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ESCRITA SOBRE A MODALIDADE DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Introdução

Devemos considerar a ação de educar, que engloba ensino e aprendizagem, é por si um


método especial, então o termo educação especial neste contexto serve para designar o
processo de educação inclusiva, o projeto inicial objetivou desenvolver atuações que
propusessem aumentar o empenho dos pedagogos e professores pela militância dos
direitos dos alunos com alguma deficiência intelectual, visual, física, auditiva ou outra,
no que se refere ao histórico e a documentos legais. As discussões sobre esse tema em
encontros com a participação da equipe escolar envolvida é de grande importância para
encontrar novas soluções na promoção do ensino e aprendizagem desses alunos.

Outro fator importante nesse processo de ensino é a aceitação do professor sobre seu
aluno que apresenta alguma condição. Assim sendo o aluno será visto em sua totalidade
podendo assim conseguir adquirir, ao seu tempo, conquistas importantes em todo o
processo submetido. A partir do momento que o professo aceita o aluno ele faz o
movimento de adquirir conhecimento sobre a condição que o aluno apresenta, pois
sabemos que mesmo possuído o mesmo laudo, cada criança é única no processo de
aquisição do conhecimento.

Nesta atividade alguns elementos irão compor a escrita sobre essa modalidade de
educação especial tais como: os marcos normativos, a trajetória histórica, os
fundamentos pedagógicos e os princípios da modalidade.
Marcos normativos
Como dito pelo poeta John Donne: “nenhum homem é uma ilha”. Os seres
humanos precisam interagir entre si para seu desenvolvimento mútuo como pessoas e
como cidadãos. Cada indivíduo tem seu papel de importância na composição da
sociedade em que está inserido; a própria palavra sociedade é descrita por certo
dicionário como um “Conjunto de membros de uma coletividade subordinados às
mesmas leis ou preceitos”. Atente-se que, nesse contexto, coletividade se refere ao
conjunto de pessoas independente de suas características físicas ou psíquicas, ou seja,
todo ser humano, mesmo com suas limitações, podem e devem ser inclusos na vida em
sociedade de modo geral, devendo ser respeitada a diversidade humana, com suas várias
culturas, particularidades e individualidades. Isso se aplica a todos; em especial às
pessoas que tem como característica uma deficiência ou circunstância que demande um
cuidado e atenção especial à garantia dos seus direitos e deveres. Nesse quadro, a escola
é uma das principais ferramentas de desenvolvimento da interação social, um ambiente
onde pessoas serão formadas para a vida em sociedade. O convívio de alunos com
necessidades especiais de aprendizagem de forma integrada com os demais alunos,
frequentando a mesma escola, participando de atividades comuns, interagindo e
compartilhando o espaço comum da sala durante todo o tempo de aula é benéfico para
todos e é um direito assegurado por lei e indicado como a forma mais adequada de
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.

A educação é a principal base da vida social. Ela transmite e amplia a cultura,


estende a cidadania, constrói saberes para o trabalho. Mais do que isso ela é capaz de
ampliar as margens da liberdade humana, à medida que a relação pedagógica adote
como compromisso e horizonte ético-político, a solidariedade e a emancipação.

No desempenho dessa função social transformadora, que visa a construção de


um mundo melhor para todos, a educação escolar tem uma tarefa clara em relação à
diversidade humana, trabalhá-la como fator de crescimento de todos no processo
educativo. Se o nosso sonho e o nosso empenho são por uma sociedade mais justa e
livre, precisamos trabalhar desde a escolha do convívio e valorização das diferenças,
alicerce para uma verdadeira cultura de paz.

Em todo mundo, durante muito tempo, o diferente foi colocado à margem da


educação: o aluno com deficiência, particularmente, era atendido apenas em separado
ou então simplesmente excluído do processo educativo com base em padrões da
normalidade. A educação especial, quando existente, também se mantinha afastada em
relação à organização e ao fornecimento de serviços educacionais.

A adoção do conceito necessidades educacionais especiais e do horizonte de


educação inclusiva sugere mudanças significativas. Em vez de se pensar no aluno como
a origem de um problema, exigindo-se dele uma adequação à padrões de normalidade
para aprender com os demais, coloca-se para os sistemas de ensino e para as condições
o interesse em atender bem a diversidade de seus alunos.

Esse aprender junto requer disposição para conversar, aprender, compartilhar e


trabalhar de maneira unificada no processo de mudança da gestão e da prática
pedagógica. Isso quer dizer que o caminho da mudança também deve ser inclusivo, não
se restringindo às instancias educacionais, tampouco aos setores responsáveis pela
Educação Especial nas diferentes esferas. Além da articulação em nível de governo,
toda a comunidade escolar, alunos que apresentam ou não necessidades especiais,
professores, famílias, direção da escola, funcionários, bem como os institutos de
pesquisa, os meios de comunicação, as organizações não governamentais e outros
segmentos da sociedade devem interatuar nesse processo. Estamos acertados de que
fazer parte do processo educativo justamente com os alunos contando com os serviços e
recursos especiais indispensáveis, é um direito dos alunos que apresentam necessidades
educacionais especiais. Cultivar as mudanças necessárias para que essa educação
inclusiva se torne realidade nas escolas brasileiras é um trabalho de todos.

No Brasil até a década de 50, praticamente não se pronunciava em educação


especial. Só a partir de 1970, que a educação inclusiva passou a ser mencionada,
causando então preocupações para o poder legislativo com criações de instituições
públicas e privadas, órgãos normativos federais e estaduais e de classes especiais. Em
1973 criou-se o Centro Nacional de Educação Especial, no ministério da educação e
cultura para elaboração e implantação de uma Política Nacional de Educação Especial.
Com a propagação da Constituição Federal em 1988, aprovou-se vários
dispositivos alusivos às vantagens do aluno com deficiência, no art. 208 que define
como dever do estado “o atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. A Educação especial então
surge com muitas lutas, organizações e leis favoráveis aos deficientes. Assim, a
educação inclusiva começou a ganhar força a partir da declaração de Salamanca, em
1994, como marco inicial da caminhada para a educação inclusiva. A educação
inclusiva é um verdadeiro marco teórico na educação especial, pois analisa a convicção
de uma educação escolar integrada ao sistema regular de ensino.

