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1.1.Objectivos..............................................................................................................................2
1.1.1.Objectivo Geral...............................................................................................................2
1.1.2.Objectivo Específicos......................................................................................................2
2.Fundamentação Teórica................................................................................................................3
2.1.Conceito de HIV/AIDS..........................................................................................................3
2.5.Estigma e Discriminação.....................................................................................................10
3.Metodologia................................................................................................................................12
4.Conclusão...................................................................................................................................13
5.Referências Bibliográficas..........................................................................................................14
1. Introdução
O vírus HIV pode ser transmito de diversas maneiras e para cada uma delas é preciso cuidados
específicos para que não haja a transmissão. A camisinha ou preservativo continua sendo o
método mais eficaz para prevenir muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, a
sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou
vaginal), seja homem com mulher, homem com homem ou mulher com mulher.
Embora o preservativo masculino seja o modelo mais conhecido e de uso mais disseminado, as
mulheres também têm a opção de utilizar a camisinha feminina. Seja qual for o modelo, a
camisinha deve ser usada do começo até o fim de qualquer relação sexual e nunca utilize o
mesmo preservativo mais de uma vez
1.1. Objectivos
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2. Fundamentação Teórica
2.1. Conceito de HIV/AIDS
Muitas pessoas, a partir do contacto com o vírus, desenvolvem anticorpos detectáveis em testes
sanguíneos (anti-HIV), a partir de aproximadamente 9 semanas depois que a pessoa entrou em
contacto com o vírus.
O uso de drogas é considerado um comportamento de alto risco para a infecção pelo HIV. Os
usuários de drogas injectáveis podem se infectar quando usam a mesma seringa com outros.
Mesmo as pessoas que não se injectam drogas mas as consomem de outra maneira podem se
infectar por meio de relações sexuais sem preservativos. Diversos estudos têm mostrado que as
pessoas sob efeito do álcool frequentemente se envolvem em relacionamentos sexuais sem
protecção.
2
2.2. A origem da epidemia de HIV/AIDS
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos
EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino,
homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de
Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune.
Todos estes fatos convergiram para a inferência de que se tratava de uma nova doença, ainda não
classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível. Em 1983 o agente
etimológico foi identificado: tratava-se de um retro vírus humano, actualmente denominado vírus
da Imunodeficiência humana, HIV-1, que anteriormente foi denominado LAV e HTLV-III. Em
1986 foi identificado um segundo agente etimológico, também retro vírus, estreitamente
relacionado ao HIV-1, denominado HIV-2.
Embora não se saiba ao certo qual a origem dos HIV-1 e 2 sabe-se que uma grande família de
retro vírus relacionados a eles está presente em primatas não-humanos na África sub-Sahariana.
Todos os membros desta família de retro vírus possuem estrutura gnómica semelhante,
apresentando homologia em torno de 50%.
Além disso todos têm a capacidade de infectar linfócitos através do receptor CD4.
Aparentemente o HIV-1 e o HIV-2 passaram a infectar o homem há várias décadas. O HIV-1
tem se mostrado mais virulento do que o HIV-2. Numerosos retros vírus de primatas não-
humanos encontrados na África têm mostrado grande similaridade com o HIV-1 e com o HIV-2.
O vírus da Imunodeficiência símia (SIV) presente com muita frequência nos macacos verdes
africanos é muito próximo ao HIV-2, sugerindo que ambos evoluíram de uma origem comum.
Por estes fatos supõe-se que o HIV tenha origem geográfica africana e que sua disseminação se
deve às características da sociedade contemporânea.
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Além destas formas mais frequentes há também a transmissão ocupacional, por acidente de
trabalho em profissionais da área da saúde que sofrem ferimentos perfuro-cortantes
contaminados com sangue de pacientes com infecção pelo HIV e, finalmente, há oito casos
descritos na literatura de transmissão intradomiciliar nos quais não houve contacto sexual nem
exposição sanguínea pelas vias classicamente descritas.
