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UNIMES

LIDERANÇA

AUTOR(es)

LUCIA HELENA PITELLA

MARCIA DA SILVA FERREIRA GALEANO

NIVALDO
RESUMO

Este artigo busca transcorrer, desenvolver e monitorar o tema através da visão


das mudanças organizacionais ocorridas no decorrer dos tempos, nos
atentando as grandes mudanças comportamentais, através de estudos e
revisão de literaturas, constatando que através do aprendizado é possível
descobrir novos métodos de se organizar e administrar pessoas com uma base
de liderança e rapport, mudanças essas que, após pesquisas de diversos
autores como Pfaltzgraff (2015), Aguiar (2000) e MARQUES (2015),
mostraram grandes ganhos nas questões de satisfação dos colaboradores e
fornecedores das organizações, ganhos esses que não se traduzem apenas
em financeiros, pois através de uma liderança sadia e conquistada pode-se ter
avanços nos quesitos de diminuição do turn-over de talento. Sendo assim
através de uma liderança por conquista e influência se torna mais satisfatório e
atrativo para seus colaboradores, que tomam como seus os objetivos de seus
líderes e da organização, tendo como base também que, através desse modelo
de liderança se ganhou grandes líderes mediadores de conflitos, e tornando os
colaboradores parte importante da organização, já que existe a premissa
organizacional de que não há sucesso, seja ele organizacional ou empresarial,
sem a efetiva participação dos colaboradores.

PALAVRAS-CHAVES: Liderança, Mudanças, Rapport.

1 INTRODUÇÃO

Diante das mudanças que aconteceram nos últimos anos, tanto no


ambiente familiar como no profissional, foi necessário que as organizações
acompanhassem essas mudanças estruturais requerendo certas alterações em
seus métodos de gerenciamento e administração de pessoal, tanto por parte de
seus diretores executivos, e seus chefes de departamentos, quebrando o
paradigma de chefia absoluta e os transformando em líderes dentro das
organizações.
Atualmente, todos aceitam que mudanças são inevitáveis, portanto é um
desafio para a organização.
Por anos as organizações acreditaram que a liderança dependia, em
grande parte, de tornar produtivo o trabalhador, não se preocupando com a
qualidade de vida de seus colaboradores, e muitas vezes ignorando a
qualidade do produto que chegaria até o mercado. Após a quebra do
paradigma do distanciamento entre chefia e funcionários a colocação de líderes
e liderados passam a ter uma aproximação com mais sinergia, promovendo
capacitação para os membros da organização e incentivando a busca por
novos conhecimentos.
Outro desafio para o líder é como administrar conflitos, quais são as
causas desses conflitos, procurar administra-las de forma que não comprometa
o desempenho do grupo, trabalhando como um mediador de conflitos e
mostrando sua capacidade de negociador para que não haja perdas de
talentos dentre seus liderados.
A característica mais importante num líder é conseguir tornar cumplices
seus liderados, é tratar com respeito o grupo e fazer com que alcancem seus
objetivos. Enquanto o chefe pode ser colocado, indicado para ocupar posição.
A liderança se conquista por si só, o que nem sempre acorre com o chefe.
(Klink, pg 163 e164).
A liderança não é fácil, mas deve ser desenvolvida de um modo que as
condições organizacionais proporcionem sempre satisfação nas pessoas que
tenham comprometimento com os objetivos da empresa. Pois estas pessoas
“podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas de uma organização,
dependendo da maneira como elas são tratadas”. As organizações precisam
estar realmente vinculadas com as pessoas e desenvolver e adotar estratégias
de forma que possibilitam o envolvimento dos elementos, possibilitando a
valorização do potencial humano. É imprescindível saber trabalhar com
diferentes perfis de pessoas que se completam dentro de um time.
O líder é antes de tudo um visionário. Ele possui a habilidade de pensar
naquilo que ainda não existe capaz de mapear o futuro com excelência em
mente. O seu neocórtex tem a habilidade de criar o mapa de um território ainda
não explorado. (Ribeiro pg. 33).
O Líder se compromete de corpo e alma na manifestação da visão
empresarial e se propõe a fazer o que se fizer necessário para que isso ocorra.
Para um Líder, não basta saber, deve ser capaz de mostrar que sabe e
de transmitir para os liderados. A comunicação precisa ser eficaz, pois é uma
ferramenta da liderança, até mesmo para que seja estabelecido o Rapport
(conexão com o seu ouvinte). Rapport significa criar no outro fé e confiança a
seu respeito e é a parte mais importante de qualquer interação.

