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Curso Técnico de

Desporto

TÉNIS
Iniciação
UFCD 9448

Manual de Formação

Doc.06.02.v1
INDICE

Frase de Abertura ______________________________________________________3

Conteúdos____________________________________________________________4

Contextualização Histórica_______________________________________________5

Regulamento de jogo___________________________________________________6

Exigências técnicas do ténis______________________________________________16


Referências Bibliográficas _______________________________________________34

Doc.06.02.v1
Frase de Abertura

“É a vontade de vencer que importa ? Toda a gente tem isso. O que importa é a vontade de
nos prepararmos para vencer”.

Anónimo

Doc.06.02.v1
FICHA TÉCNICA

Objetivos e Condições de Utilização

O/A formando/a deverá complementar os conhecimentos alcançados durante a formação com


a leitura do presente Manual.

Contém todos os temas abordados durante o módulo, devendo ser uma base ao estudo a
desenvolver pelo/a formando/a, bem como um reforço aos saberes adquiridos no decorrer da
formação.

O estudo do presente Manual não revoga que o/a formando/a não aprofunde os seus
conhecimentos, através da consulta da bibliografia recomendada e/ou de outros que entenda
ser proveitosos.

Conteúdos:

• Regulamentos e regras do ténis


• Terminologia do ténis
o Os batimentos fundamentais do ténis
▪ - Direita e esquerda
▪ - Voley e smash
▪ - Serviço
o Batimentos especiais do ténis
▪ - Amortie
▪ - Passing-shot
o Raquete de ténis
o Match point; set point; break point
• Ensino adaptado (Play and Stay)
o Etapas do jogo adaptado
o Progressão do jogo

Fontes Bibliográficas: Consultar no fim do manual

Autor/a: Ana Santos


4

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Contextualização Histórica

Embora a origem do ténis não seja clara, muitos acreditam que este foi inventado em
1873 pelo Major Walter Clopton Wingfield, um oficial britânico. Embora Wingfield reivindicou
que o modelo do jogo, que ele chamou Sphairistiké ("jogar uma bola", muitas autoridades
acreditam que ele adaptou os princípios de um jogo popular inglês de ténis, raquetes de squash,
e badmington. O jogo foi introduzido em Bermuda em 1873, e de Bermuda foi levado para os
Estados Unidos por Mary Ewing Outerbridge, Nova York. O primeiro jogo de ténis no campo nos
Estados Unidos foi provavelmente jogado em 1874 em Staten Island Cricket and Baseball Club.

O primeiro campeonato amador mundial foi realizado no All-England Lawn Tennis e


Croquet Club em Wimbledon, England (homens, 1877; mulheres, 1884). No final de século 19,
ténis de campo tem sido introduzido em colónias britânicas e outras nações através do mundo.
Nos Estados Unidos, as regras locais e padronizações do jogo variaram muito até 1881.

No início do século 20 o maior torneio internacional era Wimbledon e o campeonato


dos Estados Unidos. Recentemente campeões masculinos de Wimbledon incluem jogadores
como Arthur Gore e os irmãos Reggie e Laurie Doherty. Dorothea Douglass Lambert Chambers
da Inglaterra venceu o torneio feminino de Wimbledon por sete vezes (1903, 1904, 1906, 1910,
1911, 1913, 1914). Os campeonatos masculino do U.S. foi dominado pelo americano William
Larned, que venceu sete vezes (1901, 1902, 1907-1911). As americanas Elisabeth Moore e Hazel
Hotchkiss Wightman ambas venceram muitas vezes o campeonato feminino dos Estados Unidos
no início de 1900, e Norwegian-born Molla Mallory venceu oito vezes (1915-1918, 1920-1922,
1926).
Na década de 90, Lendl, Edberg e Becker continuaram o seu sucesso, surgiram jogadores
americanos como Pete Sampras, André Agassi, Jim Courier e Michael Chang. Graf iniciou uma
rivalidade com a sérvia Mónica Seles, que emergiu como jogadora em potencial, vencendo
o U.S., French, e Australian opens em 1991 e 1992. Navratilova permaneceu bem ranqueada
até sua retirada das competições de simples em 1995. Arantxa Sánchez Vicario da Espanha,
Jennifer Capriati dos Estados Unidos, e Gabriela Sabatini da Argentina também obtiveram
sucesso.

