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Perguntas e Respostas
Pessoa Jurídica
2019
Perguntas e Respostas 2019*
Equipe Técnica:
Supervisor-Geral de Material
Alexandre Serra Barreto – Cosit
Supervisores de Material
Aluísio Bandeira de Mello da Cunha – Cosit
Andrea Costa Chaves – Cosit
Fabio Cembranel – Cosit
Othoniel Lucas de Sousa Junior – Cosit
Gustavo Salton Rotunno Abreu Lima da Rosa – Cosit
Revisores Colaboradores
Alexandre Serra Barreto – Cosit
George Alberto Ferreira Lopes – Cosit
Itamar Pedro da Silva – Cosit
Renata Maria de Castro Paranhos – Disit/06
Timotheo Garcia Pessoa - Cosit
Daniel Teixeira Prates - Cosit
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Apresentação
a) IRPJ e CSLL;
c) Simples Nacional;
f) IPI;
Bom proveito.
A Equipe Técnica.
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Sumário
Capítulo I - Declarações da Pessoa Jurídica 2019 ........................................................... 5
Capítulo II - Contagem de Prazos 2019.......................................................................... 33
Capítulo III - Equiparações da Pessoa Física 2019 ........................................................ 35
Capítulo IV - Responsabilidade na Sucessão 2019 ........................................................ 54
Capítulo V - Simples 2019 ............................................................................................. 76
Capítulo VI - IRPJ - Lucro Real 2019 ............................................................................ 78
Capítulo VII - Escrituração 2019.................................................................................... 97
Capítulo VIII - Lucro Operacional 2019 ...................................................................... 132
Capítulo IX - Resultados não operacionais 2019 ......................................................... 238
Capítulo X - Compensação de Prejuízos 2019 ............................................................. 249
Capítulo XI – Aplicação do Imposto em Investimentos Regionais 2019..................... 255
Capítulo XII - Atividade Rural 2019 ............................................................................ 263
Capítulo XIII - IRPJ - Lucro Presumido 2019 ............................................................. 279
Capítulo XIV - Lucro Arbitrado 2019 .......................................................................... 317
Capítulo XV IRPJ - Pagamento 2019 ........................................................................... 340
Capítulo XVI - CSLL 2019 .......................................................................................... 359
Capítulo XVII - Sociedades Cooperativas 2019........................................................... 379
Capítulo XVIII - Acréscimos Legais 2019 ................................................................... 394
Capítulo XIX - IRPJ e CSLL - Operações Internacionais 2019 ................................... 404
Capítulo XX - IPI 2019 ................................................................................................ 476
Capítulo XXI - Disposições Gerais sobre a Contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins
2019 .......................................................................................................................... 492
Capítulo XXII - Contribuição para o PIS-Pasep e Cofins incidentes sobre a Receita ou o
Faturamento 2019 ..................................................................................................... 495
Capítulo XXIII - Contribuição para o PIS-Pasep-Importação e a Cofins-Importação
2019 .......................................................................................................................... 612
Capítulo XXIV - Contribuição para o PIS-Pasep incidente sobre a Folha de Salários
2019 .......................................................................................................................... 625
Capítulo XXV - Contribuição para o PIS-Pasep incidente sobre Receitas
Governamentais 2019 ............................................................................................... 629
Capítulo XXVI - CIDE Combustíveis 2019 ................................................................. 633
Capítulo XXVII - EFD-Contribuições 2019 ................................................................ 643
Capítulo XXVIII - Efeitos tributários relacionados aos novos métodos e critérios
contábeis 2019 .......................................................................................................... 651
Índice Remissivo .......................................................................................................... 700
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ARQUIVO ATUALIZADO ATÉ 31/12/2018
Notas:
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aplicáveis às pessoas jurídicas em geral, inclusive no que se refere à obrigatoriedade
de apresentação da ECF.
Fundos de investimento imobiliário:
O fundo que aplicar recursos em empreendimento imobiliário e que tenha como
incorporador, construtor ou sócio, quotista possuidor, isoladamente ou em conjunto
com pessoa a ele ligada, mais de 25% (vinte e cinco por cento) das quotas do Fundo,
por estar sujeito à tributação aplicável às demais pessoas jurídicas, deve apresentar
ECF com o número de inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ)
próprio, vedada sua inclusão na ECF da administradora.
Optantes pelo Simples Nacional e Inativas:
As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pela
sistemática do Simples Nacional e as pessoas jurídicas Inativas apresentarão
declarações específicas.
II - as pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham efetuado
qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive
aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário, as quais
deverão cumprir as obrigações acessórias previstas na legislação específica;
III - os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas.
Atenção:
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A pessoa jurídica cuja exclusão do Simples Nacional produziu efeitos dentro do
ano-calendário fica obrigada a entregar duas declarações: a DASN, referente ao
período em que esteve enquadrada no Simples Nacional e a ECF, referente ao
período restante do ano-calendário.
Não devem apresentar a ECF, ainda que se encontrem inscritas no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica (CNPJ) ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou
Juntas Comerciais:
a) o consórcio constituído na forma da Lei nº 6.404 de 1976, arts. 278 e 279;
b) a pessoa física que, individualmente, exerça profissão ou explore atividade sem
vínculo empregatício, prestando serviços profissionais, mesmo quando possua
estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares;
c) a pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de
mão-de-obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados;
d) a pessoa física que individualmente exerça atividade de recepção de apostas da
Loteria Esportiva e da Loteria de Números (Loto, Sena, Megasena, etc) credenciada
pela Caixa Econômica Federal, ainda que, para atender exigência do órgão
credenciador, esteja registrada como pessoa jurídica, desde que não explore, no
mesmo local, outra atividade comercial;
e) o condomínio de edificações;
f) os fundos em condomínio e clubes de investimento, exceto aqueles de investimento
imobiliário de que trata a Lei nº 9.779, de 1999, art. 2º;
g) as pessoas jurídicas domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos
sujeitos a registro público;
h) o representante comercial, corretor, leiloeiro, despachante etc, que exerça
exclusivamente a mediação para a realização de negócios mercantis, como definido
pela Lei nº 4.886, de 1965, art. 1º, desde que não a tenha praticado por conta própria;
i) as pessoas físicas que, individualmente, exerçam as profissões ou explorem
atividades, consoante os termos do RIR/2018, art. 162, § 2º, como por exemplo:
serventuário de justiça, tabelião.
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PN CST nº 76, de 1971;
PN CST nº 5, de 1976;
PN CST nº 25, de 1976;
PN CST nº 80, de 1976; e
ADN CST nº 25, de 1989.
A caracterização dessa atividade como de pessoa jurídica depende das condições em que
são auferidos os rendimentos, independentemente do meio utilizado. Assim, se os
rendimentos auferidos forem provenientes do trabalho individual do transportador de
carga ou de passageiros, em veículo próprio ou locado, ainda que o mesmo contrate
empregados, como ajudantes ou auxiliares, tais rendimentos submetem-se à incidência do
imposto de renda na fonte quando prestados a pessoas jurídicas, ou estão sujeitos ao
recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) quando prestados a pessoas físicas,
mediante a utilização da tabela progressiva aplicável às pessoas físicas e estão sujeitos ao
ajuste na Declaração Anual da pessoa física.
Se, entretanto, for contratado profissional para dirigir o veículo descaracteriza-se a
exploração individual da atividade, ficando a pessoa física equiparada a pessoa jurídica.
O mesmo ocorre nos casos de exploração conjunta da atividade, haja ou não
copropriedade do veículo, porque passa de individual para social o exercício da atividade
econômica, devendo a "sociedade em comum" (antiga “sociedade de fato”) resultante ser
tributada como pessoa jurídica.
A aplicação dos critérios acima expostos, independe do veículo utilizado (caminhão,
ônibus, avião, barco etc).
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Normativo: ADN CST nº 25, de 1989.
006 As associações sem fins lucrativos, igrejas e partidos políticos deverão apresentar
a ECF, tendo em vista serem consideradas entidades isentas ou imunes?
Veja ainda: Dispensa de apresentação da ECF: Pergunta 002 e 003 deste capítulo.
Não obstante serem inscritos no CNPJ, os cartórios não se caracterizam como pessoa
jurídica, devendo os emolumentos recebidos pelo seu responsável ser tributados na pessoa
física.
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009 A partir de quando existe a obrigatoriedade de apresentação da DCTF pela
pessoa jurídica inativa?
As pessoas jurídicas e demais entidades obrigadas à DCTF mensal que estejam inativas
ou não tenham débitos a declarar não ficam dispensadas de apresentar a DCTF nas
seguintes hipóteses:
a) em relação ao mês de ocorrência do evento, nos casos de extinção, incorporação, fusão
e cisão parcial ou total;
b) em relação ao último mês de cada trimestre do ano-calendário, quando no trimestre
anterior tenha sido informado que o pagamento do Imposto sobre a Renda da Pessoa
Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) seria efetuado
em quotas;
c) em relação ao mês de janeiro de cada ano-calendário; e
d) em relação ao mês subsequente àquele em que se verificar elevada oscilação da taxa
de câmbio, na hipótese de alteração da opção pelo regime de competência para o regime
de caixa prevista no art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.079, de 3 de novembro de
2010.
Excepcionalmente para o ano-calendário de 2016, as pessoas jurídicas e demais
entidades obrigadas à DCTF mensal que estejam inativas deverão apresentar a DCTF
relativa ao mês de janeiro de 2016, ainda que tenham apresentado a Declaração
Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa 2016 de que trata o caput do art. 1º da
Instrução Normativa RFB nº 1.605, de 22 de dezembro de 2015.
O prazo de apresentação das DCTF relativas aos meses de janeiro a abril de 2017 das
pessoas jurídicas e demais entidades obrigadas a apresentá-las, que estejam inativas ou
não tenham débitos a declarar, fica prorrogado para até 21 de julho de 2017. Neste mesmo
prazo, os sócios ostensivos de SCP inscrita no CNPJ na condição de estabelecimento
matriz deverão retificar as DCTF relativas aos meses de dezembro de 2015 a fevereiro de
2016 para inclusão das informações relativas à SCP.
010 Qual o conceito de inatividade adotado pela legislação tributária que obriga a
apresentação da DCTF?
Considera-se pessoa jurídica inativa, para fins da DCTF, aquela que não tenha efetuado
qualquer atividade operacional, não-operacional, patrimonial ou financeira, inclusive
aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o mês-calendário.
10
Notas:
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Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) ou de Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) foi dividido em quotas;
c) em relação ao mês de janeiro de cada ano-calendário; e
d) em relação ao mês subsequente àquele em que se verificar elevada oscilação da
taxa de câmbio, na hipótese de alteração da opção pelo regime de competência
para o regime de caixa prevista no art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.079,
de 3 de novembro de 2010.
As pessoas jurídicas e demais entidades que estejam inativas ou não tenham débitos a
declarar poderão comunicar na DCTF, em relação ao mês de janeiro de cada ano-
calendário, se for o caso, a opção pelo regime (caixa ou competência) segundo o qual as
variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função
da taxa de câmbio, serão consideradas para efeito de determinação da base de cálculo do
IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Notas:
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Receita Bruta (CPRB), nos termos dos incisos IV e VII do caput do
art. 7º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, enquanto não
obrigadas à entrega da Declaração de Débitos e Créditos
Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e
Fundos (DCTFWeb), na qual deverão informar os valores relativos
à referida CPRB e aos impostos e contribuições, devidos na
qualidade de contribuinte ou responsável, de que tratam os incisos I,
V, VI, XI e XII do § 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123, de
2006;
b) - as pessoas jurídicas excluídas do Simples Nacional, quanto às
DCTF relativas aos fatos geradores ocorridos a partir da data em
que a exclusão produzir efeitos;
II - os órgãos públicos da administração direta da União;
III - as pessoas jurídicas e demais entidades listadas como obrigadas mas em início
de atividades, referente ao período compreendido entre o mês em que forem
registrados seus atos constitutivos até o mês anterior àquele em que for efetivada
a inscrição no CNPJ; e
IV - as pessoas jurídicas e demais entidades que sejam obrigadas mas que estejam
inativas ou não tenham débitos a declarar, a partir do 2º (segundo) mês em que
permanecerem nessa condição, observado o disposto nos inciso III do § 2º, do art.
3º, da Instrução Normativa RFB nº 1.599, de 11 de dezembro de 2015.
Observação: Estas voltarão à condição de obrigadas à entrega da
DCTF a partir do mês em que tiverem débitos a declarar.
São também dispensadas de apresentação da DCTF, ainda que se encontrem inscritas no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou que tenham seus atos constitutivos
registrados em Cartório ou Juntas Comerciais:
I - os condomínios edilícios;
II - os grupos de sociedades, constituídos na forma do art. 265 da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976;
III - os consórcios, desde que não realizem negócios jurídicos em nome próprio,
inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo
empregatício;
IV - os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as
normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco
Central do Brasil (Bacen);
V - os fundos de investimento imobiliário, que não se enquadrem no disposto no
art. 2º da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999;
VI - os fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas do Bacen
ou da CVM;
VII - as embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados-gerais,
consulados, vice-consulados, consulados honorários e as unidades específicas do
governo brasileiro no exterior;
VIII - as representações permanentes de organizações internacionais;
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IX - os serviços notariais e registrais (cartórios), de que trata a Lei nº 6.015, de 31
de dezembro de 1973;
X - os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de
personalidade jurídica, criados no âmbito de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como dos Ministérios Públicos
e dos Tribunais de Contas;
XI - os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos
políticos nos termos da legislação específica;
XII - as incorporações imobiliárias objeto de opção pelo Regime Especial de
Tributação (RET), de que trata a Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004;
XIII - as empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que
possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro de propriedade ou posse
perante órgãos públicos, localizados ou utilizados no Brasil;
XIV - as comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional
celebrado pela república Federativa do Brasil e um ou mais países, para fins
diversos; e
XV - as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 1º da Lei nº 9.958, de
12 de janeiro de 2000.
XVI - os representantes comerciais, corretores, leiloeiros, despachantes e demais
pessoas físicas que exerçam exclusivamente a representação comercial autônoma
sem relação de emprego, e que desempenhem, em caráter não eventual por conta
de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, nos
termos do art. 1º da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, quando praticada por
conta de terceiros.
Notas:
14
013 Quais impostos e contribuições devem ser informados na DCTF?
A DCTF deve conter informações relativas aos valores devidos (débitos) e os respectivos
valores utilizados para sua quitação (créditos), dos seguintes impostos e contribuições
administrados pela RFB:
Notas:
15
ao IRPJ, à CSLL, à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins pagos na forma do
caput do art. 4º da Lei nº 10.931, de 2004.
Devem ser informados na DCTF no grupo Contribuições Sociais Retidas na Fonte
(CSRF), os valores referentes à CSLL, à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep
retidos na fonte pelas pessoas jurídicas de direito privado na forma do art. 30 da Lei
nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e os valores relativos à Cofins e à
Contribuição para o PIS/Pasep retidos na forma do § 3º do art. 3º da Lei nº 10.485,
de 3 de julho de 2002, alterado pelo art. 42 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de
2005.
Devem ser informados na DCTF no grupo Contribuições Sociais e Imposto de Renda
Retidos na Fonte (COSIRF), os valores referentes ao IRPJ, à CSLL, à Cofins e à
Contribuição para o PIS/Pasep retidos na fonte pelas empresas públicas, sociedades
de economia mista e demais entidades na forma do inciso III do art. 34 da Lei nº
10.833, de 2003.
Devem ser informados na DCTF no grupo COSIRF, os valores referentes à CSLL,
à Cofins e à Contribuição para o PIS/Pasep retidos pelos órgãos, autarquias e
fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios, que tenham celebrado
convênio com a RFB nos termos do art. 33 da Lei nº 10.833, de 2003.
Não devem ser informados na DCTF, os valores relativos ao IRRF incidente sobre
rendimentos pagos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como por suas
Autarquias e Fundações, recolhidos nos códigos de receita 0561, 1889, 2063, 3533,
3540, 3562 e 5936.
Deverão ser informados na DCTF apresentada pelo administrador, os valores
referentes ao IRRF retido pelos fundos de investimento, que não se enquadrem no
disposto no art. 2º da Lei nº 9.779, de 1999.
Na hipótese de tornarem-se exigíveis tributos administrados pela RFB em
decorrência do descumprimento das condições que ensejaram a aquisição de bens e
serviços com isenção, suspensão, redução de alíquota ou não incidência, a pessoa
jurídica adquirente deverá retificar a DCTF referente ao período de aquisição dos
bens ou dos serviços no mercado interno para inclusão, na condição de responsável,
dos valores relativos aos tributos não pagos.
Na hipótese de tornarem-se exigíveis tributos administrados pela RFB em
decorrência do descumprimento das condições que ensejaram a importação de bens
e serviços com isenção, suspensão, redução de alíquota ou não incidência, a pessoa
jurídica importadora deverá retificar a DCTF referente ao período de importação dos
bens e serviços para inclusão dos valores relativos aos tributos não pagos.
Deverão ser informados na DCTF apresentada pelo estabelecimento matriz, os
valores referentes à CPRB, cujos recolhimentos deverão ser efetuados de forma
centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais
contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta.
DCTF Retificadoras:
A alteração das informações prestadas em DCTF, nas hipóteses em que admitida,
será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com
observância das mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada.
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A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente
apresentada e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de
débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados.
A retificação não produzirá efeitos quando tiver por objeto:
I - reduzir os débitos relativos a impostos e contribuições:
a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN) para inscrição em DAU, nos casos em que importe alteração
desses saldos;
b) cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às
informações indevidas ou não comprovadas prestadas na DCTF, sobre pagamento,
parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, já tenham sido enviados
à PGFN para inscrição em DAU; ou
c) que tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalização.
II - alterar os débitos de impostos e contribuições em relação aos quais a pessoa
jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal.
A retificação de valores informados na DCTF, que resulte em redução do montante
do débito já enviado à PGFN para inscrição em DAU ou do débito que tenha sido
objeto de exame em procedimento de fiscalização, somente poderá ser efetuada pela
RFB nos casos em que houver prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no
preenchimento da declaração e enquanto não extinto o direito de a Fazenda Pública
constituir o crédito tributário correspondente àquela declaração.
Na hipótese de alterar débitos de impostos e contribuições em relação aos quais a
pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal, havendo
recolhimento anterior ao início do procedimento fiscal, em valor superior ao
declarado, a pessoa jurídica poderá apresentar declaração retificadora, em
atendimento a intimação fiscal e nos termos desta, para sanar erro de fato, sem
prejuízo das penalidades cabíveis.
O direito de o contribuinte pleitear a retificação da DCTF extingue-se em 5 (cinco)
anos contados a partir do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte ao qual se refere a
declaração.
A pessoa jurídica que apresentar DCTF retificadora, alterando valores que tenham
sido informados:
I - na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ),
deverá apresentar, também, DIPJ retificadora; e
II - no Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), deverá
apresentar, também, Dacon retificador.
As DCTF retificadoras poderão ser retidas para análise com base na aplicação de
parâmetros internos estabelecidos pela RFB.
A pessoa jurídica ou o responsável pelo envio da DCTF retida para análise será
intimado a prestar esclarecimentos ou apresentar documentos sobre as possíveis
inconsistências ou indícios de irregularidade detectados, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.
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A intimação para o sujeito passivo prestar esclarecimentos ou apresentar
documentação comprobatória poderá ser efetuada de forma eletrônica, observada a
legislação específica, prescindindo, neste caso, de assinatura.
O não atendimento à intimação no prazo determinado ensejará a não homologação
da retificação.
Não produzirão efeitos as informações retificadas:
I - enquanto pendentes de análise; e
II - não homologadas.
As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15º (décimo quinto) dia útil do 2º
(segundo) mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, inclusive nos casos
de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial. Essa obrigatoriedade de
apresentação não se aplica, para a incorporadora, nos casos em que as pessoas jurídicas,
incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-
calendário anterior ao do evento.
Notas:
18
a) no caso de ter ultrapassado, no ano-calendário, em mais de 20% (vinte por cento),
o limite de receita bruta anual previsto no inciso II do caput do art. 3º da Lei
Complementar nº 123, de 2006; ou
b) na constatação das situações previstas no § 4º do art. 3º ou nos incisos I a III e VI
a XVI do caput do art. 17 da Lei Complementar nº 123, de 2006;
Notas:
19
Ano-calendário é o período de doze meses consecutivos, contados de 1º de janeiro a
31 de dezembro.
Não, pois, conforme o disposto na legislação fiscal, Lei nº 7.450, de 1985, art. 16, para
efeito de apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas, o período-base (trimestral
ou anual) deve estar, necessariamente, compreendido no ano-calendário, assim entendido
o período de doze meses contados de 1º de janeiro a 31 de dezembro. A apuração dos
resultados será efetuada com observância da legislação vigente à época de ocorrência dos
respectivos fatos geradores.
Normativo: Lei nº 7.450, de 1985, art. 16; RIR/2018, arts. 217 e 218.
018 O que se considera data do evento nas hipóteses de cisão, fusão, incorporação
ou extinção da pessoa jurídica?
Considera-se data do evento aquela em que houve a deliberação que aprovou a cisão,
incorporação ou fusão. No caso de extinção a data que ultimar a liquidação da pessoa
jurídica.
Notas:
20
Normativo: Lei nº 8.934, de 1994, arts. 32 e 36
019 Qual a forma de apresentação da ECF e quais documentos devem ser anexados?
III - à associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com
plano de contas referencial, definido pela Coordenação-Geral de Fiscalização
(Cofis), por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE);
IV - ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real, no
Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur), mediante tabela de adições
e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo;
V - ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL, no Livro Eletrônico
de Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e-Lacs), mediante tabela de adições e
exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo;
VI - aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar
em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo negativa
da CSLL; e
VII - aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a
observância de preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real e
da base de cálculo da CSLL, quando não devam, por sua natureza exclusivamente
fiscal, constar da escrituração comercial, ou sejam diferentes dos lançamentos
dessa escrituração.
VIII - à apresentação do Demonstrativo de Livro Caixa, a partir do ano-calendário
2016, para as pessoas jurídicas optantes pela sistemática do lucro presumido que
se utilizem da prerrogativa prevista no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981,
21
de 20 de janeiro 1995, e cuja receita bruta no ano seja superior a R$ 1.200.000,00
(um milhão e duzentos mil reais), ou proporcionalmente ao período a que se refere.
O Manual de Orientação do Leiaute da ECF, contendo informações de leiaute do arquivo
de importação, regras de validação aplicáveis aos campos, registros e arquivos, tabelas de
códigos utilizadas e regras de retificação da ECF, será divulgado pela Cofis por meio de
Ato Declaratório Executivo publicado no Diário Oficial da União (DOU).
O prazo para entrega da ECF será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta
e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do último dia fixado
para entrega da escrituração.
A ECF deverá ser assinada digitalmente mediante utilização de certificado digital válido.
Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deverá ser
entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e
incorporadoras, até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. Quando este
ocorrer de janeiro a maio do ano-calendário, o prazo será até o último dia útil do mês de
junho do referido ano, mesmo prazo da ECF para situações normais relativas ao ano-
calendário anterior.
Na transmissão da ECF, que é feita por meio da Internet, o Recibo de Recepção é emitido
na conclusão do envio, podendo ser impresso pelo próprio contribuinte, como
comprovante da recepção.
Retificação da ECF
021 Como proceder quando, após a entrega da ECF, a pessoa jurídica constatar que
houve falhas ou incorreções nos dados fornecidos?
22
A pessoa jurídica deverá entregar a ECF retificadora sempre que apresentar Escrituração
Contábil Digital (ECD) substituta que altere contas ou saldos contábeis recuperados na
ECF ativa na base de dados do Sped.
A pessoa jurídica que entregar ECF retificadora que altere valores de apuração do IRPJ
ou da CSLL que haviam sido informados na Declaração de Débitos e Créditos de Tributos
Federais (DCTF) deverá apresentar DCTF retificadora elaborada com observância das
normas específicas relativas a esta declaração.
Notas:
23
b) quando tiver por objetivo alterar o regime de tributação anteriormente adotado, salvo
nos casos determinados pela legislação, para fins de determinação do lucro arbitrado.
025 Quais pessoas imunes ao imposto de renda estão sujeitas à entrega da ECF?
24
Para o gozo da imunidade, as instituições citadas em “b” estão obrigadas a atender aos
seguintes requisitos:
a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;
c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das
formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão,
os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas
despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que
venham a modificar sua situação patrimonial;
e) apresentar, anualmente, a ECF, em conformidade com o disposto em ato da
Secretaria da Receita Federal do Brasil;
f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a
contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir
as obrigações acessórias daí decorrentes;
g) assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às
condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de
extinção da pessoa jurídica, ou a órgão público;
h) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer
título;
i) outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o
funcionamento das entidades citadas.
Notas:
25
benfeitores ou equivalentes da instituição de educação ou de assistência
social, conforme o caso; e
b) o total pago a título de remuneração aos dirigentes, pelo exercício das
atribuições estatutárias, deve ser inferior a cinco vezes o valor correspondente
ao limite individual estabelecido na letra "b" do item 3.
4) O disposto nos itens 2 e 3 não impede a remuneração da pessoa do dirigente
estatutário ou diretor que, cumulativamente, tenha vínculo estatutário e
empregatício, exceto se houver incompatibilidade de jornadas de trabalho.
5) a vedação estabelecida no item 1 não alcança a hipótese de remuneração de
dirigente, em decorrência de vínculo empregatício, pelas Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público (Oscip), qualificadas segundo as normas estabelecidas na
Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, e pelas Organizações Sociais (OS),
qualificadas consoante os dispositivos da Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998, desde
que a referida remuneração não seja superior, em seu valor bruto, ao limite
estabelecido para a remuneração de servidores do Poder Executivo Federal.
6) A imunidade referida nesta questão é restrita aos resultados relacionados com as
finalidades essenciais das entidades nela mencionadas.
7) A imunidade referida nesta questão não exclui a atribuição, por lei, às entidades
nela referidas, da condição de responsáveis pelo imposto que lhes caiba reter na fonte
e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento
de obrigações tributárias por terceiros.
8) não permite pagamento, pela instituição imune, em favor de seus associados ou
dirigentes, ou, ainda, em favor de sócios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica
a ela associada por qualquer forma, de despesas consideradas indedutíveis na
determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda ou da contribuição social
sobre o lucro líquido.
9) O disposto anteriormente é extensivo às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere aos resultados vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes, não se aplicando aos resultados
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
Normativo: CF/1988, art. 150, VI, “b” e “c”; art. 170, IV, e 173, § 4º
CTN, arts. 9º , 12, 13 e 14;
Lei Complementar nº 104, de 2001;
Lei nº 9.532, de 1997, art. 12 e 13, parágrafo único;
Lei nº 9.637, de 1998;
Lei nº 9.790, de 1999;
Lei nº 10.637, de 2002, art. 34 e art. 68, III;
Lei nº 12.868, de 2013, art. 18;
26
Lei nº 13.204, de 2015, art. 4º.
Notas:
027 Quais as condições determinadas pela legislação que devem ser observadas pelas
entidades enquadradas como isentas pela finalidade ou objeto?
As entidades consideradas isentas pela finalidade ou objeto deverão atender aos seguintes
requisitos:
a) não remunerar por qualquer forma seus dirigentes pelos serviços prestados;
27
b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos objetivos
sociais;
c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das
formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contados da data da emissão, os
documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas,
bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar
sua situação patrimonial;
e) apresentar, anualmente, ECF, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria
da Receita Federal do Brasil;
f) a vedação à remuneração dos dirigentes da instituição de educação e de assistência
social pelos serviços prestados, referida na letra "a", não alcança a hipótese de
remuneração de dirigente no caso de associações, fundações ou organizações da
sociedade civil, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser remunerados, desde
que atuem efetivamente na gestão executiva e desde que cumpridos os requisitos
previstos nos arts. 3º e 16 da Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, respeitados como
limites máximos os valores praticados pelo mercado na região correspondente à sua
área de atuação, devendo seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação superior da
entidade, registrado em ata, com comunicação ao Ministério Público, no caso das
fundações.
028 A imunidade e a isenção aplicam-se a toda renda obtida pelas entidades citadas?
28
não relacionadas com aquelas essenciais da entidade, estejam, indistintamente,
acobertadas pela imunidade apenas porque o seu produto é destinado à própria
instituição. Não se concebe que da imunidade resulte um favorecimento excessivo
à entidade, a ponto de ferir o princípio constitucional da livre concorrência em
relação às empresas que operam no mesmo ramo de atividade sem o benefício
tributário. Em outras palavras, deve-se analisar as peculiaridades de cada caso à luz
do princípio estatuído no art. 173, § 4º , da Constituição Federal.
Em relação a entidade isenta:
Por meio do Parecer Normativo CST nº 162, de 11 de setembro de 1974, a RFB
esclarece que para a fruição da isenção é necessária a observância dos requisitos
legais em sua totalidade, já que o descumprimento parcial das condições é
suficiente para a inaplicabilidade total da isenção, além disso, ressalta que a isenção
não pode ser reconhecida quando a entidade extrapola seus objetivos sociais e
exerce atividades de natureza econômico-financeira, já que, desse modo,
concorreria de forma desigual com organizações não alcançadas pela situação
beneficiada.
Não estão abrangidos pela isenção do imposto os rendimentos e ganhos de capital
auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável.
O disposto no parágrafo anteriore não se aplica aos rendimentos e ganhos de capital
auferidos pela Academia Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de
Imprensa e pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Normativo: CF/1988, art. 150, VI, “c”; art. 170, IV, e 173, § 4º;
Lei nº 9.532, de 1997, art. 15, §§ 2º e 5º;
PN CST nº 162, de 1974.
029 As instituições de educação e de assistência social (art. 150, inciso VI, alínea
“c”, da Constituição Federal) estão sujeitas à retenção do imposto de renda na
fonte sobre suas aplicações financeiras?
Apesar de o § 1º do art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997, dispor que “não estão abrangidos
pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras
de renda fixa ou de renda variável” auferidos por essas instituições, o Supremo Tribunal
Federal (STF) suspendeu a vigência desse dispositivo, por meio de medida liminar
deferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1802-3 (em sessão de 27/8/1998).
29
030 A prática de atos comuns às pessoas jurídicas com fins lucrativos descaracteriza
a isenção?
30
condão de permitir a exploração de atividades econômicas pela entidade, as quais
se transformem em importantes fonte de receitas, de forma a desvirtuá-la dos seus
objetivos sociais. Também, não afasta, antes exige a averiguação das circunstâncias
fáticas e jurídicas peculiares das atividades por ela exploradas.
Sem prejuízo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria da Receita Federal do
Brasil suspenderá o gozo da isenção, relativamente aos anos-calendário em que a pessoa
jurídica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribuído para a prática de
ato que constitua infração a dispositivo da legislação tributária, especialmente no caso de
informar ou declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bens ou
em dinheiro, ou, de qualquer forma, cooperar para que terceiro sonegue tributos ou
pratique ilícitos fiscais.
Considera-se, também, infração a dispositivo da legislação tributária o pagamento, pela
instituição isenta, em favor de seus associados ou dirigentes, ou, ainda, em favor de
sócios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica a ela associada por qualquer forma, de
despesas consideradas indedutíveis na determinação da base de cálculo do imposto sobre
a renda ou da CSLL.
Notas:
31
Os procedimentos a serem adotados pela fiscalização tributária nas hipóteses que
ensejem a suspensão da isenção encontram-se disciplinados na Lei nº 9.430, de 1996,
art. 32, sendo referido dispositivo aplicável também a fatos geradores ocorridos antes
da sua vigência, tendo em vista se tratar de norma de natureza meramente
instrumental.
32
Capítulo II - Contagem de Prazos 2019
Caso o termo inicial ou final do prazo ocorra em dia de sábado, domingo, feriado, ou em
que o expediente da repartição não seja normal, considera-se o prazo prorrogado para o
primeiro dia útil subsequente, ou em que a repartição funcione normalmente.
Notas:
33
b) o dia do vencimento do prazo (se não houver expediente no dia de vencimento,
prorroga-se para o primeiro dia útil);
c) não interrupção ou suspensão da contagem, uma vez iniciada, pois os prazos são
contínuos, conforme art. 210 do Código Tributário Nacional (CTN).
34
Capítulo III - Equiparações da Pessoa Física 2019
Não se caracterizam como empresa individual, ainda que, por exigência legal ou
contratual, encontrem-se cadastradas no CNPJ ou tenham seus atos constitutivos
registrados em Cartório ou Junta Comercial, entre outras:
35
órgão credenciador, esteja registrada como pessoa jurídica, e desde que não explore,
no mesmo local, outra atividade comercial;
d) o representante comercial que exerça exclusivamente a mediação para a realização de
negócios mercantis, como definido pelo art. 1º da Lei nº 4.886, de 1965, uma vez que
não os tenha praticado por conta própria;
e) todas as pessoas físicas que, individualmente, exerçam profissões ou explorem
atividades consoante os termos do art. 162, § 2º, IV e V, do RIR/2018, como por
exemplo: serventuários de justiça, tabeliães, corretores, leiloeiros, despachantes etc;
f) pessoa física que faz o serviço de transporte de carga ou de passageiros em veículo
próprio ou locado, mesmo que ocorra a contratação de empregados, como ajudantes
ou auxiliares. Caso haja a contratação de profissional para dirigir o veículo,
descaracteriza-se a exploração individual da atividade, ficando a pessoa física
equiparada à pessoa jurídica, tendo em vista a exploração de atividade econômica
como firma individual. O mesmo ocorre nos casos de exploração conjunta, haja ou
não co-propriedade do veículo, quando o exercício da atividade econômica passa de
individual para social, devendo a “sociedade de fato” resultante ser tributada como
pessoa jurídica. Ressalte-se, ainda, que o importante para a caracterização é a forma
como é explorada a atividade econômica e não o meio utilizado, devendo-se aplicar
os critérios acima expostos, qualquer que seja o veículo utilizado;
g) pessoa física que explora exclusivamente a prestação pessoal de serviços de
lavanderia e tinturaria, de serviços de jornaleiro, de serviços de fotógrafo.
36
003 Quais as obrigações acessórias a que está sujeita a pessoa física
equiparada à pessoa jurídica?
As pessoas físicas que, por determinação legal, sejam equiparadas a pessoas jurídicas
deverão adotar todos os procedimentos contábeis e fiscais aplicáveis às demais pessoas
jurídicas, estando especialmente obrigadas a:
Notas:
37
IN RFB nº 1.599, de 2015, art. 2º, inciso I;
IN RFB nº 1.671, de 2015
IN RFB nº 1.634, de 2016; art. 3º;
PN CST nº 80, de 1971 c/c PN CST nº 38, de 1975.
38
Decreto-Lei nº 1974, arts. 1º e 3º, inciso III;
RIR/2018, arts. 163 a 165;
PN CST nº 6, de 1986.
Notas:
39
Caso a transmissão se opere por meio de instrumento particular, a data de aquisição ou
alienação constante no respectivo instrumento, se favorável aos interesses da pessoa
física, somente será aceita pela autoridade fiscal quando atendida pelo menos uma das
seguintes condições:
a) o instrumento particular tiver sido registrado no Cartório do Registro Imobiliário, ou
no de Títulos e Documentos, no prazo de trinta dias, contados da data nele constante;
b) houver conformidade com cheque nominativo pago dentro do prazo de trinta dias,
contados da data do instrumento;
c) houver conformidade com lançamentos contábeis da pessoa jurídica, atendidos os
preceitos para escrituração em vigor;
d) houver menção expressa da operação nas declarações de bens da parte interessada,
apresentadas tempestivamente à repartição competente, juntamente com as
declarações de rendimentos.
Sim, é obrigatório o registro no CNPJ da pessoa física equiparada à pessoa jurídica por
prática de operações imobiliárias.
a) manter seu registro anterior no CNPJ, fazendo com que a escrituração contábil abranja
também os atos e fatos relativos às atividades imobiliárias, desde que haja
individualização nos lançamentos e registros contábeis, que permita apurar os
resultados em separado, apresentando, por fim, uma única declaração como pessoa
jurídica; ou
b) providenciar, no prazo de 90 dias da data da equiparação, novo registro no CNPJ,
específico para as atividades imobiliárias, sendo esta opção irrevogável enquanto
perdurar referida equiparação. Nesse caso, fará registrar e autenticar na repartição da
RFB da jurisdição do seu domicílio o Livro Diário e demais livros contábeis
obrigatórios, e estará obrigada a apresentar uma declaração de pessoa jurídica para
cada atividade explorada.
40
009 Quando tem início a aplicação do regime fiscal das pessoas
jurídicas para as pessoas físicas equiparadas por prática de
operações imobiliárias?
A aplicação do regime fiscal das pessoas jurídicas às pessoas físicas a elas equiparadas
terá início na data em que se completarem as condições determinantes da equiparação,
consoante os arts. 168 e 170 do RIR/2018:
Notas:
A forma de escrituração será a mesma adotada pelas demais pessoas jurídicas, de acordo
com o regime de tributação a que se submeterem.
Os regimes de tributação do imposto de renda pessoa jurídica são: lucro real, lucro
presumido e lucro arbitrado.
41
As pessoas jurídicas que se dediquem ao loteamento e à incorporação de imóveis não
podem optar pelo Simples Nacional.
Notas:
42
PN CST nº 97, de 1978 (Diário e livros auxiliares).
Notas:
43
Normativo: Lei nº 4.591, de 1964, art. 28, parágrafo único;
PN CST nº 77, de 1972.
Notas:
44
IN SRF nº 107, de 1988;
IN RFB nº 1.435, de 2013.
Notas:
45
concluídas, mediante pagamento do preço a prazo, ficam
sujeitos ao regime instituído para os incorporadores, no que
lhes for aplicável.
Não. O parcelamento do solo rural ou urbano poderá ser feito mediante loteamento ou
desmembramento, observadas, para os loteamentos urbanos, as disposições da Lei
nº 6.766, de 1979, bem como as pertinentes às legislações estaduais e municipais.
Notas:
46
RIR/2018, art. 165;
PN CST nº 77, de 1972;
PN CST nº 6, de 1986.
O lucro da empresa individual relativo a operações imobiliárias que deverá ser apurado
em cada período de apuração, com observância dos arts. 481 a 485 do RIR/2018,
compreenderá:
Notas:
47
pode fazer a apuração do imposto com base no lucro presumido,
após a conclusão dos empreendimentos para os quais haja
registro de custo orçado.
020 Qual o valor que deve ser considerado a título de receita bruta
pela pessoa física equiparada à pessoa jurídica pela prática de
operações imobiliárias?
48
IN SRF nº 25, de 1999, art. 2º;
IN RFB nº 1.700, de 2017 (para os optantes pelo fim do
RTT já para o ano-calendário de 2014, cf. art. 75 da Lei
nº 12.973, de 2014);
IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 33, § 1º, II, c, art. 35.
O lucro apurado pela pessoa física equiparada à pessoa jurídica, depois de deduzida a
provisão para o IRPJ, será considerado, por disposição legal, como automaticamente
distribuído no período de apuração.
Não. Esse lucro, após a dedução da provisão para pagamento do IRPJ, sempre será
considerado como automaticamente distribuído no período de apuração em que for
apurado.
Quando a pessoa física equiparada à pessoa jurídica não mantiver escrituração regular,
nos termos das leis comerciais e fiscais, sofrerá arbitramento, conforme o art. 603 do
RIR/2018.
49
O arbitramento, regra geral, é feito por meio de lançamento de ofício, entretanto, o
contribuinte poderá fazer o auto-arbitramento com base na receita bruta quando esta for
conhecida.
De acordo com as regras aplicáveis às demais pessoas jurídicas que tiverem seus lucros
arbitrados, em conformidade com o RIR/2018, arts. 602 a 613.
Os rendimentos da pessoa física como titular da empresa individual terão o seguinte
tratamento:
50
025 Em que data os imóveis serão considerados como integrantes
do patrimônio da empresa individual, no caso de equiparação
por prática de operações imobiliárias?
Deverão ser observadas as regras relativas ao ganho de capital. Saliente-se que, a partir
de 1º/01/1996, as pessoas físicas podem transferir a pessoas jurídicas, a título de
integralização de capital, bens e direitos pelo valor constante da respectiva declaração de
bens ou pelo valor de mercado; se a transferência não se fizer pelo valor constante da
declaração de bens, a diferença a maior será tributável como ganho de capital.
51
027 Quando se considera ocorrido o término da equiparação caso a
pessoa jurídica não efetue nenhuma alienação das unidades
imobiliárias ou lotes de terreno?
A pessoa física que, após sua equiparação à pessoa jurídica, não promover nenhum dos
empreendimentos nem efetuar nenhuma das alienações de unidades imobiliárias ou lotes
de terrenos, durante o prazo de trinta e seis meses consecutivos, deixará de ser
considerada equiparada a partir do término deste prazo, salvo quanto aos efeitos
tributários das operações em andamento que terão o tratamento previsto no art. 177, § 1º,
do RIR/2018.
b) o saldo a receber do preço dos imóveis então alienados, até seu recebimento total.
Notas:
O capital, no caso de pessoa física equiparada à pessoa jurídica por prática de operações
imobiliárias, será determinado, em cada período de apuração, pelos recursos efetivamente
52
investidos, em qualquer época, pela pessoa física titular da empresa individual, nos
imóveis considerados como integrantes do seu ativo, deduzidos os custos relativos aos
imóveis alienados na parte do preço cujo valor tenha sido recebido.
53
Capítulo IV - Responsabilidade na Sucessão 2019
54
Código Civil - Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002,
arts. 44 e 51;
A dissolução da pessoa jurídica é regulada pela Lei nº 6.404, de 1976 (Lei das S.A.), e
também pela Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil).
Dissolve-se a pessoa jurídica, nos termos do art. 206 da Lei das S.A.:
1) de pleno direito;
2) por decisão judicial;
3) por decisão da autoridade administrativa competente, nos casos e forma
previstos em lei especial.
O art. 1.033 do Código Civil de 2002 dispõe que as sociedades reputam-se dissolvidas
quando ocorrer:
55
2) exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade.
Vale destacar que o contrato pode prever outras causas de dissolução, a serem verificadas
judicialmente quando contestadas (Código Civil, art. 1.035).
Quanto aos efeitos da dissolução, disciplina o art. 207 da Lei das S.A.: “A pessoa jurídica
dissolvida conserva a personalidade até a extinção, com o fim de proceder à liquidação”.
A dissolução não extingue a personalidade jurídica de imediato, pois a pessoa jurídica
continua a existir até que se concluam as negociações pendentes, procedendo-se à
liquidação das ultimadas, conforme disposto no art. 51 do Código Civil.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, arts. 208 a 218;
Código Civil - Lei nº 10.406, de 2002, arts. 51, 1.102 a
1.112; e
PN CST nº 191, de 1972.
56
008 Quais os efeitos da liquidação de uma pessoa jurídica?
Caso não conste dos atos constitutivos, compete à assembleia geral, no caso de
companhia, aos sócios ou ao titular, nas demais pessoas jurídicas, determinar o modo de
liquidação e nomear o liquidante que poderá ser destituído, a qualquer tempo, pelo órgão
que o tiver nomeado, em se tratando de dissolução de pessoa jurídica de pleno direito.
No caso de liquidação judicial será observado o disposto na lei processual, devendo o
liquidante ser nomeado pelo juiz. Além dos casos previstos no art. 206, inciso II, da Lei
das S.A., a liquidação será processada judicialmente:
1) a pedido de qualquer acionista, se os administradores ou a maioria de acionistas
deixarem de promover a liquidação, ou a ela se opuserem, nos casos do inciso I
do artigo 206;
57
2) a requerimento do Ministério Público, à vista de comunicação da autoridade
competente, se a companhia, nos 30 (trinta) dias subsequentes à dissolução, não
iniciar a liquidação ou, se após iniciá-la, a interromper por mais de 15 (quinze)
dias, no caso da alínea “e” do inciso I do artigo 301.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, arts. 206, 208 e
209; e
Código Civil - Lei nº 10.406, de 2002, art. 1.038, § 2º.
58
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 220; e
Código Civil - Lei nº 10.406, de 2002, art. 1.113.
Notas:
Normativo: Lei das S.A. – Lei nº 6.404, de 1976, art. 220, parágrafo
único;
Código Civil - Lei nº 10.406, de 2002, art. 1.113; e
RIR/2018, arts. 231 e 929.
59
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 222; e
Código Civil – Lei nº 10.406, de 2002, art. 1.115.
· RIR/2018, art. 196, III; e arts. 231; 232; 518; 519; 585; 924; 929;
· Lei das S.A. – Lei nº 6.404, de 1976, arts. 219 a 234 e 264, com as alterações
introduzidas pelas Leis nº 9.457, de 1997, nº 10.303, de 2001, nº 11.638, de 2007, e nº
11.941, de 2009;
· Código Civil – Lei nº 10.406, de 2002, arts. 1.116 a 1.122;
· Outros: AD Cotec/Cosit nº 1, de 1997; IN DREI nº 10, de 2013, com as alterações
introduzidas pelas IN DREI nº 21, de 2014 e nº 22, de 2014; Instrução CVM nº 319,
de 1999, com as alterações introduzidas pelas Instruções CVM nº 320, de 1999, nº 349,
de 2001 e nº 565, de 2015.
60
016 O que vem a ser a incorporação de pessoa jurídica?
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra,
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
Desaparecem as sociedades incorporadas, permanecendo, porém, com a sua natureza
jurídica inalterada, a sociedade incorporadora.
Para que se processe a incorporação deverão ser cumpridas as formalidades exigidas pelo
art. 227 da Lei das S.A.:
a) aprovação da operação pela incorporada e pela incorporadora (relativamente ao
aumento de capital a ser subscrito e realizado pela incorporada) por meio de reunião
dos sócios ou em assembleia geral dos acionistas (para as sociedades anônimas);
b) nomeação de peritos pela incorporadora;
c) aprovação dos laudos de avaliação pela incorporadora, cujos diretores deverão
promover o arquivamento e publicação dos atos de incorporação, após os sócios ou
acionistas da incorporada também aprovarem os laudos de avaliação e declararem
extinta a pessoa jurídica incorporada.
Para as sociedades que não são regidas pela Lei das S.A., valem as disposições dos arts.
1.116 a 1.118 do Código Civil.
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade
nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. Com a fusão, extinguem-se
todas as sociedades anteriores para dar lugar a uma só, na qual todas elas se fundem.
61
019 Como se processa a fusão de sociedade?
Para que se processe a fusão, deverão ser cumpridas as formalidades exigidas pelos §§ 1º
e 2º do art. 228 da Lei das S.A.:
a) cada pessoa jurídica resolverá a fusão em reunião dos sócios ou em assembleia geral
dos acionistas e aprovará o projeto de estatuto e o plano de distribuição de ações,
nomeando os peritos para avaliação do patrimônio das sociedades que serão objetos
da fusão.
b) constituída a nova sociedade e eleitos os seus primeiros diretores, estes deverão
promover o arquivamento e a publicação de todos atos relativos à fusão, inclusive a
relação com a identificação de todos os sócios ou acionistas.
Para as sociedades que não são regidas pela Lei das S.A., valem as disposições dos arts.
1.120 a 1.122 do Código Civil.
Normativo: Lei das S.A. –Lei nº 6.404, de 1976, art. 228, §§ 1º e 2º;
e
Código Civil – Lei nº 10.406, de 2002, arts. 1120 e 1122.
A cisão é a operação pela qual a sociedade transfere todo ou somente uma parcela do seu
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes,
extinguindo-se a sociedade cindida - se houver versão de todo o seu patrimônio - ou
dividindo-se o seu capital - se parcial a versão.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 229, com as
alterações da Lei nº 9.457, de 1997.
62
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 223, e 229, §§
1º e 3º.
Efetivada a cisão com extinção da sociedade cindida, caberá aos administradores das
sociedades que tiverem absorvido parcelas do seu patrimônio promover o arquivamento
e publicação dos atos da operação.
Na cisão com versão parcial do patrimônio esta obrigação caberá aos administradores da
companhia cindida e da que absorver parcela do seu patrimônio.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 229, § 4º.
A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou
diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos
estatutos ou contratos sociais.
Nas operações em que houver criação de sociedade serão observadas as normas
reguladoras da constituição das sociedades do seu tipo.
Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem companhia aberta, as sociedades que a
sucederem serão também abertas.
Notas:
63
024 Como será formado o “novo” capital nas operações de
incorporação, fusão e cisão?
Notas:
Notas:
64
pelo valor de mercado, conforme critério de avaliação utilizado
pela pessoa jurídica que esteja devolvendo capital.
Notas:
65
c) Nos casos cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorrido de janeiro a
abril do ano-calendário, o prazo para a apresentação da ECF será até o último dia útil
do mês de junho do referido ano, mesmo prazo da ECF para situações normais
relativas ao ano-calendário anterior;
d) O prazo para a entrega da ECF será encerrado às 23h59min59s, horário de Brasília,
do último dia fixado para a entrega da escrituração;
e) A apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda e da contribuição social
sobre o lucro líquido será efetuada na data do evento, ou seja, na data da deliberação
que aprovar a incorporação, fusão ou cisão, devendo ser computados os resultados até
essa data (Lei nº 9.430, de 1996, art 1º, §§ 1º e 2º);
f) No cálculo do imposto relativo ao período transcorrido entre o último período de
apuração e a data do evento, a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que
exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses
do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto
sobre a renda à alíquota de 10%;
g) O imposto sobre a renda e a contribuição social sobre o lucro líquido apurados
deverão ser pagos, em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do
evento;
h) A incorporadora também deverá apresentar ECF tendo por base balanço específico
levantado até 30 dias antes do evento, salvo nos casos em que as pessoas jurídicas,
incorporadora e incorporada, estivessem sob mesmo controle societário desde o ano-
calendário anterior ao do evento (Lei nº 9.959, de 2000, art. 5º);
i) Dar baixa da empresa extinta por incorporação, fusão ou cisão total, de acordo com
as regras dispostas na IN RFB nº 1.863, de 2018;
j) O período de apuração do IPI, da Cofins e da contribuição PIS/Pasep, será encerrado
na data do evento nos casos de incorporação, fusão e cisão ou na data da extinção da
pessoa jurídica, devendo ser pagos nos mesmos prazos originalmente previstos.
66
IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 239; e
IN RFB nº 1.524, de 2014.
Normativo: Lei das S.A. – Lei nº 6.404, de 1976, arts. 223 e 225; e
RIR/2018, art. 232, § 2º.
Notas:
67
030 Como serão avaliados os bens na incorporação, fusão e
cisão?
A pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio absorvido em virtude de
incorporação, fusão ou cisão deverá levantar balanço específico para esse fim, observada
a legislação comercial.
No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, que optar
pela avaliação a valor de mercado, a diferença entre este e o custo de aquisição, diminuído
dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão, será considerada ganho de capital,
que deverá ser adicionado à base de cálculo do imposto de renda devido e da contribuição
social sobre o lucro líquido. Os encargos serão considerados incorridos, ainda que não
tenham sido registrados contabilmente.
68
032 Qual o tratamento do ajuste a valor justo transferido para
a sucessora, no caso de incorporação, fusão e cisão?
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, os ganhos decorrentes de avaliação com base
no valor justo na sucedida não poderão ser considerados na sucessora como integrante do
custo do bem ou direito que lhe deu causa para efeito de determinação de ganho ou perda
de capital e do cômputo da depreciação, amortização ou exaustão.
A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensar
prejuízos fiscais da sucedida.
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus próprios
prejuízos, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido.
Continuação da PJ
69
035 Quando ocorre sucessão empresarial para efeitos de
responsabilidade tributária perante a legislação do imposto
de renda?
Sob o enfoque fiscal, sim. Nessas condições, o titular de firma individual pode transferir
o acervo líquido da empresa como forma de integralização de capital subscrito em
sociedade já existente, ou a ser constituída, a qual passará a ser sucessora nas obrigações
fiscais.
Da mesma forma, pode operar-se a sucessão mediante transferência para firma individual
de patrimônio líquido de sociedade.
Notas:
70
abrangerá a alienação de todas as unidades integrantes do
empreendimento. Não se admite, quanto a pessoas físicas
equiparadas nessas condições à empresa individual, sua
incorporação por sociedades que tenham, para efeitos tributários,
tratamento diferente para os estoques de imóveis;
3) A utilização do acervo de firma individual para a composição
do capital de sociedade já existente implica cancelamento do
registro daquela. Referido cancelamento poderá ser realizado
concomitantemente com o processo de arquivamento do ato da
sociedade em constituição ou da alteração de contrato de
sociedade.
71
Normativo: Lei nº 8.934, de 1994;
Portaria RFB nº 1.880, de 2013, art. 1º, e
IN RFB nº 1.863, de 2018, art. 27 e Anexo VIII.
Notas:
72
1) as sociedades que receberem parcelas do patrimônio da pessoa jurídica extinta por
cisão;
2) a sociedade cindida e a sociedade que absorver parcela do seu patrimônio, no caso de
cisão parcial;
3) os sócios, com poderes de administração, da pessoa jurídica extinta que deixar de
funcionar sem proceder à liquidação, ou deixar de apresentar a declaração de
encerramento da liquidação.
Não. A pessoa física ou jurídica que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelo tributo, relativo ao fundo ou estabelecimento adquirido, devido
até a data do ato.
O adquirente do fundo ou estabelecimento responde pelo tributo devido até a data do ato
de aquisição das seguintes formas, a depender do caso:
1) integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
ou
2) subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar, dentro
de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro
ramo de comércio, indústria ou profissão.
73
043 O que significa responsabilidade solidária?
Significa que, quando duas ou mais pessoas se apresentam na condição de sujeito passivo
da obrigação tributária, cada uma responde pelo total da dívida.
A exigência do tributo pelo credor poderá ser feita, integralmente, a qualquer um ou a
todos coobrigados sem qualquer restrição ou preferência.
De acordo com o art. 124 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, (Código Tributário
Nacional – CTN), são solidários, perante o Fisco, os que tenham interesse comum na
situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e os designados
expressamente pela lei.
Notas:
Essa espécie de responsabilidade pode ser vista no art. 134 do CTN, nos casos de
impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
quando passam a responder solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou
pelas omissões de que forem responsáveis: os pais, pelos tributos devidos por seus filhos
menores; os tutores ou curadores, pelos tributos devidos pelos tutelados ou curatelados;
os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; o inventariante,
pelos tributos devidos pelo espólio; o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela
massa falida ou pelo concordatário; os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão
de seu ofício; os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
74
Normativo: CTN – Lei nº 5.172, de 1966, art. 134.
75
Capítulo V - Simples 2019
Notas:
76
Notas:
77
Capítulo VI - IRPJ - Lucro Real 2019
Para fins da legislação do imposto de renda, a expressão “lucro real” significa o próprio
lucro tributável, e distingue-se do lucro líquido apurado contabilmente.
De acordo com o art. 258 do RIR/2018, lucro real é o lucro líquido do período de
apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas
pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro
líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais.
Notas:
78
003 Qual é o período de apuração do imposto de renda da pessoa
jurídica?
As pessoas jurídicas poderão apurar o imposto de renda com base no lucro real, presumido
ou arbitrado, determinado por períodos de apuração trimestrais encerrados em 31 de
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real poderá, opcionalmente, pagar
o imposto de renda mensalmente, determinado sobre base de cálculo estimada. Nessa
hipótese, deverá fazer a apuração anual do lucro real em 31 de dezembro de cada ano-
calendário. A opção será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao
mês de janeiro ou de início de atividade.
Período de apuração:
Pergunta 002 do capítulo XIII (Lucro Presumido);
Pergunta 009 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado).
