Você está na página 1de 6

Liturgia Adonhiramita

Peculiaridades do Rito Adonhiramita

Algumas das principais peculiaridades do Rito Adonhiramita que o identificam e o diferenciam


dos demais Ritos são: A sua profunda espiritualidade;O tratamento de "Am.ʹ. Ir.ʹ.” ; O uso do
nome histórico; Adonhiram como personagem central; O Cerimonial do Fogo; O uso de velas e
não de lâmpadas; O pé direito à frente na marcha do Grau; As doze badaladas; O
revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada; O uso das luvas brancas; O uso da
gravata branca; A posição dos AAm.ʹ. lIr.ʹ. VVig.ʹ.; A posição das CCol.ʹ. J e B; A abertura do L.ʹ.
da L.ʹ. no evangelho de João; A formação do Pálio; A Cerimônia de Incensação; A proteção
mística do Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. Int.ʹ.;O uso do sinal do G.ʹ. na circunavegação; A circunavegação em
forma do símbolo do infinito; O uso do chapéu em todas as sessões pelos MMestr.ʹ.; O uso da
espada pelos MMestr.ʹ., a palavra de Aclamação , além de muitas outras particularidades que
fazem o Rito Adonhiramita singular, místico e esotérico.

Fundamentos e tradições do Rito Adonhiramita

Este Rito é histórico e tradicional de profunda espiritualidade. Têm por base teológica os
mistérios egípcios, a volta dos judeus do cativeiro e as verdades bíblicas reveladas no Antigo e
Novo Testamento, particularmente, no que concerne à construção do Templo de Salomão e às
origens do Cristianismo, com atenção especial voltada para os aspectos proféticos e
apocalípticos de ambos os documentos sagrados. Podemos constatar esta profunda
espiritualidade ainda no Átrio, quando da entrada ao Temp.´., no momento em que o Am.ʹ. Ir.ʹ.
M.ʹ. de CCer.ʹ. diz: "... Silêncio meus AAm.ʹ. llr.ʹ.! Eu vos peço um momento de reflexão a fim de
ingressarmos no Templ.ʹ.. Neste momento observa-se uma viagem interior, o V.I.T.R.I.O.L. cuja
tradução é: "Visita o interior da Terra e, retificando-se, encontrarás a Pedra Oculta". É uma
viagem solitária e profunda, um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, à busca do
universo interior, a busca do "conhece-te a ti mesmo". Uma viagem para a qual, as condições
sociais profanas, a cor, a raça, os credos religiosos e políticos, assim como os metais que
distinguem o rico do pobre, tornam-se fardos desnecessários e incômodos. Forma-se então, a
Egrégora, uma reflexão agora coletiva elevada ao Supremo Criador dos Mundos, desejando a
paz entre os homens, que todos possam se transformar em homens de boa vontade, que os
desesperados encontrem a esperança e os tiranos possam encontrar o caminho da justiça.

O tratamento de "Am.ʹ.Ir.ʹ." e o uso do Nom.ʹ. Hist.ʹ. no Rito Adonhiramita

"Am.ʹ. Ir.ʹ. "era o tratamento usado entre os adeptos das comunidades religiosas mais antigas,
para significar o apreço, o respeito e a confiança mútua entre esses adeptos. Era o tratamento
escolhido pelos primitivos cristãos, até para se identificarem entre si; tratamento este que
ainda hoje é empregado pelos pregadores cristãos, ao se dirigirem ao público dentro das
Igrejas e Templos. Tratamento este que deverá ser conquistado pelos méritos maçônicos de
cada Ir.ʹ..Sejam quais forem as relações que um maçom tiver com o outro é proibido usar de
outra denominação que não seja a de Am.ʹ. Ir.ʹ., isto basta para o elogio na Maçonaria, porque
este nome sagrado, encerra em si, todos os sentimentos bons de que o coração humano é
capaz de vivenciar. O Nom.ʹ. Hist.ʹ. é de todo útil, no momento da iniciação e durante toda a
vida maçônica, receber a guarda, a proteção e o exemplo de espíritos luminosos que, ricos de
virtudes nesta vida, sobretudo como maçons, se comportam, de certo modo, como Anjos-da-
guarda, mensageiros fiéis do G.ʹ.A.ʹ. D.ʹ. U.ʹ. Por isso, no Rito Adonhiramita, a cada Ir.ʹ., quando
de sua iniciação, é atribuído o nome de um personagem virtuoso em prol da Humanidade, da
Pátria, da Sociedade, etc., Maçom ou não, e que já tenha partido para o Oriente Eterno, para
ser seu Patrono, absorvendo-lhe o nome a que denominamos "Nome Histórico". Com esse
Nome Histórico, o Ir.ʹ. é batizado em momento próprio da Iniciação com os seguintes dizeres:
"E para que de profano nem o vosso nome vos reste, eu vos batizo com o Nome Histórico
de....” A prática tem grande valia para o sigilo e a preservação da identidade civil, ao mesmo
tempo em que constitui um símbolo de profunda significação. Se a Maçonaria tem por objetivo
transformar o homem profano no homem iniciado, o gesto de lhe dar um novo nome por
ocasião da iniciação está a indicar que ele, dali em diante, deve se transformar num novo ser.