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Regulamento de jogo

O campo
Jogo de singulares:

O campo é constituído por um retângulo com 23,77 metros (m) de comprimento por
8,23 m de largura.

Será dividido transversalmente ao meio por uma rede suspensa por uma corda ou cabo
metálico com diâmetro de 0,8 m, cujas extremidades estarão fixas à parte superior de dois
postes. Estes postes não deverão medir mais de 15 cm de lado, no caso de serem
quadrangulares, ou 15 cm de diâmetro no caso de serem cilíndricos. A altura dos postes não
será superior a 2,5 cm acima da parte superior do cabo da rede. Os postes estarão a 0,914 m de
cada lado até ao limite exterior do campo, e a sua altura será de tal forma que a parte superior
da corda ou cabo metálico esteja a 1,07 m do solo.

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A rede estará completamente esticada, devendo ocupar a totalidade do espaço entre os
dois postes. A malha deverá ter uma altura de 0,914 m ao centro onde será mantida tensa por
uma cinta de cor branca, que não poderá ter mais de 5 cm de largura. A fita, de cor branca,
cobrindo a corda ou o cabo metálico e a parte superior da rede, não poderá ter menos de 5 cm
nem mais de 6,3 cm de altura de cada lado.

De cada um dos lados da rede e a uma distância de 6,40 m da mesma, serão marcadas,
paralelamente as linhas de serviço. A área limitada pelas linhas de serviço e pelas linhas laterais
será dividida em duas partes iguais pela linha central de serviço que será traçada equidistante
em relação às linhas laterais e paralelas. Esta linha deverá medir 5 cm de largura. Cada linha de
fundo será dividida ao meio pelo prolongamento imaginário da linha central de serviço: uma
linha de 10 cm de comprimento por 5 cm de largura chamada “marca central”, desenhada
dentro do campo perpendicular às linhas de fundo e em contacto com elas.

Todas as outras linhas não deverão ter menos de 2,5 cm nem mais de 5 cm de largura
com exceção das linhas de fundo que poderão ter 10 cm de largura devendo todas as medições
ser feitas pela parte exterior das linhas.

Todas as linhas serão de cor uniformes.

A Bola
A bola deverá ter uma superfície exterior uniforme constituída por uma cobertura têxtil,
e deverá ser de cor branca ou amarela.

As características da bola são:

• · Diâmetro: entre 6,35 cm e 6,67 cm;


• · Peso: entre 56,70 g e 58,47 g;
• · Ressalto: entre 1,35 m (mínimo) e 1,47 m (máximo), quando deixada cair a uma
altura de 2,54 m sobre uma superfície de cimento.

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1. A Raquete
Segundo as regras oficiais de Ténis, a raquete não
poderá exceder 73,66 cm de comprimento total, incluindo a
pega. O aro da raquete não excederá 31,75 cm em largura. A
superfície das cordas não deverá exceder 39,37 cm de
largura. A superfície de batimento será plana e consiste num desenho de cordas cruzadas, presas
a um aro e entrelaçadas, alternadamente, onde se cruzam. O conjunto de cordas deverá ser,
geralmente, uniforme e, em particular, não menos denso no centro do que em qualquer outra
área.

Servidor e Recebedor
Os jogadores devem colocar-se um de cada lado da rede; o jogador que
primeiro põe a bola em jogo será chamado de Servidor e o outro de Recebedor.

Escolha de lado e serviço


A escolha de lado e o direito de ser servidor ou recebedor, no primeiro jogo, será
decidido por sorteio. O jogador que ganhe o sorteio pode
escolher ou pedir ao seu adversário que escolha:

a) O direito de ser servidor ou recebedor e, neste caso, o


outro jogador deve escolher o lado;

b) O lado e, neste caso, o outro jogador deve escolher o


direito de ser servidor ou recebedor.

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O Serviço
O Serviço deverá ser efetuado da seguinte maneira:

Imediatamente antes de começar a servir, o servidor deve colocar-se com ambos os pés
apoiados atrás da linha de fundo e dentro dos prolongamentos imaginários da marca central e
da linha lateral.

O servidor lançará então a bola ao ar, à mão em qualquer direção e, antes que ela toque
o chão, baterá com a raquete, considerando-se o serviço concluído no momento do impacto da
raquete e da bola. Um jogador que apenas possa usar um braço, pode utilizar a raquete para
lançar a bola ao ar.