A principal forma de exposição no mundo todo é a sexual, sendo que a transmissão heterossexual
através de relações sem o uso de preservativo é considerada, pela OMS, como a mais frequente
do ponto de vista global. Na África sub-Sahariana é a principal forma de transmissão.
Nos países desenvolvidos a exposição ao HIV por relações homossexuais ainda é a responsável
pelo maior número de casos, embora as relações heterossexuais estejam aumentando de
importância na dinâmica da epidemia. Os factores que aumentam o risco de transmissão do HIV
numa relação heterossexual são: alta viremia ou Imunodeficiência avançada; relação anal
receptiva; relação sexual durante a menstruação; e concomitância de doenças sexualmente
transmitidas, principalmente das ulcerativas. Sabe-se hoje que as úlceras resultantes de infecções
como cancróide, sífilis, e herpes simples amplificam a transmissão do HIV.
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2.4.1. A Profilaxia Pós-Exposição Sexual
A PEP sexual é uma tecnologia de prevenção que consiste no uso de antirretrovirais (ARV) por
28 dias, iniciando em até 72 horas após a possível exposição sexual ao HIV. Está disponível
como estratégia de prevenção ao HIV desde o ano de 1998. Amplamente utilizado primeiro nos
acidentes ocupacionais e, a partir dos anos 2000 com vítimas de abuso sexual, essa estratégia
passou a ser empregada em situações em que houver falha, rompimento ou não uso do
preservativo em relações sexuais com pessoas infectadas pelo HIV ou com maior probabilidade
de estarem infectadas. Uma revisão sistemática desenvolvida em 2009 indica que os estudos
realizados sobre o custo-efetividade da PEP sexual têm muitas limitações (por exemplo falta de
dados publicados sobre eficácia clínica após a exposição). Esta revisão mostra que a PEP sexual
tem sido demandada por homens que tem sexo anal receptivo desprotegido com homens, quando
o parceiro de origem é sabidamente seropositivo ou não, heterossexuais após sexo anal receptivo
desprotegido (mulheres), e usuários de drogas injectáveis compartilhando agulhas com pessoa
sabidamente seropositiva. Nesta revisão a análise de custo-efetividade sugeriu que a PEP sexual
é rentável para todas as relações sexuais entre homens (anal receptivo e insertivo desprotegidos,
sexo oral receptivo desprotegido) e possivelmente tem bom custo-benefício para usuários de
drogas injectáveis e mulheres de alto risco.
Na cidade de São Francisco (EUA), uma clínica mantém um programa de PEP desde 2002. As
lições aprendidas com essa experiência mostram que a falta de conhecimento da estratégia entre
usuários potenciais e profissionais de saúde, além da disponibilidade limitada da tecnologia nos
serviços, contribuem para sua subutilização. A experiência de uso é altamente personalizada e
única para cada indivíduo, sendo a percepção de risco, portanto, variável. Neste estudo, um terço
dos usuários não tinham tido uma exposição que reunisse os critérios para justificar a
intervenção. Assim como pacientes diferem em relação à percepção de risco, profissionais de
saúde podem diferir nas mensagens de aconselhamento relativas a essa estratégia11. Um fator
negativo para o sucesso da terapia seria a alta taxa de não adesão, e estudos sugerem que o
aconselhamento poderia reverter essa taxa12,13. Mas não há evidencias significativas de que a
intervenção dos profissionais de saúde está associada com o aumento de adesão11. A “PEP
sexual” está disponível nos serviços públicos do Brasil desde 2010. Segundo o Ministério da
Saúde, está indicada para situações excepcionais em que ocorrer falha e rompimento do
preservativo, está pautada no contexto de reconhecimento de direitos sexuais, e é estratégia de
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prevenção direccionada a populações vulneráveis. A referida estratégia tem potencial de atrair
para a rede de saúde população que não buscaria atendimentos por outras razões, e por esse
motivo é oportunidade para vincular essas pessoas aos serviços de saúde (ao permitir, por
exemplo, acesso ao diagnóstico da pessoa e sua parceria). No Congresso de Prevenção realizado
em Setembro de 2012, foram dadas ao conhecimento as experiências de implantação da PEP no
Estado de São Paulo e no município de Belo Horizonte, Minas Gerais. Na ocasião, houve
concordância, por parte de gestores de programas de AIDS, sobre a necessidade de ampliação do
leque de alternativas de prevenção do HIV considerando o não uso de preservativo por parte
significativa da população. Por ser experiência recente, observou-se dificuldade dos estados e
municípios na implantação da estratégia no Brasil, entre elas destacou-se a dificuldade com a
organização dos processos de trabalho para a inserção dessa nova abordagem na rotina dos
profissionais de saúde das emergências e dos ambulatórios de HIV, tal como preconizado pelo
Ministério da Saúde, e a resistência dos profissionais de saúde em ampliar a divulgação de uma
estratégia de prevenção que poderia ser vista como uma incitação ao não uso do preservativo14.