1.1 OBJETIVOS
Este artigo tem como objetivo principal, investigar as transformações da
administração de pessoas e suas estruturas organizacionais, ocorridas no
decorrer dos anos, pelas empresas.
Esse artigo ainda aborda como objetivo principal, as mudanças sobre
questões relacionadas com as mudanças de paradigmas e com embasamento
nas questões de liderança, pois, acreditamos que não há maneira melhor de se
monitorar e desenvolver, tanto o clima organizacional, quanto os objetivos da
organização sem que se leve em conta a qualidade de vida e a liderança eficaz
dos gestores.
Como objetivo geral, este artigo é também analisar a capacidade do
gestor em liderar e sua eficiência em administrar conflitos diários, mediando as
situações de forma a não criar divisão de equipe e impedindo a
descontinuidade das atividades desenvolvidas.
Ainda como objetivo geral, apresentar-se-ão nesse artigo, as mudanças
ocorridas perante a capacidade de desenvolver e reconhecer as habilidades
tácitas e explícitas de liderança do gestor, o que não ocorria no passado, visto
que anteriormente aquele que comandava era tido como o ser superior,
dominador e o único a possuir o conhecimento.

2. A LIDERANÇA
Rogério Pfaltzgraff (2015, p.29), define liderança como: “Todo
movimento, toda a dinâmica de exercer aquilo que todo líder deve exercer sua
ação repetimos sua dinâmica. E isto se chama, precisamente, liderança”.
O autor coloca ainda que: “Liderança ou liderar traz em si a ideia do
poder, a ideia em si de autoridade; a autoridade a ideia de influência; a
influência traz em si a ideia de domínio” (PFALTZGRAFF, 2015, p.29).
Segundo Siqueira (2002), liderança faz parte dos estudos relacionados
ao âmbito do comportamento organizacional, envolvendo um estudo do
comportamento do indivíduo e grupos na organização e também a própria
estrutura e o comportamento da organização.
Quando tentamos definir liderança, encontramos algumas diferenças,
mas a maioria dos autores refere-se a liderança como a habilidade de
influenciar, motivar e capacitar sua equipe, para que contribua no crescimento
da organização (HOUSE, apud JOGULU, 2006).
A liderança, segundo Hunter (2004), é a habilidade de influenciar
pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos
identificados como sendo para o bem comum.
Levando em consideração a definição por Hunter (2004), a liderança se
trata de uma habilidade e, sendo assim, pode ser aprendida, desenvolvida e
melhorada com o tempo. Em sua definição, a palavra-chave é influenciar. Essa
capacidade pode ser um dom natural, mas tem que ser desenvolvida ao longo
da vida. A capacidade de influenciar pode ser dividida em poder e autoridade,
existe uma grande diferença entre as duas, sendo que o poder segundo Hunter
(2004), é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por
causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. Já
a autoridade é definida como a habilidade de levar as pessoas a fazerem de
boa vontade o que você quer, por causa de sua influência pessoal.
A partir do pensamento do autor, conclui-se que, quando entendemos a
diferença entre poder e autoridade nos ajuda muito na hora de liderar, sendo
assim, a influência através do poder nada mais é do que utilizar-se de sua força
e posição para fazer com que seus liderados (colaboradores) venham a
atender e cumprir com suas obrigações. Tudo é muito forçado e o resultado
tende a não ser tão satisfatório, em comparação a uma abordagem onde a
autoridade é a base da influência.
A influência sobre autoridade (líder), é conseguir com que os
colaboradores façam o que você pede de boa vontade tomando essa vontade
como sua, basta você pedir que ele executará de maneira satisfatória.
