Você está na página 1de 262

Fisioterapia

Reumatológica e na
Saúde do Idoso
PROFª ME. CRISTIANE R. BARROS
cristiane.barros@ceunsp.edu.br
PLANO DE ENSINO E CONTRATO
PEDAGÓGICO
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 HORAS

AVALIAÇÃO A2 e AVALIAÇÃO REGIMENTAL

Aulas expositivas, dialogadas, estudo de caso, seminários,


exercícios em aula.
Análise das alterações decorrentes do
processo de envelhecimento associando ao
estudo das doenças crônicas e situações
EMENTA peculiares aos idosos frágeis e
dependentes, além das patologias
reumatológicas capacitando-o para
diagnosticar e reabilitar essas doenças.
Proporcionar conhecimento e experiência
para a prevenção, reabilitação, e
OBJETIVO - manutenção das condições físicas do
paciente pertencente à terceira idade,
COGNITIVO obtendo uma visão global dos diferentes
aspectos relacionados a fisioterapia
reumatológica e na saúde do idoso.
Conhecer os aspectos legais, sociais,
políticos, econômicos e arquitetônicos
OBJETIVO - relacionados com a terceira idade e com
as grandes síndromes gerontológicas,
HABILIDADES assim como as patologias mais
frequentes, associando ao processo de
reabilitação
Priorizar o conteúdo ministrado junto as
OBJETIVO - necessidades da profissão, analisando os
conhecimentos e respondendo as
ATITUDE mudanças em busca por excelência no
atendimento junto aos pacientes.
I - Apresentação, conteúdo, métodos de avaliação, contrato
pedagógico e bibliografia

II - A Terceira Idade, O Estado de Saúde, Qualidade de Vida na


Velhice, Teorias do Envelhecimento, atleta idoso

III - O Envelhecimento do SNC, Aspectos ortopédicos e


traumatológicos em Geriatria, Função Respiratória do Idoso,
Envelhecimento e sistema circulatório.
CONTEÚDO IV - Deficiência Cognitiva, Demências

V - Identificação dos riscos ao idoso, prevenção de Quedas,


orientações a pacientes e cuidadores

VI - Mecanismo da Reação Inflamatória nas doenças Reumáticas;


Conceito e Classificação das doenças Reumáticas e dor.
VII - Conceitos; Etiologia; Fisiopatologia; Avaliação na Fisioterapia
Reumatológica; Objetivos e Tratamentos Fisioterapêuticos nas
patologias:

Osteoporose, Fibromialgia, Arterite de Takayasu, Artrite


reumatoide, Artrite Reumatóide Juvenil, Espondilite Anquilosante,
Gota, Lúpus Eritematoso Sistêmico.

VIII - Aspectos, conceitos, estatuto do idoso, negligência e


CONTEÚDO hiperproteção.

IX - Berg, Tug, Kings Health, Mini mental, Moca, IVCF-20

Avaliações A2, A1 e se necessário AF


A TERCEIRA IDADE
IDOSO = + DE 65 ANOS NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS
+ DE 60 ANOS NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO

DE 1.900 À 1.980: POPULAÇÃO GERAL AUMENTOU 22 VEZES


POPULAÇÃO COM MAIS DE 60 ANOS AUMENTOU 44,3 VEZES

Hoje segundo o IBGE a população Brasileira aumenta a cada 20”


Atualização a cada 21 segundos!
90+ 0,14% 90+ 0,28% 90+ 0,70% 90+ 1,53%

60 – 64 2,15% 60 – 64 2,49% 60 – 64 3,25% 60 – 64 3,44%

0 – 4 3,50% 0 – 4 3,34% 0 – 4 2,42% 0 – 4 2,30%

Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


SEGUNDO O IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, EM
40 ANOS, A POPULAÇÃO IDOSA VAI TRIPLICAR NO PAÍS E PASSARÁ DE 19,6
MILHÕES (10% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA), PARA 66,5 MILHÕES DE PESSOAS,
EM 2050 (29,3%)

EXPECTATIVA DE VIDA NO BRASIL SEGUNDO IBGE BASEADO NO CENSO 2016


AUMENTOU PARA 75,4 ANOS
MOTIVOS PARA AUMENTO DA
EXPECTATIVA DE VIDA
Avanço da Ciência/Medicina
Melhor nutrição/assistência médica
Saneamento básico
Melhora da habitação
Programas de saúde e imunização
Médicos e fisioterapeutas geriatras
Descoberta de novos medicamentos
Declínio da mortalidade infantil
DEFINIÇÕES
GERIATRIA – Estuda os problemas de saúde do idoso

GERONTOLOGIA – Estuda o idoso e o processo de envelhecimento

SENESCÊNCIA – Alterações orgânicas, morfológicas e funcionais que


ocorrem em consequência do processo de envelhecimento

SENILIDADE – Modificações determinadas pelas afecções que


frequentemente acometem os idosos
CAPACIDADE MENTAL
A perda de neurônios 0,2% ao ano (25-70 anos)

A capacidade mental se dá por dois tipos de inteligência:

-Inteligência cristalizada – algo que se torna automático


-Inteligência fluida – precisa relacionar e raciocinar
FATORES DE RISCO
SEDENTARISMO
FUMO
OBESIDADE
HIPERTENSÃO
STRESS
ISOLAMENTO SOCIAL E SENSAÇÃO DE INUTILIDADE
INTERNAÇÕES DESNECESSÁRIAS

Fonte imagens: google


Alterações fisiológicas mais comuns:
OSTEOPOROSE
CAPACIDADE INTELECTUAL
DIMINUIÇÃO DOS SENTIDOS
FUNÇÃO CARDÍACA
VENTILAÇÃO PULMONAR
MUSCULOESQUELÉTICA
OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO ABRANGENTE
MELHORAR CONDIÇÕES FÍSICAS E PSÍQUICAS
MELHORAR SOCIALIZAÇÃO
DIMINUIR TENSÃO
TRABALHAR A MULTIDISCIPLINARIDADE
TERAPIAS INDIVIDUAIS, EM GRUPO E DOMICILIARES
CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS MAIS
UTILIZADAS COM IDOSOS
PSICOMOTRICIDADE
DESTREZA, EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO
RELAXAMENTO
ESTÍMULOS INTELECTUAIS
CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL
ORIENTAÇÃO DE CUIDADOS E BENEFÍCIOS
MARCHA
QUALIDADE DE VIDA
DEFINIÇÃO: Segundo a OMS – Percepção do individuo quanto a sua
posição na vida, no contexto da cultura e dos sistema de valores em que se
vive, levando em conta suas metas, expectativas, seus padrões e suas
preocupações”.

Existem 3 aspectos estabelecidos pela OMS:

- SUBJETIVIDADE
- MULTIDIMENSIONALIDADE
- DIMENSÕES POSITIVAS E NEGATIVAS
MULTIDIMENSIONALIDADE
6 DOMÍNIOS
1)FÍSICO
2)PSICOLÓGICO
3)NÍVEL DE INDEPENDÊNCIA
4)RELAÇÕES SOCIAIS
5)MEIO AMBIENTE
6)ASPECTOS ESPIRITUAIS
DIMENSÕES POSITIVAS E NEGATIVAS
POSITIVAS:
-CAPACIDADE DE ESTABELECER PRIORIDADES
-ADMINISTRAR EVENTOS DA VIDA PRÁTICA
-SELETIVIDADE SOCIOEMOCIONAL
-PRUDÊNCIA E PRECISÃO PARA EXECUTAR TAREFAS

NEGATIVAS:
-ALTERAÇOES NA CAPACIDADE BIOMECÂNICA, SENSORIAL E PSCIOMOTORA
-MUDANÇAS NA VELOCIDADE NO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES
-PREJUÍZOS COM A MEMÓRIA E DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE DE NOVOS
APRENDIZADOS.
QUALIDADE DE VIDA NA VELHICE
PONTOS RELEVANTES:

-INDEPENDÊNCIA
-AUTONOMIA
-VIDA SOCIAL
-CONDIÇÕES ECONÔMICAS
-CONFORTO E SEGURANÇA AMBIENTAIS
-DISPONIBILIDADE DE SERVIÇOES DE SAÚDE
-POLÍTICAS SOCIAIS DIRIGIDAS AO CUIDADO E ASSISTÊNCIA AO IDOSO
A INDEPENDÊNCIA PODE SER
INFLUENCIADA POR:
INCAPACIDADE FUNCIONAL
EFEITOS DAS PERDAS
BARREIRAS ARQUITETÔNICAS E ERGONÔMICAS
PRÁTICAS SOCIAIS DISCRIMINATIVAS
DESESTRUTURAÇÃO DO AMBIENTE SOCIAL
TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS INADEQUADOS
NEGLIGÊNCIA OU SUPERPROTEÇÃO
FALTA DE COMPREENSÃO COM OS IDOSOS
DEFICIÊNCIA
COGNITIVA
O envelhecimento contribui muito pouco para as
alterações do declínio mental

DÉFICIT COGNITIVO = IDENTIFICAÇÃO PRECOCE =


PROVÁVEL REVERSÃO
Prevalência = 10 a 20% dos idosos
A perda da memória é o comportamento cognitivo mais frequente no idoso
e NÃO significa Demência!!!

