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PROPÓSITO
Expor os conceitos básicos de vetor e matriz, relacionando-os às suas aplicações no cotidiano.
PREPARAÇÃO
Antes de começar, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
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Aplicar pontos e vetores no plano através das funções trigonométricas seno e cosseno
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
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Várias grandezas de nosso cotidiano podem ser plenamente descritas pela especificação de sua magnitude (ou intensidade). O
comprimento de uma mesa, a área de uma fazenda, a capacidade volumétrica de um recipiente com suco de laranja ou a
temperatura ambiente, por exemplo, são grandezas expressas de maneira adequada por apenas um número associado à unidade
de medida escolhida.
Assim, temos metro para o comprimento da mesa; quilômetro quadrado para a área de uma fazenda; mililitro para a capacidade
do recipiente e graus Celsius para a temperatura ambiente.
Grandezas dessa natureza, que são definidas apenas pelo valor numérico que especifica sua magnitude, são denominadas
grandezas escalares. No entanto, há inúmeras grandezas que não ficam completamente definidas ao indicar apenas a sua
magnitude.
A intensidade da velocidade de um avião, por exemplo, indica o quão rápido ele se desloca, mas nada informa em qual direção ou
sentido seu deslocamento (movimento) ocorre.
Da mesma forma, quando aplicamos uma força para empurrar uma pessoa, é essencial informar em qual direção e sentido
estamos atuando, para que a nossa ação fique claramente definida. Tais grandezas, descritas com a especificação de sua
magnitude, direção e sentido são denominadas de grandezas vetoriais.
No estudo da Física, em especial, já conhecemos inúmeras grandezas desta natureza. Além de velocidade, aceleração e força,
mais conhecidas, há outros conceitos mais elaborados, como campo elétrico e campo magnético, em que os aspectos de direção
e sentido também são pertinentes. Logo, é importante definir uma nova entidade que irá representar tais grandezas, que são os
famosos vetores.
VETORES
Um vetor, portanto, é uma entidade abstrata que possui três elementos associados: magnitude (ou intensidade ou, ainda,
módulo), direção e sentido.
RELEMBRANDO
Se você estudou um pouco de Física no Ensino Médio, deve se lembrar de que eram usadas setinhas para representar
geometricamente as grandezas vetoriais. Vamos relembrar essa questão para que fique claro que as setinhas, também chamadas
de segmentos orientados, são, de fato, uma utilíssima forma de representar vetores.
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No vídeo a seguir, o professor apresenta mais informações sobre Vetores. Assista:
→
Desse modo, qualquer seta obtida por translação da seta AB possui as mesmas três características e, portanto, representará o
mesmo vetor. E é claro, há infinitas destas setas que são, então, chamadas de equivalentes.
XB - XA = 5 - 1 = 4
X D - X C = 10 - 6 = 4
YB - YA = 4 - 1 = 3
YD - YC = 5 - 2 = 3
Ficou surpreso por obtermos os mesmos valores? Você percebe que, neste caso, obtivemos valores positivos que são
exatamente o tamanho dos catetos horizontal e vertical dos triângulos retângulos da figura a seguir?
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Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
→
Ou seja, em qualquer seta que você escolher, equivalente à seta AB, por exemplo, tais diferenças permanecerão inalteradas e
são chamadas, respectivamente, de componente horizontal e componente vertical do vetor. Note que esses valores definem
um vetor de forma única, pois são independentes da seta que o representa.
Se você partir do ponto A e se deslocar +4 unidades na horizontal ( ∆ x: valor da componente horizontal) e +3 unidades na vertical
→
( ∆ y: componente vertical), você atinge exatamente a extremidade B, da seta AB! Se partir do ponto C chegará, naturalmente, ao
ponto D...
Responda, agora, à importante pergunta que ainda resta, para prosseguirmos nosso estudo: Se você escolhesse a origem do
→ →
sistema de eixos O(0, 0) como ponto origem de um segmento orientado OP, equivalente à AB, quais seriam as coordenadas de
sua extremidade, o ponto P? E então?
Você percebeu que as coordenadas de P serão exatamente ∆ x e ∆ y, as componentes horizontal e vertical do vetor
representado?
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EXERCÍCIO
Dados os pontos M (2, 5), N (5, 6) e P (8, 1), determine as componentes horizontais e verticais dos vetores representados pelos
→ → →
segmentos orientados, MN, NP e PM.
SOLUÇÃO
Assinalando em um sistema de eixos os pontos dados, criamos a figura indicada.
→
Segmento orientado MN:
Observe, intuitivamente, que partindo de M, se nos deslocamos horizontalmente + 3 (ou seja, 3 unidades para a direita) e
verticalmente + 1 (ou seja, para cima, 1 unidade) alcançamos a extremidade N.
→
Perceba que + 3 e + 1 correspondem, exatamente, às componentes ∆ x e ∆ y do segmento orientado MN. Veja:
∆ X = XN - XM = 5 - 2 = + 3
∆ Y = YN - YM = 6 - 5 = + 1
→
Segmento orientado NP:
Neste caso, partindo de N, para atingir P, nos deslocamos horizontalmente + 3 (ou seja, 3 unidades para a direita), mas o
deslocamento vertical é negativo, isto é, - 5 (para baixo, 5 unidades). Neste caso, veja:
∆ X = XP - XN = 8 - 5 = + 3
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∆ Y = YP - YN = 1 - 6 = - 5
→
Segmento orientado PM:
Partindo de P para atingir M, nos deslocamos horizontalmente - 6 (para a esquerda, 6 unidades) e, verticalmente, + 4 (para cima,
4 unidades). Veja:
∆ X = XM - XP = 2 - 8 = - 6
∆ Y = YM - YP = 5 - 1 = + 4
Perceba os triângulos retângulos em azul, cuja hipotenusa é o segmento que une origem e extremidade dos segmentos
orientados, e cujos catetos são construídos partindo-se da origem e visando atingir a extremidade: caminhando, primeiro,
horizontalmente e, a seguir, verticalmente.
REPRESENTAÇÃO DE UM VETOR
Vimos que qualquer segmento orientado (seta) que represente um vetor, independentemente de seu ponto de origem, possuirá os
mesmos valores ∆ x e ∆ y, o que nos permitiu definir tais valores como componentes do vetor (para o qual não existe o conceito
de ponto de origem).