Aguiar (2000), diz que, ao relacionar, entretanto, exercício de influência
com a realização das funções de liderança, é fundamental distinguir a
influência que emana da autoridade (poder adquirido legalmente), e que se
exerce mediante a utilização de instrumentos coercitivos, da influência
livremente aceita, que caracteriza a liderança e a distingue das funções de
direção ou de chefia. O diretor, o chefe, o coordenador, o supervisor tem
autoridade e por isso têm poder social. O líder exerce influência sem a
chancela da autoridade legal, sua influência é livremente aceita pelos demais
membros do grupo.
Para que o líder exerça sua liderança, ele precisa estar inserido em um
grupo, é preciso que ele tenha liderados, onde ele seja capaz de influenciar e
direcionar a equipe.
Pfaltzgraff (2015, p.33), “Isto quer significar que um líder sozinho não é
líder, e não pode, pois, efetuar liderança. Um líder, para ser líder, tem de estar
num grupo, tem de destacar-se. E tem de levar esse grupo, e isto faz
liderança”.
O autor diz ainda:
Ora, se somarmos proeminência e influência, completa-se
o conceito da liderança; estamos diante de uma líder. O
que nos dá essa convicção? A certeza de que ele se
destaca no grupo e exerce uma influência sobre o grupo.
Não há líder sem liderados.
É sabido no meio empresarial que, existem pessoas que estão em
cargos de liderança e que não possuem nenhum tipo de influência sobre as
pessoas, e também se sabe que existem operários que exercem a influência
sobre pessoas, mesmo sem ter o cargo de liderança, o que caracteriza, dentro
de algumas organizações, os cargos de controle podem ser comprados, ou até
mesmo ser indicado por influência de alguém, como é o caso dos filhos dos
donos das empresas que são admitidos, mesmo que não cursem uma
graduação, já em cargos de chefia, ou até mesmo aquele amigo de político,
que é admitido sem experiência como um gerente ou coordenador.
Segundo Pfaltzgraff (2015, p.47):
Não é que tenha as qualidades de líder e exerça a liderança. Mas ele
se revestiu do poder absoluto; até que um poder maior não lhe retire
esta faculdade, este poderio, ele se mantém na crista da onda”.
Infelizmente podemos ver muito esse tipo de situação, principalmente
em empresas familiares e com características culturais não evoluídas,
onde as mudanças, a reestruturação e a recompensa por
merecimento não são vistas com bons olhos.
Com o passar do tempo, a liderança através de influência e não mais
com base na autoridade, tem se tornado mais eficaz e necessária, pois a
mudança de gerações tem mudado o perfil dos colaboradores e
respectivamente a dos líderes. Existem hoje vários perfis de líderes e segundo
Marques (2015), um bom líder sabe ser carismático e íntegro, ouvir e motivar
os outros, compartilhar experiências e tomar decisões. Ele conquista o respeito
dos liderados por seus exemplos e é dono de virtudes distintas que o ajudam a
encarar desafios de forma otimista e criativa. É justamente esse tipo de líder,
capaz de ensinar, delegar, acompanhar, inspirar e mobilizar os colaboradores
que as empresas procuram (MARQUES, 2015).

2.1 Tipos de liderança


2.1.1 Teoria dos traços
Essa teoria é uma das mais antigas e dominou até os anos 40, onde os
estudiosos da época acreditavam que as pessoas nasciam com o perfil de
líder. Essas pessoas eram qualificadas através de um estudo de combinações
de traços, onde eram qualificadas como líderes.
Os traços eram ligados a personalidade, onde era levado em
consideração como a pessoa se portava perante as outras, audácia, coragem,
sensibilidade, os aspectos físicos também contavam, como estrutura física,
força e também habilidades intelectuais, onde era avaliada sua inteligência,