Temos 3 tipos de Memória:

-Sensorial
-Primária ou de curto prazo
-Secundária ou de longo prazo
Memória sensorial
Lembrança de reação provocada por certo estímulo.
Memória primária ou curto prazo

Consciência de pequenas quantidades de informações.


Operacional
Memória secundária ou longo prazo
DECLARATIVA: lembrar de eventos, fatos

NÃO DECLARATIVA: habilidades, práticas, associações, dicas


Responsável pela análise e organização de informação.
O esquecimento senescente benigno (ESB) em 1/3 dos casos pode ser
confundido com sintomas iniciais de transtornos mentais.

Se faz necessária uma avaliação com neurologista, geriatra para o


diagnóstico correto.
DEMÊNCIA - EPIDEMIOLOGIA
13,5 milhões em 2000 → 37,7 milhões em 2050
Nos países em desenvolvimento: número de casos será 2,8 vezes o dos países

desenvolvidos (R Katzman. 2000).

A prevalência brasileira média apresenta-se mais alta que a mundial.


Projeções para a população brasileira apontam para um pequeno
crescimento na taxa de prevalência de demência na população com
65 anos e mais, de 7,6% para 7,9% entre 2010 e 2020, ou seja, 55.000
novos casos por ano.
Claudia Burlá - Scielo 2012
DEMÊNCIA: Síndrome caracterizada por múltiplos
comportamentos nas funções cognitivas, com
comprometimento da consciência.
OU
Deterioração cognitiva suficientemente invasiva e severa,
capaz de interferir na independência de vida.
Gowdon e Rossor 1998
FUNÇÕES AFETADAS PELA DEMÊNCIA

- Inteligência - Aprendizagem
- Memória - Linguagem
- Solução de problemas - Orientação
- Percepção - Atenção
- Concentração - Julgamento
- Personalidade - Habilidade pessoais
Doença de Alzheimer

Descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer


(1907), após tratar da paciente August D de 51
anos de idade.
DOENÇA DE ALZHEIMER
60% dos casos de demência
Hereditariedade: baixa %
Perda de memória é acompanhada de afasia, apraxia, transtornos do
funcionamento executivo

CARACTERÍSTICAS
- Esquecimento, comprometimento de memória, déficits cognitivos
(declínio intelectual e transtornos de linguagem), personalidade
(alterações comportamentais), depressão, incapacidade de realizar
cuidados pessoais, idoso fica desatento e fala cada vez menos
Quadro Clínico
 Progressivo prejuízo de memória de curto e longo prazo;
 Prejuízo de outras funções cognitivas como:
 aprendizado
 linguagem
 funções visuoespaciais
 praxias
 gnosias
Quadro Clínico
 Deterioração nas AVDs e AIVDs
 Pode ocorrer bradicinesia, rigidez, alt. equilíbrio e marcha
 Alterações não cognitivas como:
 manifestações psiquiátricas
paranóia, delírios, agitação, depressão
Fisiopatologia
- Atrofia difusa do córtex cerebral com alargamento secundário do sistema ventricular
- Degeneração na região basal fronto-temporal -  Acetilcolina (ACh) e atividade da
colina Acetiltransferase
- Padrão de herança autossômica dominante (forma familiar)
◦ mutação nos genes da proteína precursora do amilóide (APP)Função protetora neural
◦ Presenilina 1 e Presenilina 2
O sistema colinérgico inerva áreas associadas
com memória e aprendizado
Córtex parietal

Córtex frontal

Núcleo septal
Córtex occipital
medial

Núcleo
basal Hipocampo

Adaptado de Coyle et al., 1983


Progressão
• Perda global das funções cognitivas que incluem:
• prejuízo de raciocínio abstrato
• julgamento
• mudanças de personalidade.

• Evolução varia de paciente para paciente

• Fase inicial: 2 a 4 anos


• Fase intermediária : 2 a 12 anos
• Fase final: Em torno de 4 anos
Diagnóstico
 EXCLUSÃO!

 Bioquímica
 Imagem
 Biópsia ou Necrópsia
 História clínica
 Paciente/cuidador
Tratamento Farmacológico
- Inibidores da AChE
◦ Rivastigmina
◦ Donepezil
◦ Galantamina

- Memantina

- Drogas comportamentais
◦ Antidepressivos
◦ Neurolépticos atípicos
DOCUMENTÁRIO!

Alive Inside - Alzheimer’s Documentary (2014)


Demência Vascular
Segunda causa mais comum de demência

Categorias:
◦ Demência por múltiplos infartos
◦ Demência difusa de substância branca,
demência subcortical, encefalopatia
arteriosclerótica ou doença de Biswanger (é
condição clínica causada por múltiplos infartos na
substância branca frontal, levando a demência,
distúrbios de marcha e incontinência urinária.)
Fisiopatologia/Quadro Clínico
Achados déficits neuronais focais: hemiparesia, parestesia

Inicio Tardiamente
- Leve confusão - Deficiência no auto cuidado
- Apatia - Euforia
- Mudança de personalidade - Comportamento agressivo
- Deficit de memória.

Sinais cerebelares
◦ Ataxia e desordens da marcha altos riscos de quedas.
Nas fases + tardias sugem incontinência urinária e disartria.
Demência por corpúsculos de Lewy
A demência por Corpos de Lewy (LBD) é uma doença associada a depósitos anormais de uma
proteína chamada alfa-sinucleína no cérebro. Esses depósitos, chamados corpos de Lewy,
afetam substâncias químicas no cérebro cujas alterações, por sua vez, podem levar a
problemas de pensamento, movimento, comportamento e humor.
Curso mais rápido do que DA
Sintomas:
◦ Ilusões e alucinações marcadas
◦ Parkinsonismo
◦ Quedas
◦ Distúrbios transitórios de consciência
Neurolépticos: causam profunda rigidez e imobilidade
Demência Fronto Temporal
(Doença de Pick)
É uma doença degenerativa, com forte componente genético, caracterizada pelo
comprometimento dos lobos frontais e temporais do cérebro.
Sintoma:
◦ Distúrbio de personalidade
◦ Distúrbio de fala
◦ Desatenção
◦ Eventual dist. extrapiramidal

Referidas como taupatias (depósito da proteína tau) - proteína com várias funções de regulação
a nível celular.
Doença de Pick
◦ Afasia Progressiva Primária
◦ Doença do Neurônio motor com demência
Hidrocefalia por pressão normal
A hidrocefalia de pressão normal se caracteriza por excesso de líquido
cefalorraquidiano nos ventrículos do cérebro. Ela geralmente afeta adultos com
idades entre 60 e 70 anos.5% dos casos de demência.
Desregulação na produção e absorção do Liquido Cefalo raquidiano (LCR)
Potencialmente tratável

Sintomas
◦ Apraxia de marcha
◦ Lentificação mental e def. de memória
◦ Incontinência urinária
DEPRESSÃO: No idoso pode vir associada a perda de saúde, ou de entes
queridos, gera tristeza, falta de interesse, desesperança

DEPRESSÃO CLÍNICA: além dos aspectos anteriores vem acompanhada


também de:
-Dificuldade na concentração - Falta de memória
-Raciocínio lento - Indecisão
-Auto-estima baixa - Motivação diminuída
-Apatia - Culpa excessiva
-Inutilidade
-Percepção de falta de competência ou controle
TRISTEZA
X
DEPRESSÃO
MINI EXAME DO
ESTADO MENTAL
PROFª CRISTIANE R. BARROS
INTRODUÇÃO

O e nvel he cime nto é um pr o ce s s o na tu ral, ca ra cte ri za do p or m uda n ça s


bi op si co s so ciai s, o n de o i n divíd uo a p re se nta dimi nui çã o de sua
ca p a ci d ad e f u n ci o na l .

