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UNIMES

TÍTULO: LIDERANÇA

AUTOR(es)

LUCIA HELENA PITELLA

MARCIA DA SILVA FERREIRA GALEANO

NIVALDO
RESUMO

Neste artigo transcorremos em desenvolver e monitorar o assunto através da


visão das mudanças organizacionais ocorridas no decorrer dos tempos, nos
atentando as grandes mudanças comportamentais, através de estudos e
revisão de leituras, constatando que através do aprendizado se foi descobrindo
novos métodos de se organizar e administrar pessoas com uma base de
liderança e rapport, mudanças que através de pesquisas de diversos autores
mostraram grandes ganhos nas questões de satisfação dos colaboradores e
fornecedores das organizações, ganhos esses que não se traduzem apenas
em financeiros, pois através de uma liderança sadia e conquistada pode-se ter
avanços nos quesitos de diminuição da rotatividade de talento. Sendo assim
através de uma liderança por conquista e influencia se torna mais satisfatório e
atrativo para seus colaboradores, que tomam como seus os objetivos de seus
lideres e da organização, tendo como base também que através desse modelo
de liderança se ganhou grandes lideres mediadores de conflitos e tomando os
colaboradores parte importante da organização partindo da premissa que não a
sucesso organizacional ou empresarial sem a efetiva participação dos
colaboradores.

PALAVRAS-CHAVES: Liderança, Mudanças, Rapport.

1 INTRODUÇÃO

Diante das mudanças que aconteceram nos últimos anos, tanto no ambiente
familiar como profissional, se fez necessários que as organizações
acompanhassem essas mudanças estruturais requerendo certas alterações,
em seus métodos de gerenciamento e administração de pessoal tanto por parte
de seus diretores executivos e seus chefes de departamentos, quebrando o
paradigma de chefia absoluta e os transformando em líderes dentro das
organizações.
Atualmente, todos aceitam que mudanças são inevitáveis. Portanto é um
desafio para a organização.
Nos últimos 100 anos, as organizações tinham como visão que a liderança
dependia em grande parte, de se tornar produtivo o trabalhador, sem se
preocupar com a qualidade de vida, seja para os colaboradores, até mesmo
que tipo de produto estaria fornecendo para o mercado. Após a quebra do
paradigma do distanciamento entre chefia e funcionários e a colocação de
lideres e liderados passam a ter uma aproximação com mais sinergia,
promovendo capacitação para os membros da organização, incentivando a
busca por novos conhecimentos.
Outro desafio para o líder é como administrar conflitos, quais são as
causas desses conflitos, procurar administra-las de forma que não comprometa
o desempenho do grupo, trabalhando como um mediador de conflitos e
mostrando sua capacidade de negociador para que não haja perdas de
talentos dentre seus liderados.
A característica mais importante num líder é conseguir tornar cumplices
seus liderados, é tratar com respeito o grupo e fazer com que alcancem seus
objetivos. Enquanto o chefe pode ser colocado, indicado para ocupar posição.
A liderança se conquista por si só, o que nem sempre acorre com o chefe.
(Klink, pg 163 e164).
A liderança não é fácil, mas deve ser desenvolvida de um modo que as
condições organizacionais proporcionem sempre satisfação nas pessoas que
tenham comprometimento com os objetivos da empresa. Pois estas pessoas
“podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas de uma organização,
dependendo da maneira como elas são tratadas”. As organizações precisam
estar realmente vinculadas com as pessoas e desenvolver e adotar estratégias
de forma que possibilitam o envolvimento dos elementos, possibilitando a
valorização do potencial humano. É imprescindível saber trabalhar com
diferentes perfis de pessoas que se completam dentro de um time.
O líder é antes de tudo um visionário. Ele possui a habilidade de pensar
naquilo que ainda não existe capaz de mapear o futuro com excelência em
mente. O seu neocórtex tem a habilidade de criar o mapa de um território ainda
não explorado. (Ribeiro pg. 33).
O Líder se compromete de corpo e alma na manifestação da visão
empresarial e se propõe a fazer o que se fizer necessário para que isso ocorra.
Para um Líder, não basta saber, deve ser capaz de mostrar que sabe e
de transmitir para os liderados. A comunicação precisa ser eficaz, pois é uma
ferramenta da liderança, até mesmo para que seja estabelecido o Rapport
(conexão com o seu ouvinte). Rapport significa criar no outro fé e confiança a
seu respeito e é a parte mais importante de qualquer interação.