Então em 6 de julho de 2015, houve uma nova conquista, foi instituída a lei
Brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (estatuto da pessoa com deficiência).
No Art. 1º “É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições
de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.

Na constituição Federal de 1988, no parágrafo único, diz que esta Lei tem como
base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº
186, de 9 de julho de 2008 , em conformidade com o procedimento previsto no § 3º do
art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil , em vigor para o Brasil, no
plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº
6.949, de 25 de agosto de 2009 , data de início de sua vigência no plano interno.

Nessa perspectiva, torna-se visível a defesa dos direitos de os alunos portadores


de necessidades especiais estarem juntos, aprendendo, sem nenhum tipo de
discriminação, estabelecendo uma concepção de cidadania que procede do
reconhecimento do respeito às diferenças e participação do indivíduo.

No Plano Nacional da Educação (PNE) a oferta de uma educação inclusiva que


busca progressividade nas demandas de atendimento ao aluno propõe:

Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à


escola e ao atendimento educacional especializado, bem como
da permanência e do desenvolvimento escolar dos (as) alunos
(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superlotação beneficiários (as) de
programas de transferência de renda, juntamente com o combate
às situações de discriminação, preconceito e violência, com
vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o
sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os
órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à
infância, à adolescência e à juventude. (Plano Nacional de
Educação (PNE), meta 4: estratégia 4.9)

A Escola inclusiva é uma oportunidade para garantir uma educação de qualidade


para todos os alunos, respeitando suas especificidades, mas alguns desafios precisam ser
sanados para que as propostas se concretizem em prol de uma educação significativa, de
equidade, desafiadora e que atenda às necessidades do indivíduo para que suas
habilidades sejam respeitadas. E, para que aconteça de fato essa educação inclusiva, se
faz necessário repensar o Currículo com o fortalecimento e implementação do Projeto
Político Pedagógico alicerçado na BNCC e no DCRB e rever as metas e estratégias do
Plano Municipal de Educação, garantindo uma concepção do pleno desenvolvimento do
ser humano, isso sim é uma educação inclusiva. 

Essa modalidade de ensino deve ser discutida e pensada, no que tange ao


currículo, de acordo com o que é descrito no DCRB (2019, p.52) “a Educação
Especial/Inclusiva, é uma modalidade de educação que perpassa transversalmente todos
os níveis, etapas e modalidades de ensino, oferecendo um conjunto de serviços e
recursos especializados para complementar e/ou suplementar o processo educacional
dos estudantes com necessidades educacionais específicas. Assim é necessário que as
unidades escolares implementem mudanças em seus currículos tais como: Ensino do
sistema Braille, orientação e mobilidade, educação física adaptada, aulas de atividade da
vida autônoma, ensino da língua de sinais (libras), intérprete de libras, ensino de
recursos ópticos, não ópticos, informática acessível. A transformação da escola deve ser
entendida como um compromisso inadiável das escolas, famílias e da sociedade, como
forma de garantir a esses estudantes o acesso à educação”.

Vale destacar que no Plano Nacional de Educação (PNE), assegura uma


educação inclusiva que visa:
Garantir atendimento educacional especializado em salas
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados, nas formas
complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública
de educação básica, conforme necessidade identificada por
meio de avaliação, ouvidos a família e o aluno; (Plano
Nacional de Educação - PNE, meta 4: estratégia 4.4).

Sendo assim, a educação é um direito de todos, logo os sujeitos de todo o


território brasileiro, inclusive os que compõem o público alvo da Educação Inclusiva,
bem como suas famílias e a sociedade têm o direito e a responsabilidade de colaborar
com a educação com a finalidade de promover o pleno desenvolvimento da pessoa, isto
é, suas faculdades mentais, sociais, econômicas, emocionais, culturais, a plenitude do
ser humano. 

Partiremos do que está enunciado na Constituição Federal de 1988, ao que diz


respeito a educação para todos. Em seus artigos: 

Art. 205 a educação, direito de todos e dever do Estado e da


família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho (BRASIL, 2018a). 

Artigo 206. O ensino será ministrado como base nos sequentes


principais.
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola:
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento a arte e o saber:
III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino:
IV – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais:
V – Valorização dos professionais da educação escolar,
garantidos na forma da lei, planos de carreira, com ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, das
redes públicas:
VI – Gestão democrática do ensino público na forma da lei:
VII – Garantia de padrão de qualidade:
VIII – Peso salarial profissional nocional para os profissionais
da educação escolar pública, nos termos de lei federal.
Parágrafo Único. A lei disporá sobre as categorias de
trabalhadores considerando profissionais da educação básica e
sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus
planos de carreira, no âmbito da unidade, dos estados do Distrito
Federal e dos municípios.
Artigo 208. O dever do estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de:
I – Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade assegurada inclusive sua oferta
gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria:
II – Progressiva Universalização do ensino médio gratuito:
III – Atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente no regular de ensino:
IV – Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5
(cinco) anos de idade:
V – Acesso aos níveis mais elevado do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um:
VI – Oferta de ensino noturno regular, adequado as condições
do educando:
VII – Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
básica, por meio de programas suplementares de material
didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde:
§1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
subjetivo.
§2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder
público, ou sua oferta irregular, importa reponsabilidade
competente.
§3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino
fundamental, fazer – lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
responsáveis, pela frequência à escola.
Artigo 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
com deficiência, transtorno globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei Nº12.796,
de 2013)
I – Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organização específicos, para atender as suas necessidades:
II – Terminalidade específica para aqueles que não puderam
atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental,
em virtude de sua deficiência, e aceleração para concluir em
menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III – Professores com especialização adequada em nível médio
ou superior para atender atendimento especializado, bem como
professores do ensino regular capacitados para a integração
desses educandos nas classes comuns;
IV – Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva
integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas
para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,
bem como para aqueles que representam uma habilidade
superior nas áreas artísticas, intelectual ou psicomotora;
V – Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais
suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino
regular.
Artigo 59 – A. O poder público deverá instituir cadastros
nacional de alunos com mais habilidades ou superdotação
matriculados na educação básica e na educação superior, a fim
de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao
desenvolvimento pleno da potencialidade desse aluno. (Incluído
pela Lei Nº 13.234, de 2015).
Parágrafo Único. A identificação precoce de alunos com altas
habilidades ou superdotação, os critérios e procedimentos para
inclusão no cadastro referido no caput desde artigo, as entidades
responsáveis pelo cadastramento, o mecanismo de acesso aos
dados do cadastro e as políticas de desenvolvimento das
potencialidades do alunado de que trata o caput serão definidos
em regulamento.
Por Educação Especial, modalidade de educação escolar conforme especificado
na LDBEN e no recente Decreto nº 3298, de 20 de dezembro de 1999. Artigo 24, § 1º-
“entende-se um processo educacional definido em uma proposta pedagógica,
assegurando um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados
institucionalmente para apoiar, completar, suplementar e, em alguns casos substituir os
serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar a promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades
educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação”
(Mazzotta, 1998).
Art. 1º A política Nacional da pessoa portadora de Deficiência
compreende o conjunto de orientações normativas que objetiva
assegurar o pleno o pleno exercício dos direitos, individuais e
sociais das pessoas portadoras de deficiência.