Como consequência, se desejamos explicitar um vetor (não importa o segmento orientado que o represente), podemos
EXERCÍCIO
Represente o vetor →
u = (3, - 4) graficamente e calcule sua magnitude, ou seja, o comprimento de qualquer segmento orientado
que o represente.
SOLUÇÃO
→
A figura mostra a representação do vetor →
u = (3, - 4) pelo segmento orientado OP, onde O é a origem do sistema de eixos. E é
claro, a magnitude do vetor pode ser calculada pela aplicação do famoso Teorema de Pitágoras no triângulo retângulo destacado.
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Este teorema, recordamos, afirma que o quadrado (da medida) da hipotenusa é igual à soma dos quadrados (das medidas) dos
catetos.
|U | 2 = ( ∆ X) 2 + ( ∆ Y) 2
→
|U | 2 = (+ 3) 2 + (- 4) 2
→
|U | 2 = 9 + 16 = 2. ; 5
→
|U | = √25 = 5
→
MÓDULO DE UM VETOR
O exemplo anterior sugere que o valor do módulo ou norma de um vetor (ou sua magnitude) pode ser facilmente calculado pelo
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Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
|U | 2 = U X 2 + U Y 2
→
Logo,
|U | = √U X 2 + U Y 2
→
EXEMPLO
Na Física, como vimos, vetores são utilizados na representação de inúmeras grandezas vetoriais, tais como velocidade,
aceleração, força, peso, entre outras. Quando representamos a velocidade de uma partícula, por exemplo, o vetor explicita qual a
direção (instantânea) e o sentido do movimento.
Assim, uma partícula que, em dado instante se encontra em um ponto P, movimenta-se com velocidade dada pelo vetor →
v = (3, 5).
Posicionando a origem do sistema cartesiano no ponto P, podemos representar o movimento (instantâneo) dessa partícula, no
instante considerado, como indicado na figura.
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Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
Considerando o deslocamento medido em metros e o tempo em segundos, nesse instante, a partícula se encontra a uma
velocidade de módulo igual a:
|V | = √3 2 + 5 2 = √9 + 25 = √34 ≅ 5, 8 M/S
→
ADIÇÃO DE VETORES
As operações usuais envolvendo vetores podem ser compreendidas, facilmente, a partir dos conceitos que foram estudados no
Ensino Médio relativos a forças.
Veja:
→ → →
Se duas forças u e v puxam um pequeno objeto, como sugere a figura, qual a força única, w, que propiciaria o mesmo
→
efeito que as duas forças u e→
v atuando simultaneamente sobre ele? Quais seriam sua intensidade (magnitude), direção e
sentido?
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Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
→
A resposta a esta questão é a famosa Regra do Paralelogramo. Tal regra afirma que a força w é representada pela diagonal do
→ →
paralelogramo indicado, onde seus lados coincidem com as representações dos vetores u e v.
→
( ) →
( )
Por exemplo, suponhamos os vetores (forças) representados por u = u x, u y = (1, 3) e v = v x, v y = (4, 1), como mostra a
figura.
Formando o paralelogramo sugerido, os triângulos coloridos são iguais. Você percebe que, como consequência, as
→ → →
componentes de w são a soma das componentes de u e v?
Ou seja,
→
( )
W = U X + V X, U Y + V Y = (1 + 4, 3 + 1) = (5, 4)
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PRODUTO POR ESCALAR
Uma situação mais simples do que a soma dos vetores descrita no item anterior, é o significado que desejamos atribuir a um
múltiplo de um vetor, como seu dobro ou triplo.
→
Por exemplo, dada a força u = (3, 2), quais seriam as componentes de uma força que correspondesse a seu dobro?
Provavelmente você concorda que estamos interessados em criar uma operação do tipo o produto de um número por um vetor.
Sem dúvida, e assumindo que desejamos manter a direção e o sentido do resultado, desejamos é que a magnitude – intensidade,
módulo, do vetor resultado seja o dobro da intensidade do vetor original.
As figuras sugerem que os triângulos retângulos coloridos devem manter uma proporção. Assim, se desejamos que a intensidade
→ → →
de w = 2. u medida pela hipotenusa do segundo triângulo, seja o dobro da hipotenusa de u (medida pela hipotenusa do primeiro
triângulo), certamente seus catetos de ambos os triângulos devem guardar a mesma relação. Assim, os catetos dobram e eles
traduzem (a menos de sinais) as componentes do vetor resultado, ou seja:
→ →
W = 2. U = 2. (3 · 2) = (2 · 3, 2 · 2) = (6, 4)
Os itens anteriores nos sugerem definir, de forma geral, a operação de soma entre vetores e a operação de produto de um
número (também chamado de escalar) por um vetor. Vejamos...
ADIÇÃO
→
W ( ) (
= W X, W Y = U X + V X, U Y + V Y )
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Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
As figuras, a seguir, sugerem que além da Regra do Paralelogramo, podemos usar um esquema equivalente, mais útil, que
permite determinar a soma de mais do que dois vetores.
→ →
Imagine que os vetores u e v , a serem somados, foram emendados em fila com setas adequadas que os representem: o vetor
soma está representado pela seta que une a origem da primeira seta com a extremidade da última parcela.
→ → → →
Agora, veja a representação da soma u, dos vetores u 1, u 2 e u 3, graficamente:
→
A · U = (AX, AY)
→ 1
Determine o produto do vetor u = (2, 3) pelos escalares 2, - 1 e 2 .
→
2 · U = 2 · (2, 3) = (2 · 2, 2 · 3) = (4, 6)
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→
(- 1) · U = - 1(2, 3) = (- 1 · 2, - 1 · 3) = (- 2, - 3)
1
2
·U=
→ 1
2
· (2, 3) =
( 1
2
· 2,
1
2 ) ( )
· 3 = 1,
3
2
DICA
Para compreender melhor o que ocorre quando multiplicamos o vetor por um escalar, veja a representação gráfica do vetor
→
u = (2, 3) e de cada um dos vetores resultantes das multiplicações acima.