1.1 OBJETIVOS

Objetivo desse artigo esta voltado para as transformações que vieram


acontecendo no decorrer dos anos na maneira de se encarar administração de
pessoas e as estruturas organizacionais. Falamos sobre essas mudanças
como parte principal as questões relacionadas com as mudanças de
paradigmas e com embasamento nas questões de liderança, pois, acreditamos
que não há maneira melhor de se monitorar e desenvolver, tanto o clima
organizacional, quanto os objetivos da organização sem que se leve em conta
a qualidade de vida e a liderança eficaz dos gestores. Que através da sua
capacidade de liderar e sua eficiência e administrar os conflitos causados pelas
circunstancias do dia a dia exercendo um papel de mediador para que não se
deixe criar a divisão de equipe e não haja uma descontinuidade das atividades
desenvolvidas. Outra parte fundamental, dessas mudanças também se mostra
na capacidade que se desenvolveu e reconheceu como parte essencial foi a
conversão dos conhecimentos tácitos e explícitos, que antes não se levava em
conta tendo em vista que a suposta chefia sempre estaria acima dos seus
colaboradores pois para estar ali era dominador do conhecimento mais que por
muitas vezes não tinham nenhuma experiência.

1. A LIDERANÇA

Rogério Pfaltzgraff (2015, p.29), define liderança como: “Todo


movimento, toda a dinâmica de exercer aquilo que todo líder deve exercer: sua
ação repetimos, sua dinâmica. E isto se chama, precisamente, liderança”.
O autor coloca ainda que: “Liderança ou liderar traz em si a ideia do
poder, a ideia em si de autoridade; a autoridade a ideia de influência; a
influência traz em si a ideia de domínio” (PFALTZGRAFF, 2015, p.29).
Segundo Siqueira (2002), liderança faz parte dos estudos relacionados
ao âmbito do comportamento organizacional, envolvendo um estudo do
comportamento do indivíduo e grupos na organização e também a própria
estrutura e o comportamento da organização.
Quando tentamos definir liderança, encontramos algumas diferenças,
mas a maioria dos autores refere-se á liderança como a habilidade de
influenciar, motivar e capacitar sua equipe, para que contribua no crescimento
da organização (HOUSE, citado por JOGULU, 2006).
A liderança, segundo James C. Hunter (2004), é a habilidade de
influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos
objetivos identificados como sendo para o bem comum.
Levando em consideração a definição por James C. Hunter (2004), a
liderança se trata de uma habilidade e, sendo assim, pode ser aprendida,
desenvolvida e melhorada com o tempo. Em sua definição, a palavra-chave é
influenciar. Essa capacidade pode ser um dom natural, mas tem que ser
desenvolvida ao longo da vida. A capacidade de influenciar pode ser dividida
em poder e autoridade, existe uma grande diferença entre as duas, sendo que
o poder segundo Hunter, é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua
vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse
não o fazer. Já a autoridade é definida como a habilidade de levar as pessoas
a fazerem de boa vontade o que você quer, por causa de sua influência
pessoal.
A partir do pensamento do autor, conclui-se que, entendendo a diferença
entre poder e autoridade nos ajuda muito na hora de liderar, sendo assim, a
influência através do poder nada mais é do que utilizar-se de sua força e
posição para fazer com que seus liderados (colaboradores) venham a atender
e cumprir com suas obrigações, como por exemplo: “faça isso ou você será
demitido”. Tudo é muito forçado e o resultado tende a não ser tão satisfatório,
em comparação a uma abordagem onde a autoridade é há base da influência.
A influência sobre autoridade (líder), é conseguir com que os
colaboradores façam o que você pede de boa vontade tomando essa vontade
como sua, basta você pedir que ele executará de maneira satisfatória e isso
você não pode comprar nem impor pelo poder, você tem que conquistar
através de sua personalidade, caráter e influência que estabelece nas pessoas.
Maria Aparecida Ferreira de Aguiar (2000), diz que, ao relacionar,
entretanto, exercício de influência com a realização das funções de liderança, é
fundamental distinguir a influência que emana da autoridade (poder adquirido
legalmente), e que se exerce mediante a utilização de instrumentos coercitivos,
da influência livremente aceita, que caracteriza a liderança e a distingue das
funções de direção ou de chefia. O diretor, o chefe, o coordenador, o
supervisor têm autoridade e por isso têm poder social. O líder exerce influência
sem a chancela da autoridade legal, sua influência é livremente aceita pelos
demais membros do grupo.
Para que o líder exerça sua liderança, ele precisa estar inserido em um
grupo, é preciso que ele tenha liderados, onde ele seja capaz de influenciar e
direcionar a equipe.
Rogério Pfaltzgraff (2015, p.33), “Isto quer significar: que um líder
sozinho não é líder, e não pode, pois, efetuar liderança. Um líder, para ser
líder, tem de estar num grupo, tem de destacar-se. E tem de levar esse grupo,
e isto faz liderança.”
Diz ainda: “Ora, se somarmos proeminência e influência, completa-se o
conceito da liderança; estamos diante de uma líder. O que nos dá essa
convicção? A certeza de que ele se destaca no grupo e exerce uma influência
sobre o grupo. Não há líder sem liderados.
Mas existem pessoas que estão em cargos de líderes e que não tem
nenhuma autoridade e influência sobre as pessoas como um simples operário
consegue ter. Isso acontece porque em algumas organizações o poder pode
ser comprado, muitos estão nesses cargos porque é amigo do dono, irmão,
herdeiro.
Segundo Rogério Pfaltzgraff (2015, p.47):