A denominação Adonhiramita

De acordo com a Bíblia, HIRAM era o arquiteto que se encarregara dos projetos da construção
do Templo de Salomão, filho da viúva de NEFTALI. A seu lado havia outro HIRAM, enviado pelo
rei de Tiro, que fornecera a Salomão grande parte dos materiais utilizados na obra. Já
ADONHIRAM, filho de Abda, era o funcionário encarregado dos tributos na corte de SALOMÃO,
por este estar incumbido do recrutamento dos operários quando da construção do Templo.
Como tal, vem designado no 1º Livro dos Reis, Cap. IV com o título de “preposto às corvéias”.
ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os operários, selecionava-os, dividia-os segundo suas
capacidades ou necessidades da obra e, por certo, também lhes pagava o salário, até porque
era o tesoureiro de SALOMÃO. Sendo assim para nós ADONHIRAMITAS é o personagem
central da Construção do Templo de Salomão.

O Cerimonial do Fogo

Dos quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo, o fogo é tido como princípio ativo ou
dinâmico, transformador, germe da geração, é o mais puro, animador e fonte energética.
Simboliza a força impulsionadora do universo, além de movimento e energia. Seu movimento
é para o alto, ascendente, e seu poder é de criação por transformação. O Cerimonial do Fogo
alude a uma invocação ao Senhor de Todas as Luzes, ao G.ʹ.A.ʹ.D.ʹ.U.ʹ. cujos atributos infinitos
estão novamente sintetizados nas três palavras pronunciadas, por cada uma das Luzes da Loj.ʹ.
Ven.ʹ. Mestr.ʹ. - Sabedoria; 1° Vig.ʹ. - Força; e o 2° Vig.ʹ. - Beleza.

A razão de utilizar velas e não lâmpadas

As velas que usamos, sempre de cera pura de abelhas, como manda a tradição, emitem uma
chama pura e sem fuligem, emitem fogo, o que não acontece com as lâmpadas elétricas. O
fogo sempre acompanhou a humanidade desde os mais primitivos ancestrais, e nesta sua
marcha através da história foi assumindo sempre mais o aspecto de ligação entre o homem e
os espíritos, entre o homem e o G.ʹ.A.ʹ.D.ʹ.U.ʹ.. O fogo, desde que o homem começou a
percebê-lo conscientemente como um dos elementos da natureza, foi sempre olhado como
um elemento mágico e de origem divina, motivo pelo qual, seu simbolismo foi mantido em
nossas cerimônias.

O pé direito à frente na marcha do Grau

Simbolicamente o lado direito é ativo, positivo, criativo, masculino e representa o poder de


realização, enquanto o lado esquerdo é passivo, negativo, receptivo, feminino e representa a
capacidade de modelação. Romper a marcha com o pé direito, representa que o nosso poder
criativo, masculino, positivo, se sobrepõem aos nossos aspectos negativos que devem ser
submetidos à nossa vontade e superados com a prática das virtudes. Em simbologia, o lado
direito sempre esteve ligado ao poder da Luz, e o lado esquerdo ao poder das Trevas. Todavia,
nada tem a ver com superstições, mas sim, posturas que guardam um sentido simbólico.