El e tam bé m é r e sp on s ável p o r alte ra çõe s co gni tiva s, p ri n cip alme nte de


m emó ria e f ixa çã o, determi na nd o a pe rd a d a ca pacid ad e e xe cutiva , o
q ue l eva o indi vídu o por tad o r d e in capacid ad e a de pe nd er de um a o u tra
p e s s o a e m g ra u va r i á vel ( A B RE U ; FO RL E N ZA; B A RRO S, 2 0 0 5 ) .
Descrito em 1975 por Folstein e
Mchugh , o MEEM, é o mais
estudado e utilizado em todo o
mundo.
MINI
MENTAL
Utilizado para rastrear quadros de
demência e avaliação da
cognição.
EXECUÇÃO

O te ste ME EM a b ra ng e 11 ite n s qu e sã o dividid o e m 2


s e çõe s, a p rim eira re qu er r e sp o sta s ve rb ai s a qu e stõe s de
o rie nta çã o, aten ção e m em ória , a s egu n da s e çã o in clui
leitu ra, e s crita , h abilid ad e s d e no mea çã o, s eg uir com an dos
ver bai s e es cri to s, e s cre ve r uma fra s e e co piar um
d e se nh o (p olíg o no s ) . A s qu e stõe s s ão ef etu ad a s na or de m
e re ceb em es co re im ediato de a co r do com os po nto s
a tr i b uíd os a ca d a ta r e f a r e a l iz ad a co m s u ce s s o.

( C H AVE S, 2 0 1 2 ) .
O exame mini-mental preconizado por
Folstein é bem simples:

Orientação temporal (valendo um ponto para cada resposta


correta): verificar a orientação temporal, deve-se pedir ao paciente
que diga qual a hora aproximada (considerando a variação de mais
ou menos uma hora), o dia do mês, o mês, o dia da semana e o ano
no qual nos encontramos.
Orientação espacial (valendo um ponto para cada resposta
correta): Para a orientação espacial, utilizar local específico e
genérico, ou seja, perguntar primeiramente apontando para o
chão, em que local o paciente se encontra (por exemplo, sala,
consultório) e perguntar apontando ao redor em um sentido mais
amplo (própria casa, hospital, e outros), qual o bairro, a cidade
e o Estado que nos encontramos.
Memória imediata: Para análise da memória imediata, utiliza-se
o registro de 3 palavras, ou seja, o avaliador deve dizer
pausadamente e com clareza de dicção 3 palavras. Valendo 1
ponto para cada palavra repetida acertadamente na 1ª vez,
embora possa repeti-las até três vezes para o aprendizado, se
houver erros.
Cálculo: subtração de setes seriadamente (100 -7, 93-7, 86-7,
79-7, 72- 7, 65). Considere 1 ponto para cada resultado correto.
Se houver erro deve -se corrigir o paciente, e se o mesmo se
autocorrigir deve -se o avaliador considerar como correta a
resposta.

Evocação das palavras (1 ponto pra cada): Passado alguns


minutos, o paciente deve repetir as 3 (utilizadas no registro de 3
palavras) e o examinador deve registrar o número de palavras
recordadas.
Nomeação: peça para o sujeito identificar dois objetos
mostrados, valendo 1 ponto para cada.

Repetição: Pedir ao paciente para repetir uma frase. Considerar


somente se a repetição for perfeita (1 ponto).

Comando: Pedir para o paciente executar um comando de 3


estágios, por exemplo, Pegue este papel com a mão direita (1
ponto), dobre-o ao meio (1 ponto) e coloque-o no chão (1
ponto). Total de 3 pontos.
Leitura: Pedir para o paciente ler e seguir o comando escrito
(FECHE OS OLHOS)

Frase: Peça ao paciente para escrever uma frase. Não são


considerados erros gramaticais ou ortográficos (1 ponto).

Cópia do desenho: mostre 1 figura e peça para o indivíduo


copiar o melhor possível (1 ponto).
SCORE MEEM
VÍDEO

https://iptv.usp.br/portal /video.action;jsessionid=737298419861
E0FDD073FC25F0A05234?idItem=18124&idVideoVersion=13980
A Montreal Cognitive Assessment
(MoCA) é um instrumento de rastreio que
foi desenvolvido no Canadá para

MOCA
identificar pacientes com
Comprometimento Cognitivo Leve (CCL)
visto que o Mini Exame do Estado Mental
(MEEM) mostrou-se com baixa
sensibilidade em detectar CCL.
O exame pode ser aplicado em cerca de 10
minutos, compreendendo oito domínios
cognitivos, divididos em 12 itens.

MOCA Sua pontuação totaliza em 30 pontos.

Para a execução é necessário papel e lápis.


Domínios

Função visuoespacial e função cognitiva: teste de trilhas (1 ponto), cópia do cubo


(1 ponto) e relógio (3 pontos).

Nomeação de animais: leão, rinoceronte e camelo (3 pontos)

Memória imediata com repetição de 5 palavras: rosto, veludo, igreja, margarida e


vermelho (5 pontos).

Atenção: com span de dígitos direto (1 ponto) e indireto (1ponto), reconhecimento da


letra “A” em uma sequência de letras (1 ponto) e subtração de 7 seriado (3 pontos)
- Linguagem com a repetição de duas
sentenças e f luência verbal com a
letra “F” (1 ponto se mais que 11
palavras)>

- Abstração com duas sentenças (1


Domínios ponto).

- Evocação tardia das cinco palavras


ditas anteriormente (1 ponto)>

- Orientação temporal e espacial (6


pontos).
O teste totaliza 30 pontos, sendo um
SCORE score menor que 25 apontando um
Comprometimento Cognitivo Leve.
O Cérebro Velho
Alterações que acometem o SNC com o envelhecimento:
CÉREBRO
-Redução do peso
-Redução do tamanho
-Redução da espessura dos giros
-Aumento do tamanho dos ventrículos
-Diminuição da liberação de neurotransmissores
-Diminuição dos receptores cutâneos (exteroceptores)
-Diminuição da velocidade de condução nervosa
ALTERAÇÕES SENSORIAIS
SISTEMA VISUAL

-A acuidade visual diminui gradativamente até 60 anos e tem uma


queda brusca dos 60 aos 80 anos
-- Vai ter relação com os comprometimentos da função motora
ALTERAÇÕES SENSORIAIS
SISTEMA AUDITIVO
-déficits periféricos ou centrais
Acomete o 8º nervo craniano (Vestibulo-coclear) causando vertigem,
desequilíbrio, possibilidade de quedas

SISTEMA LÍMBICO
-Controle de emoções = SAG
-SÍNDROME DA ADAPTAÇÃO GERAL: resposta ao stress com diminuição da
PA, FC, acúmulo de sangue nas periferias e consequente diminuição do nível
de consciência
Aspectos Ortopédicos e Traumatológicos
no idoso
Envelhecimento ocorre em todas as estruturas:

Osso: diminuição da matriz óssea e minerais


Articulação: processos degenerativos da cartilagem
Músculos: diminuição de força muscular, fibroses e diminuição de
trofismo
Tendões: diminuição das fibras colágenas e elásticas, tenoblastos
O ATLETA IDOSO
ATIVIDADE FÍSICA= SAÚDE
APTIDÃO FÍSICA: capacidade de executar exercícios físico. Pode ser modificado
com o condicionamento físico

Efeitos da atividade física na 3ª Idade:


