessoa faz alguma coisa ou observa outro fazendo a mesma
coisa.

• Atividades colaborativas e transmissão cultural


TEMPERAMENTO

Disposição característica ou
estilo de abordagem e reação a
situações
Estudando o temperamento
• crianças “fáceis” crianças de temperamento alegre, ritmos
biológicos regulares e dispostas a aceitar novas experiências.

• crianças “difíceis”: temperamento irritadiço, ritmos biológicos


irregulares e respostas emocionais intensas.

• crianças de “aquecimento lento”: temperamento é


geralmente moderado, mas que hesitam em aceitar novas
experiência
Estabilidade no temperamento?
• Teorias apontam que ele seria inato;

• Porém não seria plenamente formado.

• Práticas de educação dos filhos influenciadas pela cultura podem,


por sua vez, influenciar o temperamento;

• As concepções atuais sobre o temperamento consideram que as


influências genéticas são mais fortes no início da vida, mas que o
ambiente vai se tornando mais influente ao longo do tempo;

• O temperamento se desenvolve à medida que aparecem as várias


emoções e capacidades autorregulatórias, e pode mudar em
resposta ao tratamento dado pelos pais, cultura e a outras
experiências da vida.
Adequação da educação
• a combinação entre o temperamento de uma criança e as
exigências e restrições ambientais que ela deve enfrentar.

• Se o que se espera é que uma criança muito ativa fique quieta


por longos períodos, se uma criança de aquecimento lento for
constantemente forçada a lidar com novas situações, ou se
uma criança persistente for constantemente afastada de
projetos interessantes, poderá haver tensões.
Inibição comportamental
• O grau de ousadia ou de cautela com o qual a criança se
aproxima de objetos e situações não familiares;

• A inibição comportamental é mais evidente quando estímulos


novos são apresentados aos bebês.

• Quando um novo estímulo é apresentado a um bebê com alto


nível de inibição comportamental, este fica fisiologicamente
alerta, sacode os braços e pernas vigorosamente e pode
também arquear suas costas.
Primeiras relações sociais
• Família

• Mãe: conforto e contato íntimo;

• Pai: diferença de cultura. Envolvimento frequente é visto


como positivo.

• Influência do gênero: evidências de que bebês começam a


perceber diferenças entre homens e mulheres bem antes de
seu comportamento ser diferenciado por gênero, e mesmo
antes de poder falar.
Questões desenvolvimentais
durante o primeiro ano
• Erick Erikson teórico do desenvolvimento

• Defende que, em cada estágio do ciclo de vida, enfrentamos


um desafio e um risco complementar.

• 1° estágio: confiança x desconfiança

• Sentir-se seguro e amado


Apego
• É um vínculo recíproco e duradouro entre o bebê e o cuidador,
cada um contribuindo para a qualidade do relacionamento;

• Pode ter um fator adaptativo;

• Estudo “A situação estranha”

• Apego seguro, evitativo e ambivalente.


Como se estabelece o apego
• Quando completam 1 ano, os bebês já estabeleceram um
estilo característico de apego. De acordo com Bowlby, os
estilos de apego são o resultado de interações repetidas com
um cuidador.

• O bebê cria expectativas.

• Relaciona-se ao modelo de confiança básica de Erikson.


• Ansiedade diante de estranhos: cautela com pessoas que não
conhece,

• Ansiedade de separação: aflição sentida quando um cuidador


familiar se ausenta

• Regulação mútua: processo em que o bebê e o cuidador


comunicam estados emocionais um para o outro e respondem
de acordo;

• Se permitir que o bebê acostume-se aos poucos com o


estranho em um ambiente familiar, talvez ela possa reagir
positivamente.
Referenciação social

• Busca de informações emocionais para orientar o seu


comportamento

• À medida que a criança cresce, fica mais complexa, torna-se


menos dependente da expressão facial e mais dependente da
linguagem.

• A referenciação social e a capacidade de reter informação


obtida com ela podem desempenhar um papel importante em
desenvolvimentos fundamentais na infância, como o
surgimento das emoções inibitórias (constrangimento e
orgulho), o desenvolvimento do senso de identidade e os
processos de socialização e internalização.
Questões desenvolvimentais do 1º
ao 3º ano
• A EMERGÊNCIA DO SENSO DE IDENTIDADE

Autoconceito – discriminação perceptual.