Art. 2º Cabe aos órgãos e as entidades do poder público


assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos a educação, a saúde,
ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência
social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, a
habitação, á cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de
outros que, decorrentes da constituição das leis que propiciem
seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Art. 25. Os serviços de educação especial serão ofertados nas


instituições de ensino público ou privados do sistema de
educação geral, de forma transitória ou permanente, mediante
programas de apoio para o aluno que está integrado no sistema
regular de ensino, ou em escolas especializadas exclusivamente
quando a educação das escolas comuns não puder satisfazer as
necessidades educativas ou sociais do aluno ou quando
necessário ao bem-estar do educando.

Art. 26. As instituições hospitalares e congêneres deverão


assegurar atendimento pedagógico ao educando portador de
deficiência internado nessas unidades por prazo igual ou
superior a um ano, com o propósito de sua inclusão ou
manutenção no processo educacional.

A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais


especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses
alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e
protótipos, bem como ampliar o potencial dessas pessoas respeitando suas diferenças e
atendendo suas necessidades.

O respeito e a valorização da diversidade dos alunos exigiram que a escola


definisse sua responsabilidade no estabelecimento de relações que permitam a criação
de espaços inclusivos, bem como busque separar a produção pela própria escola, de
necessidades especiais.

Art. 1º Este decreto regulamenta as Leis nº 10.048 de 8 de


novembro de 2000 e 10.098 de 19 de dezembro de 2000.
Art. 24. Os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa
ou modalidade, públicos, ou privados, proporcionarão condições
de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou
compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas,
auditórios, ginásios e instalações desportivas, laboratórios, áreas
de lazer e sanitários.
§1º para a concessão de autorização de funcionamento, de
abertura ou renovação de curso pelo poder público, o
estabelecimento de ensino deverá comprovar que:
I- Está cumprindo as regras de acessibilidade arquitetônica,
urbanística e na comunicação e informação previstas nas normas
técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica ou
neste Decreto;
II- Coloca à disposição de professores, alunos, servidores e
empregados portadores de deficiência ou com modalidade
reduzida ajuda técnicas que permitam o acesso às atividades
escolares e administrativas em igualdade de condições com as
demais pessoas; e
III- Seus ordenamentos internos contêm normas sobre o
tratamento a ser dispensado a professores, alunos, servidores e
empregados portadores de deficiência, com o objetivo de coibir
e reprimir qualquer tipo de discriminação, bem como as
respectivas sanções pelo descumprimento dessas normas.
Hoje com a adoção do conceito de necessidades educacionais especiais, se faz
possível afirmar o compromisso com uma nova abordagem, que tem como horizonte a
inclusão.

A Lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais – Libras como meio


legal de comunicação e expressão, determinando que sejam garantidas formas
institucionalizadas de apoiar seu uso e difusão, bem como a inclusão da disciplina de
Libras como parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores e de
fonoaudiologia.

Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e


expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros
recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de


Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o
sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura
gramatical própria, constitui um sistema linguístico de
transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de
pessoas surdas do Brasil.

Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em


geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas
institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua
Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação
objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do
Brasil.

Art. 3o As instituições públicas e empresas


concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde
devem garantir atendimento e tratamento adequado aos
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas
legais em vigor.

Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas


educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem
garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação
Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seu nível
médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais -
Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares
Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras


não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.

O atendimento educacional especializado para esses estudantes é ofertado tanto


na modalidade oral e escrita quanto na língua de sinais. Devido à diferença linguística,
orienta-se que o aluno surdo esteja com outros surdos em turmas comuns na escola
regular.

O sistema de ensino deve organizar a educação especial na perspectiva da


educação inclusiva, e disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/intérprete de Libras
e guia-intérprete, bem como de monitor ou cuidador dos estudantes com necessidade de
apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras, que exijam
auxílio constante no cotidiano escolar.

Outra lei vigente no nosso país e que apoia acessibilidade de comunicação nas
escolas e o ensino da Língua de Sinais para sujeitos sinalizastes é o DECRETO Nº
5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº
10.098, de 19 de dezembro de 2000. Esse decreto e leis determinam a formação de
professores da educação básica, a garantia de escolas e classes de educação bilíngue,
abertas para alunos surdos e ouvintes; a garantia do atendimento às necessidades
educacionais especiais de alunos surdos, desde a educação infantil, nas salas de aula e,
também, em salas de recursos, em turno contrário ao da escolarização; entres outras
ações. E determina que:
As instituições federais de ensino devem garantir,
obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à
informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades
e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis,
etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até
à superior. (Art. 14)
V - Apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras
entre professores, alunos, funcionários, direção da escola e
familiares, inclusive por meio da oferta de cursos; (Art.14 §1°)
Em 7 de janeiro de 2008 foi entregue e adotado pelo ME, o documento que
estabelece os parâmetros para a adoção de políticas de equidade e desconstrução da
discriminação nos ambientes educacionais. O PNEEPEI do Ministério da
Educação/Secretaria de Educação Especial, elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado
pela Portaria nº 555/2007, trata da Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das
lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de
qualidade para todos os alunos. Tem por intuito:

IV- ...assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para
garantir: acesso ao ensino regular, com participação,
aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do
ensino; transversalidade da modalidade de educação especial
desde a educação infantil até a educação superior; oferta do
atendimento educacional especializado; formação de professores
para o atendimento educacional especializado e demais
profissionais da educação para a inclusão; participação da
família e da comunidade; acessibilidade arquitetônica, nos
transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação; e
articulação intersetorial na implementação das políticas
públicas. (PNEEPEI ME/SEESP 2008)
O Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação
especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Como a
responsabilidade do Poder Público em financiar e dar apoio técnico às instituições, para
a oferta das salas de recursos multifuncionais; apoiar o aprimoramento do atendimento
educacional já ofertado no município; para a formação continuada dos professores;
possibilita a efetuação da dupla matrícula, que é necessária para a matricula do aluno
especial no ensino regular e no atendimento educacional especializado, no contra turno;
preconiza também o financiamento de material didático, equipamentos e tecnologias
necessárias à aprendizagem e acessibilidade dos alunos com deficiência; entre outras
especificidades. O Artigo 2° deste Decreto determina que:

A educação especial deve garantir os serviços de apoio


especializado voltado a eliminar as barreiras que possam
obstruir o processo de escolarização de estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação. (Art.2°)
Em 27 de dezembro de 2012 foi sancionada pela presidente da república a Lei n°
LEI Nº 12.764 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista e estabelece diretrizes para sua consecução. Garantindo
direitos como a formação e a capacitação de profissionais especializados no
atendimento ao aluno com transtorno do espectro autista, o acesso dessas pessoas à
educação de qualidade, o direito a matrícula do aluno na instituição escolar, entre
outros. Esta lei também determina em seu parágrafo único a viabilização de um
profissional de apoio para a inclusão no ensino regular. A lei dita que:

Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno


do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino
regular, nos termos do inciso IV do art. 2º, terá direito a
acompanhante especializado. (§ único)
Em 2015 foi decretada a Lei Municipal N° 05/2015 que aprova o Plano
Municipal de Educação (PME), que é um documento, transformado em lei municipal,
que contém o planejamento da educação de cada município, que deve ser realizado com
participação do governo e da sociedade civil. Neste documento constam os objetivos,
metas e ações propostas a curto, médio e longo prazo, para a educação municipal para
um período de dez anos. A Meta 4 do PME determinada que se deve:

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete)


anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e
ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na
rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional
inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas
ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
(PME/BELO CAMPO-BA)
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino
comprovam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e elaborar
alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate
acerca da sociedade contemporânea e do desempenho da escola na superação da lógica
da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais
inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, sugerindo
uma transformação estrutural e cultural da escola para que todos os estudantes tenham
suas especificidades atendidas.

Portanto, para que essa educação se realize é necessário que todos os envolvidos


no processo de ensino e aprendizagem do aluno portador de necessidades especiais
estejam literalmente em sintonia, pois o desenvolvimento pleno do educando é,
portanto, o elemento central para a proposta formativa da educação
inclusiva. Essencialmente no que se refere à Escola, o currículo da Educação Especial
pressupõe o acesso do estudante a todas as áreas do conhecimento de maneira articulada
e permanente, rompendo com a fragmentação das disciplinas e dando sentido aos
conteúdos a partir das questões, trajetórias, experiências e relações dos sujeitos
envolvidos nos processos educativos. 
Trajetória histórica

O movimento mundial pela inclusão é uma ação politica, cultural, social e


pedagógica, desencandeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem
juntos,aprendendo e participando sem nenhum tipo descriminação. A educação
inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos
humanos que conjulgava igualdade e diferença como valores indissociaveis, e que
avança em relação á idéia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias
históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

Históricamente, a educação especial tem sido considerada como a educação de


pessoas com deficiência, seja ela mental ,auditiva, visual, motora, física , multipla ou
decorrente de disturbios evasivos do desenvolvimento, além das pessoas superdotadas
que também tem integrado ao aluno da educação especial em função da "clientela" a
que se destina e para qual o sistema deve oferecer "tratamento especial" tal como
contido nos textos da lei 4024/61 e da 5692/71, hoje substituida pela nova lei Diretrizes
e Bases da Educação Nacional , lei 9394/96 .

No Brasil a história da Educação Especial inicia-se no século XIX, inspirados


por experiências norte-americanas e europeias. A princípio a preocupação era organizar
e implementar ações isoladas e particulares para atender as pessoas com deficiências
físicas, mentais e sensoriais.

Essas iniciativas não estavam integradas às políticas públicas de educação e foi


preciso o passar de um século, aproximadamente, para que a Educação Especial
passasse a ser uma das componentes de nosso sistema educacional. De fato, no início
dos anos 60 é que essa modalidade de ensino foi instituída oficialmente, com a
denominação de "Educação dos Excepcionais".

Podemos, pois, afirmar que a história da educação de pessoas com deficiência no


Brasil está dividida entre três grandes períodos:

 De 1854 a 1956 - marcado por iniciativas de caráter privado;


 De 1957 a 1993 - definido por ações oficiais de âmbito nacional;
 De 1993 em diante - caracterizado pelos movimentos em favor da inclusão
escolar.
No primeiro período enfatizou-se o atendimento clínico especializado, mas
incluindo a educação escolar e nesse tempo foram fundadas as instituições mais
tradicionais de assistência às pessoas com deficiências mental, físicas e sensoriais que
seguiram o exemplo e o pioneirismo do Instituto dos Meninos Cegos, fundado na cidade
do Rio de Janeiro, em fins de 1854.

A Educação Especial foi assumida pelo poder público em 1957 com a criação
das "Campanhas", que eram destinadas especificamente para atender a cada uma das
deficiências. Nesse mesmo ano, instituiu-se a Campanha para a Educação do Surdo
Brasileiro – CESB, seguida da instalação do Instituto Nacional de Educação de Surdos –
INES, que até agora existe, no Rio de Janeiro/RJ. Outras Campanhas similares foram
criadas posteriormente, para atender à outras deficiências

Em 1972 foi constituído pelo Ministério de Educação e Cultura – MEC o Grupo-


Tarefa de Educação Especial e juntamente com o especialista James Gallagher, (norte-
americano consultor em Educação Especial), que veio ao Brasil a convite desse grupo, e
apresentou a primeira proposta de estruturação da educação especial brasileira, tendo
sido criado um órgão central para geri-la, sediado no próprio Ministério e denominado
Centro Nacional de Educação Especial - CENESP. Esse Centro, hoje, é a Secretaria de
Educação Especial - SEESP, que manteve basicamente as mesmas competências e
estrutura organizacional de seu antecessor, no MEC.
O Brasil tem definido políticas públicas e criado instrumentos legais que
garantem tais direitos. A transformação dos sistemas educacionais tem se efetivado para
garantir o acesso universal à escolaridade básica e a satisfação das necessidades de
aprendizagem para todos os cidadãos.