Falta de pé:

O servidor durante a execução do serviço não deve:

• Alterar a sua posição


andando ou correndo. O servidor não deve,
por ligeiros movimentos de pés que
materialmente não afetam a posição original
tomada por ele, ser considerado “mudar a
sua posição andando ou correndo”;
• Tocar, com qualquer dos pés
qualquer área exceto aquela atrás da linha
de fundo entre a extensão imaginária da marca central e as linhas laterais.

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Execução do serviço:
Ao executar o serviço, o servidor deverá colocar-se alternadamente por detrás da metade direita
e da metade esquerda do seu lado do campo, começando em cada jogo pelo lado direito. Se um
serviço for executado na metade
errada do campo e não for detetado o
erro, todos os pontos resultantes
desse serviço ou serviços errados
devem contar, mas a posição deverá
ser corrigida logo que o erro seja
descoberto.
1. A bola servida deverá passar
por cima da rede e cair no solo dentro
do retângulo de serviço que fica diagonalmente oposto, ou sobre qualquer das linhas que
limitam esse retângulo, antes de ser devolvida pelo recebedor.

Falta no serviço
O serviço será falta:

1. Se o servidor cometer alguma infração às regras 7, 8 ou 9.


2. Se falhar a pancada na bola ou tentar bater na mesma;
3. Se a bola de serviço tocar um acessório permanente (exceto as redes a cinta e a fita) antes
de bater no solo.

Segundo serviço
Depois de uma falta (se for a primeira falta) o servidor deverá servir de novo, por detrás
da mesma metade do campo de onde serviu essa falta.

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Quando servir
O servidor não deve servir sem que o recebedor esteja preparado. Se este último tentar
devolver o serviço, será como se estivesse preparado. Se contudo, o recebedor indicar que não
está preparado, não poderá reclamar falta pelo o facto de a bola não ter batido no terreno nos
limites fixados para o serviço.

O “Let” (nulo)
Em todos os casos que tenha de ser ordenado um “Let” de acordo com as regras ou para
permitir uma interrupção de jogo, deverão ser observadas as seguintes interpretações:

1. Quando a voz foi dada somente em relação a um serviço, apenas esse serviço deve ser
repetido;
2. Quando a voz foi dada devido a qualquer outra circunstância, o ponto deverá ser
repetido.

O “Let” no serviço
O serviço é “Let”:

1. Se a bola servida tocar a rede, a fita ou a cinta e for bater no solo, dentro do retângulo
de serviço ou após ter tocado na rede, fita ou cinta, tocar o recebedor ou qualquer coisa que ele
use ou transporte antes de tocar o solo.
2. Se o serviço ou a falta forem executados antes do recebedor estar preparado.
No caso de um “Let”, esse serviço não é contado e o servidor deve servir de novo mas
um serviço nulo não anula uma falta anterior.

Ordem de Serviço
No fim do primeiro jogo, o recebedor passa a servidor e vice-versa, e assim por diante,
alternadamente em todos os restantes jogos do encontro. Se um jogador serviu fora da sua vez
o jogador que deveria ter servido deve servir logo que o erro seja detetado, mas todos os pontos
jogados anteriormente serão válidos.

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Se for jogado um jogo completo antes de se dar pelo erro, a ordem do serviço mantém-
se tal como foi alterada. Uma falta feita num primeiro serviço antes da verificação do erro não
é mantida (o jogador que passa a servir tem direito aos dois serviços regulamentares).

Mudança de lado
Os jogadores devem mudar de lado do campo no final do primeiro, terceiro e de todos
os seguintes jogos ímpares de cada partida e no fim de cada partida, a não ser que o número
total de jogos dessa partida seja par, caso em que a mudança só se efetuará no final do primeiro
jogo da partida seguinte.

Bola em jogo
Uma bola considera-se em jogo desde que foi servida. Desde que não seja anuncia
anunciada uma falta ou um “Let”, permanece em jogo até à decisão do ponto.

Ponto ganho pelo servidor


O servidor ganha ponto:

1. Se a bola servida, não sendo um “Let”, tocar no recebedor ou em alguma coisa que ele
use ou transporte, antes de tocar no solo;
2. Se o recebedor, de outro modo previsto perder o ponto.