Doze badaladas

Antigamente, na Maçonaria, o sino era de uso comum nas Cerimônias das Lojas Simbólicas, a
fim de anunciar a hora dos trabalhos. O Rito Adonhiramita, procurou coexistir com o seu uso,
não perdendo a tradição dos antigos, assim como a tradição religiosa e os costumes iniciáticos
dos mistérios. Em muitas civilizações antigas, o sino era utilizado no sentido de conclamar
todos os seres humanos, e, também, os sobrenaturais, além de evocar as Divindades, se
tornando daí, o símbolo do chamamento ao G.ʹ. A.ʹ. D.ʹ. U.ʹ.! Assim, juntamente com a
Cerimônia de Incensação o Cerimonial do Fogo e as Doze Badaladas harmonizam as vibrações
místicas e esotéricas da egrégora formada em sintonia com a Luz Maior emanada pelo
Supremo Criador dos Mundos.

O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada

O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada simbolizam a ligação do antigo com o


novo, a continuidade e a ligação com o G.ʹ.A.ʹ. D.ʹ.U.ʹ., em consciência compartilhada e
identidade comum. Desde os antigos tempos a cultura da Chama Sagrada era tida como
primordial e essencial para a busca e manutenção da harmonia e da paz, tanto para os lares,
quanto, até mesmo, para as cidades da antiguidade.

O uso das luvas brancas

As luvas brancas representam a candura que reina na alma do homem de bem e a pureza de
seus atos, de coração e intenções. Motivo pelo qual o Am.ʹ.Ir.ʹ.M.ʹ. de CCer.ʹ. antes da entrada
ao Temp.ʹ., exclama: "... Meus AAm.ʹ. llr.ʹ., se desde a meia-noite, quando se encerraram
nossos últimos trabalhos, se conservastes vossas mãos limpas, calçai as vossas luvas...". O
calçar das luvas é para que as mãos de todos os obreiros fiquem iguais. Tornam as mãos
calejadas do operário, tão macias quanto às mãos do intelectual, do médico, do engenheiro
etc, assim como se igualam pelo uso uniforme das outras peças do vestuário. As luvas
simbolizam a pureza que deve estar presente em todos os atos de um maçom. Pela mão
direita se dá pela esquerda se recebe. Dá-se com pureza e recebe-se com pureza.

A gravata branca

A gravata branca, por sua cor, está associada à paz e guarda a sua origem na aristocracia
francesa. Na prática, a gravata é uma peça da indumentária e de criação recente, inspirada nos
cordéis utilizados para o fechamento das camisas antes da invenção dos botões, que
terminava em um laço à altura do pescoço. Logo, a gravata é um complemento da camisa, e
assim, parte integrante da mesma. Sendo a camisa branca, consideramos que a gravata
também deve ser branca para se manter em harmonia interior.

Onde se colocam os VVig.ʹ. e porque desta posição?

No Oc.ʹ., para melhor observarem a passagem do Sol pelo meridiano. O Sol vem do Oriente, e,
portanto, para observá-lo, os VVig.ʹ. devem, ambos, estarem postados numa mesma linha, de
frente para o Oriente, o que só pode ocorrer se eles estiverem sobre o mesmo meridiano. Por
isso, os dois VVig.ʹ. no Rito Adonhiramita se posicionam ao Ocidente, numa mesma linha,
perpendicular à linha do Equador Or.ʹ. – Oc.ʹ. no mesmo meridiano.

Porque no Rito Adonhiramita, as CCol.ʹ. J e B ficam em posições invertidas em comparação


com outros Ritos?