→ →
Na figura, observe que os vetores u = (2, 3) e 2u = (4, 6) têm mesma direção, mesmo sentido, mas o módulo do segundo é o
dobro do módulo do primeiro.
Comprovando:
|U | = √2 2 + 3 2 = √13
→
E |2U | = √4 2 + 6 2 = √52 = √2 2 · 13 = 2√13
→
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Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
→
Na figura, vemos que os vetores u = (2, 3) e
1
2
→
· u = 1, ( )
3
2
têm mesma direção, mesmo sentido e o módulo do segundo
Vetores que possuem a mesma direção são considerados paralelos. Vimos que quando multiplicamos um vetor por um escalar
→
não nulo, obtemos outro vetor de mesma direção que o primeiro. Sendo assim, podemos concluir que dois vetores u = x 1, y 1 e ( )
x1 y1
→
( )
v = x 2, y 2 são paralelos quando suas coordenadas são proporcionais, isto é,
x2
= .
y2
Em resumo, temos:
→ →
Se a > 0, então a · u tem o mesmo sentido de u;
→ →
Se a < 0, então a · u tem sentido oposto ao de u;
Se |a| = 1, então a · →
u tem módulo igual ao de →
u;
→ →
Se 0 < |a| < 1, então a · u tem módulo menor que o de u;
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Se |a| > 1, então a · →
u tem módulo maior que o de →
u.
COMBINAÇÃO LINEAR
→ →
DIZEMOS, ENTÃO, QUE O CONJUNTO DE VETORES U E V
CONSTITUI UMA BASE DO ℝ 2.
EXEMPLO
→ → →
Vamos escrever o vetor w = (3, 5) como combinação linear dos vetores não paralelos u = (1, 3) e v = (0, - 4). Temos, portanto,
que determinar os escalares a e b tais que (3, 5) = a(1, 3) + b(0, - 4).
{ A=3
3A - 4B = 5
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3 · 3 - 4B = 5
9 - 4B = 5
- 4B = 5 - 9
- 4B = - 4
-4
B=
-4
B=1
→
Como sua solução é a = 3 e b = 1, então podemos escrever w = 3→
u + 1→
v.
Para representarmos vetores no plano, em diversas situações, costumamos utilizar uma base que é denominada base canônica
do ℝ 2 sendo composta pelos vetores:
→ →
I = (1, 0) E J = (0, 1)
Para qualquer vetor w = (x, y), do ℝ 2, suas coordenadas em relação à base canônica serão os próprios valores x e y, pois:
→
→ →
→
W = (X, Y) = AI + BJ = A(1, 0) + B(0, 1) = (A, 0) + (0, B) = (A, B)
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TEORIA NA PRÁTICA
Uma das principais aplicações de vetores na Física diz respeito à indicação da força que atua em corpos. Além de indicar a sua
direção e o seu sentido, a sua magnitude corresponde ao módulo do vetor que representa essa grandeza física.
Quando consideramos que mais de uma força atua sobre o corpo, podemos determinar o que chamamos de força resultante,
cujo efeito equivale ao da aplicação das várias forças que atuam sobre esse corpo.
A força resultante de um sistema de duas ou mais forças, que atuam sobre um corpo, é determinada gráfica e algebricamente
pela adição dos vetores que representam as forças desse sistema.
Considere que sobre um corpo, representado no gráfico, a seguir, pelo ponto P, atuam 2 forças que são representadas pelos
→ → →
vetores F 1 = (- 2, 3) e F 2 = (4, 1). Determine, algébrica e graficamente, a força resultante F R equivalente a esse sistema de forças
e sua magnitude.
RESOLUÇÃO
→ → →
Como a força resultante F R corresponde à soma das forças F 1 e F 2 que atuam sobre o corpo, então:
→
F R = (- 2, 3) + (4, 1) = (2, 4)
A determinação gráfica dessa força pode ser obtida pela Regra do Paralelogramo, como mostrado a seguir.
→
A magnitude dessa força é o módulo do vetor F R = (2, 4) que a representa. Portanto, ela será dada por:
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| |
→
FR = √2 2 + 4 2 = √20 ≅ 4, 47
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→ →
1. DADO O VETOR U = (- 1, 2), UM VETOR NA MESMA DIREÇÃO E SENTIDO OPOSTO AO DE U E
METADE DE SEU MÓDULO É:
(
A) - , 1
1
2 )
B)
( 1
2
, -1
)
C) ( 1
4
, - 2
1
)
(
D) - ,
1
2
1
4 )
→
2. O VETOR U UNITÁRIO (DE MÓDULO IGUAL A 1) QUE TEM A MESMA DIREÇÃO E O MESMO
→
SENTIDO DO VETOR V = (1, 2) É:
A)
( ) √2 √3
2
,
3
B)
( ) √2
2
, -
√3
3
C)
( ) √5
5
, 5
2√ 5
( ) √5
D) - 5 , 5
2√ 5
→ → → → →
3. DADOS TRÊS VETORES P, Q E R, SABE-SE QUE OS MÓDULOS DE P E Q SÃO,
→ →
RESPECTIVAMENTE, IGUAIS A 3CM E 4CM. JÁ O MÓDULO DA SOMA P + Q É IGUAL A 5CM E DO
→ → → → →
VETOR
Loading P + R É NULO. ASSIM, O
[MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js MÓDULO DO VETOR P + 2Q + R É IGUAL A:
A) 13cm
B) 14cm
C) 15cm
D) 16cm
É:
√
401
A) 2
√
201
B) 4
√
401
C)
4
√
237
D)
2
5. DADOS OS VETORES A =
→
( )
1
2
→ →
, - 8 , B = (1, 2) E C = (2, - 5), A FORMA CORRETA DE ESCREVER O
→
A) →
a = - 2 b + 3→
c
→
B) →
a = - 3 b + 2→
c
→ → 2→
C) a = - b + 3 c
→ 3→ →
D) a = - 2 b + c
→ →
6. OS VALORES DE K PARA QUE OS VETORES U = (2K, - 3) E V = (- 4, K) SEJAM PARALELOS SÃO:
A) - √6 e √6.
B) - √3 e √3.
C) - 2 e 3.
D) √2 e √3.