Foram muitos os políticos, educadores, pais, personalidades brasileiras que se


identificaram com a educação de pessoas com deficiência e que protagonizaram a
história dessa modalidade de ensino. Todos tiveram papéis relevantes em todos os
períodos desse caminhar e não podem ser ignorados, pois atuaram em quadros político-
situacionais que de alguma forma afetaram a educação de pessoas com deficiência. Os
pais de pessoas com deficiência estão entre os que compõem essa liderança e a maioria
deles têm sido uma grande força, mais para manter, do que para mudar as concepções e
condições de atendimento clínico e escolar de seus filhos com deficiência. Temos que
destacar o grupo dos pais de crianças com deficiência mental, que são os mais
numerosos e que fundaram mais de 1000 APAE em todo o Brasil.

Só muito recentemente, a partir da última década de 80 e início dos anos 90 as


pessoas com deficiência, elas mesmas, têm se organizado, participando de Comissões,
de Coordenações, Fóruns e movimentos, visando assegurar, de alguma forma os direitos
que conquistaram de serem reconhecidos e respeitados em suas necessidades básicas de
convívio com as demais pessoas.

Até o ano de 2011, no município de Belo Campo, uma pequena parcela das
pessoas com deficiências eraintegrada nas classes regulares de ensino, e elas mesmas
juntamente com suas famílias, eram responsáveis pela sua aprendizagem, sem que
fossem oferecidos os meios necessários para que conseguissem obter êxito. Muitas
vezes elas não conseguiam concluir o ano letivo, acabavam abandonando os estudos.
Também não havia muito interesse nem dos pais nem do sistema de ensino, que esses
alunos fossem para as escolas. Na verdade, a escola não sabia o que fazer com eles. Um
pequeno grupo que conseguia chegar ao ensino médio, era basicamente com seus
próprios esforços. Ainda hoje, há pessoas com deficiência que nunca frequentaram a
escola.

No corrente ano de 2011, amparada pelo conjunto de leis existentes na


Legislação Brasileira, e pela Política de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva de
2008, que (orienta os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino regular, com
participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino), foi que
o município de Belo Campo organizou as Sala de Recursos Multifuncionais e começou
a oferecer o Atendimento Educacional Especializado (AEE), para os alunos público
alvo da Educação Especial, inicialmente nas escolas, Edvaldo Flores e Colégio
Municipal.

Esse atendimento ocorre em caráter complementar para os alunos com


deficiências e transtorno global, tendo em vista que ainda não temos demanda de
superdotados. Um dos principais objetivos do AEE, é promover a participação plena
dos alunos em atividades e classes regulares, proporcionando total envolvimento entre
todos os entes da comunidade escolar.
Em 25 de junho de 2014 foi aprovada a Lei nº 13.005 que aprovou o Plano
Nacional de Educação. A partir daí os municípios começaram a correria para
elaboraram os planos municipais. Em 22 de junho de 2015 a Lei Municipal nº 05,
aprova o Plano Municipal de Educação em consonância com as diretrizes, metas e
estratégias, previstas no PNE, que garantem o atendimento das necessidades especificas
na educação especial, assegurando o sistema educacional inclusivo em todos os níveis,
etapas e modalidades com intuito de sanar os antigos problemas que afetam a educação,
procurando garantir a qualidade de ensino a cada alunado que foi percebido como sendo
necessitado de uma educação especializada.

As práticas desenvolvidas no município até o momento, tentam atender o que


está disposto na legislação, porém entende-se que ainda há muito o que se fazer,
principalmente em relação a formação dos profissionais envolvidos no processo de
inclusão. Alguns já foram formados para trabalhar com essa demanda, no entanto essa
prática de formação necessita ser contínua, para que contemple a complexidade e
diversidade existente. O número de profissionais formados e os espaços atualmente
existentes ainda são insuficientes. Acreditamos que mais urgente que a especialização é
a formação inicial e continuada de professores para atender às necessidades
educacionais de todos os alunos, no ensino regular, como proposto pela inclusão
escolar.

O momento é oportuno, pois os profissionais da educação estão envolvidos em


um processo formativo muito importante que é a elaboração dos Referenciais
Curriculares, onde estão tendo a oportunidade de ser atores atuantes nessa construção,
para terem homologados seu referencial Curricular, preferencialmente tendo como base
o Documento Curricular Referencial da Bahia, (DCRB), contemplando adaptações e
contextualizações locais e territoriais.

Essa proposta traz a luz a necessidade de asunidades escolares implementarem


mudanças em seu Projeto Político-Pedagógico e planejamento, identificando a demanda
e as reais necessidades dos estudantes, para desenvolver um currículo escolar inclusivo,
que garanta a aprendizagem e o processo de avaliação, considerando e respeitando as
especificidades, bem como os limites e possibilidades, conforme estabelecido sobre essa
modalidade de ensino.Também que busque eliminar as diversas barreiras que ainda
existem. Dentre elas destaca-se aqui as barreiras nos transportes, as barreiras atitudinais
e as barreiras arquitetônicas.

Em relação as barreiras arquitetônicas, nota-se que houve uma pequena mudança


nas estruturas dos estabelecimentos de ensino, porém não são suficientes. Ainda há
muitas calçadas elevadas que impedem a livre mobilidade dos alunos que apresentam
dificuldade na locomoção e dos alunos cadeirante que necessitam transitarem com
segurança.

No caso dos transportes,a quantidade de ônibus do Programa Transporte na


Escola não ésuficiente para atender a demanda do município, contudo, os alunos que
necessitam ser transportados não deixam de ser atendidos, sendo disponibilizados
alguns veículos que não são adaptados.