Não é que tenha as qualidades de líder e exerça a


liderança. Mas ele se revestiu do poder absoluto; até que
um poder maior não lhe retire esta faculdade, este
poderio, ele se mantém na crista da onda”. Infelizmente
podemos ver muito esse tipo de situação, principalmente
em empresas familiares e com características culturais
não evoluídas, onde as mudanças, a reestruturação e a
recompensa por merecimento não são vistas com bons
olhos.

Com o passar do tempo, a liderança através de influência e com base na


autoridade tem se tornado mais eficaz e necessária, pois a mudança de
gerações tem mudado o perfil dos colaboradores e respectivamente a dos
líderes. Existem hoje vários perfis de líderes e segundo José Roberto Marques,
um bom líder sabe ser carismático e íntegro, ouvir e motivar os outros,
compartilhar experiências e tomar decisões. Ele conquista o respeito dos
liderados por seus exemplos e é dono de virtudes distintas que o ajudam a
encarar desafios de forma otimista e criativa. É justamente esse tipo de líder,
capaz de ensinar, delegar, acompanhar, inspirar e mobilizar os colaboradores
que as empresas procuram (MARQUES, 2015).

1.1 Tipos de liderança

Existem muitos estudos e vários tipos de teorias sobre liderança, vamos


abordar alguns deles e entendermos suas principais características.

1.1.1 Teoria dos traços

Essa teoria é uma das mais antigas e dominou até os anos 40, onde os
estudiosos da época acreditavam que as pessoas nasciam com o perfil de
líder. Essas pessoas eram qualificadas através de um estudo de combinações
de traços, onde eram qualificadas como líderes.
Os traços eram ligados a personalidade, onde era levado em
consideração como a pessoa se portava perante as outras, audácia, coragem,
sensibilidade, os aspectos físicos também contavam, como estrutura física,
força e também habilidades intelectuais, onde era avaliada sua inteligência,

1.1.2 Liderança carismática

Segundo Rogério Pfaltzgraff (2015, p.100), “A liderança carismática é


aquela que surge do sobrenatural, é aquela na qual algum atributo fora do
natural e do comum da criatura humana. Está baseada, sempre, na egolatria
do ser humano”.
Esse tipo de liderança está ligado ao emocional e a intuição, pode fazer
com que o grupo fique mais unido o líder é inspirador para o grupo.
Segundo Sérgio Arthur Rodrigues Simões (2009)
O carisma foca muito nas emoções, o líder estimula os
sentimentos do grupo que acaba por desenvolver uma
relação de amizade, um coleguismo maior, facilitando as
tarefas diárias e criando um ambiente de trabalho
prazeroso. O carisma é uma das condições mais
importantes para se buscar em um líder, porem lembre-
se, não é a única.