GABARITO
→ →
1. Dado o vetor u = (- 1, 2), um vetor na mesma direção e sentido oposto ao de u e metade de seu módulo é:
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A alternativa "B " está correta.
1
Para que o sentido seja oposto, o escalar deve ser negativo. Como o módulo deve ser reduzido à metade, então o escalar é - .
2
1→
- U = - (- 1, 2) =
2
1
2 ( )1
2
, -1
→
2. O vetor u unitário (de módulo igual a 1) que tem a mesma direção e o mesmo sentido do vetor →
v = (1, 2) é:
dado por:
( )( √5 2√ 5
)
→
1 →
U (1,2) 1 2
U= = = , = ,
5 5
|V |
→
|V |
→
√5 √5 √5
→ → → → →
3. Dados três vetores P, Q e R, sabe-se que os módulos de P e Q são, respectivamente, iguais a 3cm e 4cm. Já o módulo
→ → → → → → →
da soma P + Q é igual a 5cm e do vetor P + R é nulo. Assim, o módulo do vetor P + 2Q + R é igual a:
→ → → → →
Como o vetor P é não nulo e o módulo de P + R é zero, concluímos que R = - P (são vetores opostos). Então,
→ → → → → → →
P + 2Q + R = P + 2Q - P = 2Q
→ → → →
Concluímos que o módulo do vetor P + 2Q + R é igual ao do vetor 2Q, que é dado por:
| | →
2Q = 2 2 · 4CM = 16CM
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Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
→
4. Considere os vetores u = (0, 2), →
v= ( )
1
4
→
, -1 ,w = (1, 0) e → →
z = -u + 3→
1
→
v - 2 w. O módulo de →
z é:
→
Primeiro, vamos determinar as coordenadas do vetor z:
→ → → →
1
Z = -U + 3V - W
2
→
Z = - (0, 2) + 3
( ) 1
4
, -1
1
- (1, 0)
2
→
Z = (0, - 2) +
( ) ( )
3
4
, -3 + - ,0
1
2
→
Z =
( )1
4
, -5
|Z | =
→
√( ) 1 2
4
+ (- 5) 2 =
√
1
16
+ 25 =
√
1 + 400
16
=
√401
4
5. Dados os vetores a =
→
( )
1
2
→ →
, - 8 , b = (1, 2) e c = (2, - 5), a forma correta de escrever o primeiro como combinação linear
dos demais é:
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Veja a resolução no vídeo a seguir:
→
6. Os valores de k para que os vetores u = (2k, - 3) e →
v = (- 4, k) sejam paralelos são:
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MÓDULO 2
Aplicar pontos e vetores no plano através das funções trigonométricas seno e cosseno
INTRODUÇÃO
Para representar um ponto qualquer no plano, muitas vezes utilizamos o sistema de coordenadas cartesianas (ou retangulares),
como fizemos com os vetores. Definimos o ponto genérico P = (a, b) em que a é a sua projeção no eixo horizontal x e b sua
projeção no eixo vertical y, como representado na figura.
Trata-se de uma forma simples e prática de representação que permite uma rápida e fácil interpretação. Tanto que é utilizada em
diversos ramos da Matemática, por exemplo, no estudo de funções escalares e funções vetoriais.
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ATENÇÃO
Há diversas outras situações, como no estudo de movimentos circulares, ondas, campos magnéticos, entre outras, em que os
pontos do plano são representados por um ângulo e uma distância, o que torna certos procedimentos algébricos bem mais
simples. Para relacionar as duas representações, vamos utilizar as funções trigonométricas seno e cosseno.
Para compreender esse tipo de representação, vamos começar pelos pontos que se localizam sobre a circunferência de centro no
ponto O = (0, 0), que é a origem do sistema de eixos cartesianos, e de raio de medida igual a 1. Essa circunferência é conhecida
como ciclo trigonométrico. Nele é que costumamos representar as funções trigonométricas.
Inicialmente, considere um ponto P sobre essa circunferência, no 1º quadrante, como ilustrado na figura. Esse ponto define o
→
segmento OP que é o raio da circunferência e define um ângulo de medida θ com o semieixo positivo x.
Observe que a projeção do ponto P sobre o eixo x coincide com o cosseno do ângulo θ e a projeção sobre o eixo y, com o seno
de θ, como indicado na figura.
Dessa forma, podemos definir o ponto a partir somente da medida do ângulo θ, já que sabemos que sua distância em relação à
origem
Loading (ponto O) é igual a 1 (medida do raio
[MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js do ciclo trigonométrico). A representação, portanto, do ponto P pode ser dada por:
P = (COSΘ, SENΘ)
ATENÇÃO
Lembre-se de que a medida do ângulo θ é determinada a partir do semieixo positivo x, no sentido anti-horário.
No vídeo a seguir, o professor apresenta mais detalhes sobre este assunto. Assista:
TEORIA NA PRÁTICA
Uma aplicação de suma importância para a representação que você está estudando ocorre quando utilizamos a decomposição
vetorial, que é uma das operações realizadas com vetores e que é definida como a determinação dos componentes de um vetor
escritos sobre os eixos x e y do plano cartesiano.
A figura ilustra esse tipo de decomposição com um vetor que representa a força aplicada sobre determinado corpo. Esse tipo de
operação é largamente utilizada nos cálculos físicos envolvendo o estudo do movimento, eletricidade, ondas, entre outros.
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Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
RESOLUÇÃO
→ → →
F x e F y são as componentes do vetor F, respectivamente, nos eixos x e y. Observe que podemos escrever:
→
→ →
F = FX + FY
Além disso, pelo fato dessas componentes serem as projeções do vetor sobre os eixos x e y, podemos estabelecer que:
→ →
F X = F · COSΘ
→ →
F Y = F · SENΘ
|F | = √ | | | |
→
→ 2 → 2
FX + FY
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
→
1. SOBRE UM CORPO ATUAM DUAS FORÇAS REPRESENTADAS PELOS VETORES F 1 = (X, 4) E
→ →
F 2 = (- 2, - 3). SABENDO QUE A FORÇA RESULTANTE É DADA POR F = 2(COS30°, SEN30°), QUAL É
O VALOR DE X?