2.1.2 Liderança carismática


Segundo Pfaltzgraff (2015, p.100), “A liderança carismática é aquela que
surge do sobrenatural, é aquela na qual algum atributo fora do natural e do
comum da criatura humana. Está baseada, sempre, na egolatria do ser
humano”.
Esse tipo de liderança está ligado ao emocional e a intuição, pode fazer
com que o grupo fique mais unido o líder é inspirador para o grupo.
Segundo Simões (2009)
O carisma foca muito nas emoções, o líder estimula os sentimentos
do grupo que acaba por desenvolver uma relação de amizade, um
coleguismo maior, facilitando as tarefas diárias e criando um
ambiente de trabalho prazeroso. O carisma é uma das condições
mais importantes para se buscar em um líder, porem lembre-se, não
é a única. (SIMÕES, 2009, p. )
Segundo Marques (2015):
O carisma é um diferencial desejável, mas a sua ausência não quer
dizer que esse líder não obterá sucesso. Porém, todos podem buscar
exercê-lo, já que é uma potencialidade onde todos poderão se tornar
inspiradores e inesquecíveis. (MARQUES, 2015, p. )
A liderança carismática como podemos observar é importante, mas deve
ser um potencial usado de forma equilibrada, pois pode levar a situações onde
o grupo pode se perder, se afastando do líder pelo excesso de carisma, onde
acaba deixando com ar, imagem de artificial.

2.1.3 Liderança executiva ou da organização


Segundo Pfaltzgraff (2015, p.106), “Todo homem que seja mais ou
menos evoluído, ama a organização. Somente os degenerados, os não
evoluídos, amam a desordem, o caos. Na administração de uma empresa, este
tipo de liderança é muito elevado”.
Esse tipo de líder é extremamente organizador, busca botar as coisas
em seu devido lugar, a organização é de fato um aspecto de importância muito
grande em uma organização, pois é um fator que faz com que a produtividade
e rentabilidade cresçam, pois, uma empresa sem organização é uma empresa
perdida (PFALTZGRAFF, 2015).

1.1.4 Liderança coercitiva


Esse tipo de liderança é fundamentado através do medo, ameaças e
punição, estão sempre prontos para punir, e suas críticas costumam ser bem
rígidas.
Segundo Ladeia (2015), “Vigilantes e críticos, são ácidos e duros em
suas críticas. Os coercitivos provocam medo em seus funcionários, uma vez
que lideram com as ferramentas de punição a postos”.

1.1.5 Liderança inspiradora


São líderes que buscam motivar e inspirar a sua equipe, inspirando as
pessoas dentro de um propósito organizacional, estão sempre atentas as
habilidades de seus liderados, buscando evolução e transformação de suas
capacidades.
Segundo Pfaltzgraff (2015, p.113), as principais características do líder
inspirador são: recompensa, alenta, escuta, informa bem, estimula os demais a
pensar, diz aos subordinados “por que” e “como” fazer, ajuda os outros a
resolverem seus problemas, deseja lealdade, educado, esforça-se em
convencer, concentra-se no homem, espera o melhor das pessoas, trata os
outros com equidade, sua mentalidade é elevada, pensa antes de agir,
reconhecido.

1.1.6 Liderança Autocrática


Segundo Pfaltzgraff (2015, p.113), liderança autocrática é a imposição
sistemática e autoritária do líder para com seus subordinados, sendo que as
principais características são: toda determinação do procedimento a ser
seguido e realizado parte dele, as técnicas são ditadas passo a passo por ele e
o líder é quem monta a equipe, selecionando quem trabalha com quem.
Isso deixa o poder centralizado, o grupo acaba não tendo nenhuma ou
quase nenhuma oportunidade de se expressar.
Segundo Serafim (2014): “A liderança autocrática é um estilo de
liderança que se caracteriza, na generalidade, pelo controle individual sobre
todas as decisões e pelas poucas opiniões dos membros do grupo”.
Segundo Aguiar (2000), as principais características são:
A fixação das diretrizes cabe unicamente ao líder, as técnicas e
providências para o serviço são determinadas pela autoridade, uma
por vez, de maneira que em grande parte as medidas por vir são
sempre imprevisíveis, habitualmente, o líder determina qual é a tarefa
a ser executada por cada membro, e o companheiro que lhe cabe, O
líder inclina-se a se “pessoal” nos elogios e críticas ao trabalho de
cada membro; ele só não fica fora da participação ativa do grupo
quando faz demonstrações. (AGUIAR, 2000, p. )
Para autores, esse estilo de liderança não é o melhor, mas deve se levar
em consideração que em determinadas situações ela dá resultados positivos
Segundo Serafim (2014) “Este estilo de liderança tem associado alguma
conotação negativa, mas, em algumas situações, este é o estilo de liderança
mais apropriado. A liderança autocrática é algo intuitiva, que traz benefícios
quase imediatos e que, para muitos líderes, acaba por ser uma coisa "natural"
(SERAFIM, 2014)