O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de apuração, obtido na
escrituração comercial (antes da provisão para o imposto de renda) e demonstrado no
Lalur, observando-se que:
79
resultados negativos de equivalência patrimonial; custos e despesas não
dedutíveis);
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser
computados na determinação do lucro real (exemplos: ajustes decorrentes da
aplicação dos métodos dos preços de transferência; lucros auferidos por controladas
e coligadas domiciliadas no exterior);
2) poderão ser excluídos do lucro líquido:
a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham
sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração (exemplo:
depreciação acelerada incentivada);
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam
computados na determinação do lucro real (exemplos: resultados positivos de
equivalência patrimonial; dividendos);
3) poderão ser compensados, total ou parcialmente, à opção do contribuinte, os
prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, desde que observado o limite
máximo de trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões
previstas na legislação tributária. O prejuízo compensável é o apurado na
demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no Lalur (Parte B).
Notas:
80
serviços consumidos nas transações ou operações exigidas pela atividade da empresa, em
relação às quais já tenha nascido a obrigação correspondente, ainda que o respectivo
pagamento venha a ocorrer em período subsequente.
Despesas diferidas são aquelas que, embora incorridas no período de apuração, devam ser
registradas em conta do ativo permanente, subgrupo diferido, para apropriação ou
amortização em períodos de apuração futuros. O diferimento de despesas é decorrência
do regime de competência, em razão do qual as despesas devem ser apropriadas
simultaneamente às receitas que gerarem. São exemplos de despesas diferidas: despesas
pré-operacionais, despesas pré-industriais etc.
Notas:
Não. Despesas do período de apuração seguinte são aquelas que, embora registradas no
período de apuração em curso, são de competência do período de apuração subsequente
e, como tal, classificáveis no ativo circulante.
81
Veja ainda: Despesas diferidas: Pergunta 007 deste capítulo.
Notas:
82
A empresa deverá imobilizar as aquisições de bens e direitos, classificáveis no ativo
permanente, e lançar em despesas pré-operacionais as despesas, respeitando, sempre, as
condições gerais de dedutibilidade e os limites estabelecidos pela legislação tributária, já
que estes limites são válidos tanto para as despesas operacionais quanto para as pré-
operacionais.
Notas:
Notas:
Para as empresas que não explorem a atividade imobiliária, as aplicações que representem
construções em andamento devem ser classificadas em conta do ativo permanente
(imobilizado). No caso de empreendimento que envolva a construção de bens de
naturezas diversas, a empresa deverá fazer a distribuição contábil dos acréscimos de
maneira a permitir, ao término da construção, a correta identificação de cada bem,
segundo sua natureza e as taxas anuais de depreciação a eles aplicáveis.
Notas:
83
Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou
o disposto no art. 178, § 1º, da Lei nº 6.404, de 1976, o
subgrupo do ativo permanente foi inserido no grupo do ativo
não circulante, sendo substituído pelos subgrupos de
investimentos, imobilizado e intangível.
De acordo com o art. 354 do RIR/2018, a vida útil do bem é aquela prevista no ato de sua
aquisição. Nestas condições, serão agregadas ao valor do bem por ocasião de sua
utilização.
As demais partes e peças que não representem, quando aplicadas ao bem, acréscimo de
vida útil superior a um ano, são classificadas como estoques, sendo levadas a custos ou
despesas por ocasião de sua utilização.
A vida útil do bem é aquela prevista no ato de sua aquisição conforme o art. 354 do
RIR/2018.
84
Exemplo 1:
13,3333% ao ano,
Nova taxa de depreciação: (100% : 90 meses) ou 1,1111% ao
mês
85
b) apurar a diferença entre o total dos custos de substituição e o valor determinado
conforme o item “a”;
c) escriturar o valor de “a” a débito das contas de resultado;
d) escriturar o valor de “b” a débito da conta do ativo imobilizado que registra o bem,
o qual terá novo valor contábil depreciável no novo prazo de vida útil previsto.
Não interfere, na fixação da nova taxa de depreciação a ser utilizada, o eventual saldo da
depreciação acelerada incentivada controlado na Parte B do Lalur.
Novo prazo de vida útil para o bem recuperado 5,5 anos + 2,0
90 meses
anos = 7,5 anos
Notas:
86
do bem (sobre os gastos que devam ou não ser capitalizados
ver o PN CST nº 2, de 1984).
Notas:
87
bem registrado no ativo, acrescido dos gastos com reparos
(R$140.000,00), uma taxa anual de depreciação de 12,86%.
Segundo a natureza das transações, operações com ouro têm o seguinte tratamento
tributário:
A pessoa jurídica que adquirir bens por meio de consórcio poderá se defrontar com duas
fases distintas que refletem, necessariamente, procedimentos diversos: a primeira,
evidencia o período que antecede ao recebimento do bem, mas que implica desembolso
efetivo do consorciado; a segunda, surge com o recebimento do bem, mediante sorteio ou
antecipação de quotas (lance), remanescendo ou não saldo devedor.
88
imobilizado, sendo admissível, a critério exclusivo da pessoa jurídica, o registro no
circulante ou no realizável a longo prazo, considerando-se os princípios contábeis
recomendados para cada caso específico;
b) na segunda fase, por ocasião do recebimento do bem, em conta específica e
definitiva do ativo permanente, pelo valor constante na nota fiscal pela qual o bem
foi faturado.
Notas:
Por ocasião do recebimento do bem, a conta específica do ativo permanente que registrar
o valor do bem constante da nota fiscal terá como contrapartida:
Notas:
89
2) A diferença, positiva ou negativa, resultante do somatório
dos valores consignados em “a” e “b”, em confronto com o
valor constante da nota fiscal, deverá ser tratada como
variação monetária ativa ou passiva, conforme o caso.
Notas:
90
arrendamento e somatório dos custos diretos iniciais e o custo
de aquisição ou construção dos bens arrendados;
4) Na hipótese de a pessoa jurídica de que trata esta pergunta
ser tributada pelo lucro presumido ou arbitrado, o valor da
contraprestação deverá ser computado na determinação da
base de cálculo do imposto sobre a renda;
5) Poderão ser computadas na determinação do lucro real da
pessoa jurídica arrendatária as contraprestações pagas ou
creditadas por força de contrato de arrendamento mercantil,
referentes a bens móveis ou imóveis intrinsecamente
relacionados com a produção ou comercialização dos bens e
serviços, inclusive as despesas financeiras nelas consideradas;
6) São indedutíveis na determinação do lucro real as despesas
financeiras incorridas pela arrendatária em contratos de
arrendamento mercantil;
7) O disposto no item 6 também se aplica aos valores
decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso III
do caput do art. 184 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
1976.
Não. Neste caso, os tributos provisionados devem ser escriturados na Parte A do Lalur,
como adição ao lucro líquido para fins de apuração do lucro real, sendo controlados na
Parte B do mesmo livro até que ocorra o desfecho da ação. Sendo o resultado da ação:
91
a) desfavorável ao contribuinte, implicará a conversão do depósito judicial porventura
existente em renda da União, possibilitando o reconhecimento da dedutibilidade do
tributo ou contribuição, com a baixa do valor escriturado na Parte B do Lalur, e a
sua exclusão na Parte A no período de apuração correspondente;
b) favorável ao contribuinte, resultará no levantamento de eventuais depósitos
judiciais existentes, ocorrendo, então, a reversão para o resultado ou patrimônio
líquido dos valores da provisão, bem como a baixa na Parte B do Lalur, dos valores
ali controlados, e a sua exclusão na parte A no período de apuração correspondente,
esta, procedida unicamente naquela primeira hipótese (reversão para o resultado).
Notas:
92
Ocorre que, antes do advento das disposições do art. 4º da Lei nº 9.959, de 2000, a
reavaliação de quaisquer bens que não fossem classificados no ativo imobilizado da
entidade deveria ser oferecida à tributação, porque, quando de sua constituição, não havia
previsão legal amparando o diferimento da contrapartida da reavaliação registrada no
patrimônio líquido ou no resultado.
Também era oferecida à tributação, por se considerar realizada a reserva de reavaliação
de bens classificados no imobilizado, quando de sua capitalização (exceto bens imóveis
e direitos de exploração de patentes).
Com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.959, de 2000, art. 4º, a contrapartida da
reavaliação efetuada somente pode ser oferecida à tributação, quer pelo reconhecimento
em conta de resultado, quer pela adição ao lucro líquido para fins de apuração do lucro
real, por ocasião de sua efetiva realização. A efetiva realização do bem se dá no período
em que ocorrer:
a) alienação, sob qualquer forma;
b) depreciação, amortização ou exaustão; e
c) baixa por perecimento.
Notas:
93
026 O que se entende por “lucro líquido do período de apuração”?
Notas:
O lucro líquido do período de apuração de qualquer pessoa jurídica, ainda que não
constituída sob a forma de sociedade por ações, deverá ser apurado com observância das
disposições da Lei nº 6.404, de 1976, e alterações posteriores, conforme o disposto no
RIR/2018, art. 286, § 1º.
Assim, a escrituração deverá ser mantida em registro permanente, em obediência aos
preceitos da legislação comercial, e aos Princípios Fundamentais de Contabilidade,
devendo observar métodos e critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, arts. 191, 187, 189
e 190; e
RIR/2018, art. 286, § 1º.
94
028 Quais as alíquotas aplicáveis sobre o lucro, para determinar o
imposto de renda devido pela pessoa jurídica em cada período
de apuração?
Sobre a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da
multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, o adicional incidirá à alíquota de dez por cento. Aplica-se esse
adicional, inclusive, na exploração da atividade rural e, também, nas hipóteses de
incorporação, fusão e cisão.
Notas:
95
030 Quais os valores que poderão ser deduzidos do adicional do
IRPJ?
Não serão permitidas quaisquer deduções do valor do adicional, o qual deverá ser
recolhido integralmente como receita da União.
Nota:
96
Capítulo VII - Escrituração 2019
Lalur
O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido pela sigla Lalur, é um livro de
escrituração de natureza eminentemente fiscal, criado pelo Decreto-Lei nº 1.598,
de 1977, conforme previsão do § 2º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, e alterações
posteriores, e destinado à apuração extra contábil do lucro real sujeito à tributação pelo
imposto de renda em cada período de apuração, à apuração do Imposto sobre a Renda
devido, com a discriminação das deduções, quando aplicáveis, e demais informações
econômico-fiscais da pessoa jurídica, contendo, ainda, elementos que poderão afetar os
resultados de períodos futuros e não constem na escrituração comercial.
O Lalur será entregue em meio digital (e-Lalur) e deve ser elaborado de forma integrada
às escriturações comercial e fiscal, completada a ocorrência de cada fato gerador do
imposto, devendo discriminar:
97
retificação da ECF, será divulgado pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis) por
meio de Ato Declaratório Executivo publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 177, § 2º, com
a alteração introduzida pela Lei nº 11.941, de 2009, arts.
37 e 38;
RIR/2018, art. 277;
Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 19 de dezembro
de 2013, art. 4º;
98
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março de
2017, art. 310, §3º;
Decreto-lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, §6º, incluído pela
Lei nº 12.973, de 2014, e art. 8º, I; e
Ato Declaratório Executivo COSIT nº 20, de 13 de
julho de 2015; nº 34, de 23 de dezembro de 2015; nº 22,
de 29 de julho de 2016; nº 32, de 12 de setembro de
2017; e nº 33, de 22 de setembro de 2017.
Notas:
99
II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) para as pessoas
jurídicas que não se enquadrarem na hipótese de que trata o
inciso I da Nota 1;
100
Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 19 de dezembro
de 2013, art. 5º.
Para fins de lançamento dos ajustes do lucro líquido do período de apuração, o Lalur será
dividido da seguinte forma:
I - Créditos: Valores que constituirão adições ao lucro líquido de exercícios futuros, para
determinação do lucro real e do resultado ajustado respectivo e para baixa dos saldos
devedores;
II - Débitos: Valores que constituirão exclusões nos exercícios subsequentes e para baixa
dos saldos credores.
101
005 O que deverá conter a Parte A do Lalur?
Os registros de ajuste do lucro líquido do período serão feitos com individuação e clareza,
com identificação, quando for o caso:
a) das subcontas ou contas analíticas do plano de contas e indicação discriminada por
lançamento correspondente na escrituração comercial, quando presentes; ou
b) dos valores sobre os quais a adição ou a exclusão foi calculada, quando se tratar de
ajuste que não tenha registro correspondente na escrituração comercial;
102
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março de
2017, art. 310; e
IN SRF nº 28, de 1978.
Na Parte B do e-Lalur serão mantidos os registros de controle de valores que, pelas suas
características, integrarão a tributação de períodos subsequentes, quer como adição, quer
como exclusão ou compensação. Como exemplos, podem ser citados:
Notas:
103
Normativo: RIR/2018, art. 277;
IN SRF nº 28, de 1978; e
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março de
2017, art. 310.
Os lançamentos no Lalur devem ser feitos segundo o regime de apuração adotado pelo
contribuinte, como a seguir:
Não. A partir da edição da Medida Provisória nº 627, de 2013, art. 99, inciso IV,
convertida na Lei nº 12.973, de 2014, está revogada essa possibilidade.
O Lalur será entregue em meio digital, ao Sistema Público de Escrituração Digital –
SPED, na forma da IN RFB nº 1.422, de 2013, mediante utilização de certificado digital
válido.
104
010 O Lalur está dispensado de qualquer autenticação?
Não. O Lalur será entregue em meio digital, ao Sistema Público de Escrituração Digital
– SPED, na forma da IN RFB nº 1.422, de 2013, mediante utilização de certificado digital
válido.
Para a pessoa jurídica tributada com base no lucro real, a ECF de que trata a Instrução
Normativa RFB nº 1.422, de 2013, é o Lalur de trata o caput do art. 310, inclusive na
aplicação de multas previstas nos arts. 311 e 312, todos da IN RFB nº 1.700/2017.
Para melhor compreensão da questão, deve-se salientar que existem dois prejuízos
distintos: o prejuízo contábil, apurado pela contabilidade na demonstração do resultado
do exercício, e o prejuízo fiscal, apurado na demonstração do lucro real.
Esse prejuízo (fiscal) é o que será registrado na Parte B do e-Lalur, para compensação
nos períodos de apuração subsequentes, independentemente da compensação ou absorção
105
de prejuízo contábil. Seu controle será efetuado exclusivamente na Parte B, com
utilização de conta (folha) distinta para o prejuízo correspondente a cada período.
A utilização desse prejuízo (fiscal) para compensação com lucro real apurado
posteriormente em períodos de apuração subsequentes poderá ser efetuada, total ou
parcialmente, independentemente de prazo, devendo ser observado apenas, em cada
período de apuração, o limite de trinta por cento do respectivo lucro líquido ajustado
(lucro líquido do período + adições – exclusões). O valor utilizado é levado a débito na
conta de controle (Parte B) e transferido para a Parte A do livro, com vistas a ser
computado na demonstração do lucro real, na qual será registrado como compensação.
No que tange à CSLL, a base de cálculo negativa compensável, para efeito de tributação,
é a que for apurada na demonstração da base de cálculo da CSLL de determinado período,
obedecendo às normas da legislação.
A base de cálculo negativa será registrada e controlada na Parte B do e-Lacs, para
compensação nos períodos de apuração subsequentes, e sua utilização, em períodos de
apuração subsequentes, poderá ser efetuada, total ou parcialmente, devendo ser
observado, em cada período de apuração, o limite de trinta por cento do respectivo lucro
líquido ajustado (lucro líquido do período + adições – exclusões). O valor utilizado é
levado a débito na conta de controle (Parte B) e transferido para a Parte A do livro, com
vistas a ser computada na demonstração do resultado ajustado, na qual será registrada
como compensação.
Notas:
Não. De acordo com a legislação fiscal, não há prazo para a compensação de prejuízos
fiscais, mesmo relativamente àqueles apurados anteriormente à edição da Lei nº 8.981,
de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 1995. Entretanto, a compensação está
condicionada à manutenção dos livros e documentos exigidos pela legislação fiscal,
comprobatórios da existência do prejuízo fiscal utilizado.
106
Existe limite para a compensação de prejuízos fiscais e de
014
bases de cálculo negativas de CSLL?
Sim. Para efeito de determinar o lucro real e o resultado ajustado, o lucro líquido ajustado
pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do Imposto sobre a
Renda e da CSLL só poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento de seu valor.
Sim. Apesar desta não ser a nomenclatura atualmente utilizada em virtude da edição da
Lei nº 11.941, de 2009, há restrições à compensação de prejuízos, os quais somente
poderão ser compensados com lucros de mesma natureza, observando-se o limite legal de
compensação.
Os prejuízos decorrentes da alienação de bens e direitos do ativo imobilizado,
investimento e intangível, ainda que reclassificados para o ativo circulante com intenção
de venda, poderão ser compensados, nos períodos de apuração subsequentes ao de sua
apuração, somente com lucros de mesma natureza, observado o limite previsto no art. 15
da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995.
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 187, IV, com
a alteração introduzida pela Lei nº 11.941, de 2009, art.
37;
107
RIR/2018, arts. 581 e 582;
IN SRF nº 11, de 1996, art. 36;
Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, art. 43; e
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 205.
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 187, IV, com
a alteração introduzida pela Lei nº 11.941, de 2009, art.
37;
IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, § 4º e Instrução
Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 205, § 5º.
Notas:
108
não circulante, sendo substituído pelos subgrupos de
investimentos, imobilizado e intangível;
2) Com a edição da Lei nº 11.941, de 2009, art. 37, que alterou
o disposto no art. 187, IV, da Lei nº 6.404, de 1976, a
designação “receitas e despesas não operacionais” foi
substituída pela denominação “outras receitas e outras
despesas”.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, arts. 178, § 1º, e
187, IV, com as alterações introduzidas pela Lei nº
11.941, de 2009, art. 37;
RIR/2018, art. 581;
IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, §§ 1º e 2º; e
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 205,
§§ 1º e 2º.
Sim. Para fins de compensação de prejuízos fiscais, não poderão ser compensadas as
perdas decorrentes de baixa de bens ou direitos em virtude de se terem tornado
imprestáveis, obsoletos ou caído em desuso, ainda que posteriormente venham a ser
alienados como sucata.
Notas:
109
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, arts. 178, § 1º, e
187, IV, com as alterações introduzidas pela Lei nº
11.941, de 2009, art. 37;
RIR/2018, art. 581, parágrafo único;
IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, § 12; e
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, art. 205, §
13º
Demonstrações Financeiras
A Lei das S.A. estabeleceu, em seu art. 176, que, ao fim de cada exercício social, a
diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio
da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
1) balanço patrimonial;
2) demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
3) demonstração do resultado do exercício;
4) demonstração dos fluxos de caixa; e
5) demonstração do valor adicionado, se companhia aberta.
Essas demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação
patrimonial e do resultado do exercício.
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 176, § 6º, com
a alteração introduzida pela Lei nº 11.638, de 2007, art.
1º.
110
020 Quais as demonstrações financeiras obrigatórias para efeito da
legislação tributária?
Todas as pessoas jurídicas sujeitas à apuração do lucro real, seja qual for o tipo societário
adotado, estão obrigadas a elaborar, ao final de cada período de apuração do imposto de
renda (trimestral ou anual), com observância das leis comerciais (Lei das S.A.), as
seguintes demonstrações financeiras:
1) balanço patrimonial;
2) demonstração do resultado do período; e
3) demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 176, com a
alteração introduzida pela Lei nº 11.638, de 2007, art.
1º;
RIR/2018, art. 286; e
PN nº 34, de 1981.
Sim. O livro Diário e os demais livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por
sistema de processamento eletrônico de dados, em formulários contínuos, cujas folhas
deverão ser numeradas em ordem sequencial, mecânica ou tipograficamente, e conterão
termos de abertura e de encerramento.
111
mediante a apresentação da Escrituração Contábil Digital (ECD), dispensando, neste
caso, a autenticação pelas juntas comerciais.
112
II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que não se utilizem
da prerrogativa prevista no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981, de 1995.
III - as sociedades em Conta de Participação (SCP), enquadradas em uma das
demais hipóteses de obrigatoriedade previstas, como livros próprios ou livros
auxiliares do sócio ostensivo.
A partir de 1º de janeiro de 2018, todas as pessoas jurídicas e equiparadas obrigadas a
manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial, inclusive entidades
imunes e isentas, deverão apresentar a ECD. Esta obrigação não se aplica somente:
Notas:
113
3) A obrigatoriedade de manutenção dos arquivos e meios
magnéticos, para fins de apresentação à RFB, não se aplica às
empresas optantes pelo Simples Nacional;
I - à metade, quando a obrigação for cumprida após o prazo, mas antes de qualquer
procedimento de ofício; e
114
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se a obrigação for cumprida no prazo fixado
em intimação.
Livro Diário
A autenticação de livros contábeis das empresas poderá ser feita por meio do Sistema
Público de Escrituração Digital - Sped de que trata o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro
de 2007, mediante a apresentação de escrituração contábil digital.
A autenticação dos livros e documentos que integram a ECD das empresas mercantis e
atividades afins, subordinadas às normas gerais prescritas na Lei nº 8.934, de 18 de
115
novembro de 1994, será comprovada pelo recibo de entrega da ECD emitido pelo Sped,
dispensada qualquer outra autenticação.
Notas:
A autenticação por qualquer outra autoridade pública somente será válida nos casos em
que houver delegação de competência das Juntas Comerciais para autenticar instrumentos
de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias, excepcionados os livros
digitais.
As sociedades simples deverão autenticar seu livro Diário no Registro Civil das Pessoas
Jurídicas, para que a escrituração nele mantida, com observância das disposições legais,
e comprovada por documentos hábeis faça prova a favor da pessoa jurídica.
116
A autenticação exigível para fins tributários de livros contábeis digitais das pessoas
jurídicas não sujeitas ao Registro do Comércio poderá ser feita pelo Sped por meio de
apresentação da Escrituração Contábil Digital (ECD). Esta autenticação será comprovada
pelo recibo de entrega emitido pelo Sped, dispensada qualquer outra forma de
autenticação, nos termos do Decreto nº 9.555, de 6 de novembro de 2018.
Sim, desde que a escrituração seja mantida em registros permanentes, com obediência aos
preceitos da legislação comercial e fiscal e aos Princípios Fundamentais de Contabilidade,
observando métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo, e registrando as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
No livro diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento,
dia a dia, todas as operações relativas ao exercício da pessoa jurídica.
Todavia, por força da legislação em vigor, as demonstrações financeiras deverão ser
elaboradas em conformidade com o que dispõe a Lei nº 6.404, de 1976, obrigação esta
estendida a todas as pessoas jurídicas sujeitas à tributação com base no lucro real,
conforme determinado pelo Decreto-Lei nº 1.598, de 1977.
117
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976;
Decreto-Lei nº 1.598, de 1977;
RIR/2018, art. 273 e 286.
Por outro lado, o livro diário deverá ser apresentado através da ECD por todas as pessoas
jurídicas e equiparadas obrigadas a manter escrituração contábil nos termos
da legislação comercial, inclusive entidades imunes e isentas.
Notas:
118
comercial para o livro Diário, especialmente os constantes dos arts. 2º e 5º do Decreto-
Lei nº 486, de 1969, e do Decreto nº 64.567, de 1969.
Dessa forma, a escrituração das fichas deve obedecer aos mesmos princípios que a do
livro Diário, isto é, conforme a ordem cronológica de dia, mês e ano, utilizando-se cada
ficha até seu total preenchimento, somente se passando para a ficha seguinte quando
esgotada a anterior, sem quaisquer espaços em branco, rasuras ou entrelinhas.
Procedimento diverso, por não atender às determinações legais, torna a escrituração
passível de desclassificação, inclusive a escrituração das fichas unicamente em forma de
Razão, ou seja, uma ficha para cada conta.
No Diário deverão ser lançados, dia a dia, os atos ou operações da atividade mercantil e
os que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial do contribuinte.
Entretanto, relativamente a determinadas contas cujas operações sejam numerosas ou
realizadas fora da sede do estabelecimento, admite-se a escrituração do Diário por totais
que não excedam a um mês, desde que utilizados livros auxiliares para registro
individuado dessas operações, como, entre outros, os livros Caixa, Registro de Entradas
e de Saídas de Mercadorias, Registro de Duplicatas etc., os quais, nessa hipótese, tornam-
se obrigatórios.
119
Nesses casos, transportar-se-ão para o livro Diário somente os totais mensais, fazendo-se
referência às páginas em que as operações se encontrem lançadas nos livros auxiliares,
que deverão encontrar-se devidamente registrados, permanecendo a obrigação de serem
conservados os documentos que permitam sua perfeita verificação, observado, ainda, o
regime de competência.
Livro Razão
Sim. É obrigatória, para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, a
escrituração e a manutenção do livro Razão ou fichas, utilizados para resumir e totalizar,
por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais
exigências e condições previstas na legislação.
A escrituração deverá ser individualizada, obedecendo-se à ordem cronológica das
operações.
120
036 Qual o tratamento tributário aplicável à pessoa jurídica que não
mantiver ou não apresentar o livro Razão quando solicitado?
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão escriturar o Livro Registro
de Inventário ao final de cada período de apuração anual ou trimestral, conforme haja ou
não opção pelos recolhimentos mensais no curso do ano-calendário, com base na
estimativa.
121
038 A falta de escrituração do Livro de Registro de Inventário implica
a desclassificação da escrita, ainda que o montante de estoque
apurado no final do período de apuração esteja registrado no
balanço patrimonial?
Sim, pois as pessoas jurídicas sujeitas à tributação com base no lucro real devem
comprová-lo por meio da sua escrituração, na forma estabelecida pelas leis comerciais e
fiscais.
Notas:
Os estoques, nessa hipótese, devem constar, no livro de inventário, pelo valor obtido
mediante avaliação, que deverá ser procedida da seguinte forma:
a) os estoques dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no
período de apuração; e
b) os estoques de materiais em processamento, em oitenta por cento do valor dos
produtos acabados, determinado na forma anterior, ou por uma vez e meia o maior
custo das matérias-primas adquiridas no período de apuração.
Notas:
122
2) Quanto ao valor a ser atribuído às mercadorias e matérias-
primas existentes na data do balanço, ver item 3 do PN CST
nº 5, de 1986.
Contabilização do ICMS
Nas vendas, o ICMS destacado constituirá parcela da conta redutora da receita bruta,
como imposto incidente sobre vendas que é, para se chegar à receita líquida.
123
2) Nas vendas, com destaque de ICMS a dezessete por cento:
3) Nos recolhimentos:
Notas:
124
041 A contabilização do ICMS destacado nas notas fiscais de
compras e de vendas, a cada operação, é obrigatória ou
facultativa?
Por outro lado, o art. 208 do RIR/2018 determina que, para obtenção da receita líquida
de vendas deverá ser diminuído, da receita bruta, o ICMS incidente sobre as vendas.
Assim, verifica-se que a legislação fiscal exige o destaque do ICMS nas operações em
que haja a sua incidência, entretanto, não instituiu norma contábil a ser obrigatoriamente
seguida pelas pessoas jurídicas.
Nessa hipótese, há de ser admitido como válido o procedimento contábil adotado pela
pessoa jurídica, desde que o resultado final não seja diferente daquele que se chegaria
utilizando-se os critérios estabelecidos pela IN SRF nº 51, de 1978.
125
043 Quando ocorre, em linhas gerais, a postergação do pagamento
do imposto ou a redução indevida do lucro real?
A redução indevida do lucro real ocorre quando não for adicionada ao lucro líquido
qualquer parcela tida como não dedutível, ou dele for excluída parcela não autorizada
pela legislação tributária.
Segundo a Súmula do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) nº 36,
publicada no DOU de 22 de dezembro de 2009, de observância obrigatória pela
Administração Pública Federal (Portaria MF nº 383, DOU de 14/07/2010), a
inobservância do limite legal de trinta por cento para compensação de prejuízos fiscais
ou bases de cálculo negativas de CSLL, quando comprovado pelo sujeito passivo que o
tributo que deixou de ser pago em razão dessas compensações o foi em período posterior,
caracteriza postergação do pagamento do IRPJ ou da CSLL, o que implica excluir da
exigência a parcela paga posteriormente.
Esclareça-se, portanto, que na situação prevista nessa Súmula, havendo o pagamento
espontâneo, em período posterior, antes da lavratura do auto de infração, trata-se de caso
de postergação de pagamento, e não de redução indevida do lucro real.
Esses mesmos fatos, porém, adquirem relevância fiscal quando o contribuinte objetiva,
antecipando a receita, criar lucro necessário ao aproveitamento de prejuízo fiscal, cujo
direito à compensação caducaria se obedecido o regime de competência, consoante as
regras vigentes até 31/12/1994; ou, a partir de 1º/01/1995, quando o contribuinte procura
aumentar o lucro visando à compensação de valor maior do que o limite de trinta por
cento, previsto para a compensação de prejuízos fiscais, na forma da Lei nº 8.981,
de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 1995, art. 15.
126
045 Como deverá ser regularizada, na apuração do lucro real, a
inobservância do regime de competência, quando o
procedimento partir da autoridade fiscal?
Em caso contrário, a diferença entre o retificado e o anteriormente apurado, por ter gerado
postergação de pagamento do imposto, enseja que a autoridade fiscal efetue o lançamento
no período em que tenha havido indevida redução do lucro real, constituindo o crédito
tributário pelo valor líquido, isto é, depois de compensado o imposto se este já tiver sido
lançado em período posterior.
127
o caso (períodos de apuração encerrados até 31/12/1995), calculados sobre seu montante
e cobrados, se já não espontaneamente pagos ou lançados, mediante auto de infração.
Os comandos normativos são no sentido de que seja ajustado o lucro líquido para
determinação do lucro real, não se tratando, portanto, de simplesmente ajustar o lucro
real, mas que este resulte ajustado quando considerados os efeitos das exclusões e adições
procedidas no lucro líquido do exercício, devendo-se observar os seguintes
procedimentos:
a) tratando-se de receita, rendimento ou lucro postecipado: excluir o seu montante do
lucro líquido do período de apuração em que houver sido reconhecido e adicioná-lo
ao lucro líquido do período de competência;
b) tratando-se de custo ou despesa antecipado: adicionar o seu montante ao lucro líquido
do período de apuração em que houver ocorrido a dedução e excluí-lo do lucro líquido
do período de competência;
c) apurar o lucro real correto, correspondente ao período do início do prazo de
postergação e a respectiva diferença de imposto, inclusive adicional, e de contribuição
social sobre o lucro líquido;
d) efetuar a correção monetária, quando for o caso (períodos de apuração encerrados até
31/12/1995), dos valores acrescidos ao lucro líquido correspondente ao período do
início do prazo da postergação, e dos valores das diferenças do imposto e da
contribuição social, considerando seus efeitos em cada balanço de encerramento de
período subsequentes, até o período de término da postergação;
e) deduzir do lucro líquido de cada período de apuração subsequente, inclusive o de
término da postergação, o valor correspondente à correção monetária, quando for o
caso (períodos de apuração encerrados até 31/12/1995), dos valores mencionados na
alínea “d” anterior;
f) apurar o lucro real e a base de cálculo da contribuição social corretos, correspondentes
a cada período de apuração, inclusive o de término da postergação, considerando os
efeitos de todos os ajustes procedidos, inclusive o de correção quando for o caso
(períodos de apuração encerrados até 31/12/1995); e
g) apurar as diferenças entre os valores pagos e devidos, correspondentes ao imposto de
renda e à contribuição social sobre o lucro líquido.
Notas:
128
considerado no momento do lançamento de ofício, devendo a
autoridade fiscal, em relação às parcelas que já houverem sido
pagas, exigir, exclusivamente, os acréscimos relativos a juros
e multa, caso o contribuinte não os tenha pago.
129
ao lucro líquido do período de apuração indevido e excluí-lo do lucro líquido do período
de competência.
Ressalte-se que somente se configurará a hipótese de postergação do pagamento se a
parcela da diferença apurada a este título, do imposto ou contribuição social relativa a
determinado período de apuração, for efetiva e espontaneamente paga, com os respectivos
acréscimos legais (multa e juros de mora pelo prazo da postergação, e correção monetária,
nos períodos em que esta era cabível), antes de qualquer procedimento de ofício contra o
contribuinte.
Desde que não ocorra postergação do pagamento do imposto para período posterior ao
em que seria devido, ou redução indevida do lucro real em qualquer período de apuração,
serão admitidas a retificação, a complementação ou a simples feitura de lançamento de
deduções, cujo valor, se dedutível ou tributável, afetará a determinação do lucro real do
período em que se justifique a regularização.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 186, § 1º.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 186, § 1º.
130
052 Como a pessoa jurídica deverá proceder, no período em que foi
efetuado o ajuste, com relação às parcelas regularizadas
decorrentes da inobservância do regime de competência, quando a
legislação comercial determinar que a retificação seja considerada
como ajustes de exercícios (períodos) anteriores?
Assim, o ajuste lançado contra uma conta patrimonial do ativo ou passivo, mesmo que
indicando a fonte da despesa ou receita objeto da regularização, deverá ter como
contrapartida a conta de lucros ou prejuízos acumulados.
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 186, § 1º.
131
Capítulo VIII - Lucro Operacional 2019
Será classificado como lucro bruto o resultado da atividade de venda de bens ou serviços
que constitua objeto da pessoa jurídica.
O lucro bruto corresponderá à diferença entre a receita líquida das vendas e serviços e o
custo dos bens e serviços vendidos.
A receita bruta compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria,
o resultado auferido nas operações de conta alheia, o preço da prestação de serviços em
geral e as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas
nos itens anteriores.
Da mesma forma, para que a apuração dos resultados não sofra distorções, não se
computam, no custo de aquisição das mercadorias para revenda e das matérias-primas, os
impostos não cumulativos que devam ser recuperados (IPI, ICMS).
132
Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do
ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976, observadas as não inclusões acima citadas.
O ICMS integra a receita bruta e é considerado parcela redutora para fins de apuração da
receita líquida.
Notas:
133
Eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de vendas ou de rescisão
contratual não devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas ser computados
nos resultados operacionais.
Notas:
Notas:
134
pagos na condição de contribuinte substituto na venda de
cigarros e veículos;
2) Igualmente não se incluem as contribuições para o PIS e a
Cofins calculadas sobre receitas que não integram a receita
bruta de vendas;
3) O valor a ser considerado a título de ICMS corresponde ao
resultado da aplicação das alíquotas sobre as receitas de
vendas sujeitas a esse imposto, e não ao montante recolhido
durante o respectivo período de apuração pela pessoa jurídica.
Custo
Notas:
135
arrendatária. Nesse caso, a pessoa jurídica deverá proceder ao
ajuste no lucro líquido para fins de apuração do lucro real, no
período de apuração em que o encargo de depreciação,
amortização ou exaustão for apropriado como custo de
produção.
Sim. A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento
do custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser
registrada diretamente como custo.
Considera-se como bem de consumo eventual aquele bem aplicável nas atividades
industriais ou no setor de prestação de serviços ocasionalmente, sem regularidade.
Notas:
136
Normativo: RIR/2018, art. 303.
Assim, tendo em vista as disposições contidas na Lei nº 9.430, de 1996, que preveem a
apuração do lucro real, base de cálculo do imposto de renda, por períodos trimestrais ou,
por opção, em 31 de dezembro na hipótese de recolhimentos mensais com base na
estimativa, conclui-se que a pessoa jurídica estará obrigada a promover o levantamento e
a avaliação dos seus estoques com a seguinte periodicidade:
Notas:
137
O valor dos bens existentes no encerramento do período de apuração poderá ser o custo
médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente. Admite-se, ainda, a
avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro.
a) os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-
primas adquiridas no período, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados,
determinado de acordo com a alínea “b” a seguir;
b) os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período
de apuração.
138
Para aplicação do disposto na alínea “b”, o valor dos produtos acabados deverá ser
determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a
título de ICMS.
Notas:
139
015 O maior preço de venda no período de apuração para avaliação dos
estoques de produtos acabados e em fabricação, na ausência de
sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o
restante da escrituração, deverá ser tomado excluindo-se a parcela do
ICMS?
Não. Tratando-se de avaliação que tenha por base o preço de venda, e considerando-se
que o próprio ICMS integra a base de cálculo desse imposto, constituindo seu destaque
mera indicação para fins de controle, o valor dos produtos acabados e em fabricação
deverá ser determinado tomando por base o maior preço de venda no período de apuração,
sem exclusão de qualquer parcela a título de ICMS.
Caso seja necessária a constituição de provisão para ajuste dos estoques ao valor de
mercado, quando este for menor, para atendimento aos Princípios Fundamentais de
Contabilidade e disposições do inciso II do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, essa
provisão não será dedutível para fins de apuração do lucro real.
Despesas Operacionais
140
Normativo: RIR/2018, art. 311; e
PN CST nº 32, de 1981.
Sim. Poderá ser deduzido, como despesa operacional, o custo de aquisição de bens do
ativo não circulante imobilizado e intangível cujo prazo de vida útil não seja superior a
um ano ou de valor unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), desde que
atinja a utilidade funcional individualmente (não empregados em conjunto).
Notas:
Sim. Poderá ser computado, como custo ou despesa operacional, o valor da aquisição de
guarnições de cama, mesa e banho, e louça, utilizadas por empresas que exploram
serviços de hotelaria, restaurantes e atividades similares.
141
021 Podem ser considerados, como despesas operacionais, os
dispêndios com viagens dos funcionários a serviço da empresa?
O acima disposto não se aplica aos casos de gastos de viagem realizada por funcionários
em função de transferência definitiva para outro estabelecimento da pessoa jurídica, nem
com relação às despesas com alimentação de sócios, acionistas e diretores.
142
Cupom Fiscal), observados os seguintes requisitos em relação à pessoa jurídica
compradora:
a) identificação, mediante indicação do respectivo CNPJ;
b) descrição dos bens ou serviços, objeto da operação;
c) a data e o valor da operação.
Qualquer outro meio de emissão de nota fiscal, inclusive o manual, depende de
autorização da Secretaria de Estado da Fazenda, com jurisdição sobre o domicílio fiscal
da empresa interessada.
Notas:
São vedadas as deduções das seguintes despesas operacionais, para efeito de apuração do
lucro real:
a) de qualquer provisão, com exceção apenas daquelas constituídas para: férias de
empregados e 13º salário; reservas técnicas das companhias de seguro e de
capitalização, das entidades de previdência privada e das operadoras de planos de
assistência à saúde, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas
aplicável; e para perdas de estoques, de que tratam os arts. 8º e 9º da Lei nº 10.753,
de 2003, com a redação do art. 85 da Lei nº 10.833, de 2003.
b) das contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou
imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou
comercialização dos bens e serviços;
c) de despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação,
impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis e imóveis,
exceto se relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos
143
bens e serviços (sobre o conceito de bem intrinsecamente relacionado com a
produção ou comercialização dos bens e serviços, vide a IN SRF nº 11, de 1996,
art. 25);
d) das despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
e) das contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e
planos de saúde e benefícios complementares assemelhados aos da Previdência
Social, instituídos em favor de empregados e dirigentes da pessoa jurídica;
f) de doações em geral, exceto aquelas cuja dedutibilidade esteja expressamente
autorizadas pela legislação; e
g) das despesas com brindes.
Notas:
144
025 Quando não cabe o direito de registrar o custo de aquisição de bens
do ativo imobilizado como despesas operacionais, mesmo que
individualmente situados dentro do limite de valor estabelecido para
cada ano-calendário?
A condição legal de dedutibilidade não exige que a vida útil do bem expire no mesmo
ano-calendário em que este é adquirido.
Assim, o prazo de um ano (doze meses) deve ser contado a partir da data de aquisição do
bem, ainda que esse prazo termine no ano seguinte.
145
Nesse caso, o valor despendido deverá ser ativado, para ser depreciado ou amortizado em
períodos de apuração futuros.
Notas:
146
IN SRF nº 11, de 1996, art. 25.
Não são aceitos, como custos ou despesas operacionais dedutíveis no próprio período de
apuração de sua efetivação, os gastos realizados com reparos, conservação ou substituição
de partes de que resultem aumento de vida útil superior a um ano, em relação à prevista
no ato de aquisição do respectivo bem.
Nesse caso, os gastos correspondentes deverão ser capitalizados, a fim de servirem de
base a depreciações futuras.
030 Como deve ser computado o aumento de vida útil superior a um ano
de duração do bem, para efeito de não permitir a dedutibilidade dos
gastos com reparos, conservação ou substituição de partes no próprio
período de apuração de sua efetivação?
O aumento de vida útil superior a um ano deve ser computado a partir da data final de
utilização do bem, prevista no ato de aquisição, correspondendo ao período de
prolongamento de vida útil que se possa esperar em função dos gastos efetuados com
reparos, conservação ou substituição de partes.
Deverá representar, pelo menos, mais doze meses de condições eficientes de operação.
Multas
Não. As multas por infrações fiscais, como regra geral, não são dedutíveis na
determinação do lucro real, como custo ou despesa operacional.
Entretanto, poderão ser dedutíveis as multas de natureza compensatória e as impostas por
infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo.
147
032 O que deve ser entendido por multas fiscais?
Não. As multas decorrentes de infrações às normas de natureza não tributária, tais como
as decorrentes de leis administrativas, penais, trabalhistas etc. (como, por exemplo,
multas de trânsito, pesos e medidas, FGTS, INSS, CLT etc.), embora não se caracterizem
como fiscais, são indedutíveis na determinação do lucro real, por não se enquadrarem no
conceito de despesa operacional dedutível para fins do imposto de renda, e não atenderem
ao disposto no art. 311 do RIR/2018, que condiciona a dedutibilidade das despesas a que
elas sejam necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte
produtora.
É penalidade de caráter civil, posto que comparável à indenização prevista no direito civil.
Em decorrência disso, nem a própria denúncia espontânea é capaz de excluir a
responsabilidade por esses acréscimos, usualmente chamados moratórios.
Porém, nem todos os acréscimos moratórios previstos na legislação tributária podem ser
considerados compensatórios.
A multa moratória somente terá natureza compensatória quando, cumulativamente,
preencher as seguintes condições:
a) não ser excluída pela denúncia espontânea; e
b) guardar equivalência com a lesão provocada, o que é revelado pela própria lei ao fixar
o percentual em função do tempo de atraso (exemplo: 0,33% por dia de atraso até o
limite máximo de vinte por cento, fixado para imposição de multa moratória).
148
PN CST nº 61, de 1979, item 4.
As multas fiscais são punitivas ou compensatórias, sendo que estas já foram objeto de
resposta em perguntas anteriores (perguntas 34 e 35).
149
A multa de natureza punitiva é aquela que se funda no interesse público de penalizar o
inadimplente; é a multa proposta por ocasião do lançamento de ofício pela autoridade
administrativa; é aquela cuja aplicação é excluída pela denúncia espontânea a que se
refere o art. 138 do Código Tributário Nacional, em que o arrependimento, oportuno e
formal, da prática da infração faz cessar o motivo de punir.
Como exemplos de multas punitivas, podemos citar:
Como exemplo de multa dessa natureza cita-se a aplicada às pessoas jurídicas que
deixarem de fornecer aos beneficiários, no prazo legal, ou fornecerem com inexatidão, o
Comprovante Anual de Rendimentos Pagos ou Creditados e de Retenção de Imposto de
Renda na Fonte.
Receita de Exportação
150
Notas:
Entende-se como data de embarque dos produtos para o exterior (momento da conversão
da moeda estrangeira) aquela averbada no Siscomex.
151
042 O que vem a ser “prêmio sobre saque de exportação” e qual o
seu tratamento?
“Prêmio sobre saque de exportação” é a importância que for liberada pelo banco
interveniente na operação de câmbio, a favor do exportador, tendo por referência a
diferença correspondente à desvalorização estimada do Real entre a data do fechamento
do contrato de câmbio e a data da liquidação do saque, representando prêmio
complementar à taxa cambial, nos casos de venda de câmbio para entrega futura.
Referida perda de valor dos ativos, que tem por objeto bens físicos do ativo imobilizado
das empresas, será registrada periodicamente em contas de custo ou despesa (encargos de
depreciação do período de apuração) que terão como contrapartida contas de registro da
depreciação acumulada, classificadas como contas retificadoras do ativo imobilizado.
Notas:
152
Normativo: RIR/2018, art. 317.
Regra geral, a taxa de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa
esperar a utilização econômica do bem, pelo contribuinte, na produção dos seus
rendimentos.
Os prazos de vida útil admissíveis para fins de depreciação dos seguintes veículos
automotores, adquiridos novos, foram fixados em:
153
Bens Taxa de depreciação Prazo
25% ao ano
Veículos automotores para transporte de 10
pessoas ou mais, incluído o motorista (Anexo III da IN RFB nº 4 anos
1.700, de 2017, Posição 8702)
25% ao ano
Veículos automóveis para transporte de
mercadoria (Anexo III da IN RFB nº 4 anos
1.700, de 2017, Posição 8704)
25% ao ano
(Anexo III da IN RFB nº
1.700, de 2017, usa a
Caminhões fora-de-estrada expressão Veículos 4 anos
Automóveis Especiais
abrangendo os Caminhões
fora-de-estrada - Posição
8705)
25% ao ano
Motociclos (Anexo III da IN RFB nº 4 anos
1.700, de 2017, Posição 8711)
Notas:
154
Caso a quota de depreciação registrada na contabilidade do
contribuinte seja menor do que aquela normalmente
admissível, a diferença poderá ser excluída do lucro líquido
na apuração do lucro real, observando-se que, em qualquer
hipótese, o montante acumulado, das cotas de depreciação não
poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem. Nesse caso, a
partir do período de apuração em que o montante acumulado
das quotas de depreciação computado na determinação do
lucro real atingir o custo de aquisição do bem, o valor da
depreciação, registrado na escrituração comercial, deverá ser
adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do
lucro real.
A taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior
dos seguintes prazos:
a) metade do prazo de vida útil admissível para o bem adquirido novo; ou
b) restante da vida útil do bem, considerada essa vida útil em relação à primeira
instalação ou utilização desse bem.
155
047 Como proceder quando a taxa de depreciação efetivamente
suportada pelos bens da pessoa jurídica divergir da
normalmente admissível, tenha sido, ou não, fixada para efeitos
fiscais, pela RFB?
Notas:
A depreciação dos bens será deduzida somente pelo contribuinte que suportar o encargo
econômico do desgaste ou obsolescência, de acordo com as condições de propriedade,
posse ou uso do bem.
O valor não depreciado dos bens sujeitos à depreciação e que se tornarem imprestáveis
ou caírem em desuso será computado, por ocasião da efetiva saída do bem do patrimônio
da empresa (baixa física), como despesa não operacional. Quando houver valor
econômico apurável, o montante da alienação será computado como receita não
operacional da empresa.
156
Notas:
Podem ser objeto de depreciação todos os bens físicos sujeitos a desgaste pelo uso, por
causas naturais, ou obsolescência normal, inclusive edifícios e construções, e projetos
florestais destinados à exploração dos respectivos frutos (para projetos florestais, vide
PN CST nº 18, de 1979).
A partir de 1º/01/1996, somente será admitida, para fins de apuração do lucro real, a
despesa de depreciação de bens móveis ou imóveis que estejam intrinsecamente
relacionados com a produção ou comercialização de bens e serviços objeto da atividade
empresarial.
157
Normativo: RIR/2018, art. 318.
Qualquer que seja a forma de registro desse encargo, na escrituração trimestral ou mesmo
anual, a quota de depreciação somente será dedutível, como custo ou despesa operacional,
a partir do mês em que o bem é instalado, posto em serviço ou em condições de produzir.
Não. O bem somente poderá ser depreciado depois de instalado, posto em serviço ou em
condições de produzir.
Não. Será admitida quota acima da usualmente utilizada desde que o contribuinte prove
adequação das quotas adotadas em função da utilização do bem em condições adversas
em determinado período, e não decorrente de simples “recuperação”, respeitados os
limites mínimos de tempo e máximos de taxas, estabelecidos pela legislação fiscal.
Notas:
158
adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do
lucro real;
2) Se o contribuinte deixar de deduzir a depreciação de um
bem depreciável do ativo imobilizado em determinado
período de apuração, não poderá fazê-lo acumuladamente fora
do período em que ocorreu a utilização desse bem, tampouco
os valores não deduzidos poderão ser recuperados
posteriormente através da utilização de taxas superiores às
máximas permitidas.
159
056 Sabendo-se que não é admitida quota de depreciação sobre
terrenos, como proceder quando o registro contábil de imóvel
construído agregar o valor da construção ao do terreno?
Quando o valor do terreno não estiver separado do valor da edificação que sobre ele
existir, deve ser providenciado o respectivo destaque, para que seja admitida a dedução
da depreciação do valor da construção ou edifício.
Para isso, o contribuinte poderá se basear em laudo pericial para determinar que parcela
do valor contabilizado corresponde ao valor do edifício ou construção, aplicando, sobre
essa parcela, o percentual de depreciação efetivamente suportado, limitado, para efeito
tributário, ao admitido para esse tipo de bem.
Notas:
Depreciação Acelerada
160
058 Qual o critério para aplicação da depreciação acelerada
contábil?
No que concerne aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas
diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada sobre as taxas
normalmente utilizáveis:
a) 1,0 – para um turno de oito horas de operação;
b) 1,5 – para dois turnos de oito horas de operação; e
c) 2,0 – para três turnos de oito horas de operação.
Nessas condições, um bem cuja taxa normal de depreciação é de dez por cento ao ano
poderá ser depreciado em quinze por cento ao ano se operar dezesseis horas por dia, ou
vinte por cento ao ano, se em regime de operação de 24 horas por dia.
Sim. Não existe impedimento a que os dois regimes sejam aplicados cumulativamente,
desde que atendidas as demais exigências previstas na legislação relativa a cada um deles,
pois, do contrário, haverá cerceamento de um dos dois direitos.
Ressalte-se, por oportuno, a regra geral impeditiva de que, em qualquer caso, o montante
acumulado das quotas de depreciação deduzidas na apuração do lucro real não pode
ultrapassar o custo de aquisição do bem registrado contabilmente.
Não. Não é necessária prévia autorização para que a pessoa jurídica possa adotar esse
regime.
Entretanto, caso seja utilizada a depreciação acelerada contábil, o contribuinte poderá ser
solicitado, a qualquer tempo, a justificar convenientemente esse procedimento, sob pena
de ver glosado o excesso em relação à taxa normal, com a cobrança dos tributos e dos
acréscimos cabíveis.
161
Notas:
162
Dispêndios Realizados com Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento de Inovação
Tecnológica de Produtos:
A partir de 2003, os valores relativos aos dispêndios incorridos em instalações fixas e na
aquisição de aparelhos, máquinas e equipamentos, destinados à utilização em projetos de
pesquisa e desenvolvimentos tecnológicos, metrologia, normalização técnica e avaliação
da conformidade, aplicáveis a produtos, processos, sistemas e pessoal, procedimentos de
autorização de registros, licenças, homologações e suas formas correlatas, e relativos a
procedimentos de proteção de propriedade intelectual, poderão ser depreciados na forma
da legislação vigente, podendo o saldo não depreciado ser excluído na determinação do
lucro real, no período de apuração em que concluída sua utilização (Lei nº 10.637,
de 2002, art. 39, § 2º; e Lei nº 11.196, de 2005, art. 20).
O valor do saldo excluído na forma do parágrafo anterior deverá ser controlado na Parte
B do Lalur e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração
posterior, pelo valor da depreciação normal que venha a ser contabilizada como despesa
operacional.
Para fins da dedução, os dispêndios deverão ser controlados contabilmente em contas
específicas, individualizadas por projeto realizado.
Sem prejuízo do disposto anteriormente, a pessoa jurídica poderá, ainda, excluir, na
determinação do lucro real, valor equivalente a cem por cento do dispêndio total de cada
projeto concluído com sucesso na vigência da Lei nº 10.637, de 2002, que venha a ser
transformado em depósito de patente até 31 de dezembro de 2005, devidamente
registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e, cumulativamente,
em pelo menos uma das seguintes entidades de exame reconhecidas pelo Tratado de
Cooperação sobre Patentes (Patent Cooperation Treaty - PCT): I – Departamento Europeu
de Patentes (European Patent Office); II – Departamento Japonês de Patentes (Japan
Patent Office); ou III – Departamento Norte-Americano de Patentes e Marcas (United
States Patent and Trade Mark Office). Para convalidar a adequação dos dispêndios
efetuados, com vistas ao gozo do benefício fiscal, os projetos de desenvolvimento de
inovação tecnológica deverão ser encaminhados às agências credenciadas pelo Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT) para análise e aprovação técnica, nos termos do disposto
no § 5º do art. 4º da Lei nº 8.661, de 1993 (Lei nº 10.637, de 2002, art. 42, caput; e
Lei nº 11.196, de 2005, art. 133, I, “d”).
O valor que servirá de base para a exclusão deverá ser controlado na Parte B do Lalur,
por projeto, até que sejam satisfeitas as exigências previstas na Lei nº 10.637, de 2002,
quando poderão ser excluídos na determinação do lucro real (Lei nº 10.637, de 2002,
art. 40, § 1º).
Os valores registrados deverão, a qualquer tempo, ser comprovados por documentação
idônea, que deverá estar à disposição da fiscalização da Secretaria da Receita Federal do
Brasil (Lei nº 10.637, de 2002, art. 40, § 2º).
163
efeito de apuração do IRPJ e da CSLL (Lei nº 11.196, de 2005, art. 17, III, com a redação
dada pela Lei nº 11.774, de 2008).
164
Empresas de Desenvolvimento ou Produção de Bens e Serviços de Informática e
Automação:
As empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e
automação que investirem em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia
da informação poderão fazer jus ao benefício da depreciação acelerada, calculada pela
aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por dois, sem
prejuízo da depreciação normal das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos
novos destinados ao uso na produção industrial, incorporados ao ativo fixo e utilizados
no processo de produção (Lei nº 8.191, de 1991, art. 2º, Lei nº 8.248, de 1991, art. 4º, e
Lei nº 10.176, de 2001, art. 1º).
Para fazer jus ao benefício, as empresas deverão atender às condições estabelecidas no
art. 11 e parágrafos da Lei nº 8.248, de 1991, com redação dada pelas Leis nºs 10.176, de
2001, 10.664, de 2003, 11.077, de 2004, e 12.249, de 2010.
O benefício fiscal não pode ser usufruído cumulativamente com outro idêntico, salvo
quando expressamente autorizado em lei (Lei nº 8.191, de 1991, art. 5º).
165
Para efeito de apuração do imposto sobre a renda, a partir de 1º de janeiro de 2013, as
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real terão direito à depreciação acelerada,
calculada pela aplicação adicional da taxa de depreciação usualmente admitida, sem
prejuízo da depreciação contábil das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos
(Lei nº 12.794, de 2013, art. 4º, e § 2º, III):
O disposto neste item se aplica aos bens novos, relacionados em regulamento, adquiridos
ou objeto de contrato de encomenda entre 16 de setembro e 31 de dezembro de 2012, e
destinados ao ativo imobilizado do adquirente(Lei nº 12.794, de 2013, art. 4º, § 1º).
Para fins de uso da depreciação acelerada, são consideradas as máquinas, equipamentos,
aparelhos e instrumentos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto
sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de
dezembro de 2011 , conforme os códigos relacionados no Anexo ao Decreto nº 7.854, de
4 de dezembro de 2012 (Decreto nº 7.854, de 2012, art. 1º, § 5º).
A depreciação acelerada de que trata este item será calculada antes da aplicação dos
coeficientes de depreciação acelerada a que se refere o art. 69 da Lei no 3.470, de 28 de
novembro de 1958 (Lei nº 12.788, de 2013, art. 1º, § 2º, II).