Ponto perdido pelo jogador


Um jogador perde ponto se:

1. Ele falhar, antes da bola em jogo bater duas vezes consecutivas no solo, devolvê-la
diretamente sobre a rede;
2. Ele devolver a bola em jogo de modo a que ela bata no solo num acessório fixo ou outro
objeto, fora das linhas que limitam o campo do seu adversário;
3. Ele devolver a bola antes de ter batido no solo e falhar a devolução mesmo quando
permaneça fora do seu campo;

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4. Ao jogar a bola, deliberadamente o jogador a transporta ou apanha com a sua raquete
ou ainda deliberadamente toque com a sua raquete mais de uma vez;
5. Ele ou a sua raquete, ou qualquer coisa que ele use ou transporte, tocar na rede, postes,
postes singulares, corda ou cabo de metal, fita ou cinta, ou o solo do campo do seu adversário,
em qualquer altura, enquanto a bola estiver em jogo;
6. Ele devolver a bola antes de ela passar a rede;
7. A bola em jogo lhe tocar ou em qualquer coisa que ele use ou transporte, exceto a sua
raquete, na sua ou suas mãos;
8. Ele atirar a raquete e ela vai bater na bola;
9. Ele deliberadamente ou materialmente modificar o formato da sua raquete durante a
disputa do ponto.

Jogador estorva adversário


Se um jogador cometer algum ato que estorve o adversário ao efetuar a pancada, ou o
faça deliberadamente, perde o ponto. Se o fizer involuntariamente o ponto deve ser repetido.

Bola cai sobre a linha


Uma bola caindo sobre uma linha é considerada como tendo tocado dentro do campo
limitado nessa linha.

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Quando a bola toca acessórios permanentes
Se a bola em jogo tocar um acessório permanente (exceto a rede, postes, postes de
singulares, corda ou cabo de metal, fita ou cinta) depois de ter batido no solo, o jogador que
bateu a bola ganha o ponto; se tocar no acessório antes de bater no solo o seu adversário ganha
o ponto.

Estorvo de um jogador
No caso de um jogador ser estorvado ao bater na bola por qualquer coisa fora do seu
controle, exceto um acessório permanente do campo, deve ser ordenado um”Let”.

Marcação durante o jogo

Se um jogador ganha o seu primeiro ponto, o resultado será anunciado 15 para esse
jogador; ao ganhar o seu segundo ponto, o resultado será anunciado 30 para esse jogador; ao
ganhar o seu terceiro ponto, o resultado será anunciado 40 para esse jogador; ao ganhar o
quarto ponto, é anunciado “jogo” para esse jogador exceto:

Se ambos os jogadores tiverem ganho três pontos, sendo então o resultado anunciado
de “iguais”; no próximo ponto ganho por um jogador é anunciado “vantagem” para esse
jogador. Se o mesmo jogador ganhar o próximo ponto, ganha o jogo; se o outro jogador ganhar
o próximo ponto o resultado será anunciado “vantagem nula” ou “iguais” e assim
sucessivamente, até que um jogador ganhe dois pontos consecutivos após uma vantagem nula,
altura em que será anunciado “jogo” para esse jogador.

O “tie-break” deve ser usado quando a marcação for igual a seis jogos, em todas as
partidas, exceto na terceira ou quinta partida de encontros à melhor de três ou de cinco partidas
respetivamente.

Num jogo em que se use a marcação através do sistema de “tie-break deve-se:

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- O jogador que primeiro ganhar sete pontos ganha o jogo e a partida desde que vença por uma
diferença de dois pontos. Se a marcação atingir uma igualdade a seis pontos, o jogo deve
prolongar-se até que aquela diferença seja atingida. Deve ser usada a marcação numérica
durante o jogo em “tie-break”;

- O jogador a quem calhava servir, deve ser o servidor do primeiro ponto. O seu adversário será
o Servidor do segundo e terceiro pontos e, a partir daí, cada jogador servirá dois pontos
consecutivos até que o vencedor do jogo e da partida seja encontrado;

- Desde o primeiro ponto, cada serviço deve ser feito alternadamente, do lado direito e esquerdo
do campo, começando pelo lado direito;

- Os jogadores devem mudar de lado de campo depois de jogar seis pontos ou múltiplos e na
conclusão do jogo.