1) Atua sobre a capacidade funcional: AVD´S E AIVD´S
-Incapacidades e limitações: artrite, artrose, doença cardiovascular, problemas
visuais, perda de força
2) Atua na prevenção de doenças crônicas
Diminui taxa de mortalidade e morbidade, melhora da QV, aumenta a longevidade
em boas condições
3) Controle da Pressão arterial
40% das pessoas com mais de 60 anos fazem controle da PA com medicamento associado a
atividade física e redução de peso
4) Controle da hipercolesterolemia
HDL = bom = controle com dieta
LDL= ruim= exercício físico auxilia no controle

5)Controle de diabetes
Dieta, medicação e exercício físico
BENEFÍCIOS: facilitação na queima de glicose pelos músculos, redução do peso corporal,
melhora da ação dos medicamentos
6) Controle da osteoporose
Atividade física sem impacto
ALTERAÇÕES DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO NO IDOSO
O Sistema Respiratório também sofre com essas alterações

Predisposição a infecções virais


Predisposição a obstrução de vias aéreas superiores
Diminuição dos reflexos protetores da tosse
Maior risco de aspiração
Perda progressiva da superfície alveolar
MUDANÇAS ANATÔMICAS E
FISIOLÓGICAS
Enrijecimento da parede do tórax
Diminuição da massa e eficiência dos músculos respiratórios
Diminuição da complacência pulmonar
Aumento do trabalho respiratório
DOENÇAS PULMONARES QUE MAIS
ACOMETEM OS IDOSOS
Infecções
- Pneumonia – incidência elevada, mortalidade, dificuldade de
diagnosticar
- Tuberculose: tosse de início seca que evolui para expectoração
purulenta e com sangue, sudorese noturna, perda de peso
CA de pulmão: 50% dos casos com pessoas com +de 65 anos
(tabagismo)
- DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crônica
FATORES DE RISCO
TABAGISMO – responsável por 80 a 90% dos casos

Fumo provoca diminuição da motilidade ciliar, favorece a inflamação pulmonar


ENVELHECIMENTO E SEXUALIDADE
Participação do envelhecimento fisiológico na atividade sexual:

-Fibras elásticas – inelásticas


-Alterações na distribuição de gordura
-Diminuição do trofismo muscular
-Alterações no aparelho locomotor
-Alterações circulatórias
MEDICAMENTOS
O uso de medicamentos pode influenciar na atividade sexual
A maioria dos idosos, utilizam pelo menos 2 medicamentos
continuamente

Os efeitos podem gerar: alteração humor,


estado de alerta, diminuição na produção ou
ação dos hormônios
Fumo e Álcool
Tanto o tabagismo como a ingestão de bebidas alcóolicas podem
influenciar

Hoje segundo dados da OMS, o tabagismo é o principal fator de


doenças na terceira idade, que gera complicações não só na função
sexual, mas também, problemas cardíacos, pulmonares e CA
FATORES QUE INTERFEREM NA
VIDA SEXUAL DO IDOSO
MULHER HOMEM
-Falta de libido - Prostatite
-Comprometimento da musculatura AP - Impotência
-Dispareunia - Libido
-Fatores psicológicos - Depressão
-Estética - Medos e inseguranças
-Medos e inseguranças
ATENÇÃO
A maioria dos idosos, sem atividade sexual, não recebem orientações
principalmente médicas com relação a sua sexualidade

Muitos médicos não falam com seus pacientes sobre o assunto

Muitas mulheres, quando passam em consulta com ginecologista, são


questionadas sobre doenças, IU, mas quase nunca sobre sua vida
sexual
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
TEORIA DO RELÓGIO BIOLÓGICO

O organismo possui um relógio que determina quando se inicia o


envelhecimento e marca datas onde suas características se fariam mais
visíveis.

TEORIA DE MULTIPLICAÇÃO CELULAR


Todas as células do organismo (exceto as cerebrais) possuem a capacidade de
se multiplicar (no idoso alguns mecanismos podem diminuir essa capacidade
de multiplicação)
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
TEORIA DAS REAÇÕES CRUZADAS DAS MACROMOLÉCULAS

Princípio ortomolecular: “O organismo humano é formado por


moléculas que por reações cruzadas perdem suas características
auxiliando no processo de envelhecimento”

O alvo das reações cruzadas é o Colágeno!


TEORIA DOS RADICAIS LIVRES

Maior credibilidade “ocorrência de modificações químicas da membrana


mitocondrial pela participação dos radicais livres”

O QUE É RADICAL LIVRE?


Um átomo ou molécula desemparelhados que reagem ativamente. Sob
condições normais são essenciais ao organismo, mas se estiverem em
excesso passam a atacar células sadias.

Para regular os radicais livres precisamos consumir alimentos ricos em


antioxidantes, o que vai combater o envelhecimento precoce
Além dos radicais livres produzidos por nosso organismo, temos os
exógenos – que são originados de fatores externos como Poluição,
radiação solar, tabaco, álcool e maus hábitos alimentares.

Para prevenir o envelhecimento precoce:

Alimentação saudável
Atividade física
Uso de protetor solar
Bons hábitos
REAÇÃO EM CADEIA

Agentes antioxidantes = HOMEOSTASE

Radicais livres aumentados = diminuição dos agentes antioxidantes = degeneração


da integridade celular
AGENTES ANTIOXIDANTES

Externos: vitaminas A, C e E
Internos: líquidos teciduais
Vitimas dos radicais livres
-Proteínas, lipídeos, colágeno

-TEORIA DO DESGASTE
“A máquina representada pelo organismo se desgasta com o uso como
qualquer outra máquina”
RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS
QUEDA “UM EVENTO NÃO INTENCIONAL QUE
TEM COMO RESULTADO A MUDANÇA
NA POSIÇÃO DO INDIVÍDUO PARA UM
NÍVEL MAIS BAIXO, EM RELAÇÃO A SUA
POSIÇÃO INICIAL”
(Congresso Paulista de Geriatria e
Gerontologia 1998)
IDOSO X QUEDAS
VÁRIOS FATORES PODEM CONTRIBUIR PARA O RISCO DE QUEDAS
EM IDOSOS, DENTRE ELES DESTACAM-SE:

FATORES INTRÍNSECOS – INERENTES A SAÚDE DO IDOSO

- DIMINUIÇÃO DOS REFLEXOS - ACUIDADE VISUAL


- EQUILÍBRIO - SEDENTARISMO
- ALTERAÇÕES POSTURAIS - MEDICAMENTOS
- DISTÚRBIOS MUSCULOESQUELÉTICOS - OSTEOPOROSE
IDOSO X QUEDAS
FATORES EXTRÍNSECOS

- PISOS ESCORREGADIOS
- OBSTÁCULOS PELO CAMINHO
- TAPETES
- CALÇADO INADEQUADO
- CONDIÇÕES DO AMBIENTE NO GERAL
INCIDÊNCIA
Segundo pesquisas, 30% dos idosos caem durante o ano.

Podem ocorrer traumas simples ou graves

-Lesões teciduais
-Fraturas
-Hospitalização
-Imobilizações e problemas respiratórios
-Lesões neurológicas
-Nível de atividade fica diminuído
CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS

- PERDA DE INDEPENDÊNCIA – 30 A 50% DOS IDOSOS


- MUDANÇA DE COMPORTAMENTO – 10 A 20% DOS IDOSOS
CONSEQUÊNCIAS PSICOSSOCIAIS
- MEDO
- SENSAÇÃO DE IMPOTÊNCIA
- DIMINUIÇÃO DA AUTOESTIMA
- DEPRESSÃO
- VERGONHA
- INSEGURANÇA
Ciclo vicioso
PREVENÇÃO
ABORDAGEM DE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

- MÉDICO, ENFERMEIROS, FISIOTERAPEUTAS,


NUTRICIONISTAS, PSICÓLOGOS, TERAPEUTA
OCUPACIONAL
COMO REDUZIR?
A MAIORIA DAS QUEDAS OCORRE EM AMBIENTE DOMÉSTICO,
POR FATORES EXTRÍNSECOS

E PODEM ESTAR ASSOCIADOS A FATORES COMO:

