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Conceito de Gás

O gás é conhecido como o estado da matéria que não tem forma nem volume
próprio. Está composto principalmente por moléculas não unidas, expandidas e
com pouca força de atração entre si, que faz com que tenha forma e volume
definido, assim ele expande e ocupa todo o volume do recipiente que contém.
Embora o gás geralmente seja utilizado como sinônimo de vapor, isto só ocorre
com o gás condensado ou pressurizado quando submetido a
uma temperatura constante.
Diferentemente dos sólidos que apresentam uma forma bem definida e difícil
de comprimir e dos líquidos que fluem, os gases são expandidos livremente e
sua densidade é muito menor que a dos líquidos e sólidos.
Um tipo de gás muito conhecido e utilizado pela maioria dos seres humanos na
hora de cozinhar é o chamado gás natural, que é o resultado da mistura de
gases que se encontram geralmente em jazigos fósseis e que normalmente é
composto por metano em uma quantidade que não excede 90 ou 95% e o
restante é uma somatória de outros gases como o nitrogênio, etano, butano,
entre outros.
O gás também pode ser obtido pela decomposição de restos de detritos
orgânicos, tais como o lixo, as plantas e os gases de pântano, também
chamados de biogás.
Obviamente estes tipos devem ser processados para o uso doméstico ou
comercial.
Https://queconceito.com.br/gas
A relação entre a Termodinâmica e Revolução Industrial

Se você acha que Revolução Industrial só tem a ver com História e Geografia,
se enganou e muito, foi a partir da revolução que a física deu inicio a uma nova
fase de estudos e descobertas, foi daí que cada vez mais foi se estreitando a
distância entre os estudos e o modo de produção. A Termodinâmica estuda o
calor e o trabalho e foi daí que vieram os pilares da Revolução, pois se engana
quem pensa que as maquinas foram o efeito inicial pra acontecimento de tal
fato, elas foram sim parte do processo Revolucionário.

O fato da Termodinâmica se basear no principio de economia de energia e de


entropia, e isso tudo conhecidentimente foram bases das máquinas da
Revolução, tendo como exemplo as maquinas a vapor,  motores de combustão,
turbinas e dentre outros. A maquina a vapor iria aperfeiçoar e aumentar as
produções industriais, o gasto das maquinas poderia ser grande, mas o retorno
desse custo superaria o que vários homens poderiam produzir. 
Foto 1
A primeira maquina a vapor foi feita para drenar água acumulada nas minas de
carvão, Criada em 1698 por Newcomen e patenteada em 1705. Watt
aperfeiçoa o modelo de Newcomen, o que fez desta uma das maiores
invenções ao longo da história. Tudo isso se fez constatar o processo de
Revolução vindo logo depois também a locomotiva a vapor .
Foto 2
OBS : Uma máquina à vapor não cria energia, utiliza o vapor para transformar
a energia calorífica liberada pela queima de combustível em movimento de
rotação e movimento alternado de vaivém, afim de realizar trabalho.

Contribuições da máquina a vapor para a Revolução


Trouxe muitos avanços na produção, tornando-a mais padronizada, rápida, e
também, baratos;
Avanços na tecnologia de produção e de transporte, etc. 
Https://youtu.be/cmjnydrkcea

Site- https://polemicascmm.blogspot.com/2012/08/termodinamica-e-revolucao-
industrial.html

Verificou que durante seu funcionamento, o vapor sofria o processo de


resfriamento no cilindro, e que uma parte da energia produzida na fonte era
perdida nessa etapa. Essa era uma das causas da diminuição do rendimento
total do equipamento. Com base em seus estudos e experimentos com a
máquina Newcomen, para avaliar seus problemas, Watt projetou uma máquina
(Figura 4), cujo o cilindro seria sempre aquecido, reduzindo assim o consumo
de combustível. Além disso incorporou outras modificações no equipamento:
empregou de bronze ao invés de ferro para construção dos motores do cilindro,
o bronze que era um material conhecido por ser melhor condutor de calor que o
ferro; considerando a quantidade de energia sendo dispersa no aquecimento
do cilindro, Watt propôs aumentar a superfície exposta do cilindro para
aumentar a condensação do vapor de forma proporcional ao cilindro. Com o
cilindro frio o preenchimento ocorria com vapor de água e muito desse vapor
retornava ao estado líquido e, mesmo aumentando o tamanho do cilindro e
empregando o bronze na sua construção, a perda de energia ainda continuava
aumentando proporcionalmente ao tamanho da máquina44. Com a capacidade
perceptiva mais aguçada fez uso das ideias técnicas e científicas para
adicionar um segundo cilindro na máquina, favorecendo assim o processo de
condensação do vapor de água. Tal modificação proporcionou que o novo
protótipo da máquina de Watt ficasse cinco vezes mais potente que a anterior e
que reduzisse em impressionantes 75% o consumo de combustível45.
Foto 3

Com isso as máquinas térmicas passaram a desempenhar o papel primordial


nas relações sociais, sendo responsável pela mecanização dos meios de
produção com impactos sociais extremos tais como o desemprego, os baixos
salários pagos aos trabalhadores, culminando na exploração do proletariado.
Essa influência na sociedade atingiu o campo militar com a disputa entre as
potências europeias pela hegemonia do controle marítimo, que foi garantido
pela Inglaterra devido a utilização das máquinas térmicas.

Termodinâmica e Revolução Industrial: Uma abordagem por meio da História


Cultural da Ciência

Http://dx.doi.org/10.23925/2178-2911.2019v19p71-97

No século XVIII, embora haja universidades e academias nos grandes centros,


mais uma vez é por motivos práticos que a Física se desenvolve. A revolução
industrial marca nova fase da Física. As áreas de estudos se especializam e a
ligação com o modo de produção torna-se cada vez mais estreita. Estuda as
relações entre calor e trabalho. Baseia-se em dois princípios: o da conservação
de energia e o de entropia. Estes princípios são a base de máquinas a vapor,
turbinas, motores de combustão interna, motores a jato e máquinas frigoríficas.
A partir de uma máquina concebida para retirar a água que inundava as minas
de carvão, o inglês Thomas Newcomen cria em 1698 a máquina a vapor, mais
tarde aperfeiçoada pelo escocês James Watt. É em torno do desempenho
dessas máquinas que o engenheiro francês Sadi Carnot estabelece uma das
mais importantes sistematizações da termodinâmica, delimitando a
transformação de energia térmica (calor) em energia mecânica (trabalho).
Termodinâmica 1761: o inglês Joseph Black cria a calorimetria, o estudo
quantitativo do calor. 1784: os franceses Antoine Lavoiser e Pierre Laplace
inventam o calorímetro de gelo.

Thomas Newcomen (1663-1729)[editar | editar código-fonte]

Vendedor de ferragens e pregador Batista inglês

Inventor da 1ª máquina a vapor

Frequentemente denominado “Pai da Revolução Industrial”

Conexões batistas ajudaram a difundir sua máquina

Contribuição[editar | editar código-fonte]
1698: 1ª máquina a capturar o poder do vapor para produzir trabalho mecânico

Usada principalmente para retirar água de minas de carvão

Mais uma vez a Física se desenvolve por motivos práticos.

Ineficiente, aperfeiçoada por Watt

Watt foi solicitado a consertar um modelo na Universidade de Glasgow

James Watt (1736 – 1819)[editar | editar código-fonte]

Nasceu na Escócia, seu pai era construtor de navios e para enterter o filho lhe
dava como brinquedo, por exemplo, bússolas na qual aprendeu a montar e
desmontar em pouco tempo.

Sua mãe que lhe deu educação, ensino-o a ler e ter algumas noções de
matemática. Engenheiro e inventor escocês

Presbiterianos

Estudou com a mãe em casa

Contribuição[editar | editar código-fonte]

Quis ser instrumentador (fabricante de ferramentas) mas faltava-lhe o


aprendizado para a Guilda (corporação de classe), portanto não poderia
exercer a profissão

Professores permitiram-lhe abrir oficina na Universidade, como ela tinha


autonomia, a Guilda não poderia interferir

Foi discípulo de Joseph Black

Introduziu o condensador na máquina de Newcome

Https://pt.wikibooks.org/wiki/Hist%C3%b3ria_e_epistemologia_da_F
%C3%adsica/A_Termodin%C3%a2mica_e_a_Revolu
%C3%A7%C3%a3o_Industrial#Termodin%C3%a2mica

A termodinâmica é uma área da Física que estuda as transferências de


energia. Busca compreender as relações entre calor, energia e trabalho,
analisando quantidades de calor trocadas e os trabalhos realizados em um
processo físico.
A ciência termodinâmica foi inicialmente desenvolvida por pesquisadores que
buscavam uma forma de aprimorar as máquinas, no período da Revolução
Industrial, melhorando sua eficiência.