- O Jogo com a marcação de “tie-break” deve contar como jogo para a mudança de bolas, exceto
se as bolas devessem ser mudadas no início desse jogo, caso em que se deve esperar até ao
início do segundo após o “tie-break”, na partida seguinte.

Rotação do serviço
O jogador que serviu primeiro no início do “tie-break” deverá receber no princípio do
primeiro jogo da partida seguinte.

Número máximo de partidas


O número máximo de partidas (sets) num encontro deve ser de cinco ou quando
participarem senhoras de três.

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Mudança de bolas
Nos casos em que as bolas são mudadas depois de um combinado número de jogos, se
as bolas não forem mudadas na correta sequência o engano deve ser corrigido quando o
jogador, ou par, que devia ter servido com as bolas novas voltar a servir. A partir daí as bolas
devem ser mudadas depois do número de jogos originalmente acordado.

Exigências técnicas do ténis

O ténis é uma modalidade desportiva que apresenta uma grande carga técnica o que
aparentemente indica um processo de ensino/aprendizagem moroso e complexo. Como em
qualquer outra modalidade, este processo encontra-se dependente da preparação e
conhecimentos do professor para o ensino desta modalidade.

Os objetivos do ensino da técnica em ténis:

1. Compreender e assimilar as componentes da trajetória da bola: altura, direção, distância


e velocidade;
2. Dominar os seguintes aspetos fundamentais: o ponto de impacto bola/raquete, a
posição da cabeça da raquete, o movimento da raquete, o posicionamento do corpo,
movimentação de pés e domínio das pegas;
3. Antecipar com sucesso qual a posição futura da bola e posicionar-se rapidamente para
uma boa receção;
4. Adaptar os deslocamentos aos diferentes ressaltos, efeitos e mudanças de velocidade
imprimidas à bola.

É determinante no ténis procurar desde cedo a consistência e para tal é fundamental


garantir condições de sucesso para o aluno que dá os primeiros passos na modalidade. O
trabalho técnico deve ser dirigido em primeiro lugar para a consistência e para o controlo,
ficando o desenvolvimento da potência para uma altura em que estes aspetos estejam
suficientemente consolidados.

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Ensino dos gestos técnicos básicos do ténis

Por gestos técnicos básicos entendemos as pancadas que são vulgarmente mais
utilizadas no jogo de ténis e que constituem a própria fundação da modalidade. Podemos dividir
estes gestos técnicos em três grupos de características distintas:

1. Pancadas do fundo do court


2. Serviço
3. Volleys

Todas as outras pancadas utilizadas no ténis como smash, lob, dropshot, etc., são
variantes destes gestos técnicos básicos que se encontram descritos mais adiante.

A descrição destas pancadas baseia-se em parte naquilo que é referido geralmente


como o padrão clássico dos gestos técnicos, padrão que é utilizado pela grande maioria dos
professores de ténis para a iniciação ao ténis. No entanto este padrão é apenas a fundação do
jogo de ténis, uma vez consolidada uma fundação sólida o estilo individual do jogador emerge e
assume a essência do indivíduo em campo.

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Efeitos e pegas

O efeito é um movimento de rotação transmitido à bola que determina a sua trajetória


bem como a natureza do ressalto.

Existem dois tipos de efeito que podem ser transmitidos à bola:

• O Top-spin (efeito de avanço);

• O Slice (efeito de recuo).

Estes podem ser produzidos, quer através de uma alteração na inclinação da raquete
que provoca um batimento por cima (top-spin) ou por baixo (slice), ou através da trajetória da
raquete (ascendente - “top-spin”; descendente – “slice”), ou ainda por combinação de ambas.

No caso da direita e da esquerda, a diferença mais visível reside no facto de durante o


recuo a raquete se encontrar mais alta para o “slice” realizando uma trajetória descendente,
enquanto que para o “top-spin” parte de uma posição mais baixa para depois subir. Existem
naturalmente outros efeitos (nomeadamente efeitos laterais e mistos) que pertencem ao
domínio de jogadores tecnicamente mais evoluídos, embora possam, esporadicamente, ser
executados sem intencionalidade por alunos de iniciação.

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Pegas

É um facto reconhecido que a pega é a base de todas as pancadas do ténis.