O total da depreciação acumulada, incluindo a normal e a acelerada, não poderá
ultrapassar o custo de aquisição do bem (Decreto nº 7.854, de 2012, art. 1º, § 2º).
Notas:
166
escriturada diretamente como exclusão, na Parte A, e como controle, na Parte B do
Lalur;
c) o total da depreciação acumulada, incluindo a normal e a acelerada, não poderá
ultrapassar o custo de aquisição do bem registrado contabilmente; e
d) a partir do período de apuração em que a soma da depreciação contábil mais a
depreciação acelerada incentivada atingir a importância total do bem registrado
contabilmente (item “c” anterior), o valor da depreciação normal, registrado na
escrituração comercial, que continuar a ser reconhecido contabilmente, deverá ser
adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real, com a
concomitante baixa desse valor na conta de controle da Parte B do Lalur.
Notas:
Amortização
Notas:
167
subgrupo do ativo diferido foi inserido no grupo do ativo não
circulante, sendo substituído pelo subgrupo do intangível.
Notas:
168
067 Quais direitos ou bens poderão ser objeto de amortização?
Notas:
169
Para fins de determinação do lucro real, não serão computadas, no período de apuração
em que incorridas, as despesas:
I - de organização pré-operacionais ou pré-industriais, inclusive da fase inicial de
operação, quando a empresa utilizou apenas parcialmente o seu equipamento ou as suas
instalações; e
II - de expansão das atividades industriais.
As despesas acima referidas poderão ser excluídas para fins de determinação do lucro
real, em quotas fixas mensais e no prazo mínimo de 5 (cinco) anos, a partir:
a) - do início das operações ou da plena utilização das instalações, no caso do inciso I
acima; e
b) - do início das atividades das novas instalações, no caso do inciso II acima.
Notas:
170
Lei nº 12.973, de 2014, arts. 2º, e 117, I, e III, “b”; e
Decreto nº 5.798, de 2006, art. 3º, V.
Sim, pois, em qualquer hipótese, o montante acumulado das quotas de amortização não
poderá ultrapassar o custo de aquisição do direito ou bem, ou o total da despesa efetuada,
registrado contabilmente.
A principal distinção entre esses dois encargos é que, enquanto a depreciação incide sobre
os bens físicos de propriedade do próprio contribuinte, a amortização se relaciona com a
diminuição de valor de bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de
serviço público, devem reverter ao poder concedente ao fim do prazo da concessão, sem
indenização; ou que, locados ou arrendados, ou em bens de terceiros, não houver direito
ao recebimento de seu valor; ou dos direitos (ou despesas diferidas) com prazo limitado
(legal ou contratualmente).
171
Tratamento do saldo não amortizado quando concluída a utilização dos bens
intangíveis:
Os valores relativos aos dispêndios incorridos a partir de 1º de janeiro de 2006, relativos
aos procedimentos de proteção de propriedade intelectual explorada exclusivamente em
atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, poderão
ser amortizados na forma da legislação vigente, podendo o saldo não amortizado ser
excluído na determinação do lucro real, no período de apuração em que for concluída sua
utilização.
A propriedade intelectual, cujo dispêndio é amortizável na forma do parágrafo anterior,
refere-se às instalações fixas, aparelhos, máquinas e equipamentos, destinados à
utilização em projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, metrologia,
normalização técnica e avaliação da conformidade, aplicáveis a produtos, processos,
sistemas e pessoal, procedimentos de autorização de registros, licenças, homologações e
suas formas correlatas.
O valor do saldo excluído na forma dos parágrafos anteriores deverá ser controlado no
Lalur, e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração
posterior, pelo valor da amortização normal que venha a ser contabilizada como despesa
operacional.
A pessoa jurídica beneficiária de amortização acelerada de que trata o tópico anterior, não
poderá utilizar-se do benefício de exclusão do saldo não amortizado, de que trata este
tópico, relativamente aos mesmos bens intangíveis.
Notas:
Exaustão
172
073 Em que consiste a exaustão, em termos contábeis?
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 183, § 2º, “c”;
e
RIR/2018, arts 336 e 337.
Notas:
173
O valor dos direitos contratuais de exploração de florestas por
prazo determinado, na forma do art. 334 do RIR/2018, é
objeto de amortização e não de exaustão.
Notas:
174
Não poderá ser objeto de exaustão a exploração de jazidas
minerais inesgotáveis ou de exaurimento indeterminável,
como as de água mineral.
175
081 Quais controles deverão ser mantidos pelas empresas de
mineração, com relação às quotas de exaustão dos recursos
minerais explorados?
O incentivo utilizável será, na apuração do lucro real, registrado como exclusão do lucro
líquido do período de apuração, na Parte A do Lalur.
As empresas que optarem por manter controle de exaustão incentivada na Parte B do
Lalur deverão baixar do saldo dessa conta a parcela excluída na Parte A.
176
Normativo: RIR/1999, art. 333.
Sabendo-se que o valor do incentivo deve ser registrado na escrituração contábil a crédito
da conta especial de reserva de lucros, tendo como contrapartida o lucro líquido, a
exclusão a título de exaustão incentivada não poderá ter um valor maior que o lucro
líquido do período de apuração respectivo.
177
088 Como proceder para cálculo da exaustão incentivada no caso de
existirem simultaneamente várias jazidas ou minas?
Se várias forem as jazidas ou minas que tenham contribuído com parcelas maiores ou
menores na formação da receita bruta, o valor do incentivo corresponderá a vinte por
cento da soma dessas receitas, menos a soma das quotas de exaustão real contabilizadas.
Atentar que, em qualquer caso, o limite da exaustão incentivada de cada jazida,
individualmente considerada, não poderá ser ultrapassado.
A quota de exaustão dos recursos florestais destinados a corte terá como base de cálculo
o valor original das florestas.
Para o cálculo do valor da quota de exaustão florestal, será observado o seguinte critério:
a) apurar-se-á, inicialmente, o percentual que o volume dos recursos florestais utilizados
ou a quantidade de árvores extraídas, durante o período de apuração, representa em
relação ao volume ou à quantidade de árvores que, no início do período de apuração,
compunham a floresta;
b) o percentual encontrado será aplicado sobre o valor contábil da floresta, registrado no
ativo, e o resultado será considerado como custo dos recursos florestais extraídos.
178
Normativo: RIR/2018, art. 337, § 2º.
Apropriação de Quotas
a) a depreciação, somente a partir do mês em que o bem for instalado, posto em serviço
ou em condições de produzir;
b) a amortização, a partir da utilização do bem ou direito ou do início da atividade para
a qual contribuam despesas pré-operacionais a ela relativas, passíveis de amortização;
e
c) a exaustão, a partir do mês em que se iniciar o esgotamento dos direitos de exploração
mineral ou florestal registrados no ativo.
Notas:
Regra geral, sim. Entretanto, considerando-se que a taxa anual de depreciação tem como
base o período de doze meses consecutivos, a quota de depreciação deverá ser ajustada
179
proporcionalmente na hipótese de período de apuração inferior a doze meses, como no
caso de apuração do lucro real trimestral, e no período em que tiver início ou se completar
(atingir cem por cento) a depreciação dos bens.
Porque não se pode determinar, a priori, se o encargo a ser suportado pelo contribuinte,
a esse título, estará vinculado a custo ou a despesas operacionais.
Exemplos:
a) a depreciação de um caminhão comporá o custo de uma empresa de transporte se este
for empregado nessa atividade, mas poderá ser computada como despesa operacional
se utilizado numa empresa comercial para entrega de mercadoria vendida; e
b) a depreciação de computadores, normalmente considerada como despesa operacional
para a maioria dos contribuintes, será custo para uma escola de informática.
Assim sendo, caberá ao contribuinte, em cada caso, atendendo à sua atividade específica,
computar esse encargo, adequadamente, como custo ou despesa operacional, arcando, por
outro lado, com as possíveis consequências de uma classificação inadequada.
Provisões
180
097 Em que consistem as provisões?
Quando a provisão constituída não chegar a ser utilizada ou for utilizada só parcialmente,
o seu saldo, por ocasião da apuração dos resultados do período de apuração seguinte,
deverá ser revertido a crédito de resultado desse período de apuração e, se for o caso,
poderá ser constituída nova provisão para vigorar durante o período de apuração
subsequente.
181
Provisão para pagamento de décimo-terceiro
salário:
Pergunta 108 deste capítulo.
182
Veja ainda: Perdas no recebimento de créditos:
Perguntas 120 a 127 deste capítulo.
Notas:
183
Sempre que, nos termos da CLT, as férias forem devidas em
dobro, os dias de férias a que fizer jus o empregado, na forma
acima, serão contados observada essa circunstância.
O número de dias de férias por empregado, obtido na forma exposta na pergunta anterior,
será multiplicado por 1/30 (um trinta avos) da sua remuneração mensal, na época da
apuração do resultado ou balanço, majorada com um terço a mais do que o salário normal
(adicional de férias), podendo o referido valor ser acrescido dos encargos sociais cujo
ônus couber à empresa (INSS e FGTS).
Notas:
184
107 Como deverá proceder a pessoa jurídica que não houver
constituído a provisão para pagamento de férias a seus
empregados?
A pessoa jurídica que não houver constituído a provisão para pagamento de férias aos
seus empregados poderá computar todo o valor pago ou creditado, a título de remuneração
de férias, no próprio período de apuração do pagamento ou crédito, ainda que tais férias
se iniciem nesse período e terminem no seguinte.
185
111 Qual a classificação contábil da provisão para o IR?
A parcela da provisão relativa ao lucro real deverá figurar no passivo circulante; a relativa
ao imposto incidente sobre lucros diferidos para períodos de apuração subsequentes será
classificada no exigível a longo prazo.
Notas:
Notas:
186
restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de
doações ou subvenções governamentais para investimentos;
Não. A provisão para o IR deve ser constituída obrigatoriamente pelo seu total, sem
dedução dos incentivos fiscais cuja fruição dependa do pagamento do imposto (Finor,
Finam etc.).
Como justificativa, temos que o benefício fiscal estará condicionado ao pagamento da
totalidade do imposto no prazo correspondente.
Tal entendimento é aplicável mesmo na hipótese de apuração trimestral da base de cálculo
do imposto, apesar de a aplicação nos citados incentivos fiscais ser feita em DARF
separado e nos mesmos prazos de recolhimentos trimestrais do imposto de renda, pois o
gozo do benefício também está condicionado ao total pagamento do imposto.
Não. A provisão para o IR deve ser feita sempre pelo total do lucro real apurado.
Caso esse valor seja superior ao do lucro líquido do período, a sua constituição poderá,
inclusive, gerar prejuízo contábil.
187
Caso já exista prejuízo contábil, esse prejuízo será acrescido da provisão se, na apuração
do lucro real, houver resultado positivo.
A falta da constituição da provisão não acarreta qualquer influência para efeitos fiscais,
haja vista que o fato de o patrimônio líquido ficar indevidamente majorado, com o registro
a maior do lucro líquido sem o cômputo da provisão, não interfere na apuração do lucro
real.
Desse modo, os efeitos da não constituição da provisão são meramente contábeis, pois os
resultados e as demonstrações financeiras da empresa deverão demonstrar a sua real
situação, e a falta da constituição da provisão ensejará a apuração de um lucro líquido
maior, passível de ser distribuído ou destinado pela pessoa jurídica e, considerando-se
que a provisão para pagamento do imposto de renda se constitui em valor redutor do
patrimônio líquido, este ficará indevidamente majorado.
188
119 Qual a solução para regularizar, mediante registro no período
de apuração seguinte, a provisão para o IR não constituída por
ocasião do encerramento do balanço, no caso de já ter sido
incorporada ao capital a totalidade das reservas?
Ainda que não possua nenhuma reserva, o ajuste deverá ser feito, já que, na prática, o
valor da provisão para o imposto de renda a débito da conta de prejuízos acumulados terá
o mesmo efeito da redução das reservas ou lucros acumulados, pois, igualmente, reduz o
patrimônio líquido, que passará a ser demonstrado pelo seu valor real.
Para fins da legislação fiscal, poderão ser registrados como perda, os créditos:
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença
emanada do Poder Judiciário;
a) até R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por operação, vencidos há mais de seis
meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento;
b) acima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais),
por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança
administrativa; e
No caso de contrato de crédito em que o não pagamento de uma ou mais parcelas implique
o vencimento automático de todas as demais parcelas vincendas, os limites a que se
189
referem as alíneas “a” e “b” do inciso II acima serão considerados em relação ao total dos
créditos, por operação, com o mesmo devedor.
Notas:
190
constante de um único contrato, no qual esteja prevista a
forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a transação
seja realizada para pagamento em mais de uma parcela.
No caso de empresas mercantis, a operação será caracterizada
pela emissão da fatura, mesmo que englobe mais de uma nota
fiscal.
Os limites de que trata a legislação serão sempre calculados
sobre o valor total da operação, ainda que, tendo honrado uma
parte do débito, o devedor esteja inadimplente de um valor
correspondente a uma faixa abaixo da em que se encontra o
valor total da operação.
Exemplos:
Hipótese 1
Admitindo-se que a pessoa jurídica tenha realizado, no mês de abril de 2015, vendas de
mercadorias a um determinado cliente, cujas notas fiscais foram englobadas numa única
fatura (de nº 111), para pagamento nos seguintes prazos e condições:
a) valor e vencimento das duplicatas:
- duplicata nº 111-A, no valor de R$ 6.000,00, com venc. em 02/05/2015;
- duplicata nº 111-B, no valor de R$ 4.500,00, com venc. em 16/05/2015;
- duplicata nº 111-C, no valor de R$ 3.000,00, com venc. em 30/05/2015.
191
b) caso as duplicatas não sejam pagas no vencimento, os respectivos valores serão
acrescidos dos seguintes encargos, previstos contratualmente:
- juros (simples) de meio por cento ao mês, contados a partir do mês subsequente ao
do vencimento do título;
- multa de mora de dois por cento sobre o valor original do crédito.
Nesse caso, se em 31/12/2015 esses créditos ainda não tiverem sido liquidados, tem-se a
seguinte situação:
A B C
Duplicata Vencimento Valor Valor dos juros Valor da Total do
nº original devidos até multa crédito
31/12/2015 (2% de A) (A+B+C)
(3,5% de A)
Nesta hipótese, como o total do crédito relativo à operação, acrescido dos encargos
moratórios contratados, se enquadra no limite de R$ 15.000,00, a empresa poderá
proceder à sua baixa, no valor de R$ 14.242,50 (naturalmente, no pressuposto de que os
encargos moratórios foram contabilizados como receita), tendo em vista que esse crédito
está vencido há mais de seis meses.
Hipótese 2:
Considerando-se que a pessoa jurídica tenha crédito não liquidado relativo a vendas de
mercadorias feitas a outro cliente, representado por uma única fatura cujas duplicatas
venceram nas seguintes datas:
- duplicata nº 222-A, no valor de R$ 7.500,00, vencida em 30/01/2015;
- duplicata nº 222-B, no valor de R$ 6.900,00, vencida em 28/02/2015;
192
Admitindo-se que nessa operação também foram contratados encargos moratórios, para
o curso de não pagamento dentro do prazo, em 31/12/2014 temos:
A B C
Duplicata Vencimento Valor Valor dos juros Valor da Total do
nº original devidos até multa crédito
31/12/2014 (2% de A) (A+B+C)
% Valor
Nesse caso, como valor total do crédito (R$ 15.445,50) é superior ao limite de R$
15.000,00, a parcela referida à duplicata 222-A somente poderá ser baixada depois de
decorrido um ano do seu vencimento. O mesmo se aplica à duplicata 222-B.
193
A parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela empresa
concordatária poderá ser, também, deduzida como perda, observadas as condições gerais
para dedução das perdas.
A partir de 8 de outubro de 2014, a referência feita a empresa concordatária abrange
também a empresa em recuperação judicial (MP nº 656, de 2014, art. 2º, convertida na
Lei nº 13.097, de 2015).
O registro contábil das perdas será efetuado a débito de conta de resultado e a crédito:
a) da conta que registra o crédito, quando este não tiver garantia e seu valor for de até
R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por operação, e estiver vencido há mais de seis
meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento;
b) de conta redutora do crédito, nas demais hipóteses previstas na alínea “b” da Pergunta
120 deste capítulo.
Notas:
194
3) Para os contratos inadimplidos até a data de publicação da
Medida Provisória nº 656, de 2014 (8 de outubro de 2014),
convertida na Lei nº 13.097, de 2015, o valor é de R$ 5.000,00.
Nome da conta D C
Nome da conta D C
Os valores excluídos do lucro líquido deverão ser mantidos na Parte B do Lalur, para
posterior adição na apuração do lucro real do período em que se tornarem disponíveis
para a pessoa jurídica credora ou em que for reconhecida a respectiva perda.
195
Exemplo:
Crédito vencido em 30/06/2014: R$ 10.000,00 (inadimplido antes da publicação da MP
nº 656, de 2014, art. 2º, convertida na Lei nº 13.097, de 2015).
Nome da contas D C
A receita de R$ 1.200,00 poderá ser excluída do lucro líquido, para fins de determinação
do lucro real correspondente ao período de apuração encerrado em 31/12/2014, e será
controlada na Parte B do Lalur.
No ano seguinte, em 1º/07/2015 (um ano depois do vencimento), a empresa reconhece a
perda do crédito, acrescido dos encargos financeiros transcorridos de janeiro a junho
de 2015 (mais R$ 1.200,00 pelo período transcorrido).
b) contabilização dos encargos em 1º/07/2015:
Nome da contas D C
Nome da contas D C
Perdas no Recebimento de
12.400,00
Créditos (DRE)
Notas:
196
Normativo: RIR/2018, art. 349.
No caso de serem recebidos bens para quitação do débito, esses bens deverão ser
escriturados pelo valor do crédito ou avaliados pelo valor definido na decisão judicial que
tenha determinado a sua incorporação ao patrimônio do credor.
Nas operações de crédito realizadas por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil, nos casos de renegociação de dívida, o reconhecimento da receita para
fins de incidência de imposto sobre a renda e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido ocorrerá no momento do efetivo recebimento do crédito.
197
128 Qual o critério adotado pela legislação fiscal para conceituar
o que sejam diretores ou administrador da pessoa jurídica?
Notas:
198
integralmente como custo ou despesa operacional no resultado da pessoa jurídica,
independentemente de qualquer restrição, condição ou limite de valor.
Notas:
199
imóveis, e de despesas de depreciação, amortização,
manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e
quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis, exceto
quando intrinsecamente relacionados com a produção ou
comercialização dos bens e serviços. Entretanto, tais valores
poderão ser considerados como dedução quando se
enquadrarem como remuneração dos administradores,
diretores, gerentes e seus assessores, hipótese em que deverão
ser tributados pelo imposto de renda na pessoa física, estando
sujeitos à retenção na fonte e à inclusão na declaração de
ajuste anual (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, II, III e IV).
Não serão consideradas como dedutíveis, na determinação do lucro real, as retiradas não
debitadas em custos ou despesas operacionais, ou contas subsidiárias, e aquelas que,
mesmo escrituradas nessas contas, não correspondam a remuneração mensal fixa por
prestação de serviços.
Os depósitos efetivados pela pessoa jurídica na forma da Lei nº 6.919, de 1981, a título
de fundo de garantia do tempo de serviço de seus diretores (no valor de oito por cento da
respectiva remuneração), constituem custos ou despesas operacionais dedutíveis,
independentemente de qualquer limite de remuneração.
200
133 A remuneração do conselho fiscal e consultivo poderá ser
considerada dedutível, para fins do lucro real?
A Lei nº 6.404, de 1976, no art. 161, § 1º, determina que o conselho fiscal será composto
de, no mínimo, três, e no máximo, cinco membros, e suplentes em igual número.
Normativo: Lei das S.A. – Lei nº 6.404, de 1976, art. 161, § 1º.
201
VI - promoção e propaganda de seus produtos, com a participação em feiras, exposições
e certames semelhantes, com a manutenção de filiais, de escritórios e de depósitos
congêneres, efetuados no exterior por empresas exportadoras de produtos
manufaturados, inclusive cooperativas, consórcios de exportadores ou de produtores ou
entidades semelhantes, podendo os gastos ser imputados ao custo, destacadamente, para
apuração do lucro líquido, na forma, limite e condições determinadas pelo Ministro da
Fazenda (Portaria MF nº 70, de 1997).
Notas:
Não, uma vez que a legislação tributária fixou normas mais rígidas para referidas despesas
serem admitidas como dedutíveis, tais como:
a) para a empresa que utilizar a dedução a título de despesas de propaganda:
a.1) as despesas devem estar diretamente relacionadas com a atividade explorada
pela empresa; e
a.2) deverá ser mantida escrituração das despesas em conta própria;
b) para a empresa prestadora do serviço de propaganda:
b.1) deverá estar registrada no CNPJ; e
b.2) deverá manter escrituração regular.
202
137 A comprovação da efetiva prestação dos serviços de
propaganda é de responsabilidade exclusiva da pessoa jurídica
pagadora?
Não. É vedada a dedução de despesas com brindes, para fins da determinação da base de
cálculo do imposto de renda.
Entretanto, os gastos com a distribuição de objetos, desde que de diminuto valor e
diretamente relacionados com a atividade da empresa, poderão ser deduzidos a título de
despesas com propaganda, para efeitos do lucro real.
203
contratual, serão consideradas, para efeitos da legislação do imposto de renda, como
receitas financeiras, quando ativas.
Notas:
204
Considera-se como encargo associado a empréstimo aquele em que o tomador deve
necessariamente incorrer para fins de obtenção dos recursos.
Alternativamente, nas hipóteses a que se refere a alínea “b” acima, os juros e outros
encargos poderão ser excluídos na apuração do lucro real quando incorridos, devendo ser
adicionados quando o respectivo ativo for realizado, inclusive mediante depreciação,
amortização, exaustão, alienação ou baixa.
Notas:
205
Lei nº 12.973, de 2014, art. 2º;
RIR/2018, art. 398 a 400.
VIII - a pessoa física residente no exterior que for parente ou afim até o terceiro grau,
cônjuge ou companheiro de qualquer de seus diretores ou de seu sócio ou acionista
controlador em participação direta ou indireta;
206
IX - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que goze de
exclusividade, como seu agente, distribuidor ou concessionário, para a compra e venda
de bens, serviços ou direitos; e
Notas:
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 243, §§ 1º,
2º, 4º e 5º, com a redação da Lei nº 11.941, de 2009,
art. 37.
Lei nº 9.430, de 1996, art. 23; e
RIR/2018, art. 253.
207
Embora a correção monetária das demonstrações financeiras tenha sido revogada a partir
de 1º/01/1996, permanecem em vigor as normas aplicáveis às contrapartidas de variações
monetárias dos direitos de crédito e das obrigações da pessoa jurídica, em função da taxa
de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
Notas:
208
contratual serão consideradas, para efeitos da legislação do imposto de renda, como
receitas ou despesas financeiras, conforme o caso.
As variações monetárias em razão da taxa de câmbio referentes aos saldos de valores a
apropriar decorrentes de ajuste a valor presente não serão computadas na determinação
do lucro real.
Notas:
209
Provisória nº 2.158-35, de 2001, poderá ser efetivada no mês-
calendário seguinte àquele em que ocorreu a elevada
oscilação da taxa de câmbio, na forma definida em ato da
Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da
Fazenda.
211
148 Quais as condições para que a pessoa jurídica possa deduzir,
na apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados a título
de remuneração do capital próprio?
Notas:
212
O disposto neste item aplica-se à Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido.
Para fins de cálculo da remuneração sobre o patrimônio
líquido, a conta capital social inclui todas as espécies de ações
previstas no art. 15 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
1976, ainda que classificadas em contas de passivo na
escrituração comercial;
4) O § 3º do art. 182 da Lei nº 6.404, de 1976, teve sua redação
alterada pela Lei nº 11.638, de 2007. Com essa alteração, a
empresa não mais poderá registrar valores na conta de reserva
de reavaliação. Em seu lugar, foi criada a conta de “ajustes de
avaliação patrimonial”;
5) Em face do contido no item anterior, o saldo existente na
conta de reserva de reavaliação deveria ser mantido até a sua
efetiva realização, ou estornado até 31 de dezembro de 2008;
6) O valor dos juros pagos ou creditados poderá ser imputado
ao valor dos dividendos obrigatórios a que têm direito os
acionistas, na forma do art. 202 da Lei das S.A. -
Lei nº 6.404, de 1976, com a redação dada pela Lei nº 10.303,
de 2001, art. 2º, sem prejuízo da incidência do imposto de
renda na fonte;
7) Para efeito de apuração do lucro real, é vedada a dedução
de juros, a título de remuneração do capital próprio, que tome
como base de referência contas do patrimônio líquido
relativas a exercícios anteriores ao do seu efetivo
reconhecimento como despesa, por desatender ao regime de
competência. (Solução de Consulta Cosit nº 329, de 27 de
novembro de 2014).
Normativo: Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976, art. 202, com a
redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001, art. 2º;
Lei nº 9.249, de 1995, art. 9º;
Lei nº 9.430, de 1996, art. 78;
Lei nº 9.959, de 2000, art. 4º;
RIR/2018, art. 355;
IN SRF nº 11, de 1996, art. 30; e
IN RFB nº 1.515, de 2014, art. 28 (a partir de
16/03/2017 vige a IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 75).
213
149 Como se dá a tributação dos juros sobre o capital próprio
pagos ou creditados aos beneficiários pessoas jurídicas ou
físicas?
Os juros sobre o capital próprio estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte,
à alíquota de quinze por cento na data do pagamento ou crédito, os quais terão o seguinte
tratamento no beneficiário:
a) no caso de pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, o valor dos juros deverá
ser considerado como receita financeira e o imposto retido pela fonte pagadora será
considerado como antecipação do devido no encerramento do período de apuração ou,
ainda, poderá ser compensado com aquele que houver retido, por ocasião do pagamento
ou crédito de juros a título de remuneração do capital próprio, ao seu titular, sócios ou
acionistas;
b) em se tratando de pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou lucro arbitrado,
os juros recebidos integram a base de cálculo do imposto de renda e o valor do imposto
retido na fonte será considerado antecipação do devido no encerramento do período de
apuração; e
c) no caso de pessoas jurídicas não tributadas com base no lucro real, lucro presumido ou
arbitrado, inclusive isentas, e de pessoas físicas, os juros são considerados como
rendimento de tributação definitiva, ou seja, os respectivos valores não serão incluídos
nas declarações de rendimentos nem o imposto de renda que for retido na fonte poderá
ser objeto de qualquer compensação.
Notas:
214
150 Qual o tratamento tributário dos juros sobre o capital próprio
na hipótese de serem incorporados ao capital social?
Deve ser observado que o lucro do próprio período de apuração não deve ser computado
como integrante do patrimônio líquido desse período, haja vista que o objetivo dos juros
sobre o capital próprio é remunerar o capital pelo tempo em que este ficou à disposição
da empresa.
De acordo com o disposto no PN CST nº 20, de 1987, o lucro líquido que servirá de base
para determinação do lucro real de cada período deve ser apurado segundo os
procedimentos usuais da contabilidade, inclusive com o encerramento das contas de
resultado. Aduz o citado Parecer Normativo que a apuração do lucro líquido exige a
transferência dos saldos das contas de receitas, custos e despesas para uma conta única de
resultado, passando a integrar o patrimônio líquido, com o encerramento do período de
apuração, mediante lançamentos para contas de reservas e de lucros ou prejuízos
acumulados.
Portanto, no que diz respeito ao resultado do próprio período de apuração, este somente
será computado no patrimônio líquido que servirá de base de cálculo dos juros sobre o
capital próprio, após a sua transferência para as contas de reservas ou de lucros ou
prejuízos acumulados.
Assim, havendo opção pelo regime de lucro real mensal, o resultado de cada mês já pode
ser computado no patrimônio líquido inicial dos meses seguintes do mesmo ano; havendo
215
opção pelo regime de lucro real trimestral, o resultado de cada trimestre já pode ser
computado no patrimônio líquido inicial dos trimestres seguintes do mesmo ano; já se o
regime for de lucro real anual, o resultado do ano só poderá ser computado no patrimônio
líquido inicial do ano seguinte.
a) a amortização dos juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que
anteceder o início das operações sociais, ou de implantação do empreendimento
inicial; e
b) os juros pagos pelas cooperativas a seus associados, de até doze por cento ao ano
sobre o capital integralizado.
Os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do
art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, relativos a cada operação, somente
serão considerados na determinação do lucro real no mesmo período de apuração em que
a receita ou resultado da operação deva ser oferecido à tributação.
216
Demais operações – vide art. 36 da IN RFB nº 1.515, de
2014 (a partir de 16/03/2017 vige a IN RFB nº 1.700, de
2017, art. 92).
Os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso III do caput do art.
184 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, relativos a cada operação, somente serão
considerados na determinação do lucro real no período de apuração em que:
Notas:
217
3) A Secretaria da Receita Federal do Brasil irá disciplinar o
controle em subcontas previsto no item 1 (vide IN SRF nº
1.515, de 2014, art. 33).
O ganho decorrente de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo não será
computado na determinação do lucro real, desde que o respectivo aumento no valor do
ativo ou a redução no valor do passivo seja evidenciado contabilmente em subconta
vinculada ao ativo ou passivo.
Notas:
218
neste caso, ser considerado em período de apuração seguinte
em que exista lucro real antes do cômputo do referido ganho;
5) O disposto nesta pergunta não se aplica aos ganhos no
reconhecimento inicial de ativos avaliados com base no valor
justo decorrentes de doações recebidas de terceiros;
6) No caso de operações de permuta que envolvam troca de
ativo ou passivo, o ganho decorrente da avaliação com base
no valor justo poderá ser computado na determinação do lucro
real na medida da realização do ativo ou passivo recebido na
permuta, de acordo com as hipóteses previstas nos itens 1 a 4;
7) A Secretaria da Receita Federal do Brasil irá disciplinar o
controle em subcontas previsto nesta pergunta 1 (vide IN SRF
nº 1.515, de 2014, art. 33).
219
de 16/03/2017 vige a IN RFB nº 1.700, de 2017, art.
110 e 111).
A perda decorrente de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo somente
poderá ser computada na determinação do lucro real à medida que o ativo for realizado,
inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou quando o
passivo for liquidado ou baixado, e desde que a respectiva redução no valor do ativo ou
aumento no valor do passivo seja evidenciada contabilmente em subconta vinculada ao
ativo ou passivo.
Notas:
220
Lei nº 12.973, de 2014, arts. 14 e 15.
221
Notas:
O ganho decorrente de avaliação com base no valor justo de bem do ativo incorporado ao
patrimônio de outra pessoa jurídica, na subscrição em bens de capital social, ou de valores
mobiliários emitidos por companhia, não será computado na determinação do lucro real,
desde que o aumento no valor do bem do ativo seja evidenciado contabilmente em
subconta vinculada à participação societária ou aos valores mobiliários, com
discriminação do bem objeto de avaliação com base no valor justo, em condições de
permitir a determinação da parcela realizada em cada período.
Notas:
222
alienação ou baixa, ou com ele integralizar capital de outra
pessoa jurídica; ou
III - na hipótese de bem não sujeito a realização por
depreciação, amortização ou exaustão que não tenha sido
alienado, baixado ou utilizado na integralização do capital de
outra pessoa jurídica, nos 5 (cinco) anos-calendário
subsequentes à subscrição em bens de capital social, ou de
valores mobiliários emitidos por companhia, à razão de 1/60
(um sessenta avos), no mínimo, para cada mês do período de
apuração;
2) Na hipótese de não ser evidenciado por meio de subconta
na forma prevista nesta pergunta, o ganho será tributado;
3) Na hipótese de que trata o item 2, o ganho não poderá
acarretar redução de prejuízo fiscal do período e deverá, nesse
caso, ser considerado em período de apuração seguinte em
que exista lucro real antes do cômputo do referido ganho;
4) Na hipótese de a subscrição de capital social de que trata
esta pergunta ser feita por meio da entrega de participação
societária, será considerada realização, nos termos do inciso
III do item 1, a absorção do patrimônio da investida, em
virtude de incorporação, fusão ou cisão, pela pessoa jurídica
que teve o capital social subscrito por meio do recebimento da
participação societária;
5) O disposto no item 4 aplica-se inclusive quando a investida
absorver, em virtude de incorporação, fusão ou cisão, o
patrimônio da pessoa jurídica que teve o capital social
subscrito por meio do recebimento da participação societária;
6) A Secretaria da Receita Federal do Brasil irá disciplinar o
controle em subcontas de que trata esta pergunta 1 (vide IN
SRF nº 1.515, de 2014, art. 33).
A perda decorrente de avaliação com base no valor justo de bem do ativo incorporado ao
patrimônio de outra pessoa jurídica, na subscrição em bens de capital social, ou de valores
mobiliários emitidos por companhia, somente poderá ser computada na determinação do
223
lucro real caso a respectiva redução no valor do bem do ativo seja evidenciada
contabilmente em subconta vinculada à participação societária ou aos valores mobiliários,
com discriminação do bem objeto de avaliação com base no valor justo, em condições de
permitir a determinação da parcela realizada em cada período, e:
III - na hipótese de bem não sujeito a realização por depreciação, amortização ou exaustão
que não tenha sido alienado, baixado ou utilizado na integralização do capital de outra
pessoa jurídica, a perda poderá ser amortizada nos balanços correspondentes à apuração
de lucro real, levantados durante os 5 (cinco) anos-calendário subsequentes à subscrição
em bens de capital social, ou de valores mobiliários emitidos por companhia, à razão de
1/60 (um sessenta avos), no máximo, para cada mês do período de apuração.
Notas:
224
160 A pessoa jurídica que absorver patrimônio de outra, em
virtude de incorporação, fusão ou cisão, na qual detinha
participação societária adquirida com ágio por rentabilidade
futura (goodwill) decorrente da aquisição de participação
societária entre partes não dependentes, apurado segundo o
disposto no inciso III do caput do art. 20 do Decreto-Lei nº
1.598, de 26 de dezembro de 1977, poderá excluir para fins de
apuração do lucro real dos períodos de apuração subsequentes
o saldo do referido ágio existente na contabilidade?
Notas:
225
III - o alienante for sócio, titular, conselheiro ou administrador
da pessoa jurídica adquirente;
IV - o alienante for parente ou afim até o terceiro grau,
cônjuge ou companheiro das pessoas relacionadas no inciso
III deste item; ou
V - em decorrência de outras relações não descritas nos
incisos I a IV deste item, em que fique comprovada a
dependência societária;
6) No caso de participação societária adquirida em estágios,
a relação de dependência entre o(s) alienante(s) e o(s)
adquirente(s) de que trata esta pergunta deve ser verificada
no ato da primeira aquisição, desde que as condições do
negócio estejam previstas no instrumento negocial.
Notas:
226
162 Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, os ganhos
decorrentes de avaliação com base no valor justo na sucedida
poderão ser considerados na sucessora como integrante do
custo do bem ou direito que lhe deu causa para efeito de
determinação de ganho ou perda de capital e do cômputo da
depreciação, amortização ou exaustão?
Não, nos casos de incorporação, fusão ou cisão, os ganhos decorrentes de avaliação com
base no valor justo na sucedida não poderão ser considerados na sucessora como
integrante do custo do bem ou direito que lhe deu causa para efeito de determinação de
ganho ou perda de capital e do cômputo da depreciação, amortização ou exaustão.
Notas:
Sim, o ganho decorrente do excesso do valor líquido dos ativos identificáveis adquiridos
e dos passivos assumidos, mensurados pelos respectivos valores justos, em relação à
contraprestação transferida, será computado na determinação do lucro real no período de
apuração relativo à data do evento e posteriores, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no
mínimo, para cada mês do período de apuração.
Notas:
227
mesmo Decreto-Lei ou o disposto no art. 22 da Lei nº 12.973,
de 2014.
Notas:
228
Lei nº 12.973, de 2014, art. 29.
II - seja registrado em reserva de lucros específica, que somente poderá ser utilizada para:
Notas:
229
total das exclusões decorrentes de prêmio na emissão de
debêntures; ou
III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios;
3) Se, no período de apuração, a pessoa jurídica apurar
prejuízo contábil ou lucro líquido contábil inferior à parcela
decorrente de prêmio na emissão de debêntures e, nesse caso,
não puder ser constituída como parcela de lucros nos termos
desta pergunta, esta deverá ocorrer à medida que forem
apurados lucros nos períodos subsequentes;
4) A reserva de lucros específica a que se refere o inciso II
desta pergunta, para fins do limite de que trata o art. 199 da
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, terá o mesmo
tratamento dado à reserva de lucros prevista no art. 195-A da
referida Lei;
5) Para fins do disposto no inciso I desta pergunta, serão
considerados os sócios com participação igual ou superior a
10% (dez por cento) do capital social da pessoa jurídica
emitente.
Teste de Recuperabilidade
Notas:
230
Normativo: Lei nº 12.973, de 2014, art. 32.
Notas:
Normativo:
Vide art. 76 da IN RFB nº 1.515, de 2014 (a partir de
16/03/2017 vige a IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 161).
Contratos de Concessão
231
169 No caso de contrato de concessão de serviços públicos em que
a concessionária reconhece como receita o direito de
exploração recebido do poder concedente, o resultado
decorrente desse reconhecimento deverá ser computado no
lucro real?
Notas:
232
170 No caso de aquisição de controle de outra empresa na qual se
detinha participação societária anterior, o contribuinte deve
observar quais disposições?
III - o ganho decorrente do excesso do valor justo dos ativos líquidos da investida, na
proporção da participação anterior, em relação ao valor dessa participação avaliada a
valor justo, também poderá ser diferido, sendo reconhecido para fins de apuração do lucro
real por ocasião da alienação ou baixa do investimento.
Notas:
233
I - deve ocorrer a baixa dos valores controlados no livro de
que trata o inciso I do caput do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598,
de 26 de dezembro de 1977, a que se refere o item 1, sem
qualquer efeito na apuração do lucro real;
II - não deve ser computada na apuração do lucro real a
variação da mais-valia ou menos-valia de que trata o inciso II
do item 3, que venha a ser:
a) considerada contabilmente no custo do ativo ou no valor do
passivo que lhe deu causa; ou
b) baixada, na hipótese de o ativo ou o passivo que lhe deu
causa não integrar o patrimônio da sucessora; e
III - não poderá ser excluída na apuração do lucro real a
variação do ágio por rentabilidade futura (goodwill) de que
trata o inciso II do item 3;
6) Excetuadas as hipóteses previstas nos incisos II e III desta
pergunta, aplica-se ao saldo existente na contabilidade, na
data da aquisição da participação societária, referente a mais
ou menos-valia e ao ágio por rentabilidade futura (goodwill)
de que tratam os incisos II e III do caput do art. 20 do Decreto-
Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, o disposto nos arts.
20 a 22 da Lei nº 12.973, de 2014;
7) Nas incorporações, fusões ou cisões de empresa não
controlada na qual se detinha participação societária anterior
que não se enquadrem nas situações previstas nos itens
anteriores, não terá efeito na apuração do lucro real:
I - o ganho ou perda decorrente de avaliação da participação
societária anterior com base no valor justo, apurado na data
do evento; e
II - o ganho decorrente do excesso do valor justo dos ativos
líquidos da investida, na proporção da participação anterior,
em relação ao valor dessa participação avaliada a valor justo;
8) No caso do item anterior, deverão ser contabilizadas em
subcontas distintas:
I - a mais ou menos-valia e o ágio por rentabilidade futura
(goodwill) relativos à participação societária anterior,
existentes antes da incorporação, fusão ou cisão; e
II - as variações nos valores a que se refere o inciso I, em
decorrência da incorporação, fusão ou cisão;
9) Não deve ser computada na apuração do lucro real a
variação da mais-valia ou menos-valia de que trata o inciso II
do item 8, que venha a ser:
I - considerada contabilmente no custo do ativo ou no valor
do passivo que lhe deu causa; ou
234
II - baixada, na hipótese de o ativo ou o passivo que lhe deu
causa não integrar o patrimônio da sucessora;
10) Não poderá ser excluída na apuração do lucro real a
variação do ágio por rentabilidade futura (goodwill) de que
trata o inciso II do item 8;
11) Excetuadas as hipóteses previstas nos itens 9 e 10, aplica-
se ao saldo existente na contabilidade, na data da aquisição da
participação societária, referente a mais ou menos-valia e ao
ágio por rentabilidade futura (goodwill) de que tratam os
incisos II e III do caput do art. 20 do Decreto-Lei nº 1.598, de
26 de dezembro de 1977, o disposto nos arts. 20 a 22 da Lei
nº 12.973, de 2014.
Arrendamento Mercantil
Notas:
235
4) Na hipótese de a pessoa jurídica de que trata esta pergunta
ser tributada pelo lucro presumido ou arbitrado, o valor da
contraprestação deverá ser computado na determinação da
base de cálculo do imposto sobre a renda;
5) Poderão ser computadas na determinação do lucro real da
pessoa jurídica arrendatária as contraprestações pagas ou
creditadas por força de contrato de arrendamento mercantil,
referentes a bens móveis ou imóveis intrinsecamente
relacionados com a produção ou comercialização dos bens e
serviços, inclusive as despesas financeiras nelas consideradas;
6) São indedutíveis na determinação do lucro real as despesas
financeiras incorridas pela arrendatária em contratos de
arrendamento mercantil;
7) O disposto no item 6 também se aplica aos valores
decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso III
do caput do art. 184 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de
1976.
Aos contratos não tipificados como arrendamento mercantil que contenham elementos
contabilizados como arrendamento mercantil por força de normas contábeis e da
legislação comercial serão aplicados os dispositivos a seguir indicados:
236
IV - § 18 do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, com a redação dada
pelo art. 54 da Lei nº 12.973, de 2014;
VI - § 14 do art. 15 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, com a redação dada pelo art.
53 da Lei nº 12.973, de 2014.
Notas:
237
Capítulo IX - Resultados não operacionais 2019
Receitas e despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas
nas atividades principais ou acessórias que constituam objeto da empresa.
Tratando da matéria, o RIR/2018 expressamente discrimina o que se considera como
resultados não operacionais, os quais se referem, basicamente, a transações com bens do
ativo permanente.
Notas:
238
IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, § 1º
Notas:
239
ou na liquidação de bens ou direitos integrantes do ativo não circulante, classificados
como investimentos, imobilizado ou intangível.
Esses ganhos ou perdas serão computados na determinação do lucro real.
Nas vendas de bens do ativo não circulante classificados como investimentos,
imobilizado ou intangível, para recebimento do preço, no todo ou em parte, após o
término do exercício social seguinte ao da contratação, o contribuinte poderá, para efeito
de determinar o lucro real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida
em cada período de apuração.
Notas:
Notas:
240
005 O que se entende por valor contábil do bem?
Entende-se por valor contábil do bem aquele que estiver registrado na escrituração do
contribuinte, diminuído, se for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão
acumulada e das perdas estimadas no valor de ativos.
Notas:
Ao montante assim apurado deverá ser acrescido, se for o caso, o valor dos encargos
registrados mensalmente no próprio período de apuração, até a data da baixa.
Notas:
241
2) Na hipótese de baixa de bem para o qual haja registro no
Lalur, Parte B, de quotas de depreciação acelerada
incentivada a amortizar, o respectivo saldo deverá ser
adicionado ao lucro líquido, na apuração do lucro real do
período de apuração em que ocorrer a baixa;
3) Devem ser observadas as regras referentes aos Preços de
Transferência, quando se tratar de operações de aquisição ou
alienação de bens ou direitos classificáveis como não
operacionais, realizadas com pessoas físicas ou jurídicas
consideradas vinculadas ou, ainda que não vinculadas,
residentes ou domiciliadas em país ou territórios considerados
como de tributação favorecida, ou cuja legislação interna
oponha sigilo à composição societária de pessoas jurídicas ou
à sua titularidade, inclusive para cálculo dos encargos de
depreciação, exaustão ou amortização.
A pessoa jurídica domiciliada no Brasil que tiver ganho de capital oriundo do exterior
está obrigada ao regime de tributação com base no lucro real, devendo os resultados não
operacionais ser considerados da seguinte forma:
a) os ganhos de capital auferidos no exterior deverão ser computados na determinação
do lucro real das pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, correspondente ao balanço
levantado em 31 de dezembro; e
b) os prejuízos e perdas de capital havidos no exterior não poderão ser compensados com
lucros auferidos no Brasil. A indedutibilidade da perda de capital aplica-se, inclusive,
em relação às alienações de filiais e sucursais, e de participações societárias em
pessoas jurídicas domiciliadas no exterior.
242
Notas:
243
auferidos por pessoa jurídica domiciliada no exterior, serão apurados e tributados segundo
as mesmas regras aplicáveis aos residentes no Brasil.
Notas:
244
IN SRF nº 11, de 1996, art. 60.
Não. A legislação fiscal não admite a dedutibilidade, na apuração do lucro real, da perda
de capital decorrente de alienação ou baixa de investimentos adquiridos mediante
dedução do imposto de renda devido pela pessoa jurídica, como, por exemplo, os
incentivos fiscais para o Finor, Finam e Funres.
O valor da perda apurada contabilmente deverá ser adicionado ao lucro líquido, para fins
de determinação do lucro real, no Lalur, Parte A.
Notas:
245
mensais e no prazo mínimo de 5 (cinco) anos contados da data
do evento;
2) A dedutibilidade da despesa de depreciação, amortização ou
exaustão está condicionada ao cumprimento da condição
estabelecida no inciso III do caput do art. 13 da Lei nº 9.249, de
26 de dezembro de 1995;
3) O contribuinte não poderá utilizar o disposto neste artigo,
quando:
I - o laudo a que se refere o § 3º do art. 20 do Decreto-Lei nº
1.598, de 26 de dezembro de 1977, não for elaborado e
tempestivamente protocolado ou registrado; ou
II - os valores que compõem o saldo da mais-valia não puderem
ser identificados em decorrência da não observância do disposto
no § 3º do art. 37 ou no § 1º do art. 39 da Lei nº 12.973, de 2014;
4) O laudo de que trata o inciso I do item 3 será desconsiderado
na hipótese em que os dados nele constantes apresentem
comprovadamente vícios ou incorreções de caráter relevante;
5) A vedação prevista no inciso I do item 3 não se aplica para
participações societárias adquiridas até 31 de dezembro de
2013, para os optantes conforme o art. 75, ou até 31 de
dezembro de 2014, para os não optantes;
6) O disposto nesta pergunta aplica-se inclusive quando a
empresa incorporada, fusionada ou cindida for aquela que
detinha a propriedade da participação societária;
7) Consideram-se partes dependentes quando:
I - o adquirente e o alienante são controlados, direta ou
indiretamente, pela mesma parte ou partes;
II - existir relação de controle entre o adquirente e o alienante;
III - o alienante for sócio, titular, conselheiro ou administrador
da pessoa jurídica adquirente;
IV - o alienante for parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge
ou companheiro das pessoas relacionadas no inciso III deste
item; ou
V - em decorrência de outras relações não descritas nos incisos
I a IV deste item, em que fique comprovada a dependência
societária;
8) No caso de participação societária adquirida em estágios, a
relação de dependência entre o(s) alienante(s) e o(s)
adquirente(s) de que trata esta pergunta deve ser verificada no
ato da primeira aquisição, desde que as condições do negócio
estejam previstas no instrumento negocial.
246
Normativo: Lei nº 12.973, de 2014, arts. 20, 24 e 25.
Notas:
247
4) O laudo de que trata o inciso I do item 3 será
desconsiderado na hipótese em que os dados nele constantes
apresentem comprovadamente vícios ou incorreções de
caráter relevante;
5) A vedação prevista no inciso I do item 3 não se aplica para
participações societárias adquiridas até 31 de dezembro de
2013, para os optantes conforme o art. 75, ou até 31 de
dezembro de 2014, para os não optantes;
6) O disposto nesta pergunta aplica-se inclusive quando a
empresa incorporada, fusionada ou cindida for aquela que
detinha a propriedade da participação societária.
248
Capítulo X - Compensação de Prejuízos 2019
Notas:
249
003 Como são compensados os prejuízos fiscais?
Os prejuízos fiscais (compensáveis para fins do imposto de renda) poderão ser
compensados independentemente de qualquer prazo, observado em cada período de
apuração o limite de 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado.
O citado limite de 30% (trinta por cento) não se aplica em relação aos prejuízos fiscais
decorrentes da exploração de atividades rurais.
250
A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos decorrentes de outras
atividades da pessoa jurídica, a ser compensada, não poderá exceder o limite de 30%
(trinta por cento) do lucro líquido do período-base da compensação, ajustado pelas
adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda.
No período-base em que for apurado resultado não operacional positivo, todo o seu valor
poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais não operacionais de períodos
anteriores, ainda que a parcela do lucro real admitida para compensação não seja
suficiente ou que tenha sido apurado prejuízo fiscal. Neste caso, a parcela dos prejuízos
fiscais não operacionais compensados com os lucros não operacionais que não puder ser
compensada com o lucro real, seja em virtude do limite de 30% (trinta por cento) ou de
ter ocorrido prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo das demais
atividades, devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte B do Lalur.
O saldo de prejuízos não operacionais de que tratava o art. 31 da Lei nº 9.249, de 1995,
existente em 1º de janeiro de 2015 somente poderá ser compensado com os lucros
decorrentes da alienação de bens e direitos do ativo imobilizado, investimento e intangível
do art. 43 da Lei nº 12.973, de 2014, observado o limite de 30%.
Exemplo:
(1) Observar que a soma dos prejuízos compensados não poderá ser maior do que 30%
(trinta por cento) do Lucro Real.
251
Em virtude de haver um saldo de prejuízos fiscais não operacionais, no Lalur, ainda a
compensar (no valor de -30,00), e o contribuinte ter apurado, simultaneamente, lucro não
operacional em valor superior (no valor de +40,00) e um prejuízo fiscal operacional no
valor de –240,00, o que impede a compensação efetiva do saldo de prejuízos não
operacionais existentes no Lalur (-30,00); o contribuinte poderá promover, no Lalur, a
reclassificação do saldo de prejuízos não operacionais, para prejuízos operacionais, pois,
neste caso, considera-se que ocorreu a compensação entre prejuízo fiscal não operacional
de anos anteriores e o lucro não operacional do período-base.
252
007 A pessoa jurídica poderá deixar de pleitear, em algum
período, a compensação de prejuízo fiscal que esteja
controlando na Parte B do Lalur?
Sim. A compensação de prejuízo se constitui em uma faculdade que poderá ou não ser
utilizada pela pessoa jurídica, a seu livre critério.
253
Normativo: PN CST nº 4, de 1981.
254
Capítulo XI – Aplicação do Imposto em Investimentos
Regionais 2019
Constituem permissões dadas pela legislação para que a pessoa jurídica ou grupos de
empresas coligadas que, isolada ou conjuntamente, detenham, pelo menos, 51%
(cinquenta e um por cento) do capital votante de sociedade titular de projetos nas áreas
de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Amazônia (Sudam) e da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), aprovados, no órgão
competente, até dia 02/05/2001, enquadrados em setores da economia considerados, pelo
Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, aplique parte do imposto
sobre a renda em investimentos regionais, por intermédio dos fundos Finor e Finam.
Notas:
255
002 Quais pessoas jurídicas podem optar pela aplicação de arte do
imposto sobre a renda nos Fundos de Investimentos
Regionais?
Notas:
a) quanto aos Fundos Finor e Finam, incluída a parcela destinada ao PIN e ao Proterra:
- 10% a partir de janeiro de 2009 até dezembro de 2017.
b) quanto ao Funres:
- 9% a partir de janeiro de 2009 até 29 de novembro de 2013.
256
004 Quais pessoas jurídicas não podem optar por aplicações do
imposto sobre a renda nos Fundos de Investimentos
Regionais?
Não poderão beneficiar-se da aplicação de parte do imposto sobre a renda nos Fundos de
Investimentos Regionais as pessoas jurídicas abaixo discriminadas:
Notas:
257
Normativo: Lei nº 8.137, de 1990;
Lei nº 9.069, de 1995, art. 59 e 60;
Lei nº 9.249, de 1995, art. 36, III;.
Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 24;
Lei nº 10.522, de 2002, art. 6º; e
RIR/2018, art. 658 .
Sem prejuízo do limite conjunto das aplicações, a opção efetivada no curso do ano-
calendário será manifestada mediante o recolhimento de parte do imposto sobre a renda,
no valor equivalente a 6% ( seis por cento) para o Finor e o Finam, por meio de
Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) específico.
O valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das aplicações nos Fundos de
Investimentos Regionais não poderá ser distribuído aos sócios e constituirá reserva de
incentivos fiscais de que trata o art. 195-A da Lei nº 6.404, de 1976, que poderá ser
utilizada somente para:
258
a) absorção de prejuízos, desde que já tenham sido totalmente absorvidas as demais
Reservas de Lucro, com exceção da Reserva Legal; e,
Na hipótese da letra "a" anterior, a pessoa jurídica deverá recompor a reserva à medida
em que forem apurados lucros nos períodos subsequentes.
b) restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos
cinco anos anteriores à data das aplicações nos Fundos de Investimentos Regionais, com
posterior capitalização do valor das aplicações nos Fundos de Investimentos Regionais,
hipótese em que a base de cálculo para a incidência do imposto será o valor restituído,
limitado ao valor total das exclusões de corrente das aplicações nos Fundos de
Investimentos Regionais; ou,
Caso no período de apuração, a pessoa jurídica apurar prejuízo contábil ou lucro líquido
contábil inferior à parcela decorrente das aplicações nos Fundos de Investimentos
Regionais e nesse caso, não poder ser constituída a reserva como parcela de lucros, esta
deverá ocorrer à medida em que forem apurados lucros nos períodos subsequentes.
b) restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos
cinco anos anteriores à data das aplicações nos Fundos de Investimentos Regionais, com
posterior capitalização do valor das aplicações nos Fundos de Investimentos Regionais,
259
hipótese em que a base de cálculo para a incidência do imposto será o valor restituído,
limitado ao valor total das exclusões de corrente das aplicações nos Fundos de
Investimentos Regionais; ou,
Quando for o caso, os optantes serão notificados sobre as razões que motivaram a redução
do incentivo ou sobre a existência, na data do processamento de suas declarações ou do
processamento de suas Escriturações Contábeis Fiscal, de irregularidade fiscal em relação
aos tributos federais, impeditiva de sua fruição.
Notas:
260
setembro do terceiro ano subsequente ao ano-calendário a que
corresponder à opção.
Não poderão usufruir do incentivo fiscal de aplicação de parte do imposto sobre a renda
em Investimentos Regionais ou perderão o direito à sua utilização as seguintes pessoas
jurídicas:
I - que estejam em débito com a seguridade social, de acordo com o art. 195, § 3º da
Constituição Federal;
VIII - as pessoas jurídicas ou grupos de empresas coligadas, mesmo tributados com base
no lucro real, que não sejam detentores, isolada ou conjuntamente, de pelo menos, 51%
(cinqüenta e um por cento) do capital votante de sociedade titular de projeto nas áreas das
Sudam e Sudene que tenha optado por aplicar parte do imposto sobre a renda no Finor
ou Finam.
Notas:
262
Capítulo XII - Atividade Rural 2019
263
002 Como é tributado o lucro das pessoas jurídicas que tenham por
objeto a exploração de atividade rural?
São tributadas com base nas mesmas regras aplicáveis às demais pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, inclusive sujeitando-se ao
adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento).
Na hipótese em que os agricultores e trabalhadores rurais optem por constituir uma
sociedade, em forma consorcial ou condominial, nos termos do art. 14 da Lei nº 4.504,
de 1964, a referida sociedade estará sujeita às regras aplicáveis as demais pessoas
jurídicas rurais.