Https://www.todamateria.com.br/termodinamica/

foto 1

foto 2

foto 3
Características físicas dos gases

Segundo o historiador marxiano contemporâneo Hobsbawm, “nenhuma


mudança na vida humana, desde a invenção da agricultura, da metalurgia e do
surgimento das cidades no Neolítico, foi tão profunda como o advento da
industrialização”. Essa frase demonstra o quando a sociedade se modificou
durante a Revolução Industrial. De fato, a sociedade se modificou tanto que
novas classes e relações sociais surgiram.

Uma classe que sofreu uma profunda mudança, sofrendo com o advento da
industrialização, foi a dos trabalhadores assalariados. Já no período pré-
industrial (por volta de 1750), os homens trabalhadores já não conseguiam
sustentar suas famílias com os seus salários, sendo que tanto suas esposas
quanto seus filhos precisavam trabalhar. Isso modificou profundamente a
família como era conhecida até então. Essa mudança se deve ao fato de que o
capitalista observou uma forma de conseguir mais mão de obra para a sua
indústria, sendo que o valor do trabalho pago por essa era muito menor.

O primeiro produto a sofrer um processo de industrialização maciça foi o


algodão, sendo que esse servia para a fabricação de tecidos. Os produtos de
necessidade básica, como roupas e alimentos, tendem a ser os primeiros a
sofrerem industrialização, pois existe um maior mercado. No entanto, produtos
como o aço e o carvão acabam tendo suas industrializações estimuladas nesse
processo, com o surgimento da máquina a vapor na indústria.

Com a industrialização, a mão de obra dos trabalhadores industriais começava


a ser substituída pelo maquinário. Uma única máquina tinha o potencial de
substituir a força de trabalho de 200 a 300 homens. Com a máquina a vapor, o
trabalho bruto era substituído por motricidade fina e, com isso, eram as
mulheres e crianças que conseguiam manter os seus empregos (mão de obra
mais barata), sendo que, em 1938, apenas 23% dos trabalhadores industriais
eram homens. Além da modificação familiar, o surgimento das máquinas na
indústria trouxe uma nova classe social, a chamada elite técno-científica.
Baseada no motor a vapor desenvolvido por Thomas Savery, a máquina de
Newcomen já era aplicada em pequena escala para a remoção de água das
minas de carvão já no início do século XVIII. No entanto, o chamado
mecanismo enrolador, que permitiu transformar o movimento linear em
rotacional só surgiu mais adiante. Esses mecanismos enroladores permitiram a
aplicação na indústria das máquinas térmicas.

Provavelmente, a máquina de Newcomen nunca tenha chegado a indústria,


pelo menos não como concebida pelo seu criador. O engenheiro escocês
James Watt estudou e aprimorou a máquina de Newcomen, permitindo a
aplicação na indústria desse motor. O maior feito de Watt foi colocar um
condensador na máquina de Newcomen, aumentando a eficiência desse motor
através diferenciação entre as temperaturas da fonte quente e fonte fria,
embora os conhecimentos científicos sobre a eficiência da máquina térmica
não eram conhecidos na época.

Http://www.lief.if.ufrgs.br/~skywalker/revolucaoindustrial.htm

Um gás é um estado fluido da matéria que não passa para o estado líquido
apenas por um aumento de pressão ou apenas por uma diminuição de
temperatura. A sua temperatura está acima da temperatura crítica.
Por exemplo, ao nível do mar, a água passa para o estado de vapor a 100ºc.
Digamos que o vapor de água esteja sob uma temperatura de 105ºc em um
recipiente fechado. Nesse caso, se aumentarmos a pressão dentro do
recipiente, o vapor retornará para o estado líquido. No entanto, se a água
estiver numa temperatura acima de 374ºc (temperatura crítica da água), não
conseguiremos liquefazê-la apenas por um aumento de pressão. Acima dessa
temperatura, a água é um gás.

Na maioria das vezes, nós não podemos ver os gases, porém, podemos ver o
que eles fazem. Assim, os cientistas realizaram vários tipos de experimentos
com os gases e criaram a teoria cinética dos gases ou teoria do gás ideal, que
é um modelo usado para explicar o comportamento e as características dos
gases. Assim, antes de conhecermos as propriedades principais dos gases,
vejamos suas origens.
Segundo essa teoria, os gases são compostos de partículas, sendo que a
maioria é composta por moléculas, com exceção dos gases nobres, cujas
partículas são átomos. Essas partículas se encontram bastante afastadas
umas das outras e praticamente não ocorre interação entre elas. Elas possuem
um elevado grau de liberdade, movimentando-se desordenadamente, em
trajetórias retilíneas e chocando-se umas contra as outras e contra as paredes
do recipiente que contém o gás. Assim, a pressão exercida por um gás é
exatamente a força por unidade de área ocasionada quando a partícula se
choca com a parede do recipiente.
Se não houver diferença de temperatura entre o gás e o meio externo, o
choque das partículas contra as paredes do recipiente será perfeitamente
elástico, ou seja, sem variação da energia mecânica total. Isso também ocorre
com o choque entre duas partículas, com a única diferença de que uma pode
perder energia para a outra.

O aumento da temperatura eleva a energia cinética das partículas dos gases e,


com isso, a sua velocidade de movimentação também aumenta. Assim, a
energia cinética média é diretamente proporcional à temperatura
termodinâmica do gás:

Ecin = k . T
Em que:

K= constante de proporcionalidade de cada gás;


T = temperatura na escala absoluta (Kelvin).
Dizemos energia cinética média porque a velocidade das partículas e sua
energia cinética podem variar de uma para a outra em um dado instante,
mesmo possuindo a mesma massa e sendo a mesma substância ou elemento.

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Com base nessas informações, agora podemos entender as características
principais dos gases ideais, que são:

 Volume variável: adquire a forma do recipiente que o contém. Isso ocorre


porque o volume das partículas é considerado desprezível em relação ao
volume do recipiente. Além disso, como estão em constante movimento, elas
podem se expandir ocupando todo o volume de onde estão;
Foto1
Forma variável: também é de acordo com o recipiente em que está contido.
Visto que as partículas estão bem afastadas umas das outras e elas possuem
grande liberdade de movimentação, elas adquirem a forma do recipiente.
Veja a comparação entre o estado gasoso e os outros estados físicos por meio
do modelo abaixo:

Foto2
 Grande compressibilidade: As partículas constituintes dos gases estão muito
afastadas umas das outras, por isso, elas podem ser comprimidas;
Foto3
Extraordinária capacidade de expansão: As partículas constituintes dos gases
estão em constante movimento, por isso, podem se expandir;
 Temperatura: Está relacionada com a energia cinética média das partículas.
Quanto maior a temperatura, maior a energia cinética e maior a expansão do
gás, e vice-versa;
 Baixa densidade: A densidade é dada pela razão entre a massa de um material
e o volume por ele ocupado (d = m/V). As partículas ficam muito afastadas,
assim há uma massa pequena, praticamente desprezível, em um grande
volume. Por isso, a sua densidade relativa é muito pequena;
 São miscíveis entre si em qualquer proporção.
É importante ressaltar que esse modelo é para o gás ideal. O comportamento
de um gás real se aproxima progressivamente do comportamento de um gás
ideal quanto maior for a temperatura e quanto menor for a pressão. Caso
contrário, em condições de pressão muito alta ou de temperatura muito baixa,
as partículas interagem umas com as outras e seu comportamento se afasta
sensivelmente do modelo proposto para o gás ideal.
Https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/caracteristicas-gerais-dos-
gases.htm

