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CAPÍTULO 6 – PARTIDAS DE MOTORES ELÉTRICOS

OLÁ!
NESTE CAPÍTULO SERÃO APRESENTADOS OS VÁRIOS MEIOS DE SE
PARTIR UM MOTOR ELÉTRICO.

BONS ESTUDOS!

OBJETIVOS DA AULA

AO FINAL DESTA AULA, VOCÊ DEVERÁ ESTAR APTO(A) PARA:

Identificar algumas técnicas de partida de motores


elétricos como: partida direta, partida estrela-triângulo,
partida compensadora;

CONTEÚDO DA AULA

Acompanhe o conteúdo desta aula. Se preferir, assinale os


conteúdos na medida em que for estudando.

➢ Introdução;
➢ Partida direta;
➢ Partida estrela-triângulo;
➢ Partida compensadora.
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1 Introdução

Como já foi comentado, um motor elétrico de indução durante os instantes de


partida, necessita de altas correntes para que o campo magnético vença a inércia do
rotor e da carga. Essa corrente de partida (Ip) ou de arranque pode ser de 4 até 9
vezes a corrente nominal (In).

Sempre que possível, a partida de um motor monofásico ou trifásico de indução


deve ser direta, através de chaves de partida.
A corrente de partida tem como conseqüências:
• Elevada queda de tensão no sistema de alimentação da rede;
• Um aumento considerável dos diâmetros dos cabos e do sistema de proteção em
função da corrente de partida, encarecendo o projeto;
• Imposição das concessionárias de energia elétrica, que limitam a queda de
tensão da rede, ou seja, limitam o maior valor de potência do motor que pode ser
ligado diretamente na rede elétrica;

Caso a partida direta de um motor não seja possível, podem-se usar sistemas de
partida indireta para a redução da corrente de arranque ou de partida.
Esse tipo de partida procura submeter o motor a uma tensão reduzida durante o
momento da partida, diminuindo a corrente de arranque e seus conjugados. Os
sistemas de partida indireta, mais usados são:
• Partida estrela-triângulo (Y - );
• Partida compensadora;
• Partidas eletrônicas:
a) Soft-Starter (Arrancador suave);
b) Inversor de freqüência;

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A figura abaixo apresenta o diagrama de blocos de um acionamento.

Figura 29 – Diagrama em blocos de elementos de partidas de motores

Usam-se diagramas elétricos uni e multfilares para representar diagramas elétricos


de comando e força.

1.1 COORDENAÇÃO

A coordenação das proteções é o ato de associar, de maneira seletiva, um


dispositivo de proteção (fusíveis ou disjuntores) contra os curto-circuitos com um
contactor e um dispositivo de proteção contra as sobrecargas.

Importante!
Essa coordenação tem por objetivo interromper, em tempo,
toda a corrente atípica, sem perigo para as pessoas
assegurando uma proteção adequada dos equipamentos e
instalações contra uma corrente de sobrecarga ou uma
corrente de curto-circuito.

Os tipos de coordenação podem ser:


a) Sem coordenação: oferece grandes os riscos ao operador, podendo ocorrer
grandes danos físicos e materiais;
b) Coordenação tipo 1: se aceita uma deterioração do contator e do relé sob
duas condições:
- Nenhum risco para o operador;
- Apenas contator e relé térmico devem sofrer danos.
c) Coordenação tipo 2: o risco de soldagem dos contatos do contator é admitido
se estes puderem ser facilmente separados. Após ensaios de coordenação

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tipo 2, as funções dos componentes de proteção e de comando continuam


operacionais. Permite a continuidade de serviço.
d) Coordenação total: é a solução em que não são aceitos danos ou mudanças
de parâmetros ao circuito.

O tipo de coordenação utilizado no circuito depende de parâmetros de


funcionamento. A escolha acertada proporcionará ao usuário um custo de instalação
mínimo.

Fatores que determinam uma instalação englobam:


- Tipo 1: pessoal de manutenção especializado; equipamentos de custos
acessíveis; continuidade de serviço não requerido ou feito pela substituição da
chave de partida do motor sob defeito.
- Tipo 2: continuidade de serviço; redução do pessoal especializado e
especificações que estipulam o tipo 2.