A pessoa jurídica que desejar aproveitar o benefício fiscal concedido à atividade rural,
deve apurar o lucro real e o resultado ajustado (base de cálculo da CSLL) em
conformidade com as leis comerciais e fiscais, inclusive com a manutenção do Livro
Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e do Livro Eletrônico de Apuração da
Base de Cálculo da CSLL (e-Lacs), segregando contabilmente as receitas, os custos e as
despesas referentes à atividade rural das demais atividades, tendo em vista que somente
por meio da tributação pelo lucro real se poderá proceder à correta determinação dos
resultados da atividade rural, com vistas à utilização dos incentivos.
264
comuns a todas as atividades; os custos e despesas não dedutíveis, comuns a todas as
atividades, a serem adicionados ao lucro líquido na determinação do lucro real; os demais
valores, comuns a todas as atividades, que devam ser computados no lucro real e no
resultado ajustado (base de cálculo da CSLL).
Notas:
265
Pergunta 004, Item 3, do Capítulo VI, Perguntas 013,
014 e 018 do Capítulo VII e
Perguntas 001 e seguintes do capítulo X;
Pergunta 044 do Capítulo VII (postergação do
imposto).
Exemplo:
Uma pessoa jurídica que explora atividade rural adquiriu em 1º/01/2015 um utilitário
rural por R$10.000,00 (dez mil reais) para uso exclusivo em transporte dos produtos
agrícolas colhidos. Considerando-se que a taxa de depreciação do utilitário rural é 20%
(vinte por cento), e que a empresa optou pelo pagamento de Imposto sobre a Renda e da
CSLL por estimativa (balanço anual), o valor do incentivo fiscal de redução do lucro
líquido para determinação do lucro real da atividade será determinado da seguinte forma:
266
Depreciação acelerada dos bens do Ativo Não Circulante -
Imobilizado
Escrituração Fiscal
ECD / Livro Diário
e-Lalur/e-Lacs
O valor excluído de R$8.000,00 (oito mil reais) deverá ser controlado na Parte B do e-
Lalur e na Parte B do e-Lacs.
267
Sim. O benefício fiscal não está condicionado a que a utilização do bem seja
exclusivamente na atividade rural. Contudo, não fará jus ao benefício a pessoa jurídica
que não direcionar a utilização do bem para atividade rural.
Retornando o bem a ser utilizado na produção rural própria da pessoa jurídica, esta poderá
voltar a fazer jus ao benefício da depreciação incentivada, excluindo do resultado líquido
da atividade rural no período a diferença entre o custo de aquisição do bem e a depreciação
acumulada até a época, fazendo os devidos registros na Parte B do e-Lalur e na Parte B
do e-Lacs.
Não. A reversão da depreciação incentivada que deve ser adicionado ao lucro líquido para
determinação do lucro real e controlada na Parte B do e-Lalur e na Parte B do e-Lacs, não
é a decorrente de tributação diferida, uma vez que a adição impõe-se em virtude de anular
os efeitos decorrentes da depreciação normal consignada na escrituração comercial da
pessoa jurídica rural.
No regime de tributação do lucro presumido ou arbitrado, prescinde-se da escrita regular,
e, em consequência, não há o aludido efeito de depreciação normal a ser compensado pela
adição.
008 Pessoa jurídica que retornar ao lucro real poderá fazer jus à
depreciação acelerada incentivada?
Sim. Retornando à tributação com base no lucro real a pessoa jurídica deverá adicionar o
encargo de depreciação normal registrado na escrituração comercial, relativo a bens já
totalmente depreciados, ao resultado da atividade rural, efetuando a baixa do respectivo
valor no saldo da depreciação incentivada controlado na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs..
268
Normativo: IN RFB nº 1.700, de 2017, arts. 260, § 8º.
A pessoa jurídica rural que tiver usufruído o benefício fiscal da depreciação acelerada
incentivada, vindo, posteriormente, a ser tributada pelo lucro presumido ou arbitrado,
caso aliene o bem depreciado com o incentivo durante a permanência nesses regimes,
deverá adicionar à base de cálculo para determinação do lucro presumido ou arbitrado o
saldo remanescente da depreciação não realizada.
269
Ressalte-se que é vedada a compensação do prejuízo fiscal da atividade rural apurado no
exterior com o lucro real obtido no Brasil, seja este oriundo da atividade rural ou não.
Não existe qualquer prazo para compensação de prejuízos fiscais da atividade rural.
A forma de escrituração das operações é de livre escolha da pessoa jurídica rural, desde
que mantenha registros permanentes com obediência aos preceitos da legislação
comercial e fiscal, e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais
segundo o regime de competência, sendo obrigatória a manutenção do e-Lalur para a
apuração do lucro real e do e-Lacs para apuração resultado ajustado.
270
IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 248, 267 e 268.
No caso de a pessoa jurídica que explora a atividade rural também desenvolver outras de
natureza diversa e desejar beneficiar-se dos incentivos fiscais próprios concedidos à
atividade rural, deverá manter escrituração da atividade rural em separado das demais
atividades com o fim de segregar as receitas, os custos e as despesas referentes à atividade
rural de modo a permitir a determinação da receita líquida e a demonstração, no e-Lalur
e no e-Lacs, do lucro ou prejuízo contábil e do lucro ou prejuízo fiscal ou base de cálculo
negativa da atividade rural, separados dos das demais atividades.
O RIR/2018, art. 289, define como lucro operacional o resultado das atividades principais
ou acessórias que constituam objeto da pessoa jurídica.
A pessoa jurídica que tem como atividades principais a produção e venda dos produtos
agropecuários por ela produzidos, e como atividades acessórias as receitas e despesas
decorrentes de aplicações financeiras; as variações monetárias ativas e passivas não
vinculadas a atividade rural; o aluguel ou arrendamento; os dividendos de investimentos
271
avaliados pelo custo de aquisição; a compra e venda de mercadorias, a prestação de
serviços etc.
Desse modo, não são alcançadas pelo conceito de atividade rural as receitas provenientes
de: atividades mercantis (compra e venda, ainda que de produtos agropastoris); a
transformação de produtos e subprodutos que impliquem a transformação e a alteração
da composição e características do produto in natura, com utilização de maquinários ou
instrumentos sofisticados diferentes dos que usualmente são empregados nas atividades
rurais (não artesanais e que configurem industrialização), como também, por meio da
utilização de matéria-prima que não seja produzida na área rural explorada; receitas
provenientes de aluguel ou arrendamento, receitas de aplicações financeiras e todas
aquelas que não possam ser enquadradas no conceito de atividade rural consoante o
disposto na legislação fiscal.
Além das receitas citadas na Pergunta 014 deste capítulo, deverá integrar a receita bruta
da atividade rural:
272
016 A venda de reprodutores ou matrizes é considerada receita da
atividade rural?
O resultado dessa operação, qualquer que seja o seu montante, será considerado como
parte da atividade rural.
Notas:
273
Lei nº 6.404, art. 187;
Lei nº 8.023, de 1990, art. 4º;
Normativo: Lei nº 8.981, de 1995, art. 57;
Lei nº 12.973, de 2014;
IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 257.
Podem ser incluídos como custo ou despesa da atividade rural: o custo de demarcação de
terrenos, cercas, muros ou valas; de construção ou de manutenção de escolas primárias e
vocacionais; de dependências recreativas; de hospitais e ambulatórios para seus
empregados; as despesas com obras de conservação e utilização do solo e das águas; de
estradas de acesso e de circulação, de saneamento e de distribuição de água; as despesas
de compra, transporte e aplicação de fertilizantes e corretivos do solo; o custo de
construção de casas de trabalhadores; as despesas com eletrificação rural; o custo das
novas instalações indispensáveis ao desenvolvimento da atividade rural e relacionados
com a expansão da produção e melhoria da atividade.
274
020 Quais os investimentos que podem ser atribuídos à atividade
rural?
A receita bruta da atividade rural decorrente da comercialização dos produtos deverá ser
sempre comprovada por documentos usualmente utilizados nesta atividade, tais como
nota fiscal de produtores, nota fiscal de entrada, nota promissória rural vinculada à nota
fiscal do produtor, e demais documentos reconhecidos pelas fiscalizações estaduais.
As despesas de custeio e os investimentos serão comprovados por meio de documentos
idôneos, tais como nota fiscal, fatura, duplicata, recibo, contrato de prestação de serviços,
laudo de vistoria de órgão financiador e folha de pagamentos de empregados, de modo
que possa ser identificada a destinação dos recursos.
Ressalte-se que, de acordo com as regras da legislação fiscal que regem a dedutibilidade
de despesas e custos, todos os gastos e dispêndios efetuados pela pessoa jurídica deverão,
obrigatoriamente, encontrar-se lastreados e comprovados por documentos hábeis e
idôneos, sob pena de serem considerados indedutíveis, na determinação do lucro real,
para fins da apuração do IRPJ.
275
Normativo: Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 9º, §1º;
Lei nº 8.981, de 1995, art. 57;
RIR/2018, arts. 53, §1º; 54, §5º;
IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 251 a 256;
PN CST nº 7, de 1976;
PN CST nº 58, de 1977;
PN CST nº 32, de 1981.
a) Culturas Temporárias: são aquelas sujeitas ao replantio após cada colheita, como
milho, trigo, arroz, feijão etc. Nesse caso, os custos devem ser registrados em conta
própria do ativo circulante, cujo saldo será baixado contra a conta de Resultado do
Exercício por ocasião da comercialização do produto agrícola.
b) Culturas Permanentes: são aquelas não sujeitas a replantio após cada colheita.
Exemplos: cultivo da laranja, café, pêssego, uva etc. Nessa hipótese, os custos pagos
ou incorridos na formação dessa cultura serão contabilizados em conta do ativo não
circulante imobilizado, sendo permitida a depreciação ou exaustão em quotas
compatíveis com o tempo de vida útil.
276
025 Qual o tratamento tributário da reserva de reavaliação,
constituída em decorrência das contrapartidas de aumentos de
valor atribuídos aos bens do ativo imobilizado da empresa
rural, em virtude da avaliação baseada em laudos nos termos
do art. 8º da Lei nº 6.404, de 1976?
O valor realizado terá dois tratamentos distintos em relação à apuração do lucro real:
Notas:
277
Normativo: Lei nº 9.959, de 2000, art. 4º;
Lei nº 6.404, art. 182, § 3º;
Lei nº 12.973, de 2014, art. 60;
RIR/2018, art. 519;
IN RFB nº 1.700, de 2017, arts. 257, 308 e 309.
278
Capítulo XIII - IRPJ - Lucro Presumido 2019
279
002 Qual é o período de apuração do lucro presumido?
O imposto de renda com base no lucro presumido é determinado por períodos de apuração
trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro
de cada ano-calendário.
003 Como deve ser exercida, pela pessoa jurídica, a opção pela
tributação com base no lucro presumido?
Via de regra, a opção é manifestada com o pagamento da primeira quota ou quota única
do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-
calendário, sendo considerada definitiva para todo o ano-calendário.
As pessoas jurídicas que tenham iniciado suas atividades a partir do segundo trimestre do
ano-calendário manifestarão a sua opção por meio do pagamento da primeira ou única
quota do imposto devido relativa ao período de apuração do início de atividade.
Não poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido as pessoas
jurídicas resultantes de evento de incorporação ou fusão enquadradas nas disposições
contidas no art. 59 da IN RFB nº 1.700, de 2017, ainda que qualquer incorporada ou
fusionada fizesse jus ao referido regime antes da ocorrência do evento, não se lhes
aplicando o disposto no art. 4º da Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2.000, salvo no caso em
que a incorporadora estivesse submetida ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) antes
do evento de incorporação.
Notas:
280
Veja ainda: Momento da opção pelo regime de apuração do
IRPJ:
Pergunta 004 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado) e
Pergunta 009 do capítulo XV (Lucro Real-Estimativa).
Notas:
281
A opção pelo RTT é aplicável a todos os trimestres nos anos-
calendário de 2008 e de 2009, inclusive nos trimestres já
transcorridos do ano-calendário de 2008.
A eventual diferença entre o valor do imposto devido com
base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deverá ser
recolhida até o último dia útil do mês de janeiro de 2009, sem
acréscimos, ou compensada, conforme o caso (Lei nº 11.941,
de 2009, art. 20 e §§ 1º a 3º).
O RTT será obrigatório a partir do ano-calendário de 2010,
inclusive para a apuração do imposto sobre a renda com base
no lucro presumido (Lei nº 11.941, de 2009, art. 15, § 3º).
O dispositivo legal que obrigava as pessoas jurídicas a opção
pelo RTT foi revogado pelo inciso X, do art. 117 da Lei nº
12.973, de 2014. Portanto, a partir de 1º de janeiro de 2015 o
RTT foi extinto.
Notas:
283
IV) as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas nos itens I a III.
Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e o ajuste a valor presente de
que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
das operações vinculas à receita bruta. Serão acrescidas a receita bruta as demais receitas
relacionadas no item 2 da Pergunta 14.
Notas:
284
007 Qual o limite da receita total a ser considerado para as pessoas
jurídicas que iniciaram suas atividades no curso do ano-
calendário anterior e que desejarem ingressar ou continuar no
regime de tributação pelo lucro presumido?
Nos casos em que a Pessoa Jurídica iniciou as atividades durante o curso do ano-
calendário anterior, o limite a ser considerado será proporcional ao número de meses em
que esteve em funcionamento no referido período, isto é, deverá ser multiplicado o valor
de R$6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) pelo número de meses em que
esteve em atividade, para efeito de verificação do limite em relação à receita total.
Não, tendo em vista que o limite para opção pelo lucro presumido é verificado em relação
à receita total do ano-calendário anterior.
Quando a pessoa jurídica ultrapassar o limite legal em algum período de apuração dentro
do próprio ano-calendário, tal fato não implica necessariamente mudança do regime de
tributação, podendo continuar sendo tributada com base no lucro presumido dentro deste
mesmo ano.
Daí por diante, para que a pessoa jurídica possa retornar à opção pelo lucro presumido
deverá observar as regras de opção vigentes à época.
009 Quem não pode optar pelo regime do lucro presumido, ainda
que preenchendo o requisito relativo ao limite máximo de
receita total?
Aquelas pessoas jurídicas que, por determinação legal, estão obrigadas à apuração do
lucro real, a seguir:
285
a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha excedido o limite de R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e
quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior
a 12 (doze) meses.
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,
empresas de seguro privado e de capitalização e entidades de previdência privada
aberta;
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruam de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto de renda;
e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal pelo
regime de estimativa, na forma prevista no art. 32 da IN RFB nº 1.700, de 2017;
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas
a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring);
g) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do
agronegócio; e
h) as pessoas jurídicas que explorem as atividades de compra de direitos creditórios, ainda
que se destinem à formação de lastro de valores mobiliários (securitização)
Notas:
286
Específica - SPE, nos termos do artigo 56 da Lei
Complementar nº 123/2006;
b) as pessoas jurídicas que exerçam as atividades de
construção, incorporação, compra e venda de imóveis,
enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as
quais haja registro de custo orçado;
c) as pessoas jurídicas resultantes de eventos de incorporação
ou fusão enquadradas nas disposições contidas no art. 59 da
IN RFB nº 1.700, de 2017, ainda que qualquer incorporada ou
fusionada fizesse jus ao referido regime antes da ocorrência
do evento, não se lhes aplicando o art. 4º da Lei nº 9.964, de
10 de abril de 2.000.
d) o disposto na alínea "c" não se aplica no caso em que a
incorporadora estivesse submetida ao Programa de
Recuperação Fiscal (Refis) antes do evento de incorporação.
Notas:
287
Excepcionalmente, em relação ao 4º trimestre de 2003, as
pessoas jurídicas submetidas ao lucro presumido puderam
optar pelo regime de tributação com base no lucro real
trimestral, tomando, nesta hipótese, como definitiva a
tributação com base no lucro presumido relativa aos 3 (três)
primeiros trimestres (Lei nº 9.249, de 1995, art. 20, parágrafo
único, acrescentado pelo art. 22 da Lei nº 10.684, de 2003).
Sim. Na hipótese de haver pago o imposto com base no lucro presumido e, em relação ao
mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro
real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá
apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir,
inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.
Tal situação também é possível de ocorrer na hipótese de exclusão do Refis de empresa
incluída neste programa como sendo do lucro presumido, embora obrigada ao lucro real.
288
012 Pessoa Jurídica que apresentou declaração com base no lucro
presumido poderá, após a entrega, pedir retificação para efeito
de declarar pelo lucro real?
Após a entrega da declaração de informações com base no lucro presumido, não há mais
como o contribuinte alterar a sua opção.
Entretanto, será admitida a retificação da declaração quando o contribuinte comprovar ter
exercido irregularmente a opção pelo lucro presumido, na hipótese em que a legislação
fiscal expressamente torne obrigatória a sua tributação com base no lucro real; ou, ainda,
quando for constatado tal fato por meio de procedimento de ofício, o qual poderá adotar
a tributação com base no lucro real quando exigido por lei, ou o lucro arbitrado,
dependendo do caso.
289
1) valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 33 da IN RFB 1.700,
de 2017, sobre a receita bruta definida no art. 26 desta mesma instrução normativa,
relativa a cada atividade, auferida nos trimestres encerrados em 31 de março, 30 de
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, deduzida das
devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos.
2) ao resultado obtido na forma do item 1, anterior, deverão ser acrescidos:
1. os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de
receitas não abrangidas pelo item 1, auferidos no mesmo período;
2. os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda
fixa e renda variável;
3.os juros sobre o capital próprio auferidos;
4.os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com
perdas no recebimento de crédito, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os
ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de
tributação com base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se
submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou
arbitrado;
5. o valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 33 da IN RFB
1.700, de 2017, sobre a parcela das receitas auferidas em cada atividade, no
respectivo período de apuração, nas exportações às pessoas vinculadas ou aos
países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na
escrituração da empresa, na forma prevista na IN RFB nº 1.312, de 2012;
6. a diferença de receita financeira, calculada conforme o disposto no Capítulo V
e art. 58 da Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012; e
7. as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica,
ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato, observado
o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 79 da IN RFB 1.700, de 2017.
Notas:
290
4) Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que
trata a Nota 30, acima, apropriados como receitas financeiras
no mesmo período de apuração do reconhecimento das
receitas relativas aos incisos I a VIII do §3º do art. 215, da IN
RFB nº 1.700, de 2017, ou em outro período de apuração, não
serão incluídos na base de cálculo do lucro presumido.
5) No caso de pessoa jurídica que explore contratos de
concessão de serviços públicos:
a) exclui-se da receita bruta a que se refere o caput do art.
215 da IN RFB n° 1.700, de 2017, a receita reconhecida
pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja
ativo intangível representativo de direito de exploração;
e
b) integram a receita bruta a que se refere o caput do art.
215 da IN RFB nº 1.700, de 2017, em conformidade com
o art. 26 da mesma IN, os ajustes de valor presente de que
trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404,
de 1976, vinculados aos ativos financeiros a receber pela
prestação dos serviços de construção, recuperação,
reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura.
No último trimestre de cada ano-calendário, a pessoa jurídica
poderá ter ainda que proceder aos seguintes cálculos na
apuração dos impostos e contribuições na sistemática do lucro
presumido:
291
Veja ainda: Base de cálculo das pessoas jurídicas que executam
obras de construção civil:
Pergunta 019 deste capítulo.
Base de cálculo do lucro real por estimativa:
Pergunta 12 do capítulo XV.
Base de cálculo do lucro arbitrado:
Perguntas 011 do capítulo XIV (receita conhecida) e
019 do capítulo XIV (receita não conhecida).
292
Atividades Percentuais (%)
293
Prestação de serviços relativos ao exercício de profissões 32,0
regulamentadas.
Intermediação de negócios.
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
direitos de qualquer natureza.
Construção por administração ou por empreitada unicamente de
mão de obra ou com emprego parcial de materiais.
Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento
de infraestrutura, no caso de concessão de serviços públicos,
independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring).
Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de
descarte.
Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionados
acima.
Notas:
294
podem aplicar o percentual de 16% (dezesseis por cento) sobre
a receita bruta para fins de determinação do lucro presumido,
devendo, portanto, aplicar o percentual de 32% (trinta e dois
por cento) (ADN Cosit nº 22, de 2000).
295
Veja ainda: Percentuais aplicáveis à receita para obtenção da
base de cálculo:
Perguntas 012 e 013 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado
- receita conhecida);
Pergunta 013 do capítulo XV (Lucro Real-Estimativa).
296
018 A atividade gráfica configura-se como indústria, comércio ou
prestação de serviços e qual o percentual de presunção de
lucro aplicável?
É possível qualquer uma das três condições dependendo das atividades por elas
desenvolvidas, podendo ocorrer as situações seguintes:
1) Considera-se como prestação de serviços as operações de industrialização por
encomenda quando na composição do custo total dos insumos do produto
industrializado por encomenda houver a preponderância dos custos dos insumos
fornecidos pelo encomendante, aplicando-se a alíquota de 32%. Tais atividades estão
excluídas do conceito de industrialização do RIPI, que oferece, para tal efeito, as
seguintes definições:
a) oficina é o estabelecimento que empregar, no máximo, 5 (cinco) operários e, caso
utilize força motriz, não dispuser de potência superior a 5 (cinco) quilowatts;
b) trabalho preponderante é o que contribui no preparo do produto, para formação
de seu valor, a título de mão-de-obra, no mínimo com 60% (sessenta por cento).
2) Quando atuar nas áreas comercial e industrial, a alíquota aplicável será de 8%.
Notas:
Normativo: Decreto nº 7.212, de 2010, art. 5º, inciso V, c/c art. 7º,
inciso II;
ADI RFB nº 20, de 13 de dezembro de 2007; e
ADI RFB nº 26, de 25 de abril de 2008.
O percentual a ser aplicado sobre a receita bruta para apuração da base de cálculo do lucro
presumido na atividade de prestação de serviço de construção civil é de 32% (trinta e dois
por cento) quando houver emprego unicamente de mão-de-obra, e de 8% (oito por cento)
297
quando se tratar de contratação por empreitada de construção civil, na modalidade total,
fornecendo o empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais
materiais incorporados à obra.
Notas:
Normativo: IN RFB nº 1.234, de 2012, art. 2º, § 7º, II e art. 38, II; e
IN RFB nº 1.700, art. 33.
Estas pessoas jurídicas deverão adotar o percentual de 32% (trinta e dois por cento) se
prestam serviços de suprimento de água tratada, a coleta e tratamento de esgotos,
cobrados diretamente dos usuários dos serviços, ou se exploram rodovias mediante
cobrança de preço dos usuários. Também deverão adotar o percentual de 32% (trinta e
dois por cento) as atividades de construção, recuperação, ampliação ou melhoramento de
infraestrutura, no caso de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego
parcial ou total de materiais.
298
021 Qual o conceito de receita bruta para fins do lucro presumido?
Notas:
299
Veja ainda: Conceito de receita bruta:
Pergunta 006 deste capítulo (aferição do limite para
adesão ao Lucro Presumido)
Pergunta 017 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado); e
Perguntas 015 e 017 do capítulo XV (Lucro Real-
Estimativa).
Não, visto que o ICMS integra o preço de venda, e que o percentual para obtenção do
lucro presumido se aplica sobre o valor total da venda de bens (receita bruta), conforme
disposto no § 3º do art. 26 da IN RFB nº 1.700, de 2017.
Notas:
300
computados na determinação da base de cálculo do imposto
(RIR/2018, art. 595, § 10º).
5) O ganho de capital auferido na venda de ativos não
circulante investimentos, imobilizados e intangíveis para
recebimento do preço, no todo ou em parte, após o término do
ano-calendário seguinte ao da contratação deverá integrar a
base de cálculo do imposto sobre a renda mensal, podendo ser
computado na proporção da parcela do preço recebida em
cada mês.
6) Na apuração dos ganhos de capital a que se refere os incisos
II e III, do art. 215 da IN RFB nº 1.700, de 2017, o aumento
ou redução no valor do ativo registrado em contrapartida a
ganho ou perda decorrente de sua avaliação com base no valor
justo não será considerado como parte integrante do valor
contábil.
7) O disposto na Nota 6 não se aplica caso o ganho relativo ao
aumento no valor do ativo tenha sido anteriormente
computado na base de cálculo do imposto.
024 O que vem a ser custo ou valor contábil de bens e direitos, para
efeitos de cálculo dos ganhos de capital?
Para fins de apuração dos ganhos de capital, considera-se custo ou valor contábil de bens
e direitos o que estiver registrado na escrituração contábil do contribuinte, diminuído, se
for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das perdas estimadas
no valor dos ativos.
301
valor do patrimônio líquido na época da aquisição, determinado de acordo com o
art. 21 do Decreto-lei nº 1.598, de 1977;
c) ágio por rentabilidade futura (goodwill) que corresponde a diferença entre o
custo de aquisição do investimento e o somatório dos valores de que tratam os
incisos I e II do art. 20 Decreto-lei nº 1.598, de 1977;
2) no caso das aplicações em ouro, não considerado ativo financeiro, o valor de aquisição;
3) no caso de outros bens e direitos não classificados no ativo não circulante, considera-
se valor contábil o custo de aquisição;
4) para imóveis adquiridos a partir de 1º/01/1997, considera-se custo de aquisição do
imóvel rural, o VTN – Valor da Terra Nua constante da DIAT - Documento de
Informação e Apuração do ITR, no ano de sua aquisição (o VTN é também considerado
valor de venda do imóvel rural, no ano de sua alienação.
Notas:
302
6) Para imóveis rurais adquiridos anteriormente a 1º/01/1997,
considera-se custo de aquisição o valor constante da escritura
pública (RIR/2018, art. 596, parágrafo único).
7) Para fins de apuração do ganho de capital as pessoas
jurídicas deverão considerar, quanto aos bens e direitos
adquiridos até o final de 1995 (RIR/1999, art. 522, I):
a) se do ativo não circulante imobilizados, investimentos
e intangíveis, o valor de aquisição, corrigido
monetariamente até 31/12/1995, diminuído dos encargos
de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
b) se, embora não classificados no ativo não circulante
imobilizados, investimentos e intangíveis, sujeitos à
correção monetária até 31/12/1995, o valor de aquisição
corrigido até essa data.
A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por
cento).
O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no
lucro presumido será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% (dez por
cento) sobre a parcela do lucro presumido que exceder ao valor da multiplicação de R$
20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração,
sujeita-se a incidência de adicional de imposto sobre a renda à alíquota de 10% (dez por
cento).
O valor do adicional deverá ser recolhido integralmente, não sendo admitidas quaisquer
deduções.
303
026 As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido estão
obrigadas à escrituração contábil ou à manutenção de livros
fiscais?
A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido fica obrigada a adotar a
Escrituração Contábil Digital - ECD, nos termos do Decreto nº 6.022, de 2007, em relação
aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, se distribuírem, a título de
lucro, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, parcelas do lucro ou
dividendos superiores ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os
impostos e contribuições a que estiver sujeita. Além disto, em relação aos fatos contábeis
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016, passar a ser também obrigatório o envio da
ECD caso a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido não se utilize da prerrogativa
prevista no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981, de 1995.
Notas:
304
A Pessoa Jurídica optante pelo lucro presumido, que adotar o
critério de reconhecimento de suas receitas de bens e direitos
ou de pagamento de serviços com pagamento a prazo ou em
parcelas na medida do seu recebimento e mantiver escrituração
do livro caixa deverá:
a) emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou
da conclusão do serviço;
b) indicar, no livro caixa, em registro individual, a nota fiscal a
que corresponder cada recebimento.
Se não estiver mantendo escrituração regular, escriturando apenas o livro caixa, deverá
obrigatoriamente realizar, no dia 1º de janeiro do respectivo ano-calendário,
levantamento patrimonial a fim de elaborar balanço de abertura e iniciar escrituração
contábil.
305
Entretanto, não poderá utilizar a esse título todo o montante do lucro contábil, devendo
dele diminuir o valor do imposto de renda apurado com base no lucro presumido,
inclusive adicional, o valor das contribuições (CSLL, Cofins e PIS/Pasep), bem assim os
valores que forem distribuídos a título de lucros ao seu titular, sócio ou acionista.
Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência de imposto de renda (dispensada,
portanto, a retenção na fonte), ao titular, sócio ou acionista da pessoa jurídica, o valor
correspondente ao lucro presumido, diminuído de todos os impostos e contribuições
(inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS/Pasep) a que estiver sujeita a pessoa
jurídica.
Acima desse valor, a pessoa jurídica poderá distribuir, sem incidência do imposto de
renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que ela demonstre, via escrituração
contábil feita de acordo com as leis comerciais, que esse último é maior que o lucro
presumido.
Todavia, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros, superior àquele
apurado contabilmente, deverá ser imputada à conta de lucros acumulados ou de reservas
de lucros de exercícios anteriores. Na distribuição incidirá o imposto de renda com base
na legislação vigente nos respectivos períodos (correspondentes aos exercícios
anteriores), com acréscimos legais.
Notas:
306
ADN Cosit nº 4, de 1996.
Não. A isenção somente abrange os lucros distribuídos, não alcançando valores pagos a
outros títulos como por exemplo: pró-labore, aluguéis e serviços prestados, os quais se
submeterão à tributação, conforme a legislação que rege a matéria.
No caso desses rendimentos serem percebidos por pessoas físicas serão submetidos à
tributação com base na tabela progressiva; no caso de pessoas jurídicas serão
considerados como receita operacional, sendo passíveis ou não de tributação na fonte,
conforme a hipótese.
307
a) para os bens já existentes em 31/12/1995, que foram objeto de correção monetária
anteriormente, o valor corrigido monetariamente desde o último período em que foi
objeto de correção monetária até a data de 31/12/1995;
b) para os bens da pessoa jurídica que nunca foram objeto de correção, se adquiridos até
31/12/1995, deverão ser corrigidos até essa data; e para os adquiridos posteriormente,
ou para as pessoas jurídicas que iniciaram suas atividades após tal data, considerar o
custo de aquisição sem qualquer correção monetária;
c) em quaisquer das situações dos itens “a” ou “b” anteriores, a diferença entre o Ativo
e o Passivo será classificada como lucros ou prejuízos acumulados, sendo não
compensável na apuração do lucro real o prejuízo assim obtido, tendo em vista tratar-
se de prejuízo meramente contábil.
3) A pessoa jurídica que, embora desobrigada, tendo mantido escrituração regular deverá
montar o balanço de abertura com a simples transposição dos valores expressos no último
balanço patrimonial levantado, se correspondente a 31 de dezembro do ano-calendário
anterior, ou no balancete de verificação que se transformará em balanço patrimonial para
consolidar os resultados ali registrados (31 de dezembro).
Notas:
308
Do imposto apurado com base no lucro presumido não é permitida qualquer dedução a
título de incentivo fiscal.
033 Qual o tratamento a ser dado pela pessoa jurídica que optar
pela tributação com base no lucro presumido quando
anteriormente vinha sendo tributada com base no lucro real,
com relação aos valores cuja tributação vinha sendo diferida
na Parte B do Lalur?
A pessoa jurídica que até o ano-calendário anterior houver sido tributada com base no
lucro real deverá adicionar à base de cálculo do imposto, correspondente ao primeiro
período de apuração em que fizer a opção pelo lucro presumido, os saldos dos valores
cuja tributação havia sido diferida e estejam sendo controlados na Parte B do Lalur,
independentemente da necessidade de controle na Parte B do Lalur.
O disposto acima aplica-se inclusive aos valores controlados por meio de subcontas
referentes:
a) as diferenças na adoção inicial dos arts. 1º, 2º, 4º a 71 da Lei nº 12.973, de 2014, de
que trata a IN RFB nº 1.700, de 2017; e
b) a avaliação de ativos ou passivos com base no valor justo de que tratam os arts. 97 a
101 da IN RFB nº 1.700, de 2017.
309
034 Como poderá ser compensado o imposto pago a maior no
período de apuração?
No caso em que o valor retido na fonte ou já pago pelo contribuinte for maior que o
imposto devido no período de apuração trimestral, a diferença a maior poderá ser
compensada com o imposto relativo aos períodos de apuração subsequentes.
Notas:
035 A pessoa jurídica que faz a opção pelo lucro presumido perde
o direito à compensação dos prejuízos fiscais verificados em
período anterior em que foi tributada com base no lucro real,
os quais estão controlados na Parte B do Lalur?
Não. Observe-se que o regime de tributação com base no lucro presumido não prevê a
hipótese de compensação de prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores nos quais
a pessoa jurídica tenha sido tributada com base no lucro real.
Entretanto, tendo em vista que não existe mais prazo para a compensação de prejuízos
fiscais, caso a pessoa jurídica retorne ao sistema de tributação com base no lucro real
poderá nesse período compensar, desde que continue a manter o controle desses valores
no Lalur, Parte B, os prejuízos fiscais anteriores, gerados nos períodos em que havia sido
tributada com base no lucro real, obedecidas as regras vigentes no período de
compensação.
310
036 Qual o tratamento a ser dado pelo fisco às pessoas jurídicas
que optarem pela tributação com base no lucro presumido no
caso de ser constatada receita bruta (operacional ou não)
maior que a oferecida à tributação (omissão de receita)?
Notas:
A receita assim tributada, será considerada distribuída ao titular, sócio ou acionista, e não
mais sofrerá tributação, seja na fonte, seja na declaração.
311
Notas:
312
receitas em conta específica, na qual, em cada lançamento, será indicada a nota fiscal a
que corresponder o recebimento.
Os valores recebidos adiantadamente, por conta de venda de bens ou direitos ou da
prestação de serviços, serão computados como receita do mês em que se der o
faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços, o que ocorrer
primeiro. Os valores recebidos, a qualquer título, do adquirente do bem ou direito ou do
contratante dos serviços serão considerados como recebimento do preço ou de parte deste,
até o seu limite.
O cômputo da receita em período de apuração posterior ao do recebimento sujeitará a
pessoa jurídica ao pagamento do imposto com o acréscimo de juros de mora e de multa,
de mora ou de ofício, conforme o caso, calculados na forma da legislação vigente.
Notas:
313
Veja ainda: Reconhecimento de receitas:
Pergunta 020 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado).
A adoção do lucro real, quer por opção ou por obrigatoriedade, leva ao critério de
reconhecimento de receitas segundo o regime de competência, e nesta condição, a pessoa
jurídica deverá reconhecer no mês de dezembro do ano-calendário anterior àquele em que
ocorrer a mudança de regime, as receitas auferidas e ainda não recebidas.
A diferença apurada, após compensação do tributo pago, poderá ser recolhida, sem multa
e sem juros moratórios, até o último dia útil do mês subsequente àquele em que incorreu
na situação de obrigatoriedade ao lucro real.
Sim. Embora para os anos-calendário de 2008 e de 2009 a opção pelo RTT foi optativa,
esta será aplicável também à apuração do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas -
IRPJ com base no lucro presumido.
314
A opção pelo RTT é aplicável a todos os trimestres nos anos-calendário de 2008 e de
2009.
Quando paga até o último dia útil do primeiro mês subsequente ao de publicação da Lei
nº 11.941, de 27 de maio de 2009, a diferença apurada será recolhida sem acréscimos.
Notas:
315
12.973, de 2014. Portanto, a partir de 1º de janeiro de 2015 o
RTT foi extinto.
316
Capítulo XIV - Lucro Arbitrado 2019
É uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade
tributária ou pelo contribuinte.
Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de
arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do
imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.
1) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos na legislação do
imposto de renda;
2) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta.
317
Veja ainda: Opção por regime de apuração do IRPJ:
Perguntas 004 e 009 do capítulo XIII (Lucro
Presumido); e
Pergunta 008 do capítulo XV (Lucro Real-Estimado).
Hipóteses de arbitramento previstas na legislação:
Pergunta 008 deste capítulo.
A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano-calendário, tiver seu lucro arbitrado
poderá optar pela tributação com base no lucro presumido nos demais trimestres, desde
que não esteja obrigada à apuração pelo lucro real.
Notas:
318
RIR/2018, art. 604, inciso I, e IN RFB nº 1.700, de
Normativo:
2017, art. 236.
Não. Mesmo sendo tributadas com base no lucro arbitrado persiste a obrigatoriedade de
comprovação das receitas efetivamente recebidas ou auferidas.
O arbitramento de lucro em si por não ser uma sanção, mas uma forma de apuração da
base de cálculo do imposto, não exclui a aplicação das penalidades cabíveis.
O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com base nos critérios do
lucro arbitrado quando:
319
1) o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver
escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
2) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de
fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
b) determinar o lucro real;
3) o contribuinte, não obrigado à tributação com base no lucro real, deixar de apresentar
à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o
Livro Caixa, nos quais deverá estar escriturada toda a movimentação financeira,
inclusive bancária;
4) o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido;
5) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o
disposto no § 1º do art. 76 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958;
6) o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis
recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou
subconta, os lançamentos efetuados no Diário;
7) o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária as
informações necessárias para gerar o FCONT por meio do Programa Validador e
Assinador da Entrada de Dados para o FCONT de que trata a Instrução Normativa
RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009, no caso de pessoas jurídicas sujeitas ao RTT;
8) o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF.
Notas:
O imposto de renda com base no lucro arbitrado é determinado por períodos de apuração
trimestrais encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de
cada ano-calendário.
320
Veja ainda: Período de apuração (Lucro Presumido):
Pergunta 002 do capítulo XIII.
A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano-calendário, tiver seu lucro arbitrado,
poderá optar pela tributação com base no lucro presumido relativamente aos demais
trimestres desse ano-calendário, desde que não obrigada à apuração do lucro real.
A base de cálculo do lucro arbitrado será o montante determinado pela soma das seguintes
parcelas:
Notas:
322
arbitrado somente por ocasião da alienação, resgate ou cessão
do título ou aplicação – regime de caixa.
5) Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que
trata o § 5º do art. 227 da IN RFB nº 1.700, de 2017,
apropriados como receita financeira no mesmo período de
apuração do reconhecimento da receita bruta, ou em outro
período de apuração, não serão incluídos na base de cálculo
do lucro arbitrado.
6) As receitas financeiras relativas às variações monetárias
dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em
função da taxa de câmbio, originadas dos saldos de juros a
apropriar, decorrentes de ajuste a valor presente não
integrarão a base de cálculo do lucro arbitrado.
7) Os valores de que tratam os itens 6 e 7 da resposta da
pergunta 011 serão apurados anualmente e acrescidos à base
de cálculo do último trimestre do ano-calendário, para efeito
de se determinar o imposto devido.
8) Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que
trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de
1976, incluem-se nas receitas relativas aos itens 2 a 8 da
resposta da pergunta 011, independentemente da forma como
estas receitas tenham sido contabilizadas.
9) Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que
trata a Nota 8, apropriados como receita financeira no mesmo
período de apuração do reconhecimento das receitas relativas
aos itens 2 a 8 da resposta da pergunta 011, ou em outro
período de apuração, não serão incluídos na base de cálculo
do lucro arbitrado.
10) No caso de contratos de concessão de serviços públicos:
a) exclui-se da receita bruta a que se refere o caput do art. 227
da IN RFB nº 1.700, de 2017, a receita reconhecida pela
construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo
intangível representativo de direito de exploração; e
b) integram a receita bruta a que se refere o caput do art. 227
da IN RFB nº 1.700, de 2017, em conformidade com o
disposto no art. 26, desta mesma IN, os valores decorrentes do
ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do art. 183 da
Lei nº 6.404, de 1976, vinculados aos ativos financeiros a
receber pela prestação dos serviços de construção,
recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da
infraestrutura.
323
Veja ainda: Base de cálculo:
Pergunta 014 do capítulo XIII (Lucro Presumido); e
Pergunta 012 do capítulo XV (Lucro Real-Estimado).
Percentuais aplicáveis sobre outros valores,
p/cálculo do Lucro Arbitrado (receita não-
conhecida):
Pergunta 019 deste capítulo.
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são os mesmos
aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido, acrescidos de 20%,
exceto quanto ao fixado para as instituições financeiras, conforme tabela a seguir:
324
Atividades Percentuais
325
Intermediação de negócios; e
Prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente 38,4%
regulamentadas.
326
013 Os percentuais serão sempre os mesmos ainda que a pessoa
jurídica venha a ser tributada reiteradamente através do
arbitramento de lucro em mais de um período de apuração?
327
016 As empresas exclusivamente prestadoras de serviços podem
usufruir a redução do percentual de arbitramento, assim como
acontece com a estimativa e o lucro presumido já que os
percentuais para cálculo do lucro são os mesmos?
Notas:
328
A receita líquida será a receita bruta diminuída de:
329
1) Na apuração do ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação
somente poderão ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens
e direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na
determinação das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL.
Notas:
330
Normativo: IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 227, §§11 e 17.
O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando não conhecida a receita bruta, será
determinado por meio de procedimento de ofício, mediante a utilização de uma das
seguintes alternativas de cálculo:
Notas:
331
a) atividade industrial – soma, em cada trimestre, da folha de
pagamento
332
020 Qual o regime de reconhecimento de receitas quando a pessoa
jurídica opta pelo lucro arbitrado?
Notas:
333
arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, independentemente da
necessidade do controle na Parte B do Lalur.
Deverá ainda ser adicionado à base de cálculo do imposto sobre a renda, correspondente
ao primeiro período de apuração no qual for tributada com base no lucro arbitrado os
valores controlados por meio de subcontas referentes:
a) às diferenças na adoção inicial dos arts. 1º, 2º, 4º a 71 da Lei nº 12.973, de 2014,
de que tratam os arts. 294 a 296, da IN RFB nº 1.700, de 2017, e
b) à avaliação de ativos ou passivos com base no valor justo de que tratam os arts. 97
a 101 da IN RFB nº 1.700, de 2017.
Notas:
A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo arbitrada é de 15%.
O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no
lucro arbitrado será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% sobre a parcela
do lucro que exceder ao valor de R$60.000,00 em cada trimestre. O valor do adicional
deverá ser recolhido integralmente, não sendo admitida quaisquer deduções. Na hipótese
de período de apuração trimestral inferior a três meses (início de atividade, por exemplo),
deverá ser considerado, para fins do adicional, o valor de R$20.000,00 multiplicado pelo
número de meses do período.
334
IN RFB 1.700, art. 233.
Notas:
Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência do imposto de renda (dispensada,
portanto, a retenção na fonte), ao titular, sócio ou acionista da pessoa jurídica, o valor
correspondente ao lucro arbitrado, diminuído de todos os impostos e contribuições
(inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS/Pasep) a que estiver sujeita a pessoa
jurídica.
335
Acima desse valor citado no parágrafo anterior, a pessoa jurídica poderá distribuir, sem
incidência do imposto de renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que ela
demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que esse lucro
efetivo é maior que o lucro arbitrado.
Todavia, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros, superior àquele
apurado contabilmente, deverá ser imputada à conta de lucros acumulados ou de reservas
de lucros de exercícios anteriores. Na distribuição incidirá o imposto de renda com base
na legislação vigente nos respectivos períodos (correspondentes aos exercícios
anteriores), com acréscimos legais. Entretanto, tal situação não abrange a distribuição de
lucro arbitrado após o encerramento do trimestre correspondente.
Notas:
336
026 A isenção do imposto de renda para os lucros distribuídos pela
pessoa jurídica tributada com base no lucro arbitrado abrange
os demais valores por ela pagos ao titular, sócio ou acionista?
Não. A isenção somente abrange os lucros distribuídos, não alcançando valores pagos a
outros títulos, como por exemplo: pró-labore, aluguéis e serviços prestados, os quais se
submeterão à tributação conforme a legislação que rege a matéria.
No caso desses rendimentos serem percebidos por pessoas físicas serão submetidos à
tributação com base na tabela progressiva; no caso de beneficiários pessoas jurídicas
serão considerados como receita operacional, sendo passíveis ou não de tributação na
fonte, conforme a hipótese.
Do imposto apurado com base no lucro arbitrado não será permitida qualquer dedução a
título de incentivo fiscal.
337
028 Como poderá ser compensado o imposto pago a maior no
período de apuração?
No caso em que o valor retido na fonte ou já pago pelo contribuinte for maior que o
imposto a ser pago no período de apuração trimestral, a diferença a maior poderá ser
compensada com o imposto relativo aos períodos de apuração subsequentes.
Notas:
Não. Observe-se que o regime de tributação com base no lucro arbitrado não prevê a
hipótese de compensar prejuízos fiscais apurados em períodos de apuração anteriores nos
quais a pessoa jurídica tenha sido tributada com base no lucro real.
Entretanto, tendo em vista que não existe mais prazo para a compensação de prejuízos
fiscais, caso a pessoa jurídica retorne ao sistema de tributação com base no lucro real
poderá nesse período compensar, desde que mantenha o controle desses valores no Lalur,
Parte B, os prejuízos fiscais anteriores, obedecidas as regras vigentes no período de
compensação.
338
030 Qual o tratamento a ser dado pelo fisco às pessoas jurídicas
que optarem pela tributação com base no lucro arbitrado, no
caso de ser constatada receita bruta (operacional ou não) não
oferecida à tributação (omissão de receita)?
A receita assim tributada, considerada distribuída ao titular, sócio ou acionista, não mais
sofrerá tributação, seja na fonte, seja na declaração.
339
Capítulo XV IRPJ - Pagamento 2019
Pagamento do Imposto
001 Como e quando deve ser pago o imposto apurado pela pessoa
jurídica?
1) Para as pessoas jurídicas que optarem pela apuração trimestral do imposto (lucro real,
presumido ou arbitrado), o prazo de recolhimento será:
a) para pagamento em quota única até o último dia útil do mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração (períodos de apuração encerrados em 31 de
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro);
b) à opção da pessoa jurídica, o imposto devido pode ser pago em até 3 (três) quotas
mensais, iguais e sucessivas, vencíveis até o último dia útil dos 3 (três) meses
subsequentes ao do encerramento do período de apuração a que corresponder. As
quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa do Sistema Especial
de Liquidação e Custódia para títulos federais (Selic), acumulada mensalmente a
partir do 1º dia do 2º mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até
o último dia do mês anterior ao de pagamento; e, no mês do pagamento, os juros serão
de 1% sobre o valor a ser pago, sendo que a primeira quota quando paga até o
vencimento não sofrerá acréscimos.
2) Para as pessoas jurídicas que optarem pela apuração mensal da base de cálculo do
imposto pela estimativa e determinação do lucro real em 31 de dezembro:
a) o imposto devido mensalmente de janeiro a dezembro de cada ano calendário (com
base na estimativa), deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente àquele
a que se referir;
b) o saldo do imposto apurado em 31 de dezembro do ano calendário, obtido do
confronto entre o valor do imposto devido com base no lucro real anual e das
estimativas pagas no decorrer do período:
b.1) se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do
ano subsequente. O saldo do imposto será acrescido de juros equivalentes à taxa
Selic, acumulada mensalmente, a partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês
anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento;
b.2) se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do
art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, observando-se o seguinte:
b.2.1) os valores pagos, nos vencimentos estipulados na legislação específica,
com base na receita bruta e acréscimos ou em balanço ou balancete de
suspensão ou redução nos meses de janeiro a novembro, que excederem ao
valor devido anualmente, serão atualizados pelos juros equivalentes à taxa
Selic, acumulada mensalmente, a partir de 1º janeiro do ano-calendário
subsequente àquele que se referir o ajuste anual até o mês anterior ao da
compensação e de 1% relativamente ao mês da compensação que estiver
sendo efetuada;
340
b.2.2) o valor pago, no vencimento estipulado em legislação específica, com base
na receita bruta e acréscimos ou em balanço ou balancete de suspensão ou
redução relativo ao mês de dezembro, que exceder ao valor devido
anualmente, será acrescido dos juros equivalentes à taxa Selic, acumulada
mensalmente, a partir 1º de fevereiro até o mês anterior ao da compensação e
de 1% relativamente ao mês em que a compensação estiver sendo efetuada.
Sim. Nenhuma quota poderá ser inferior a R$1.000,00 (um mil reais), e o imposto de
valor inferior a R$2.000,00 (dois mil reais) deverá ser pago em quota única, até o último
dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.
Os códigos a serem utilizados no DARF para pagamento das quotas e do imposto devido
mensalmente (estimativa) são os seguintes:
a) Lucro real:
a.1) Pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro Real:
• estimativa mensal, 2362
• apuração trimestral, 0220
• ajuste anual, 2430
a.2) Instituições Financeiras:
341
• estimativa mensal, 2319
• apuração trimestral, 1599
• ajuste anual, 2390
a.3) Pessoas jurídicas optantes do Lucro Real:
• estimativa mensal, 5993
• apuração trimestral, 3373
• ajuste anual, 2456
b) Lucro presumido: 2089
c) Lucro arbitrado: 5625
Não. O valor do imposto retido na fonte ou aquele recolhido mensalmente com base na
Receita Bruta mais acréscimos ou com Balanço de Suspensão ou Redução, a ser
compensado com o apurado no encerramento do período de apuração ou com o saldo
apurado em 31 de dezembro (no caso da estimativa mensal), não será corrigido
monetariamente.
342
Normativo: Lei nº 9.430, de 1996, art. 68, §1º.
O imposto devido deve ser pago até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento,
sendo vedado o pagamento em quotas .
No caso de extinção da pessoa jurídica, sem sucessor, serão considerados vencidos todos
os prazos para pagamento.
Poderão optar pelo recolhimento mensal do imposto de renda, calculado com base nas
regras de estimativa mensal, as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de tributação com
base no lucro real anual, a ser apurado em 31 de dezembro.
Notas:
343
A regra geral, estabelecida pela legislação fiscal, é a apuração
trimestral dos resultados da pessoa jurídica.
A opção por esse tipo de recolhimento deve ser manifestada com o pagamento do imposto
de renda correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade e será considerada
irretratável para todo o ano-calendário.
Não. A opção pelo recolhimento com base em estimativa, efetuada com o pagamento do
imposto correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade, é irretratável para
todo o ano-calendário.
344
Veja ainda: Mudança de regime de apuração do IRPJ:
Perguntas 010 e 012 do capítulo XIII (Lucro
Presumido);
Perguntas 005 e 006 do capítulo XIV (Lucro
Arbitrado).
O lucro real deve ser apurado em 31 de dezembro de cada ano, abrangendo o resultado
de todo o ano-calendário.
A base para o cálculo da estimativa mensal será o montante determinado pela soma das
seguintes parcelas:
345
g) da diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de
instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o
valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido
patrimônio (Lei nº 9.532, de 1997, art. 17, §3º, e 81, II);
h) dos ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos (IN
RFB nº 1.700, de 2017, art. 39, VII).
Notas:
346
Veja ainda: Base de cálculo:
Pergunta 014 do capítulo XIII (Lucro Presumido); e
Pergunta 011 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado,
receita conhecida).
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, para fins de determinação da base
de cálculo estimada, são os abaixo discriminados:
347
Atividades Percentuais
Factoring 32%
Notas:
348
em que ocorrer o excesso, não incidindo acréscimos legais
caso o recolhimento seja efetuado até essa data.
349
3. O resultado auferido nas operações de conta alheia e;
4. As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas
nos itens 1 a 3.
A receita líquida será a receita bruta diminuída de:
Notas:
350
Veja ainda: Conceito de receita bruta:
Pergunta 006 do capítulo XIII (Lucro Presumido,
aferição do limite para adesão);
Pergunta 021 do capítulo XIII (Lucro Presumido, base
de cálculo);
Pergunta 017 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado, base
de cálculo).
O custo de bens e direitos adquiridos até 31/12/1995, pode ser corrigido monetariamente
até essa data, com base na UFIR de 1º/01/1996 (R$0,8287), não mais se lhe aplicando
qualquer correção a partir dessa data.
Notas:
351
Veja ainda: Ganhos de capital para efeitos de tributação:
Perguntas 023 e 024 do capítulo XIII (Lucro
Presumido); e
Pergunta 018 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado).
Notas:
352
018 Qual o tratamento que deve ser dado ao saldo do lucro
inflacionário acumulado em 31/12/1995 constante na Parte B
do Lalur, nos recolhimentos mensais da estimativa?
Deve também integrar a base de cálculo do imposto por estimativa, em cada mês, no
mínimo, o valor correspondente a 1/120 do saldo do lucro inflacionário acumulado a
tributar, existente em 31/12/1995, que estiver sendo controlado na Parte B do Lalur.
O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas que optarem pelo
pagamento do imposto apurado com base na estimativa mensal deve ser calculado
mediante aplicação do percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela da base de
cálculo que exceder ao valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) em cada período-base
mensal.
O valor do adicional deve ser recolhido integralmente, não sendo admitidas quaisquer
deduções.
353
020 Qual o prazo de recolhimento do imposto de renda apurado
com base na estimativa mensal?
O imposto apurado, juntamente com o adicional (se for o caso), deve ser recolhido até o
último dia útil do mês subsequente ao da apuração.
Sim. Poderão ser deduzidos do imposto devido, apurado mensalmente com base na receita
bruta e acréscimos, os seguintes incentivos fiscais: a) Operações de Caráter Cultural e
Artístico; b) Programa de Alimentação do Trabalhador; c) Desenvolvimento Tecnológico
Industrial / Agropecuário; d) Atividade Audiovisual, incluindo as aplicações no Funcines;
e) Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente; f) Doações aos Fundos
dos Direitos do Idoso; g) Atividades de Caráter Desportivo; h) Programa Nacional de
Apoio à Atenção Oncológica (PRONON); i) Programa Nacional de Apoio à Atenção da
Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD); e, j) Remuneração da Prorrogação
da Licença-Maternidade, Observados os limites e prazos para esses incentivos.
Atenção:
Do imposto devido, apurado com base em balanço de suspensão ou redução, além dos
incentivos mencionados acima, também poderão ser deduzidos os incentivos fiscais
relativos a Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário, aprovados até 31 de
dezembro de 2005, ao Desenvolvimento Regional de Redução e/ou Isenção do Imposto,
e de Redução por Reinvestimento.
354
022 Na determinação da base de cálculo estimada qual o
tratamento aplicável às receitas provenientes de atividades
incentivadas (isenção ou redução)?
A pessoa jurídica que gozar de incentivos fiscais calculados com base no lucro da
exploração poderá excluir da receita bruta total, para fins de determinação da base de
cálculo estimada, o valor da receita bruta proveniente da atividade incentivada, na
proporção do benefício de isenção ou redução a que tiver direito.
O valor efetivo do benefício de isenção ou redução calculado com base no lucro da
exploração será determinado em 31 de dezembro de cada ano.
023 A pessoa jurídica que opta pela estimativa mensal poderá ser
tributada no curso do mesmo ano-calendário com base no
lucro arbitrado?
355
houve a retenção ou pagamento indevido ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou de
CSLL do período.
025 Como deve ser feita a contabilização dos valores pagos com
base na estimativa no curso do ano-calendário?
Os valores recolhidos com base na estimativa (tanto o IR como a CSLL), que são
compensados com o imposto de renda apurado com base no lucro real em 31 de dezembro
(e com a CSLL), devem ser contabilizados, durante o curso do ano-calendário, em conta
do ativo circulante representativa do valor antecipado (por exemplo na subconta
antecipações de imposto de renda).
A legislação dispõe que nessa hipótese a pessoa jurídica deve, obrigatoriamente, levantar
balanços ou balancetes de suspensão ou redução, os quais devem ser transcritos no Livro
Diário com o fim de demonstrar que o valor já pago no curso do ano-calendário excede o
valor do imposto, inclusive o adicional, calculado com base no lucro real do mesmo
período.
356
027 Qual a penalidade aplicável à pessoa jurídica que deixou de
pagar, ou fez com insuficiência, o valor do imposto apurado
com base na estimativa mensal?