Em Belo Horizonte o perfil de usuários mostra que a tendência de uso é masculina e de
orientação heterossexual, com sorologia do parceiro desconhecida. Um índice grande de não
retorno ao serviço tem sido observado na cidade, demonstrando dificuldade de adesão e vínculo
com o serviço de saúde. Um grupo de gestores e profissionais de instituições públicas de saúde
de municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro e representantes de organização não
governamental (ONG) discutiu a estratégia da PEP sexual em Dezembro de 2010, logo após a
recomendação nacional. Avaliaram a recomendação técnica do Ministério da Saúde para
avaliação da indicação da PEP sexual e concluíram que a mesma é insuficiente para seleccionar,
com segurança, os casos que devem ou não receber profilaxia, concordando que uma avaliação
de risco e aconselhamento cuidadosos são necessários, caso a caso, para definir os riscos de
transmissão e a necessidade de profilaxia, mas sublinhando a falta de recursos diversos para esse
atendimento, além de preconceito e julgamento de ordem moral envolvidos na avaliação1.
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2.4.2. A Profilaxia Pré-Exposição
A PrEP consiste na utilização de uma dose diária de comprimidos de um ou dois ARV para
profilaxia da transmissão sexual do HIV. Os ensaios clínicos, randomizados com placebo, iPrEx
e Partners PrEP, mostraram a eficácia dessa tecnologia na prevenção do HIV16. O primeiro com
a participação de 3 mil homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres transexuais nos
EUA, África do Sul, Tailândia e na América Latina17 e o segundo, com a participação de 4.758
casais soro discordantes heterossexuais no Quénia e em Uganda18. No ensaio clínico,
randomizado com placebo, FEM PrEP, com 2.120 mulheres heterossexuais HIV negativo, na
África do Sul, no Quénia e na Tanzânia, os resultados mostraram que não houve redução
significativa das taxas de infecção pelo HIV (33 mulheres infectadas no grupo de medicação e 35
no grupo de placebo) e, por esse motivo, foi interrompido. Esses resultados foram relacionados à
baixa adesão à medicação do estudo19.
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Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Brasil recomenda o estímulo ao tratamento
antirretroviral (TARV) para todas as pessoas infectadas pelo HIV, independentemente de seu
estado imunológico9. Importante desafio a esse tipo de tecnologia biomédica de prevenção é a
adesão eficaz ao uso de ARV por parceiros seropositivos para o HIV, tornando a carga viral
indetectável e fornecendo protecção aos parceiros seronegativos.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) refere que é necessário
ampliar o diagnóstico e tratamento para abranger significativamente as 35 milhões de pessoas
vivendo com HIV hoje no mundo. Apenas 13,6 milhões das pessoas vivendo com HIV estavam
em tratamento até Junho de 2014 e 19 milhões de pessoas não têm acesso ao conhecimento de
seu status serológico para o HIV. A partir desse cenário, a Declaração de Paris do Dia
Internacional de AIDS de Dezembro de 2014 recomenda para o enfrentamento da epidemia que
os países tenham como meta até 2020 que: 90% das pessoas vivendo com HIV tenham
conhecimento de seu status serológico; 90% das pessoas que conheçam seu status serológico
positivo para o HIV recebam TARV; 90% dessas pessoas em tratamento obtenham supressão da
carga viral do HIV e 0% de estigma e discriminação.