O estado gasoso é um dos três estados físicos da matéria, por isso é muito


importante entender a constituição, propriedades e características dos gases
porque eles estão muito presentes em nosso cotidiano, sendo, inclusive,
indispensáveis para os vegetais e animais, bem como para o desenvolvimento
da sociedade, pois influenciam campos como o da indústria e o dos meios de
transportes.
Os gases são compostos de moléculas ou de átomos, e alguns exemplos
de gases moleculares são:
- O ar que respiramos é constituído em sua maioria de gás nitrogênio (N2) e de
gás oxigênio (O2);
- O dióxido de carbono (CO2), mais conhecido como gás carbônico, é o maior
responsável pelo efeito estufa. Ele também é absorvido pelas plantas no
processo da fotossíntese, é emitido na nossa respiração, é usado como gás de
refrigerantes e águas gaseificadas, entre outras aplicações;
- O gás natural usado como fonte de geração de energia mais “limpa” que o
carvão e que os derivados do petróleo. Ele é constituído basicamente de gás
metano (CH4);
- O gás ozônio (O3) encontrado na estratosfera, que é o responsável pela
absorção da maior parte da radiação ultravioleta do sol que poderia nos
prejudicar.
Foto4
Agora falando de gases formados por átomos, isso ocorre somente no caso
dos gases nobres (pertencentes à família 18 da tabela periódica). Entre eles,
temos o gás hélio (He), que é usado para encher balões e no tratamento de
asma junto ao oxigênio, pois assim se reduz o esforço muscular da respiração;
e o gás neônio (Ne), que é muito usado em letreiros luminosos, pois, quando
se passa uma descarga elétrica nesse gás em um tubo a baixa pressão, ele
emite uma coloração laranja-avermelhada (daí a origem do termo “neon”). Vale
destacar que os que são de outras cores não contêm o neônio, mas sim outros
gases.
Foto5
Visto que não podemos ver as moléculas e os átomos que formam os gases,
os cientistas criaram um modelo conhecido como teoria cinética dos
gases ou teoria do gás ideal, que é usado para explicar o comportamento
deles.
Segundo essa teoria, os gases são formados por partículas que ficam bem
afastadas umas das outras e que estão em movimento constante, de forma
veloz, livre e desordenada. O aumento da temperatura faz com que essas
partículas movimentem-se com maior velocidade, pois há aumento de sua
energia cinética média, que é diretamente proporcional à temperatura
termodinâmica (na escala kelvin), conforme mostra a equação a seguir:

EC = k . T
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*k = constante de proporcionalidade.

Além disso, a teoria cinética dos gases considera que os gases ideais possuem
as seguintes características principais:

* Massa: todos os gases possuem massa;


* Volume: o volume dos gases não é fixo porque é sempre igual ao volume do
recipiente que os contém;
O volume dos gases é variável, adaptando-se ao volume do recipiente
Título: Volume dos gases
* Dilatação e compressão: Com o aumento da temperatura e/ou diminuição da
pressão, o gás dilata-se (expande-se). Por outro lado, com um abaixamento da
temperatura e/ou aumento da pressão, ele sofre contração (é comprimido);
foto6
* Forças sobre as paredes do recipiente: As partículas dos gases que estão se
movimentando chocam-se com as paredes do recipiente que os contém,
exercendo uma pressão. Esses choques ocorrem de forma perfeitamente
elástica, o que significa que não há variação da energia mecânica total desde
que o gás esteja em equilíbrio com o meio externo, ou seja, a temperatura do
gás e a do meio externo não podem ser diferentes. Conforme já dito, um
aumento na temperatura faz com que as partículas movimentem-se com maior
velocidade, o que resulta também em um aumento da pressão exercida pelo
gás. Quando as partículas chocam-se, isso também ocorre elasticamente, sem
perda de energia cinética entre elas.
* Difusão: As partículas dos gases difundem-se em outros gases, ou seja,
espalham-se, movimentando-se espontaneamente em outros meios gasosos.
Foto7
* Densidade: Os gases apresentam baixa densidade porque, em comparação
com os líquidos e sólidos, a mesma massa ocupa um volume muito maior.
↓ Densidade = massa
                        volume ↑
* Forças de atração intermolecular: O gás ideal não interage com outros gases.
É importante lembrar que esse é o comportamento dos gases ideais, e não dos
gases reais. Por exemplo, os gases reais interagem sim uns com os outros.
Apesar disso, gases reais em determinadas condições (baixas pressões e altas
temperaturas) possuem um comportamento bem próximo do ideal.

O estudo do comportamento dos gases deve ser feito sempre a partir de suas
três variáveis de estado: pressão, temperatura e volume. Você pode entendê-
las melhor por meio do texto a seguir:
- Variáveis de estado dos gases.
Foto8

Https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/conceito-caracteristicas-dos-
gases.htm

foto 1

O volume dos gases é variável, adaptando-se ao volume do recipiente

foto2

Modelo representando os contituintes de um material em diferentes estados


físicos
foto 3

A compressibilidade dos gases é grande

foto4

Exemplos de gases moleculares

foto5

Exemplos de aplicações dos gases hélio e neônio

foto6

A compressibilidade dos gases é grande. Eles podem contrair-se ou se


expandir de acordo com a variação da pressão e da temperatura

foto7

Representação de difusão gasosa quando a válvula é aberta e os dois gases


são colocados em contato

foto8

Ilustração de moléculas de gás carbônico. Assim como ele, a maioria dos


gases é formada por moléculas
Lei zero da termodinâmica

Lei Zero da Termodinâmica


A Lei Zero da Termodinâmica trata das condições para a obtenção do equilíbrio
térmico. Dentre essas condições podemos citar a influência dos materiais que
tornam a condutividade térmica maior ou menor.

Segundo essa lei,

1. Se um corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo B e


2. Se esse corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo C, logo
3. B está em equilíbrio térmico em contato com C.

Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato,


aquele que estiver mais quente irá transferir calor para aquele que estiver mais
frio. Isso faz com que as temperaturas se igualem chegando ao equilíbrio
térmico.

É chamada de lei zero porque o seu entendimento mostrou-se necessário para


as primeiras duas leis que já existiam, a primeira e a segunda leis da
termodinâmica.

Https://www.todamateria.com.br/termodinamica/

Quando se trata de temperatura, a sensação do ser humano é muito imprecisa.


Um exemplo é uma pessoa que caminha descalço sobre um carpete e em
seguida sobre um piso de cerâmica. Embora ambos estejam na mesma
temperatura, a sensação é de que o carpete é mais quente que a cerâmica,
enquanto que na verdade a taxa de transferência de calor em relação à
cerâmica é maior do que a do carpete.

Esta preocupação em como efetuar medidas de temperatura foi o incentivo


para que se chegassem a Lei Zero da Termodinâmica. Ela surgiu
posteriormente às primeiras leis, mas devido a sua importância na
fundamentação destas, ela é chamada de "Zero", a fim de vir antes das
demais. Contudo, antes de enunciá-la, vamos a definição de alguns conceitos
importantes, como o da própria temperatura.

A temperatura é definida como o grau de agitação das partículas de um corpo,


sendo este grau de agitação caracterizado pelo aumento da energia
cinética das partículas. Já o calor é a taxa de energia transferida entre dois
corpos a temperaturas diferentes. Supondo que dois corpos tenham terminado
a transferência de calor entre si, isso implica que ambos estão a mesma
temperatura, logo estão em equilíbrio térmico.

Se puder existir transferência de calor entre dois objetos, dizemos que eles
estão em contato térmico. Neste caso, quando há um contato térmico, se
houver uma parede que os separe, ela é chamada parede diatérmica, pois
permitirá a passagem de calor. Caso contrário, chama-se parede adiabática,
pois não permitirá o fluxo de calor e não ocorrerá, dessa forma, o contato
térmico.

Diante das definições apresentadas, há três tipos de ambientes em que os


objetos em estudo podem estar:

 Sistema aberto: é permitida a troca de energia e de massa com a


vizinhança. Exemplo: um copo de água aberto.
 Sistema fechado: não troca massa, apenas energia com a vizinhança,
possuindo paredes diatérmicas e um contato térmico com o meio externo.
Exemplo: uma garrafa plástica de água fechada.
 Sistema isolado: não troca massa nem energia, não havendo nenhuma
troca ou qualquer interação com a vizinhança. Suas paredes são
adiabáticas e não há contato térmico. Exemplo: Uma garrafa térmica de café
(é o exemplo do dia-a-dia que mais se aproxima, mesmo não sendo um
sistema perfeitamente isolado de fato, pois ainda existem pequenas trocas
de calor com o ambiente).