1.3 CARACTERÍSTICAS DA REDE DE ALIMENTAÇÃO

Não há um padrão mundial para utilização de tensões de alimentação para motores.


Para baixas tensões normalmente usam-se 220 V, 380 V, 440 V e 660 V. Em médias
tensões 2300 V, 3300 V, 4160 V, 6600 e 13800 V. Para a instalação de um motor
elétrico, devemos respeitar algumas regras como:

• Nível de tensão no local;


• Limitação da corrente de partida em função da rede de alimentação;
• Distância entre a fonte de tensão e o motor;
• Custo do investimento.

Os motores elétricos possuem em sua carcaça a Caixa de Ligação. É responsável


pela conexão dos enrolamentos (bobinas) do estator à rede de alimentação. Seus
bornes são numerados e conforme a ligação com a rede e define quais as tensões
de trabalho do motor. Essas conexões da rede trifásica com o motor formam

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conexões em estrela (Y) ou triângulo (Δ). Na placa de identificação do motor temos


as características dessas conexões, conforme figura abaixo.

Figura 30 – Formas de conexão de motor trifásico à rede de alimentação.

Motores trifásicos normalmente possuem 3, 6, 9 ou 12 terminais para conexão à


rede. Podem operar em mais de uma tensão elétrica. Os motores mais comuns
possuem 6 ou 12 terminais. Motores com 6 terminais (3 bobinas) podem ser ligados
em duas tensões (a segunda tensão √3 vezes a primeira), como por exemplo,
220/380 V ou 440/760 V.
Motores com 12 terminais (6 bobinas) possibilitam conexões em 4 tensões, ou seja,
220 V, 380 V, 440 V e 760 V.
Os tipos de ligação à rede elétrica podem ser:
a) Estrela-triângulo
• Segunda tensão √3 vezes maior que a primeira;
• 220/380 V, 380/660 V, 440/Y760 V;
• 6 terminais.
b) Série-paralela
• Cada fase é dividida em duas partes;
• Segunda tensão é o dobro da primeira;
• 220/440 V, 230/460 V;
• 9 terminais.
c) Tripla tensão nominal
• 220/380/440/Y760 V;
• 12 terminais.

Os métodos de partida de motores podem ser:


• Direta;

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• Partida estrela-triângulo;
• Partida série-paralela;
• Partida compensadora;
• Partida eletrônica (Soft Starter e Inversor de freqüência);

1.4 DIMENSIONAMENTO : COMPONENTES BÁSICOS DA PARTIDA

Algumas condições devem ser analisadas para o dimensionamento das chaves,


como:
• As características dos componentes das chaves;
• Regime de serviço;
• Fator de serviço;
• Fator de segurança (assegurar seu bom desempenho e vida útil);
• Tempos de partida ou aceleração:
a) Partida direta: 5 segundos;
b) Partida estrela-triângulo: 10 segundos;
c) Partida compensadora: 15 segundos;
d) Partida estrela/série/paralelo: 10 segundos.
• Categoria de emprego.

Nas páginas seguintes iremos tratar os tipos de partidas eletromecânicas de motores


elétricos. Partida direta, Partida estrela-triângulo (Y-Δ) e compensadora.

2 Partida Direta

Na partida direta o motor é conectado, através de contatores de força e


dispositivos de proteção, diretamente à rede elétrica. É a partida mais simples.
Sob o ponto de vista do motor, é a partida ideal. Não é utilizado para motores
que tenham correntes de partida ou de arranque muito elevadas.
No Brasil as concessionárias permitem partidas diretas de motores elétricos de
até 5 CV ou 3,7 KW.
A composição básica de elementos em uma partida direta é de:
→ fusíveis, contator, relé de sobrecarga, botão Liga e botão Desliga.

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A partida direta oferece vantagens e desvantagens, conforme abaixo:

As vantagens do arranque ou partida direta são de que sob o ponto de vista do


motor, consegue acelerar rapidamente a carga e fornece conjugado e corrente
de partida plenos.
As desvantagens deste tipo de partida são as de provocar picos de corrente na
rede na partida e as restrições impostas pela concessionária de energia. A figura
abaixo apresenta o diagrama de comando e força de uma partida direta.