- EQUILÍBRIO
- MARCHA LENTIFICADA
- COMORBIDADES
O que fazer?
- Não deixar fios ou objetos espalhados pelo chão
- Não deixar tapetes que possam escorregar ou tropeçar
- cuidado com pisos escorregadios ou molhados
- utilizar calçado adequado
- utilizar o corrimão para subir ou descer degrau
- cuidado com o bichinho de estimação ou crianças
- cuidado com móveis de quinas
- ambientes devem estar iluminados
IMPORTANTE
- Relatar qualquer alteração de equilíbrio, coordenação ao médico
- Realizar atividade física
- fazer o uso correto dos medicamentos
DICAS
FISIOTERAPIA
PREVENTIVA
Aplicada para prevenção de doenças ou alterações tais como: força
muscular, equilíbrio, coordenação, postura, amplitude de movimento,
AVD´S, orientações;

REABILITAÇÃO
Aplicada após um evento de lesão, trauma com objetivo de restabelecer
as funções do indivíduo.
AVALIAÇÃO
- Todo paciente deve ser avaliado de forma global;
- Testes especiais e escalas específicas para equilíbrio, marcha,
coordenação;
- ADM e Força muscular;
- Aspecto da pele;
- Comorbidades;
- Medicações em uso;
- Tratamento anteriores ou em
andamento
PLANO DE TRATAMENTO
- Englobar na terapia, as atividades diárias para maior independência
do paciente;
- Estimular a marcha comunitária;
- Estimular a prática dos exercícios em casa;
- Orientar os cuidadores ou acompanhantes, com relação as
atividades e prevenção;
“O COMPROMISSO
DE TODOS POR UM
ENVELHECIMENTO
DIGNO”
Escala de Equilíbrio de BERG
HISTÓRIA
Foi criada em 1989 por Katherine Berg

É uma escala validada, utilizada para avaliação funcional do equilíbrio


estático e dinâmico:

- alcançar, girar, transferir-se, permanecer em pé e levantar-se


BERG
A escala compreende 14 tarefas com resposta de 0 a 4 para cada
item;

- A pontuação total é de 56 pontos, sendo que:


- 48 a 56 pontos – paciente não tem risco de queda
- 37 a 47 pontos – paciente tem risco moderado de queda
- abaixo de 37 pontos – alto risco de queda
APLICAÇÃO
Paciente deve ser orientado a realizar as tarefas e o Fisioterapeuta irá
pontuar a tarefa de acordo com as opções em cada item.

Ao final, realiza a soma dos pontos para verificar o score total do


paciente

OBS: Pacientes que utilizam algum auxiliador de marcha, devem


realizar o teste fazendo o uso dele, assim como, o uso de óculos
TUG (Time Up & Go)
Escala utilizada para triagem de indivíduos, para verificar o risco de
queda

Foi desenvolvido em 1991 e seu objetivo é avaliar a mobilidade e


equilíbrio do paciente
APLICAÇÃO
Paciente deverá estar sentado com as costas apoiadas, terapeuta
dispara o cronômetro assim que o paciente desencostar da cadeira.

Ele irá caminhar por 3 metros, virar e voltar, terapeuta irá parar o
cronômetro quando o paciente sentar novamente.
SCORE
Quanto menor o tempo cronometrado, menor o risco de queda
FRAGILIDADE
EM IDOSOS
PROFª ME. CRISTIANE BARROS
ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processo natural da vida, quando se chega a

terceira idade o corpo passa por uma série de alterações fisiológicas,

biológicas musculares, psicológicas, sociais e culturais, estas

alterações associadas ou não a hábitos não saudáveis de vida podem

levar o indivíduo a uma ou mais patologias.


FRAGILIDADE
A fragilidade é considerada umas das principais causas de acidentes em
idosos, consequentemente por perdas das funções fisiológicas, mecânicas e
psíquicas.

O Brasil é considerado uns dos países com a maior população de idosos do


mundo, e com esse crescimento populacional desordenado, acaba
ocorrendo uma vulnerabilidade no processo de envelhecimento para essa
população na faixa etária acima dos 60 anos.(Brasil, IBGE, 2017).
Com o desenvolvimento acelerado desse público, os sinais e sintomas
que classificam a síndrome da fragilidade ficam mais evidentes tais
como: perda de peso não intencional, fadiga, dificuldade em se
locomover e reduções das atividades físicas. (Brasil, 2014).

As mulheres são as mais afetadas pela a síndrome da fragilidade, por


questões fisiológicas e hormonais, e lideram ranking de pesquisas em
quedas e acidentes domésticos.
Diagnóstico e cuidados
Através do diagnóstico clínico e preciso, as evidências sobre a síndrome da
fragilidade em idosos, são diagnosticadas:

- pela perda de peso não intencional acima de 5kg nos últimos anos

- fadiga em excesso sem esforço físico

- dificuldade em se locomover devido a limitação da marcha

- práticas de atividades físicas diminuídas

- sarcopenia gerando a perda da força muscular.


ESCALAS DE AVALIAÇÃO
Ivcf-20
FISIOTERAPIA
A fisioterapia tem um papel importante no contexto da síndrome da fragilidade do

idoso, tanto prevenção quanto no tratamento, pois atua na preservação da saúde,

melhora o fortalecimento, a potência muscular, a amplitude de movimento, a

flexibilidade, o equilíbrio e a capacidade funcional.

(CONIC-SEMESP)
VISÃO GLOBAL DO IDOSO
- AMPLITUDE DE MOVIMENTO
- FORÇA MUSCULAR
- EQUILÍBRIO
- PROPRIOCEPÇÃO
- MARCHA
- AVDS
- COORDENAÇÃO
- INDEPENDÊNCIA
- ORIENTAÇÕES
PREVENÇÃO E
REABILITAÇÃO
PLANO DE ATENDIMENTO PREVENTIVO

PLANO DE ATENDIMENTO PARA REABILITAÇÃO


DOENÇAS REUMATOLÓGICAS
DEFINIÇÃO: Grupo heterogêneo
de doenças caracterizadas por
sintomas como:

- DOR
- RIGIDEZ
- EDEMA
Que afeta o sistema muscular,
tendíneos, bolsa sinovial, ossos e
estruturas do tecido conjuntivo.
CLASSIFICAÇÃO
INFLAMATÓRIA: apresenta os sinais inflamatórios: dor, calor, rubor,
tumor, perda de função + rigidez matinal

DEGENERATIVA: quando o paciente apresenta lesão antiga, sempre


será gradual e progressiva e os tecidos afetados perdem totalmente a
função e estrutura, não havendo restituição de sua integridade.
Quais as maiores dificuldades?

- Informação
- Diagnóstico precoce
- Custo
- Evolução
ENVELHECIMENTO ÓSSEO
OSTEOPOROSE
Tipos de ossos

-Corticais ou compactos
-Trabeculares ou esponjosos

VÉRTEBRAS – 60% de ossos trabeculares e 40% de corticais


Cabeça do fêmur, ossos do punho, ombro e crânio – osso trabecular
Rebelatto,
OSTEOPOROSE
Doença caracterizada pelo desequilíbrio e perda de massa óssea,
devido alteração no processo de modelagem e remodelagem e/ou
aumento na atividade dos osteoclastos e diminuição na atividade dos
osteoblastos
REMODELAÇÃO ÓSSEA
O tecido ósseo não é estático, renovação por ação de 2 tipos de
células: osteoblastos e osteoclastos

-Osteoblastos= formação óssea


-Osteoclastos = reabsorção óssea

Desequilíbrio: atividade aumentada de osteoclastos ou diminuída de


osteoblastos
PICO DE MASSA CORPÓREA
É determinada por fatores como dietas, atividade física, hormônios e
potencial genético

-Mais obeso = pico em torno dos 20 anos


-Mais magro = pico em torno dos 30 anos

A osteoporose aumenta a fragilidade e suscetibilidade as fraturas =


Doença silenciosa
CLASSIFICAÇÃO
OSTEOPOROSE PRIMÁRIA: sem causa bem caracterizada
-Idiopática juvenil
-Adulto jovem
-involutiva

OSTEOPOROSE SECUNDÁRIA: decorrente de causas definidas


-Diabetes
-Doença do colágeno
-Doença neurológicas crônicas
-Neoplasias
-Hipertireoedismo
-Artrite reumatoide
FATORES DE RISCO PARA A
OSTEOPOROSE
Menopausa precoce
Hereditariedade
Pele clara e orientais
Dieta com baixo teor de cálcio
Alta ingestão de bebidas alcóolicas
Tabagismo
Sedentarismo
Alta ingestão de proteínas e fibras
Alguns medicamentos = anticonvulsivos
Exame para diagnóstico da osteoporose
DENSITOMETRIA ÓSSEA
A densitometria óssea é um exame de radiologia que mede, com rapidez e precisão, a
densidade dos ossos. O resultado é comparado com padrões para idade e sexo.
TRATAMENTO
Medicamentos bloqueadores da reabsorção óssea
Medicamentos estimulantes da formação óssea
Atividade física
Dieta equilibrada
Vitamina D
ARTERITE DE TAKAYASU (AT)

DEFINIÇÃO: Doença inflamatória crônica, IDIOPÁTICA, que


afeta a artéria aorta, artérias coronárias e pulmonares

(1954 - Mitiko Takayasu).