A forma como se segura a raquete influência o ângulo da face, a zona onde se atinge a
bola em relação ao corpo e, especialmente, define o momento do impacto entre a raquete e a
bola. Diversas pegas podem ser utilizadas e de facto os jogadores de médio e alto nível fazem
constantemente ligeiros ajustes na pega durante os jogos.

As pegas podem variar consoante se pretende atingir bolas mais altas, mais baixas, mais
rápidas ou mais lentas. Podem ainda variar devido ao padrão da pancada em “topspin” (efeito
de avanço), “slice” (efeito de recuo) ou “flat” (chapado ou sem efeito de rotação).

Existem três tipos de pegas

Continental - Derivada dos campos de terra batida europeus onde a


bola se conserva baixa;

- Pode ser utilizada sem alterações para bater direitas e


esquerdas;

- É recomendável, na opinião de alguns professores, para


situações onde não há tempo para mudanças de pega
(pancadas próximas da rede) e, para outros, como pega de
iniciação.

- É utilizada preferencialmente nos seguintes gestos


técnicos:

• “Drive” de direita e de esquerda;


• Volley (direita e esquerda);
• Serviço.
Ocidental - Tem como grandes vantagens a facilidade de imprimir um
forte efeito de avanço (“top-spin”) e de devolver bolas
altas;

- É muito difícil bater bolas baixas com esta pega devido ao


facto de a face da raquete se encontrar muito fechada
tornando necessária uma grande torção do pulso para a
abrir;

- Possibilita ao seu utilizador executar pancadas de grande


potência e profundidade, batendo a bola bem à frente do
corpo.

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- É utilizada preferencialmente nos seguintes gestos
técnicos:

• “Drive” de direita e de esquerda.

Oriental - Exige uma mudança de pega obrigatória entre a direita e


a esquerda.

- É a mais versátil, logo, é também aquela que oferece mais


conforto aos principiantes.

- A sua maior vantagem é o facto de ser a pega que permite


maior variação no estilo de jogo de cada indivíduo.

- As suas desvantagens residem na necessidade de


mudança de pega bem definida entre a direita e a
esquerda.

- É utilizada preferencialmente nos seguintes gestos


técnicos:

• “Drive” de direita e esquerda;


• Serviço (eastern esquerda).
Variantes: Desvantagens:

- Dificuldade em atingir bolas próximas do corpo;


Pega a duas mãos
- Menor amplitude no batimento;

- Necessidade de um jogo de pés mais rápido e mais


preciso.

Vantagens:

- Grande velocidade na cabeça da raquete o que aumenta


a potência da pancada;

- Intensidade do efeito.

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Ensino das pancadas de fundo

Define-se pancada do fundo do court (ou “drive”) como uma pancada executada
próxima da linha de fundo que imprime à bola uma trajetória em direção à linha de fundo
contrária; existem dois tipos de “drives”:

1. Direita: quando a bola é batida do lado do braço armado;


2. Esquerda: quando a bola é batida do lado contrário ao braço armado.

Em todos os gestos técnicos do ténis, podemos encontrar três fases distintas do


movimento:

1. O recuo;
2. O batimento;
3. A finalização.

Ensino da direita

A direita é a pancada mais importante para o aluno de iniciação bem como para o
jogador de alto nível.

A pega mais vulgarmente utilizada é a Eastern de direita.

Podemos descrever facilmente este gesto técnico decompondo o movimento nas


diferentes fases atrás referidas.

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Fases Determinantes técnicas

- Rotação do corpo para o lado;

- Transferência do peso do corpo sobre a perna do lado da raquete (direita para jogadores
Recuo destros e esquerda para jogadores canhotos), que fica atrás;

- Linha dos ombros perpendicular à rede;

- Raquete a apontar para trás.

- Transferência do peso do corpo da perna de trás para a perna da frente;


Batimento
- Braço avança, batendo a bola nunca atrás do plano definido pela perna da frente,
aproveitando todo o corpo num movimento de balanço.

- continuidade do movimento terminando à frente do ombro contrário;

- Corpo numa posição frontal à rede.

- Articulações do antebraço (cotovelo e pulso) em extensão relaxada (não rígida) durante


todo o movimento;
Finalização
- aumento da firmeza no momento do impacto;

- Flexão do cotovelo retira profundidade e potência ao batimento;

- Flexão do pulso resulta em mau posicionamento da face da raquete e consequente falta


de direção.