A) 2 + √3
B) 3 + √2
C) 1 + √3
D) 1 + √2
→ → → → →
2. DADOS OS VETORES U = 2(SEN30°, COS30°) E V = 4(SEN60°, COS60°), O VETOR W = U + V TEM
COORDENADAS:
(
A) 2 + √3, 1 + √3 )
(
B) 1 + 2√3, 2 + √3 )
(
C) 2√3, 1 + √3 )
(
D) 2 + √3, √3 )
( )
A) 5, 2
5√ 3
B)
( 5
2
, 5√ 3
)
( )
C) 2 , 2
5 5√ 3
( )
D) 2 , 2
5 √3
→
4. UM VETOR V, DE MÓDULO IGUAL A 4, FORMA UM ÂNGULO DE 30° COM O SEMIEIXO POSITIVO X
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
. QUAL É A FORMA CORRETA DE EXPRESSAR ESSE VETOR EM RELAÇÃO À BASE CANÔNICA
{ }
→
→
I, J ?
→ →
A) √3 i + 3 j
→ →
B) √3 i + 2 j
→ →
C) 2√3 i + j
→
→
D) 2√3 i + 2j
→
5. UM VETOR UNITÁRIO V FORMA UM ÂNGULO DE MEDIDA 45° COM A HORIZONTAL. QUAIS SÃO
SUAS COORDENADAS CARTESIANAS?
A)
( √2 √2
2
,
2 )
B)
( √2 √3
3
,
2 )
C)
( √3 √2
2
,
3 )
D)
( √2 √3
3
, 2
)
( )
6. UM PONTO P TEM COORDENAS DADAS POR 5√3, 5 . A MEDIDA Θ DO MENOR ÂNGULO
FORMADO ENTRE ESSE VETOR E O EIXO HORIZONTAL X DO SISTEMA CARTESIANO É:
A) 60°
B) 30°
C) 45°
D) 90°
GABARITO
→ →
1. Sobre um corpo atuam duas forças representadas pelos vetores F 1 = (x, 4) e F 2 = (- 2, - 3). Sabendo que a força
→
resultante é dada por F = 2(cos30°, sen30°), qual é o valor de x?
→
→ →
Como F = F 1 + F 2, isto é:
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2(COS30°, SEN30°) = (X, 4) + (- 2, - 3)
2
( )
√3
2
,
1
2
= (X, 4) + (- 2, - 3)
(√3, 1 ) = (X, 4) + (- 2, - 3)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
X-2= √3 ⇒ X = 2 + √3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
→
2. Dados os vetores u = 2(sen30°, cos30°) e → →
v = 4(sen60°, cos60°), o vetor w →
=u +→
v tem coordenadas:
Os vetores →
ue→
v podem ser escritos na forma:
→
U = 2(SEN30°, COS30°) = 2
( )
1
2
,
√3
2 (
= 1, √3 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
→
V = 4(SEN60°, COS60°) = 4
( )
√3
2
,
1
2 (
= 2√3, 2 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Portanto,
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
→
( ) (
W = 1, √3 + 2√3, 2 = 1 + 2√3, 2 + √3 ) ( )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
3. Um ponto P do primeiro quadrante está a 5 unidades de comprimento do ponto O, que é a origem do sistema de eixos
cartesianos e determina com este um segmento com inclinação de 60° em relação ao eixo x. Quais são suas
coordenadas cartesianas?
Como OP = 5 e o ângulo θ mede 60° (pois o ponto P situa-se no primeiro quadrante), então:
→
4. Um vetor v, de módulo igual a 4, forma um ângulo de 30° com o semieixo positivo x. Qual é a forma correta de
{ }
→
→
expressar esse vetor em relação à base canônica i , j ?
→
(
→ →
V = R I COSΘ + JSENΘ = 4 I COS30° + JSEN30° = 4 ) (
→ →
) ( √3 →
2
I +
1→
2 ) →
J = 2 √3 I + 2 J
→
5. Um vetor unitário →
v forma um ângulo de medida 45° com a horizontal. Quais são suas coordenadas cartesianas?
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Veja a resolução no vídeo a seguir:
( )
6. Um ponto P tem coordenas dadas por 5√3, 5 . A medida θ do menor ângulo formado entre esse vetor e o eixo
horizontal x do sistema cartesiano é:
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MÓDULO 3
EXEMPLO 1
[ ]
0 -1
A matriz A = 2 5 é uma matriz do tipo 3 × 2.
3 4
A matriz B =
[ ]
-2 5 -3
3 4 2
é uma matriz do tipo 2 × 3.
A matriz C =
[ ]
1 3
4 2
é uma matriz do tipo 2 × 2.
A representação das matrizes se dá por uma letra maiúscula e de seus elementos por letras minúsculas, seguidas de dois índices
subscritos que indicam a linha e a coluna que o elemento ocupa na matriz. Por exemplo, uma matriz A do tipo m × n, pode ser
expressa por A = a ij ( )
m×n
, em quea ij é a indicação de cada elemento seu. Os índices i e j indicam, respectivamente, a linha e a
[ ]
a 11 a 12 ⋯ a 1n
a 21 a 22 a 2n
M=
⋮ ⋱ ⋮
a m1 a m2 ⋯ a mn
No lugar dos colchetes, também podem ser utilizados parênteses. A matriz M acima também pode ser indicada por:
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
( )
a 11 a 12 ⋯ a 1n
a 21 a 22 a 2n
M=
⋮ ⋱ ⋮
a m1 a m2 ⋯ a mn
EXEMPLO 2
( )
0 -1
Considere a matriz A = 2 5 . O elemento que está na linha 1, coluna 1, é a 11 = 0. Os demais elementos são:
3 4
A 12 = - 1; A 21 = 2; A 22 = 5; A 31 = 3; A 32 = 4
MATRIZ LINHA
Formada por uma única linha.
MATRIZ COLUNA
Formada por uma única coluna.
[√ ]
2
N= é uma matriz coluna 2 × 1.
5
MATRIZ NULA
Todos os elementos são iguais a zero.
P=
[ 0 0 0
0 0 0 ] é uma matriz nula 2 × 3.
MATRIZ QUADRADA
O número de linhas é igual ao número de colunas.