Caracteriza-se 02 fases:

1 Fase: “dita” inflamatória, apresenta queixas sistêmicas (febre,

sudorese noturno, mialgias, artralgias, anorexia/emagrecimento e dor em

territórios das ARTÉRIAS ACOMETIDAS).


Caracteriza-se 02 fases: .

2 Fase: “dita” tardia ou vascular oclusiva, apresenta diminuição do

lúmen das artérias acometidas e caso não ocorra intervenção se instalará

fibrose definitiva e, consequentes queixas de isquemia em áreas por elas

irrigadas.
INCIDÊNCIA
acreditava-se que AT seria uma doença exótica de mulheres orientais,
porém hoje é reconhecida como doença de distribuição mundial
(asiáticas, indianos e algumas populações da América).

Distribuição geográfica mundial: mulheres 9:1 homens, 15-25 anos.


Evolução lenta.
QUADRO CLÍNICO
Febre, sudorese noturno, mialgias, artralgias, anorexia/emagrecimento e
dor em territórios das ARTÉRIAS acometidas → resposta inflamatória
sistêmica.

Artérias afetadas: presença frequente de aneurismas


Diagnóstico: VHS (aumentado) e Arteriografia, TC, RM, ultra-sonografia e
Doppler colorido (oclusão)

Tardio; pode apresentar manifestações neurológicas (território arterial


comprometido), HAS ou mesmo pulmonar com repercussões
cardiopulmonares que têm valor prognóstico.
TRATAMENTO

Clínico – corticosteróides e controle de co-morbidades (HAS, insuficiência


cardíaca) e controle dos fatores de risco para doenças arteriosclerótica
(tabagismo, obesidade, DM, etilismo)

Cirúrgico – dano vascular estabelecido (estenose ou formação de


aneurisma)
FISIOTERAPIA
Objetivos – eliminar quadro álgico, manter ADM e força muscular.

CUIDADO, se as artérias comprometidas forem aorta e carótida, o


risco de lesões permanentes são maiores, deve-se evitar
exercícios com gasto energético elevado!!!
Angiografia paciente do

sexo feminino com

pulso ausente no braço

direito e ataques

isquêmicos transitórios
ATIVIDADE
ELABORAR UM PROGRAMA DE TRATAMENTO PARA PACIENTE
COM 72 ANOS, DIAGNÓSTICO DE OSTEOPOROSE, ATIVO, SEM
OUTRAS COMORBIDADES.

ELABORAR UM PROGRAMA DE TRATAMENTO PARA PACIENTE


25 ANOS, DIAGNÓSTICO DE ARTERITE DE TAKAYASU,
HIPERTENSA, DIABÉTICA.
FIBROMIALGIA PROFª ME. CRISTIANE
BARROS
Síndrome caracterizada por DOR musculo esquelética
DIFUSA, FADIGA e DISTÚRBIOS DO SONO.

Sintomas associados:

CONCEITO
- Intestino irritável
- Alterações de humor
- Pernas inquietas
- Cefaléia
Componente Biológico: genético, sexo feminino mais
acometido, sono, trauma físico, estresse, sedentarismo

Componente Ambiental e socioeconômico: experiências

ETIOLOGIA psicológicas durante a infância, traumas, suporte familiar,


insatisfação trabalho

Componente emocional/psicológico: catastrofização,


hipervigilância, ansiedade, depressão, somatização
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência de 0,7 a 5% da população geral

8 mulheres para cada 1 homem


Idade entre 30 a 50 anos

Atualmente em crescimento, devido stress, hábitos e Pandemia!

Geralmente diagnosticados por Reumatologista !!!


CARACTERISTICAS CLÍNICAS DA FM
DOR DIFUSA: persistente, extenuante, incômoda, localização imprecisa

HIPERSENSIBILIDADE DOLOROSA: pontos sensíveis, sensibilidade a pressão, calor,


frio, parestesias e resposta exacerbada a estímulos ambientais.

ALTERAÇÕES DO SONO: Despertares e sono não reparador, fadiga crônica


COMORBIDADES
DIAGNÓSTICO
ANAMNESE: caracterizar a dor, múltiplas queixas e sintomas difíceis de serem
explicados

EXAME FÍSICO COMPLETO: ADM, FORÇA MUSCULAR, SENSIBILIDADE,


AVALIAÇÃO POSTURAL, TESTES ESPECIAIS.

TENDER POINTS: Dor difusa, últimos 3 meses, 11 de 18 pontos positivos.


TENDER POINTS
Pelo menos 11 de 18 pontos
positivos.

Pressão igual em todos os pontos

DOLORÍMETRO (ALGÔMETRO)
FIBRIOMIALGIA DIAGNOSTICADA SE:
índice de dor difusa ≥7/19 e uma escala de gravidade ≥5

Ou

índice de dor difusa entre 3–6 e escala de gravidade ≥9.

Os sintomas devem estar estáveis e presentes por pelo menos três meses e não deve
haver outra condição clínica que possa explicar essa sintomatologia.
TRATAMENTO
NÃO FARMACOLÓGICO

Educação, exercício aeróbico, alongamento e fortalecimento muscular, hidroterapia,


educação do paciente, terapia cognitiva comportamental

FARMACOLÓGICO

Analgésicos, antidepressivos, outros


FISIOTERAPIA
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
PRECISAMOS ENTENDER O PACIENTE
ARTRITE REUMATÓIDE

PROFª ME CRISTIANE BARROS


CEUNSP
QUAL O MAIOR FATOR DE INCAPACIDADE FUNCIONAL???

DOR
ARTRITE REUMATÓIDE - AR
Definição: Doença inflamatória crônica com caráter degenerativo.

Caracteriza-se por: sinovites (articulações periféricas de mãos e punhos de forma

simétrica e persistente: desvio ulnar e flexão punho) agravando-se para deformidades

e incapacidade funcional importante.


Evolução: forma lenta e gradual no início, ou raramente agudo.

Distribuição geográfica mundial: 1% da população adulta (3 mulheres X 1 homem).

Incidência Anual da AR: 0,1 a 0,2/1000homens e de 0,2 a 0,4/1000 mulheres.

Prevalência do início da AR: quarta e quinta décadas de vida.


Etiologia: desconhecida, podendo ser BACTERIANA, VIRÓTICA OU AUTO-IMUNE.

Fatores Propostos:

Resposta imunológica e inflamatória desencadeada por infecção,

Combinação de fatores genéticos,

Auto-imunidade mediada por anticorpos,

Desregulação de citocinas pró-inflamatórias e,

Transformação da sinóvia em tecido celular vivo.


Patogênese: perda da função articular é o resultado do dano irreversível da

cartilagem articular como consequência direta do processo inflamatório crônico, lesão

dos tecidos adjacentes (cápsulas, tendões, ligamentos e osso subcondral).

Para o diagnóstico, é necessário verificar os Critérios de avaliação (American

College of Rheumatology)
Critérios de avaliação (American College of Rheumatology)
Preencher pelo menos 4 dos 7 critérios abaixo.
Critérios de 1 a 4 devem estar presentes por pelo menos 6 semanas.