Sendo assim, para entender a Lei Zero, considere o seguinte experimento, em


que há dois corpos A e B, cada um em seu sistema isolado. Queremos saber
se ambos estão com a mesma tempertura, mas sem colocá-los em contato, ou
seja, verificaremos o equilíbrio térmico sem o contato térmico entre A e B.

Para isso, é colocado o corpo A em contato com o corpo C, nota-se que ambos
estão em equilíbrio térmico entre si. Posteriormente, é colocado o corpo C em
contato com o corpo B e também nota-se que ambos estão em equilíbrio
térmico entre si. Desta forma, se A e C estão em equilíbrio térmico, então a
temperatura de A (TA) é igual a temperatura de C (TC) e, se C e B estão em
equilíbrio térmico, então a temperatura de C (T C) é igual a temperatura de B
(TB). Ou seja,

TA = TC

TC = TB

Logo,

TA = TC = TB

TA = TB

É com este resultado que enunciamos a Lei Zero da Termodinâmica:

"Dois corpos (ou sistemas) em equilíbrio térmico com um terceiro corpo (ou
sistema) estão em equilíbrio térmico entre si."

Os termômetros fazem o papel do corpo C hoje em dia, por isso a importância


desta lei.

Https://www.infoescola.com/fisica/lei-zero-da-termodinamica/

Nos estudos iniciais sobre a Termodinâmica, vimos que dois corpos estão em
equilíbrio térmico quando possuem a mesma temperatura. Mas a noção de
equilíbrio térmico precisa de alguns comentários adicionais.
De acordo com a figura acima, temos um recipiente contendo água até à
metade, com temperatura de 20ºc. Dentro do recipiente (em azul) colocamos
um pouco de suco de uva, à temperatura de 30ºc. Utilizando dois termômetros,
podemos medir a temperatura de ambas as partes, água e suco,
separadamente.

Dessa forma, podemos verificar que a temperatura do suco está mais elevada
do que a temperatura da água, pois o processo de transferência de calor não
se dá imediatamente. Portanto, depois de alguns minutos, verificaremos que
ambas as partes da mistura estão com a mesma temperatura.

De acordo com a figura, notamos que um corpo está em equilíbrio térmico


quando todas as suas partes estão à mesma temperatura.

A Lei Zero da Termodinâmica

Após a constatação de que o calor é uma forma de energia que poderia ser
transformada em outra, a Termologia passou a ser chamada de
Termodinâmica. Foi no ano de 1930 que se percebeu que, para se obter uma
estrutura lógica na apresentação da Termodinâmica, era necessário colocar
uma outra lei antes das que já haviam sido enunciadas (1º lei e 2º lei). Assim,
essa outra lei recebeu o nome de Lei Zero da Termodinâmica.

Consideremos dois objetos A e B. Se um terceiro objeto T está em equilíbrio


térmico com A e também em equilíbrio térmico com B, então A e B estão em
equilíbrio entre si.
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Foto1
Equilíbrio térmico entre os corpos A e B.
É essa lei que garante a possibilidade de usarmos um termômetro T para
averiguar se dois corpos A e B estão em equilíbrio. Para isso, basta conferir se
os dois corpos têm a mesma temperatura.
Https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/lei-zero-termodinamica.htm

Histórico

A Lei Zero da Termodinâmica tem esta denominação graças à Ralph H. Fowler


(1889- 1944), um grande físico inglês, que no século XX depois de muito tempo
de desenvolvimento da lei experimental, à considerou como uma lei básica,
pois sem ela o conceito de temperatura não poderia ser definido e é postulado
que: “Se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, estarão
em equilíbrio térmico entre si ”ou seja "se dois corpos A e B estão
separadamente em equilíbrio térmico com um terceiro corpo C, então A e B
estão em equilíbrio térmico entre si . Contudo, se fez necessária a
estruturação da apresentação da Termodinâmica de uma forma mais logica,
como a primeira e a segunda lei já haviam sido formuladas, então, surgiu o
termo Lei Zero. Desde então esta denominação vem sendo utilizada em física.
Essa lei permite a definição de uma escala de temperatura, como por exemplo,
as escalas de temperatura Celsius, Fahrenheit, Kelvin...

A Lei Zero como relação de equivalência

Um sistema termodinâmico está, por definição, em seu próprio estado de


equilíbrio termodinâmico, ou seja, não há mudança em seu estado observável
(isto é, em seu macroestado) com o tempo, e não há fluxo no sistema. Uma
declaração precisa da lei zero é que a relação de equilíbrio térmico é
uma Relação de equivalência em pares de sistemas termodinâmicos.[3]

Em outras palavras, pode-se dizer que se um corpo A, está em equilíbrio


térmico com dois outros corpos, B e C, então B e C estão em equilíbrio térmico
com o outro. Sendo assim, considera-se o equilíbrio térmico como uma relação
transitiva e assume esta característica se encontra em duas situações:

1. Se ambos os sistemas estão em equilíbrio (A, B e C);


2. E se mantém assim quando os sistemas são colocados em contato,
possibilitando assim a troca de calor, mas não de trabalho ou partículas. [4]

Com isso, podemos definir uma temperatura ou uma escala termométrica.


A Lei Zero é a condição básica necessária para a existência de uma função
temperatura, então não é apenas uma relação transitiva, mas também uma
relação de equivalência, o que significa que é uma lei reflexiva e simétrica.

A Lei Zero recebeu esse nome porque é mais fundamental do que qualquer um
dos outros. Entretanto, a necessidade de declará-lo explicitamente como uma
lei não foi percebida até a primeira metade do século XX, bem depois que as
primeiras três leis já estavam em uso, por isso a numeração ‘zero’. Ainda há
discussão sobre seu status em relação às outras três leis. [5]

Foto2

Toda lei da física tem sua relevância, assim como a Lei Zero da termodinâmica,
que curiosamente foi a última lei a ser introduzida na literatura. Após a
constatação de que o calor é uma forma de energia que poderia ser
transformada em outra, a Termologia passou a ser chamada de
Termodinâmica. Para se obter uma estrutura lógica na apresentação da
Termodinâmica, era necessário colocar uma outra lei antes das que já haviam
sido enunciadas (1º lei e 2º lei). Assim, essa outra lei recebeu o nome de Lei
Zero da Termodinâmica.[10]

Foto3

Se A está em equilíbrio com B e A também está em equilíbrio térmico com C,


podemos concluir que B está em equilíbrio térmico com C.

Com os fundamentos desta lei, podemos garantir a possibilidade de usarmos


um termômetro Z para averiguar se dois corpos X e Y estão em equilíbrio. Para
isso, basta conferir se os dois corpos têm a mesma temperatura.

Https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_zero_da_termodin%C3%a2mica
foto1

foto2

foto3
Conceito de trabalho e o gás (trabalho do gás e trabalho
sobre o gás).

Conceito de Trabalho

Antes mesmo de começarmos a falar sobre o trabalho de um gás, vamos


recordar um pouco como o conceito de trabalho é utilizado e definido na física.

Trabalho em física, é quando aplicamos uma força sobre um objeto qualquer

Trabalho significa transferir energia de um corpo a outro através de uma força,


promovendo um deslocamento.

Para realizar um trabalho necessitamos que uma força seja aplicada sobre um
objeto e esta cause um deslocamento sobre o mesmo. Para calcularmos o
trabalho utilizamos a equação:

Τ=F.D

Onde τ é o trabalho realizado, em Joules (N.m), F é a força empregada sobre o


objeto, em Newton (N), e d é a o deslocamento sofrido pelo objeto, em metros
(m).

Trabalho de um gás perfeito


Mas, voltando para o nosso assunto sobre gases perfeitos, vamos verificar qual
é o conceito e a definição de trabalho nesse caso, quanto estamos falando de
gases.

Um gás, ou melhor, o estado gasoso não tem uma forma definida, assim ele
assume a forma e ocupa o volume do recipiente onde ele está aprisionado. E é
partir dessa questão que iremos analisar como irá ocorrer o trabalho em um
gás.