Q= [ ] 3
-1 0
2
é uma matriz quadrada 2 × 2.
Quando uma matriz é quadrada, com n linhas e n colunas, dizemos que é uma matriz de ordem n. As matrizes quadradas têm
duas diagonais: a principal e a secundária. Na matriz A, a seguir, estão indicadas suas diagonais.
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Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
ATENÇÃO
Os elementos a 11, a 22 e a 33 determinam a diagonal principal e os elementos a 13, a 22 e a 31, a diagonal secundária.
EXEMPLO 3
Dada a matriz F = ( )
1 2
3 4
, os elementos 1 e 4 formam sua diagonal principal e os elementos 2 e 3 sua diagonal secundária. Um
outro tipo de matriz que recebe nome especial é a matriz identidade, definida a seguir.
Matriz identidade de ordem n, que denotamos por I n, é uma matriz quadrada de ordem n cujos elementos da diagonal principal
são todos iguais a 1 e os demais são nulos.
I2 = [ ]
1 0
0 1
é uma matriz identidade de ordem 2.
[ ]
1 0 0
I 3 = 0 1 0 é uma matriz quadrada de ordem 3.
0 0 1
[ ]
1 0 0 ⋯ 0
0 1 0 0
In = 0 0 1 0 é uma matriz quadrada de ordem n.
⋮ ⋱ ⋮
0 0 0 ⋯ 1
ATENÇÃO
Duas matrizes de mesmo tipo (mesmo número de linhas e mesmo número de colunas) são consideradas iguais quando seus
elementos correspondentes são iguais, isto é, os elementos que ocupam a mesma posição em cada uma das matrizes são iguais.
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
[ ] [ ]
A 11 A 12 B 11 B 12
A= E B=
A 21 A 22 B 21 B 22
Dizemos que elas são iguais se, e somente se, a 11 = b 11, a 12 = b 12, a 21 = b 21 e a 22 = b 22.
EXEMPLO 4
Dadas as matrizes:
A=
[ 2+X W
Y-1 Z ] E B=
[ Y 0
2 X-Y ]
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como A = B, então:
(I) 2 + X = Y
(II) Y - 1 = 2
(III) W = 0
(IV) Z = X - Y
Daí, chegamos a x = 1 e z = - 2.
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ADIÇÃO DE MATRIZES
Dadas as matrizes A e B, indicamos por C a soma A + B. Para obtermos a matriz C, devemos considerar que cada um dos seus
elementos é resultado da soma dos elementos correspondentes de A e B.
EXEMPLO
[ ][ ][ ][ ]
-2 9 7 -4 -2 + 7 9 + (- 4) 5 5
0 3 + 2 1 = 0+2 3+1 = 2 4
3 -1 -2 0 3 + (- 2) -1 + 0 1 -1
Observe que a soma de duas (ou mais) matrizes só é possível quando elas são do mesmo tipo (mesmas dimensões).
EXEMPLO
[ ][ ][ ]
3 7 (- 3) · 3 (- 3) · 7 - 9 - 21
(- 3) · -1 0 = (- 3) · (- 1) (- 3) · 0 = 3 0
2 -5 (- 3) · 2 (- 3) · (- 5) -6 15
As operações de multiplicação de escalar por matriz e de adição de matrizes nos permitem realizar subtração de matrizes. Por
exemplo, a subtração matricial A - B pode ser expressa por A + (- 1)B.
MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
A multiplicação entre duas matrizes A e B, nessa ordem, só é possível quando o número de colunas de A é igual ao número de
linhas de B. O resultado é uma matriz que tem o mesmo número de linhas de A e o mesmo número de colunas de B. Portanto,
dadas duas matrizes A ( m × n ) e B ( n × p ) , o produto entre elas, nessa ordem, é uma matriz C ( m × p ) .
Cada elemento C ij da matriz C é calculado multiplicando-se ordenadamente os elementos da linha i da matriz A pelos
correspondentes elementos da coluna j da matriz B e somando-se os produtos obtidos.
No vídeo a seguir, o professor apresenta mais detalhes sobre este exemplo. Assista:
TEORIA NA PRÁTICA
As matrizes são aplicadas em diversos processos de cálculos e computacionais e podem, por exemplo, ser utilizadas para
resolver sistemas lineares complexos. No entanto, veremos aqui uma aplicação simples e prática das matrizes.
Em uma empresa, a quantidade de 3 tipos de componentes A, B e C utilizados na montagem de dois modelos P e Q de certo
produto são indicados na tabela a seguir:
Modelos
Componentes P Q
A
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js 12 8
B 18 14
C 22 20
Essa fábrica recebeu a seguinte encomenda desses aparelhos eletrônicos para os próximos dois meses. No primeiro mês, deve
produzir 5 unidades do modelo P e 10 unidades do modelo Q. No segundo mês, deve produzir 15 unidades do modelo P e 25
unidades do modelo Q. Essas informações podem ser organizadas por meio de uma tabela.
Encomendas
P 5 15
Q 10 25
Os valores das duas tabelas acima podem ser representados pelas matrizes:
[ ]
12 8
A= 18 14
22 20
E B=
[ 5
10 25
15
]
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para determinar a quantidade de cada um dos componentes que serão utilizados em cada mês para atender as encomendas,
basta efetuar a multiplicação de A por B. A matriz resultante fornecerá tais valores.