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HIV32. Pesquisa pela Internet, realizada em 2009 nos Estados Unidos, com 6.163 HSH negros,
relatando sexo anal desprotegido e não conhecendo seu status para o HIV, revelou que 3.833
(62%) referiram que fariam o teste domiciliar pago (em um custo entre US$ 10 e US$ 50), e
1.236 (20%) disseram que não fariam o teste domiciliar33. Um estudo realizado em Seattle,
EUA, em 2002, mostrou que de 240 pessoas sabidamente infectadas pelo HIV, 60% indicaram
que, se possível, preferiam ter usado um teste domiciliar34. Os participantes desse último estudo
relataram que o principal motivo de preferirem a auto testagem domiciliar é o preconceito
sofrido nos serviços de saúde por causa da orientação sexual. Embora tenham variado segundo
idade e raça/etnia, as principais razões apontadas pela população de HSH para nunca ter
realizado o teste anti-HIV convencional, em um estudo pela internet nos EUA (2011) e no
Sistema Nacional de Vigilância do Comportamento para o HIV (sigla em inglês: NHBS) em 21
cidades americanas (2008), foram: baixa percepção do risco, medo de receber um resultado
positivo e aspectos estruturais, como por exemplo, a falta de transporte, dinheiro ou plano de
saúde.
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O estigma relacionado ao HIV refere-se às crenças, atitudes e sentimentos negativos em relação
às pessoas vivendo com o HIV (como também em relação seus familiares e pessoas próximas) e
outras populações que estão em maior risco de infecção pelo vírus (populações-chave), como
gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e travestis e
transexuais.
A discriminação relacionada ao HIV refere-se ao tratamento desigual e injusto (por acção ou
omissão) de um indivíduo baseado em seu estado HIV real ou percebido. A discriminação, no
contexto do HIV, também inclui o tratamento desigual daquelas populações mais afectadas pela
epidemia. Discriminações relacionadas ao HIV normalmente baseiam-se em atitudes e crenças
estigmatizantes em relação a comportamentos, grupos, sexo, doenças e morte. A discriminação
pode ser institucionalizada através de leis, políticas e práticas que focam negativamente em
pessoas que vivem com o HIV e grupos marginalizados.
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3. Metodologia
A metodologia para elaboração deste trabalho consistiu no levantamento e análise de artigos que
abordassem o tema da prevenção do HIV/SIDA no contexto das chamadas novas tecnologias de
prevenção.
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4. Conclusão
O trabalho discorreu sobre a pandemia do HIV/SIDA bem como novas tecnologias de prevenção,
a sigla AIDS significa Acquired Immunodeficiency Syndrome (Sindrome da Imunodeficiência
adquirida) e o seu agente causal é o HIV (Human Immunodeficiency Virus: Vírus da
Imunodeficiência Humana = vírus da AIDS). Ao ser infectado com o HIV, o sistema
imunológico vai sendo destruído gradualmente, causando uma redução na capacidade de defesa
do organismo.
Por isso, não conseguem proteger o organismo contra a multiplicação das várias espécies de
patógenos que estão normalmente presentes num ambiente natural, como bactérias, vírus e
fungos, e que não causam nenhum mal a pessoas saudáveis.
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5. Referências Bibliográficas
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1999; 15: 701-9.
Dias EC. Atenção à saúde dos trabalhadores no sector saúde (SUS), no Brasil: realidade, fantasia
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Mendes R, Dias EC. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Rev. Saúde Pública. 1995;
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