A falta de recolhimento do imposto mensal calculado com base nas regras da estimativa
ou do apurado com base em balanços ou balancetes mensais de suspensão ou redução,
ainda que a pessoa jurídica venha a apurar prejuízo no balanço encerrado em 31 de
dezembro do ano-calendário, ou na data de encerramento das suas atividades, sujeitará a
pessoa jurídica à multa de 75% (setenta e cinco por cento), aplicada isoladamente,
calculada sobre o montante das parcelas do imposto não recolhido ou da insuficiência
apurada.
Se, ao contrário, este balanço não estiver levantado até a data prevista para o pagamento
da estimativa cabe o pagamento da antecipação.
Em qualquer caso será observada a forma de tributação adotada pela pessoa jurídica.
A autoridade fiscal deverá apurar a base de cálculo estimada, relativa ao mês em que se
verificou a omissão de receita ou a dedução indevida da base de cálculo, e exigir o
respectivo imposto acrescido de multa de ofício e juros de mora.
357
Veja ainda: Omissão de receitas:
Pergunta 036 do capítulo XIII (Lucro Presumido); e
Pergunta 030 do capítulo XIV (Lucro Arbitrado).
358
Capítulo XVI - CSLL 2019
Todas as pessoas jurídicas domiciliadas no País e as que lhes são equiparadas pela
legislação do imposto sobre a renda.
Notas:
359
trata o art.69 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997
(parágrafo único do art. 39 da Lei nº 10.865, de 2004).
360
· MP nº 2.158-35, de 2001, arts. 6º, 7º, 21, 22, 23, 30, 34, 41, e 83;
· Lei nº 11.727, de 2008;
· Lei nº 11.774, de 2008, art. 10;
· Lei nº 11.941, de 2009;
· Lei nº 12.973, de 2014;
. Lei nº 13.169, de 2015.
361
1) Adições, tais como:
a) o valor de qualquer provisão, exceto as para o pagamento de férias e décimo-terceiro
salário de empregados, para perdas de estoques, de que trata o art. 8º da Lei nº 10.753,
de 31 de outubro de 2003, e as provisões técnicas das companhias de seguro e de
capitalização, das entidades de previdência complementar e das operadoras de planos
de assistência à saúde, quando constituídas por exigência da legislação especial a elas
aplicável (Lei nº 7.689, de 1988, art. 2º, § 1º, “c”, 3, Lei nº 8.034, de 1990, art. 2º, Lei
nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso I, MP nº 2.158-35, de 2001, art. 83, Lei nº 10.753, de
2003, arts. 8º e 9º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 85);
b) o valor da contrapartida da reavaliação de quaisquer bens, no montante do aumento
do valor dos bens reavaliados que tenha sido efetivamente realizado no período de
apuração, se não computado em conta de resultado (Lei nº 8.034, de 1990, art. 2º);
c) o ajuste por diminuição do valor dos investimentos avaliados pelo patrimônio líquido
(Lei nº 8.034, de 1990, art. 2º);
d) a parcela dos lucros, anteriormente excluídos, de contratos de construção por
empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços,
celebrados com pessoa jurídica de direito público ou empresa sob o seu controle,
empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, recebida no período
de apuração, inclusive mediante resgate ou alienação sob qualquer forma de títulos
públicos ou Certificados de Securitização, emitidos especificamente para quitação
desses créditos, observado o disposto em normas específicas (Lei nº 8.003, de 1990,
art. 3º);
e) a parcela da reserva especial, mesmo que incorporada ao capital, proporcionalmente à
realização dos bens ou direitos mediante alienação, depreciação, amortização,
exaustão ou baixa a qualquer título (Lei nº 8.200, de 1991, art. 2º);
f) os juros sobre o capital próprio, em relação aos valores excedentes aos limites de
dedução estabelecidos na legislação (Lei nº 9.779, de 1999, art. 14, e Medida
Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 93, II, “h”);
g) as despesas não dedutíveis (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13);
h) os prejuízos e perdas incorridos no exterior e computados no resultado (MP nº 2.158-
35, de 2001, art. 21);
i) os valores excedentes aos limites estabelecidos para o Preço de Transferência (Lei nº
9.430, de 1996, arts. 18 a 24, e Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 28 de dezembro
de 2012, com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa RFB nº 1.322, de
16 de janeiro de 2013, pela Instrução Normativa RFB nº 1.395, de 13 de setembro de
2013, pela Instrução Normativa RFB nº 1.431, de 24 de dezembro de 2013, pela
Instrução Normativa RFB nº 1.458, de 18 de março de 2014, e pela Instrução
Normativa RFB nº 1.498, de 14 de outubro de 2014).);
j) o valor dos lucros distribuídos disfarçadamente (Lei nº 9.532, de 1997, art. 60);
k) os lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou
coligadas, que tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no
Brasil no curso do ano-calendário (Lei nº 9.532, de 1997, art. 1º);
l) os juros, relativos a empréstimos, pagos ou creditados a empresa controlada ou
coligada, independente do local de seu domicílio, incidentes sobre valor equivalente
362
aos lucros não disponibilizados por empresas controladas, domiciliadas no exterior
(Lei nº 9.532, de 1997, art. 1º, §3º, com a redação dada pela MP nº 2.158-35, de 2001);
m) os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior, os quais devem ser
considerados pelos seus valores antes de descontado tributo pago no país de origem
(IN SRF nº 213, de 2002, art. 1º, §7º);
n) o valor das variações monetárias passivas das obrigações e direitos de crédito, em
função das taxas de câmbio, ainda não liquidados, tendo havido a opção pelo seu
reconhecimento quando da correspondente liquidação (MP nº 2.158-35, de 2001, art.
30);
o) o valor das variações monetárias ativas das obrigações e direitos de crédito, em função
das taxas de câmbio, quando da correspondente liquidação, tendo havido a opção pelo
seu reconhecimento nesse momento (MP nº 2.158-35, de 1999, art. 30);
p) as perdas de créditos nos valores excedentes ao legalmente permitido (Lei nº 9.430,
de 1996, art. 9º, combinado com art. 28).
Notas:
363
1) Os lucros auferidos no exterior serão computados para fins
de determinação da base de cálculo da CSLL no balanço
levantado em 31 de dezembro do ano-calendário em que
tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica
domiciliada no Brasil.
2) os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior,
decorrentes de aplicações ou operações efetuadas diretamente
pela pessoa jurídica domiciliada no Brasil, serão computados
nos resultados correspondentes ao balanço levantado em 31
de dezembro do ano-calendário em que auferidos;
364
Lei nº 9.249, de 1995, art. 13;
Lei nº 9.316, de 1996, art. 1º;
Lei nº 9.430, de 1996, art. 9º, arts. 18 a 24 e art. 28;
Lei nº 9.532, de 1997, arts. 1º e art. 60;
MP nº 2.158-35, de 2001, arts. 21, 30 e 74;
Lei nº 12.973, de 2014;
IN RFB nº 1.700, de 2017;
IN SRF nº 213, de 2002, art. 1º, §7º, e art. 9º;
Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012;
ADN CST nº 5, de 1991.
Sim, as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real anual deverão pagar a CSLL,
mensalmente, sobre uma base de cálculo estimada.
365
empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
– Anvisa;
· intermediação de negócios;
· administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza;
· prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas
a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
Notas:
366
Notas:
de novas receitas;
b) a reversão de saldo de provisões anteriormente
constituídas, salvo no caso das provisões:
I - técnicas das companhias de seguro e de capitalização, das
entidades de previdência privada complementar e das
operadoras de planos de assistência à saúde, quando
constituídas por exigência da legislação especial a elas
aplicável;
II - para perdas de estoques de livros de que trata o art. 8º da
Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003;
III - para o pagamento de férias de empregados; e
IV - para o pagamento de décimo-terceiro salário de
empregados.
c) os lucros e dividendos decorrentes de participações
societárias avaliadas pelo custo de aquisição e a contrapartida
do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados
pelo método da equivalência patrimonial;
d) os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do
comprador ou contratante, além do preço do bem ou serviço,
e dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços
seja mero depositário;
e) os juros sobre o capital próprio auferidos.
Notas:
367
Veja ainda: Bases de cálculo da CSLL (Lucros Presumido e
Arbitrado):
Pergunta 016 deste capítulo.
1) suspender o pagamento da CSLL, desde que demonstre que o valor da CSLL devida,
calculado com base no resultado ajustado do período em curso, é igual ou inferior à
soma da CSLL devida, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores
àquele em que se desejar suspender o pagamento;
2) reduzir o valor da CSLL ao montante correspondente à diferença positiva entre a
CSLL devida no período em curso e a soma da CSLL devida, correspondente aos
meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele em que se desejar reduzir o
pagamento.
Notas:
1) Considera-se:
a) período em curso, aquele compreendido entre 1º de janeiro
ou o dia de início de atividade e o último dia do mês em que
se deseja suspender ou reduzir o pagamento;
b) CSLL devida no período em curso, o valor resultante da
aplicação da alíquota da CSLL sobre o resultado ajustado
correspondente a esse período;
c) soma da CSLL devida, o somatório dos valores devidos
correspondentes à CSLL dos meses (do período em curso)
anteriores ao mês em que se deseja reduzir ou suspender o
pagamento, apurados com base na receita bruta e acréscimos
368
e/ou com base em saldos obtidos em balanços ou balancetes
de redução;
d) Para efeito do disposto na letra “c”, considera-se saldo
obtido em balanço ou balancete de redução, a diferença entre
a CSLL devida no período em curso (letra “b”) e a CSLL
devida em meses anteriores (letra “c”).
Sim. A base de cálculo da CSLL, quando negativa, poderá ser compensada até o limite
de 30% dos resultados apurados em períodos subsequentes, ajustados pelas adições e
exclusões previstas na legislação.
Notas:
369
compensado, observados os prazos e normas pertinentes à
compensação.
009 Pessoa jurídica que exerce atividade rural também está sujeita
ao limite de 30% dos resultados para compensação da base de
cálculo negativa da CSLL?
Não. A base de cálculo da CSLL da atividade rural, quando negativa, poderá ser
compensada com o resultado dessa mesma atividade, apurado em períodos de apuração
subsequentes, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação, sem o limite
máximo de redução de trinta por cento.
Notas:
Atividade Rural:
Veja ainda:
Perguntas 001 a 036 do capítulo XII.
370
010 Nos casos de incorporação, fusão, cisão ou extinção da pessoa
jurídica, quais serão as datas de apuração da base de cálculo e
o prazo para pagamento da CSLL, qualquer que seja o regime
de tributação?
A data de apuração da base de cálculo, nos casos de incorporação, fusão, cisão ou extinção
da pessoa jurídica é a data da ocorrência desses eventos.
Prazo para pagamento: até o último dia útil do mês subsequente ao do evento, em quota
única.
Notas:
A pessoa jurídica poderá excluir do resultado do período, para efeito de apuração da base
de cálculo da CSLL, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento proporcional à
receita dessas operações, computada no resultado do período e não recebida até a data do
371
balanço de encerramento, inclusive quando quitados mediante recebimento de títulos
públicos ou Certificados de Securitização, emitidos especificamente para essa finalidade.
A parcela excluída deverá ser adicionada ao resultado do período em que a receita for
recebida.
Notas:
372
013 O registro da CSLL como despesa afetará o cálculo do lucro
da exploração?
A CSLL será adicionada ao lucro líquido do período de apuração, antes da provisão para
o imposto de renda, para efeito de determinação do lucro da exploração, que servirá de
base de cálculo de incentivos fiscais.
Não. O valor da CSLL não pode ser deduzido para efeito da determinação do lucro real,
nem da sua própria base de cálculo.
O valor da CSLL que for considerado como custo ou despesa deverá ser adicionado ao
lucro líquido para efeito de determinação do lucro real.
373
016 Qual a base de cálculo da CSLL para as pessoas jurídicas
sujeitas à apuração do lucro presumido ou arbitrado?
As pessoas jurídicas que optarem pela apuração e pagamento do IRPJ com base no lucro
presumido ou que pagarem o IRPJ com base no lucro arbitrado determinarão a base de
cálculo da CSLL trimestralmente, conforme esses regimes de incidência.
O resultado presumido ou arbitrado (a base de cálculo da CSLL) será a soma dos seguintes
valores:
1) o percentual da receita bruta auferida no trimestre, excluídas as vendas canceladas, as
devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não
cumulativos cobrados destacadamente do comprador dos quais o vendedor dos bens
ou prestador de serviços seja mero depositário, correspondente a:
a) 12% (doze por cento), para as pessoas jurídicas em geral; ou
b) 32% (trinta e dois por cento), para as pessoas jurídicas que desenvolvam as seguintes
atividades:
· prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio
diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e
citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a
prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e
atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa;;
· intermediação de negócios;
· administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza;
· prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
· prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço
público.
Notas:
374
abrangidas pelo inciso I do caput, com os respectivos valores decorrentes do ajuste a
valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, auferidos no mesmo período de apuração, inclusive:
a) os ganhos de capital nas alienações de bens e direitos, inclusive de aplicações em
ouro não caracterizado como ativo financeiro. O ganho corresponderá à diferença
positiva verificada, no mês, entre o valor da alienação e o respectivo custo de
aquisição diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão
acumulada;
b) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes
em sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que
permanecerem no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte
ao de suas aquisições;
c) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens ou direitos;
d) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas
ou entre pessoa jurídica e pessoa física;
e) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de
valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
f) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,
deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
g) os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos
e contribuições a serem restituídos ou compensados;
h) as variações monetárias ativas dos direitos de crédito e das obrigações do
contribuinte, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis
por disposição legal ou contratual;
i) os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa
e de renda variável;
j) os juros sobre o capital próprio auferidos;
k) os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas
no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido
em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de incidência da CSLL
com base no resultado ajustado, ou que se refiram a período no qual tenha se
submetido ao regime de incidência da CSLL com base no resultado presumido ou
arbitrado;
l) o valor dos encargos suportados pela mutuária que exceder ao limite calculado com
base na taxa Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo
prazo de seis meses, acrescido de três por cento anuais a título de spread,
proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros, quando pagos
ou creditados a pessoa vinculada no exterior e o contrato não for registrado no Banco
Central do Brasil;
m) a diferença de receita, auferida pela mutuante, correspondente ao valor calculado
com base na taxa a que se refere a alínea anterior e o valor contratado, quando este
for inferior, caso o contrato, não registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado
com mutuaria definida como pessoa vinculada domiciliada no exterior;
375
n) as multas ou qualquer outra vantagem recebida ou creditada, ainda que a título de
indenização, em virtude de rescisão de contrato;
o) o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a
título de devolução de patrimônio;
p) o valor correspondente aos lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais,
sucursais, controladas ou coligadas, no trimestre em que tais lucros tiverem sido
disponibilizados (no caso de lucro arbitrado).
Notas:
Notas:
376
Veja ainda: Base de cálculo da CSLL (Lucro Real-Estimativa):
Pergunta 006 deste capítulo.
Sim , desde que adote esse mesmo regime para apurar o IRPJ com base no lucro
presumido, devendo:
Notas:
377
3) Os valores recebidos, a qualquer título, do adquirente do
bem ou direito ou do contratante dos serviços serão
considerados como recebimento do preço ou de parte deste,
até o seu limite.
4) O cômputo da receita em período de apuração posterior
ao do recebimento sujeitará a pessoa jurídica ao pagamento
da CSLL com o acréscimo de juros de mora e de multa, de
mora ou de ofício, conforme o caso, calculados na forma da
legislação vigente.
A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma escrituração na qual o sujeito passivo deverá
informar todas as operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor
devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL).
A partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas,
deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada pela
matriz.
A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped)
até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira.
As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º de
janeiro de 2014, da escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) em meio
físico e da entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica
(DIPJ).
378
Capítulo XVII - Sociedades Cooperativas 2019
Natureza e Requisitos
As sociedades cooperativas em geral estão reguladas pela Lei nº 5.764, de 1971 que
definiu a Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das
cooperativas.
São sociedades de pessoas de natureza civil, com forma jurídica própria, constituídas para
prestar serviços aos associados e que se distinguem das demais sociedades pelas seguintes
características:
a) adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo
impossibilidade técnica de prestação de serviços;
b) variabilidade do capital social, representado por cotas-partes;
c) limitação do número de cotas-partes para cada associado, facultado, porém,
o estabelecimento de critérios de proporcionalidade;
d) inacessibilidade das quotas partes do capital à terceiros, estranhos à
sociedade;
e) retorno das sobras liquidas do exercício, proporcionalmente às operações
realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da assembleia geral;
f) quórum para o funcionamento e deliberação da assembleia geral baseado no
número de associados e não no capital;
g) indivisibilidade dos fundos de reserva e de assistência técnica educacional e
social;
h) neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;
i) prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos
empregados da cooperativa;
j) área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião,
controle, operações e prestação de serviços.
Alerte-se que os arts. 1.094 e 1095 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Código
Civil, dispõem também sobre características das sociedades cooperativas.
A Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, veio dispor sobre o Sistema Nacional
de Crédito Cooperativo.
A LC nº 130, de 2009 estabelece que as instituições financeiras constituídas sob a forma
de cooperativas de crédito submetem-se:
379
b) as competências legais do Conselho Monetário Nacional - CMN e do Banco
Central do Brasil em relação às instituições financeiras aplicam-se às
cooperativas de crédito.
As cooperativas de crédito destinam-se, precipuamente, a prover, por meio da
mutualidade, a prestação de serviços financeiros a seus associados, sendo-lhes assegurado
o acesso aos instrumentos do mercado financeiro.
As cooperativas de crédito podem atuar em nome e por conta de outras instituições, com
vistas à prestação de serviços financeiros e afins a associados e a não associados.
O mandato dos membros do conselho fiscal das cooperativas de crédito terá duração de
até 3 (três) anos, observada a renovação de, ao menos, 2 (dois) membros a cada eleição,
sendo 1 (um) efetivo e 1 (um) suplente.
O art. 1º estabelece que a Cooperativa de Trabalho é regulada por esta Lei e, no que com
ela não colidir, pelas Leis nos 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 -Código Civil.
Normativo: Lei nº 5.764, de 1971 arts. 4º e 6º, art. 24, § 3º, arts. 29
e 42;
RIR/2018, art. 193, § 1º. e art. 7º da LC nº 130, de
2009.
Lei nº 12.690, de 19 de julho de 2012.
381
002 Como se classificam as sociedades cooperativas?
Notas:
Estas sociedades poderão, com o fim de viabilizar a atividade de seus associados, adotar
qualquer objeto, respeitadas as limitações legais no sentido de não exercerem atividades
ilícitas ou proibidas em lei.
Para ingressar em uma cooperativa, a pessoa jurídica deverá ter por objeto as mesmas
atividades econômicas que os demais associados pessoas físicas (ou atividades
correlatas).
São também admitidas nas cooperativas as pessoas jurídicas sem fins lucrativos.
005 Quais as pessoas jurídicas que têm seu ingresso permitido nas
sociedades cooperativas?
Exemplo:
383
007 As sociedades cooperativas dependem de autorização para
funcionamento?
Não. Dispõe o art. 5º, inciso XVII, da Constituição Federal, que a criação de associações
e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento.
Relativamente as sociedades cooperativas de crédito o art. 12 da LC 130, de 2009, dispõe
que o CMN, no exercício da competência que lhe são atribuídas pela legislação que rege
o SFN, poderá dispor, inclusive, sobre as seguintes matérias:
384
Além disso, a sociedade cooperativa também deverá possuir os seguintes livros: a)
Matrícula; b) Atas das Assembleias Gerais; c) Atas dos Órgãos de Administração; d) Atas
do Conselho Fiscal; e) Presença do Associados nas Assembleias Gerais.
Na saída, é suficiente que se apresente como retirante e receba o valor de suas quotas e o
que mais tiver de direito, consoante às regras vigentes na entidade.
A transferência é possível ao herdeiro se este for também associado, visto que a operação
de transferência entre associados é permitida.
385
Normativo: Código Civil - Lei nº 10.406, de 2002, art. 1.094, IV.
Assim, podemos citar como exemplos de atos cooperativos, dentre outros, os seguintes:
Notas:
386
1) equivocados a doutrina e os precedentes do STJ que
entendem como ato cooperativo, indistintamente, todo aquele
que atende às finalidades institucionais da cooperativa;
2) constitui-se ato cooperativo típico ou próprio, nos termos
do art. 79 da Lei 5.764/71, o serviço prestado pela cooperativa
diretamente ao cooperado, quando:
a) a cooperativa estabelece, em nome e no interesse dos
associados, relação jurídica com terceiros (não-cooperados)
para viabilizar o funcionamento da própria cooperativa (com
a locação ou a aquisição de máquinas e equipamentos,
contratação de empregados para atuarem na área-meio, por
exemplo) visando à concretização do objetivo social da
cooperativa; e
b) a cooperativa recebe valores de terceiros (não-cooperados)
em razão da comercialização de produtos e mercadorias ou da
prestação de serviços por seus associados e a eles repassa.
3) estão excluídos do conceito de atos cooperativos a
prestação de serviços por não-associado (pessoa física ou
jurídica) através da cooperativa a terceiros, ainda que
necessários ao bom desempenho da atividade-fim ou, ainda, a
prestação de serviços estranhos ao seu objeto social; e
4) os atos cooperativos denominados "auxiliares", quando a
cooperativa necessita realizar gastos com terceiros, como
hospitais, laboratórios e outros - mesmo que decorrentes do
atendimento médico cooperado, não se inserem no conceito
de ato cooperativo típico ou próprio
Os atos não-cooperativos são aqueles que importam em operação com terceiros não
associados. São exemplos, dentre outros, os seguintes:
1) a comercialização ou industrialização, pelas cooperativas agropecuárias ou de pesca,
de produtos adquiridos de não associados, agricultores, pecuaristas ou pescadores,
para completar lotes destinados ao cumprimento de contratos ou para suprir
capacidade ociosa de suas instalações industriais;
2) de fornecimento de bens ou serviços a não associados, para atender aos objetivos
sociais;
3) de participação em sociedades não cooperativas, públicas ou privadas, para
atendimento de objetivos acessórios ou complementares;
387
4) as aplicações financeiras;
5) a contratação de bens e serviços de terceiros não associados.
Sim. As cooperativas pagarão o imposto de renda sobre o resultado positivo das operações
e das atividades estranhas a sua finalidade (ato não cooperativo), isto é, serão
considerados como renda tributável os resultados positivos obtidos pelas cooperativas nas
operações de que tratam os arts. 85, 86 e 88 da Lei nº 5.761, de 1971.
Os resultados das operações com não associados serão levados à conta do Fundo de
Assistência Técnica, Educacional e Social e serão contabilizados em separado, de modo
a permitir cálculo para incidência de tributos.
Além disso, as sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e
fornecimento de bens aos consumidores, sujeitam-se às mesmas normas de incidência dos
impostos e contribuições de competência da União, aplicáveis às demais pessoas
jurídicas.
388
Normativo: Lei nº 5.764, de 1971, arts. 85 a 88 e art. 111;
Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 2º;
Lei nº 9.532, de 1997, art. 69; e
RIR/2018, arts. 193 a 195.
Notas:
Notas:
390
Lei nº 9.718, de 1998, arts. 13, § 1º e 14.
LC 123/2006, art. 3º, § 4º, inc. VI
A base de cálculo será determinada segundo a escrituração que apresente destaque das
receitas tributáveis e dos correspondentes custos, despesas e encargos.
Receitas:
Provenientes de atos cooperativos........................ R$8.600.000,00
Provenientes de operações com não associados.. R$5.400.000,00
Total........................................................................ R$14.000.000,00
Custos diretos:
Das receitas de atos cooperativos.......................... R$4.200.000,00
Das receitas de operações com não associados.... R$2.200.000,00
Total....................................................................... R$6.400.000,00
391
(R$4.400.000,00 x R$8.600.000,00) / R$14.000.000,00 = R$2.702.857,14
2) Apuração do resultado operacional correspondente aos atos cooperativos:
R$8.600.000,00
Receitas de atos cooperativos................................
(-) Custos diretos das receitas de atos
cooperativos.................................
(R$4.200.000,00)
(-) Custos indiretos, despesas e encargos comuns
(R$2.702.857,14)
O fato de a lei do cooperativismo denominar a mais valia de “sobra” não tem o intuito de
excluí-la do conceito de lucro, mas permitir um disciplinamento específico da destinação
392
desses resultados (sobras), cujo parâmetro é o volume de operações de cada associado,
enquanto o lucro deve guardar relação com a contribuição do capital.
Tal isenção não se aplica, porém, às cooperativas de consumo de que trata o art. 69 da
Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997
393
Capítulo XVIII - Acréscimos Legais 2019
Recolhimento Espontâneo
Tributos pagos em atraso, espontaneamente, isto é, sem que a a empresa tenha sido
notificada ou intimada a fazê-lo, relativos a fatos geradores ocorridos a partir de 1 de
janeiro de 1997, serão acrescidos de:
a) multa de mora de 0,33% ao dia (limitada a 20%). Para se calcular a
multa multiplica-se a quantidade de dias em atraso por 0,33, até o limite de 20%.
Contam-se os dias em atraso a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento
até o dia em que ocorrer o pagamento;
b) juros de mora à taxa Selic. Para se calcular os juros de mora toma-se o valor do débito
sem o acréscimo da multa de mora de 0,33% ao dia, e sobre ele aplica-se a taxa
Selic acumulada mensalmente a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do
vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do
pagamento.
Notas:
394
002 No caso de postergação do pagamento do tributo, haverá
incidência de acréscimos legais?
Postergar o pagamento não equivale a atrasar o pagamento. A postergação que ocorre por
motivos alheios à vontade do contribuinte não é punível com multa de mora. Porém, os
juros de mora incidirão normalmente, até a data do pagamento.
Notas:
395
004 Durante o período em que a cobrança do crédito tributário
estiver suspensa por decisão administrativa ou judicial,
haverá incidência de acréscimos legais?
Lançamento de Ofício
Notas:
396
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, arts.
33, 47, 51, §§ 1º e 2º, e 58.
Haverá incidência de multa de ofício, mas não de multa de mora. Incidirão também os
juros de mora calculados à taxa Selic. Os percentuais da multa de ofício são estes:
I - 75% sobre o valor total do débito (ou sobre a diferença não recolhida) nos casos de
falta de pagamento ou recolhimento, falta de declaração e nos de declaração inexata. Esse
percentual será duplicado se se constatar sonegação, fraude ou conluio (Lei 4.502/64, arts.
71, 72 e 73), independentemente de outras penalidades cabíveis. Esse percentual será
aumentado em 50% (ainda que tenha sido duplicado) se o sujeito passivo não atender, no
prazo estipulado, à intimação para prestar esclarecimentos, apresentar arquivos
magnéticos e digitais e sistemas de processamento eletrônico de dados ou a
documentação técnica a que se refere o art. 38 da Lei 9.430/96, na forma da Lei 8.218/91,
art. 11;
II - 50% sobre o valor do pagamento mensal por estimativa que deixar de ser efetuado,
exigida isoladamente, ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base de cálculo
negativa para a contribuição social sobre o lucro líquido no ano-calendário
correspondente.
Esses percentuais (de 75% e 50%) podem ser reduzidos, ainda que tenham sido majorados
pelos motivos mencionados a depender da resposta do sujeito passivo à notificação para
pagamento do débito: i) em 50% se o sujeito pagar ou compensar o débito em até 30 dias
da notificação; ii) em 40% se requerer o parcelamento em até 30 dias da notificação; iii)
em 30% se pagar ou compensar o débito em até 30 dias da notificação da decisão
administrativa de 1ª instância; e iv) em 20% se requerer o parcelamento em até 30 dias
da notificação da decisão administrativa de 1ª instância.
Os percentuais de multa, sua majoração e as reduções previstas aplicam-se também na
hipótese de lançamento de ofício efetuado em razão de ressarcimento indevido de tributo,
proveniente de incentivo ou benefício fiscal (Lei 9.430/96, art. 44, § 4º).
Notas:
397
Normativo: Lei nº 9.430, de 1996, art. 38, art. 44, §§ 1º, 2º e 4º, e
art. 61, § 3º.
Lei nº 8.218, de 1991, art. 6º, com a redação dada pela
Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009.
Nesse caso caberá multa de ofício de 112,5% se o sujeito, além de não ter atendido à
intimação, não pagou o débito ou não apresentou declaração. Ou de 225% se o sujeito,
além dos motivos que ensejariam a aplicação da multa de 112,5%, incorrer também em
crime contra a ordem tributária, de sonegação, fraude ou conluio. Esses percentuais
correspondem à multa de 75% (Lei 9.430, art. 44, I) aumentada de 50% (75% x 1,5 =
112,5%), ou à multa de 150% (Lei 9.430, art. 44, § 1º) aumentada de 50% (150% x 1,5 =
225%).
A multa será a prevista no inciso I do art. 44 da Lei 9.430/96, de 75% no caso de falta de
retenção ou recolhimento, independentemente de outras penalidades administrativas ou
criminais cabíveis, ou de 150% se a fonte pagadora incorrer em crime contra a ordem
tributária previsto no art. 71, no 72 ou no 73 da Lei 4.502/64.
Nota:
398
As multas serão calculadas sobre a totalidade ou diferença de
tributo ou contribuição que deixar de ser retida ou recolhida,
ou que for recolhida após o prazo fixado.
399
declarada é homologada ou não homologada. O ato de não homologação pode ser
discutido na via administrativa ou judicial. O recurso terá o efeito de suspender a
exigibilidade do crédito, por força do art. 151, III, do Código Tributário Nacional.
De acordo com o § 1º do art. 74 da Instrução Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de
2017, "sem prejuízo do disposto no caput, será exigida do sujeito passivo, mediante
lançamento de ofício, multa isolada, nos seguintes percentuais [...]". Portanto, o tributo
objeto de compensação não homologada será exigido com os acréscimos legais (multa de
mora de 0,33% ao dia e juros Selic) e com a multa isolada de 50% sobre o valor do
crédito objeto de declaração de compensação não homologada, ou de 150% sobre o valor
total do débito indevidamente compensado, quando se comprove falsidade da declaração
apresentada pelo sujeito passivo.
Notas:
400
(c) sobre o valor total do débito indevidamente compensado em decorrência de
compensação considerada não declarada por motivo constante do inciso II do § 12 do art.
74 da Lei 9.430/96, ou em decorrência de declaração de compensação não homologada
(Lei 9.430, art. 74, § 17);
(d) sobre o valor total do pedido de ressarcimento indevido ou indeferido.
Notas:
1. o prazo de 30 dias corresponde ao prazo para impugnação ou
para recurso, conforme a hipótese, previstos nos arts. 15 e 33,
respectivamente, do Decreto 70.235, de 1972.
2. De acordo com o § 2º do art. 6º da Lei 8.218/91, se o
parcelamento for rescindido em razão de descumprimento de
norma que o regule, o valor da multa será restabelecido
proporcionalmente ao valor das parcelas não pagas.
Notas:
402
Normativo: Lei nº 10.426, de 2002, art. 7º.
403
Capítulo XIX - IRPJ e CSLL - Operações
Internacionais 2019
PREÇO DE TRANSFERÊNCIA
O termo “preço de transferência” tem sido utilizado para identificar os controles a que
estão sujeitas as operações comerciais ou financeiras realizadas entre pessoas vinculadas,
sediadas em diferentes jurisdições tributárias, ou quando uma das partes está sediada
em país ou dependência com tributação favorecida ou goze de regime fiscal privilegiado.
Em razão das circunstâncias peculiares existentes nas operações realizadas entre essas
pessoas, o preço praticado nessas operações pode ser artificialmente estipulado e,
consequentemente, divergir do preço negociado entre partes independentes, em
condições semelhantes - preço com base no princípio arm’s length.
Diversos países instituíram este controle como medida de salvaguarda de seus interesses
fiscais, haja vista a constatação de manipulação dos preços por empresas interdependentes
em transações internacionais.
404
Veja ainda: Pessoa vinculada:
Pergunta 004 deste capítulo.
País ou dependência com tributação favorecida:
Pergunta 005 deste capítulo.
Regime fiscal privilegiado:
Pergunta 006 deste capítulo.
Preço praticado:
Pergunta 011 deste capítulo.
405
2) a sua filial ou sucursal, domiciliada no exterior;
3) a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, cuja participação
societária no seu capital social a caracterize como sua controladora ou coligada, na
forma definida nos §§ 1º e 2º, art. 243 da Lei das S.A.;
4) a pessoa jurídica domiciliada no exterior que seja caracterizada como sua controlada
ou coligada, na forma definida nos §§ 1º e 2º, art. 243 da Lei das S.A.;
5) a pessoa jurídica domiciliada no exterior, quando esta e a empresa domiciliada no
Brasil estiverem sob controle societário ou administrativo comum ou quando pelo
menos 10% (dez por cento) do capital social de cada uma pertencer a uma mesma
pessoa física ou jurídica;
6) a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que, em conjunto com
a pessoa jurídica domiciliada no Brasil, tiver participação societária no capital social
de uma terceira pessoa jurídica, cuja soma as caracterizem como controladoras ou
coligadas desta, na forma definida nos §§ 1º e 2º, art. 243 da Lei das S.A.;
7) a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que seja sua associada,
na forma de consórcio ou condomínio, conforme definido na legislação brasileira, em
qualquer empreendimento;
8) a pessoa física residente no exterior que for parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge
ou companheiro de qualquer de seus diretores ou de seu sócio ou acionista controlador
em participação direta ou indireta;
9) a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, que goze de
exclusividade, como seu agente, distribuidor ou concessionário, para a compra e
venda de bens, serviços ou direitos;
10) a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, em relação à qual a
pessoa jurídica domiciliada no Brasil goze de exclusividade, como agente,
distribuidora ou concessionária, para a compra e venda de bens, serviços ou direitos.
Notas:
406
b.3) uma mesma pessoa exercer cargo de direção, com poder
de decisão, em ambas as empresas.
Na hipótese do item 7, as empresas serão consideradas
vinculadas somente durante o período de duração do
consórcio ou condomínio no qual ocorrer a associação.
Para efeito do item 8, considera-se companheiro de diretor,
sócio ou acionista controlador da empresa domiciliada no
Brasil, a pessoa que com ele conviva em caráter conjugal,
conforme o disposto na Lei nº 9.278, de 1996.
Nas hipóteses dos itens 9 e 10:
a) a vinculação somente se aplica em relação às operações
com os bens, serviços ou direitos para o quais se constatar a
exclusividade;
b) será considerado distribuidor ou concessionário exclusivo,
a pessoa física ou jurídica titular desse direito relativamente a
uma parte ou a todo o território do país, inclusive do Brasil;
c) a exclusividade será constatada por meio de contrato escrito
ou, na inexistência deste, pela prática de operações
comerciais, relacionadas a um tipo de bem, serviço ou direito,
efetuadas exclusivamente entre as duas empresas ou
exclusivamente por intermédio de uma delas.
407
A Portaria MF nº 488, de 28 de novembro de 2014, reduziu para 17% (dezessete por
cento) o percentual do item a para os países que estejam alinhados com os padrões
internacionais de transparência fiscal, nos termos definidos pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil. A Instrução Normativa RFB nº 1.530, de 2014, disciplinou o conceito
de padrões internacionais de transparência fiscal, para os fins da Portaria MF nº 488, de
2014, e o pedido de revisão de enquadramento como país ou dependência com tributação
favorecida ou detentor de regime fiscal privilegiado.
408
Portaria MF nº 488, de 2014; e
Instrução Normativa RFB nº 1.530, de 2014.
Nos casos de importação "por conta e ordem de terceiros", somente a empresa adquirente
- e não o importador contratado - será responsável pela apuração de preços de
transferência quando:
a) o exportador for pessoa vinculada à empresa adquirente;
b) o exportador for pessoa jurídica residente ou domiciliada em país ou dependência com
tributação favorecida ou beneficiada por regime fiscal privilegiado, independentemente
de o exportador ser ou não pessoa vinculada à empresa adquirente.
409
Solução de Consulta COSIT nº 01, de 29 de março de
2012.
410
011 Qual a diferença entre preço praticado pela empresa e preço
parâmetro?
O preço praticado corresponde aos preços pelos quais a empresa efetivamente comprou
ou vendeu o bem, direito ou serviço da pessoa vinculada. O cálculo do preço praticado
deve ser efetuado produto por produto.
Esse preço praticado médio ponderado será calculado por meio da multiplicação dos
preços praticados em cada operação de importação ou exportação por suas respectivas
quantidades e os resultados apurados serão somados e divididos pela quantidade total.
A apuração do preço praticado médio ponderado deve ser efetuada considerando as
quantidades e os valores correspondentes a todas as operações realizadas durante o
período de apuração sob exame. No caso de opção pelo método PRL, o preço praticado
médio ponderado será apurado computando as aquisições realizadas no período de
apuração, os saldos de estoques existentes no início do período e expurgando os valores
e as quantidades remanescentes em seu encerramento.
O preço parâmetro médio ponderado será calculado por meio da multiplicação dos preços
parâmetros apurados por suas respectivas quantidades e os resultados apurados serão
então somados e divididos pela quantidade total. Para o cálculo do preço parâmetro médio
ponderado devem ser consideradas as quantidades e os valores correspodentes a todas as
operações realizadas durante o o período de apuração sob exame.
411
"transação por transação". Ou seja, haverá tantos preços parâmetros e praticados quantas
forem as transações realizadas pelo contribuinte com uma determinada commodity.
Na importação:
1) Método dos Preços Independentes Comparados (PIC);
2) Método do Preço de Revenda Menos Lucro (PRL Revenda), com margem de lucro de
20% (vinte por cento), 30% (trinta por cento) e 40% (quarenta por cento), que serão
aplicadas de acordo com o setor da atividade econômica da pessoa jurídica brasileira
sujeita aos controles de preços de transferência;
3) Método do Custo de Produção Mais Lucro (CPL), com margem de 20% (vinte por
cento); e
4) Método do Preço sob Cotação na Importação (PCI).
Na exportação:
1) Método do Preço de Venda nas Exportações (PVEx);
2) Método do Preço de Venda Por Atacado no País de Destino Diminuído do Lucro
(PVA), com margem de 15% (quinze por cento);
3) Método do Preço de Venda a Varejo no País de Destino, Diminuído do Lucro (PVV),
com margem de 30% (trinta por cento);
4) Método do Custo de Aquisição ou de Produção Mais Tributos e Lucro (CAP), com
margem de 15% (quinze por cento); e
5) Método do Preço sob Cotação na Exportação (Pecex).
Para os contratos de mútuo serão aplicados as seguintes taxas, acrescida de margem
percentual a título de spread, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Fazenda com
base na média de mercado, proporcionalizados em função do período a que se referirem
os juros:
I - de mercado dos títulos soberanos da República Federativa do Brasil emitidos no
mercado externo em dólares dos Estados Unidos da América, na hipótese de operações
em dólares dos Estados Unidos da América com taxa prefixada;
412
II - de mercado dos títulos soberanos da República Federativa do Brasil emitidos no
mercado externo em reais, na hipótese de operações em reais no exterior com taxa
prefixada; e
III - London Interbank Offered Rate - LIBOR pelo prazo de 6 (seis) meses, nos demais
casos.
Conforme estabelece a Portaria MF nº 427, de 30 de julho de 2013, no caso operações de
mútuo, em que a mutuante é a pessoa vinculada no exterior, deverá ser utilizado o spread
de 3,5% (três e meio por cento) para fins de cálculo dos preços de transferência. Por outro
lado, para os contratos de mútuo, em que a mutuante é a pessoa física ou jurídica
domiciliada no Brasil, deverá ser utilizado o spread de 2,5% (dois e meio por cento).
Após apurar o preço praticado médio ponderado e o preço parâmetro médio ponderado,
o contribuinte deverá comparar esses valores. Resultando diferença, o contribuinte
procederá conforme a seguir:
Além da adição a ser realizada nas bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, o contribuinte
deverá ajustar a base de cálculo dos juros sobre o capital próprio - JCP, de que trata o art.
9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Para isso, para fins de determinação da
413
base de cálculo do JCP, o valor total do excesso apurado com base nos métodos PIC, CPL
ou PCI deverá ser excluído do patrimônio líquido no período de apuração em que o bem,
serviço ou direito tiver sido importado. No caso de adoção do método PRL, o valor do
excesso será excluído do patrimônio líquido no período de apuração em que o bem,
serviço ou direito importado tiver sido baixado dos estoques para resultado.
(i) conta do ativo onde foi contabilizada a aquisição dos bens, direitos ou serviços e que
permanecerem ali registrados ao final do período de apuração; ou
(ii) conta própria de custo ou de despesa do período de apuração, que registre o valor dos
bens, direitos ou serviços, no caso de já terem sido baixados da conta de ativo que tenha
registrado a sua aquisição.
No caso de bens classificáveis no ativo não circulante e que tenham gerado quotas de
depreciação, amortização ou exaustão, no ano calendário da importação, o valor do
excesso de preço de aquisição na importação deverá ser contabilizado conforme o
disposto no item "ii".
No caso de adoção dos métodos PIC, CPL ou PCI, o cálculo do preço parâmetro deverá
ser efetuado no ano-calendário em que o bem, serviço ou direito for importado.
Por outro lado, optando-se pelo método PRL, o preço parâmetro deverá ser calculado no
momento que o bem, direito ou serviço importado tiver sido baixado dos estoques para
resultado.
Deve ser destacado que, independente do método adotado, a adição do ajuste de preços
de transferência ocorre no ano-calendário em que o bem, serviço ou direito tiver sido
baixado dos estoques para o resultado.
414
Normativo: IN RFB nº 1.312, de 2012, art. 4º, § 3º e art. 12, § 2º-A.
Não, eventuais variações cambiais ocorridas no mesmo período-base não podem ser
ajustadas, uma vez que a variação cambial influencia igualmente o preço parâmetro e o
preço praticado. Considerando-se que para cálculo do preço praticado na operação de
importação ou de exportação devem ser consideradas todas as operações realizadas no
415
ano calendário, se, no cálculo do preço parâmetro, forem consideradas também as
operações efetuadas pelas empresas independentes, ocorridas ao longo do mesmo ano
calendário, a variação cambial terá influenciado da mesma forma ambos os preços a
serem comparados.
No que diz respeito aos ajustes cambiais decorrentes de comparação com operações
realizadas em períodos anteriores ou posteriores, a legislação prevê mecanismos de ajuste
para o método PIC e para operações de exportação (arts. 11 e 25 da IN RFB nº 1.312, de
2012).
018 Qual a data correta a ser utilizada para a conversão dos valores
expressos em moeda estrangeira, constantes das operações de
exportação de bens serviços ou direitos?
019 Qual a data correta a ser utilizada para a conversão dos valores
expressos em moeda estrangeira, constantes das operações de
importação de bens serviços ou direitos?
416
b) do reconhecimento do custo ou despesa correspondente à prestação do serviço ou à
aquisição do direito, em observância ao regime de competência.
020 Qual a data correta a ser utilizada para a conversão dos valores
expressos em moeda estrangeira, constantes das operações
utilizadas para apuração dos preços parâmetros?
Quando for possível identificar as datas em que ocorreram as operações, deve-se utilizar
a taxa de câmbio das respectivas datas, conforme explicitado nas duas perguntas
anteriores; caso não seja possível, utilizar a taxa de câmbio média para o ano calendário,
divulgada pela Receita Federal.
Por exemplo: na aplicação do método PIC – Preços Independentes Comparados, se for
utilizada operações de importações de bens realizadas por empresas independentes (IN
RFB nº 1.312, de 2012, art. 8º, parágrafo único, inciso III), deve-se utilizar a taxa de
câmbio de venda do segundo dia útil imediatamente anterior à data do registro da
declaração de importação da mercadoria. Caso seja utilizado o método CPL – Custo de
Produção mais Lucro para apuração do preço parâmetro, considerando-se que os valores
que o compõem foram formados ao longo do ano calendário, deve-se utilizar a taxa de
câmbio média do ano. Para apuração do preço parâmetro com base no método PVA –
Preço de Venda no Atacado no País de Destino, deve-se utilizar as taxas de câmbio das
datas em que ocorreram as respectivas vendas. Para os métodos PCI e Pecex, a cotação
da Bolsa de Valores utilizada como base para o cálculo do preço parâmetro deve ser
convertida para reais com base na taxa de câmbio da mesma data utilizada para converter
o respectivo preço praticado.
021 No caso dos países com os quais o Brasil possui acordo para
evitar a dupla tributação, seria aceitável a comprovação dos
preços parâmetros, para fins da legislação de preços de
transferência, por intermédio dos métodos previstos pela
OCDE?
417
Veja ainda: Preço parâmetro:
Pergunta 011 deste capítulo.
Métodos de apuração:
Pergunta 012 deste capítulo.
Sim. Os percentuais de que tratam os métodos PRL (margens de 20%, 30% e 40%), CPL,
PVA, PVV e CAP e o previsto no art. 20 da IN RFB nº 1.312, de 2012, podem ser
alterados de ofício ou em atendimento à solicitação de entidade de classe ou da própria
empresa interessada.
Os pedidos serão efetuados de acordo com as normas previstas na Portaria MF nº 222, de
24 de setembro de 2008, e serão instruídos com demonstrativos e documentos que deem
suporte ao pleito, conforme o método cuja margem se queira alterar.
418
embasadas, exclusivamente, em operações com independentes, não localizadas em países
ou dependências de tributação favorecida, ou que gozem de regime fiscal privilegiado.
Não, na hipótese em questão, o preço parâmetro e o preço praticado deverão ser apurados
por tipo de bem, direito ou serviço importado ("produto a produto").
Exemplificativamente, se uma pessoa jurídica tiver comprado, de vinculada domiciliada
no exterior, em dado ano-calendário, os bens “A”, “B” e “C”; o bem “A” em três
diferentes ocasiões, o bem “B” em quatro ocasiões, e o bem “C” em cinco ocasiões, ela
deverá efetuar três controles distintos, sendo:
419
- um cálculo do preço praticado médio ponderado para o produto A, considerando as três
aquisições realizadas no ano-calendário, e um cálculo do preço parâmetro médio
ponderado, com base em um dos métodos de cálculo previstos na legislação;
- um cálculo do preço praticado médio ponderado para o produto B, considerando
as quatro aquisições realizadas no ano-calendário, e um cálculo do preço parâmetro
médio ponderado, com base em um dos métodos de cálculo previstos na legislação;e
- um cálculo do preço praticado médio ponderado para o produto C, considerando as cinco
aquisições realizadas no ano-calendário, e um cálculo do preço parâmetro médio
ponderado, com base em um dos métodos de cálculo previstos na legislação.
Consequentemente, os ajustes deverão ser feitos de forma individualizada quanto aos
bens “A”, “B” e “C”, não se admitindo que a pessoa jurídica sujeita aos controles de
preços de transferência proceda a quaisquer compensações de valores, e potenciais
ajustes, com base em valores atinentes a diferentes bens, direitos ou serviços que tenham
sido importados de vinculadas.
Ressalte-se que, no caso dos métodos PCI ou Pecex (cuja adoção é obrigatória para
operações com commodities), a regra de apuração "produto a produto" acima mencionada
não é aplicável. Para esses métodos, os cálculos dos preços praticados e parâmetros serão
efetuados "transação por transação". Ou seja, haverá tantos preços parâmetros e
praticados quantas forem as transações realizadas pelo contribuinte com uma determinada
commodity. Com isso, na situação hipotética acima, assumindo que o produto A seja uma
commodity, o contribuinte deverá:
- calcular um preço praticado para a primeira aquisição e um respectivo preço parâmetro;
- calcular um preço praticado para a segunda aquisição e um respectivo preço parâmetro;e
- calcular um preço praticado para a terceira aquisição e um respectivo preço parâmetro.
Normativo: IN RFB 1.312, de 2012, art. 4º, § 1º, e art. 27, parágrafo
único.
Na hipótese em que os dados utilizados para fins de cálculo do preço parâmetro digam
respeito às próprias operações realizadas pelo contribuinte, a amostra utilizadas para fins
de cálculo deverá respresentar, ao menos, 5% do valor das operações de importação
sujeitas ao controle de preços de transferência, empreendidas pela pessoa jurídica, no
período de apuração, quanto ao tipo de bem, direito ou serviço importado.
420
Não havendo operações que representem 5% do valor das importações sujeitas ao
controle de preços de transferência no período de apuração, o percentual poderá ser
complementado com as importações efetuadas no ano-calendário imediatamente anterior,
ajustado pela variação cambial do período.
Nos demais casos, assim como na hipótese de aplicação de outros métodos, embora não
exista um valor/percentual mínimo tal qual o mencionado acima, deverá ser utilizada uma
amostra que seja consistente e permita a formação da convicção do Auditor-Fiscal
encarregado da verificação quanto à robustez e regularidade do preço parâmetro
calculado.
421
027 Para o cálculo do preço parâmetro, admite-se a utilização de
transações de anos-calendário distintos do ano de importação
do bem, serviço ou direito?
No que diz respeito ao método PRL, o cálculo do preço parâmetro deve ser efetuado no
ano-calendário em que o bem, serviço ou direito importado tiver sido baixado dos
estoques para resultado, considerando os preços das operações de venda a varejo e no
atacado, no mercado interno, realizadas pela própria pessoa jurídica com compradores
não vinculados.
O cálculo do preço parâmetro com base no método PIC exige que os preços dos bens,
serviços ou direitos adquiridos de pessoa vinculada sejam comparados com os preços dos
bens, serviços ou direitos, idênticos ou similares.
O fato de dois bens possuírem a mesma classificação NCM não é, por si só,
condição suficiente para que sejam comparáveis. Não basta que possuam o mesmo NCM,
os produtos devem ser idênticos ou similares.
Caso os itens sejam considerados similares, o preço parâmetro deverá sofrer ajustes, para
fins de comparação, em função das diferenças de natureza física e de conteúdo existentes
entre o bem adquirido de parte vinculada e aquele cujo preço foi utilizado como base para
apuração do preço parâmetro (art. 10 da IN RFB nº 1.312, de 2012).
422
029 No cálculo do PIC, como deverá ser apurado o preço
parâmetro médio ponderado, calculado com base nas
transações realizadas com não vinculadas?
O preço parâmetro médio ponderado deve ser calculado segundo as disposições do art. 6º
da IN RFB nº 1.312, de 2012. Ou seja, os preços obtidos a partir de transações realizadas
entre pessoas não vinculadas serão multiplicados pelas quantidades relativas à respectiva
operação e os resultados apurados serão somados e divididos pela quantidade total,
encontrando-se, assim, o preço parâmetro médio ponderado do bem, direito ou serviço
importado.
Para a composição do preço parâmetro, poderão ser utilizados preços de bens, serviços
ou direitos, idênticos ou similares:
(i) vendidos pela mesma pessoa jurídica exportadora, a pessoas jurídicas não vinculadas,
residentes ou não-residentes;
(ii) adquiridos pela mesma importadora, de pessoas jurídicas não vinculadas, residentes
ou não-residentes;e
(iii) em operações de compra e venda praticadas entre terceiros não vinculados entre si,
residentes ou não residentes (inclusive, operações de compra e venda realizadas por outras
empresas do grupo, que não a exportadora, junto a terceiros não vinculados).
423
Veja ainda: Métodos de apuração:
Pergunta 012 deste capítulo.
Sim. Caso a pessoa jurídica não disponha de informações sobre o frete e o seguro,
discriminados por produto, é possível o seu rateio por produto, conforme a metodologia
utilizada na contabilidade de custos da empresa.
Para converter o valor dos preços do mercado externo para a moeda nacional deverá ser
utilizado o valor da cotação da moeda correspondente ao segundo dia útil imediatamente
anterior ao do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho
para consumo.
424
034 São aplicáveis as regras de preços de transferência para bens
importados sem cobertura cambial e sem pagamento em
Reais, destinados a retorno, como no caso dos protótipos?
Não, desde que a importação do bem não implique custos ou despesas que possam ser
dedutíveis para fins de tributação do lucro real e da CSLL.
425
036 Na hipótese de bem importado diretamente pela própria
empresa, com o fim de revenda, exclui-se o valor do IPI
incidente na venda, para fins de aplicação do método “Preço
de Revenda menos Lucro” (PRL)?
Igualmente, não deve ser computado no custo de aquisição das mercadorias e das
matérias-primas o IPI que vai ser recuperado em operação de venda posterior.
Portanto, na apuração do preço parâmetro - com base no Método do Preço de Revenda
menos Lucro (PRL), não se inclui o IPI, quando da saída da mercadoria, por não compor
a Receita Bruta.
426
038 Quais seriam os documentos hábeis para a comprovação dos
custos de produção dos bens e serviços importados, segundo
o Método do Custo de Produção mais Lucro (CPL), fornecidos
por pessoa jurídica vinculada, domiciliada no exterior?
Os documentos hábeis para a comprovação dos custos de produção dos bens e serviços
importados poderão ser as cópias dos documentos que embasaram os registros constantes
dos livros contábeis, tais como faturas comerciais de aquisição das matérias-primas e
outros bens ou serviços utilizados na produção, planilhas de rateio do custo de mão-de-
obra e cópias das folhas de pagamentos, comprovantes de custos com locação,
manutenção e reparo dos equipamentos aplicados na produção, demonstrativos dos
percentuais e dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão utilizados e das
quebras e perdas alocadas, observando-se o disposto no § 5º do art. 15 da IN RFB nº
1.312, de 2012. Deve ser também apresentada a cópia da declaração do imposto sobre a
renda entregue ao fisco do outro país, equivalente a ECF do Brasil.
Alternativamente, admite-se a apresentação de relatório de auditores externos
independentes, em que for observado que o valor do custo de aquisição das mercadorias
foi registrado de acordo com a legislação brasileira, juntamente com relatório
enumerativo das faturas comerciais de aquisição dos produtos pela empresa fornecedora
vinculada. Ressalte-se que a apresentação do relatório de auditores externos
independentes para fins de comprovação de preços não afasta a possibilidade de serem
requeridos, durante procedimento de fiscalização, quaisquer outros documentos, tais
como faturas comerciais de entrada de mercadorias, previstos pela legislação brasileira.
Esclarece-se, outrossim, que os documentos de procedência estrangeira não abrangidos
pela Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos
Públicos Estrangeiros, firmada pela República Federativa do Brasil, em Haia, para
produzir efeitos legais no País e para valer contra terceiros e em repartições da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou em qualquer instância,
juízo ou tribunal, devem ser traduzidos, notarizados, consularizados e registrados em
Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
Como regra geral, deve ser feita avaliação de acordo com os métodos de preços de
transferência.
427
Subsidiariamente, o inciso II do art. 21 da Lei nº 9.430, de 1996 prevê a possibilidade de
uso de pesquisas efetuadas por empresa ou instituição de notório conhecimento técnico
para comprovação de preços, sendo também considerados os documentos emitidos
normalmente pelas empresas nas operações de compra.
As margens de lucro para previstas para o método PRL devem ser aplicadas de acordo
com o setor da atividade econômica da pessoa jurídica brasileira sujeita aos controles de
preços de transferência e incidirão, independentemente de submissão a processo
produtivo ou não no Brasil, nos seguintes percentuais:
b) produtos do fumo;
a) produtos químicos;
d) metalurgia; e
428
contribuinte, observando especial atenção para as definições das atividade econômicas
contidas no CNAE.
Com isso, são critérios pouco relevantes para a definição da margem de lucratividade a
ser utilizada na fórmula de cálculo do PRL, o setor de atividade econômica do qual se
adquire o produto importado bem como o setor de atividade econômica para o qual o
produto é vendido.