Figura1: Um gás aprisionado dentro de um recipiente, recebe uma certa


quantidade de calor, que ocasiona um aumento de seu volume.
Quando um gás recebe uma certa quantidade de calor, ele sofre uma variação
em seu volume, ou seja, ele se expande. Sendo assim, ocorre um aumento de
seu volume. Caso esse mesmo gás seja comprimido, haverá diminuição do
volume, e ele perderá uma certa quantidade calor.

Em ambos os casos descritos acima há um certo deslocamento da massa de


gás que temos no recipiente, e é nesse caso que realizamos um trabalho.

Assim, podemos concluir que:

O gás realiza um trabalho:


Quando um gás recebe calor do meio externo, e isso faz com que ele se
expanda, ou seja, aumente seu volume, dizemos que o gás realizou um
trabalho.

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O gás sofre um trabalho:


Quando um gás perde, ou cede, calor para o meio externo, há uma
compressão, ou seja, uma diminuição de seu volume, dizemos que o gás
sofreu um trabalho.

Cálculo do trabalho em um gás

Para o cálculo do trabalho de um gás iremos considerar inicialmente uma


transformação isobárica. Ou seja, uma transformação onde a pressão se
mantém constante, então o trabalho de um gás será:

Τ = P . ΔV

Onde τ é o trabalho (J), P é a pressão (N/m²), e ΔV é a variação do volume


(m³).

É importante lembrar que a definição de pressão é a força aplicada (N) em uma


determinada área (m²), e que o volume é dado em m³, como visto acima. Então
quando analisamos as unidades de medidas, observamos que:
Temos aqui a mesma unidade de medida
utilizada anteriormente para a definição do conceito de trabalho, de maneira
mais ampla.

Mas você deve estar se perguntando, e quando a transformação não for


isobárica, como podemos calcular o trabalho de um gás?

Bem é possível calcular o trabalho de um gás, quando a transformação não for


isobárica a partir de um gráfico, como podemos ver na figura 4.

Trabalho de um gás em gráfico


Figura2: Gráfico de pressão x volume de gás.

Nesse caso é possível calcular o trabalho de um gás a partir do gráfico


calculando a área em baixo da curva, ou seja, o trabalho será dado pela área
sombreada da figura 4.

Aplicação do trabalho de um gás


O estudo sobre o trabalho de um gás, que ocorre em decorrência das
transformações gasosas, teve início na primeira revolução industrial.

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Nesse momento foram criadas as primeiras máquinas a vapor, nas quais a


queima de combustível (carvão) gerava calor, que aquecia e vaporizava
determinada massa de água. Esse vapor acionava uma turbina que produzia
um movimento, e mais recentemente energia elétrica.

Atualmente, nos automóveis, o motor a combustão é um bom exemplo


de máquina térmica. Nesses motores ocorre a rápida expansão dos gases,
após a explosão, o que movimenta pistões que transmitem movimento ao
carro, ou seja, realizam trabalho.

Https://cursoenemgratuito.com.br/trabalho-de-um-gas/
Trabalho de um Gás
1- Trabalho em Transformação Isobárica
Na Fig. 1 representamos um gás contido em um cilindro provido de êmbolo
móvel. A pressão (p) do gás é a soma da pressão atmosférica com a pressão
causada pelo peso do êmbolo. Suponhamos que o gás seja aquecido,
ocasionando uma expansão, isto é, um aumento de volume (Fig. 2), passando
do volume V1 para o volume V2.

Fig. 3Fig.04
Durante a expansão a pressão se manteve constante e o gás aplicou sobre o

êmbolo uma força   provocando um deslocamento  . Assim o trabalho ( )


realizado pelo gás foi:

 = p .   (IV)

Quando o gás sofre uma compressão, isto é, uma diminuição de volume, o

deslocamento   tem sentido oposto ao da força   aplicada pelo gás (Fig.4).


Nesse caso o trabalho do gás é negativo.
Fig. 5
Em resumo:

Expansão (aumento de volume)   Trabalho do gás > 0


Compressão (diminuição de volume)   Trabalho do gás < 0

2- Trabalho em Transformação Qualquer


A equação IV ( = p .  ) só pode ser usada quando a pressão se mantém
constante. Quando a pressão varia (durante a variação de volume), o trabalho
do gás deve ser calculado graficamente. É possível demostrar que, em
qualquer caso, o trabalho   do gás tem módulo numericamente igual à área da
região sombreada no gráfico da Fig. 5, continuando a valer:
Fig.6
 
Aumento de volume     > 0
Diminuição de volume     < 0

Transformação Cíclica
Quando um gás sofre uma transformação de modo que o estado final coincide
com o inicial, dizemos que a transformação foi cíclica ou que o gás realizou
um ciclo. Como exemplo temos o caso da Fig. 6. Nesse caso o gás saiu do
estado A, e no final voltou ao estado A.
Fig. 7
Trabalho num ciclo horário
Suponhamos que um gás realize o ciclo indicado na Fig. 7. Dizemos que é um
ciclo horário pois foi realizado no mesmo sentido dos ponteiros do relógio.
Fig. 8
Ao ir do estado A para o estado B o gás realizou um trabalho positivo   dado
1

pela área da região smbreada na Fig. 8. Ao ir do estado B para o estado A, o


gás realizou um trabalho negativo dado pela área da região sombreada na Fig.
9.
Fig. 9 Fig. 10
Comoa1 > A2 , o trabalho total no ciclo ( ) será dado por A1 - A2, isto é, pela
área da região sombreada na Fig. 10.
Fig. 11
Trabalho num ciclo anti-horário
Na Fig. 11 representamos um ciclo anti-horário, isto é, um ciclo que foi
percorrido no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Seguindo o mesmo
raciocínio desenvolvido anteriormente, podemos mostrar que, em modo, o
trabalho do gás é dado pela área da região sombreada na figura. Porém, neste
caso, o trabalho é negativo.
Fig. 12
Em resumo:
Ciclo horário   > 0
Ciclo anti-horário   < 0

Trabalho do meio externo


Quando o volume de um gás varia, o meio externo realiza um trabalho que tem
o mesmo modo mas sinal oposto ao do trabalho do gás. Assim:
Trabalho do gás é positivo
Expansão 
Trabalho do meio externo é negativo
Trabalho do gás é negativo
Compressão 
Trabalho do meio externo é positivo
Https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/fisica/termologia/aulas/
trabalho_de_um_gas_e_a_primeira_lei_de_termodinamica

O trabalho de um gás na termodinâmica

Quando aplicada uma força F sobre o embolo esta pode ser expressa pela
equação F = P . A, onde P é a pressão realizada sobre a área de contato (A).

Sabemos que ele é descrito pelo produto entre a força e a variação do espaço
promovida pelo mesmo sobre o trabalho de uma força, logo temos que:

Foto13

Pode-se também, calcular o trabalho por meio da área do gráfico expresso no


plano P x Δv.

Observe também a figura a seguir para ficar mais claro:

Foto14
Essa figura ilustra um cilindro com gás em seu interior que se trata de uma
variação de temperatura.

O que ocorre?

O êmbolo desse cilindro pode mover-se livremente e sem atrito. O cilindro da


figura contém uma massa de gás ideal. O peso diante esse êmbolo conserva
constante a pressão no interior do cilindro.
As moléculas do gás recebem energia térmica e começam a movimentar-se,
gerando uma expansão que move o êmbolo para cima a uma altura h. Quando
esse sistema é submetido a um aumento de temperatura.

Sempre que uma força cria o deslocamento de um corpo, ela realiza trabalho.
Esse tal deslocamento ocorreu em consequência de uma força F que agiu
sobre o êmbolo. O trabalho feito pela força F é dado relatado equação:

Τ=F.H

A pressão é dada pela fórmula:

P = F
A

Que pode ser reescrita como:

F=P.A

Sendo:

P – pressão;
F – Força;
A – Área em que a força é exercida.

Obtém-se a expressão que conecta o trabalho realizado pelo gás com a


variação do volume gerada por ele ao ser submetido a uma fonte de calor.
Substituindo a força na equação anterior, Observe:

Τ = P . A. H

A variação de volume é dada pelo produto da área pela altura, assim:

ΔV = A . H

Portanto:

Τ = P . ΔV
Para transformações isobáricas a equação obtida é válida somente para os
casos em que a pressão é mantida constante.