1-RIGIDEZ MATINAL: região articular ou peri-articular, com duração de pelo menos 1 hora antes da melhora
máxima.
2-ARTRITE DE TRÊS OU MAIS REGIÕES ARTICULARES: pelo menos 3 regiões articulares simultâneas,
com aumento do volume de partes moles ou líquido.
3-ARTRITE DAS ARTICULAÇÕES DAS MÃOS: pelo menos uma área articular aumentada de volume
(punho, MCF ou IFP).

4-ARTRITE SIMÉTRICA: envolvimento simultâneo em ambos os lados do corpo.


5-NÓDULOS REUMATÓIDES: nódulos subcutâneos sobre proeminência óssea, ou região peri-articular.
6-FATOR REUMATÓIDE SÉRICO: quantidade anormais de fator reumatóide sérico.
7-ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS: incidência PA de mão e punho devem incluir erosões ou descalcificação
óssea mais intensa na área peri-articular.
FATOR REUMATÓIDE
Fator reumatóide é um anticorpo o qual está presente
no sangue de quem sofre da doença, que causa
inflamação nas articulações, prejudicando suas funções.
Esse anticorpo reage contra as imunoglobulinas G, uma
proteína do nosso organismo.

O resultado é dado em títulos, sendo


considerado normal um título de até 1:20. No entanto,
resultados superiores a 1:20 não indicam
necessariamente artrite reumatoide, devendo o médico
solicitar outros exames.
Resultados
0 a 29 Ul/ml: não reagente.
30 a 79 Ul/ml: fracamente reagente.
Maior ou igual a 80 Ul/ml: reagente.

Porém, necessita de mais exames para o diagnóstico adequado e fidedigno!

Exames de RX por exemplo!


Quadro Clínico
- dor + rigidez matinal
- incapacidade
- sintomas gerais (febre, perda de peso, prostração)
- dedos em pescoço de cisne Mãos 90%
- hálux valgo Pés 90%
- desvio ulnar. Punho, joelho, tornozelo 80%
Ombros 60%
Cotovelos 50%
Áreas de maior acometimento:
Quadril 50%
Coluna Lombar 50%
Como diagnosticar
Alterações radiográficas: aumento das partes moles, diminuição dos espaços articulares,
erosões marginais (osteófitos) e deformidades.

Diagnóstico: Laboratorial (hemograma, VHS, fator reumatóide) + Exame físico + Rx


Classificação Funcional:

Grau I: sem restrições para AVD’s.

Grau II: restrições moderadas, mas AVD’s normais.

Grau III: restrições importantes, com dificuldade para realizar

auto-cuidados.

Grau IV: total incapacidade, restrito no leito ou cadeira de rodas.

.
Tratamento Fisioterapêutico

Manter função,

Prevenir deformidades,

Eliminar sinais inflamatórios,

Orientação para postura adequada (atenção ao padrão flexor!!)


Tratamento Fisioterapêutico

3 FASES:
AGUDA: (edema, calor e eritema nas articulações) eliminação de sinais flogísticos,
mobilização passiva e assistida, evitar postura viciosa, indicar talas e splints.

SUBAGUDA: (diminuição do processo inflamatório) eliminar sinais flogísticos que


persistem, mobilização ativa e isométrica, trabalho ADM.

CRÔNICA: (fase de envolvimento articular) melhorar circulação local, eliminar quadro álgico
se ainda persistir, manter ADM, manter ou aumentar a força muscular, correção postural,
exercícios resistidos, aliviar espasmos musculares.
Foto das mãos de uma paciente com artrite reumatóide. Observar o desvio ulnar dos dedos e a
deformidade do tipo pescoço de cisne (swan neck - hiperextensão articulação interfalangina proximal
com flexão da interfalangiana distal). Deformidade das articulações na artrite reumatóide se
desenvolve ao longo do tempo devido a lesão provocada pelo processo inflamatório que atinge as
cartilagens, os ligamentos e os ossos que compoem a articulação.
Artrite Reumatóide Juvenil
“Embora a artrite seja costumeiramente relacionada com pessoas de idade avançada,
crianças também têm artrite.

O nome sugere que a doença é similar à artrite de adultos, mas na realidade em


crianças a doença é bastante diferente.

Caracterizada por inflamação crônica da membrana sinovial (membrana que


envolve internamente as juntas) e sem causa conhecida
Definição
Doença crônica, de etiologia desconhecida, que se caracteriza pela presença de artrite

crônica em uma ou mais articulações, com possíveis manifestações gerais e viscerais.

1997 = Nova denominação – Artrite Idiopática Juvenil (AIJ)


Diagnóstico
Clínico e de exclusão (American College of Rheumatology):
-Idade de início inferior a 16 anos
-Artrite em uma ou mais articulações
-Duração mínima da artrite em uma mesma articulação: 6 semanas
-Tipo de início da doença nos primeiros 6 meses de evolução:
Poliarticular → 5 ou mais articulações
Pauciarticular → 4 ou menos articulações
Sistêmico → manifestações gerais, viscerais e artrite
-Exclusão de outras patologias
Epidemiologia
Prevalência: 64 a 86/100 mil crianças menores que 16 anos

Distribuição geográfica universal: sem predileção racial, acomete mais o sexo feminino (2:1)

Etiopatogenia: Várias observações sinalizam para a hipótese do envolvimento do sistema imune

na patogênese da ARJ.

Dentre os fatores desencadeantes destacam-se infecções, o trauma??? (articulação

comprometida?), o estresse e os distúrbios imunológicos → desequilíbrio da homeostase do

sistema imune.
Quadro Clínico: início do quadro com manifestações constitucionais,
como anorexia, fadiga, perda de peso e dificuldade de ganho pôndero-
estatural, irritabilidade e parada ou retardo na deambulação.

Manifestações clínicas predominantes nos 6 primeiros meses da


doença:
Sistêmicos – 10 a 20%
Poliarticular – 20 a 30%
Pauciarticular – 45%
Observação:

O diagnóstico definitivo só pode ser estabelecido se a artrite estiver

presente por um período mínimo de 6 semanas em uma MESMA

ARTICULAÇÃO!!
Quadro Clínico

SISTÊMICOS: febre (100%) intermitente (vespertina), hepatoesplenomegalia moderada,

pericardide leve a moderada, alteração da função hepática.

POLIARTICULAR: destruição articular com perda ou diminuição da capacidade funcional.

Artrite simétrica, grandes e pequenas articulações (erosões ósseas).


PAUCIARTICULAR TIPO I:

prevalência em meninAs em idade pré-escolar.

Artrite assimétrica, preferência por grandes articulações dos MMII (joelhos e tornozelos).

Monoartrite em 50% casos, comprometimento sistêmico mínimo.

Uveíte crônica: processo inflamatório que acomete a íris.

Início insidioso, e até 50% dos pacientes são assimtomáticos → avaliação oftalmológica.
PAUCIARTICULAR TIPO II:

prevalência em meninOs com idade superior a 8 anos.

Artrite assimétrica, preferência por grandes articulações dos MMII (joelhos e tornozelos),

sacroilíaca, quadril e coluna, caracterizando o quadro de Espondilite Anquilosante.

Início insidioso com diminuição importante da capacidade funcional.


Exames Subsidiários: diagnóstico da ARJ é CLÍNICO.

O laboratório é utilizado para avaliação da atividade inflamatória e

resposta ao tratamento.

Exame radiológico: edema tecidos moles inicialmente, e raramente,

osteoporose epifisária.
Diagnóstico Diferencial / Prognóstico: variam de acordo com o tipo de início

da doença.

O diagnóstico e manejo adequado precoce são importantes para evitar

deformidades e o crescimento ser normal para a idade. Embora seja uma

doença crônica, 75% dos pacientes não apresentam perda funcional

residual se tratados com antiinflamatórios.

Mortalidade baixa (1%): complicações cardíacas e infecciosas.


Orientações:

Exercícios físicos: são indispensáveis para evitar a rigidez e atrofia muscular.

Natação é o mais adequado, pois o impacto nas juntas é mínimo, diferente de atividades de alto

impacto como a ginástica aeróbica.