CAIXA DE
LIGAÇÃO

Figura 31 – Diagrama de comando e força de partida direta

2.1 DESCRIÇÃO, FUNCIONAMENTO E DIMENSIONAMENTO

Todos os elementos do circuito de força são dimensionados para suportar por


determinado período, as condições de partida, e também, as condições normais

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de trabalho do motor trifásico. Esse motor possui especificado em sua placa de


identificação quais são os parâmetros e condições nominais de trabalho.
Para dimensionar o circuito de força, é necessário conhecer primeiramente a
especificação do motor e da carga com que se vai trabalhar. No caso da partida
direta, o motor partirá com valores de conjugado (torque) e corrente de partida
plenos, pois as bobinas do estator irão receber a tensão nominal da rede. No
caso do circuito de comando, temos apenas que conhecer as tensões e correntes
nominais dos elementos do circuito.
Roteiro para dimensionamento do circuito de partida, conforme figura e critérios
abaixo:

Os fusíveis devem obedecer aos seguintes critérios:

a) Devem suportar, sem fundir, o pico de corrente


(Ip), dos motores durante o tempo de partida
(Tp);
b) Devem ser dimensionados para uma corrente
pelo fusível (IF), no mínimo 20% superior à
corrente nominal (In) do circuito de alimentação
do motor que irá proteger. Este critério permite
preservar o fusível do envelhecimento
prematuro, fazendo com que sua vida útil, em
condições normais, seja mantida.

IF ≥ 1,2 In
c) Os fusíveis de um circuito de alimentação de
motores também devem proteger os contatores
e relés de sobrecarga.
Figura 32 – Unifilar
IF ≤ IFmáx

Abaixo seguem-se exemplos de dimensionamento partida direta:

Exemplo 1: Dimensionar os fusíveis para proteger um motor WEG de 5 CV, 220


V, 60 Hz, II pólos e tempo de partida de 10 segundos. (AC 3).

Resposta: Para responder corretamente ao critério a, b e c é necessário acessar


as tabelas de características elétricas de corrente nominal (In) e de corrente de
partida (Ip) do motor de acordo com seu fabricante.

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Para ampliar seus conhecimentos, acesse o site:http://www.weg.com.br .


Você encontrará os catálogos de motores, fusíveis, contatoras e relés de
sobrecarga. Considere o motor de Alto Rendimento.

Tabela 11 – Catálogo de Motores com as identificações.

Pn In Ip/In
Morgana! Não consigo ampliar esta caixa de texto
para aparecer as letras acima.
De acordo com a tabela, o motor de 5 CV tem corrente nominal (In) = 12,7 A em
220 V. Sua corrente de partida ou de rotor bloqueado (Ip) é 9 vezes maior que a
corrente nominal, ou seja, Ip = 9. In → Ip = 9 . 12,7 → Ip = 114, 3 A.
Para obter o fusível adequado para as condições impostas no exercício, ou seja,
Ip = 114,3 A e Tp = 10 segundos, é necessário acessar as tabelas dos
fabricantes (curva tempo x corrente) do fusível para encontrar o elemento
adequado. Então:

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Gráfico 3 - Curva característica fusível tipo D ou Diazed.

De acordo com o gráfico, o encontro das retas traçadas, é sob a curva do fusível
tipo D (Diazed) de 35 A (IF).
Pelo critério b, IF ≥ 1,2 . In , ou seja, 35 A é muito maior que 15,24 A . Então
também é satisfeito o critério b.
Pelo critério c, IF ≤ IFmáx, ou seja, 35 A é muito menor que o máximo valor de
corrente permitido no relé térmico que é IFmáx = 50 A. Os fusíveis tem como
especificação:
• 3 Fusíveis 35 A (FDW 35), 3 Tampas (TFW 63), 3 Parafusos de ajuste (PAW
35), 3 Anéis de proteção (APW 63)
• 3 Caixas de proteção (CPFW 63).