Autocoerência: a noção de ser uma totalidade física com limites
separados do resto do mundo

• Autoconsciência – conhecimento consciente de si como um


ser distinto e identificável – apoia-se nesse despertar da
distinção perceptual entre si e os outros.
• As brincadeiras de faz de conta, que normalmente começam
durante a última metade do segundo ano, são uma indicação
inicial da capacidade de compreender os estados mentais das
outras pessoas e não apenas os da própria criança

• Uma terceira medida ou sinal de autorreconhecimento é o uso


de pronomes da primeira pessoa, como “eu” e “meu”, em
geral entre 20 e 24 meses
DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA
• Autonomia x vergonha e culpa (Erickson 18 meses a três anos)

• Passagem do controle externo para o autocontrole

• O treinamento do controle das necessidades fisiológicas é um


passo importante em direção à autonomia e ao autocontrole;
o mesmo acontece com a linguagem.
DESENVOLVIMENTO MORAL:
SOCIALIZAÇÃO E INTERNALIZAÇÃO

• Socialização é o processo pelo qual a criança desenvolve hábitos,


habilidades, valores e motivações que as tornam membros
responsáveis e produtivos de uma sociedade.

• A socialização depende da internalização desses padrões.

• Elas não obedecem às doutrinas dos pais ou da sociedade por


temerem sofrer as consequências, mas por elas próprias
acreditarem que estas são certas e verdadeiras.

• Autorregulação: controle independente do comportamento que a


criança apresenta em conformidade com as expectativas sociais.
• É a base da socialização e vincula todos os domínios do
desenvolvimento – físico, cognitivo, emocional e social.

• Antes que possa controlar o próprio comportamento, a


criança talvez precise regular, ou controlar, seus processos de
atenção e modular as emoções negativas

• Obediência comprometida x obediência situacional

• Consciência moral: padrões internos de comportamento que


geralmente controlam a conduta, e que ao serem violados
produzem desconforto emocional.

• A cooperação receptiva vai além da obediência


comprometida. Muito presente nas crianças de apego seguro.
Fatores que favorecem a
socialização

• crianças com temperamentos semelhantes reagem de


maneiras diferentes a estratégias de parentalidade
diferentes
Relacionamentos com outras
crianças
• Irmãos – desentendimentos e jogos dramáticos

• Pares - A partir de aproximadamente 1 ano e meio até quase 3


anos de idade, a criança demonstra cada vez mais interesse
pelo que as outras crianças fazem e uma compreensão cada
vez maior de como lidar com elas

• Algumas crianças são mais sociáveis que outras, refletindo


traços de temperamento como o seu humor habitual,
disposição para aceitar pessoas desconhecidas e capacidade
para se adaptar à mudança.
Filhos de pais que trabalham
fora
• EFEITOS DO TRABALHO DA MÃE: como poderia ser
minimizado esses efeitos?

• Rotina, receptividade, sensibilidade da mãe, qualidade do


ambiente e dos cuidados.

• SERVIÇOS DE CRECHE: o temperamento e gênero da criança,


a qualidade dos cuidados e as características do cuidador.
MAUS-TRATOS: ABUSO E
NEGLIGÊNCIA

• Abuso físico, envolve ferimentos causados por socos,


espancamentos, chutes ou queimaduras.
• Negligência, o não atendimento das necessidades básicas da
criança, como alimento, vestuário, assistência médica,
proteção e supervisão.
• Abuso sexual, qualquer atividade sexual que envolva uma
criança e uma pessoa mais velha.
• Maus-tratos emocionais, incluem rejeição, aterrorização,
isolamento, exploração, degradação, ridicularização ou
negação de apoio emocional, amor e afeição.
MAUS-TRATOS NA PRIMEIRA
INFÂNCIA
• Bebês que não recebem cuidados e afeto ou que são
negligenciados podem sofrer de déficit de crescimento não
orgânico, um tipo de crescimento físico mais lento ou
atrasado, sem causa clínica conhecida, acompanhado de
desenvolvimento precário e problemas emocionais.

• síndrome do bebê sacudido


FATORES CONTRIBUINTES: UMA
VISÃO ECOLÓGICA
• Características de pais e familiares agressivos e negligentes

• Influências culturais

• Punição física

• AJUDANDO FAMÍLIAS COM PROBLEMAS

• EFEITOS DOS MAUS-TRATOS A LONGO PRAZO: saúde física,


mental e emocional deficientes. Desenvolvimento do cérebro
comprometido.

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