Em relação as barreiras atitudinais, ressalta-se a importância de haver uma


seleção mais criteriosa dos professores que auxiliam os alunos, pois observa-se que há
desinteresse por parte de alguns em apostar e acreditar no potencial do aluno com
deficiência, o que leva a um retrocesso no processo de ensino/ aprendizagem.

Entre as ações, destacamos aqui as parcerias já existentes com (CAPS), (CRAS)


e (PSFS), no Programa Saúde na Escola (PSE). No entanto, uma das maiores
dificuldades, é o oferecimento do atendimento neurológico para os alunos que
necessitam de um diagnóstico e de tratamento contínuo. Em casos mais extremos é
efetivado o tratamento fora do município em sessões de atendimento especializado e
reabilitação física através da regulação e parcerias com o Município de Vitória da
Conquista.

Conforme disposto na estratégia 4.11, da meta 4 do PME, o município pretende


criar um centro multifuncional de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com
instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência
social, pedagogia e psicologia para apoiar os trabalhos dos professores da educação
básica com alunos com necessidades educacionais especial. O que certamente será de
grande importância considerando que não temos ainda um local específico para o
atendimento psicológico e fonoaudiológico dos alunos.
Apesar de algumas dificuldades que o município encontra para garantir toda a
atenção necessária às pessoas com deficiências, muitas metas propostas no PME já
foram cumpridas.

É certo que o caminho a percorrer é longo e repleto de diversas barreiras e,


diante da realidade, faz-se necessário ressaltar que o a política de inclusão torna visível
a fragilidade humana na procura de ações que fomentem o processo.Para que as
aspirações refletidas nas leis e regulamentos se tornem realidade, é essencial que
práticas didáticas e a própria cultura da educação se transformem. Leis não se
autoimplementam; pessoas as implementam.

Espera-se que o conhecimento sobre a situação atual, o engajamento das


instâncias públicas, as mudanças em todo o sistema e a capacitação para o enfretamento
dos desafios contemporâneos, represente um novo marco para a inclusão e a justiça
social aqui no município de Belo Campo.

A educação não escolhe quem deve ter acesso a ela ou não, buscando,desse
modo,disponibilizar,o acesso e o aprendizado a todos,sem qualquer tipo de exeção.A
inclusão diz respeito,principalmente,aos alunos que apresentam alguma necessidade
especial de natureza intelctual ou física e cuja atenção e recursos necessitam ser
diferenciados.

Para que a inclusão aconteça,é necessário saber quem são alunos que necessitam
ser incluso em suas necessidades especificas.Dessa maneira,será possível atendê-los da
melhor forma.Pessoas que possuem deficiência intelectul precisam de atenção
especial,e, pra isso,existem algumas atividades e ações que podem ajudar na educação e
no convivio em sociedade.

Esses alunos precisam, ainda mais que aqueles sem deficiência,práticar o que for
passado em sala de aula,até que consiga,assimilar o conteúdo aprentado. O curriculo
desses alunos precisam acompanhar o da turma, de maneira que os assuntos sejam
trabalhados de uma forma adaptada e, se necessário de uma forma e tempo
maior,respeitando o ritmo do aluno. Os exercícios desenvolvidos não podem ser infantis
ou para idade menor do que o aluno,bem como não podem ser muito fáceis,precisam
respeitar o aluno,e não substima-lo. O nívem de dificuldadeprecisa aumentar grada
tivamente ,estimulando-o e também acompanhando o ritmo aprentado por ele.
O educador precisa estar atento ao estilo de aprendizagem que é mais eficaz para
cada aluno, como por exemplo, se é visual, auditiva ou outra. Depois de realizar essa
identificação, busque os materiais que possam contribuir para que o aluno possa
desenvolver assim como os outros suas atividades.

O objetivo principal do AEE é de identificar,elaborar, e organizar recursos


pedagógicos e que eliminem as barreira para a plena participação do aluno,considerando
suasnecessidades especificas.O AEE é de fundamental importância por que trabalha as
reais necessidades do aluno,respeitando os ritmos de aprendizagem e as peculiaridades
do aluno.

A lei assegura o direto do aluno ao Atendimento Educacional Especializado assim


que for necessário, para que o mesmo possa ser atendido em suas necessidades
especiais.

Fundamentos pedagógicos

Educação Especial, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional -


lei 9394/96, é a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino para educandos que por possuírem necessidades próprias e diferente
dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares correspondentes a sua
idade, requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas e adaptadas
para que possam apropriar-se dos conhecimentos oferecidos pela escola. As diferenças
ocorrem em função de altas habilidades, condutas típicas, deficiência física motora,
visual, auditiva, mental, bem como condições de vida material precária.
O caminho percorrido pelas pessoas com deficiência ao longo dos tempos não
foi fácil e deixou marcas profundas na sociedade e familiares, muitas pessoas que
nasciam apresentando algum tipo de patologia eram descartadas, muitas vezes mortas,
ou quando isso não acontecia eram completamente isoladas do convívio social. O
acesso às instituições educativas era quase impossível, ocorrendo assim, a exclusão
escolar. Por isso, as pessoas com necessidades educativas especiais frequentavam
escolas e/ou instituições especializadas para o atendimento às necessidades
apresentadas, afastadas dos demais indivíduos ditos como “normais”. Essa situação
representa a segregação escolar.
As primeiras ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência aqui no
Brasil surgem em meados do século XIX com algumas iniciativas realizadas ainda no
período do império, surgindo na cidade do Rio de Janeiro o Imperial Instituto dos
Meninos Cegos (1854) e Instituto Imperial dos Surdos-Mudos (1856)
Ao assumir os princípios da inclusão como marco político, ideológico, social, cultural
e pedagógico na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (MEC/2008), o Brasil estabeleceu um compromisso na busca de caminhos
para garantir o direito de TODOS à educação. Isso significou, antes de tudo, um pacto
com os grupos sociais, historicamente excluídos pela sua condição da deficiência ou por
apresentar padrões de comportamento e de aprendizagem diferenciados. 
Nessa trajetória, acontecimentos globais concorreram para formar uma nova
consciência e construir políticas e ações para garantir o direito à educação de TODOS,
fortalecendo, assim, o discurso ideológico sobre a Educação Inclusiva. Com a intenção
de assegurar o direito à educação, foi construída em Jomtien, na Tailândia, a Declaração
Mundial sobre Educação para Todos (1990) e fortalecido com a Declaração de
Salamanca (1994), que traça princípios e metas para serem implantados pelos países
signatários, na consolidação de uma educação de qualidade para todas as pessoas. No
Brasil, por exemplo, foi utilizada como base para a formatação do Capítulo V, da Lei
Nacional de Diretrizes e Bases nº 9394/1996, que trata a Educação Especial como
modalidade transversal em todos os níveis de ensino.
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a
proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação,
determinando que Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino
educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e
respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades,no
entanto,somente com a convenção sobre os direitos da pessoa com
deficiência(ONU)cujo acordo foi assinado pelo Brasil em 30 de Março de 2007
entrando em vigor através do protocolo Facultativo de 03 de maio de 2008...Assim o
governo Brasileiro incorporou a inclusão ao seu discurso oficial,buscando através da
Política Nacional da Educação Especial,na Perspectiva inclusiva,criar meios para inserir
nos sistemas de ensino,ou seja voltada para o estudante com
deficiência,intelectual,transtornos globais,do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação

Princípios da modalidade

A educação especial oferece um conjunto de comodidades e métodos


especializados para acrescentar e complementar o desenvolvimento educacional dos
educandos com necessidades específicas, seu principal princípio é, ter
compromisso para atender a escola, família e sociedade, garantindo aos estudantes o
acesso a educação. O DCRB para a Educação Infantil e Ensino Fundamental,
fundamenta destes princípios para sua elaboração e realização no contexto escolar
inclusivo, reconhecendo a diversidade precisa pelos estudantes com deficiência.

O DCRB nos traz a Educação Especial/Inclusiva como uma modalidade de


educação que perpassa transversalmente todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino, oferecendo um conjunto de serviços e recursos especializados para
complementar e/ou suplementar o processo educacional dos estudantes com
necessidades educacionais específicas. Nos deixa claro que a transformação da escola
não deve ser entendida como uma mera exigência do ordenamento legal, e sim um
compromisso inadiável das escolas, família e sociedade, como forma de garantir a esses
estudantes o acesso à educação.

No artigo 206 estabelece “A igualdade de condições de acesso e permanência na


escola”, onde o estado tem o dever atender de forma igualitária e individualizada os
educandos em todas as etapas da Educação básica. A Constituição Federal de 1988
aponta para a implementação da Educação Inclusiva no país, ou seja, criavam as leis por
conta da preocupação que existia para com as pessoas que necessitavam do atendimento
especial, com a precisão de estarem inseridos em uma escola inclusiva.

A lei Nacional N° 9.394/96, embasa à educação especial, em que determina as


Diretrizes e Bases da Educação Nacional, onde segundo a documentação “é destinada a
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando a sua inclusão social e
cidadania”, bem como, também é instituída pela Nota técnica – SEESP/GAB
N°11/2010, que se determina a flexibilidade para o atendimento educacional
especializado (AEE) em salas de recursos multifuncionais inseridas nas escolas
regulares e nas Diretrizes para a educação inclusiva no Estado da Bahia.

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial dispõe-se da lei N°10.436/02,


onde “reconhece como meio legal de comunicação e expressão a língua brasileiro de
sinais e outros recursos de expressão a elas associadas”, do mesmo modo que no art. 4
afirma que “o sistema educacional deve garantir a inclusão nos cursos de formação de
educação especial, sejam elas no sistema educacional Federal, Estadual ou Municipal.
Sendo assim, é necessário o profissional capacitado para este processo educacional,
sendo estes a formação de Fonoaudiologia e magistério, desta forma, existirá o
favorecimento da possibilidade a uma efetiva comunicação para as pessoas surdas, com
o oferecimento dos profissionais formados e especializados, para que possa promover
uma sociedade mais inclusiva em todas as áreas.

Buscando favorecer a acessibilidade a partir do conceito de desenho universal,


que na convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, “significa a
concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados, na maior
medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade e adaptação ou projeto
específico (BRASIL, 2012 p.27). Considerando ser uma preocupação nova, existente
também no contexto das políticas públicas brasileiras com as Leis 10.048 e 10.098,
ambas do ano de 2000 e regulamentadas através do Decreto 5.296, de 2 de dezembro de
2004,os investimentos se voltam para a adequação dos espaços educacionais frente às
construções já existentes que deixam a desejar em termos de acessibilidade
arquitetônica.

Segundo o Secreto 5.626/2005“considera – se pessoa surda aquela que, por ter


perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais l,
manifestando a sua cultura principalmente pelo uso de Língua Brasileira de Sinais-
Libras” (ART 2°).

Segundo o mesmo Decreto, “considera-se deficiência auditiva a perda bilateral,


parcial ou total, de quarenta e um decibéis (db) ou mais, aferida por audiograma nas
frequências de 500 Hz, 1.000, 2.000 e 3.000 Hz” (parágrafo único).

O público-alvo da Educação Especial são as pessoas:


 Com Deficiência que apresentam impedimentos de longo prazo, de
natureza física, mental e/ou sensorial, que, em interação com diversas barreiras, podem
ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade;
 Com transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), apresentado
alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um
repertório de interesse e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse
grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil;
 Com altas habilidades/superdotação que demostram potencial elevado em
qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica,
liderança psicomotricidade e artes; além de apresentar grande criatividade,
envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas do seu interesse.

Assim, todas as pessoas que apresentam o perfil indicado acima são sujeitos da
Educação Especial, estejam elas na Educação Infantil no Ensino Fundamental, no
Ensino Médio ou no Ensino Superior. Vale ressaltar que modalidade de Educação
perpassa por todas as outras modalidades: de jovens e adultos profissional, indígena, do
campo e quilombola sendo que as suas ações ampliam as possibilidades “de
escolarização, formação para o ingresso do mundo do trabalho e efetiva participação
social” (BRASIL, 2008).