Segundo José Roberto Marques (2015):


O carisma é um diferencial desejável, mas a sua ausência
não quer dizer que esse líder não obterá sucesso. Porém,
todos podem buscar exercê-lo, já que é uma
potencialidade onde todos poderão se tornar inspiradores
e inesquecíveis.
A liderança carismática como podemos observar é importante, mas deve
ser um potencial usado de forma equilibrada, pois pode levar a situações onde
o grupo pode se perder, se afastando do líder pelo excesso de carisma, onde
acaba deixando com ar, imagem de artificial.

1.1.3 Liderança executiva ou da organização

Segundo Rogério Pfaltzgraff (2015, p.106), “Todo homem que seja mais
ou menos evoluído, ama a organização. Somente os degenerados, os não
evoluídos, amam a desordem, o caos. Na administração de uma empresa, este
tipo de liderança é muito elevado”.
Esse tipo de líder é extremamente organizador, busca botar as coisas
em seu devido lugar, a organização é de fato um aspecto de importância muito
grande em uma organização, pois é um fator que faz com que a produtividade
e rentabilidade cresçam, pois, uma empresa sem organização é uma empresa
perdida (PFALTZGRAFF, 2015).

1.1.4 Liderança coercitiva

Esse tipo de liderança é fundamentado através do medo, ameaças e


punição, estão sempre prontos para punir, e suas críticas costumam ser bem
rígidas.
Segundo Bárbara Ladeia (2015), “Vigilantes e críticos, são ácidos e
duros em suas críticas. Os coercitivos provocam medo em seus funcionários,
uma vez que lideram com as ferramentas de punição a postos”.

1.1.5 Liderança inspiradora


São líderes que buscam motivar e inspirar a sua equipe, inspirando as
pessoas dentro de um propósito organizacional, estão sempre atentas as
habilidades de seus liderados, buscando evolução e transformação de suas
capacidades.
Segundo Rogério Pfaltzgraff (2015, p.113), as principais características
do líder inspirador são: recompensa, alenta, escuta, informa bem, estimula os
demais a pensar, diz aos subordinados “por que” e “como” fazer, ajuda os
outros a resolverem seus problemas, deseja lealdade, educado, esforça-se em
convencer, concentra-se no homem, espera o melhor das pessoas, trata os
outros com equidade, sua mentalidade é elevada, pensa antes de agir,
reconhecido.

1.1.6 Liderança Autocrática

Segundo Rogerio Pfaltzgraff (2015, p.113), liderança autocrática é a


imposição sistemática e autoritária do líder para com seus subordinados, sendo
que as principais características são: toda determinação do procedimento a ser
seguido e realizado parte dele, as técnicas são ditadas passo a passo por ele e
o líder é quem monta a equipe, selecionando quem trabalha com quem.
Isso deixa o poder centralizado, o grupo acaba não tendo nenhuma ou
quase nenhuma oportunidade de se expressar.
Segundo Ana Serafim (2014) “A liderança autocrática é um estilo de
liderança que se caracteriza, na generalidade, pelo controle individual sobre
todas as decisões e pelas poucas opiniões dos membros do grupo”.
Segundo Maria Aparecida Ferreira de Aguiar (2000), as principais
características são:

“A fixação das diretrizes cabe unicamente ao líder,


as técnicas e providências para o serviço são
determinadas pela autoridade, uma por vez, de maneira
que em grande parte as medidas por vir são sempre
imprevisíveis, habitualmente, o líder determina qual é a
tarefa a ser executada por cada membro, e o
companheiro que lhe cabe, O líder inclina-se a se
“pessoal” nos elogios e críticas ao trabalho de cada
membro; ele só não fica fora da participação ativa do
grupo quando faz demonstrações”.

