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Universidade Federal de Mato Grosso

Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia


Departamento de Engenharia Elétrica
Curso de Engenharia Elétrica

RELÁTORIO DE AULA PRÁTICA

Máquinas Elétricas
Experimento VIII

Brenda Montes Cardoso Farah – Turma N2


Prof. José Mateus Rondina

Cuiabá – 2022
Sumário
1- Objetivos 3
2- Introdução Teórica 4
3- Procedimento Experimental 7
3.1- Materiais e Equipamentos Utilizados 7
3.2- Montagem e Experimentos 7
4- Resultados e Análises 10
5- Conclusão 11
6- Referências Bibliográficas 12

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1. Objetivos da Aula
A aula prática de máquinas elétricas tem por objetivo central verificar tensão
e frequência induzida no rotor do motor de indução.

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2. Introdução teórica

Construção do motor de indução


Um motor de indução tem fisicamente o mesmo estator que uma
máquina síncrona, com uma construção de rotor diferente. Um estator típico de
dois polos como o mostrado na 1 parece ser (e é) o mesmo que um estator de
máquina síncrona. Há dois tipos diferentes de rotores de motor de indução, que
podem ser colocados no interior do estator. Um deles é denominado rotor
gaiola de esquilo e o outro é denominado rotor bobinado.

Figura 1 - Estator de um motor de indução

As Figuras 2 e 3 mostram rotores de motor de indução do tipo gaiola de


esquilo. Esse rotor consiste em uma série de barras condutoras que estão
encaixadas dentro de ranhuras na superfície do rotor e postas em curto-circuito
em ambas as extremidades por grandes anéis de curto-circuito. Essa forma
construtiva é conhecida como rotor de gaiola de esquilo porque, se os
condutores fossem examinados isoladamente, seriam semelhantes àquelas
rodas nas quais os esquilos ou os hamsters correm fazendo exercício.

Figura 2 - Rotor gaiola de esquilo Figura 3 - Diagrama em corte de um motor de indução


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O rotor bobinado tem um conjunto completo de enrolamentos trifásicos
que são similares aos enrolamentos do estator. As três fases dos enrolamentos
do rotor são usualmente ligadas em Y e suas três terminações são conectas
aos anéis deslizantes no eixo do rotor. Os enrolamentos do rotor são colocados
em curto-circuito por meio de escovas que se apoiam nos anéis deslizantes.
Dois rotores bobinados estão mostrados na Figura 4 e um motor de indução
completo com rotor bobinado está mostrado na Figura 5.

Figura 4 - Rotor bobinado do motor de indução Figura 5 - Corte de um motor de indução bobinado

Os motores de indução de rotor bobinado são de custo maior que o dos


motores de indução de gaiola de esquilo. Eles exigem muito mais manutenção
devido ao desgaste associado a suas escovas e anéis deslizantes. Como
resultado, os motores de indução de enrolamento bobinado raramente são
usados.

Conceitos básicos
O princípio de operação dos motores de indução é baseado no
fenômeno indutivo que significa que a energia elétrica é colocada no
enrolamento do estator e então magneticamente transferida ao rotor pelo
campo magnético rotativo que é criado no estator. A velocidade de rotação do
campo magnético é dada por
120 f se
n S=
P
em que fse é a frequência do sistema aplicada ao estator em hertz, e P é o
número de polos da máquina.
O rotor sendo um circuito fechado será percorrido por correntes
elétricas. Estas criam o campo induzido no rotor. O torque eletromagnético
resultante da iteração entre o campo magnético girante (campo indutor) e o

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campo magnético induzido no rotor, produzirá a velocidade de rotação do rotor
nr.
O rotor atinge uma velocidade de equilíbrio em regime permanente (n r)
menor do que a velocidade síncrona (n s) do campo girante do estator. A
diferença entre a velocidade do campo girante produzido pelo estator e do giro
mecânico do rotor é denominada escorregamento (slip - S).
n s−n r
S=
ns
Observe que, se o rotor estiver girando na velocidade síncrona, então
S=0, não há corrente induzida no rotor e o torque é nulo, ao passo que, se o
rotor estiver estacionário, então S=1, torque de partida. Todas as velocidades
normais de um motor recaem em algum lugar entre esses dois limites.
A frequência do rotor é diretamente proporcional à diferença entre a
velocidade do campo magnético n s e a velocidade do rotor n r, então a
frequência do rotor pode ser expressa como:
f ℜ=S f se
Já que a tensão induzida no rotor, sendo fruto do movimento relativo
entre os condutores do rotor e o fluxo mangético girante com o movimento do
rotor, temos que a tensão no rotor também pode ser escrita em função do
escorregamento.

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3. Procedimento Experimental
3.1 – Materiais e Equipamentos Utilizados

 1 Estator de máquina de CA com rotor de anel e escovas conectadas;


 1 Estator de máquina DC com rotor e escovas conectadas;
 1 DL 10281 Módulo de alimentação;
 1 DL 10282 Módulo de medida;
 1 DL 10281 Módulo das cargas e reostatos;
 Amperímetro;
 Voltímetro.