Tratamento Cirúrgico

Raramente é indicadO, pois a artrite reumatóide juvenil costuma ser bem menos destrutiva

que a forma do adulto.

Em certos casos a remoção de líquido na junta ou injeções de corticóide são recomendadas.

Cirurgias maiores, como próteses de quadril, devem aguardar a cessação da fase de

crescimento na puberdade”.
ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA)

PROFª ME. CRISTIANE BARROS


CEUNSP
ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA)

Definição: Doença inflamatória crônica que


acomete primariamente o esqueleto axial e
possivelmente articulações periféricas como
quadril e ombros.
ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA)

Doença de etiologia desconhecida soronegativa,


assimétrica, afeta coluna e sacro-ilíaca (postura e
marcha alterados).
ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA)

Hipótese: EA seria o estágio final de múltiplos episódios de Artrite Reativa à


bactéria??!!
Sinais Clínicos: Coluna em bambu (anquilose óssea)
ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA)

Epidemiologia: homens, 5:1


Pode acometer todas raças: 90% brancos
Idade: 20 a 40 anos

Quadro Clínico
Manifestações esqueléticas
ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA)
Axial: dor lombar apenas 0,3% corresponde a EA
dor torácica devido acometimento articulações costo-esternais e manúbrio-esternais,
devido as ENTESITES (foco de infecção dentro da articulação).
Artrite: quadril e ombro; 1/3 pacientes elas são responsáveis por piora da incapacidade e
perda da qualidade de vida. Artrite do quadril: comum no início da doença, bilateral e
insidiosa.
Articulares: dor súbita na coluna lombar baixa que irradia para glúteo.
O paciente apresentará rigidez matinal que melhora ao exercício. Maior problema é a
fusão das vértebras que podem causar fraturas a traumas mínimos: sindesmófitos.
Quadro Clínico

Cervical: protusão cabeça, assume posição de flexão.


Torácica:  expansibilidade torácica (pulmonar); mecânica ventilatória (V/Q),  cifose
torácica

Lombar: retificação e anquilose, flexão de quadril.

Manifestações extra-articulares

Uveítes anterior aguda: 25-30% casos, unilateral com duração de 2 a 3 meses;


conjuntivites.
Cardiovascular: raro, insuficiência aórtica, distúrbios de condução, cardiomegalia e
pericardite.
Quadro Clínico

Doença Pulmonar: rara, fibrose bilateral, surgimento de tosse e dispnéia. Alteração V/Q.

Envolvimento Neurológico: síndrome da cauda equina, fraturas vertebrais, instabilidade,


compressão neurológica levando a mielopatia compressiva.
PROGNÓSTICO

EA apresenta exacerbações e remissões, geralmente favorável.

EA pode determinar incapacidade funcional grave, comprometimento da qualidade de vida

e incapacidade para o trabalho.

TRATAMENTO:
Medicamentoso: antiinflamatórios + antibióticos
Cirúrgico: colocação de próteses
Fisioterapia
Eliminar dor, rigidez e fadiga;
Manutenção da postura;
Manter o nível de capacidade funcional geral;
Prevenção de contraturas
Manutenção de força muscular (mobilidade vertebral)
Qualidade de vida.
GOTA ÚRICA

Definição

Doença inflamatória, metabólica, que cursa com


deposição de cristais de monourato de sódio
(MUS) ou também chamados cristais de ácido
úrico nos tecidos e articulações.
Gota

Processo inflamatório agudo ou sub-agudo, porém quando da deposição


de cristais de nas articulações causa artrite inflamatória aguda ou crônica,
levando ao desenvolvimento de proliferação sinovial e degeneração articular.

Afecção relativamente comum (0,2 a 0,35/mil população geral).


Incidência
final da 3 década de vida e início da quarta, predomínio sexo masculino (95% casos).

Sexo feminino após a menopausa.

CLASSIFICAÇÃO DA GOTA:

1-Primária: causa desconhecida e ligada a fatores genéticos.

2-Secundária: desenvolve-se em consequência a diversas doenças

(obesidade, alimentação inadequada, HAS, insuficiência renal crônica,

desidratação, doença renal,...)


Quadro Clínico
Monoartrite com exuberantes sinais flogísticos (dor+calor+rubor+edema)
Metatarsofalangeana comprometida no primeiro episódio (70% a 90%)

Articulações comprometidas quadro inicial: MMII, pé, tornozelo e joelhos, com evolução
qualquer articulação.

Duração crise: 5 a 7 dias com resolução espontânea + período de intercrises.

Tofos: (conglomerados de cristais de ácido úrico depositado em algum tecido).


Quadro Clínico

Complicações: destruição dos néfrons (perda da função renal),  uréia e da creatinina no

hemograma.

Diagnóstico:

História clínica e quadro clínico, associados a exames laboratoriais.

Radiografia, deposição de cristais em local inadequado.

Se radiografia (+), punção articular:

Nomourato sódio = gota úrica

Pirofosfato cálcio = pseudogota


Tratamento: Cirúrgico ou medicamentoso + Fisioterapia

Ft: Eliminar sinais flogísticos

Prevenir deformidades

Manter função

Orientação AVD’s
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO - (LES)

Definição: Doença inflamatória crônica que acomete múltiplos órgãos ou sistemas.

Tem etiologia desconhecida, multifatorial, (interação de pré-disposição genética e diversos


fatores hormonais, ambientais e infecciosos levam a perda da tolerância imunológica).

Acomete mulheres jovens.


Epidemiologia

- 3,7 a 5,5/100 mil (mundial)

- Brasil: 8,7/100

- Acomete todas raças; prevalência de 3 a 4 vezes mulheres negras

- Sexo: 10 a 12 mulheres para cada homem

- Idade: toda faixa etária (15 a 30 anos)


Etiologia: MULTIFATORIAL

Agentes infecciosos: vírus da rubéola (modificação sistema imunológico)

Ambientais: exposição a radiação ultravioleta desnaturar o DNA cutâneo

Imunológico: presença do fator lupídico, resposta exagerada na produção de anticorpos

levando a produção do complexo Auto-anticorpo patogênico desencadeando uma resposta

inflamatória exagerada com lesão tecidual (Linfócito T e B).

Drogas: anticoncepcionais e anticonvulsivos; Lúpus induzido por substâncias químicas

Hormonais: ciclo fértil e gravidez.

Genético
FORMAS DE APRESENTAÇÃO
- Mono-sistêmico
- Oligo ou Poli-sistêmico

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
LES doença crônica que evolui com períodos de atividade e remissão (assintomáticos ou pouco
sintomáticos)
Quadro Clínico
- febre (infecções intercorrentes)
- mal-estar
- fadiga e dor difusa (fibromialgia?)
- perda de peso (caquexia lúpica)
- artralgia
- lesões cutâneas
- derrame pleural
- convulsões
- polimiosite.
Quadro Clínico

Comprometimento Cutâneo: 80% dos casos

50 a 60% lesão em asa de borboleta


Lesões eritematosas e escamosas (Face e MMSS)
Vasculites das polpas digitais
Fenômeno de Raynaud (dor, cianose e rigidez)
Alterações de hipo e hiperpigmentação
Comprometimento Neurológico:
Convulsões
Paralisia nervos cranianos – motilidade ocular
AVC (hemiplegia, hemiparesia e afasia)
meningite
agitação
alucinação, ansiedade, depressão
hemorragia sub-aracnóidea
movimentos incoordenados dos membros relacionados a lesão cerebral
Sistema gastrointestinal
Dificuldade de deglutição, inflamação trato digestivo, hepatomegalia, dores abdominais,
hemorragias devido a úlceras gástricas.

Sistema ocular
Conjuntivites recorrentes (10%)

Sistema Reprodutor
Alterações do ciclo menstrual, risco elevado de aborto no primeiro trimestre.
FETO: cardiopatias, nefropatias, hash malar (lesão asa borboleta).
TRATAMENTO

Objetivos: AVD’s e prevenir deformidades

Cutâneas: laser NÃO!!!!

Fotossensível, formação de fibrose e degeneração trófica da pele.

Osteomusculares: mobilizações passiva, ativa e resistidas, ADM, principalmente por locais de

afinidade da patologia.

Você também pode gostar