Para alguns, esse estilo de liderança não é o melhor, mas deve se levar
em consideração que em determinadas situações ela dá resultados positivos
Segundo Ana Serafim “Este estilo de liderança tem associado alguma
conotação negativa, mas, em algumas situações, este é o estilo de liderança
mais apropriado. A liderança autocrática é algo intuitiva, que traz benefícios
quase imediatos e que, para muitos líderes, acaba por ser uma coisa "natural"
(SERAFIM, 2014)

1.1.7 Liderança liberal

Neste estilo de liderança os colaboradores têm liberdade para


desenvolver seus trabalhos, eles mesmos se avaliam e traçam o caminho para
atingirem o objetivo e alcançar a meta. Isso proporciona ao grupo, mais
criatividade, mais ideias e pode gerar ótimos resultados, mas o líder deve estar
atento para que os colaboradores não fiquem perdidos. O líder deve transmitir
as informações necessárias, deve estimular os subordinados a trabalharem
com criatividade e só dá sua opinião quando questionado (MARQUES, 2015).
“Ser Liberal, é um desafio a nossa natureza
controladora. Porém muitas vezes, por achar que as
pessoas devem fazer exatamente as coisas como
fazemos, não propiciamos a oportunidade do
desenvolvimento delas como também de reaprendermos
outras formas de fazer a mesma coisa” (ROSANELLI,
2015).
Uma das grandes vantagens desse tipo de liderança é o fato do líder dar
a chance de seus subordinados desenvolverem trabalhos livremente
proporcionando assim novas descobertas onde o líder pode aprender e
desenvolver juntamente com o grupo, mas deve se levar em conta que o
excesso de liberdade pode levar a resultados ruins para a empresa e causar
problemas de desordem.
De acordo com Maria Aparecida Ferreira de Aguiar (2000), as principais
características são: liberdade completa para as decisões grupais ou individuais,
com participação mínima do líder. A única participação do líder no debate sobre
trabalho é apresentar ao grupo materiais variados e deixar claro que poderá
fornecer informações quando solicitadas. Absoluta falta de participação do
líder. Comentários espontâneos e irregulares do líder sobre as atividades dos
membros, a não ser quando perguntado, e nenhuma tentativa de avaliar ou
regular o curso dos acontecimentos”.

1.1.8 Liderança democrática

Neste tipo de liderança o líder discute os objetivos e as metas em grupo,


onde são escolhidas as técnicas e caminhos para se alcançar o objetivo. O
grupo escolhe quem vai trabalhar com quem é o líder busca ser como um
membro normal no grupo.
É dever do líder organizar debates e manter o grupo focado na busca do
objetivo e da meta, fazendo com que os membros participem e ajudem na
tomada de decisão mais correta, construir um ambiente de cooperação, ganhar
a confiança na equipe, manter em alto nível a comunicação entre os membros
e saber ouvir são características desse líder. Esse tipo de liderança faz com
que os subordinados se sintam importantes e participativos, mas em algumas
situações acabam demorando um pouco na hora da tomada de decisão, pois
tudo deve ser discutido e analisado pelo grupo.

“Chamada ainda de liderança participativa ou


consultiva, este tipo de liderança é voltado para as
pessoas e há participação dos liderados no processo
decisório. Aqui as diretrizes são debatidas e decididas
pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder” (PINHEIRO,
ANO).

Segundo Maria Aparecida Ferreira de Aguiar (2000), as principais


características são: Todas as diretrizes são objeto de debate e decisão do
grupo, estimulado e assistido pelo líder. A atividade ganha novas perspectivas
durante o período de debates. Esboçam-se providências gerais para atingir o
alvo do grupo e, quando há necessidade de aconselhamento técnico, o líder
sugere duas ou mais alternativas para o grupo escolher. Os membros têm a
liberdade de trabalhar com quem quiserem e a divisão das tarefas é deixada ao
grupo. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios;
procura ser um membro normal do grupo, em espirito, sem encarregar-se de
muito serviço”.