O trabalho realizado pelos gases

O trabalho realizado por um gás também poderá ser calculado a partir de um


gráfico da pressão em função do volume. O gráfico da pressão P em relação
do volume V permitirá o cálculo do trabalho realizado pelo gás

A área compreendida entre a reta que representa a variação das duas


grandezas e o eixo dos volumes é igual ao trabalho realizado pelo gás:

A=τ

Essa propriedade do gráfico P x V poderá ser prolongada para qualquer tipo de


transformação gasosa, não apenas a isobárica.

O vapor a alta pressão gerado durante o aquecimento da água faz com que as
pás das turbinas do gerador movam-se, gerando energia elétrica esse fato de
um gás conseguir realizar trabalho é aproveitado para a geração de energia
elétrica nas usinas termelétricas.

Https://voupassar.club/termodinamica-e-o-trabalho-de-um-gas/

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A robótica e a termodinâmica
A robótica é uma ciência responsável por desenvolver tecnologias presentes
em computadores, sistemas, softwares e robôs. Seus circuitos integrados
controlam partes mecânicas e automáticas.
O termo robótica surgiu no início do século XX, mas foi popularizado apenas
em 1950. O motivo? O lançamento do livro “Eu, Robô”, do autor de ficção
científica Isaac Asimov. A obra levantou diversas discussões sobre a relação
entre homens e máquinas.

Desde a Primeira Revolução Industrial, robôs e outros equipamentos são


utilizados para aumentar a produtividade das empresas. Assim, os robôs
industriais tiveram as suas primeiras aplicações. Depois disso, as
transformações não pararam e, atualmente, essas tecnologias continuam a
aprimorar a qualidade de inúmeros produtos.

Https://blog.ucl.br/o-que-e-robotica-e-por-que-voce-precisa-se-importar/

Do motor dos automóveis à panela de pressão, a termodinâmica está presente em


muitos fenômenos do dia a dia. Desde as antigas máquinas a vapor, fundamentais
para a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra em meados do século XVIII, os
estudos da termodinâmica possibilitaram a análise das propriedades da matéria
em determinadas situações de pressão e temperatura.

Como surgiram os primeiros indícios da termodinâmica na história?


- A Revolução Industrial só foi possível graças às máquinas térmicas,
principalmente às movidas a vapor. Voltando um pouco mais ao passado, na
época da Grécia antiga, já havia incidências das maquinas térmicas. A turbina de
Heron é um bom exemplo, pois consistia de uma espécie de panela com dois
canículos tangenciais para a saída de vapor. À medida que o líquido localizado
dentro dessa panela evaporava, o vapor a fazia girar, fornecendo energia
mecânica a partir de uma energia térmica. Ou seja, temos aí uma transformação
de energia. Entretanto, o experimento de Heron não tinha nenhuma aplicação
prática na época.
A pressão aumenta quando um fluído passa do estado líquido para o gasoso. E o
que acontece na reação inversa?
- Do mesmo modo que a água aumenta de volume quando muda do estado líquido
para o gasoso, na reação inversa acontece o contrário. É o princípio da bomba de
vácuo. No século XIX, esse tipo de processo foi usado para sugar água das minas
de carvão. O fenômeno também ocorre nas frentes frias. Quando o tempo começa
a mudar, o vapor disperso na atmosfera condensa com um ar mais frio, fazendo
com que a pressão caia. No Brasil, quando vem uma frente fria para o Sudeste, por
exemplo, percebemos o ar bem mais quente, pois com a diminuição de pressão, o
ar quente do Nordeste, ou do Centro-oeste, se desloca para essa região.
Hoje em dia, onde a termodinâmica é aplicada?
- Em todos os processos que envolvem a mudança de estados. Sua aplicação vai
desde as máquinas térmicas à meteorologia, com a medição de pressão e
temperatura, umidade relativa do ar. Ou seja, existem inúmeros instrumentos que
permitem medir as características variáveis dos gases, como os hidrômetros, que
conferem a umidade relativa do ar e o barômetro, que afere a pressão.

A termodinâmica também é aplicada em larga escala nos automóveis. No


processo de combustão, há uma grande liberação de calor e energia. Essa energia
térmica é aproveitada para realizar o trabalho mecânico. A termodinâmica também
é aplicada em outras situações, como na turbina de avião e nas usinas
termoelétricas, que se utilizam do calor produzido pela fissão atômica.
Http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2011/12/entenda-o-que-e-
termodinamica-e-suas-aplicacoes-nos-dias-de-hoje.html

História

A Wikipédia possui o:
Portal de Química

Gás nobre é uma tradução da língua alemã do substantivo Edelgas utilizado por Hugo


Erdmann em 1898 para indicar um nível de reatividade química extremamente baixa. [3] O
nome faz uma analogia ao termo "metais nobres", que também possuem baixa reatividade.
Os gases nobres também são referidos como gases inertes mas este rótulo está
depreciado uma vez que já são conhecidos compostos de gases nobres. [4] Gases raros é
outro termo que foi empregado,[5] mas não é preciso uma vez que o argônio é encontrado
em quantidade considerável (0,94% por volume e 1,3% por massa) na atmosfera terrestre.
[6]

O hélio foi inicialmente detectado no Sol devido a sua linha espectral característica.

Pierre Janssen e Joseph Norman Lockyer descobriram um novo elemento em 18 de


agosto de 1868 enquanto examinavam a cromosfera do Sol, e nomearam o
elemento hélio, palavra grega para o Sol, ήλιος (ílios ou helios).[7] Nenhuma análise
química foi possível na época, porém posteriormente constatou-se que o hélio era um gás
nobre. Antes deste, em 1784, o químico inglês Henry Cavendish havia descoberto que o ar
continha uma pequena porção de uma substância menos reativa que o nitrogênio.[8] Um
século depois em 1895, Lord Rayleigh descobriu que amostras de nitrogênio do ar
possuíam uma densidade diferente do nitrogênio resultante de reações químicas. Junto
com o cientista escocês William Ramsay, Lord Rayleigh teorizou que o nitrogênio extraído
do ar era uma mistura de outro gás e realizou um experimento que isolou o novo elemento
com sucesso: o argônio, da palavra grega αργός (argós, "inativo").[8] Com esta descoberta,
eles descobriram uma nova classe inteira de gases que estavam faltando na tabela
periódica. Durante a procura pelo argônio, Ramsay também conseguiu isolar o hélio pela
primeira vez a partir do aquecimento da cleveíta, um mineral. Em 1902, tendo aceitado a
evidência para os novos elementos hélio e argônio, Dmitri Mendeleev incluiu estes gases
como um grupo 0 em seu arranjo de elementos, que posteriormente iria se tornar a tabela
periódica.[9]
Ramsay continuou a procura por gases utilizando o método de destilação fracionada para
separar ar liquefeito em vários componentes. Em 1898, descobriu os
elementos criptônio, neônio e Xenônio que foram nomeados a partir das palavras
gregas κρυπτός (kryptós, "oculto"), νέος (néos, "novo"), e ξένος (xénos, "estranho"),
respectivamente. O radônio foi identificado inicialmente por Friedrich Ernst Dorn em 1898,
[10]
 e foi nomeado emanação do rádio mas não foi considerado um gás nobre até 1904
quando suas características foram descobertas como sendo similares aos de outros gases
nobres.[11] Rayleigh e Ramsay receberam o Prêmio Nobel em física e química,
respectivamente, por suas descobertas dos gases nobres; [12] e nas palavras de J. E.
Cederblom, então presidente da Academia Real das Ciências da Suécia, "a descoberta de
um novo grupo de elementos inteiro, do qual nenhum outro elemento havia sido
descoberto com alguma incerteza, é uma coisa absolutamente única na história da
química, sendo intrinsecamente um avanço na ciência de significância peculiar". [13]
A descoberta dos gases nobres ajudou no desenvolvimento do entendimento geral
da estrutura atômica. Em 1895 o químico francês Henri Moissan tentou reagir o flúor, o
elemento mais eletronegativo, e o argônio, um dos gases nobres, mas não foi bem
sucedido. Os cientistas não eram capazes de preparar compostos com argônio até o final
do século XX, mas tais tentativas ajudaram o desenvolvimento da estrutura atômica. O
aprendizado destes experimentos ajudou Niels Bohr a propor em 1913 que os elétrons nos
átomos são arranjados em camadas eletrônicas que circulam o núcleo atômico, e que para
todos os gases nobres exceto o Hélio a camada mais exterior possuía oito elétrons. [11] Em
1916 Gilbert N. Lewis postulou a regra do octeto que postula que um octeto de oito
elétrons na última camada era o arranjo mais estável para qualquer átomo; este arranjo
causava a não reatividade destes com outros elementos uma vez que estes não requeriam
mais elétrons para completar suas camadas externas. [14]
Em 1962, Neil Bartlett descobriu o primeiro composto químico de um gás nobre,
o hexaflourplatinato de xenônio.[15] Posteriormente, compostos de outros gases nobres
foram descobertos: difluoreto de radônio ainda em 1962[16] e o difluoreto de criptônio em
1962 (KrF2).[17] O primeiro composto estável do argônio foi relatado em 2000 quando
o fluoridreto de argônio () foi formado a temperatura de 40 K.[18]
Em dezembro de 1998, cientistas do Joint Institute for Nuclear
Research em Dubna, Rússia bombardearam plutônio (Pu) com cálcio (Ca) para produzir
um único átomo do elemento 114,[19] o fleróvio (Fl).[20] Experimentos preliminares de química
indicaram que este elemento poderia ser o primeiro elemento superpesado a demonstrar
propriedades similares a um gás nobre de modo anormal, embora fosse do grupo 14 da
tabela periódica.[21] Em outubro de 2002, cientistas do mesmo instituto junto com
o Lawrence Livermore National Laboratory criaram com sucesso o ununóctio (Uuo), o
sétimo elemento do grupo 18,[22] pelo bombardeamento do califórnio (Cf) com cálcio (Ca).[23]
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_nobre

