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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA OAB/RS – SUBSEÇÃO xxxxx.

Processo Ético Disciplinar nº


Representante: OAB EX-OFFICIO
Representado: xxxxxxx

xxxxxxxxxx, já devidamente qualificada nos autos do Processo Disciplinar em epígrafe,


por intermédio do advogado infra-assinado, honrosamente nomeado Defensor Dativo,
vem mui respeitosamente perante Vossa Senhoria apresentar Razões Finais, nos termos
do art. 73, caput, da Lei nº 8.906/94, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos.

1. DA SÍNTESE FÁTICA
Trata-se de Processo Administrativo Disciplinar originado por meio da
Representação formalizada de ofício pela OAB, provocada por denúncia da 5ª Promotoria
de Justiça Cível de Pelotas, onde, resumidamente, consta que a representada estaria
acompanhando seu pai na promotoria, na qualidade de advogada deste, e quando foi
atendida pela estagiária Victória, proferiu palavras como “Cala a boca, cala essa tua
boca”, “tu não vai estagiar nem no Japão”,  “Cala a boca, próxima palavra que tu der dou
queixa contra ti”. No momento que a Representada ficou sabendo porque seu pai teria ido
no dia anterior à promotoria (foi para reclamar da própria advogada/Representada) se
acalmou e foi embora.
Brevemente, é a síntese.

2. DO MÉRITO
2.1. Da não ocorrência de infração ética
A Representação que pesa sobre a Representada é manifestamente improcedente,
diante da inocorrência de qualquer infração ética, pois os fatos se deram diferente do
noticiado na representação.
De acordo com noticiado e conforme parecer preliminar, a Representada teria, em
tese, cometido infração disciplinar do artigo 31 do Estatuto da Advocacia e do artigo 27
do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Ocorre que de fato, com intuito de evitar desnecessária tautologia, reporta-se ao
narrado conforme defesa prévia, onde resta claramente demonstrado que os fatos
ocorreram diferentemente do que fora noticiado na presente representação,
principalmente, por em nenhum momento a Representada se fez apresentar como
advogada.
O depoimento testemunhal deve ser desconsiderado, uma vez que as testemunhas
trabalhavam com a “vítima” à época dos fatos. Com isso, manifestamente claro a
intenção de manusear os fatos em favor da vítima naquela situação narrada.
Tem-se que conforme todos os instrumentos probatórios trazidos à baila, a “vitima
não sofreu nenhum tipo de prejuízo, tampouco a Representada ultrapassou os limites da
lei.
Desta feita, tem-se que a conduta da ora Representada tornou-se insignificante,
tendo em vista que nenhum ato gravoso restou claramente demonstrado.

3. DOS REQUERIMENTOS
ISTO POSTO, requer epugna pela IMPROCEDÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO
em curso, em razão da inocorrência de qualquer das infrações dispostas na Lei n.
9.906/94, bem como o arquivamento da presente representação.
Termos em que, pede deferimento.
Pelotas, 18 de outubro de 2022.

Advogado - oab

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