[ ] [ ][ ]
12 8 12 · 5 + 8 · 10 12 · 15 + 8 · 25 140 380
A·B= 18 14
22 20
·
[ 5
10 25
15
] = 18 · 5 + 14 · 10 18 · 15 + 14 · 25
22 · 5 + 20 · 10 22 · 15 + 20 · 25
= 230 620
310 830
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
1. SENDO A =
[ -1
2
2
-5 3
0
] EB=
[ 3 -2
0 3
7
-1 ]
, A MATRIZ M = A + 2B É DADA POR:
A) M =
[ 2
-2 0 -4
3 10
]
B) M =
[ 0
-5
-3
2
4
-1 ]
C)
C) c) M =
[ 5 - 2 14
2 1 1 ]
D) M =
[ 3
-2
-2 1
5 2 ]
[ ]
0 -3
2. DADAS AS MATRIZES M = -2
1
2
8
EN=
[ ]
1
-3 2
0
, O PRODUTO M · N É DADO POR:
[ ]
9 -6
A) -8 4
- 23 16
[ ]
-9 -2
B) 7 5
-2 -8
[ ]
-9 6
C) 8 -4
23 - 16
[ ]
9 2
D) - 7 - 5
2 8
3. DADA A MATRIZ A =
[ 1
-3 -1
1
], A MATRIZ B TAL QUE A · B = I 2 É:
[ ]
1 1
2 2
A) 3 1
- -
2 2
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
[ ]
1 1
-2 -2
B) 3 1
2 2
[ ]
1 1
- -
3 3
C) 1
1
3
[ ]
1 1
3 3
D) 1
-1 - 3
4. DADA A MATRIZ A =
[ 1
-1
-1
1 ], A MATRIZ RESULTANTE DA EXPRESSÃO A 2 + A É (CONSIDERE
QUE A 2 = A · A):
A)
[ -2
2 -2
2 ]
B)
[ -3
3
3
-3 ]
C)
[ -2
2
2
-2 ]
D)
[ -3
3 -3
3 ]
A) 1
B) -1
C) 2
D) -2
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
[]
2
5
A) 5
2
[]
5
B) 2
5
[]
5
C) 2
3
[]
2
D) 5
2
GABARITO
1. Sendo A =
[ -1
2
2
-5 3
0
] eB=
[ 3 -2
0 3
7
-1 ]
, a matriz M = A + 2B é dada por:
A + 2B =
[ -1
2 -5 3
2 0
] [ +2·
3 -2
0 3
7
-1 ]
=
[ -1
2
2
-5 3
0
][ +
6 - 4 14
0 6 -2 ]
=
[ 5 - 2 14
2 1 1 ]
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
[ ]
0 -3
2. Dadas as matrizes M = -2
1
2
8
eN=
[ ]
-3 2
1 0
, o produto M · N é dado por:
A [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Loading alternativa "A " está correta.
[ ][
0 -3
M·N= -2
1
2
8
·
1
-3 2
0
]
[ ]
0 · 1 + (- 3) · (- 3) 0 · 0 + (- 3) · 2
= - 2 · 1 + 2 · (- 3) -2 · 0 + 2 · 2
1 · 1 + 8 · (- 3) 1·0+8·2
[ ]
9 -6
= -8 4
- 23 16
3. Dada a matriz A =
[ 1 1
-3 -1 ] , a matriz B tal que A · B = I 2 é:
B=
[ ]
A B
C D
[ 1
-3 -1
1
][ ] [ ]
·
A B
C D
=
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
1 0
0 1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
{
A+C=1
B+D=0
- 3A - C = 0
- 3B - D = 1
[ ]
1 1
- -
2 2
3 1
2 2
4. Dada a matriz A =
[ 1
-1
-1
1 ] , a matriz resultante da expressão A 2 + A é (considere que A 2 = A · A):
A2 + A =
[ 1
-1
-1
1 ][
·
1
-1
-1
1 ][+
1
-1
-1
1 ]
=
[ 2
-2
-2
2 ][
+
1
-1
-1
1 ]
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
=
[ 3
-3
-3
3 ]
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Veja a resolução no vídeo a seguir:
MÓDULO 4
SAIBA MAIS
Além das aplicações frequentes nos diversos ramos da Física, a teoria envolvendo vetores também é largamente utilizada na
computação gráfica, em que os vetores indicam posições de pontos. São frequentemente chamados de vetores posição. Nos
dispositivos de jogos, animações, diagnósticos por imagens etc., as imagens são tratadas como um conjunto de pontos ou
vetores.
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Veremos agora como podemos transformar um vetor, isto é, obter um novo vetor a partir do primeiro, através do uso de matrizes.
Esse tipo de transformação é, geralmente, aplicado para indicar o movimento de um vetor.
MATRIZES DE TRANSFORMAÇÃO
→
Um vetor v do plano, que geralmente representamos algebricamente pelo par ordenado (x, y), pode também ser considerado uma
matriz e, dessa forma, ser representado tanto como matriz coluna ou matriz linha. Conforme o tipo de cálculo em que será
envolvido, ele poderá ser representado na forma matricial como:
→
V =
[] X
Y
OU →
V = [X Y ]
EXEMPLO 1
Dado o vetor v =
→
[]
3
2
, vamos transformá-lo utilizando a matriz T = [ ]
-1 0
0 1
. Assim, obtemos o vetor, que denotaremos por v ' .
Portanto:
V'→=T·V→=-1001·32=-1·3+0·20·3+1·2=-32
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
ATENÇÃO
Observe que houve uma reflexão em relação ao eixo y , pois a transformação provocou a troca de sinal apenas da coordenada x
do vetor, sem alterar seu módulo.
EXEMPLO 2
V'→=T·V→=-100-1·32=-1·3+0·20·3+-1·2=-3-2
Observe, na figura que, neste momento, a reflexão ocorre em relação à origem do sistema. O vetor transformado tem mesmo
módulo, mesma direção e sentido oposto.
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
No exemplo a seguir, veremos mais algumas transformações, alterando os valores da matriz que multiplica o vetor.
EXEMPLO 3
Considere o vetor v → = 3 2 . Para cada uma das matrizes de transformação a seguir, vamos determinar o vetor transformado v '
→.
a) T = - 2 0 0 - 2
V'→=T·V→=-200-2·32=-2·3+0·20·3+-2·2=-6-4
Nesse caso, o vetor transformado v ' → tem mesma direção, sentido oposto e o dobro do módulo do vetor original v → .
b) T = 1 1 2 1
V'→=T·V→=1121·32=1·3+1·22·3+1·2=58
c) T = 0 - 1 1 0
V'→=T·V→=0-110·32=0·3+-1·21·3+0·2=-23
Nesse caso, observe que o vetor v → sofreu rotação de 90° no sentido anti-horário. Veja a figura.
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
Esse tipo de procedimento também pode ser aplicado a polígonos e outras figuras. Veja, no exemplo a seguir, uma rotação de 90°
no sentido anti-horário de um triângulo.