Os estudiosos do Rito afirmam que a posição das CCol.ʹ. J e B, e dos próprios VVig.ʹ., se deu
quando das primeiras "revelações dos segredos da maçonaria", ou seja, em 1730, quando foi
publicado na Inglaterra, o livro Maçonaria Dissecada, de autoria de Samuel Pritchard.Esta obra
em questão foi o fruto da traição perpetrada pelo autor que a 13 de outubro de 1730, prestou
depoimento juramentado perante um magistrado, no qual relatava detalhes de sua iniciação
na Maçonaria, inclusive ao Grau de Mestre. O livro continha todos os sinais, toques e palavras
utilizados à época, bem como citava HIRAM, as marchas e todo o acervo sigiloso. Esta traição
obrigou a Ordem a processar algumas mudanças necessárias a confundir os curiosos profanos
"bem informados", que se utilizando de tais informações demandavam a invadir as Lojas como
se fossem verdadeiramente iniciados. Alguns autores vêem nestas mudanças a origens das
diferenças existentes entre o Rito Adonhiramita em relação aos demais Ritos no que se
referem à posição das colunas, os respectivos vigilantes e todos os detalhes oriundos de suas
posições. O Rito Adonhiramita permaneceu fiel motivo pelo qual, em comparação com alguns
ritos, se constata que as CCol.ʹ. e algumas funções estão invertidas. Todavia, mesmo havendo,
comparativamente, a inversão das CCol.ʹ., os AAm.ʹ. Ilr.´. AApr.ʹ. continuam na Col.ʹ., da Beleza,
ou seja, na Col.ʹ. do 2° Vig.ʹ..

A abertura do L.ʹ. da L.ʹ. no Evangelho de João

O Evangelho de João é o mais profundo dos quatro Evangelhos, cuja terminologia significa
"Boa Nova", e é o mais místico, o que mais causou polemica devido a sua linguagem e filosofia.
Todas as correntes ortodoxas do cristianismo primitivo, destacando os antigos Gnósticos, se
apoiavam nos escritos de João. A espiritualidade é tema fundamental para o Rito
Adonhiramita, assim como a tradição, e por esta, registra-se que primitivamente todas as Lojas
de origem Francesa abriam o L.ʹ. da L.ʹ. no Evangelho de João."Houve um homem enviado por
Deus que se chamava João." Este João, é o Batista, ou seja, aquele que batizava, que iniciava
aos antigos mistérios. Lembrando ainda, que no momento da abertura do L.ʹ. da L.ʹ. a leitura
do texto sagrado e a colocação do esq.ʹ. e o comp.ʹ. na posição do grau, o Am.ʹ. Ir.ʹ. Orad.ʹ. está
protegido pelo Pálio.

O Pálio

No Rito Adonhiramita, o Pálio, é formado, tal qual uma pirâmide, pelo Am.ʹ. Ir.ʹ. M.ʹ. de CCer.ʹ.
juntamente com um M.ʹ. da Col.ʹ. do S.ʹ. e outro M.ʹ.da Col.ʹ. do N.ʹ.. Estes AAm.ʹ. llr.ʹ. o
formarão postando suas espadas como extensão de seus braços direitos estendidos em ângulo
de 52°, tocando-se e cruzando-se no alto sobre o Alt.ʹ. dos JJur.ʹ. e o Am.ʹ. Ir.ʹ. Orad.ʹ.. Estando
na abertura, a espada do Am.ʹ. Ir.ʹ. M.ʹ. de CCer.ʹ. por baixo das demais, dando sustentação, e
no encerramento, por cima das demais, sobrepondo-as. As espadas, como condutoras de
energias em forma de pirâmide, voltadas para cima, estão absorvendo as energias do alto,
protegendo a abertura do L.ʹ. da L.ʹ. pelo Oc.ʹ. pelo S.ʹ. e pelo N.ʹ. deixando livre apenas o lado
do Or.ʹ. do qual se emanará a Luz e a onipresença do G .ʹ. A.ʹ. D.ʹ. U.ʹ..