Para ilustrar o exposto, toma-se, como exemplo, a situação de contribuinte que importa
determinados fios metálicos, não listados como commodity no anexo I da Instrução
Normativa RFB nº 1.312, de 2012, de pessoa vinculada no exterior, que realiza atividades
de metalurgia. O produto importado pelo contribuinte brasileiro é vendido no mercado
interno para cliente que atua no setor de extração de petróleo e gás. Previamente à venda,
o contribuinte efetua cortes no produto importado para atender às especificações do
cliente.
Nesse exemplo, caso a atividade do contribuinte não se enquadre como metalurgia (vide
definições contidas no CNAE), deverá ser utilizada a margem de lucratividade de 20%
para fins de cálculo do PRL. É irrelevante para a definição da margem de lucratividade o
setor de atividade econômica do qual se adquire o produto importado (metalurgia) bem
como o setor de atividade econômica para o qual o produto é vendido (extração de
petróleo e gás).
No caso de ser utilizado o método PRL, o preço parâmetro deve ser apurado
considerando-se os preços de venda no período em que os produtos forem baixados dos
estoques para resultado.
429
Normativo: Lei nº 9.430, de 1996, art. 18, § 15.
Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2013, art. 12, §
2º-A.
Ao se eleger o método de cálculo PRL, nos casos em que o insumo importado de pessoas
vinculadas for revendido e aplicado na produção de um ou mais produtos, ou na hipótese
de o bem importado ser submetido a diferentes processos produtivos no Brasil, devem ser
calculados, de forma individual, de acordo com suas respectivas destinações, os seguintes
valores:
III - a participação dos bens, direitos ou serviços importados no preço de venda do bem,
direito ou serviço vendido, nos termos do inciso III do art. 12 da IN RFB nº 1.312, de
2012;
430
043 Podem ser aplicados métodos diferentes para um mesmo bem
que seja objeto de transações com países distintos, ou seja,
aplicar um método para cada país?
Não. Deverá ser utilizado o mesmo método para cada bem, serviço ou direito importado,
independentemente do país objeto da transação e de o item ser importado de fornecedores
distintos.
Sim, desde que a importação tenha sido efetuada de pessoa vinculada, mesmo que por
intermédio de interposta pessoa, ou de residente em país ou dependência com tributação
favorecida, ou que goze de regime fiscal privilegiado.
431
046 O cálculo do preço parâmetro, com base no método de Preços
Independentes Comparados (PIC) pode ser efetuado com a
utilização de lista de preços elaborada pela empresa
controladora e baseada nos preços praticados entre as
empresas do mesmo grupo?
Não. Para o cálculo do preço parâmetro, com base no método PIC, somente serão
considerados, sem ordem de prioridade, os preços dos bens, serviços ou direitos, idênticos
ou similares:
a) vendidos pela mesma empresa exportadora, a pessoas jurídicas não vinculadas,
residentes ou não residentes;
b) adquiridos pela mesma importadora, de pessoas jurídicas não vinculadas, residentes ou
não residentes;
c) em operações de compra e venda praticadas entre terceiros não vinculados entre si,
residentes ou não residentes (inclusive, operações de compra e venda realizadas por
outras empresas do grupo, que não a exportadora, junto a terceiros não vinculados).
432
Normativo: Lei nº 9.430, de 1996;
RIR/2018, arts. 362 a 365; e
IN RFB nº 1.312, de 2012, art. 55.
048 Como deve ser apurado o preço parâmetro para fins de cálculo
do método PRL?
No caso do Método PRL, o preço parâmetro dos bens, serviços ou direitos importados
será apurado de acordo com a metodologia a seguir:
a) preço líquido de venda: a média aritmética ponderada dos preços de venda do bem,
direito ou serviço vendido, diminuídos dos descontos incondicionais concedidos, dos
impostos e contribuições sobre as vendas e das comissões e corretagens pagas;
d) margem de lucro: a aplicação dos percentuais de 20%, 30% ou 40%, conforme setor
de atividade econômica da pessoa jurídica sujeita ao controle de preços de transferência,
sobre a “participação do bem, serviço ou direito importado no preço de venda do bem
produzido”, calculado de acordo com o item “c”;
Exemplo:
a) cálculo do Preço Líquido de Venda
433
b) cálculo do Percentual de Participação
434
Ressalte-se que, para o cálculo do preço parâmetro, devem ser consideradas apenas as
operações de vendas realizadas para terceiros no mercado interno. Com isso, não devem
ser computadas no cálculo do preço parâmetro (i) as operações de exportação; e (ii) as
operações de venda no mercado interno para compradores vinculados.
Isto não significa dizer que os bens importados de vinculadas que tiverem sido destinados
pelo importador brasileiro à exportação estarão fora do controle de preços de
transferência. Na hipótese de adoção do método PRL, o preço parâmetro médio apurado
para este bem, calculado exclusivamente com base nas vendas realizadas no mercado
interno, será utilizado também para os itens que tiverem sido destinados à exportação.
Apura-se um único preço parâmetro médio ponderado para o bem importado, com base
exclusivamente nas vendas realizadas no mercado interno, e esse preço parâmetro deve
ser utilizado para comparação com o preço praticado médio ponderado do bem
importado.
435
049 Como será calculado o percentual de participação utilizado na
fórmula de cálculo do método PRL?
Na composição do custo médio ponderado, serão incluídos os gastos com frete e seguros,
desde que essas rubricas componham o Incoterm utilizado na importação ou, caso
contrário, constituindo encargo do importador, desde que contratados de pessoa
vinculada, residente ou domiciliada em países ou dependências de tributação favorecida,
ou que esteja amparada por regimes fiscais privilegiados.
(i) CIF, CPT, CIP, DDP, DAT e DAP, o frete e o seguro, por consistirem em ônus
suportado pelo exportador e, por conseguinte, parte do preço de aquisição da
mercadoria, deverão compor o custo do bem, direito ou serviço importado para
efeitos do cálculo do percentual de participação;
(ii) CFR, o frete, por consistir ônus suportado pelo exportador e, logo, parte do
preço de aquisição da mercadoria, deverá compor o custo do bem importado para
efeitos do cálculo do percentual de participação. Outros gastos incorridos para
realizar a importação, como, por exemplo, o seguro, somente deverão compor o
cálculo do percentual de participação se contratados pelo importador brasileiro com
pessoa vinculada, residente ou domiciliada em país ou dependência de tributação
favorecida, ou que esteja amparada por regime fiscal privilegiado;
(iii) EXW, FCA, FAS, FOB, o frete e o seguro, por consistirem ônus do importador,
somente comporão o custo do bem importado para efeitos do cálculo do percentual
de participação se contratados de pessoa vinculada, residente ou domiciliada em
países ou dependências de tributação favorecida, ou que esteja amparada por
regimes fiscais privilegiados.
Já o custo total médio ponderado do bem, direito ou serviço vendido deve ser calculado
considerando todos os encargos necessários à sua composição, inclusive o valor do frete,
do seguro, dos tributos incidentes na importação e gastos com desembaraço aduaneiro.
436
IN RFB nº 1.312, de 2012, art. 12, inciso II, art. 12, §§
3º-B e 4º.
A inclusão dos gastos com frete e seguro no preço praticado médio ponderado e no custo
médio ponderado do bem, direito ou serviço importado, previsto no percentual de
participação da fórmula do preço parâmetro do PRL, exige que se faça uma análise do
Incoterm utilizado na operação de importação para se determinar se tais dispêndios
constituem ou não ônus do importador.
(i) CIF, CPT, CIP, DDP, DAT e DAP, o frete e o seguro, por consistirem em ônus
suportado pelo exportador e, por conseguinte, parte do preço de aquisição da
mercadoria, deverão compor o custo do bem, direito ou serviço importado para
efeitos do cálculo do percentual de participação e o preço praticado médio
ponderado;
(ii) CFR, o frete, por consistir ônus suportado pelo exportador e, logo, parte do
preço de aquisição da mercadoria, deverá compor o custo do bem importado para
efeitos do cálculo do percentual de participação e o preço praticado médio
ponderado. Outros gastos incorridos para realizar a importação, como, por
exemplo, o seguro, somente deverão compor o cálculo do percentual de
participação e o preço praticado médio ponderado se contratados pelo importador
brasileiro com pessoa vinculada, residente ou domiciliada em país ou dependência
de tributação favorecida, ou que esteja amparada por regime fiscal privilegiado;
(iii) EXW, FCA, FAS, FOB, o frete e o seguro, por consistirem ônus do importador,
somente comporão o custo do bem importado para efeitos do cálculo do percentual
de participação e o preço praticado médio ponderado se contratados de pessoa
vinculada, residente ou domiciliada em países ou dependências de tributação
favorecida, ou que esteja amparada por regimes fiscais privilegiados.
437
IN RFB nº 1.312, de 2012, art. 12, inciso II, art. 12, §§
3º-B, 4º, 15, 16 e 17.
Solução de Consulta Interna Cosit nº 17, de 12
dezembro de 2018.
A legislação exige que o preço líquido de venda seja determinado por meio da média
aritmética ponderada dos preços de venda do bem, direito ou serviço vendido, diminuídos
dos descontos incondicionais concedidos, dos impostos e contribuições sobre as vendas
e das comissões e corretagens pagas. Consideram-se "impostos e contribuições sobre as
vendas" os tributos incidentes sobre a venda, que se incluem na composição da receita
bruta do contribuinte.
Como exemplo, a legislação cita o caso do ICMS, PIS, Cofins e ISS. Além desses, que se
encontram previstos expressamente pela legislação, pode ser incluída, ainda, a CPRB.
Deve ser destacado que o fato de o contribuinte não suportar o ônus financeiro relativo
ao recolhimento desses tributos, seja em função da existência de uma alíquota zero, saldo
credor acumulado ou, por exemplo, da existência de um crédito presumido tal qual o
previsto no art. 3º da Lei nº. 10.147, de 2000, não afasta a necessidade de se apurar o
preço de venda líquido, descontando de seu valor os tributos que incidiram sobre a
operação de venda do produto. A legislação não contém qualquer dispensa nesse sentido,
razão pela qual, no cálculo do preço de venda líquido previsto na fórmula do método PRL,
deve ser descontado o PIS e Cofins incidente sobre a venda de produtos farmacêuticos,
sujeitos ao regime especial de crédito presumido (art. 3º da Lei nº 10.147, de 21 de
dezembro de 2000).
438
052 Em qual momento deve ser efetuada a apuração do preço
parâmetro na hipótese de opção pelo método PRL?
No caso de opção pelo método PRL, o preço parâmetro deverá ser apurado no ano-
calendário em que o bem, serviço ou direito importado tiver sido baixado dos estoques
para resultado. Para os demais métodos previstos para a importação, o preço parâmetro
será apurado no ano-calendário em que o item tiver sido importado (métodos PIC, CPL e
PCI).
No que diz respeito à necessidade de inclusão dos gastos com frete e seguro no preço
praticado médio ponderado, deve ser efetuada uma análise do Incoterm utilizado na
operação de importação para se determinar se tais dispêndios constituem ou não ônus do
importador. Nesse sentido, no caso de operações contratadas mediante o Incoterm:
(i) CIF, CPT, CIP, DDP, DAT e DAP, o frete e o seguro, por consistirem em ônus
suportado pelo exportador e, por conseguinte, parte do preço de aquisição da mercadoria,
deverão compor o preço praticado médio ponderado;
(ii) CFR, o frete, por consistir ônus suportado pelo exportador e, logo, parte do preço de
aquisição da mercadoria, deverá compor o preço praticado médio ponderado. Outros
gastos incorridos para realizar a importação, como, por exemplo, o seguro, somente
deverão compor o preço praticado médio ponderado se contratados pelo importador
brasileiro com pessoa vinculada, residente ou domiciliada em país ou dependência de
tributação favorecida, ou que esteja amparada por regime fiscal privilegiado;
(iii) EXW, FCA, FAS, FOB, o frete e o seguro, por consistirem ônus do importador,
somente comporão o preço praticado médio ponderado se contratados de pessoa
439
vinculada, residente ou domiciliada em países ou dependências de tributação favorecida,
ou que esteja amparada por regimes fiscais privilegiados.
440
- no ano-calendário X2, sejam adquiridas 50 novas unidades do mesmo produto de
vinculada e ocorra a venda da totalidade dos itens importados (ou seja, 70 unidades, sendo
20 adquiridas no ano-calendário X1 e 50 no ano-calendário X2),.
Caso o contribuinte adote o método PRL no ano-calendário X1, deverá ser calculado o
preço praticado médio ponderado computando as aquisições realizadas no período de
apuração (100 unidades), os saldos de estoques existentes no início do período (zero) e
441
expurgando os valores e as quantidades remanescentes em seu encerramento (20
unidades). O contribuinte deverá calcular o preço parâmetro com base nas vendas
realizadas no ano-calendário X1, apurando o preço parâmetro médio ponderado com base
nas quantidades de produto importado de vinculada comercializadas ou consumidas nas
unidades vendidas. O ajuste apurado no ano-calendário X1 com base no método PRL será
adicionado à medida que houver a baixa do bem importado contra o resultado. Logo, no
ano-calendário X1, considerando a venda de 80 unidades, o contribuinte deverá adicionar
à base de cálculo do IRPJ e da CSLL desse período o ajuste correspondente a essas
unidades alienadas.
Desse modo, o ajuste calculado no ano-calendário X1 com base no método PRL não será
aplicado ao saldo de estoque inicial do ano-calendário X2, uma vez que a metodologia de
cálculo do PRL exige que o preço parâmetro e, por conseguinte, o ajuste sejam apurados
quando da venda do item importado. Além disso, como o contribuinte, no ano-calendário
X2, optou por uma nova metodologia de cálculo (PIC ou CPL), e tendo em vista que a
legislação exige que o método de cálculo de preço parâmetro seja consistente por bem,
serviço ou direito para todo o ano-calendário, o novo método eleito deverá ser aplicado
para os itens presentes no estoque inicial e também para aqueles adquiridos no ano-
calendário X2.
Sendo assim, se o contribuinte optar, por exemplo, pelo método PIC para o ano-calendário
X2, deverá ser apurado, para os itens do estoque inicial, o preço praticado médio
ponderado considerando o preço médio das aquisições realizadas no ano-calendário X1,
em linha com o disposto no artigo 6º, parágrafo 1º da IN RFB nº 1.312, de 2012. No que
diz respeito ao preço parâmetro, o contribuinte deverá calculá-lo utilizando operações
comparáveis referentes ao mesmo ano-calendário das respectivas operações de
importações (ou seja, operações realizadas por pessoas não vinculadas, realizadas no ano-
calendário X1). Não havendo operações comparáveis realizadas no mesmo ano-
calendário das importações, poderá ser utilizado preço independente relativo à operação
efetuada no ano-calendário imediatamente anterior ao da importação ou posterior (ano-
calendário X2).
442
diários da cotação de bens ou direitos sujeitos a preços públicos em bolsas de mercadorias
e futuros internacionalmente reconhecidas.
Para fins de aplicação dos Métodos PCI e Pecex, são considerados como commodities os
produtos listados no Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012, e que
simultaneamente estejam sujeitos a:
(i) preços públicos em bolsas de mercadorias e futuros listadas no Anexo II; ou
(ii) a preços públicos nas instituições de pesquisas setorias internacionalmente
reconhecidas listadas no Anexo III.
Para fins de aplicação dos Métodos PCI e Pecex, deve-se observar a cotação das Bolsas
de Valores listadas no Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012. As Bolsas
de Valores relacionadas no referido Anexo são:
I. ChicagoBoard of Trade (CBOT) - Chicago - EUA;
443
V. Intercontinental Exchange (ICE US) - Atlanta - EUA;
XV. National Commodity & Derivatives Exchange Limited (NCDEX) - Bombain - Índia;
XXI. GlobalORE;
XXIII. Beijing Iron Ore Trading Center Corporation (COREX). (Incluído pela IN RFB
nº 1.870/2019)
444
058 Qual o significado da expressão “consistentemente, por bem,
serviço ou direito” contida na IN RFB nº 1.312, de 2012, art.
4º, § 1º? No caso de bens, como aplicar a referida consistência
de métodos?
Por exemplo, para encontrar o preço parâmetro relativo a um veículo marca “X”, motor
2.0, 4 portas, pode ser utilizado um método; para um veículo com especificações
semelhantes, porém com 2 portas, poderá ser utilizado outro método.
445
060 Se o próprio contribuinte exportador houver vendido apenas
bens similares no mercado brasileiro, poderá utilizar o valor
dessas operações como parâmetro, para fins do art. 20 da IN
RFB nº 1.312, de 2012?
Sim, o art. 20 da IN RFB nº 1.312, de 2012, prevê a utilização dos preços de venda dos
bens, serviços ou direitos, idênticos ou similares, no mercado brasileiro, durante o mesmo
período, em condições de pagamento semelhantes, devendo submeter-se aos ajustes de
similaridade, previsto no art. 24 da IN RFB nº 1.312, de 2012.
Os métodos de cálculo dos preços parâmetros devem ser aplicados consistentemente por
bem, serviço ou direito, não sendo admitida a utilização de mais de um método na
determinação do preço parâmetro para um mesmo bem, serviço ou direito.
a) a pessoa jurídica que comprovar haver apurado lucro líquido antes da provisão do
imposto sobre a renda e da CSLL decorrente das receitas de vendas nas exportações
para pessoas jurídicas vinculadas, em valor equivalente a, no mínimo, 10% (dez por
446
cento) do total dessas receitas, considerando-se a média anual do período de apuração
e dos 2 (dois) anos precedentes, desde que a receita líquida de exportação para pessoas
jurídicas vinculadas não ultrapassar 20% (vinte por cento) do total da receita líquida
de exportação;
b) a receita líquida das exportações não exceder a 5% (cinco por cento) do total da receita
líquida no mesmo período;
c) o preço médio de venda dos bens, serviços ou direitos exportados, durante o respectivo
período de apuração da base de cálculo do imposto de renda, for igual ou superior a
noventa por cento do preço médio praticado na venda dos mesmos bens, serviços ou
direitos, no mercado brasileiro, durante o mesmo período, em condições de pagamento
semelhantes.
Esclareça-se que o valor das receitas reconhecidas com base no preço praticado nas
hipóteses a e b, não implica a aceitação definitiva, podendo ser impugnado, se
inadequado, em procedimento de ofício, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
No cálculo do percentual de 10% (dez por cento) da hipótese do item “a”, pode-se excluir
as operações de venda de bens, serviços ou direitos cujas margens de lucro dos métodos
de exportação, previstas nos arts. 31, 32 e 33 da IN RFB nº 1.312, de 2012, tenham sido
alteradas por determinação do Ministro da Fazenda, nos termos dos arts. 45, 46 e 47 da
IN RFB nº 1.312, de 2012.
Ainda com relação à hipótese do item “a”, esclareça-se que deverá ser considerada a
média ponderada dos três anos mencionados.
Os benefícios das hipóteses dos itens “a”e “b” não se aplicam (i) às vendas efetuadas para
empresas vinculadas domiciliadas em países com tributação favorecida ou cuja legislação
oponha sigilo, conforme definido no art. 52 da IN RFB nº 1.312, de 2012; e (ii) à hipótese
de exportação de commodities sujeitas à cotação em bolsas de mercadorias e futuros
internacionalmente reconhecidas, quando deverá ser utilizado o método do Preço sob
Cotação na Exportação (Pecex).
447
063 Quando se exporta um bem semiacabado, produzido de acordo
com desenhos e especificações próprias e que só tenha
mercado no país de destino após ser beneficiado pelo
adquirente, é aplicável somente o método CAP?
Sim. Para fins de determinação do preço parâmetro com base no PVA ou PVV, o
importante é obter a comprovação do preço no mercado atacadista ou varejista.
Frise-se, no entanto, que, na falta de provas consideradas suficientes ou úteis, o Fisco
poderá determinar a apresentação de outros documentos ou, ainda, desqualificar o método
utilizado, situação esta em que deverá ser intimado o sujeito passivo para, no prazo de 30
dias, apresentar novo cálculo com qualquer outro método previsto na legislação.
448
065 No caso de exportação para pessoa vinculada que exerça
apenas papel de intermediária ou centralizadora, quando o
destinatário final do bem for residente em país diverso, deve
ser considerado “país de destino” o de domicílio da pessoa
vinculada ou o de destino efetivo do bem, na apuração do PVA
ou PVV?
Sim. As ações, quotas e outras participações societárias são bens cujas transações de
compra e venda com elas realizadas estão sujeitas às regras de preços de transferência se
efetuadas junto:
449
Veja ainda: Pessoa vinculada:
Pergunta 004 deste capítulo.
País ou dependência com tributação favorecida:
Pergunta 005 deste capítulo.
Regime fiscal privilegiado:
Pergunta 006 deste capítulo.
450
Veja ainda: Métodos de apuração:
Pergunta 012 deste capítulo.
O encargo financeiro incluído nas vendas a prazo poderá ser ajustado de forma a
minimizar os efeitos provocados sobre os preços a serem comparados, conforme dispõem
os §§ 1º e 2º do art. 22 da IN RFB nº 1.312, de 2012.
451
b) de mercado dos títulos soberanos da República Federativa do Brasil emitidos no
mercado externo em reais, na hipótese de operações em reais no exterior com taxa
prefixada; e
c) London Interbank Offered Rate – LIBOR pelo prazo de 6 (seis) meses, nas demais
hipóteses,
Para as operações efetuadas em outras moedas nas quais não seja divulgada taxa Libor
própria, deverá ser utilizado o valor da taxa Libor para depósitos em dólares dos Estados
Unidos da América.
Conforme estabelece a Portaria MF nº 427, de 2013, no caso operações de mútuo, em que
a mutuante é a pessoa vinculada no exterior, deverá ser utilizado o spread de 3,5% (três e
meio por cento) para fins de cálculo dos preços de transferência.
Acrescente-se, ainda, que não serão dedutíveis na determinação do lucro real e da base
de cálculo da CSLL os juros, pagos ou creditados a empresas controladas ou coligadas
domiciliadas no exterior, relativos a empréstimos contraídos, quando, no balanço da
coligada ou controlada, constar a existência de lucros não disponibilizados para a
controladora ou coligada no Brasil.
452
spread, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Fazenda com base na média de
mercado, proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros:
c) London Interbank Offered Rate – LIBOR pelo prazo de 6 (seis) meses, nas demais
hipóteses.
453
073 Seria possível a aplicação de laudos técnicos de avaliação para
a fundamentação de operações de venda de participação
societária?
Sim. Qualquer documento redigido em língua estrangeira, para produzir efeitos legais no
País e para valer contra terceiros e em repartições da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, ou em qualquer instância, juízo ou tribunal, deve ser traduzido
para o português.
454
Normativo: Código Civil - Lei nº 10.406, de 2002, art. 224;
Código de Processo Civil - Lei nº 13.105, de 2015, art.
192;
Lei nº 6.015, de 1973, art. 148; e
Decreto nº 13.609, de 1943, art. 18;
455
Normativo: Lei nº 9.430, de 1996, art. 20-A; e
IN RFB Nº 1.312, de 2012, art. 40.
A pessoa jurídica que auferir lucros, rendimentos ou ganhos de capital do exterior fica
obrigada à tributação com base no lucro real, a partir, inclusive, do trimestre de sua
ocorrência.
Os lucros alcançados pela tributação no Brasil são os auferidos no exterior, apurados por
filiais e sucursais da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, e os decorrentes de
456
participações societárias inclusive em controladas, diretas e indiretas, e coligadas
domiciliadas no exterior.
Não. Exportações efetuadas por pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil não são
consideradas como rendimentos obtidos no exterior para fins da obrigatoriedade ao
regime de tributação do IRPJ com base no lucro real, uma vez que o lucro auferido na
transação é decorrente da atividade da pessoa jurídica no Brasil.
457
IN RFB nº 1.515, de 2014, art. 22, § 2º.
Não se considera prestação direta de serviços aquela realizada no exterior por intermédio
de filiais, sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras unidades
descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas. Assim, são obrigadas
ao regime de tributação do IRPJ com base no lucro real a pessoa jurídica domiciliada no
Brasil que prestar serviço no exterior por intermédio de filiais, sucursais, agências,
representações, coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas de pessoa
jurídica que lhes sejam assemelhadas.
A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no lucro presumido e que, em
relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração
pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior, deverá apurar o imposto sobre a renda de pessoa jurídica (IRPJ) e a contribuição
social sobre o lucro líquido (CSLL) sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a
partir, inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.
Para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, os lucros auferidos por
filiais e sucursais no exterior serão adicionados integralmente ao lucro líquido da pessoa
jurídica no Brasil em 31 de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido
disponibilizados.
458
085 Quando se consideram disponibilizados os lucros auferidos no
exterior por intermédio filiais e sucursais da pessoa jurídica?
Até 31/12/2001, para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, os
lucros auferidos por intermédio de controladas ou coligadas no exterior eram adicionados
proporcionalmente à participação da investidora ao lucro líquido da pessoa jurídica no
Brasil em 31 de dezembro do ano em que tiverem sido disponibilizados.
Consideravam-se disponibilizados na data do pagamento ou do crédito em conta
representativa de obrigação da empresa no exterior.
Nestas condições, considerava-se:
Normativo: Lei nº. 9.532, de 1.997, art. 1º; caput, alínea “b” do §
1º (revogada pela Lei nº 12.973, de 2014), e § 2º
(revogado pela Lei nº 12.973, de 2014)
459
087 Como eram considerados, para fins de apuração do lucro real,
os lucros auferidos por intermédio de controladas ou coligadas
sediadas no exterior no período de 1º de janeiro de 2002 até
31 de dezembro de 2014?
460
IN RFB 1.520, de 2014, art. 8º, caput, § 1º , § 2º ; art.9º;
Normativo:
e art.14.
b) juros;
c) dividendos;
e) aluguéis;
g) aplicações financeiras; e
h) intermediação financeira;
461
Considera-se renda total o somatório das receitas operacionais e não operacionais,
conforme definido na legislação comercial do país de domicílio da investida; e
Desde que as filiais e sucursais sejam domiciliadas num mesmo país, e, tendo a matriz no
Brasil indicado uma dessas filiais ou sucursais como entidade líder, os resultados poderão
462
ser consolidados por país, e os prejuízos de uma poderão ser compensados com os lucros
da outra.
Sim, a pessoa jurídica domiciliada no Brasil poderá compensar o imposto retido na fonte
sobre tais redimentos até o limite do imposto de renda incidente, no Brasil, sobre o lucro
real decorrente do cômputo desses rendimentos. Para efeito de determinação do referido
limite, o imposto incidente, no Brasil, correspondente a tais rendimentos será
proporcional ao total do imposto e adicional devidos pela pessoa jurídica no Brasil.
Adicionalmente, o imposto de renda a ser compensado será convertido em quantidade de
Reais, de acordo com a taxa de câmbio, para venda, na data em que o imposto foi pago;
caso a moeda em que o imposto foi pago não tiver cotação no Brasil, será ela convertida
em dólares note-americanos e, em seguida, em Reais.
463
a) do imposto pago no exterior, correspondente aos lucros de cada filial, sucursal,
controlada ou coligada, bem assim aos rendimentos e ganhos de capital, que foram
computados na determinação do lucro real;
b) do imposto sobre a renda e CSLL devidos sobre o lucro real antes e após a inclusão
dos lucros auferidos no exterior.
O imposto, passível de compensação, não poderá exceder o valor determinado na letra
“a” anterior, nem à diferença positiva entre os valores calculados sobre o lucro real com
e sem a inclusão dos referidos lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no
exterior e referidos na letra “b”.
Sim. O saldo de imposto de renda pago no exterior sobre lucros auferidos por filiais,
sucursais, controladas e coligadas que exceder o valor compensável com o imposto de
renda devido pela pessoa jurídica no Brasil, poderá ser compensado com a CSLL devida,
exclusivamente, até o limite do acréscimo decorrente da adição, à sua base de cálculo,
dos lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior.
O tributo pago sobre lucros auferidos no exterior, que não puder ser compensado em
virtude de a pessoa jurídica, no Brasil, no respectivo ano calendário, não ter apurado lucro
real positivo, ou tê-lo apurado em valor inferior ao total dos lucros adicionados ao lucro
real, poderá ser compensado com o que for devido nos anos calendários subsequentes.
O valor do imposto a ser compensado nos anos-calendário subsequentes será calculado
da seguinte forma:
a) no caso de inexistência de lucro real positivo, deve-se apurar o somatório dos lucros
auferidos no exterior e nele computados, considerados individualmente por filial,
sucursal, coligada ou controlada, o qual será multiplicado pela alíquota de 15%, se o
valor computado não exceder o limite de isenção do adicional, ou 25%, se for excedido
tal limite. Em ambos os casos o valor do imposto a ser compensado não poderá exceder
o valor do imposto pago no exterior;
b) na hipótese de apuração de lucro real positivo em valor inferior ao total dos lucros
auferidos no exterior, e nele computados, deve-se apurar a diferença entre aquele total
e o lucro real correspondente, a qual será multiplicada pela alíquota de 15%, se o valor
computado não exceder o limite de isenção do adicional, ou 25%, se for excedido tal
464
limite. O somatório do valor do imposto a ser compensado com o montante já
compensado no próprio ano-calendário não poderá exceder o valor do imposto pago
no exterior.
Em ambos os cálculos, o valor assim determinado será escriturado na Parte B do Lalur,
para fins de controle de sua utilização em anos-calendário subsequentes.
Não há previsão legal para a aplicação da taxa SELIC sobre o tributo pago exterior nem
autorização para pedido de restituição do saldo controlado no LALUR.
100 Em que momento deve ser tributado o lucro gerado por uma
empresa estrangeira, classificada pela legislação brasileira
como coligada ou porfólio de investimento sem influência
nem relevância, cuja participação societária seja detida por
uma por controlada direta ou indireta da controladora
brasileira?
Os lucros gerados por empresas tidas como coligadas das controladas diretas ou indiretas
ou como participações em empresas de portfólio, detidas por controlada direta ou indireta
domiciliadas no exterior, serão tributados pela controladora brasileira quando forem
reconhecidos no balanço da controlada direta ou indireta, segundo a legislação comercial
de sua jurisdição.
465
Normativo: IN RFB nº 1.520, de 2014, art. 19, § 1º.
Não. A escrituração que se refere o art. 13 da IN 1.520/14 será definido através de ato da
COFIS, o qual estabelecerá a forma de apresentação do arquivo digital.
Sim, uma vez que a referida variação cambial é um componente dos juros para o
pagamento do imposto de renda diferido relativo aos lucros auferidos no exterior.
O imposto pago no exterior que seja passível de dedução pela investidora no Brasil deve
ser apurado de forma individualizada por filial, sucursal, coligada, controlada, direta ou
indireta. Para este efeito, cabe o controle do lucro a ser tributado de cada entidade e deve
466
ser aberta subconta distinta para a filial cuja matriz, controlada no exterior, tenha em
jurisdição distinta.
Sim, uma vez que a legislação não prevê esta condicionante. Importante observar que, via
de regra, o prejuízo que é transferido para conta no patrimônio líquido é o prejuízo final
do exercício, após tributos, portanto, distinto do prejuízo contábil antes dos tributos sobre
lucros e do resultado de participações em outras empresas.
O texto legal não prevê a utilização das chamadas "contas-espelho", sendo necessário a
utilização de subcontas vinculadas à conta de investimentos.
468
111 Ao fazer o registro individualizado, quais informações devem
ser incluídas nas subcontas e qual norma contábil deve ser
considerada?
Deve ser informada a parcela do ajuste do investimento equivalentes aos lucros auferidos
antes da tributação no exterior sobre o lucro, na proporção da participação na controlada.
Deve existir uma subconta para cada controlada direta e cada controlada indireta,
vinculada conta do investimento em controlada direta no exterior. O valor do resultado
positivo (lucro) a ser registrado deverá ser contabilizado a débito na subconta em
contrapartida à conta de ativo representativa do investimento. O valor do resultado
negativo (prejuízo) deverá ser contabilizado a crédito na subconta em contrapartida à
conta de ativo representativa do investimento. O resultado auferido no exterior deve ser
apurado segundo as normas da legislação comercial do país de domicílio e antes da
tributação no exterior sobre o lucro. No caso de inexistir normas expressas que regulem
a elaboração de demonstrações financeiras no país de domicílio da investida, estas
deverão ser elaboradas segundo as normas da legislação brasileira.
Neste caso, o ajuste é dedutível mesmo que não haja efetivo recolhimento de imposto
previamente à respectiva dedução, uma vez que o intuito da dedução é evitar a dupla
tributação deste valor.
469
114 Nos casos em que o ajuste de preço de
transferência/subcapitalização é maior que o valor do lucro
auferidos no exterior, será possível “carregar” para os anos
subsequentes o valor residual do ajuste que não foi deduzido
da base de IR/CSLL no ano que foi apurado? Em caso
negativo, como remover o efeito de "dupla tributação" sobre
a parcela do ajuste que excede o valor dos lucros?
A dedução é limitada ao valor do lucro auferido no exterior pela controlada, não havendo
previsão legal, para o aproveitamento de excedente em anos posteriores.
SUBCAPITALIZAÇÃO
470
mútuo com pessoa vinculada, residente ou domiciliada no exterior, não constituída em
país ou dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado.
No caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada, residente no exterior, que tenha
participação societária na pessoa jurídica domiciliada no Brasil, observam-se os seguintes
limites:
a) como limite individual, o valor do endividamento não deve ser superior a duas
vezes o valor da participação da vinculada no patrimônio líquido da pessoa
jurídica residente no Brasil;
b) como limite global, o valor do somatório dos endividamentos com pessoas
vinculadas no exterior não deve ser superior a duas vezes o valor do somatório
das participações de todas vinculadas no patrimônio líquido da pessoa jurídica
residente o Brasil.
2 - Pessoa jurídica vinculada sem participação societária.
No caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada no exterior, mas sem detenção
de participação societária na pessoa jurídica domiciliada no Brasil, tanto o limite
individual quanto o limite global do endividamento são fixados em duas vezes o valor do
patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil.
471
Normativo: Lei nº 12.249, de 2010, art. 24, incisos I, II e III, §§ 5°
e 6°.
472
Veja ainda: Pessoa vinculada:
Pergunta 004, deste capítulo.
País ou dependência de tributação favorecida:
Pergunta 005, deste capítulo.
Regime fiscal privilegiado:
Pergunta 006, deste capítulo.
Não, para efeito do cálculo total de endividamento, serão consideradas todas as formas e
prazos de financiamento, independentemente de registro do contrato no Banco Central do
Brasil.
473
As importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou
remetidas a qualquer título, direta ou indiretamente, a pessoas
físicas ou jurídicas residentes ou constituídas no exterior e
122
submetidas a um tratamento de país ou dependência com
tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado são
dedutíveis para fins de IRPJ e CSLL?
Tais despesas somente serão consideradas dedutíveis, para fins do IRPJ e CSLL, quando
os seguintes requisitos ocorrerem cumulativamente:
A despesa com pagamento de juros sobre o capital próprio de que trata o art. 9° da Lei n°
9.249, de 26 de dezembro de 1995, não deve observar a mesma regra de dedutibilidade
do art. 26 da Lei n° 12.249, de 2010.
474
Em que hipótese fica dispensada a comprovação da capacidade
124 operacional da pessoa física ou entidade no exterior de realizar
a operação?
a) que não tenham sido efetuadas com o único e principal objetivo de economia
tributária; e
b) em que a beneficiária das importâncias pagas, exclusivamente, a título de juros seja
subsidiária integral, filial ou sucursal de pessoa jurídica remetente, domiciliada no
Brasil e tenha seus lucros tributados na forma do art. 74 da Medida Provisória n°
2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
475
Capítulo XX - IPI 2019
Sim. O direito ao crédito de IPI na hipótese de que se trata existe, ainda que as MP, PI e
ME tenham sido utilizados em produtos isentos ou que tenham sua alíquota reduzida a
zero. Nesse aspecto, o art. 11 da Lei nº 9.779, de 1999, não interferiu na aplicação do
art. 227 do Ripi/2010.
Quanto aos produtos imunes, não há direito de crédito de MP, PI e ME que tenham sido
neles utilizados, exceto na hipótese de produtos tributados que tenham sido destinados à
exportação para o exterior.
476
003 Tendo um estabelecimento saldo credor acumulado ao final de
um trimestre pode transferir este saldo para outro
estabelecimento filial? Se admitida a transferência, como
efetuar a operação?
Os saldos credores do IPI, apurados na escrita fiscal, não podem ser transferidos, salvo
determinação específica. As quatro hipóteses de transferência atualmente em vigor, todas
entre estabelecimentos da mesma empresa, estão enumeradas no art. 39 da IN RFB
nº 1.717, de 2017, devendo a operação de transferência ser efetuada de acordo com o
disposto nos §§ 1º a §5º do mesmo artigo.
477
006 No desmembramento de estabelecimento industrial, com a
criação de um novo estabelecimento industrial, é necessária a
emissão de nota fiscal, na transferência de propriedade de bens
(ativos, estoques de insumos etc)?
Não para ambas as questões. O valor da nota fiscal em reais é o preço da operação no
momento da ocorrência do fato gerador, que se dá na saída dos produtos do
estabelecimento industrial; não devendo compor a receita de exportação a eventual
variação cambial.
478
008 Empresa considera, para fins de registro contábil, como valor
de receita de exportação o apurado na data de efetivo
embarque do produto. Nesta situação, por estar levando em
conta a variação cambial, haverá divergência entre o valor de
receita de exportação, registrado contabilmente, e o registrado
com base nas notas fiscais emitidas na saída dos produtos do
estabelecimento. Qual o valor de exportação que deverá ser
utilizado para cálculo do crédito presumido?
O valor em Reais registrado nas notas fiscais emitidas nas saídas dos produtos do
estabelecimento industrial. A receita de exportação será o correspondente ao somatório
anual dos valores escriturados no Livro Registro de Apuração do IPI, código 7.101,
excluídas as saídas para exportação que não foram efetivamente realizadas e acrescido
das saídas para comercial exportadora com o fim específico de exportação.
Notas:
Sim, os produtos NT estão fora do campo de incidência do tributo, logo não geram direito
ao crédito presumido. Porém, no caso de exportações de produtos isentos ou tributados à
479
alíquota zero, os produtos, permanecem no campo de incidência do imposto e geram
direito ao crédito presumido do IPI.
480
Veja ainda: Direito à utilização do crédito presumido:
Perguntas 010 e 013 deste Capítulo.
Optantes pelo Simples:
Perguntas 021 a 023 deste Capítulo.
012 Empresa que apura crédito presumido do IPI, com base na Lei
nº 9.363, de 1996, pode, durante o ano-calendário, alterar a
forma de apuração a fim de adotar o regime alternativo
previsto na Lei nº 10.276, de 2001, através de retificação do
DCP (Demonstrativo do Crédito Presumido)?
Não. A opção pelo regime de apuração do crédito presumido do IPI é anual e é definitiva
para cada ano-calendário, não se admitindo retificação do demonstrativo em que se tenha
sido formalizada a opção com objetivo de alteração do regime de apuração.
Notas:
Sendo o crédito presumido um direito a que a empresa faz jus, o crédito não utilizado
pode ser aproveitado a qualquer tempo, respeitado o prazo prescricional de cinco anos,
assim como as regras que vigoravam à época em que o direito foi constituído.
481
Veja ainda: Direito à utilização do crédito presumido:
Perguntas 010 e 011 deste Capítulo.
Contudo, no caso de frete pago a terceiros (compra FOB, por exemplo), em que o
transporte for efetuado por pessoa jurídica (contribuinte de PIS/Pasep e Cofins), com o
Conhecimento de Transporte vinculado única e exclusivamente à nota fiscal de aquisição,
admite-se que o frete integre a base de cálculo do crédito presumido.
482
015 No caso de industrialização encomendada a outra
empresa, de produtos intermediários (ou seja, de produtos
que sofrerão ainda algum processo de industrialização no
estabelecimento encomendante), com remessa de todos os
insumos pelo encomendante (produtor exportador), qual o
valor a ser considerado para fins do crédito presumido?
O valor a ser considerado para efeito do cálculo do crédito presumido com base na
Lei nº 9.363, de 1996, é o valor dos insumos remetidos, e, na hipótese de opção pela
forma alternativa de cálculo do crédito presumido de que trata a Lei nº 10.276, de 2001,
é o valor total da operação, constante da nota fiscal, ou seja, o valor dos insumos enviados
pelo encomendante, mais o custo da industrialização propriamente dita cobrado pelo
executor da encomenda.
Na hipótese de opção pelo crédito presumido previsto na Lei nº 9.363, de 1996, o índice
a ser utilizado será o de 5,37%, sendo irrelevante o número de operações envolvidas no
processo.
Caso o insumo seja fornecido por pessoa jurídica não sujeita ao PIS/Pasep e Cofins, ou
diretamente por pessoa física, não há direito ao crédito presumido destes insumos (ainda
que em etapas anteriores tenha havido incidência das contribuições).
483
Decreto nº 7.212, de 2010, art. 242.
IN SRF nº 419, de 2004, art. 3º
484
Normativo: Lei nº 9.779, de 1999, art. 15, inciso II;
Ripi/2010 - Decreto nº 7.212, de 2010, art. 24,
parágrafo único c/c art. 384 e art.609, inciso IV; e
IN RFB nº 1.717, de 2017, art.117 e ss.
485
021 Empresa optante pelo Simples pode adquirir produtos com a
suspensão do IPI prevista no art. 29 da
Não. O regime de suspensão do IPI de que trata o art. 29 da Lei nº 10.637, de 2002, não
se aplica às empresas optantes pelo Simples, seja em relação às aquisições que efetuar de
seus fornecedores, seja em relação às saídas de produtos que promover.
Não. O estabelecimento não poderá aproveitar qualquer tipo de crédito de IPI, uma vez
que a inscrição no Simples veda a apropriação ou a transferência do crédito relativo ao
imposto.
486
Veja ainda: Optante pelo Simples:
Perguntas 011, 021 e 022 deste Capítulo.
487
026 É possível compensar créditos de IPI registrados na escrita
fiscal com tributos incidentes na importação (no ato de
registro da DI)?
Não. Os créditos de IPI não podem ser compensados para quitar o débito apurado no
momento de registro da DI. Os tributos incidentes na importação têm características
próprias quanto à compensação e ao pagamento, o qual se dá por débito automático em
conta corrente bancária, por meio de DARF eletrônico , não podendo ser objeto de
compensação.
028 Empresa “B” incorpora empresa “A” e esta passa a ser sua
filial. “A” é estabelecimento industrial e antes da incorporação
tinha direito de utilizar o saldo credor do IPI, por força do
art. 11 da Lei nº 9.779, de 1999. Após a incorporação:
permanece o direito para a filial resultante da incorporação de
utilizar o saldo credor do IPI?
Considerando que a incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são
absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os seus direitos e obrigações (Lei nº 6.404,
de 1976, art.227), e em face do princípio da autonomia dos estabelecimentos, previsto na
legislação do IPI, a empresa “B”, na figura de seu estabelecimento filial resultante da
488
incorporação, tem o direito de utilizar o saldo credor do IPI pertencente à incorporada
(“A”), observadas as normas constantes da IN RFB nº 1.717, de 2017.
Não. A suspensão do IPI de que trata o art. 29 da Lei nº 10.637, de 2002, na redação dada
pelo art. 25 da Lei nº 10.684, de 2003, somente se aplica às saídas promovidas por
estabelecimentos industriais, fabricantes das MP, PI e ME.
489
031 Pode o estabelecimento industrial, que atenda ao critério da
preponderância, efetuar a totalidade de suas aquisições de
matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e material
de embalagem (ME) com suspensão do IPI,
independentemente da destinação dada a esses insumos pelo
adquirente?
490
033 Com qual periodicidade deve ser renovada a declaração
formal do comprador, prevista no inciso II do § 7º do art. 29
da Lei nº 10.637, de 2002, atestando o atendimento a todos
os requisitos estabelecidos para aquisição dos produtos com
suspensão do IPI ?
491
Capítulo XXI - Disposições Gerais sobre a
Contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins 2019
Leis Ordinárias:
492
Decreto nº 4.524, de 2002 (Regulamento)
Além desses, uma série de outros atos (Instruções Normativas, Atos Declaratórios,
Soluções de Consulta e Soluções de Divergência) exarados pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB), disponíveis em seu sítio na Internet (sítio da RFB),
regulamentam e interpretam a legislação da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.
493
Súmula Vinculante nº 8, de 2008, do Supremo Tribunal
Federal.
494
Capítulo XXII - Contribuição para o PIS-Pasep e
Cofins incidentes sobre a Receita ou o Faturamento
2019
São as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação
do imposto de renda, inclusive as empresas públicas, as sociedades de economia mista e
suas subsidiárias, as sociedades civis de profissões legalmente regulamentadas, bem
como as sociedades cooperativas.
495
002 Qual o tratamento relativo à Contribuição para o PIS/Pasep e à
Cofins aplicável às pessoas jurídicas submetidas ao regime de
liquidação extrajudicial ou de falência?
496
Notas:
497
Nota:
Sim, mas somente em relação às receitas oriundas de atividades não próprias. As receitas
provenientes das atividades próprias das entidades listadas no art. 13 da MP nº 2.158, de
2001, são isentas da Cofins.
Consideram-se receitas derivadas das atividades próprias somente aquelas decorrentes de
contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei, assembleia ou
estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem caráter contraprestacional direto,
destinadas ao seu custeio e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.
A isenção não alcança as receitas que são próprias de atividades de natureza econômico-
financeira ou empresarial. Por isso, não estão isentas da Cofins, por exemplo, as receitas
auferidas com exploração de estacionamento de veículos, aluguel de imóveis, sorteio e
exploração do jogo de bingo, comissões sobre prêmios de seguros, prestação de serviços
e/ou venda de mercadoria, mesmo que exclusivamente para associados, aluguel ou taxa
cobrada pela utilização de salões, auditórios, quadras, piscinas, campos esportivos,
dependências e instalações; venda de ingressos para eventos promovidos pelas entidades;
e receitas financeiras.
Notas:
498
3) As instituições de educação e de assistência social, as
instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural,
científico e as associações de que tratam os incisos III e IV do
art. 13 da MP nº 2.158-35, de 2001, que desatenderem
respectivamente as condições e requisitos previstos nos arts. 12
e 15 da Lei nº 9.532, de 1997, ficam também obrigadas ao
pagamento da Cofins incidente sobre suas receitas próprias.
4) O conceito de “receitas derivadas das atividades próprias” foi
ampliado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em virtude do
Recurso Especial nº 1.353.111-RS, submetido à sistemática do
art. 543-C (repercussão geral) do Código de Processo Civil de
1973. A decisão do STJ incluiu, entre as receitas derivadas de
atividades próprias das instituições de ensino que preencham as
condições e requisitos do art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997, as
receitas auferidas a título de mensalidade dos alunos como
contraprestação de serviços educacionais.
Sim, não incidem ou são isentas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins as receitas
decorrentes ou provenientes de:
a) exportação de mercadorias para o exterior;
b) serviços prestados a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior
cujo pagamento represente ingresso de divisas;
c) vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais exportadoras
com o fim específico de exportação para o exterior;
d) vendas de querosene de aviação a distribuidora, efetuada por importador ou
produtor, quando o produto for destinado a consumo por aeronave em tráfego
internacional;
e) vendas de querosene de aviação, quando auferida, a partir de 10 de dezembro de
2002, por pessoa jurídica não enquadrada na condição de importadora ou
produtora;
f) vendas de biodiesel, quando auferidas por pessoa jurídica não enquadrada na
condição de importadora ou produtora;
499
g) vendas de materiais e equipamentos, bem assim da prestação de serviços
decorrentes dessas operações, efetuadas diretamente a Itaipu Binacional ;
h) recebimento, a título de repasse, dos recursos oriundos do Orçamento Geral da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas públicas
e sociedades de economia mista;
j) atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de
embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB,
instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, auferidas pelos estaleiros
navais brasileiros;
k) fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em
embarcações e aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for
efetuado em moeda conversível;
l) transporte internacional de cargas ou passageiros, quando contratado por pessoa
física ou jurídica, residente ou domiciliada no País;
m) frete de mercadorias transportadas entre o País e o exterior por embarcações
registradas no REB, de que trata o art. 11 da Lei nº 9.432, de 1997;
n) vendas de energia elétrica pela Itaipu Binacional;
o) realização de atividades de ensino superior, proveniente de cursos de graduação ou
cursos seqüenciais de formação específica, pelas instituições privadas de ensino
superior, com fins lucrativos ou sem fins lucrativos não beneficente, que aderirem
ao Programa Universidade para Todos (Prouni), no período de vigência do termo
de adesão;
p) serviços de telecomunicações prestados por meio das subfaixas de radiofrequência
de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de
estações terrenas satelitais de pequeno porte que contribuam com os objetivos de
implantação do Programa Nacional de Banda Larga - PNBL, incidentes sobre o
seu faturamento até 31 de dezembro de 2018, nos termos definidos em
regulamento; e
q) vendas a varejo dos componentes e equipamentos de rede, terminais e transceptores
definidos em regulamento que sejam dedicados aos serviços de telecomunicações
prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de
461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de
pequeno porte que contribuam com os objetivos de implantação do PNBL,
auferidos até 31 de dezembro de 2018.
Notas:
500
2) As isenções previstas nas alíneas “a” a “d”, e “i” a “m” não
alcançam as receitas de vendas efetuadas a estabelecimento
industrial, para industrialização de produtos destinados a
exportação, ao amparo do art. 3º da Lei nº 8.402, de 8 de
janeiro de 1992.
3) A partir de 10 de dezembro de 2002, o disposto na letra “k”
não se aplica à hipótese de fornecimento de querosene de
aviação;
4) A aplicação do disposto na alínea "b" independe do efetivo
ingresso de divisas, na hipótese de a pessoa jurídica manter os
recursos no exterior na forma prevista no art. 1º da Lei nº
11.371, de 28 de novembro de 2006.
501
Geral do respectivo ente repassador, seja ele União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios.
502
008 Qual o tratamento a ser dado no caso de a empresa comercial
exportadora não efetuar a exportação das mercadorias
adquiridas com o fim específico de exportação a que se
referem os incisos VIII e IX do art. 14 da MP nº 2.158-35,
de 2001, o inciso III do art. 5º da Lei nº 10.637, de 2002, e o
inciso III do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003?
A não incidência condicionada, concedida à empresa que vender para uma empresa
comercial exportadora resta desconfigurada nos seguintes casos (o que ocorrer primeiro):
a) a comercial exportadora não destina ao exterior no prazo de 180 dias as mercadorias
adquiridas; e b) a comercial exportadora revende no mercado interno as mercadorias
adquiridas. Nessas condições, passa a comercial exportadora que adquiriu as mercadorias
desoneradas a ser responsável pelas contribuições que deixaram de ser pagas em virtude
da não incidência.
Assim, a empresa comercial exportadora que utilizar ou revender no mercado interno,
produtos adquiridos com o fim específico de exportação, ou que no prazo de 180 (cento
e oitenta) dias, contados da data da emissão da nota fiscal de venda pela empresa
vendedora, não efetuar a exportação dos referidos produtos para o exterior, fica obrigada
ao pagamento:
a) da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a receita não recolhida pela
empresa vendedora em decorrência do disposto no § 1º do art. 14 da MP nº 2.158-
35, de 2001 (cumulatividade), ou no inciso III do art. 5º da Lei nº 10.637, de 2002
(não cumulatividade);
b) da Cofins incidente sobre a receita não recolhida pela empresa vendedora em
decorrência do disposto nos incisos VIII e IX do caput do art. 14 da MP nº 2.158-
35, de 2001 (cumulatividade), ou no inciso III do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003
(não cumulatividade);
c) das contribuições incidentes sobre a receita, na hipótese de revenda no mercado
interno; e
d) do valor correspondente ao ressarcimento do crédito presumido de IPI atribuído
à empresa produtora vendedora, se for o caso.
Notas:
503
3) Os pagamentos envolvidos na situação descrita nesta pergunta
devem ser efetuados com os acréscimos de juros de mora e
multa, de mora ou de ofício, calculados na forma da legislação
que rege a cobrança das contribuições não pagas.
4) Para as contribuições devidas de acordo com as letras “a” e “b”,
a multa e os juros de que trata a nota anterior devem ser
calculados a partir da data em que a empresa vendedora deveria
efetuar o pagamento das contribuições, caso a venda para a
empresa comercial exportadora não houvesse sido realizada
com o fim específico de exportação.
504
Salvo disposições em leis espaçadas, as alíquotas reduzidas a zero da Contribuição para
o PIS/Pasep e da Cofins estão previstas no art. 28 da Lei nº 10.865, de 2004, e no art. 1º
da Lei nº 10.925, de 2004.
Assim, observados os limites legais, entre outros produtos e serviços, estão reduzidas a
zero as alíquotas incidentes na venda de livros e papéis, combustíveis para geração de
energia elétrica, veículos e embarcações do Programa Caminho da Escola, comissões na
intemediação na venda de veículos novos pelas concessionárias, aeronaves e suas partes
e serviços relacionados, bens de informática incluídos no Programa de Inclusão Digital,
material de emprego militar, equipamentos destinados aos portadores de necessidades
especiais, produtos utilizados na área de saúde, adubos ou fertilizantes, defensivos
agropecuários, sementes e mudas, corretivo de solo de origem mineral, inoculantes
agrícolas, feijão, arroz, vacinas para medicina veterinária, farinha, grumo, sêmolas e
grãos de milho, pintos de um dia, leites, queijos, soro de leite, trigo e farinha de trigo, pre-
misturas para fabricação de pão comum, produtos hortícolas, frutas, ovos, sêmens e
embriões, massas, carnes bovina, suína, caprina e de aves, peixes e carnes de peixes, café,
açúcar, óleos vegetais, manteiga e margarina.
Ficam também mantidas em zero, mesmo em relação a fatos geradores ocorridos a partir
de julho de 2015, as alíquotas das contribuições incidentes sobre receitas financeiras
decorrentes de operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsa de valores, de
mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão organizado destinadas exclusivamente
505
à proteção contra riscos inerentes às oscilações de preço ou de taxas quando,
cumulativamente, o objeto do contrato negociado: estiver relacionado com as atividades
operacionais da pessoa jurídica; e destinar-se à proteção de direitos ou obrigações da
pessoa jurídica.
506
Veja ainda: Base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins incidentes sobre o faturamento no regime
de apuração cumulativa:
Pergunta 028
Base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e da Cofins-Importação:
Pergunta 006 do Capítulo XXIII
Base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep
incidente sobre a folha de salários:
Pergunta 002 do Capítulo XXIV
Base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep
incidente sobre Receitas Governamentais:
Pergunta 002 do Capítulo XXV
Exclusões da base de cálculo:
Perguntas 017 a 022
507
Cofins aplicáveis à receita de importador, inclusive nas
hipóteses de alíquotas diferenciadas;.
2) Entende-se por importador por conta e ordem de terceiros a
pessoa jurídica que promover, em seu nome, o despacho
aduaneiro de importação de mercadoria adquirida por outra, em
razão de contrato previamente firmado, que poderá
compreender, ainda, a prestação de outros serviços
relacionados com a transação comercial, como a realização de
cotação de preços e a intermediação comercial;
3) Entende-se por adquirente a pessoa jurídica encomendante da
mercadoria importada; e
4) A operação de comércio exterior realizada mediante utilização
de recursos de terceiros presume-se por conta e ordem deste.
508
014 Como devem ser computadas as variações monetárias ativas na
base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins incidentes sobre a receita?
Nota:
509
encerramento do ano precedente ao da opção, as variações monetárias
dos direitos de crédito e das obrigações incorridas até essa data,
inclusive as de períodos anteriores ainda não tributadas.
Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações
monetárias pelo regime de competência para o critério de
reconhecimento das variações monetárias pelo regime de caixa, no
período de apuração em que ocorrer a liquidação da operação, deverão
ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição
para o PIS/PASEP e da Cofins as variações monetárias dos direitos de
crédito e das obrigações relativas ao período de 1º de janeiro do ano-
calendário da opção até a data da liquidação.
510
Nota:
511
i) receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de
substituta tributária;
j) receita decorrente da transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos
de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do §
1º do art. 25 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996;
k) receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da
infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de
exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos;
l) ganhos decorrentes de avaliação do ativo e passivo com base no valor justo;
m) subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos,
concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos
e de doações feitas pelo poder público;
n) receitas reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de
direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos; e
o) prêmio na emissão de debêntures.
Notas:
512
Veja ainda: Devolução de mercadorias no regime de apuração não
cumulativa:
Pergunta 038
Exclusões da base de cálculo para os contribuintes
substituídos:
Perguntas 069 e 073
ICMS cobrado pelo substituto desse imposto:
Pergunta 074
Exclusões da base de cálculo permitidas às
sociedades cooperativas:
Pergunta 090
513
019 Quais são as exclusões específicas da base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins das entidades de
previdência complementar?
Notas:
514
IN SRF 247, de 2002, art. 29, caput e §§1º e 2º.
515
Nota:
Sim. Nas vendas de veículos classificados nas posições 87.03 (automóveis para transporte
de pessoas) e 87.04 (automóveis para transporte de mercadorias) da TIPI, diretamente ao
consumidor final, por conta e ordem dos concessionários de que trata a Lei nº 6.729, de
28 de novembro de 1979, o fabricante ou o importador poderá excluir da base de cálculo
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins os valores:
a) repassados aos concessionários pela intermediação ou entrega dos veículos; e
b) o ICMS incidente sobre os valores da alínea “a” anterior, nos termos estabelecidos nos
respectivos contratos de concessão.
Notas:
516
PIS/Pasep e da Cofins, à alíquota de 0% (zero por cento) pelos
referidos concessionários.
A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a
compra e venda de veículos automotores, nas operações de venda de veículos usados
adquiridos para revenda, inclusive quando recebidos como parte do pagamento do preço
de venda de veículos novos ou usados, deve apurar o valor da base de cálculo computando
a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da
nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada.
Nota:
517
A base de cálculo apurada pelas empresas de fomento mercantil (factoring) é a totalidade
das receitas, incluindo-se, entre outras, as auferidas com:
a) a prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção de riscos;
b) a prestação de serviços de administração de contas a pagar e a receber; e
c) a aquisição de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços.
Nota:
Muito embora a legislação tributária das contribuições sobre a receita não tenha adotado
rigor na utilização de nomenclatura, é importante e útil sistematizar as diversas alíquotas
da seguinte forma:
1 Alíquotas Gerais
1.1 no regime de apuração cumulativa, com incidência sobre o faturamento
1.1.1 pessoas jurídicas em geral
1.1.2 entidades financeiras e outras
1.2 no regime de apuração não cumulativa, com incidência sobre a receita
2 Alíquotas Diferenciadas
518
2.1 dos produtos sujeitos à tributação concentrada
2.1.1 alíquotas concentradas
2.1.1.1 ad valorem
2.1.1.2 específicas (por unidade de produto)
2.1.2 alíquotas reduzidas a zero
2.2 aplicáveis em algumas transações envolvendo a Zona Franca de Manaus e nas Áreas
de Livre Comércio
2.3 aplicáveis ao papel imune (apenas no regime de apuração não cumulativa)
2.4 alíquotas zero
519
026 Quais são as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins a serem aplicadas sobre a receita auferida pela pessoa
jurídica executora de industrialização por encomenda dos
produtos sujeitos à tributação concentrada?
A Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins incidem sobre a receita auferida pela pessoa
jurídica executora da encomenda às alíquotas de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco
centésimos por cento) e de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), na
industrialização dos seguintes produtos sujeitos à tributação concentrada:
a) gasolina e suas correntes, exceto gasolina de aviação, e nafta petroquímica destinada à
produção ou formulação de óleo diesel ou gasolina;
d) querosene de aviação;
g) produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras
de ar de borracha) da TIPI;
Notas:
520
Veja ainda: Alíquotas na industrialização por encomenda:
Pergunta 088
São as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação
do imposto de renda tributadas pelo referido imposto com base no lucro presumido ou
arbitrado, inclusive as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias.
Independentemente da forma de apuração do lucro pelo Imposto de Renda, também são
contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no regime de apuração
cumulativa:
a) bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
agências de fomento, caixas econômicas;
b) sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, e sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários;
c) empresas de arrendamento mercantil;
d) cooperativas de crédito;
e) empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros
privados e de crédito;
f) entidades de previdência complementar privada, abertas e fechadas (sendo
irrelevante a forma de constituição);
g) associações de poupança e empréstimo;
h) pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos: imobiliários,
nos termos da Lei nº 9.514, de 1997; financeiros, observada regulamentação
editada pelo Conselho Monetário Nacional; ou agrícolas, conforme ato do
Conselho Monetário Nacional;
i) operadoras de planos de assistência à saúde;
j) empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de
valores, referidas na Lei nº 7.102, de 1983;
k) sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e as de consumo.
Ainda que a pessoa jurídica esteja no regime de apuração não cumulativa da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins, sobre as receitas listadas nos incisos VII a XXX do art. 10
521
da Lei nº 10.833, de 2003, devem ser aplicadas as regras do regime de apuração
cumulativa.
522
028 Qual é a base de cálculo da Cofins e da Contribuição para o
PIS/Pasep incidentes sobre a receita no regime de apuração
cumulativa?
Notas:
As pessoas jurídicas optantes pelo regime de tributação do Imposto sobre a Renda com
base no lucro presumido, e consequentemente submetidas ao regime de apuração
cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, poderão adotar o regime
de caixa para fins da incidência das referidas contribuições, desde que adotem o mesmo
critério em relação ao Imposto sobre a Renda e à Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido – CSLL.
523
Notas:
Nota:
524
Veja ainda: Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins incidentes sobre a receita ou o faturamento:
Pergunta 025
Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, no regime de apuração não cumulativa:
Pergunta 037
Alíquotas dos produtos sujeitos à tributação
monofásica (concentradas e reduzidas a zero):
Perguntas 085 e 086
Gás Natural Veicular:
Pergunta 087
Alíquotas aplicáveis a algumas transações
envolvendo a Zona Franca de Manaus:
Perguntas 101 a 104
Alíquotas Zero:
Pergunta 009
Produtores e Importadores:
a) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) para a Contribuição para o PIS/PASEP;
e
Distribuidores:
a) 3,75% (três inteiros e setenta e cinco centésimos por cento) para a Contribuição para o
PIS/PASEP; e
525
b) 17,25% (dezessete inteiros e vinte e cinco centésimos por cento) para a COFINS.
Nota:
Produtores e Importadores:
Distribuidores:
526
033 Quais são os contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins incidentes sobre a receita, no regime de apuração
não cumulativa, nos termos da Lei nº 10.637, de 2002 e da
Lei nº 10.833, de 2003?
São as pessoas jurídicas que apuram o imposto de renda com base no lucro real, exceto:
a) bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de
fomento, caixas econômicas;
d) cooperativas de crédito;
h) pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos: imobiliários, nos
termos da Lei nº 9.514, de 1997; financeiros, observada regulamentação editada pelo
Conselho Monetário Nacional; ou agrícolas, conforme ato do Conselho Monetário
Nacional;
Nota:
527
Veja ainda: Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a receita ou o faturamento:
Pergunta 001
Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins, incidentes sobre a receita ou o
faturamento, no Regime de Apuração Cumulativa:
Pergunta 027
Cooperativas
Pergunta 089
528
Normativo: Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 1º;
Lei nº 10.684, de 2003, art. 18; e
Lei nº 12.715, de 2012, art. 70
Decreto nº 3.048, de 1999, art. 201, § 6º
ADI SRF nº 21, de 2003
529
Continuam sujeitas ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins as receitas decorrentes das seguintes operações:
a) venda de veículos usados, adquiridos para revenda, quando auferidas por pessoas
jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra
e venda de veículos automotores;
530
l) vendas de mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais,
efetuadas por lojas francas instaladas na zona primária de portos ou aeroportos na forma
do art. 15 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976;
531
037 Quais são as alíquotas vigentes da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins no regime de apuração não cumulativa?
532
a.1.2) produtos em relação aos quais a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins
foram pagas por substituição tributária, como por exemplo, cigarros e veículos
dos códigos 8432.30 e 87.11 Tipi;
b) de bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na fabricação
ou produção de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e
lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485,
de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação
ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da Tipi.
2) das despesas e custos incorridos no mês, pagos ou creditados a pessoas jurídicas
domiciliadas no país, relativos a:
a) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumida nos
estabelecimentos da pessoa jurídica;
b) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da
empresa;
c) o valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoas
jurídicas, exceto daquelas optantes pelo Simples Nacional;
d) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda (bens para revenda e
produtos destinados à venda), quando o ônus for suportado pelo vendedor;
e) vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme
fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação
de serviços de limpeza, conservação e manutenção.
3) dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, determinados mediante
a aplicação da taxa de depreciação fixada pela RFB em função do prazo de vida útil do
bem, relativos a:
533
Notas:
534
Veja ainda: Créditos da Não Cumulatividade. Limites e
Vedações:
Pergunta 039
Créditos da Não Cumulatividade. Insumos:
Pergunta 040
Crédito decorrente de devolução de mercadorias:
Pergunta 041
Créditos na atividade imobiliária:
Pergunta 046
Reconhecimento tempestivo dos créditos:
Pergunta 045
Créditos de Embalagens para Bebidas
Pergunta 065
Diferimento de crédito:
Pergunta 109.
535
a) de aquisições de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento das contribuições,
nas hipóteses de não incidência, alíquota zero e suspensão do pagamento;
b) de aquisição de bens ou serviços com isenção das contribuições, quando as
aquisições se vincularem a receitas isentas, não alcançadas pelas contribuições ou
sujeitas à alíquota zero;
c) de custos, despesas e encargos vinculados à receitas sujeitas ao regime de
apuração cumulativa;
d) de aquisição para revenda de bens submetidos à tributação concentrada ou
substituição tributária.
2) Os créditos só podem ser utilizados para desconto dos valores da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins apurados sobre as receitas sujeitas ao regime de apuração não
cumulativa.
3) Salvo expressa disposição legal, como nas hipóteses previstas no art. 16 da Lei nº
11.116, de 2005, os créditos da não cumulatividade não ensejam compensação ou
ressarcimento, nem dão direito a correção monetária ou juros.
4) Deverá ser estornado o crédito relativo a bens, adquiridos para revenda ou utilizados
como insumos, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados,
destruídos em sinistro ou , ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a
mesma destinação.
536
040 Para efeitos de utilização dos créditos da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins de que tratam o art. 3º, inciso II, da Lei nº
10.637, de 2002, e o art. 3º, inciso II, da Lei nº 10.833, de 2003,
o que pode ser considerado insumo?
1) Consideram-se insumos:
537
041 Qual o tratamento dado às devoluções de mercadorias, no regime
de apuração não cumulativa das contribuições?
Nessa hipótese, a pessoa jurídica deve calcular créditos somente em relação aos custos,
despesas e encargos vinculados à receita sujeita a apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.
Nota:
538
2) Não é possível o cálculo de crédito em relação a custos,
despesas e encargos vinculados exclusivamente a receita sujeita
ao regime de apuração cumulativa.
3) Para o cálculo de crédito em relação a custos, despesas e
encargos vinculados exclusivamente a receita sujeita ao regime de
apuração não cumulativa, não há necessidade de aplicação dos
métodos citados nos itens a e b acima.
O IPI, quando não recuperável, e o ICMS, exceto quando cobrado pelo vendedor na
condição de substituto tributário, integram o valor de aquisição de bens e serviços, para
efeito de cálculo dos créditos básicos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.
539
044 Quando podem ser utilizados, no regime de apuração não
cumulativa, os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep não
cumulativa e da Cofins não cumulativa pelas pessoas jurídicas
contratadas ou subcontratadas, no caso de contratos com prazo
de execução superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada
ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços
a serem produzidos?
Normativo: Lei nº 10.833, de 2003, art. 8º, parágrafo único, e art. 15,
inciso IV; e
IN SRF nº 404, de 2004, art. 15.
Notas:
540
representativo de compromisso, ou quando implementada a
condição suspensiva a que estiver sujeita essa venda.
2) As despesas com vendas, as despesas financeiras, as despesas
gerais e administrativas e quaisquer outras, operacionais e não
operacionais, não integram o custo dos imóveis vendidos.
3) O aproveitamento dos créditos referidos nesta pergunta não
enseja a atualização monetária ou incidência de juros sobre os
respectivos valores.
Normativo: Lei nº 10.833, de 2003, art. 4º, art. 13, art. 15, inciso VI
e art. 16; e
IN SRF nº 458, de 2004, arts. 5º e 19.
Sim, no caso de venda de unidade imobiliária não concluída, a pessoa jurídica pode
utilizar créditos presumidos, calculados mediante a aplicação das alíquotas 1,65%
(crédito da Contribuição para o PIS/Pasep não cumulativa) e 7,6% (crédito da Cofins não
cumulativa) sobre o valor do custo orçado para conclusão da obra ou melhoramento,
ajustado pela exclusão dos valores a serem pagos a pessoa física, encargos trabalhistas,
sociais e previdenciários, e dos bens e serviços, acrescidos dos tributos incidentes na
importação, adquiridos de pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior.
O crédito apurado deve ser utilizado na proporção da receita relativa à venda da unidade
imobiliária, à medida do recebimento.
Notas:
541
2) Ocorrendo modificação do valor do custo orçado, antes do
término da obra ou melhoramento, nas hipóteses previstas na
legislação do imposto de renda, o novo valor do custo orçado
deverá ser considerado a partir do mês da modificação, no
cálculo dos créditos presumidos.
3) Tratando-se de modificação do valor do custo orçado para mais,
antes do término da obra ou melhoramento, as diferenças do
custo orçado correspondentes à parte do preço de venda já
recebida da unidade imobiliária poderão ser computadas como
custo adicional do período em que se verificar a modificação do
custo orçado, sem direito a qualquer atualização monetária ou
juros.
4) O aproveitamento dos créditos referidos nesta pergunta não
enseja a atualização monetária ou incidência de juros sobre os
respectivos valores.
Normativo: Lei nº 10.833, de 2003, art. 4º, §§ 1º ao 4º, art. 13, art. 15,
inciso VI, e art. 16; e
IN SRF nº 458, de 2004, arts. 8º, 9º e 19.
543
Normativo: Lei nº 10.833, de 2003, art. 4º, § 9º; e art. 16; e
IN SRF nº 458, de 2004, art.9º, §10º.
544
b) na importação de serviços: 1,65%, para a Contribuição para o PIS/Pasep; e 7,6%, para
a Cofins
Notas:
545
Lei nº 10.865, de 2003, arts. 15 a 17; e § 23 do art. 8º;
Lei nº 11.116, de 2005, art. 8º;
Lei nº 11.196, de 2005, arts. 56 a 57-A;
Lei nº 11.774, de 2008, art. 1º e;
Decreto nº 6.707, de 2008.
Normativo: Lei nº 10.833, de 2004, art. 3º, §§ 19 e 20, e art. 15, inciso
II.
A pessoa jurídica que aufere receitas de exportação nos termos dos incisos I a III do art.
5º da Lei nº 10.637, de 2002, e dos incisos I a III do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003,
poderá utilizar os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apurados nos
termos do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003,
respectivamente, vinculados a referidas exportações, para descontar do devido dessas
contribuições decorrente de receitas auferidas no mercado interno no regime não
546
cumulativo, observados os limites e as vedações contidos em referidos artigos e na
legislação pertinente.
Nota:
Sim.
1) A pessoa jurídica sujeita ao regime de incidência não cumulativa poderá utilizar o saldo
de créditos apurado nos termos do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 3º da Lei nº
10.833, de 2003, decorrentes de custos, despesas e encargos vinculados às receitas
resultantes das operações de exportação de que tratam o art. 5º da Lei nº 10.637, de 2002,
e o art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003, para fins de desconto do valor da Contribuição para
o PIS/Pasep e da Cofins a recolher, decorrente das demais operações no mercado interno.
547
2) Referidos créditos, que não puderem ser utilizados no desconto de débitos das
respectivas contribuições, poderão sê-lo na compensação de débitos próprios, vencidos
ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela RFB, observada a
legislação específica aplicável à matéria.
3) A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar
o crédito por qualquer das formas previstas nos itens 1 e 2 acima, poderá solicitar o seu
ressarcimento, observada a legislação específica aplicável à matéria.
Notas:
548
Normativo: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 56, § 3º;
Lei nº 10.637, de 2002, art.5º;
Lei nº 10.833, de 2003, art. 6º;
IN SRF nº 247, de 2002, arts. 78 e 79; e
IN RFB nº 1.300, de 2012, art. 27, inciso I do caput e §§
1º, 2º e 6º, e art. 49, inciso I do caput e §§ 1º a 3º, 10 a 15.
Contribuições devidas pela Empresa “A” em razão da venda para a Empresa “B”:
PIS/Pasep: R$ 100.000,00 x 0,65% = R$ 650,00
Cofins: R$ 100.000,00 x 3,00% = R$ 3.000,00 seus próprios créditos
apurados na aquisição das mercadorias junto à Empresa “B”, ou relativos a qualquer outra
operação.
Exemplo 2 – Vendedora no regime de apuração cumulativa e comercial exportadora
no regime de apuração não cumulativa:
A Empresa “A”, em 22/02/2013, vende produtos acabados para a Empresa “B” por R$
100.000,00. Por sua vez, em 27/04/2013, a Empresa B vende os mesmos produtos para
a Empresa “C”, com fim específico de exportação, por R$ 200.000,00. Dados
adicionais:
a) Empresa “B” fez opção pela tributação do Imposto de renda pelo lucro presumido e,
portanto, é submetida ao regime de apuração cumulativa, com alíquotas de 0,65% para
a Contribuição para o PIS/Pasep, e 3,0% para a Cofins;
b) Empresa “C”, a comercial exportadora, fez opção pela tributação do Imposto de renda
pelo lucro real e está submetida ao regime de apuração não cumulativa, com alíquotas
de 1,65% para a Contribuição para o PIS/Pasep, e 7,6% pa
550
Créditos apurados pela Empresa “B” na operação de aquisição de produtos junto à
Empresa “A”:
PIS/Pasep: R$ 100.000,00 x 1,65% = R$ 1.650,00
(sem direito a qualquer crédito para a empresa “C” - Art. 3º, § 2º, inciso II, da
Lei nº10.637, de 2002)
Cofins: zero (inciso III do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003)
(sem direito a qualquer crédito para a empresa “C” – Art. 3º, § 2º, inciso II,
da Lei nº10.833, de 2003)
Suponha agora que, em 15/08/2013 (anterior a 180 dias), por R$ 250.000,00, a Empresa
“C” vendeu no mercado interno os produtos adquiridos junto a “B”, beneficiados com
a não-incidência vinculada ao fim específico de exportação.
Cálculo das contribuições devidas pela Empresa “C”, pela desconfiguração do fim
específico de exportação (contribuições que deixaram de ser recolhidas pela Empresa
“B”):
PIS/Pasep: R$ 200.000,00 x 1,65% = R$ 3.300,00 (Art. 7º, caput, da Lei nº10.637, de
2002)
(sem direito a utilização de qualquer crédito – Art. 7º, § 2º da Lei nº
10.637, de 2002)
adicionados de multa e juros, devidos desde 25/05/2013, data de
vencimento da obrigação de “B”, caso a venda a “C” não houvesse sido
realizada com o fim específico de exportação. (Art. 7º, § 1º da Lei nº
10.637, de 2002)
Cofins: R$ 200.000,00 x 7,60% = R$ 15.200,00 (Art. 9º, caput, da Lei nº 10.637, de
2002)
(sem direito a utilização de qualquer crédito – Art. 9º, § 2º da Lei nº
10.833, de 2003)
adicionados de multa e juros, devidos desde 25/05/2013, data de
vencimento da obrigação de “B”, caso a venda a “C” não houvesse sido
realizada com o fim específico de exportação. (Art. 9º, § 1º da Lei nº
10.833, de 2003)
Créditos apurados pela Empresa “C” na operação de aquisição de produtos junto à
Empresa “B”:
PIS/Pasep: R$ 200.000,00 x 1,65% = R$ 3.300,00
Cofins: R$ 200.000,00 x 7,60% = R$ 15.200,00
Nota: Estes créditos somente são apurados em razão do pagamento, por “C”, das
contribuições que deixaram de ser pagas por “B”.
551
Contribuições devidas pela Empresa “C” em razão da venda no mercado interno
realizada em 15/08/2013:
PIS/Pasep apurado: R$ 250.000,00 x 1,65% = R$ 4.125,00
Créditos: (R$ 3.300,00)
PIS/Pasep devido: R$ 825,00
data de vencimento – 25/09/2013
Cofins apurado: R$ 250.000,00 x 7,60% = R$ 19.000,00
(sem direito a qualquer crédito para a empresa “C” - Art. 3º, § 2º, inciso II, da
Lei nº 10.637, de 2002)
Cofins: zero (incisos VIII e IX do art. 14 da MP º 2.158-35, de 2001)
552
(sem direito a qualquer crédito para a empresa “C” – Art. 3º, § 2º, inciso II,
da Lei nº 10.833, de 2003)
Suponha agora que, em 15/08/2013 (anterior a 180 dias), por R$ 250.000,00, a Empresa
“C” vendeu no mercado interno os produtos adquiridos junto a “B”, beneficiados com a
isenção vinculada ao fim específico de exportação.
Cálculo das contribuições devidas pela Empresa “C”, pela desconfiguração do fim
específico de exportação (contribuições que deixaram de ser recolhidas pela Empresa
“B”):
PIS/Pasep: R$ 200.000,00 x 0,65% = R$ 1.300,00 (Art. 2º, § 4º da Lei nº 9.363, de
1996)
(sem direito a utilização de qualquer crédito – Art. 7º, § 2º da Lei nº
10.637, de 2002)
adicionados de multa e juros, devidos desde 25/05/2013, data de
vencimento da obrigação de “B”, caso a venda a “C” não houvesse sido
realizada com o fim específico de exportação. (Art. 2º, § 7º da Lei nº 9.363,
de 1996)
Cofins: R$ 200.000,00 x 3,0% = R$ 6.000,00 (Art. 2º, § 4º da Lei nº 9.363, de
1996)
(sem direito a utilização de qualquer crédito – Art. 9º, § 2º da Lei nº
10.833, de 2003)
adicionados de multa e juros, devidos desde 25/05/2013, data de
vencimento da obrigação de “B”, caso a venda a “C” não houvesse sido
realizada com o fim específico de exportação. (Art. 2º, § 7º da Lei nº 9.363,
de 1996)
Créditos apurados pela Empresa “C” na operação de aquisição de produtos junto à
Empresa “B”:
PIS/Pasep: R$ 200.000,00 x 1,65% = R$ 3.300,00
Cofins: R$ 200.000,00 x 7,60% = R$ 15.200,00
Nota: Estes créditos somente são apurados em razão do pagamento, por “C”, das
contribuições que deixaram de ser pagas por “B”.
Contribuições devidas pela Empresa “C” em razão da venda no mercado interno
realizada em 15/08/2013:
PIS/Pasep apurado: R$ 250.000,00 x 1,65% = R$ 4.125,00
Créditos: (R$ 3.300,00)
PIS/Pasep devido: R$ 825,00
data de vencimento – 25/09/2013
Cofins apurado: R$ 250.000,00 x 7,60% = R$ 19.000,00
Créditos: (R$ 15.200,00)
Cofins devida: R$ 3.800,00
data de vencimento – 25/09/2013
Observações acerca do exemplo 2:
553
1. Quando a Empresa “C” paga as contribuições que deixaram de ser recolhidas por “B”,
passa a ter direito de apurar créditos decorrentes da aquisição das mercadorias junto à
empresa “B”.
2. O valor dos juros e da multa, recolhidos por “C”, incidentes sobre o valor das
contribuições que deixaram de ser recolhidas por “B”, não lhe dá direito a crédito da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.
3. Quando a Empresa “C” calcula as contribuições que deixaram de ser recolhidas por
“B”, não pode utilizar nenhum valor a título de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins, nem os apurados na aquisição das mercadorias junto à Empresa “B”,
tampouco os relativos a qualquer outra operação.
Exemplo 3 – Vendedora no regime de apuração não cumulativa e comercial
exportadora no regime de apuração cumulativa:
A Empresa “A”, em 22/02/2013, vende produtos acabados para a Empresa “B” por R$
100.000,00. Por sua vez, em 27/04/2013, a Empresa B vende os mesmos produtos para a
Empresa “C”, com fim específico de exportação, por R$ 200.000,00. Dados adicionais:
a) Empresa “B” fez opção pela tributação do Imposto de renda pelo lucro real e está
submetida ao regime de apuração não cumulativa, com alíquotas de 1,65% para a
Contribuição para o PIS/Pasep, e 7,6% para a Cofins;
b) Empresa “C”, a comercial exportadora, fez opção pela tributação do Imposto de renda
pelo lucro presumido e, portanto, é submetida ao regime de apuração cumulativa, com
alíquotas de 0,65% para a Contribuição para o PIS/Pasep, e 3,0% para a Cofins;
c) Empresa “A” fez opção pela tributação do Imposto de renda pelo lucro presumido e,
portanto, submete-se ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins, com alíquotas de 0,65% para a Contribuição para o PIS/Pasep, e 3,0% para
a Cofins;
d) a venda de “B” para “C” se deu com o benefício da não-incidência da Contribuição
para o PIS/Pasep, previsto no inciso III do art. 5º da Lei nº 10.637, de 2002, e da Cofins,
previsto no inciso III do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003.
Cálculos:
Contribuições devidas pela Empresa “A” em razão da venda para a Empresa “B”:
PIS/Pasep: R$ 100.000,00 x 0,65% = R$ 650,00
Cofins: R$ 100.000,00 x 3,00% = R$ 3.000,00
Créditos apurados pela Empresa “B” na operação de aquisição de produtos junto à
Empresa “A”:
(não há que se falar em crédito para a empresa adquirente, pois “C” está
submetida ao regime de apuração cumulativa)
554
Cofins: zero (inciso III do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003)
(não há que se falar em crédito para a empresa adquirente, pois “C” está
submetida ao regime de apuração cumulativa)
Suponha agora que, em 15/08/2013 (anterior a 180 dias), por R$ 250.000,00, a Empresa
“C” vendeu no mercado interno os produtos adquiridos junto a “B”, beneficiados com a
não-incidência vinculada ao fim específico de exportação.
Cálculo das contribuições devidas pela Empresa “C”, pela desconfiguração do fim
específico de exportação (contribuições que deixaram de ser recolhidas pela Empresa
“B”):
555
e da Cofins, nem os apurados por “B” quando da aquisição das mercadorias junto à
Empresa “A”, tampouco os relativos a qualquer outra operação.
556
Veja ainda: Créditos da Não Cumulatividade:
Pergunta 038
Créditos da Não Cumulatividade. Limites e Vedações:
Pergunta 039
Créditos da Não Cumulatividade. Pessoa Jurídica
com Receitas Parcialmente sujeitas à Não
Cumulatividade:
Pergunta 042
Créditos da Não Cumulatividade. Importação:
Pergunta 049
Sim.
557
como insumo na produção de eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno; e
Nota:
558
Créditos da Não Cumulatividade. Limites e Vedações:
Pergunta 039
Créditos da Não Cumulatividade. Importação:
Pergunta 049
Nota:
559
Veja ainda: Alíquotas diferenciadas (fármacos):
Pergunta 080 e 085.
Utilização do crédito presumido (fármacos):
Pergunta 059.
Créditos Presumidos. Compensação e Ressarcimento:
Pergunta 063.
O crédito presumido só pode ser utilizado para dedução do montante devido à título da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no período em que a pessoa jurídica estiver
submetida ao regime especial. É vedada qualquer outra forma de utilização ou
compensação do crédito presumido de que trata este artigo, bem como de sua restituição.
560
Veja ainda: Contribuintes que podem pleitear o crédito presumido
de fármacos:
Pergunta 057
Créditos Presumidos. Compensação e Ressarcimento:
Pergunta 062
Sim.
6) art. 56 da Lei nº 12.350, de 2010, relativo à aquisição dos produtos de origem bovina,
suína, ovina, caprina e aviária com alíquota 0 (zero) da Contribuição para o PIS/Pasep
561
e da Cofins, utilizados como insumos em industrialização de mercadorias submetidas à
incidência das contribuições no mercado interno ou destinadas à exportação;
8) art. 6º da Lei nº 12.599, de 2012, relativo à aquisição de café não torrado para
utilização na elaboração de café torrado, extratos, essências e preparações de café
destinados à exportação;
10) art. 1º da Lei nº 12.859, de 2013, relativo à venda de álcool no mercado interno; e
11) art. 31 da Lei nº 12.865, de 2013, relativo à exportação ou venda no mercado interno
de produtos derivados de soja.
Notas:
562
060 Existe alguma hipótese na qual o crédito presumido da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins de que trata o art. 8º
da Lei nº 10.925, de 2004, pode ser objeto de ressarcimento ou
de compensação?
Regra geral, o crédito presumido de que trata o § 3º do art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004,
não é passível de ressarcimento ou de compensação.
Notas:
563
Veja ainda: Créditos da Não Cumulatividade. Créditos
Presumidos do Setor Agropecuário e da
Agroindústria:
Pergunta 059
Créditos Presumidos. Ressarcimento e
Compensação: Pergunta 062
As pessoas jurídicas obrigadas pela RFB à utilização do selo de controle de que trata o
art. 46 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964; e dos equipamentos contadores de
produção de que tratam os arts. 27 a 30 da Lei nº 11.488, de 2007, e o art. 58-T da Lei nº
10.833, de 2003, poderão deduzir da Contribuição para o PIS/PASEP ou da COFINS
devidas em cada período de apuração, crédito presumido correspondente à taxa de que
trata o art. 13 da Lei nº 12.995, de 2014, efetivamente paga no mesmo período
564
062 Quais tipos de créditos presumidos da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins podem e não podem ser objeto de
ressarcimento e de compensação?
1) no art. 33 da Lei nº 12.058, de 2009, vinculados a exportação, nos termos do seu § 7º;
2) no art. 34 da Lei nº 12.058, de 2009;
3) no art. 55 da Lei nº 12.350, de 2010, vinculados a exportação, nos termos do seu § 8º;
4) no art. 56-B da Lei nº 12.350, de 2010;
5) no art. 5º da Lei nº 12.599, de 2012;
6) no art. 6º da Lei nº 12.599, de 2012, vinculados a exportação;
7) no art. 15 da Lei nº 12.794, de 2013, vinculados a exportação;
8) no art. 31 da Lei nº 12.865, de 2013.
É vedado, dentre outros, o ressarcimento ou a compensação dos seguintes créditos
presumidos:
1) apurados na forma dos arts. 8º e 15 da Lei nº 10.925, de 2004, exceto nos casos
permitidos em lei (Ver Pergunta 61 – Créditos Presumidos do Setor Agropecuário e da
Agroindústria, Saldo Acumulado, Ressarcimento e Compensação);
2) apurados na forma do art. 56 da Lei nº 12.350, de 2010;
3) apurados na forma do art. 3º da Lei nº 10.147, de 2000; e
4) de que trata o art. 1º da Lei nº 12.859, de 2013.
Notas:
565
Veja ainda: Contribuintes que podem pleitear o crédito presumido
de fármacos:
Pergunta 057
Créditos presumidos do Setor Agropecuário e da
Agroindústria:
Pergunta 059
Créditos Presumidos do Setor Agropecuário e da
Agroindústria, Saldo Acumulado, Ressarcimento e
Compensação:
Pergunta 060
Créditos Presumidos. Equipamentos Contadores de
Produção:
Pergunta 061
567
065 A pessoa jurídica submetida à apuração da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins no regime de apuração não cumulativa faz
jus a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), como ressarcimento da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, de que tratam a Lei nº 9.363, de 1996, e a Lei nº 10.276, de
2001?
Não. Estas pessoas jurídicas não fazem jus ao crédito presumido do IPI, como
ressarcimento dos valores da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, em relação às
receitas sujeitas aos regimes de apuração não cumulativas. Logo, o disposto nas Leis nº
9.363, de 1996, e nº 10.276, de 2001, não se aplica à pessoa jurídica submetida à apuração
do valor devido na forma dos arts. 2º e 3º da Lei nº 10.833, de 2003, e dos arts. 2º e 3º da
Lei nº 10.637, de 2002.
568
067 Quais são os responsáveis e como ocorre a substituição da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins na comercialização
de cigarros e cigarrilhas?
Sim, a partir de 1º de maio de 2004, a substituição tributária de que trata o art 3º da Lei
Complementar nº 70, de 1991, o art. 5º da Lei nº 9.715, de 1998, e o art. 53 da
Lei nº 9.532, de 1997, alcança também o comerciante atacadista de cigarros.
569
069 Os comerciantes varejistas e atacadistas de cigarros e cigarrilhas, no
caso de terem sido substituídos pelos fabricantes ou importadores,
podem excluir da receita bruta o valor das vendas desses produtos,
para efeito de apuração da base de cálculo das contribuições?
Nota:
570
Lei nº 10.485, de 2002, art. 1º; e
IN SRF nº 247, de 2002, arts. 5º.
Sobre as bases de cálculos assim obtidas, são aplicadas as alíquotas de 0,65%, para a
Contribuição para o PIS/Pasep, e de 3%, para a Cofins.
Notas:
571
Lei nº 10.637, de 2002, art. 8º, VII, b;
Lei nº 10.833, de 2003, art. 10, VII, b;
Decreto nº 4.524, de 2002, arts. 5º, 48 e 88;
IN SRF nº 247, de 2002, arts. 5º, 49, 84 e 89; e
AD SRF nº 44, de 2000.
Nota:
572
073 Como deve proceder o comerciante varejista diante da
impossibilidade de ocorrência do fato gerador presumido da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins dos veículos
autopropulsados classificados nos códigos 8432.30 e 87.11, da
TIPI, objeto da substituição tributária de que trata o art. 43 da
MP nº 2.158-35, de 2001?
Nota:
573
075 Como deve proceder o fabricante e o importador de cigarros,
cigarrilhas, ou veículos dos códigos 8432.20 e 87.11 da TIPI, nas
vendas desses produtos, submetidos ao regime de substituição
tributária das contribuições, à pessoa jurídica optante pelo
Simples Nacional?
574
077 Quais os produtos sujeitos à sistemática de tributação
concentrada?
575
078 Como são calculadas a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins
na comercialização de derivados de petróleo?
A receita auferida com a venda de derivados de petróleo, pelas pessoas jurídicas que não
optaram pelo regime especial de apuração e pagamento das contribuições, previsto no
art. 23 da Lei nº 10.865, de 2004 (tributação por volume do produto), está sujeita à
tributação concentrada ad valorem da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.
Assim sendo, a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins devidas pelos importadores,
produtores e encomendantes, no caso de industrialização por encomenda, serão
calculadas, respectivamente, com base nas seguintes alíquotas:
1) 5,08% e 23,44%, incidentes sobre a receita da venda de gasolinas e suas correntes,
exceto gasolina de aviação, e de nafta petroquímica destinada à produção ou formulação
de gasolina e óleo diesel ou exclusivamente de gasolina;
2) 4,21% e 19,42%, incidentes sobre a receita da venda de óleo diesel e suas correntes, e
de nafta petroquímica destinada à produção ou formulação exclusivamente de óleo diesel;
3) 10,2% e 47,4%, incidentes sobre a receita da venda de gás liquefeito de petróleo (GLP)
derivado de petróleo e de gás natural;
4) 5% e 23,2%, incidentes sobre a receita da venda de querosene de aviação; e
As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita da
venda desses produtos, auferidas por distribuidores e comerciantes varejistas, estão
reduzidas à zero.
Notas:
576
Lei nº 10.336, de 2001, art. 14;
Lei nº 10.560, de 2002, art. 2º;
Lei nº 11.051, de 2004, art. 10;
Lei nº 11.196, de 2005, art. 56; e
IN SRF nº 594, de 2005, art. 9º.
A receita auferida com a venda de biodiesel está sujeita à tributação concentrada com
base em alíquotas incidentes sobre o valor da venda do produto (alíquotas ad valorem),
ou, mediante opção por regime especial de apuração e pagamento das contribuições, com
base no volume do produto vendido (alíquotas ad rem).
Assim sendo, a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins devidas pelas pessoas jurídicas
produtoras e pelos importadores de biodiesel, incidentes sobre a receita da venda desse
produto, serão calculadas, respectivamente, com base nas alíquotas de 6,15% e 28,32%,
para os contribuintes que não optaram pelo regime especial com base em alíquotas ad
rem.
Notas:
577
A receita auferida com a venda dos produtos farmacêuticos relacionados no art. 1º, I, a,
da Lei nº 10.147, de 2000, está sujeita à tributação concentrada das contribuições.
Assim sendo, a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins devidas pelos importadores,
produtores e encomendantes, no caso de industrialização por encomenda, serão
calculadas, respectivamente, com base nas alíquotas de 2,1% e 9,9%, incidentes sobre a
receita da venda desses produtos.
As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita da
venda desses produtos, auferidas por pessoas jurídicas não sujeitas à tributação
concentrada, estão reduzidas à zero.
Notas:
Normativo: Lei nº 10.147, de 2000, art. 1º, I, “a”, art. 2º e art. 3º;
Lei nº 10.833, de 2003, art. 25; e
IN SRF nº 594, de 2005, art. 12.
578
calculadas, respectivamente, com base nas alíquotas de 2,2% e 10,3%, incidentes sobre a
receita da venda desses produtos
As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita da
venda desses produtos, auferidas por pessoas jurídicas não sujeitas à tributação
concentrada, estão reduzidas à zero.
Notas:
579
Veja ainda: Alíquotas aplicáveis à pessoa jurídica executora da
encomenda, na industrialização por encomenda de
produtos sujeitos à tributação concentrada:
Pergunta 26
Alíquotas Concentradas Ad Valorem:
Pergunta 085.
580
Normativo: Lei nº 10.485, de 2002, art. 3º, e alterações;
Lei nº 11.051, de 2004, art.10; e
IN SRF nº 594, de 2005, art. 16.
A receita auferida com a venda de pneus novos e câmaras de ar de borracha, está sujeita
à tributação concentrada das contribuições.
Assim sendo, a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins devidas pelos importadores,
fabricantes e encomendantes, no caso de industrialização por encomenda, serão
calculadas, respectivamente, com base nas alíquotas de 2% e 9,5%, incidentes sobre a
receita de venda desses produtos.
As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita da
venda desses produtos, auferidas por pessoas jurídicas não sujeitas à tributação
concentrada, estão reduzidas à zero.
As alíquotas aplicáveis sobre a receita bruta auferida pelas pessoas jurídicas produtoras e
importadoras de combustíveis, fármacos, perfumaria, veículos, máquinas, autopeças,
distribuidoras de álcool para fins carburantes, e pelas pessoas jurídicas produtoras,
importadoras e atacadistas de bebidas, com a venda dos produtos abaixo relacionados,
são:
581
01 - DERIVADOS DO PETRÓLEO (Ver Nota 4)
Alíquota Alíquota
Descrição do Produto PIS Cofins
(%) (%)
Alíquota Alíquota
Descrição do Produto PIS Cofins
(%) (%)
582
04 – BEBIDAS
Alíquota Alíquota
Descrição do Produto PIS Cofins
(%) (%)
05 – FÁRMACOS E PERFUMARIAS
Alíquota Alíquota
Descrição do Produto PIS Cofins
%) (%)
583
06 – VEÍCULOS, MÁQUINAS, IMPLEMENTOS, AUTOPEÇAS, PNEUS E
CÂMARAS DE AR
Notas:
584
Veja ainda: Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a receita ou o faturamento:
Pergunta 036
Alíquotas concentradas específicas (por unidade de
produto):
Pergunta 086
585
01 – DERIVADOS DO PETRÓLEO
02 - ÁLCOOL
03- BIOSIESEL
586
Descrição do Produto Valor PIS Valor
(R$/m3) Cofins
(R$/m3)
Nota:
587
Lei nº 10.865, de 2004, art. 23;
Lei nº 11.116, de 2005, arts. 4º e 5º;
Decreto nº 5.059, de 2004;
Decreto nº 5.297, de 2004
Decreto nº 6.573, de 2008.
A receita de venda de gás natural veicular (GNV) segue a regra geral de incidência, não
sendo aplicável, nesse caso, alíquotas diferenciadas.
Desta forma, sobre as receitas de vendas de GNV incidirá a Contribuição para o
PIS/Pasep, à alíquota de 0,65% ou 1,65%, e Cofins, à alíquota de 3% ou 7,6%, conforme
o caso, tendo em vista o correto enquadramento, da pessoa jurídica vendedora, no regime
de apuração cumulativa ou não cumulativa das contribuições.
588
088 Quais são as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins a serem aplicadas sobre a receita auferida pela pessoa
jurídica encomendante de industrialização por encomenda dos
produtos sujeitos à tributação concentrada?
589
Veja ainda: Hipótese de responsabilidade por retenção:
Pergunta 109
Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins, incidentes sobre a receita ou o
faturamento:
Pergunta 001
Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins no regime de apuração não cumulativa:
Pergunta 042
Sim, as exclusões gerais tratadas na Pergunta 017 também são permitidas às sociedades
cooperativas.
590
091 Existem outras exclusões da base de cálculo permitidas às
sociedades cooperativas, além das autorizadas às pessoas
jurídicas em geral?
Nota:
591
Veja ainda: Incidência da Contribuição do PIS/Pasep e da Cofins
sobre a folha de salários das sociedades cooperativas:
Pergunta 099
Exclusões da base de cálculo permitidas às sociedades
cooperativas:
Perguntas 090
Exclusões da base de cálculo em função da atividade
exercida pela sociedade cooperativa:
Perguntas 092 a 098
592
093 Quais as exclusões admitidas para efeito de apuração da base
de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins
devidas pelas sociedades cooperativas de eletrificação rural?
593
094 Quais as deduções e exclusões admitidas para efeito de apuração
da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins
devidas pelas sociedades cooperativas de crédito?
594
096 Quais as exclusões admitidas para efeito de apuração da base de
cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas
pelas sociedades cooperativas de rádio táxi?
Nota:
595
097 As receitas auferidas pelas sociedades cooperativas de trabalho
em geral, em decorrência de serviços executados por seus
cooperados, podem ser excluídas da base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com fundamento no
art. 15, I, da MP nº 2.158-35, de 2001?
Não, pois não há previsão legal de excluir da base de cálculo da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins, incidentes sobre a receita, valores referentes a serviços executados
por seus cooperados.
A sociedade cooperativa, no mês em que fizer uso de quaisquer das exclusões previstas
na MP nº 2.158-35, de 2001, art. 15, I a V, ou na Lei nº 11.051, de 2004, art. 30-A, I a III,
deverá também efetuar o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a
folha de salários.
596
Veja ainda: Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep
incidente sobre a folha de salários:
Pergunta 001 do Capítulo XXIV
Notas:
597
Secretaria da Receita Federal, conforme disposições previstas na
Instrução Normativa SRF nº 424, de 19 de maio de 2004.
3) A suspensão da exigibilidade de que trata o item “c” somente se
aplica quando a pessoa jurídica utilizar as máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos na produção de matérias-primas,
produtos intermediários e materiais de embalagem destinados ao
emprego em processo de industrialização por pessoa jurídica que
esteja instalada na ZFM e que possua projeto aprovado pelo
Conselho de Administração da Suframa.
Sim. Estão reduzidas a 0% (zero por cento) as alíquotas das referidas contribuições
decorrente da venda:
598
a) de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, produzidos na
Zona Franca de Manaus para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais ali instalados e consoante projetos aprovados pelo Conselho
de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa;
b) de mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização na Zona Franca de
Manaus, por pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM, exceto em relação às vendas das
bebidas de que trata o art. 14 da Lei nº 13.097, de 2015.
Notas:
599
102 Qual o tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins aplicável às vendas de álcool, inclusive para fins
carburantes, efetuadas por pessoa jurídica fora da Zona Franca
de Manaus – ZFM, destinadas ao consumo ou à industrialização
na ZFM?
Nota:
600
103 Qual o tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins aplicável às vendas dos demais produtos sujeitos à
tributação concentrada efetuadas por pessoa jurídica
estabelecida fora da Zona Franca de Manaus – ZFM, destinadas
ao consumo ou à industrialização na ZFM?
Estão reduzidas a 0 (zero) as alíquotas incidentes sobre as vendas efetuadas por produtor,
fabricante ou importador estabelecido fora da ZFM, destinadas ao consumo ou
industrialização na ZFM, dos produtos sujeitos à tributação concentrada, exceto as
bebidas frias de que trata o art. 14 da Lei nº 13.097, de 2015.
Quando a pessoa jurídica estabelecida na ZFM, adquirente, efetuar a revenda dos
produtos, incidirá sobre esta operação as alíquotas concentradas previstas:
1) no art. 23 da Lei nº 10.865, de 2004 (alíquotas específicas de derivados do petróleo);
2) no art. 1º, I, b, da Lei nº 10.147, de 2000 (alíquotas proporcionais de produtos de
perfumaria, de toucador ou de higiene);
3) no art. 1º da Lei nº 10.485, de 2002 (alíquotas proporcionais de máquinas, veículos e
implementos);
4) no art. 5º da Lei nº 10.485, de 2002 (alíquotas proporcionais de pneus e câmaras de
ar);
5) no art. 3º da Lei nº 10.485, de 2002 (alíquotas proporcionais de autopeças)
601
3) A pessoa jurídica domiciliada na ZFM que utilizar como insumo
ou incorporar ao seu ativo permanente produtos adquiridos com
substituição tributária, na forma descrita nesta pergunta, poderá
abater da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes
sobre seu faturamento o valor dessas contribuições recolhidas
pelo substituto tributário.
603
Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins no regime de apuração cumulativa:
Pergunta 042
Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins no regime de apuração não cumulativa:
Pergunta 049
Apuração de créditos envolvendo algumas
operações na Zona Franca de Manaus:
Pergunta 101
Alíquotas dos produtos sujeitos à tributação
concentrada:
Perguntas 081 e 082
Nas aquisições de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na Zona Franca
de Manaus e que apure a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins com as alíquotas da
pergunta 104, a pessoa jurídica adquirente, desde que submetida ao regime de apuração
não cumulativa, deve calcular créditos deste regime mediante a aplicação das alíquotas
de:
a) 1% e 4,6%, respectivamente; ou
b) 1,65% e 7,6%, respectivamente, na hipótese de pessoa jurídica adquirente estabelecida
fora da Zona Franca de Manaus, que apure o imposto de renda com base no lucro real e
que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluída do regime de apuração não
cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, obedecidas as regras de
apuração de créditos tratadas na Pergunta 042.
Nota:
604
Veja ainda: Créditos da Não Cumulatividade:
Pergunta 050
2) as autarquias;
3) as fundações federais;
4) as empresas públicas;
605
107 Quando ocorre a retenção na fonte da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins nos pagamentos efetuados por pessoas
jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado?
606
Notas:
607
atribuído a cada uma delas pela venda em comum dos produtos entregues, com vistas a
atender aos procedimentos contábeis exigidos pela legislação tributária.
Fica configurada a impossibilidade da dedução de que trata o caput deste artigo quando
o montante retido no mês exceder o valor da respectiva contribuição a pagar no mesmo
mês.
A restituição poderá ser requerida à RFB a partir do mês subsequente àquele em que ficar
caracterizada a impossibilidade de dedução.
608
Veja ainda: Retenção na fonte da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins:
Perguntas 106, 107 e 108.
Cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, na comercialização de máquinas e veículos:
Pergunta 082.
Cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, na comercialização de autopeças:
Pergunta 083.
Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o
primeiro dia útil que o anteceder.
Nota:
609
Normativo: Lei nº 9.532, de 1997, arts. 53 e 54;
MP nº 2.158-35, de 2001, art. 18;
Lei nº 10.637, de 2002, art. 10;
Lei nº 10.833, de 2003, arts. 11 e 57.
Notas:
610
113 Como devem ser utilizados os créditos da Contribuição para o
PIS/Pasep não cumulativa e da Cofins não cumulativa pelas
pessoas jurídicas optantes pelo regime de diferimento de
tributação, contratadas ou subcontratadas por pessoa jurídica de
direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou
suas subsidiárias, por meio de contratos de construção por
empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens
ou serviços?
A pessoa jurídica que optar pelo diferimento do pagamento das contribuições somente
poderá utilizar os créditos calculados na proporção das receitas efetivamente recebidas.
Nota:
611
Capítulo XXIII - Contribuição para o PIS-Pasep-
Importação e a Cofins-Importação 2019
Consideram-se entrados no território nacional os bens que constem como tendo sido
importados (através da Declaração de Importação – DI, de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente) e cujo extravio venha a ser apurado pela administração
aduaneira.
612
003 Para efeito do cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e da Cofins-Importação, quando se considera
ocorrido o fato gerador?
613
veículo que será produzido pela fábrica D no Brasil. Neste caso, o
contribuinte será a fábrica D e o fato gerador será o pagamento, o
crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores para o
pagamento do escritório de desenho.
614
006 Qual é a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e da Cofins-Importação?
A base de cálculo dessas contribuições é:
a) o valor aduaneiro, na hipótese da importação de bens; ou
b) o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes
da retenção do imposto de renda, acrescido do ISS e do valor das próprias
contribuições, na hipótese de importação de serviços.
Essa base de cálculo aplica-se somente aos prêmios de seguros não incluídos no custo do
transporte internacional e de outros serviços computados no valor aduaneiro que serviu
de base de cálculo da contribuição.
615
008 Há casos de redução de base de cálculo da Contribuição para o
PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação?
Sim. A Lei nº 10.865, de 2004, prevê que a base de cálculo da Contribuição para o
PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação fica reduzida:
a) em 30,2% (trinta inteiros e dois décimos por cento), no caso de importação, para
revenda, de caminhões chassi com carga útil igual ou superior a 1.800 kg (mil e
oitocentos quilogramas) e caminhão monobloco com carga útil igual ou superior
a 1.500 kg (mil e quinhentos quilogramas), classificados na posição 87.04 da
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi),
observadas as especificações estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal; e
b) em 48,1% (quarenta e oito inteiros e um décimo por cento), no caso de
importação, para revenda, de máquinas e veículos classificados nos seguintes
códigos e posições da Tipi: 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00,
8433.40.00, 8433.5, 87.01, 8702.10.00 Ex 02, 8702.90.90 Ex 02, 8704.10.00,
87.05 e 8706.00.10 Ex 01 (somente os destinados aos produtos classificados nos
Ex 02 dos códigos 8702.10.00 e 8702.90.90).
616
Veja ainda: Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a receita ou o faturamento:
Pergunta 036 do Capítulo XXII
Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre o faturamento, no regime de
apuração cumulativa:
Pergunta 042 do Capítulo XXII
Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a receita, no regime de
apuração não-cumulativa:
Pergunta 049 do Capítulo XXII
Alíquota da Contribuição para o PIS/Pasep,
incidente sobre a folha de salários:
Pergunta 003 do Capítulo XXIV
Alíquota da Contribuição para o PIS/Pasep,
incidente sobre Receitas Governamentais:
Pergunta 003 do Capítulo XXV
Sim. A Lei nº 10.865, de 2004, em seu art. 8º, e a Lei nº 13.097, de 2015, em seu art. 24,
preveem alíquotas diferentes nos mesmos casos em que as alíquotas das contribuições
aplicáveis no mercado interno são diferentes. Ou seja, há previsão de alíquotas
diferenciadas, específicas (ad rem) ou proporcionais (ad valorem), nas importações
de derivados de petróleo, álcool, bebidas frias, produtos farmacêuticos, produtos de
perfumaria, toucador ou de higiene pessoal, máquinas e veículos, autopeças, pneus novos
de borracha, câmaras-de-ar de borracha e papel imune a impostos.
617
011 A legislação da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da
Cofins-Importação prevê regulamentação para o § 10 do art. 8º
da Lei nº 10.865, de 2004 (importação de papel imune a
impostos)?
Assim, observados os limites legais, entre outros produtos e serviços, estão reduzidas a
zero as alíquotas incidentes na venda de livros e papéis, gás natural para geração de
energia elétrica, aeronaves e suas partes e serviços relacionados, material de emprego
militar, equipamentos destinados aos portadores de necessidades especiais, produtos
utilizados na área de saúde, adubos ou fertilizantes, defensivos agropecuários, sementes
e mudas, corretivo de solo de origem mineral, inoculantes agrícolas, feijão, arroz, vacinas
para medicina veterinária, farinha, grumo, sêmolas e grãos de milho, pintos de um dia,
leites, queijos, soro de leite, trigo e farinha de trigo, pre-misturas para fabricação de pão
comum, produtos hortícolas, frutas, ovos, sêmens e embriões, massas, carnes bovina,
suína, caprina e de aves, peixes e carnes de peixes, café, açúcar, óleos vegetais, manteiga
e margarina.
618
Estão também reduzidas a 0 (zero) as alíquotas das contribuições incidentes sobre o valor
pago, creditado, entregue, empregado ou remetido à pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, referente a aluguéis e contraprestações de arrendamento
mercantil de máquinas e equipamentos, embarcações e aeronaves utilizados na atividade
da empresa.
619
e) máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
adquiridos para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de serviços.
O crédito será apurado mediante a aplicação das alíquotas previstas no art. 8o da Lei nº
10.865, de 2004, sobre o valor que serviu de base de cálculo das contribuições, na forma
do art. 7o da referida lei, acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando
integrante do custo de aquisição
Notas:
620
014 Como devem ser calculados os créditos diferenciados
decorrentes das operações de importação de produtos sujeitos à
tributação concentrada de que trata o art. 17 da Lei nº 10.865,
de 2004?
Notas:
621
6) É vedada a apuração desses créditos pelas pessoas jurídicas
sujeitas ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para
o PIS/Pasep e da Cofins.
7) Gera direito a créditos a importação de produtos com
isenção, quando tais produtos forem utilizados como
insumo em produtos ou serviços sujeitos ao pagamento das
contribuições.
8) No caso de importação de autopeças, relacionadas nos Anexos
I e II da Lei nº 10.485, de 2002, efetuada por montadora de
máquinas ou veículos relacionados no art. 1º da Lei nº 10.485,
de 3 de julho de 2002, os créditos poderão ser apurados
mediante a aplicação dos percentuais de 2,1% (Contribuição
para o PIS/Pasep) e 9,65% (Cofins) sobre a base de cálculo das
contribuições, com base no art. 15 da Lei nº 10.865, de 2004
(Pergunta 013).
622
e) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas
fronteiras terrestres, destinados à subsistência da unidade familiar de residentes nas
cidades fronteiriças brasileiras;
f) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de
isenção;
g) objetos de arte, classificados nas posições 97.01, 97.02, 97.03 e 97.06 da NCM,
recebidos em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público ou por
outras entidades culturais reconhecidas como de utilidade pública; e
h) máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de
reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, importados por
instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores, conforme o
disposto na Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990.
As isenções acima somente serão concedidas se satisfeitos os requisitos e condições
exigidos para o reconhecimento de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados -
IPI.
Notas:
623
Normativo: Lei nº 10.865, de 2004, arts. 9º a 12.