Os elementos químicos do grupo dos gases nobres da Tabela Periódica


são aqueles que estão localizados na família 18 ou, conforme notação
mais antiga, família 8 A. Essa família também é chamada de grupo zero,
porque a reatividade desses elementos em condições ambientes é nula.
Portanto, os gases nobres são: hélio (He), neônio (Ne), argônio (Ar),
criptônio (Kr), xenônio (Xe) e radônio (Rb).
Conforme o próprio nome indica, todos esses elementos estão no estado
gasoso em condições ambientes e são chamados
de “nobres” ou “raros” porque a principal característica química deles é
sua grande estabilidade, pois não precisam se ligar a outros elementos
químicos para ficarem estáveis.
Isso ocorre porque esses elementos possuem a configuração eletrônica
na camada de valência (nível eletrônico mais externo do átomo) igual
a ns2 np6, ou seja, possuem oito elétrons na sua última camada. A
exceção é o hélio, que, por deter somente a camada eletrônica K, possui
somente dois elétrons. Veja as configurações de cada um:
2He: 1s
2

10Ne: 1s / 2s 2p
2  2  6

18Ar: 1s / 2s 2p  / 3s 3p
2  2  6 2  6

36Kr: 1s / 2s 2p  / 3s 3p 3d  / 4s  4p


2  2  6 2  6  10 2 6

54Xe: 1s / 2s 2p  / 3s 3p 3d  / 4s  4p  4d  / 5s 5p


2  2  6 2  6  10 2 6 10 2  6

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86Rn: 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d10 / 4s2 4p6 4d10 4f14 / 5s2 5p6 5d10 / 6s2 6p6


Inclusive, a teoria do octeto baseia-se nessa ocorrência para explicar
porque os demais elementos químicos realizam ligações químicas. Ela
diz que, para um elemento ficar estável, ele precisa receber, perder ou
compartilhar elétrons com outro elemento, com a finalidade de ficar com
um total de 8 elétrons na camada de valência. Os elementos como o
hidrogênio e o neônio, que possuem somente uma camada eletrônica,
devem ficar com dois elétrons para ficarem estáveis.
Até o ano de 1960 os cientistas pensavam que os gases nobres eram
inertes, não se combinando de forma alguma com outros elementos. No
entanto, hoje sabemos que isso é possível sim, como os compostos
XePtF6 e XeF4.
Veja as principais utilizações de cada um dos elementos do grupo dos
gases nobres:
Os elementos do grupo 18 da Tabela Periódica são os gases nobres

https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/gases-nobres.htm

No final do século 19, toda uma família da tabela periódica foi


isolada, quase de uma só vez: os gases nobres.

Os gases nobres (os elementos da família 18 da tabela periódica) são


gases monoatômicos que possuem a camada eletrônica mais externa
completa. Por isso, são elementos de baixíssima reatividade, que
chegaram a ser chamados de inertes até que se provasse que é possível
fazer alguns compostos com os representantes mais "pesados" da
família. Por exemplo, Kr, Xe e Rn podem formar compostos químicos
(mas com o F, Cl e O, os elementos mais eletronegativos, e em
condições enérgicas).

Veja abaixo a distribuição eletrônica dos gases nobres. Repare que


não há orbitais (nem subníveis) semipreenchidos, o que explica a
pouca reatividade da família.

2 He 10Ne 18 Ar K
36 54 Xe 86 Rn

1s2

2s2 2p6

3s2 3p6 3d10


4s2 4p6 4d10 4f14

5s2 5p6 5d10

6s2 6p6

Quanto à descoberta tardia dessa família, vamos ver um pouco mais


do histórico:

Hélio, é claro, no Sol


Justiça seja feita, o hélio não só foi descoberto bem antes dos outros
gases nobres, como também foi o primeiro elemento descoberto fora
da Terra: seu nome deriva do grego "hélios" (Sol), porque a sua
presença foi determinada na coroa solar, em 1868, através da técnica
de espectroscopia, em que se usa um prisma ou malha de difração para
decompor a luz em diversos comprimentos de onda. Como cada
elemento tem uma "assinatura" espectral única, foi possível deduzir
que uma linha amarela (587,5nm) - até então não observada - deveria
ser de um novo elemento. Esse novo elemento só foi isolado na Terra
em 1895, e é relativamente raro aqui porque é capaz de escapar para o
espaço. Ironicamente, o hélio é o segundo elemento mais abundante
no universo, atrás apenas do hidrogênio.

Outros gases nobres


O próximo gás nobre descoberto foi o argônio (que é relativamente
abundante na Terra, com quase 0,93% da atmosfera). Esse gás foi
descoberto em 1894, quando Rayleigh e Ramsay tentavam determinar
porque o nitrogênio isolado do ar (após a remoção do oxigênio e gás
carbônico por reação) era mais denso que o nitrogênio produzido por
reação (decomposição de amônia).

Os cientistas imaginaram que deveria haver um contaminante mais


pesado no nitrogênio "do ar", ou algo mais leve no nitrogênio da
amônia. Tratando o nitrogênio "do ar", com magnésio, para remover o
N2, obtiveram um resíduo resistente a reações: o argônio. O nome
argônio vem do grego "argos" ou "inativo", em referência à sua inércia
química.

Imaginando que outros gases pouco reativos poderiam ser isolados do


ar (e completar a tabela periódica), Ramsay e Travers trabalharam
intensamente para isolar, nessa ordem, o hélio (1895), o criptônio (do
grego "kryptos", ou escondido - já que a sua quantidade no ar são
ínfimos 0,0001%), o neônio (do grego "neo", ou novo) e o xenônio
(do grego "xenos", estrangeiro). Os três foram isolados em 1898. O
radônio, um gás radioativo cujo isótopo mais estável tem uma meia-
vida de cerca de 4 dias, foi isolado em 1900 por Dorn. Por causa dessa
curta meia-vida, o radônio é muito raro: apresenta-se com apenas 10-
15
ppm na atmosfera.

Abundância e inércia química


Por quê esses gases passaram tanto tempo desconhecidos? Afinal, já
havia químicos em busca da sistematização das substâncias e
elementos químicos há pelo menos dois séculos, à época desses
isolamentos. Que o xenônio, por exemplo, tenha sido descoberto
tarde, entende-se - afinal, é um elemento relativamente escasso. Mas o
argônio? Há 25 vezes mais argônio no ar do que CO2!

Ocorre que, sendo relativamente inertes, os gases nobres não


participavam de reações e eram contabilizados como N2 ou como um
erro experimental (erros de 1 ou 2% são considerados pequenos,
dependendo da área em que se pesquisa). Só quando uma busca
sistemática, feita sobretudo por Rayleigh, foi conduzida é que se
isolou esses gases.