1.1.7 Liderança liberal


Neste estilo de liderança os colaboradores têm liberdade para
desenvolver seus trabalhos, eles mesmos se avaliam e traçam o caminho para
atingirem o objetivo e alcançar a meta. Isso proporciona ao grupo, mais
criatividade, mais ideias e pode gerar ótimos resultados, mas o líder deve estar
atento para que os colaboradores não fiquem perdidos. O líder deve transmitir
as informações necessárias, deve estimular os subordinados a trabalharem
com criatividade e só dá sua opinião quando questionado (MARQUES, 2015).
Ser liberal, é um desafio a nossa natureza controladora. Porém
muitas vezes, por achar que as pessoas devem fazer exatamente as
coisas como fazemos, não propiciamos a oportunidade do
desenvolvimento delas como também de reaprendermos outras
formas de fazer a mesma coisa” (ROSANELLI, 2015, p. ).
Uma das grandes vantagens desse tipo de liderança é o fato do líder dar
a chance de seus subordinados desenvolverem trabalhos livremente
proporcionando assim novas descobertas onde o líder pode aprender e
desenvolver juntamente com o grupo, mas deve se levar em conta que o
excesso de liberdade pode levar a resultados ruins para a empresa e causar
problemas de desordem.
De acordo com Aguiar (2000):
[...] as principais características são: liberdade completa para as
decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. A
única participação do líder no debate sobre trabalho é apresentar ao
grupo materiais variados e deixar claro que poderá fornecer
informações quando solicitadas. Absoluta falta de participação do
líder. Comentários espontâneos e irregulares do líder sobre as
atividades dos membros, a não ser quando perguntado, e nenhuma
tentativa de avaliar ou regular o curso dos acontecimentos. (AGUIAR,
2000, p. )
1.1.8 Liderança democrática
Neste tipo de liderança o líder discute os objetivos e as metas em grupo,
onde são escolhidas as técnicas e caminhos para se alcançar o objetivo. O
grupo escolhe quem vai trabalhar com quem é o líder busca ser como um
membro normal no grupo.
É dever do líder organizar debates e manter o grupo focado na busca do
objetivo e da meta, fazendo com que os membros participem e ajudem na
tomada de decisão mais correta, construir um ambiente de cooperação, ganhar
a confiança na equipe, manter em alto nível a comunicação entre os membros
e saber ouvir são características desse líder. Esse tipo de liderança faz com
que os subordinados se sintam importantes e participativos, mas em algumas
situações acabam demorando um pouco na hora da tomada de decisão, pois
tudo deve ser discutido e analisado pelo grupo.
Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de
liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados
no processo decisório. Aqui as diretrizes são debatidas e decididas
pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder (PINHEIRO, ANO, p. ).
Segundo Aguiar (2000), as principais características são:
Todas as diretrizes são objeto de debate e decisão do grupo,
estimulado e assistido pelo líder. A atividade ganha novas
perspectivas durante o período de debates. Esboçam-se providências
gerais para atingir o alvo do grupo e, quando há necessidade de
aconselhamento técnico, o líder sugere duas ou mais alternativas
para o grupo escolher. Os membros têm a liberdade de trabalhar com
quem quiserem e a divisão das tarefas é deixada ao grupo. O líder é
“objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios; procura
ser um membro normal do grupo, em espirito, sem encarregar-se de
muito serviço. (AGUIAR, 2000, p. )