624
Capítulo XXIV - Contribuição para o PIS-Pasep
incidente sobre a Folha de Salários 2019
Notas:
625
Veja ainda: Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a receita ou o faturamento:
Pergunta 001 do Capítulo XXII
Isenção da Contribuição para o PIS/Pasep, incidente
sobre a receita ou o faturamento:
Pergunta 003 do Capítulo XXII
Isenção da Cofins sobre as receitas relativas a
atividades próprias:
Pergunta 004 do Capítulo XXII
Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e da Cofins-Importação:
Pergunta 004 do Capítulo XXIII
Contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep,
incidente sobre receitas governamentais:
Pergunta 001 do Capítulo XXV
Incidência da Contribuição do PIS/Pasep e da Cofins
sobre a receita ou o faturamento das sociedades
cooperativas:
Pergunta 089 do Capítulo XXII
Incidência da Contribuição do PIS/Pasep e da Cofins
sobre a folha de salários das sociedades cooperativas:
Pergunta 099 do Capítulo XXII
Exclusões da base de cálculo em função da atividade
exercida pela sociedade cooperativa:
Perguntas 093 a 095 e 098 do Capítulo XXII
626
acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa, inclusive gratificações, comissões,
adicional de função, aviso prévio trabalhado, adicional de férias, quinquênios, adicional
noturno, horas extras, 13º salário, repouso semanal remunerado, e o total das diárias
pagas, quando excedente a cinquenta por cento da remuneração mensal.
A Contribuição para o PIS/PASEP incidente sobre a folha de salários será calculada sobre
a base de cálculo de que a Pergunta 002, mediante aplicação da alíquota de 1% (um por
cento).
627
Veja ainda: Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a receita ou o faturamento,
no regime de apuração cumulativa:
Pergunta 030 do Capítulo XXII
Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, incidentes sobre a receita ou o faturamento,
no regime de apuração não-cumulativa:
Pergunta 037 do Capítulo XXII
Alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e da Cofins-Importação:
Pergunta 009 do Capítulo XXIII
Alíquota da Contribuição para o PIS/Pasep,
incidente sobre receitas governamentais:
Pergunta 003 do Capítulo XXV
O 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos
geradores. Se o dia do vencimento não for dia útil, será considerado antecipado o prazo
para o primeiro dia útil que o anteceder.
628
Capítulo XXV - Contribuição para o PIS-Pasep
incidente sobre Receitas Governamentais 2019
a) a União;
b) os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
c) os Municípios;
d) as autarquias, inclusive as associações públicas;
e) as demais entidades de caráter público criadas por lei.
A contribuição é obrigatória e independe de ato de adesão ao Programa de Integração
Social (PIS) ou ao Programa de Formação do Patrimônio de Servidor Público (PASEP).
Notas:
629
Normativo: Lei Complementar nº 101, de 2000, art. 1º, § 3º.
Lei nº 9.715, de 1998, art. 2º, incisos I e III;
MP nº 2.158-35, de 2001, art. 13, inciso VIII;
Lei nº 10.406, de 2002, art. 41; e
Decreto nº 4.524, de 2002, art. 67 e 69.
Notas:
630
Veja ainda: Base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins incidentes sobre a receita ou o faturamento:
Pergunta 011 do Capítulo XXII
Base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e da Cofins-Importação:
Pergunta 006 do Capítulo XXIII
Base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep
incidente sobre a folha de salários:
Pergunta 002 do Capítulo XXIV
Normativo: Lei nº 9.715, de 1998, art. 2º, inciso III e §§ 3º a 7º, e arts.
7º e 15; e
Decreto nº 4.524, de 2002, art. 68, parágrafo único, e arts.
70 e 71.
A alíquota é de 1% (um por cento) a ser aplicada sobre a base de cálculo da Contribuição
para o PIS/Pasep incidente sobre Receitas Governamentais.
631
Normativo: Lei nº 9.715, de 1998, art. 8º, inciso III;
Decreto nº 4.524, de 2002, art. 73; e
Lei Complementar nº 101, de 2000, art. 1º, § 3º.
632
Capítulo XXVI - CIDE Combustíveis 2019
Decretos:
Instrução Normativa:
Parecer Normativo:
633
b) diesel e suas correntes;
c) querosene de aviação e outros querosenes;
d) óleos combustíveis (fuel-oil);
e) gás liqüefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta; e
f) álcool etílico combustível.
Notas:
Nota:
634
Agência Nacional de Petróleo (ANP) a exercer, em Plantas de
Formulação de Combustíveis as seguintes atividades:
a) aquisição de correntes de hidrocarbonetos líquidos;
b) mistura mecânica de correntes de hidrocarbonetos líquidos, com o
objetivo de obter gasolinas e diesel;
c) armazenamento de matérias-primas, de correntes intermediárias e de
combustíveis formulados;
d) comercialização de gasolinas e de diesel; e
e) comercialização de sobras de correntes.
635
Sim. E são aplicadas as mesmas alíquotas fixadas para o diesel, no caso de correntes de
hidrocarbonetos líquidos que possam ser utilizadas exclusivamente para a formulação de
diesel, e as mesmas alíquotas fixadas para a gasolina, nos demais casos.
Nota:
636
007 Quais são as alíquotas da Cide-Combustíveis devidas na
importação e na comercialização no mercado interno?
Mas, com base no art. 9º da Lei nº 10.336, de 2001, as alíquotas estão reduzidas para:
637
008 Qual o prazo de pagamento da Cide-Combustíveis?
638
011 Há casos de não-incidência da Cide-Combustíveis?
639
014 Há incidência da Cide-Combustíveis nas operações de vendas de
álcool etílico combustível efetuadas pelas cooperativas de
vendas em comum, em relação a este produto, quando adquiridos
de usinas produtoras não associadas, para completar lote de
venda?
640
Sim. A empresa comercial exportadora que no prazo de 180 dias contados da aquisição,
não tiver efetuado a exportação dos produtos para o exterior, fica obrigada ao pagamento
da Cide-Combustíveis em relação aos produtos adquiridos e não exportados. Neste caso,
o pagamento deverá ser efetuado até o décimo dia subsequente ao do vencimento do prazo
estabelecido para a empresa comercial exportadora efetivar a exportação, acrescido de:
A empresa comercial exportadora que alterar a destinação dos produtos adquiridos com
o fim específico de exportação, deverá efetuar o pagamento da Cide-Combustíveis, objeto
da isenção na aquisição, que deverá ocorrer até o ultimo dia da primeira quinzena do mês
subsequente ao da revenda no mercado interno, acrescido de:
a) multa de mora, apurada na forma do caput do art. 10º da Lei nº 10.336, de 2001, e
do § 2º do art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, calculada a partir do primeiro dia do
mês subsequente ao de aquisição do produto pela empresa comercial exportadora;
e
b) juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente,
calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao de aquisição dos
produtos pela empresa comercial exportadora, até o último dia do mês anterior ao
do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
641
Veja ainda: Alíquotas da Cide-Combustíveis devidas na
importação e na comercialização no mercado interno:
Pergunta 007
642
Capítulo XXVII - EFD-Contribuições 2019
A EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao Sped até o 10º (décimo) dia útil
do 2º (segundo) mês subsequente ao mês a que se refere a escrituração, inclusive nos
casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.
643
O prazo para entrega da EFD-Contribuições será encerrado às 23h59min59s (vinte e três
horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia
fixado para entrega da escrituração.
III - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e
9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983;
644
Complementar n º 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos
abrangidos por esse Regime;
II - as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ), cuja soma dos valores mensais das contribuições apuradas sobre receitas, objeto
de escrituração nos termos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$
10.000,00 (dez mil reais), observado o disposto no § 5º ; Não se considera neste limite
mensal, a Contribuição para o PIS/Pasep sobre a Folha, conforme Solução de Consulta
Cosit nº 175, de 2015.
III - as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário ou
desde a data de início de atividades, relativamente às escriturações correspondentes aos
meses em que se encontravam nessa condição. Considera-se que a pessoa jurídica está
inativa a partir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional, não
operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de
capitais.
IV - os órgãos públicos;
V - as autarquias e as fundações públicas; e
VI - as pessoas jurídicas ainda não inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ), desde o mês em que foram registrados seus atos constitutivos até o mês anterior
àquele em que foi efetivada a inscrição.
São também dispensados de apresentação da EFD-Contribuições, ainda que se encontrem
inscritos no CNPJ ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou
Juntas Comerciais:
I - os condomínios edilícios;
II - os consórcios e grupos de sociedades, constituídos na forma dos arts. 265, 278 e 279
da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
III - os consórcios de empregadores;
IV - os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas
fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil
(Bacen);
V - os fundos de investimento imobiliário, que não se enquadrem no disposto no art. 2º
da Lei nº 9.779, de 1999;
VI - os fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas do Bacen ou da
CVM;
VII - as embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados-gerais, consulados,
vice-consulados, consulados honorários e as unidades específicas do governo brasileiro
no exterior;
VIII - as representações permanentes de organizações internacionais;
IX - os serviços notariais e registrais (cartórios), de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de
dezembro de 1973;
X - os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade
jurídica, criados no âmbito de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas;
645
XI - os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos
políticos, nos termos da legislação específica;
XII - as incorporações imobiliárias sujeitas ao pagamento unificado de tributos de que
trata a Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, recaindo a obrigatoriedade da apresentação
da EFD-Contribuições à pessoa jurídica incorporadora, em relação a cada incorporação
submetida ao regime especial de tributação;
XIII - as empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que possuam no
Brasil bens e direitos sujeitos a registro de propriedade ou posse perante órgãos públicos,
localizados ou utilizados no Brasil;
XIV - as comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional celebrado
pela República Federativa do Brasil e um ou mais países, para fins diversos; e
XV - as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 1º da Lei nº 9.958, de 12 de
janeiro de 2000.
A pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real
ou Presumido ficará dispensada da apresentação da EFD-Contribuições em relação aos
correspondentes meses do ano-calendário, em que:
I - não tenha auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e serviços, ou de outra
natureza, sujeita ou não ao pagamento das contribuições, inclusive no caso de isenção,
não incidência, suspensão ou alíquota zero;
II - não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração de créditos da não
cumulatividade do PIS/Pasep e da Cofins, inclusive referentes a operações de importação.
A dispensa de entrega da EFD-Contribuições, nesse caso, não alcança o mês de dezembro
do ano-calendário correspondente, devendo a pessoa jurídica, em relação a esse mês,
proceder à entrega regular da escrituração digital, na qual deverá indicar, no Registro
"0120 - Identificação dos Períodos Dispensados da Escrituração Digital", os meses do
ano-calendário em que não auferiu receitas e não realizou operações geradoras de crédito.
646
Todavia, a EFD-Contribuições retificadora não produzirá efeitos quanto aos elementos
da escrituração, quando tiver por objeto:
I - reduzir débitos de Contribuição:
a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
(PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União (DAU), nos casos em que importe
alteração desses saldos;
II - alterar débitos de Contribuição em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido
intimada de início de procedimento fiscal; e
647
008 A EFD-Contribuições substituiu o Dacon?
Todos os documentos em papel (notas fiscais, contratos, recibos, etc.) que dão suporte
aos respectivos lançamentos contábeis e fiscais devem ser mantidos pelo prazo previsto
nas legislações comercial e fiscal.
648
Guia Prático da EFD-Contribuições;
Normativo: Perguntas Frequentes do sítio do Sped na internet
(http://receita.economia.gov.br).
649
Documentos Fiscais Geradores de Contribuição ou Crédito – Mercadorias
C
(ICMS/IPI)
650
Capítulo XXVIII - Efeitos tributários relacionados aos
novos métodos e critérios contábeis 2019
651
A Coordenação-Geral de Tributação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por meio
dos Atos Declaratórios Executivos COSIT nºs 20/2015, 34/2015, 22/2016,
32/2017, 33/2017, 01/2018, 13/2018 e 14/2018, identificou os documentos emitidos pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e pelo Conselho Monetário Nacional
- CMN que não contemplam modificação ou adoção de novos métodos ou critérios
contábeis, ou tal modificação ou adoção não tem efeito na apuração dos tributos federais.
Não. Quando houver modificação ou adoção de novo método ou critério contábil por
meio de ato administrativo emitido com base em competência atribuída em lei comercial,
a Secretaria da Receita Federal do Brasil irá dispor sobre os procedimentos para anular
os efeitos desses atos.
Adoção Inicial
O controle por subcontas na adoção inicial se aplica aos
ativos e passivos relativos aos contratos de arrendamento
005 mercantil nos quais haja transferência substancial dos
riscos e benefícios inerentes à propriedade do bem em
curso na data da adoção inicial?
Não. Para os ativos e passivos relativos aos contratos de arrendamento mercantil em curso
na data da adoção inicial, nos quais haja transferência substancial dos riscos e benefícios
inerentes à propriedade do bem arrendado, não se aplica o controle por subcontas de que
tratam os arts. 294 a 300.
O disposto acima aplica-se, inclusive, aos contratos não tipificados como arrendamento
mercantil que contenham elementos contabilizados como arrendamento mercantil por
força de normas contábeis e da legislação comercial.
A partir da data da adoção inicial, deverá ser observado o tratamento tributário previsto
nos arts. 172 a 177 da Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017.
652
Normativo: Art. 303 da Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017
A diferença negativa verificada na data da adoção inicial entre o valor de ativo diferido
na contabilidade societária e no FCONT somente poderá ser excluída se o contribuinte
evidenciar essa diferença em subconta vinculada ao ativo.
A diferença poderá ser controlada de duas formas:
1) por meio da utilização de uma única subconta, sendo o lançamento a crédito na
subconta e a débito na conta de ativo diferido;
2) por meio da utilização de 2 (duas) subcontas, sendo o lançamento a crédito na subconta
vinculada ao ativo diferido e a débito em uma subconta auxiliar à subconta vinculada ao
ativo.
A diferença poderá ser excluída em cada período de apuração proporcionalmente à
parcela equivalente à amortização do ativo diferido de acordo com as normas e critérios
tributários vigentes em 31 de dezembro de 2007.
653
O contribuinte deverá conservar os documentos comprobatórios da diferença enquanto os
períodos de apuração abrangidos pelo contrato estiverem sujeitos a verificação por parte
da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
SITUAÇÃO 1:
Art. 64, parágrafo único, da Lei n° 12.973, de 2014;
Arts. 304 e 306, § 1º, inciso VI, alínea “d”; da Instrução
Normativa RFB n° 1.700, de 2017
Normativo:
SITUAÇÃO 2:
Arts 64, 66 e 67 da Lei nº 12.973, de 2014;
Arts. 291 a 300 e 302 da Instrução Normativa RFB n°
1.700, de 2017.
654
Sim, a diferença positiva verificada na data da adoção inicial entre o valor de intangível
na contabilidade societária e no FCONT deve ser adicionada na determinação do lucro
real e na base de cálculo da CSLL na data da adoção inicial.
A soma do saldo da subconta com o saldo da conta do ativo ou passivo a que a subconta
está vinculada resultará no valor do ativo ou passivo mensurado de acordo com as
disposições da Lei nº 6.404, de 1976, exceto se o contribuinte optar pela utilização de
subcontas auxiliares, conforme previsto nos §§ 6° e 7° do art. 295, §§ 4° e 5° do art. 296,
§§ 6° e 7° do art. 298 e §§ 4° e 5° do art. 299.
655
No caso de ativo ou passivo reconhecido na contabilidade
012 societária, mas não reconhecido no FCONT, é necessária
a criação de subconta?
Não, a subconta poderá ser a própria conta representativa do ativo ou passivo que já
evidencia a diferença, sem a necessidade da criação de nova conta contábil.
O mesmo se aplica para o caso de ativo ou passivo representado por mais de uma conta,
caso uma dessas contas conste na data da adoção inicial na contabilidade societária, mas
não conste no FCONT (ex: na perda estimada por redução ao valor recuperável de ativo,
a subconta poderá ser a própria conta que já evidencia a diferença).
No caso de ativos ou passivos representados por mais de uma conta (ex: bens
depreciáveis), o controle das diferenças deverá ser feito com a utilização de uma subconta
para cada conta, exceto se o contribuinte optar pela utilização de subcontas auxiliares,
conforme previsto nos §§ 6° e 7° do art. 295, §§ 4° e 5° do art. 296, §§ 6° e 7° do art. 298
656
e §§ 4° e 5° do art. 299 da IN RFB nº 1.700/2017, hipótese em que haverá somente uma
subconta vinculada ao ativo acompanhada de uma subconta auxiliar.
No caso de conta que se refira a grupo de ativos ou passivos, de acordo com a natureza
desses, a subconta poderá se referir ao mesmo grupo de ativos ou passivos, desde que
haja livro razão auxiliar que demonstre o detalhamento individualizado por ativo ou
passivo.
As exigências relativas à apresentação do razão auxiliar podem ser encontradas no item
“1.23. Razão Auxiliar das Subcontas (RAS)” do Manual de Orientação do Leiaute da
ECD, aprovado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis nº 83/2018.
Não. O controle em subcontas deve ser feito de acordo com os arts. 294 a 300 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700, de 2017.
657
No exemplo mencionado, existem duas possibilidades:
Os dispositivos contidos nos arts. 1°, 2°, 4° a 71 e incisos I a VI, VIII e X do art. 117 da
Lei n° 12.973/14 devem ser considerados a partir de 1° de janeiro de 2015.
No entanto, a pessoa jurídica pôde optar pela aplicação antecipada desses dispositivos a
partir de 1° de janeiro de 2014.
Assim, as pessoas jurídicas que decidiram pela aplicação antecipada (OPTANTES)
consideraram os efeitos da Lei n° 12.973/14 a partir de 1° de janeiro de 2014. As demais
pessoas jurídicas (NÃO OPTANTES) passaram a adotar a Lei n° 12.973/14 a partir de 1°
de janeiro de 2015.
658
A diferença positiva verificada na data da adoção inicial entre o valor de ativo na
contabilidade societária e no FCONT deve ser adicionada na determinação do lucro real
e na base de cálculo da contribuição social na data da adoção inicial.
659
Art. 66, § único da Lei n° 12.973/14;
Normativo: Art. 294, § único da Instrução Normativa RFB n° 1.700,
de 2017
660
Quais os requisitos para que o contribuinte possa excluir
a diferença negativa verificada na data da adoção inicial
024
entre o valor de ativo na contabilidade societária e no
FCONT?
661
A diferença positiva verificada na data da adoção inicial entre o valor de passivo na
contabilidade societária e no FCONT somente será excluída se o contribuinte evidenciar
essa diferença em subconta vinculada ao passivo.
A diferença poderá ser controlada de duas formas:
1) por meio da utilização de uma única subconta, sendo o lançamento a crédito na
subconta e a débito na conta de passivo;
2) por meio da utilização de 2 (duas) subcontas, sendo o lançamento a crédito na subconta
vinculada ao passivo e a débito em uma subconta auxiliar à subconta vinculada ao
passivo.
O valor registrado na subconta será baixado e poderá ser excluído do lucro líquido na
determinação do lucro real e base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido
à medida que o passivo for baixado ou liquidado.
662
Até quando as empresas eram obrigadas a apresentar o
029
FCONT na adoção inicial?
Até o ano-calendário de 2014, era obrigatória a entrega das informações necessárias para
gerar o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT) de que tratam os arts. 7º e 8º da
Instrução Normativa RFB nº 949, de 16 de junho de 2009, por meio do Programa
Validador e Assinador da Entrada de Dados para o Controle Fiscal Contábil de Transição,
conforme disposto na Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009, para
as pessoas jurídicas sujeitas ao RTT.
Assim, os OPTANTES pela antecipação da aplicação dos arts. 1°, 2°, 4° a 71 e incisos I
a VI, VIII e X do art. 117 da Lei n° 12.973/14 estavam obrigadas a apresentar o FCONT
até o ano-calendário de 2013. Os NÃO-OPTANTES, por sua vez, estavam obrigados a
apresentar o FCONT até o ano calendário de 2014.
O disposto no art. 178 da Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017, com exceção dos
§§ 2° ao 8°, deverá ser observado no caso de participação societária avaliada pelo valor
de patrimônio líquido.
663
Art. 64, § único da Lei n° 12.973/14;
Normativo: Art. 304 c/c art. 178 da Instrução Normativa RFB n°
1.700, de 2017
O saldo de lucro bruto, decorrente da venda a prazo, ou em prestações, de que trata o art.
29 do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, registrado em conta específica de resultados de
exercícios futuros na data da adoção inicial no FCONT, deverá ser computado na
determinação do lucro real e do resultado ajustado dos períodos de apuração
subsequentes, proporcionalmente à receita recebida, observado o disposto no referido
artigo.
O saldo de lucro bruto verificado no FCONT na data da adoção inicial deverá ser
controlado na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs.
664
Art. 294 a 300 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de
Normativo:
2017
O pedido de aprovação da aquisição junto ao órgão regulador ou fiscalizador deve ter sido
protocolizado até 31 de dezembro de 2014.
O § 1º do art. 192 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, trata do prazo para a
incorporação, fusão ou cisão cuja aquisição anterior de participação societária tenha
dependido de aprovação em órgãos reguladores e fiscalizadores. O dispositivo não trata
do caso em que a incorporação necessita de aprovação.
Conclui-se, então, que, mesmo que a incorporação dependa de aprovação, ela deverá estar
concluída até 31/12/2017 ou até 12 meses após a aprovação da aquisição da participação
societária, desde que esta tenha sido iniciada até 31/12/2014.
665
§1º do art. 192 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de
Normativo:
2017.
Ajuste a Valor Justo - Transferido para a sucessora por incorporação, fusão e cisão
Em quais situações de incorporação, fusão e cisão se
037 aplicam as disposições do art. 118 da IN RFB nº 1.700, de
2017?
No caso de AVP em elemento do ativo, o controle de adições e exclusões não será feito
na escrituração contábil por meio de subcontas. Será feito na Parte B do e- Lalur e do e-
Lacs, e a empresa deverá seguir o nível de detalhamento exigido por este livro.
666
Na situação “a” as adições e exclusões serão controladas por meio de subconta vinculada
ao ativo. No caso de conta que se refira a grupo de ativos, de acordo com a natureza
desses, a subconta poderá se referir ao mesmo grupo de ativos, desde que haja livro razão
auxiliar que demonstre o detalhamento individualizado por ativo.
Na situação “b” o controle de adições e exclusões não será feito na escrituração contábil
por meio de subcontas. Será feito na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs, e a empresa deverá
seguir o nível de detalhamento exigido por este livro.
Amortização do Intangível
Os encargos com amortização de direitos classificados no
040 ativo não circulante intangível podem ser considerados
dedutíveis na determinação do lucro real?
Poderão ser excluídos, para fins de apuração do lucro real e do resultado ajustado, os
gastos com desenvolvimento de inovação tecnológica referidos no inciso I do caput e no
§ 2º do art. 17 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, quando registrados no ativo
não circulante intangível, no período de apuração em que forem incorridos e observado o
disposto nos arts. 22 a 24 da referida Lei.
O contribuinte que utilizar este benefício deverá adicionar ao lucro líquido, para fins de
apuração do lucro real e do resultado ajustado, o valor da realização do ativo intangível,
inclusive por amortização, alienação ou baixa.
667
Art. 42 da Lei n° 12.973/14;
Normativo: Art. 17 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005;
Art. 127 da Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017.
Aquisição em estágios
Considerando alteração do percentual de participação na
042 investida, a cada aquisição será necessário elaborar um
novo laudo de avaliação antes da aquisição do controle?
Arrendamento Mercantil
No caso de operação de arrendamento mercantil na qual
044 haja transferência substancial dos riscos e benefícios
inerentes à propriedade do ativo, o valor da
contraprestação de arrendamento mercantil deve ser
668
computado na determinação da base de cálculo do lucro
presumido ou arbitrado na pessoa jurídica arrendadora?
A pessoa jurídica arrendadora que realize operações em que haja transferência substancial
dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo e que não esteja sujeita ao
tratamento tributário disciplinado pela Lei nº 6.099, de 1974, deverá computar o valor da
contraprestação na determinação da base de cálculo do lucro e resultado presumido ou
arbitrado, desde que não esteja obrigada ao lucro real.
Nota: O disposto acima também se aplica aos contratos não tipificados como
arrendamento mercantil que contenham elementos contabilizados como arrendamento
mercantil por força de normas contábeis e da legislação comercial.
Quando o valor contábil do bem já tiver sido computado na determinação do lucro real e
do resultado ajustado pela arrendatária, a título de contraprestação de arrendamento
mercantil, o resultado tributável na alienação de bem ou direito corresponderá ao
respectivo valor da alienação.
Em relação aos contratos não tipificados como arrendamento mercantil que contenham
elementos contabilizados como arrendamento mercantil por força de normas contábeis e
da legislação comercial, a determinação do ganho ou perda de capital de bens ou direitos
que tenham sido objeto de arrendamento mercantil terá por base o valor contábil do bem,
assim entendido o que estiver registrado na escrituração do contribuinte, diminuído, se
for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das perdas estimadas
no valor de ativos.
O disposto acima não se aplica quando o valor contábil do bem já tiver sido computado
na determinação do lucro real e do resultado ajustado pela arrendatária, a título de
669
contraprestação de arrendamento mercantil. Neste caso, o resultado tributável da
alienação corresponderá ao respectivo valor da alienação.
O disposto no art. 175 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 também se aplica aos
contratos não tipificados como arrendamento mercantil que contenham elementos
contabilizados como arrendamento mercantil por força de normas contábeis e da
legislação comercial.
Deste modo, na apuração do lucro real e do resultado ajustado da pessoa jurídica
arrendatária:
1) poderão ser computadas as contraprestações pagas ou creditadas por força de contrato
de arrendamento mercantil, referentes a bens móveis ou imóveis intrinsecamente
relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços, inclusive as
despesas financeiras nelas consideradas;
2) são indedutíveis as despesas financeiras incorridas pela arrendatária em contratos de
arrendamento mercantil, inclusive os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de
que trata o inciso III do caput do art. 184 da Lei nº 6.404, de 1976;
3) são vedadas as deduções de despesas de depreciação, amortização e exaustão geradas
por bem objeto de arrendamento mercantil, na hipótese em que a arrendatária reconheça
contabilmente o encargo, inclusive após o prazo de encerramento do contrato.
Nota: Em relação ao item 3, não comporá o custo de produção dos bens ou serviços os
encargos de depreciação, amortização e exaustão, gerados por bem objeto de
arrendamento mercantil. Adicionalmente, a pessoa jurídica deverá proceder ao ajuste no
lucro líquido para fins de apuração do lucro real, no período de apuração em que o encargo
de depreciação, amortização ou exaustão for apropriado como custo de produção.
Para efeito do disposto no art. 175 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017,
consideram-se contraprestações creditadas as contraprestações vencidas.
670
Art. 175, § 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de
Normativo:
2017
671
A aquisição pelo arrendatário de bens arrendados em desacordo com as disposições
contidas na Lei nº 6.099, de 1974, nas operações em que seja obrigatória a sua
observância, será considerada operação de compra e venda a prestação.
O preço de compra e venda será o total das contraprestações pagas durante a vigência do
arrendamento, acrescido da parcela paga a título de preço de aquisição.
672
Normativo: Art. 277 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017
Em relação aos contratos não tipificados como arrendamento mercantil que contenham
elementos contabilizados como arrendamento mercantil por força de normas contábeis e
da legislação comercial, a pessoa jurídica que efetua as contabilizações como se fosse a
arrendadora deverá computar na apuração da base de cálculo da Contribuição para o
PIS/Pasep e da COFINS, o valor equivalente à contraprestação de arrendamento
mercantil, independentemente de na operação haver transferência substancial dos riscos
e benefícios inerentes à propriedade do ativo.
673
pago a título de contraprestação, incluindo as despesas
financeiras e a variação cambial?
674
Não terá direito a crédito correspondente aos encargos de depreciação e amortização
gerados por bem objeto de arrendamento mercantil, na hipótese em que reconheça
contabilmente o encargo.
No que se refere aos contratos não tipificados como arrendamento mercantil que
contenham elementos contabilizados como arrendamento mercantil por força de normas
contábeis e da legislação comercial, a pessoa jurídica que efetua as contabilizações como
se fosse a arrendatária, na apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS pelo
regime não-cumulativo de que tratam a Lei nº 10.637, de 2002, e a Lei nº 10.833, de 2003,
poderá descontar créditos calculados em relação ao valor equivalente às contraprestações
de operações de arrendamento mercantil, contudo, não terá direito a crédito
correspondente aos encargos de depreciação e amortização gerados pelo bem objeto do
contrato.
675
Qual o tratamento tributário dispensado à receita
decorrente da venda de bens classificados no grupo de
063
"ativo não circulante mantido para venda", quando pessoa
jurídica sujeita ao regime não cumulativo?
Tal disposição se aplica inclusive no caso do bem ter sido reclassificado para o Ativo
Circulante com intenção de venda, por força das normas contábeis e da legislação
comercial.
Sim, e será considerada pelo valor líquido de eventual valor de IRPJ/CSLL diferidos
contabilizado na investida, em função do ajuste decorrente de avaliação a valor justo.
676
Não, exceto se o ganho relativo à avaliação com base no valor justo tenha sido
anteriormente computado na base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
I - relativo à avaliação com base no valor justo, caso seja registrado diretamente em conta
de receita; ou
II - em que seja reclassificado como receita, caso seja inicialmente registrado em conta
de patrimônio líquido.
Não, exceto se o ganho relativo à avaliação com base no valor justo tenha sido
anteriormente computado na base de cálculo do tributo.
I - relativo à avaliação com base no valor justo, caso seja registrado diretamente em conta
de receita; ou
677
II - em que seja reclassificado como receita, caso seja inicialmente registrado em conta
de patrimônio líquido.
Não, exceto se o ganho relativo à avaliação com base no valor justo tenha sido
anteriormente computado na base de cálculo do tributo.
Não. As diferenças na data da adoção inicial seguirão as regras estabelecidas nos arts. 291
a 309 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017.
É interessante observar que, nos casos mais comuns, as regras da adoção inicial não se
preocupam com as causas que acarretaram as diferenças. As regras da adoção inicial
678
simplesmente estabelecem as condições, os momentos e os valores das adições/exclusões
a serem feitas.
Sim, as regras contidas nos artigos 114 a 117 se aplicam a todos os ativos e passivos da
investida, inclusive participações societárias avaliadas pelo método da equivalência
patrimonial.
Não. As diferenças na data da adoção inicial seguirão as regras estabelecidas nos arts. 291
a 309 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017.
O valor da mais valia poderá ser excluído do lucro líquido para apuração do lucro real e
do resultado ajustado quando o bem for baixado ou alienado.
679
Concessão de Serviços Públicos
O que deve ser considerado como resultado tributável da
concessão? Seriam todos os ajustes relativos ao Regime
076
Tributário de Transição "RTT" ou apenas determinados
ajustes? Neste caso, quais seriam tais ajustes?
Sim, para os casos em que o contribuinte registrar valores decorrentes de avaliação a valor
justo e ajustes a valor presente, inclusive sobre os saldos dos ativos e passivos vinculados
a concessão de serviço público. A partir da data da adoção inicial, o resultado tributável
de todos os contratos de concessão de serviços públicos será determinado consideradas
as disposições da Lei nº 12.973/14, da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017 e da
Lei no 6.404/76.
680
§1º do art. 69 da Lei nº 12.973/14 e §1º do art. 305 da
Normativo:
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017.
Contraprestações Contingentes
Na composição do custo de aquisição de ativos, podem
existir parcelas contingentes. Enquanto não comprovada a
efetividade destas parcelas contingentes, as mesmas não
080 poderão ser consideradas dedutíveis para fins tributários. As
despesas financeiras geradas por estas parcelas
contingentes seriam dedutíveis na determinação do Lucro
Real e da base de cálculo da CSLL?
681
Arts. 196 a 197 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de
Normativo:
2017.
(a) com base na relação entre os custos incorridos no período de apuração e o custo total
estimado da execução da empreitada ou da produção; ou
Caso a pessoa jurídica utilize critério divergente dos acima mencionados, a diferença
verificada no resultado do período deverá ser adicionada ou excluída, conforme o caso,
na apuração do lucro real e do resultado ajustado. O procedimento é o seguinte:
(I) A pessoa jurídica irá apurar a diferença entre o resultado obtido por meio do
critério utilizado para fins da escrituração comercial e o resultado apurado
conforme o disposto na Instrução Normativa SRF 21/79; e
(II) ajustar, na Parte A do e-Lalur e do e-Lacs, o lucro líquido do período pela
diferença de que trata o item I:
a) se positiva, a diferença poderá ser excluída;
b) se negativa, a diferença deverá ser adicionada.
682
Normativo: IN SRF nº 21, de 1979, e art. 29 da Lei nº 12.973, de 2014
A IN SRF nº 21, de 1979, prevê que os reajustes de custos são aqueles decorrentes de:
683
Controles em Subcontas
O controle por subcontas poderá ser implementado em
contas analíticas, com a manutenção de contas sintéticas
apresentando o valor conforme determina a legislação
societária?
086
Ex: 1.1 - Ações 12
1.1.1 – Ações - Custo Aquisição 10
1.1.2 – Ações – Subconta AVJ 2
Sim, desde que observados os requisitos previstos nos arts. 89 a 119 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700, de 2017.
Sim. Tanto o ativo/passivo objeto de avaliação com base no valor justo quanto a subconta
são registrados pelos valores brutos.
684
O controle por subcontas no AVP e na AVJ é aplicável somente às pessoas jurídicas
tributadas pelo lucro real.
Entretanto, a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido, se assim desejar, poderá
utilizar as subcontas em sua escrituração contábil, mas elas não terão quaisquer efeitos
tributários.
Na mudança de tributação do lucro presumido para o lucro real a que se refere o art.
119 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, o diferimento da tributação dos
ganhos na avaliação com base no valor justo e o reconhecimento das perdas depende da
utilização de subcontas nos períodos de apuração em que a pessoa jurídica estiver sendo
tributada pelo lucro real.
Nesses casos, há uma diferença negativa entre o valor da contabilidade societária e o valor
no FCONT. Para tanto, essa diferença deve ser evidenciada por meio de subconta
vinculada ao ativo para ser computada na determinação do lucro real. O valor da diferença
negativa deve ser registrado a crédito na subconta em contrapartida à conta representativa
do ativo. Alternativamente, podem ser utilizadas duas subcontas, sendo uma subconta
vinculada à conta do ativo e a outra uma subconta auxiliar. A diferença negativa será
registrada a crédito na subconta vinculada ao ativo e a débito na subconta auxiliar.
Neste caso, como não há saldo no FCONT, a conta contábil com o saldo remanescente
do ágio será a própria subconta.
VIDE PERGUNTA 8
685
Como efetuar o registro em subcontas de ágio gerado
anteriormente a 2008, fundamentado em rentabilidade
futura e ainda não totalmente amortizado para fins fiscais
092
na adoção inicial e com registro de saldo na contabilidade
societária, no grupo intangível, haja visto que este ágio não
é mais amortizado de acordo com as novas regras contábeis.
Neste caso, é necessário o controle em subconta pela diferença entre os saldos do FCONT
e da contabilidade societária, na seguinte forma:
D - Ágio rentab. Futura - Investimento AAA (Subconta)
C - Ágio rentab. Futura - Investimento AAA
Alternativamente, o controle pode ser feito através de uma subconta vinculada ao ativo e
outra subconta auxiliar à subconta vinculada ao ativo, sendo que a diferença é registrada
a crédito na subconta vinculada ao ativo e a débito na subconta auxiliar.
686
Neste caso, como o ágio para fins fiscais não está refletido na contabilidade societária, na
medida em esta registra o PPA, o saldo do ágio a ser amortizado para fins fiscais a partir
da adoção inicial deve ser registrado e controlado na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs.
Custos de Empréstimos
Qual o tratamento tributário aplicável aos juros e/ou outros
095
encargos registrados como custo do ativo?
Os juros e outros encargos registrados como custo do ativo poderão ser excluídos na
determinação do lucro real e do resultado ajustado do período de apuração em que forem
incorridos, devendo a exclusão ser feita na Parte A do e-Lalur e do e-Lacs e controlada,
de forma individualizada para cada bem ou grupo de bens de mesma natureza e uso, na
Parte B.
A taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa
esperar a utilização econômica do bem pelo contribuinte, na produção dos seus
rendimentos. O prazo de vida útil admissível é aquele estabelecido no Anexo III da
Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017, ficando assegurado ao contribuinte o direito
de computar a quota efetivamente adequada às condições de depreciação dos seus bens,
desde que faça prova dessa adequação, quando adotar taxa diferente.
Caso a quota de depreciação registrada na contabilidade do contribuinte seja menor do
que a constante no Anexo III da IN RFB nº 1.700, de 2017, a diferença poderá ser
excluída do lucro líquido na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL.
687
Normativo: Lei nº 4.506, de 1964, art. 57
Na hipótese do registro do bem for feito por conjunto de instalação ou equipamentos, sem
especificação suficiente para permitir aplicar as diferentes taxas de depreciação de acordo
com a natureza do bem, e o contribuinte não tiver elementos para justificar as taxas
médias adotadas para o conjunto, será obrigado a utilizar as taxas aplicáveis aos bens de
maior vida útil que integrem o conjunto.
688
resultado ajustado atingir o valor do custo de aquisição do
ativo?
Art. 3º, §1º, III, Lei nº 10.833 de 2003, e art. 3º, §1º, III, Lei
Normativo:
nº 10.637, de 2002
689
Os valores não computados no lucro real e no resultado ajustado deverão ser adicionados
na Parte A do e-Lalur e do e-Lacs e registrados na Parte B para controle de sua utilização
por meio de exclusão em quotas fixas mensais e no prazo mínimo de 5 (cinco) anos, a
partir:
I - do início das operações ou da plena utilização das instalações, no caso de
despesas de organização pré-operacionais ou pré-industriais, inclusive da fase
inicial de operação, quando a empresa utilizou apenas parcialmente o seu
equipamento ou as suas instalações; e
II - do início das atividades das novas instalações, no caso de despesas de expansão
das atividades industriais.
Apesar do BACEN não ter aprovado o CPC, caso as Instituições Financeiras apliquem os
procedimentos contábeis do AVP, os ajustes previstos nos arts. 4º e 5º da Lei nº 12.973,
de 2014, devem ser efetuados.
690
A escrituração das Instituições Financeiras deve seguir as normas contábeis emanadas
pelo CMN e BACEN. Já a escrituração das seguradoras deve seguir as normas
contábeis emanadas do CNSP e SUSEP. No entanto, as exigências contidas na Lei nº
12.973, de 2014, relacionadas às subcontas devem ser observadas por tais pessoas
jurídicas.
Para as instituições financeiras, no caso de participação societária avaliada pelo valor do
patrimônio líquido e de instrumentos financeiros classificados no ativo circulante
avaliados com base no valor justo, as subcontas poderão ser dispensadas desde que a
pessoa jurídica mantenha controle auxiliar que evidencie, conforme o caso, o
desdobramento do custo de aquisição da participação societária avaliada pelo valor do
patrimônio líquido e as variações do valor justo dos instrumentos financeiros.
691
JCP
Nos casos de instrumentos patrimoniais que venham a ser
classificados contabilmente no passivo, qual o valor a ser
acrescido à base de cálculo dos juros sobre o capital próprio,
109
nos casos em que o saldo na contabilidade for diferente do
preço de emissão em razão, por exemplo, da marcação a
mercado do instrumento no passivo?
O § 12 do art. 9º da Lei nº 9.249, de 1995, dispõe que a conta capital social inclui inclusive
ações classificadas no passivo. Este dispositivo legal foi incluído na Lei 9.249, de 1995,
para que a empresa não fosse prejudicada ao classificar, por determinação da legislação
comercial, determinadas ações emitidas no passivo. Mas o dispositivo não prevê que
variações no valor justo das ações afete o limite de dedutibilidade dos JCP. Ademais, caso
estas ações fossem classificadas normalmente no patrimônio líquido, não haveria
aumento em seu valor.
Desta forma, aumentos ou diminuições no valor das ações classificadas no passivo não
devem ser considerados para efeito de se calcular o limite de dedutibilidade dos JCP.
Laudo de Mais-Valia
O laudo de avaliação deve ter por objeto apenas o valor
justo dos ativos e passivos? Em outras palavras, o valor
110 residual que corresponde ao ágio por rentabilidade futura
(goodwill) ou ganho por compra vantajosa não precisa estar
justificado no laudo?
Sim. O laudo de avaliação tem por objeto a avaliação do valor justo dos ativos líquidos
da investida.
Neste caso, o laudo de mais ou menos valia de ativos líquidos, elaborado por perito
independente, deverá ser protocolado na RFB ou seu sumário deverá ser registrado em
Cartório de Registro de Títulos e Documentos, até o último dia útil do 13º (décimo
692
terceiro) mês subsequente ao da aquisição da participação, conforme disposto nos §§ 2º
a 7º do art. 178 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 2017.
Moeda Funcional
No caso das pessoas jurídicas que utilizam para fins
societários moeda funcional diferente da moeda nacional,
112
de que maneira os impactos deverão ser mensurados para
fins tributários?
A pessoa jurídica deverá, para fins tributários, reconhecer e mensurar os seus ativos,
passivos, receitas, custos, despesas, ganhos, perdas e rendimentos com base na moeda
nacional. A pessoa jurídica que no período de apuração adotar, para fins societários,
moeda funcional diferente da moeda nacional deverá elaborar, para fins tributários,
escrituração contábil com base na moeda nacional.
693
ser considerado na determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL?
Na hipótese em que a pessoa jurídica no período de apuração adotar, para fins societários,
moeda funcional diferente da moeda nacional, o lucro líquido do exercício para efeito da
determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social, deverá ser obtido
com base na escrituração contábil elaborada em moeda nacional de que trata o caput do
art. 287 da Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017.
A pessoa jurídica deverá, para fins tributários, reconhecer e mensurar os seus ativos,
passivos, receitas, custos, despesas, ganhos, perdas e rendimentos com base na moeda
nacional. A pessoa jurídica que no período de apuração adotar, para fins societários,
moeda funcional diferente da moeda nacional deverá elaborar, para fins tributários,
escrituração contábil com base na moeda nacional. Salvo disposição em contrário, a
apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS tomará como base os valores
registrados na escrituração contábil elaborada para fins tributários de que trata o caput do
art. 287 da Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017.
694
Como deverão ser computadas, para fins de apuração do
imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro
líquido, as variações no valor justo do instrumento de hedge
e do item objeto de hedge, quando o item objeto e o
instrumento de hedge forem realizados em períodos de
apuração diferentes?
117
No caso de hedge cujas contrapartidas das variações no valor justo tanto do instrumento
quanto do item objeto de hedge são reconhecidas diretamente contra contas do Patrimônio
Líquido, as variações no valor justo, ao longo da vida do hedge, não serão objeto de
ajustes via adição e exclusão, no entanto, deverão ser computadas na apuração dos
tributos no período de apuração em que ocorrer a liquidação do instrumento de hedge.
Neste caso, os ajustes de reclassificação efetuados na contabilidade deverão ser objeto de
ajustes via adição e exclusão, na hipótese de divergirem no valor e/ou no momento dos
valores considerados na tributação.
695
O valor da remuneração dos serviços prestados por empregados ou similares, efetuada
por meio de acordo com pagamento baseado em ações, deve ser adicionado ao lucro
líquido para fins de apuração do lucro real e do resultado ajustado no período de apuração
em que o custo ou a despesa forem apropriados. A remuneração dos serviços prestados
por empregados ou similares, efetuada por meio de acordo com pagamento baseado em
ações, será dedutível somente depois do pagamento, quando liquidados em caixa ou outro
ativo, ou depois da transferência da propriedade definitiva das ações ou opções de ações,
quando liquidados com instrumentos patrimoniais.
696
aquisitivo do direito (também conhecido como vesting),
mensurado de acordo com métodos estatísticos?
O disposto no art. 161 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 é aplicável mesmo nas
situações em que o empregado ou os similares já sejam detentores de instrumentos
patrimoniais da Sociedade.
697
Prêmio na Emissão de Debêntures
Como deverá ser feito o controle do valor do prêmio na
123 emissão de debêntures excluído na parte A do e-Lalur e do
e-Lacs, na forma do art. 199 da IN RFB 1.700, de 2017?
Receita Bruta
124 Qual o conceito de receita bruta?
A receita bruta compreende a venda de bens nas operações de conta própria, o preço da
prestação de serviços em geral, o resultado auferido nas operações de conta alheia e as
receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos itens
anteriores.
Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente,
do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na
condição de mero depositário, tais como o IPI, no entanto, incluem-se os tributos sobre
ela incidentes, tais como o ICMS, e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de
que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, relativas as operações
que se enquadram no conceito de receita bruta.
A receita líquida será a receita bruta diminuída das devoluções e vendas canceladas; dos
descontos concedidos incondicionalmente; dos tributos sobre ela incidentes; e dos valores
decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.
698
Teste de Recuperabilidade
Em que momento o contribuinte poderá reconhecer na
apuração do lucro real e do resultado ajustado os valores
126
contabilizados como redução ao valor recuperável de ativos
que não tenham sido objeto de reversão?
O valor a ser reconhecido na apuração do lucro real e do resultado ajustado deve ser
proporcional à relação entre o valor contábil desse ativo e o total da unidade geradora de
caixa à data em que foi realizado o teste de recuperabilidade.
Normativo: Lei nº 12.973, de 2014, Art. 32, parágrafo único c/c art. 50
As reversões das perdas por desvalorização de bens que foram objeto de redução ao valor
recuperável de ativos não são computadas na apuração do lucro real e do resultado
ajustado.
699
Índice Remissivo
DCTF
ECF
700
Entidades Imunes ou Isentas do IRPJ
Conceitos
Forma de Apresentação
701
Retificação da ECF [Perguntas 021 a 024]
Contagem
702
Início da Equiparação [Perguntas 009]
Continuação da PJ (Sucessão)
703
Quando Ocorre [Pergunta 035]
Responsabilidade Tributária
Dissolução
Extinção
Liquidação
704
Responsabilidades [Pergunta 011]
Cisão
Firma/Empresa Individual
Fusão
Incorporação
705
Legislação Fiscal e Comercial [Pergunta 015]
Combinação de Negócios
Transformação
Simples (Capítulo V)
Alíquotas
706
Adicional [Pergunta 029]
Despesas
Bens do Imobilizado, Sem Aumento de Vida Útil (Custos ou Despesas) [Pergunta 016]
707
Tratamento Tributário [Pergunta 010]
Imposto Lançado
708
Postergação ou Redução, Conceitos [Pergunta 043]
Contabilização do ICMS
Demonstrações Financeiras
Lalur
Conceito
Pergunta [001]
709
Conteúdo
Escrituração
Pergunta [002]
Livro Diário
Escrituração
710
Registro e Autenticação
Livro Razão
711
IRPJ - Lucro Operacional (Capítulo VIII)
Amortização
Apropriação de Quotas
Conceitos
712
Despesas Operacionais [Pergunta 017]
Custo
713
Depreciação
Acelerada
Acelerada Incentivada
Bens do Imobilizado
714
Taxa Anual de Depreciação, Fixação [Pergunta 044]
Despesas Operacionais
Formas para Calçados, Facas e Matrizes (Moldes), Indústria Calçadista [Pergunta 020]
Exaustão
Conceito
715
Bens Passíveis de Exaustão [Pergunta 076]
De Recursos Florestais
De Recursos Minerais
716
Juros sobre o Capital Social
Multas
717
Provisões
Férias de Empregados
718
Reserva de Capital, Incentivos Regionais ou Setoriais [Pergunta 112]
Receita de Exportação
Variações Monetárias
719
Conceito [Pergunta 143]
Conceitos
720
Ganhos ou Perdas de Capital
Conceitos
Prejuízo Contábil [Pergunta 001]
Prejuízo Fiscal [Pergunta 001]
Prejuízos Fiscais
A Compensar, Parte B do Lalur [Pergunta 008]
Compensação Independente dos Resultados Contábeis [Perguntas 006 e 010]
Compensação, Caráter Facultativo [Pergunta 007]
Compensação, Forma [Pergunta 003]
Compensação, Incorridos no Exterior vs. Lucro no Brasil (Vedação) [Pergunta 011]
Compensação, Restrições [Pergunta 005]
Compensação, Somente com Lucro Real [Pergunta 009]
Não-Operacionais (Apuração, Controle e Compensação) [Pergunta 004]
Sociedades em Conta de Participação (SCP) [Pergunta 002]
721
IRPJ - Aplicação em Investimentos Regionais (Capítulo XI)
Conceitos
722
Exploração de Atividades Rurais
Incentivos Fiscais
Depreciação Incentivada
Resultado da Atividade
723
IRPJ - Lucro Presumido (Capítulo XIII)
Base de Cálculo
Compensação do Imposto
Conceitos
Incentivos Fiscais
724
Legislação Aplicável [Pergunta 001]
Lucro Apurado
Obrigações Acessórias
Omissão de Receitas
Opção
725
Pagamento da Quota em Atraso (Primeira ou Única), Regularização [Pergunta 005]
Percentuais de Presunção
726
Regime Tributário de Transição - RTT
Arbitramento
Tributação Diferida (Lucro Real), Adição dos Valores Controlados na Parte B do Lalur
[Pergunta 021]
Base de Cálculo
727
Compensação do Imposto
Conceitos
Incentivos Fiscais
Lucro Apurado
Obrigações Acessórias
Omissão de Receitas
728
Percentuais Aplicáveis, Receita Conhecida
Compensação do Imposto
729
Incentivos Fiscais, Lucro da Exploração (Tratamento) [Pergunta 022]
730
Correção Monetária (Vedação), Valores Antecipados (Fonte ou Estimativa) [Pergunta
004]
Regime de Caixa
731
Base de Cálculo
Resultados no Exterior
Compensação
Sucessão
732
Incorporação, Fusão ou Cisão
Base de Cálculo
Incidência
Regimes de Tributação
Natureza e Requisitos
733
Autorização Para Funcionar
Capital Social
Classificação
Conceitos
Constituição
Escrituração
734
Falta de apresentação de declaração; declaração em atraso; declaração com incorreções
ou omissões,
Crédito com exigibilidade suspensa - acréscimos legais aplicáveis [Perguntas 003 e 004]
Lançamento de ofício - como são aplicadas as multas e as reduções [Perguntas 006, 012
e 013]
Sujeito passivo que não atende à intimação para prestar esclarecimentos ou cumprir
exigência [Pergunta 007]
Fonte pagadora não faz as retenções devidas - penalidades aplicáveis [Pergunta 009]
Juros Pagos
735
Juros Recebidos
Preço de Transferência
Ativo Permanente
Conceitos
736
País ou Dependência com Tributação Favorecida [Pergunta 005]
ECF
737
Método Único para Idênticos ou Similares, Origens Diversas (Países) [Pergunta 057]
Método Único para Idênticos ou Similares, Origens Diversas (Países) [Pergunta 047]
Método Único para Idênticos ou Similares, Origens Diversas (Países) [Perguntas 046,
053 e 060]
Na Importação, Custo de Produção Mais Lucro (CPL) [Perguntas 011, 012, 014, 020,
030, 037, 038 e 054]
Na Importação, Preço de Revenda Menos Lucro (PRL) [Pergunta 011, 012, 014, 036,
040, 041, 042, 048, 049, 050, 051, 052, 053, 054]
Na Importação, Preço Independente Comparado (PIC) [Perguntas 011, 012, 014, 020,
025, 027, 028, 029, 035, 046 e 054]
Pessoas Vinculadas
738
Exportação, Demonstrativos e Comprovação de Operações [Pergunta 063]
Variação Cambial
739
Subcapitalização
740
Participações no Exterior, Resultados
Auferidos por Filiais e Sucursais, Consolidação por País (Possibilidade) [Pergunta 092]
Compensação do Imposto Pago no Exterior, Possibilidade (IRPJ & CSLL) [Pergunta 95]
Crédito do Imposto
Crédito 50%, Ripi/2010, Art. 227 (Saída Alíquota Zero, Isentos ou Imunes) [Pergunta
002]
741
Não Gera Direito ao Crédito [Pergunta 010]
Receita de Exportação
Variação Cambial (Não Compõe o Crédito), Valor Efetivo da Exportação [Pergunta 008]
742
Estabelecimento Importador
Produtos Importados
Obrigações Acessórias
Crédito do IPI
743
Obrigação de Pagar no Desembaraço [Pergunta 023]
Pagamento do Imposto
Refrigerantes
Ressarcimento
Pedido
Saída
Mudança de Endereço
Saldo Credor
Utilização na Incorporação
744
Sucessão
Suspensão do Imposto
Comerciais Exportadoras
Disposições gerais
745
Alíquota Zero
Alíquotas
Base de Cálculo
746
Exclusões da Base de Cálculo, Comerciantes varejistas de carros novos, optantes pelo
Simples [Pergunta 079]
747
Regime de Apuração Não cumulativa, Receitas excluídas do regime de apuração não
cumulativa [Pergunta 036]
Contribuintes
Cooperativas
748
Contribuintes, Regimes de Apuração [Perguntas 001 e 093]
Cooperativas
Exclusões da Base de Cálculo, específicas das cooperativas de médicos que operem plano
de assistência à saúde [Pergunta 096]
Créditos da Na Cumulatividade
749
Crédito Presumido do IPI [Pergunta 065]
Pessoa Jurídica com receitas parcialmente sujeitas à não cumulatividade [Pergunta 042]
750
Zona Franca de Manaus [Pergunta 105]
Isenções
Repasses recebidos por empresa pública e sociedade de economia mista [Pergunta 006]
Não-Incidência
Prazo de Pagamento
751
Contribuintes [Pergunta 027]
Base de Cálculo, Contratos de longo prazo com preço predeterminado [Pergunta 035]
752
Créditos da Não Cumulatividade, Despesas e custos incorridos no mês [Pergunta 050]
Créditos da não cumulatividade, Pessoa Jurídica com receitas parcialmente sujeitas à não
cumulatividade [Pergunta 042]
753
Créditos das Embalagens de Bebidas [Pergunta 064]
Retenção na Fonte
Substituição Tributária
Tributação Monofásica
754
Alíquotas específicas (por unidade de produto), Quadro de alíquotas [Pergunta 086]
(Capítulo XXIII)
Alíquotas
755
Alíquotas específicas (ad rem) [Pergunta 010]
Base de Cálculo
Contribuintes e Responsáveis
Fato Gerador
756
Alíquota [Pergunta 003]
Comercial Exportadora
Dedução
757
Etapas Anteriores [Pergunta 009]
Isenção
Não-Incidência
758
Transferências de Mercadorias e Produtos [Pergunta 011]
(Capítulo XXVIII)
[Pergunta 1 a 4]
Adoção Inicial
759
Fcont [Pergunta 27 a 29]
[Pergunta 33]
[Pergunta 34 a 36]
Ajuste a Valor Justo - Transferido para a sucessora por incorporação, fusão e cisão
[Pergunta 37]
Amortização do Intangível
[Pergunta 40 a 41]
Aquisição em estágios
[Pergunta 42 a 43]
Arrendamento Mercantil
760
Lucro Real - PJ Arrendatária - Descaracterização da operação de arrendamento mercantil
[Pergunta 52 a 54]
[Pergunta 63]
[Pergunta 74]
[Pergunta 75]
[Pergunta 78 e 79]
Contraprestações Contingentes
[Pergunta 80]
761
Contratos de Longo Prazo
[Pergunta 81 a 85]
Controles em Subcontas
[Pergunta 86 a 94]
Custos de Empréstimos
[Pergunta 95]
[Pergunta 96 a 102]
[Pergunta 103]
JCP
[Pergunta 109]
Laudo de Mais-Valia
762
[Pergunta 110 e 111]
Moeda Funcional
[Pergunta 117]
[Pergunta 123]
Receita
Teste de Recuperabilidade
763