EXEMPLO 4
Considere o triângulo A B C tal que A = 5 , 3 , B = 1 , 4 e C = 2 , 2 . Para rotacioná-lo 90° no sentido anti-horário, podemos aplicar
a matriz de transformação T = 0 - 1 1 0 a cada um de seus vértices (pontos A , B e C ). Mas, é possível realizar esse cálculo de
uma só vez montando uma única matriz com as coordenadas desses três pontos. Como são 3 pontos, tal matriz terá 3 colunas e
2 linhas, pois são duas coordenadas para cada ponto. A primeira linha da matriz será formada pelas coordenadas x desses
pontos e a segunda linha pelas coordenadas y . Vamos denotá-la por M .
Nesse caso,
M=512342
T·M=0-110·512342=-3-4-2512
Agora, obtemos os pontos A ' , B ' e C ' a partir das colunas da matriz resultante. Temos, portanto:
DICA
Assim como foi feito com o triângulo acima, qualquer imagem definida por pontos pode ser transformada utilizando matrizes.
Experimente realizar esse tipo de transformação com outras matrizes.
TEORIA NA PRÁTICA
O processo de utilização de matrizes de transformação aplicadas em vetores é extremamente útil em computação gráfica, seja
em jogos, animações, câmeras virtuais ou em aparelhos médicos de imagem.
A possibilidade de aplicar uma transformação sobre um ponto possibilita, por exemplo, alterar a posição de imagens, tanto
bidimensionais como tridimensionais, para que o usuário possa ver o mesmo objeto sob outro ângulo. A multiplicação de vetores
por matrizes de transformação é o que permite que o usuário do dispositivo em que a imagem está sendo projetada consiga
visualizar objetos virtuais sob diferentes perspectivas.
Vamos considerar um exemplo em que uma figura, um retângulo nesse caso, deve movimentar-se em uma imagem. Para que
isso aconteça, associamos a cada um de seus vértices um vetor, como mostra a figura a seguir.
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Imagem: Paulo Cezar Carvalho/Geogebra.
Se quisermos deslocar o vértice A 6 unidades à direita, por exemplo, como devemos proceder? É preciso escolher uma matriz de
transformação que proporcionará essa alteração na sua posição. Essa matriz deverá ser aplicada igualmente a todos os vetores
que determinam os vértices do retângulo.
Podemos também aplicar a matriz de transformação sobre uma matriz com as coordenadas de todos os quatro vetores, de forma
semelhante ao que foi feito no exemplo anterior. Mas, como encontrar uma matriz que proporcionará esse deslocamento?
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
1. CONSIDERE O VETOR V→=12 E A MATRIZ DE TRANSFORMAÇÃO T=0110. O VETOR V'→ TAL QUE
V'→=T·V→ É DADO POR:
A) 12
B) -1-2
C) 21
D) -2-1
A) -39
B) 39
C) -93
D) 9-3
A) -6236+933
B) 623-6+933
C) -3329+632
D) 332-9+632
A) v→=23
B) v→=-23
C) v→=3-2
D) v→=32
A) x=8 e y=4
B) x=-8 e y=-4
C) x=-4 e y=-8
D) x=4 e y=8
GABARITO
1. Considere o vetor v→=12 e a matriz de transformação T=0110. O vetor v'→ tal que v'→=T·v→ é dado por:
V'→=T·V→⇒0110·12=0·1+1·21·1+0·2=21
2. Considere o vetor v→=5-1 e a matriz de transformação T=-2-112. O vetor v'→ tal que v'→=T·v→ é dado por:
V'→=T·V→⇒-2-112·5-1=-2·5+-1·-11·5+2·-1=-93
3. Dado o vetor v→=3cos60°, sen60° e a matriz de transformação T=01-3-2, as coordenadas cartesianas do vetor
transformado v'→ são:
V→=3COS60°,SEN60°=312,32=32,332
4. A matriz de transformação T=4-521 foi aplicada sobre o vetor v→ e resultado foi o vetor v'→=-77. Então:
T·V→=V'→⇒4-521·XY=-77
4X-5Y=-72X+Y=7
5. Considere um quadrilátero ABCD, com A=1,2, B=4,3, C=5,7 e D=2,4. O quadrilátero A'B'C'D' que representa uma
rotação de 90° de ABCD tem vértices dados por:
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
6. O vetor v'→=0,4 é resultado de uma transformação do vetor v→. A matriz de transformação é T=1-20-1. As
coordenadas do vetor v→ são:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Loading [MathJax]/jax/element/mml/optable/BasicLatin.js
Os vetores sempre tiveram uma importância muito grande no estudo de fenômenos físicos e, atualmente, assumem papel
fundamental na tecnologia, em todas as situações em que se utiliza computação gráfica.
Apesar de apresentarmos, aqui, o estudo de vetores bidimensionais, eles podem assumir dimensões maiores em muitas
aplicações. No entanto, vários procedimentos que você acabou de estudar são aplicáveis a vetores tridimensionais, por exemplo.
Nesse caso, são vetores cuja representação ocorre no espaço tridimensional.
Da mesma forma, podemos dizer que há diversas situações em que as matrizes terão dimensões diferentes, sendo inúmeras as
suas aplicações. No entanto, limitamo-nos, na maior parte dos casos, a matrizes quadradas de ordem 2, pois o intuito era utilizá-
las em procedimentos com vetores bidimensionais. Além do que estudamos aqui, as matrizes são largamente utilizadas em
resoluções de sistemas, dos mais simples aos mais complexos, em métodos estatísticos, entre outras situações.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CAMARGO, I. de; BOULOS, P. Geometria Analítica: um tratamento vetorial. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema, utilize o aplicativo de Matemática chamado de Geogebra, o qual
ajudará você nos estudos envolvendo vetores e matrizes. Trata-se de um software livre, que dispõe de inúmeros recursos
voltados à Álgebra e à Geometria.
Para a operação de matrizes, você também pode utilizar o Excel, que dispõe de recursos para somar, subtrair e multiplicar
matrizes, além de dispor de função para calcular o determinante de uma matriz e a sua inversa.
CONTEUDISTA
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André Luís Corte Brochi
CURRÍCULO LATTES
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