Critérios de êxito

1. Colocar-se rapidamente em posição;


2. Fixar os membros inferiores;
3. “Acompanhar” a bola com a raquete;
4. Recuperar rapidamente para outro batimento.

Erros principais

1. Cotovelo encostado ao corpo;


2. Pulso frouxo;
3. Recuo excessivo;
4. Não há transferência de peso para a frente;
5. Batimento “cruzado” à frente do corpo.

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De forma a conseguirmos analisar de uma maneira mais precisa e sistemática cada um
dos gestos técnicos, utilizamos alguns quadros sinópticos que nos podem dar uma ideia mais
concreta das dificuldades dos alunos e da progressão do ensino de cada gesto técnico.

Níveis
Fases
Inicial Médio Avançado

- Não se coloca na posição de - Recua a raquete - Coloca-se em posição


atenção; cedo; facilmente;

- Executa o movimento - Estende o braço - Consegue ajustar-se a


atrasado; para trás; diferentes ressaltos da
Recuo bola;
- Pés na posição errada; - Tem noção da
posição da raquete; - Concentra-se na bola;
- Sem noção da posição da
raquete; - Com algum - Pés posicionados para a
equilíbrio. transferência de peso.
- Sem equilíbrio.

- Trajetória irregular da - Desenvolve o seu - Bate com controlo e


raquete; estilo próprio; profundidade;
- Contacto errático; - Consegue manter a - Consegue bater em
bola em jogo; dificuldade;
- Cotovelo encostado ao
Batimento
corpo; - Ponto de contacto - Consegue correr e bater;
mais consistente;
- Bate de frente; - Utiliza efeitos;
- Não tem
- Raquete rola na mão. - Consegue jogar contra
profundidade nas
diferentes estilos de jogo.
pancadas.

- Raquete pára após - Movimento suave e - Continua o movimento;


contacto; fluido;
- Posição da raquete varia
Finalização - Não recupera para a - Pequena pausa com a trajetória;
próxima pancada. antes de recuperar.
- Recuperação rápida para
a posição de atenção.

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Ensino da esquerda

A esquerda revela-se como a pancada de mais difícil aprendizagem para muitos alunos.
É geralmente considerada uma pancada defensiva, podendo, no entanto, ser aperfeiçoada de
forma a revelar-se como uma pancada ofensiva. As pegas geralmente mais utilizadas são a
Eastern de esquerda ou duas mãos.

Na esquerda o movimento processa-se de forma semelhante à direita com as seguintes


diferenças:

Recuo: A torção do corpo executa-se de forma a que a perna do lado da raquete seja a
mais próxima da rede; a raquete deve ser sempre sustentada pela mão livre; a linha dos ombros
ultrapassa ligeiramente o plano perpendicular à rede.

Batimento: O impacto na bola deve verificar-se à frente da perna dianteira;

Finalização: A raquete termina apontada para cima e à frente do corpo, que permanece
orientado segundo um plano perpendicular à rede.

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Níveis
Fases
Inicial Médio Avançado

- Coloca-se de frente - Recua a raquete cedo; - Movimenta-se rápido e


para o campo; facilmente;
- Utiliza a mão livre para
Recuo - Não ajusta a pega; equilibrar a raquete; - Posiciona-se com
equilíbrio fixando os M.I;
- Não fixa os membros - Ajusta a pega com
inferiores. facilidade. - Ajusta o movimento
consoante os ressaltos.

- Contacto errático; - Ponto de contacto - Contacto sólido;


mais consistente;
- Face da raquete - Consegue bater
demasiado aberta; - Braço estendido; ofensivamente;
Batimento
- Movimento liderado - Pouca potência ou - Consegue bater em
pelo cotovelo em vez do profundidade; corrida;
ombro;
- Consegue direcionar a - Utiliza diferentes efeitos;
- Peso no pé de trás. bola.

- Praticamente nula. - A raquete continua o - Movimento seguro e


movimento, mas nem fluido;
sempre na direção
- Raquete continua para a
certa;
Finalização frente e para cima;
- Tendência para
terminar o movimento
com a raquete a
apontar para o lado.