A Cerimônia da Incensação
A Incensação tem origem nos mais remotos costumes religiosos da civilização humana. Esta
cerimônia representa uma espécie de profilaxia ambiental, a Incensação deixa o ambiente
físico do Templo impregnado do agradável odor da essência utilizada, tais como Benjoim,
Mirra e Incenso entre outras. A incensação tem como valor simbólico a associação do homem
à divindade, do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao espargir a fumaça se está
purificando o ambiente tanto no sentido físico por tratar-se de substância com propriedades
anti-sépticas, como espiritual, pois o incenso tem a incumbência de elevar a prece para o céu.
A incensação gera uma atmosfera de aroma agradável e magnetiza com fluidos benéficos os
obreiros e o ambiente, contribuindo para a formação da egrégora e propiciando à reflexão. No
ato da Incensação são invocadas as três palavras que sintetizam atributos do G.ʹ. A.ʹ.D.ʹ.U.ʹ.
SABEDORIA, FORÇA e BELEZA. Por esses motivos, é que, ao nos incensarmos, nos limpamos
nos purificamos a nós e ao ambiente, favorecendo a permanência da egrégora. Também, se
torna necessário lembrar que durante a cerimônia da incensação, depois que o Am.ʹ. Ir.ʹ.M.ʹ.
de CCer.ʹ. efetua a incensação do Templ.ʹ. e de todos os llr.ʹ. ele troca de lugar e função com o
Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. e este, com a porta entre aberta, sem sair do Templ.ʹ. incensa o átrio. Esta
tarefa de incensar o átrio somente pode ser executada pelo Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. porque ele é o
único que está protegido e capacitado mística e esotericamente para se expor às energias que
circulam fora do Templ.ʹ..Tanto é que o nosso próprio ritual aconselha que este cargo seja
ocupado pelo ex-Ven.ʹ. Mestr.ʹ. mais recente, pois este, dentre todos, é quem possui os
atributos místicos e esotéricos para suportar tais energias e impedir que as mesmas adentrem
o interior do Templ.´..Por este motivo também, é que o Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. ocupa o seu lugar
sobre a linha simbólica do equador, de frente para o Ven.ʹ. Mestr.ʹ. invertendo a polaridade
das energias, ou seja, atraindo para si, todas as energias negativas que excedam o suportável
pela Egrégora da Loja, como se fosse um para-raios.A própria troca de funções do Am.ʹ. Ir.ʹ.
Cobr.ʹ. com o Am.ʹ. Ir.ʹ. Mest.ʹ. de CCer.ʹ. através do giro, é um ato personalíssimo do Rito
Adonhiramita, pois ambos se interligam formando um X (xis) com as mãos, ou seja, mão direita
com mão direita e mão esquerda com mão esquerda, doando e recebendo, ao mesmo tempo
em que, girando, as energias e atributos são permutados qualificando um e outro para
sequência cerimonial. Destrocando logo em seguida, na mesma forma.

A circunavegação

Realizamos a circunavegação com o Sin.ʹ. do Gr.ʹ. uma vez que não seria possível ao Obr.ʹ.
caminhar com o Sin.ʹ. de Ord.ʹ. pois neste, o Obr.ʹ. necessita, além de estar com o Sin.ʹ. do Gr.ʹ.
estar também com os pp.ʹ. em esq.ʹ. formando a tríp.ʹ. esq.ʹ. com o p.ʹ. dir.ʹ. voltado para a
frente. Assim procedemos e desde que o Obr.ʹ. não esteja conduzindo material litúrgico,
quando então fica dispensado do Sin.ʹ. do Gr.ʹ.. A circunavegação, é realizada em forma do
símbolo matemático do infinito visto que este símbolo representa, esotericamente, a estrada
do tempo e da continuidade da vida, pois todo começo contém em si o fim, e todo fim contém
em si o começo. É o caminho do constante renascimento. E o Rito Adonhiramita, por sua
profunda espiritualidade, filosofia mística e esotérica, concede ao seu adepto a possibilidade
de caminhar nesta senda na busca do conhecimento, da evolução e aprimoramento espiritual.