3.2 – Montagem e Experimentos

Procedimento:
1. Prepare o estator da máquina de corrente alternada completo com rotor
de anel e com as escovas conectadas.
2. Prepare o estator da máquina corrente contínua completa com rotor,
comutador e escovas.
3. Faça as conexões do circuito mostrado no diagrama.

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4. Prepare o módulo de alimentação DL 10281 para uma tensão DC fixa 32
V/14 Amp. (“a0b” de seletor para a posição “a” e interruptor L+ / L - na
posição “0”) e para uma tensão DC variável 0÷8 V/12 Amp. (seletor “c0d”
para a posição “d” e manopla de controle a 0%).
5. Prepare no módulo DL 10283 o reostato de partida RA com a máxima
resistência (manopla para a posição “b”) e a de excitação RF com a
resistência mínima (manopla para a posição “a”).
6. Curto circuite o amperímetro conectado na armadura do motor DC.
7. Ative o módulo de alimentação e faça girar o motor DC colocando o
interruptor L+ / L para a posição “1”.
8. Gradualmente diminua o reostato RA (manopla para a posição “a”),
depois dê um curto circuito RA por meio de um jumper e depois remova
o curto circuito do amperímetro.
9. Ajuste com precaução a corrente de excitação do motor DC por meio do
reostato RF até que a velocidade de motor fique igual à velocidade
nominal n = 3600 RPM.
10. Verifique o sentido de rotação.
11. Pare o motor de CC, desligando L+ L-.
12. Alimente o estator do motor de indução através de seus terminais U, V e
W, utilizando a alimentação L1/L2/L3 do módulo DL 10281.

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13. Prepare o módulo de alimentação DL 10281 para fornecer uma tensão
alternada fixa 42V/10A:("a0b" do seletor na posição "b" e o interruptor
L1/L2/L3 na posição "0").
14. Curto circuite os terminais K, L e M.
15. Acione o interruptor L1/L2/L3 para a posição "1".
16. Verifique o sentido de rotação.
17. Volte o interruptor L1/L2/L3 para a posição "0".

As duas máquinas devem ter o mesmo sentido de giro. Se não estiver de


acordo, inverta a sequência de fases em U, V e W.

18. Retire o curto-circuito e conecte um voltímetro entre K e L, e um


frequencímetro entre L e M.
19. Repita os passos 5 a 9.
20. Prepare o módulo de alimentação DL 10281 para fornecer uma tensão
alternada fixa 42V/10A:("a0b" do seletor na posição "b" e o interruptor
L1/L2/L3 na posição "0").
21. Acione o interruptor L1/L2/L3 para a posição "1".
22. Ajuste a rotação do motor CC, atuando em RF para nr = 3.600 RPM e
observe as indicações do voltímetro do frequencímetro instalados no rotor.
23.Diminua lentamente a rotação do motor CC, atuando em RF e observe a
tensão e a frequência induzidas no rotor.
24.Pare o motor CC desligando L+ L-.
25. Meça com um multímetro a tensão aplicada entre fases do estator e
entre fases do rotor do motor CA.
26. Volte o interruptor L1/L2/L3 para a posição "0".
27. Inverta a sequência de fases em U, V e W.
28. Repita 5 a 9 e 20 a 24.
29. Observe e anote suas conclusões.
30. Desligue tudo.....

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18. Resultados e Análises

Em um motor de indução, quando a tensão é aplicada aos enrolamentos


de estator, uma tensão é induzida nos enrolamentos do rotor da máquina. Em
geral, quanto maior o movimento relativo entre os campos magnéticos do rotor
e do estator, maiores serão a tensão e a frequência do rotor. O movimento
relativo máximo ocorre quando o rotor está parado. A menor tensão (0 V) e a
menor frequência (0 Hz) ocorrem quando o rotor está se movendo com a
mesma velocidade que o campo magnético do estator, resultando um
movimento relativo nulo. O valor e a frequência da tensão induzida no rotor
para qualquer velocidade entre esses extremos é diretamente proporcional ao
escorregamento do rotor.
À medida que girarmos o reostato e aumentar a resistência, a velocidade
do rotor diminui e seu escorregamento aumenta, e vice-versa.

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19. Conclusão

Levando em conta o que foi observado no laboratório e na teoria,


máquinas assíncronas (ou de indução) possuem modelos de funcionamento
específicos a serem aplicados. Motores assíncronos possuem maior torque e
também são utilizados em sistemas que necessitam de controle de velocidade,
além de sua construção ser mais simples em comparação ao síncrono.
Já os geradores assíncronos possuem capacidade de operar em
sistemas onde não é possível obter o controle de velocidade, ou seja, desde
que não exceda a sua carga máxima, ele se mantém em operação. Além do
fato destes não necessitarem de corrente contínua para iniciar a operação.
Dessa forma, as máquinas de indução possuem versatilidades que
diferenciam seu processo de montagem e de aplicação em relação as
máquinas síncronas. Podendo ser o grande diferencial a depender da demanda
do sistema.

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20. Referências Bibliográficas
[1] UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2014. 708 p. [2].
[2] CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. Editora
Bookman AMGH LTDA, 5ª Edição/2013.

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