A contatora K1 deve ter Ie ≥ In → Ie maior ou igual a 12,7 A, então a contatora


ideal é, de acordo com o catálogo, CWM 18. 11.220.60.
O relé de sobrecarga tem que possuir uma faixa de ajuste que inclua a corrente
nominal do motor, logo, se aplica o relé de sobrecarga RW 27 D (15...23). Veja
as figuras abaixo.

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RW 27 D

Figura 33 – Catálogos de contactor e relé térmico.

Exemplo 2: Dimensionar uma chave de partida direta para um motor de 20 CV, IV


pólos, 380 V, 60 Hz, com comando em 220 V e Tp = 5s. (AC 3).
Resposta: De acordo com o catálogo de motores da WEG, In (220 V) = 53,3 A,

Figura 34 – Catálogo de motores elétricos WEG.

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Veja, a corrente na figura acima (In = 53,3 A) é para uma conexão à rede de
alimentação em 220 V e o circuito de força do motor será ligado em 380 V. A
tensão aumentou √3 x 220 V= 380 V, então de acordo com a lei de Ohm, a
corrente irá diminuir na mesma proporção, ou, In (380V) = 53,3 A/ √3 → 53,3 .
0,58 → In (380V) = 30,9 A.
A contatora K1 deve ter Ie ≥ In x 1,15 (Fator de serviço do motor) → Ie ≥ 30,9 x
1,15 → Ie ≥ 35,6 A . Portanto, o contator deve ser, de acordo com o catálogo,
CWM 65.10.380.60 e o relé de sobrecarga será RW 67 D (32...50).
Normalmente um contato auxiliar NA é necessário. Observe no catálogo do
fabricante, as características dessa contatora, o número de manobras, por
exemplo, etc.
Agora se calcula a corrente de partida através da relação de corrente de rotor
bloqueado (Ip/In) = 6,7, então Ip = 6,7 . In → Ip = 6,7 . 30,9 A → Ip = 207 A.

Exercício →Trace as retas na figura abaixo e encontre o fusível na figura


abaixo: Só insira exercícios no final da unidade.

Figura 35 – Curva do fusível.

As retas de tempo e corrente de partida se interceptam acima da curva do fusível de


35 A e abaixo do fusível de 50 A, portanto, o fusível adequado é o fusível tipo D de
50 A e suas partes componentes.

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3 PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO (Y-Δ)

É utilizada em cargas com conjugados baixos ou em que o motor parte a vazio (sem
carga). O motor tem 6 terminais. A corrente de partida (Ip) e o conjugado de partida
(Cp) ficam reduzidos a 33 % dos valores normais. O motor parte com √3 vezes a
primeira tensão, por exemplo, 220 V na ligação triângulo e 380 V na ligação estrela
conforme as disposições nos bornes da caixa de ligação. Na figura abaixo é
mostrado o diagrama unifilar de uma partida estrela-triângulo.

Figura 36 – Diagrama unifilar da partida estrela-triângulo.

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Figura 37 – Diagrama multifilar da partida estrela-triângulo.


Primeiramente o motor é conectado através de contactoras ou chave de partida na
conexão em estrela (380 V), contatoras ativas K1 e K3. Em tempo pré-determinado
(até próximo à rotação nominal) muda para conexão em triângulo (220 V), contatoras
ativas K1 e K2, na qual terá condições de desenvolver o conjugado nominal (Cn) do
motor.
Observe no gráfico abaixo que o conjugado da partida estrela é bem inferior ao
conjugado da conexão triângulo e, como conseqüência, as correntes exigidas da
rede de alimentação, também serão menores. Como conseqüência, temos um
conjugado resultante (Cr).

Gráfico 4 – Redução das características nominais do motor usando partida estrela


(Y) – triângulo (Δ).

3.1 DIMENSIONAMENTO : COMPONENTES PARTIDA Y-Δ

As figuras abaixo apresentam diagramas unifilares e esquema de ligação estrela-


triângulo.

Figura 38 – Unifilar partida estrela-triângulo e conexões da caixa de ligação.