MMestr.ʹ. usam chapéu em todos os Graus do Simbolismo

O uso do Chapéu na Maçonaria é bem antigo; estes, conforme nos narra a história, surgiram
para substituir as antigas carapuças usadas na Idade Média. Os Chapéus foram primeiro
usados pelos sumérios e os egípcios na Antiguidade e posteriormente pelos gregos que
usavam um chapéu de palha de fundo pontudo que era denominado de "THOLIA", e só se tem
conhecimento do seu uso na Europa após o século XVII. Na Maçonaria, o Chapéu passou a ser
usado a partir do século XVIII como símbolo hierárquico e esotérico. A maçonaria ocidental é
também chamada de maçonaria salomônica, devido ao fato da influência judaica ser
indiscutível em sua base filosófica.Trazendo da influência cabalística, o uso do chapéu como
forma de cobertura da primeira Sephirah da Árvore da Vida, como faz o povo semítico nas
cerimônias de culto ao Deus Único. O chapéu assume assim dois significados. O primeiro, de
origem cavalheiresca, advém da tradição que remonta ao início do século XVIII da qual
somente os pertencentes da aristocracia tinham o direito de usar chapéus, sendo a princípio
tolerado como uma regalia. O segundo, de caráter esotérico, simboliza que apesar da eterna
busca da verdade, a inteligência humana reconhece seus limites ante o grande mistério da
criação, motivo pelo qual devemos nos descobrir quando seja feita menção ao G.ʹ. A.ʹ. D.ʹ.U.ʹ..

MMestr.ʹ. usam espada em todos os Graus do Simbolismo

O uso da espada é símbolo de autoridade de uma casta distinta e considerada nobre em todas
as sociedades antigas, os guerreiros. Quando o Rito de Heredon, fonte de origem do Rito
Adonhiramita, Escocês Antigo e Aceito e o Moderno, foi introduzido na França, era praticado
quase que exclusivamente por membros da aristocracia, pessoas que possuíam o direito do
uso da espada, símbolo naquela época, de condição social elevada. Dos Ritos que tiveram
origem no Rito de Heredon, somente o Adonhiramita permaneceu fiel à tradição dos MMestr.ʹ.
usarem a espada e o chapéu em todos os graus do simbolismo. Devemos esclarecer também
que, muito embora o uso das espadas tenha se originado na aristocracia francesa, não é por
este motivo que o Rito Adonhiramita a mantém em suas cerimônias. Tão pouco tem ligação a
ser guerreiro ou militar! Seu uso no Rito Adonhiramita se dá exclusivamente ao misticismo e
esoterismo relacionados aos efeitos geomagnéticos, uma vez que todo o desempenho do Rito
Adonhiramita, interfere diretamente em correntes energéticas. Devido a isto, é que o Am.ʹ. Ir.ʹ.
(Nom.ʹ. Hist.ʹ.) Dig.ʹ. Cobr.ʹ. neste exato momento, assim como durante todo o tempo em que
permanece sentado, estará com a sua espada voltada com a lâmina para baixo em contato
com o solo, descarregando as energias que absorve na função de para-raios, conforme já
mencionado anteriormente.

A palavra de Aclamação

A palavra de Aclamação Vivat (pronuncia-se Vivá) é a antiga saudação utilizada ainda no inicio
do Século XVIII. No Rito Francês ou Moderno, após a Revolução Liberal de 1789, ela foi
substituída pela aclamação Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Vivat tem o mesmo
significado da saudação escocesa que se pronuncia Huzzé, Huzzé, Huzzé, cuja tradução do
hebraico é Vivá, Vivá, Vivá, que em latim corresponde ao Vivat, Vivat, Vivat. Vivat deriva do
verbo Latino 'Vivere' significando "VIDA" e expressa o profundo querer por tudo o que existe.
Os três Vivat, correspondem a estes três pedidos: "Que Ele viva. Que todas as pessoas vivam,
que toda a criação viva". Podemos lembrar-nos de outras peculiaridades do Rito Adonhiramita,
como o estalar dos dedos na aclamação, a subida um a um dos degraus na circunavegação, a
ausência das CCol.ʹ. Zodiacais, a entrada em Procissão, a forma de executar a bateria do grau,
além da cena da traição e da câmara ardente na Sessão Magna de Iniciação. AAm.ʹ. llr.ʹ. em
todos os seus graus e qualidades, estas são algumas das principais peculiaridades da ritualística
e da liturgia do Rito Adonhiramita que o identificam e o diferenciam dos demais Ritos. Mas
deixamos bem claro, que estas peculiaridades não o tornam nem melhor e nem pior que os
demais ritos, apenas diferente, mas, com o mesmo objetivo de todos os Maçons e da
Maçonaria Universal, a busca do aperfeiçoamento de todos os seres humanos.

Você também pode gostar