Destilação fracionada do ar
Outra razão importante para a demora no isolamento desses gases é a
forma de separação. Afinal, remover os gases reativos (N2, O2, CO2,
CO e outros) do ar é relativamente fácil. Mas, e quando se chega a
uma mistura de gases nobres, como é que a separação pode ser feita?
É aí que entra a destilação fracionada: os gases são liquefeitos e
lentamente destilados, de forma que vão escapando da mistura de
acordo com o seu ponto de ebulição. A tecnologia para essa
liquefação, que exige temperaturas muito baixas, foi aperfeiçoada no
final do século 19.

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/gases-nobres-helio-
argonio-neonio-xenonio-criptonio.htm

Gases nobres são elementos da família 8A (ou família 18) que se apresentam
como gases em temperatura ambiente. Constituídos por átomos livres,
recebem o nome de monoatômicos, não são encontrado em forma molecular,
combinado com outro átomo do mesmo elemento.

O termo nobre provém de uma analogia feita por seus estudiosos referente à
primeira descoberta no século XVIII, pois naquela época a nobreza era reclusa
evitando pessoas comuns. Após sua descoberta, os estudiosos perceberam que
estes gases não eram combinados com outros elementos químicos e cunharam
o termo. Tal fato se explica pela baixa reatividade ocasionada pela baixa
afinidade eletrônica e alta energia de ionização.

“Gases nobres têm configurações eletrônicas muito estáveis,


são excepcionalmente inativos.” (Brown, T., 2009)
Isso ocorre devido os elementos da família 8A possuírem configuração
eletrônica da camada de valência estável igual a ns 2np6, dando oito elétrons. A
exceção é o elemento Hélio, que possui configuração ns 2. Com as camadas de
valência preenchidas, resulta aos gases nobres terem afinidade eletrônica
baixa. Também possuem maiores energias de ionização, esta ligada
diretamente ao raio atômico que, em gases nobres, o diâmetro entre a última
camada de valência ao núcleo do átomo é menor, consequentemente à medida
que aumenta o período da família 8A, isto é, descendo a Tabela Periódica, a
energia de ionização diminui.
Tabela Periódica dos
Elementos com destaque à localização dos Gases Nobres, família VIIIA (ou 8A, ou Grupo 18).
Ilustração: Reprodução

Ao longo da história, vários gases foram sendo descobertos, sendo o primeiro


gás nobre identificado em 1868 com o exame da cromosfera do Sol,
recebendo o nome de Hélio; em 1895 foi descoberto o argônio por meio de
exame de densidade dos gases que compõem a atmosfera; em 1898 quatro
novos gases nobres foram identificados: Criptônio, Radônio, Neônio e
Xenônio.

Os gases nobres com sua característica de baixa reatividade ajudaram na


elucidação da estrutura eletrônica da matéria, pois os cientistas até então
tentavam preparar compostos com estes gases, mas não obtiveram sucesso.
Sendo assim, em 1916, Gilbert Lewis propôs a Regra do Octeto, que é
enunciada como um octeto de oito elétrons na camada de valência é a
configuração mais estável para qualquer átomo pois não causava reatividade
com outros elementos.

Examinando mais a fundo, percebemos que os gases nobres, com exceção do


Hélio, possuem configuração ns2np6, exatamente 8 elétrons em sua camada de
valência. Logo, a regra do octeto simbolicamente postula que os elementos
químicos para adquirirem estabilidade e não reagirem precisa ter sua última
camada com configuração de um gás nobre.

Pensava-se que os gases nobres fossem compostos inertes, ou seja, não


reagiam com nenhum outro tipo de elemento. No entanto, no ano de 1962 foi
sintetizado o primeiro composto conhecido contendo um gás nobre pela
reação entre o Xenônio, Xe, e o composto de Flúor PtF 6, resultando em
compostos moleculares do tipo XeF2, XeF4 e XeF6.
Agora veja um resumo sobre os gases nobres abaixo:
* Hélio: Seu nome vem do grego helios, que significa “sol”, porque
ele foi descoberto primeiro no Sol antes que na Terra. Em 1868
o astrônomo francês Pierre-Jules-César Janssen notou uma linha
espectral amarela no espectro do sol, e depois de alguns estudos sobre
isso, o astrônomo inglês Norman Lockyer percebeu que se tratava de
um novo elemento, que ele chamou de hélio. Aqui na Terra o hélio foi
descoberto na cleveíta, um minério de urânio, pelos cientistas Ramsay,
Lockyer, Cleve e Langlet.
O hélio é um gás muito leve, sendo usado para encher balões e
misturado com o oxigênio para tratamento de asma, pois assim se
reduz o esforço muscular da respiração.
* Neônio: Seu nome vem do grego neos, que significa “novo”. Isso
porque antes dele ser descoberto em 1898 pelo químico e físico
escocês Sir Willian Ransay, os cientistas achavam que já não havia
mais nada de novo para se descobrir na atmosfera. Ele foi isolado por
esse cientista em parceria com o químico inglês Morris William
Travers (1872-1961). Um ponto importante é que Sir Willian Ransey
recebeu o prêmio Nobel de Química em 1904 por seu trabalho
experimental, inclusive a descoberta e isolamento da família de gases
nobres.
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Sir Willian Ransay – cientista que atuou na descoberta e isolamento da família de gases nobres
O neônio é o quarto gás mais abundante na atmosfera e é
extremamente estável, não se conhecendo até hoje nenhum composto
seu. Ele é usado na forma líquida como um líquido criogênico
econômico, possuindo grande capacidade de refrigeração. Mas sua
principal utilização é em letreiros luminosos, quando se passa uma
descarga elétrica nesse gás num tubo a baixa pressão, ele emite uma
coloração laranja-avermelhada. Foi daí que veio o termo “neon”, mas
os que são de outras cores não contém o neônio, mas sim outros gases.
* Argônio: Seu nome vem do grego argos, que significa
“preguiçoso”, em razão de sua inércia química, isto é, baixa
reatividade. Ele foi isolado em 1894 por Sir Willian Ransay e Lorde
Rayleigh.
Esse gás foi o primeiro gás nobre a ser descoberto aqui na Terra, e ele
é usado em lâmpadas especiais, válvulas de rádio, em contadores
Geiger, em atmosfera inerte para soldar metais com arco
elétrico (descarga elétrica), em extintores de incêndio e nos letreiros
luminosos, sendo que os que contém argônio a baixa pressão possuem
cor vermelha, mas se for a alta pressão, a cor é azul.
* Criptônio: Seu nome vem do grego Krípton, que significa “oculto”,
isto porque o Criptônio é um gás raro na atmosfera terrestre, da ordem
de 1 ppm (partes por milhão).
Ele é usado em lâmpadas incandescentes e fluorescentes usadas
principalmente em aeroportos e também em projetores
cinematográficos e em flash fotográfico para fotografar em altíssima
velocidade. O laser de Criptônio é usado na medicina para cirurgia da
retina dos olhos.
* Xenônio: Seu nome vem do grego xénos, que significa "estranho",
“estrangeiro” ou “convidado”, sendo descoberto por William
Ramsay e Morris Travers em 1898 nos resíduos resultantes da
evaporação dos componentes do ar líquido.
Ele pode ser usado como anestésico geral, em projeções de foguetes
espaciais, em tubos eletrônicos e em lâmpadas ultravioletas (usadas
em bronzeamento artificial), nos displays de plasma para os modernos
televisores e em lâmpadas especiais de faróis de veículos.
* Radônio: O radônio recebe esse nome porque ele foi descoberto no
ar que circundava os sais de rádio, tornando-o radioativo e foi então
chamado de “emanação do rádio”. Em 1904 William Ramsay viu que
devia se tratar de um novo gás nobre, porque as suas linhas espectrais
eram semelhantes às do argônio, criptônio e xenônio. Ele foi isolado
pela primeira vez em 1910 por Ramsay e Robert Whytlaw-Gray
(1887-1958).
O radônio é empregado no tratamento de alguns tipos de cânceres
(braquiterapia). Ele também é usado como indicador de possíveis
falhas geológicas e de terremotos, tendo em vista que ele é liberado
pelas rochas que o contém.
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/gases-nobres.htm

https://www.todoestudo.com.br/quimica/gases-nobres

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