1.1.9 Liderança transacional


Neste tipo de liderança os lideres focam no desejo, interesses e
principalmente nas necessidades básicas de seus liderados para alcançar os
resultados almejados pela organização. O relacionamento do líder com o grupo
acaba sendo ligado pelo interesse, onde o líder oferece aumento salarial,
promoção de cargo, entre outras diversas remunerações e recompensas, para
que seus liderados busquem e alcancem o objetivo. Esse líder é manipulador,
agindo através dos interesses de seus subordinados e os compensando pelo
esforço. A recompensa vem se o subordinado cumpre com a tarefa, sendo
recompensado de acordo com o cumprimento, muitas vezes quando não
cumpre com a tarefa pode ser até punido.
Segundo McWhinney (1997) a liderança transacional também conhecida
por autoritária, serve para estabelecer e articular posições definidas pelo líder,
sendo que esses líderes dão pouco suporte a mudanças.
Uma das principais características desse estilo de liderança são:
certeza, direções bem claras, controle dos descuidos e um tratamento justo,
sendo que se o líder receber alguma melhoria na qualidade do trabalho, ou
aumento da produtividade o líder recompensará por meio de algum benefício,
como aumento de salário, promoção de cargo os seus subordinados (CRUZ et
al., 1999)
Liderança transacional tem esse nome por ser um forte aliado no
processo de monitoramento e gerenciamento das rotinas trabalhistas, se
assemelhando muito a gestão comum, de gerentes que buscam atingir suas
metas, por meio de estímulos e trocas com seus subordinados. Esses
estímulos podem ser por meio de programas de recompensas e
reconhecimento pelo trabalho bem executado. As recompensas podem vir por
aumento de salário, promoção de cargos e certa liberdade para desenvolver
outras atividades no horário de trabalho (CAVALCANTI et al., 2009;
MAXIMIANO, 2011)
O ponto principal na liderança transacional segundo Burns (1978) é a
troca entre o líder e o seguidor, um influencia o outro para que ambos recebam
algo de valor. Eles dependem um do outro e as contribuições de ambas as
partes são compreendidas e recompensadas.
Segundo Wright (2000, p.305), “com a liderança transacional, os
administradores utilizam a autoridade de seu cargo, do modo como acabou de
ser descrita, para trocar recompensas como pagamento e status pelos esforços
de trabalho dos funcionários”.
De acordo com Silva (2015):
Os líderes transacionais não estão preocupados em compartilhar
suas ideias, experiências e inspirar seus funcionários para qualificar a
sua organização como um todo, mas ficam tentando buscar uma
melhor eficiência e eficácia em suas operações, porém muitas vezes
sem êxito. (SILVA, 2015, p. )
1.1.10 Liderança transformacional
Segundo Marques (2015):
A liderança transformacional é caracterizada pela presença de um
líder capaz de transformar o ambiente e mudar a realidade de
qualquer lugar por onde passa. Este é um líder capacitado para
resolver problemas dos mais simples aos mais complexos, visionário,
estrategista e comprometido com o desenvolvimento de seus
liderados. (MARQUES, 2015, p. )
O líder transformacional ajuda as pessoas a se superarem, criando
compromisso, utilizando-se de métodos formais e informais, sendo que os
formais correspondem a maneira de trabalhar e os informais estão
relacionados à concessão de liberdade para agir (COHEN; FINK, 2003).
O líder transformacional trabalha na formação pessoal e profissional de
seus subordinados, visando o desenvolvimento e crescimento. Segundo
Faccioli (2015), “Na liderança transformacional há consideração
individualizada, ou seja, há atenção pessoal, o líder trata cada empregado
individualmente, treina pessoalmente, aconselha”.
Nesse estilo de liderança o líder deve ser exemplo para sua equipe,
servindo assim de inspiração e motivação, tanto no âmbito profissional como
pessoal.
Hoje em dia com as mudanças constantes no mundo globalizado e a
competitividade cada vez mais acirrada no mercado é de extrema importância
que as organizações tenham um líder com abertura para novas ideias e que
seja capaz de motivar a evolução constante de seus liderados.
Segundo Marques (2015): “As organizações precisam de líderes
realmente capazes de implantar todas modificações necessárias, que
culminem no aumento da motivação, do engajamento e, consequentemente, do
desempenho dos colaboradores”.
Como principais características do líder transformador estão: carisma, é
facilmente entendido e consegue facilmente com que seus subordinados façam
o que ele pede; visão, está sempre antecipando situações, desafiar-se, está
sempre buscando evoluir.

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