Com instituições especializadas (comunitárias, confessionais ou filantrópicas


sem fins lucrativos), por meio de convênio com órgãos competentes conforme Decreto
Presidencial n° 7.611, de 17 de novembro de 2011, sem perder de vista, também o que
reza o parágrafo 2°, art. 58 da LDB n°9394/96:“o atendimento educacional será feito em
classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua inserção na classe comum do ensino
regular”.

O §2º da Lei 12.764 no Art. 1º prescreve que a pessoa com transtorno do


espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. O
que acaba repercutindo na aplicabilidade integral das disposições da Lei 13.146/2015,
que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, destinado a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. A Lei 12.764/2012,
resgata comprometimento do Brasil com a promoção dos direitos humanos. Tornando-
se ferramenta legal de inclusão da pessoa com deficiência e impõe ao Poder Público e
seus agentes o desenvolvimento de políticas, ações e serviços visando garantir uma vida
digna à pessoa com transtorno do espectro autista. Falando especificamente de
Educação, a lei é vista por especialistas como mais um reforço na luta pela inclusão. O
texto estabelece que o autista tem direito de estudar em escolas regulares, tanto na
Educação Básica quanto no Ensino Profissionalizante, e, se preciso, pode solicitar um
acompanhante especializado. Ficam definidas, também, sanções aos gestores que
negarem a matrícula a estudantes com deficiência. A punição será de três a 20 salários
mínimos e, em caso de reincidência, levará à perda do cargo. "Recusar a matrícula já é
algo proibido por lei, a medida reforça isso e estabelece a punição".

O Plano Nacional de Educação - lei n° 13.005/2014, na sua meta


4 Universalizar, para a população de 04 a 17 anos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e
ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino,
com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, lei nº 13.146 de 06 de


julho de 2015, no Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual,
em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva
na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Reza o artigo 27 da
Lei 13.146/15: “A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados
sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida,
de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades
físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e
necessidades de aprendizagem. Parágrafo único: É dever do Estado, da família, da
comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com
deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e
discriminação”.

Em caráter complementar ou suplementar, a Educação Especial oferece o


Atendimento Educacional Especializado (AEE) por meio de Salas de Recursos
Multifuncionais (SRM) implantadas em escolas regulares e/ou Centros de Atendimento
Educacional Especializado, o AEE funciona como um recurso de fundamental
importância para a Inclusão Escolar de pessoas com deficiência. Sendo essa uma sala
equipada com recursos extras para auxiliar na aquisição da aprendizagem dos alunos
incluídos nas classes comuns. O AEE se distingue das atividades realizadas em salas de
ensino regular, pois seu objetivo é acompanhar e apoiar o estudante, fornecendo meios
que proporcionem ou ampliem suas habilidades funcionais, favorecendo a inclusão
escolar e social.

O Estado da Bahia publicou em 2017 as Diretrizes para a Educação Inclusiva,


que trazem, com devida profundidade, elementos que orientam a prática pedagógica
inclusiva em todas as instâncias do serviço educacional público. O Documento
Curricular Referencial da Bahia para a Educação Infantil e Ensino Fundamental se vale
dessas orientações para sua efetiva implementação no contexto escolar inclusivo.

A Constituição destas leis apresenta a grande preocupação do estado a ao apoio


às pessoas com deficiência, com a acessibilidade, como por exemplo, pessoa com a
locomoção reduzida, dar a elas a chance de desfrutar dos direitos que a elas são
garantidos por lei.

A educação inclusiva é mais do que necessária para permitir que absolutamente


todos tenham pleno acesso a uma formação escolar de qualidade, os desafios são
grandes, visto que, no atendimento a essas demandas, são identificadas barreiras
arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais, sendo assim faz-se necessário o
fortalecimento de políticas públicas que foquem a ação pedagógica para além da
condição de deficiência e se desloquem para a organização do ambiente e planejamento
dos serviços com vistas à plena acessibilidade. Assim, é necessário que a unidade
escolar implemente mudanças em seu Projeto Político-Pedagógico e planejamento,
identificando a demanda e as reais necessidades dos estudantes, para desenvolver um
currículo escolar inclusivo, que garanta a aprendizagem e o processo de avaliação,
considerando e respeitando as especificidades, bem como os limites e possibilidades,
conforme estabelecido na legislação sobre essa modalidade de ensino.

A Educação Especial é respaldada por leis, resoluções e decretos que a legitima,


tornado possível a entrada e permanência dos alunos especiais na escola, sendo essa
uma grande vitória. Porém, percebe-se que para que de fato a inclusão ocorra, é preciso
mais que a aprovação de leis, nota-se a necessidade de ações voltadas à capacitação do
professor e às transformações da escola. A inclusão não deve ser apenas um desafio do
professor, mas sim, de toda a escola, da rede de ensino e da comunidade escolar.
Precisa-se mobilizar, também, diretores, funcionários, pais e alunos, de modo a envolvê-
los em um projeto de escola inclusiva, na qual as diferenças são respeitadas e utilizadas
em prol da aprendizagem. Também se vê a necessidade de rever as políticas públicas
atuais de modo a garantir aos educadores os conhecimentos e a formação necessária
para que os alunos não só sejam matriculados, mas também tenham garantido seu
direito de aprender.

É a partir dos referenciais que se acontece a elaboração de métodos educacionais


inclusivos, a esquematização das escolas e suas salas de aula especiais, para que sejam
sempre repensadas, alcançando mudanças estruturais e culturais, para que com isso,
cada aluno tenha sua especificidade atendida.

Referências:

ARTIGO 206 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. Yahoo. Disponível em:


<www.jusbrasil.com.br/topicos/10650554/artigo-206-da-constituicao-federal-de-1988.>
Acesso em: 29 de ago. 2020.

ARTIGO 208 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. Yahoo. Disponível em:


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Acesso em: 29 de ago. 2020.

DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999. Yahoo. Disponível em:


<www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm> Acesso em: 29 de ago. 2020.

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<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm> Acesso
em: 29 de ago. 2020.
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BÁSICA. MEC/SEESP. Brasil: 2001. 79 p.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Yahoo. Disponível


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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação


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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS PARA


EDUCAÇÃO BÁSICA. UNIÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DA
BAHIA. Documento Curricular Referencial da Bahia para Educação Infantil e Ensino
Fundamental – DCRB. Bahia/Salvador: 2019. p.52-54.

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