1.1.9 Liderança transacional

Neste tipo de liderança os lideres focam no desejo, interesses e


principalmente nas necessidades básicas de seus liderados para alcançar os
resultados almejados pela organização. O relacionamento do líder com o grupo
acaba sendo ligado pelo interesse, onde o líder oferece aumento salarial,
promoção de cargo, entre outras diversas remunerações e recompensas, para
que seus liderados busquem e alcancem o objetivo. Esse líder é manipulador,
agindo através dos interesses de seus subordinados e os compensando pelo
esforço. A recompensa vem se o subordinado cumpre com a tarefa, sendo
recompensado de acordo com o cumprimento, muitas vezes quando não
cumpre com a tarefa pode ser até punido.
Segundo McWhinney (1997) a liderança transacional também conhecida
por autoritária, serve para estabelecer e articular posições definidas pelo líder,
sendo que esses líderes dão pouco suporte a mudanças.
Uma das principais características desse estilo de liderança são:
certeza, direções bem claras, controle dos descuidos e um tratamento justo,
sendo que se o líder receber alguma melhoria na qualidade do trabalho, ou
aumento da produtividade o líder recompensará por meio de algum benefício,
como aumento de salário, promoção de cargo os seus subordinados (CRUZ et
al., 1999)
Liderança transacional tem esse nome por ser uma forte aliada no
processo de monitoramento e gerenciamento das rotinas trabalhistas, se
assemelhando muito a gestão comum, de gerentes que buscam atingir suas
metas, por meio de estímulos e trocas com seus subordinados. Esses
estímulos podem ser por meio de programas de recompensas e
reconhecimento pelo trabalho bem executado. As recompensas podem vir por
aumento de salário, promoção de cargos e certa liberdade para desenvolver
outras atividades no horário de trabalho (CAVALCANTI et al., 2009;
MAXIMIANO, 2011)
O ponto principal na liderança transacional segundo Burns (1978) é a
troca entre o líder e o seguidor, um influencia o outro para que ambos recebam
algo de valor. Eles dependem um do outro e as contribuições de ambas as
partes são compreendidas e recompensadas.
Segundo Wright (2000, p.305), “com a liderança transacional, os
administradores utilizam a autoridade de seu cargo, do modo como acabou de
ser descrita, para trocar recompensas como pagamento e status pelos esforços
de trabalho dos funcionários”.
De acordo com Liziane da Silva (2015), “Os líderes transacionais não
estão preocupados em compartilhar suas ideias, experiências e inspirar seus
funcionários para qualificar a sua organização como um todo, mas ficam
tentando buscar uma melhor eficiência e eficácia em suas operações, porém
muitas vezes sem êxito”.

1.1.10 Liderança transformacional

Segundo José Roberto Marques (2015), “A liderança transformacional é


caracterizada pela presença de um líder capaz de transformar o ambiente e
mudar a realidade de qualquer lugar por onde passa. Este é um líder
capacitado para resolver problemas dos mais simples aos mais complexos,
visionário, estrategista e comprometido com o desenvolvimento de seus
liderados”.
O líder transformacional ajuda as pessoas a se superarem, criando
compromisso, utilizando-se de métodos formais e informais, sendo que os
formais correspondem a maneira de trabalhar e os informais estão
relacionados à concessão de liberdade para agir (COHEN; FINK, 2003).
O líder transformacional trabalha na formação pessoal e profissional de
seus subordinados, visando o desenvolvimento e crescimento. Segundo Cintya
Faccioli (2015), “Na liderança transformacional há consideração
individualizada, ou seja, há atenção pessoal, o líder trata cada empregado
individualmente, treina pessoalmente, aconselha”.
Nesse estilo de liderança o líder deve ser exemplo para sua equipe,
servindo assim de inspiração e motivação, tanto no âmbito profissional como
pessoal.
Hoje em dia com as mudanças constantes no mundo globalizado e a
competitividade cada vez mais acirrada no mercado é de extrema importância
que as organizações tenham um líder com abertura para novas ideias e que
seja capaz de motivar a evolução constante de seus liderados.
Segundo José Roberto Marques (2015), “As organizações precisam de
líderes realmente capazes de implantar todas modificações necessárias, que
culminem no aumento da motivação, do engajamento e, consequentemente, do
desempenho dos colaboradores”.
Como principais características do líder transformador estão: carisma, é
facilmente entendido e consegue facilmente com que seus subordinados façam
o que ele pede; visão, está sempre antecipando situações, desafiar-se, está
sempre buscando evoluir.

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