A seguir, seguem as informações sobre os dimensionamentos:

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a)Conexão em triângulo - Δ:

• IK1, IK2 e IK3 são as correntes das contatoras, respectivamente;


• A corrente de Linha (IL) é a corrente absorvida da rede de alimentação;
• In é a corrente nominal do motor;
• A corrente circula por K1 (IK1) e K2 (IK2);
• IL = In;
• IΔ = In/√3;
• IK1 = IK2 = IΔ = In/√3 = 0,58 x In.

b)Conexão em estrela - Y:
• IY = 0,33 x In;
• IK3 = IY = 0,33 x In.

Roteiro de cálculo dos componentes do circuito:


Contatores K1 = K2 => Ie ≥ 0,58.In x 1,15
Contator K3 => Ie ≥ 0,33.In x 1,15
Relé de sobrecarga FT1 => 0,58.In

Fusíveis =>
a ) Usar dados do fabricante (Tabela Ip x Tp)
b) IF ≥ 1,2 . In
c) IF ≤ IFmáxK1,K2
d) IF ≤ IFmáxFT1

Relé de tempo => KT verificar tabela de tempo e fusível de retardo máximo.

São dois quadros se você quiser montar. Um dos Contactores e relé térmico que
você fez acima e o outro, em verde, dos fusíveis.

Exemplo 3: Dimensionar uma partida estrela-triângulo (Componentes de força) para


acionar um motor de 30 CV, IV pólos, em rede de 380 V, 60 Hz. AC3. Alto
Rendimento.
Resposta: A corrente nominal do motor em 220 V de acordo com o catálogo é
In = 73,9 A e a corrente de rotor bloqueado é Ip/In = 7,6.

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Para 380 V temos In = 0,58 x In (220 V) → 42,86 A.


Agora continue o exercício e responda:
Contatores___________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Relé de sobrecarga: ___________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Fusíveis:____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4 PARTIDA COMPENSADORA

A partida compensadora alimenta o motor com tensão reduzida em suas bobinas


durante a partida. Um autotransformador é conectado em série com as bobinas do
estator reduzindo a tensão de arranque. A partir do momento que o rotor tenha
acelerado, as bobinas retornam à tensão nominal. Com isso, não há sobrecarga na
rede de alimentação.
A redução da corrente de partida irá depender do TAP em que estiver ligado o
autotransformador, ou seja, se o TAP for de 65%, a corrente de partida direta se
reduz a 42%. Se o TAP for de 80%, a redução será de 64% de seu valor de partida
direta.
Neste tipo de partida o motor pode partir sob carga. O conjugado resistente (Cr) de
partida da carga deve ser inferior à metade do conjugado de partida do motor. Esse
tipo de partida é usado, por exemplo, para partir britadores, calandras e bombas.
As principais vantagens desse tipo de partida são:

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• A corrente de linha é semelhante à partida Y-Δ;


• Há a possibilidade de variação do TAP de 65%, 80% e até 90% da tensão
nominal da rede.

Já as desvantagens são:
• Quadros de comando maiores devido às dimensões do autotransformador;
• Limitação da freqüência de manobras;
• Custo mais elevado em relação a outros arranques.

Existem outras formas de partidas eletromecânicas para motores elétricos. Porém,


em nosso estudo abordamos apenas as mais utilizadas.

SÍNTESE
Neste capítulo estudamos sobre os tipos de arranque eletromecânicos mais comuns
para motores elétricos. Quando não é possível partir um motor de forma direta,
usamos meios indiretos para reduzir as correntes envolvidas.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Sob o ponto de vista do motor, o melhor método de arranque é:


a) Paritda estrela-triângulo.;
b) Partida direta.
c) Partida compensadora.
d) Partida série-paralelo.

2) Os métodos de partida alternativos servem para:


a) Aumentar o conjugado do motor.
b) Aumentar a velocidade do motor.
c) Diminuir a velocidade do motor.
d) Reduzir a corrente do motor.

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3) Motores com 6 terminais na caixa de ligação permitem trabalhar com:


a) Até três tensões elétricas.
b) Até quatro tensões elétricas.
c) Até duas tensões elétricas.
d) Uma tensão elétrica.

4) Para dimensionar um fusível de força é necessário calcular:


a) A tensão do motor e o tempo de partida;
b) A potência do motor e a tensão de partida;
c) A tensão e a corrente de partida;
d) A corrente de pico e o tempo de partida.

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