A extensão do M.S assume grande importância no batimento da esquerda. A flexão do


cotovelo durante o impacto resulta na perda de direção na trajetória, enquanto que o relaxar
do pulso (raquete a apontar para baixo) retira força a bola que por vezes chega a não ultrapassar
a rede. Por outro lado, a flexão do pulso pode resultar em dor durante a pancada sendo o
principal fator na sensação de falta de força comum nos principiantes.

Fatores se sucesso

1. Virar rapidamente os ombros;


2. Equilibrar a raquete com a mão livre durante o recuo;
3. Pega firme.

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Erros principais

1. Bater com o cotovelo apontar para a frente;


2. Colocar-se de frente durante o recuo;
3. Recuo demasiado alto;
4. Raquete para após o batimento;
5. Face da “raquete” aberta.

O professor deve inicialmente instruir o aluno para colocar-se de lado durante todo o
movimento, manter a face da raquete paralela durante o batimento e para terminar o
movimento com a raquete a apontar para o campo adversário.

Ensino do serviço

O gesto técnico do serviço é o mais determinante nesta modalidade.

É certamente uma arma poderosa no arsenal ofensivo do jogador de ténis. O ensino do


serviço é facilitado pelo facto de ser executado em condições totalmente controladas pelo
aluno.

As pegas mais vulgarmente utilizadas são a continental e a Eastern de esquerda.

Um serviço bem colocado pode muitas vezes significar um “às” (ponto conseguido sem
que o adversário chegue a tocar a bola). O ato de lançar a bola ao ar deve coincidir com a
finalização do movimento de recuo da raquete. O posicionamento do corpo pode variar, sendo
regra geral aceite que uma posição lateral é a mais indicada, com o pé de trás paralelo à linha
de fundo e o da frente a apontar para o poste direito para os jogadores destros ou para o
esquerdo para os canhotos.

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- Braço que bate desce e movimenta-se para trás ao mesmo tempo que o outro braço
realiza um movimento simétrico, descrevendo ambos um arco subindo até à altura dos
Recuo ombros;

- Peso do corpo sobre o pé de trás;

- Bola lançada à altura dos olhos;

- Braço da raquete flete em ângulo agudo pelo cotovelo, acompanhado pela flexão dos
Batimento joelhos e o arquear do tronco;

- Transferência brusca do peso do corpo para a perna da frente, que se estende,


acompanhada da extensão total do braço para cima e para a frente, batendo a bola o
mais alto possível

- Pé de trás avança ao mesmo tempo que o tronco flete;


Finalização
- Raquete termina para a frente avançando o mais possível, terminando depois do lado
contrário ao braço da raquete (braço armado).

A pega mais correta para a execução do serviço é a pega continental, que permite um
bom controlo da raquete para serviços com e sem efeito.

Fatores de sucesso

1. Movimentar os braços em simultâneo;


2. Avançar sobre a bola;
3. Bater o mais alto possível;
4. Terminar com a raquete para baixo, do lado contrário.

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Erros principais

1. Corpo de frente para o campo;


2. Lançar a bola para trás;
3. Cotovelo “lidera” o batimento;
4. Raquete pára após o batimento;
5. O corpo não avança.

Níveis
Fases
Inicial Médio Avançado

- Usa uma pega - Usa uma pega de - Utiliza uma pega


Western; direita; continental ou de
esquerda;
- Coloca o corpo de - Coloca o corpo de
Recuo frente para a rede; lado; - Ajusta a orientação do
corpo;
- Lançamento da bola - Lança a bola com
baixo ou inconsistente. alguma regularidade. - Lança a bola com
consistência, mais alto
do que alcança.

- Flete o braço; - Movimento fluido de


recuo precede um
- Não coloca a raquete - Bate em “cheio” regra
movimento explosivo
atrás do corpo, não geral;
no batimento;
dobra o cotovelo;
- Não imprime grande
Batimento - Hiperextensão do
- Falha a bola ou não potência no batimento;
braço para bater alto;
acerta “em cheio” com
frequência; - Usa efeitos
- Usa vários efeitos;
raramente, prefere
- Não imprime efeitos à bater “chapado”. - Serve com primeiro e
bola; segundo serviço;

- Raquete para após o - Movimento - Termina o movimento


contacto com a bola. completo; avançando o corpo
Finalização para o court;
- Raquete termina para
baixo e do lado - Raquete termina com
contrário do corpo. movimento
descendente, para fora

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e do lado contrário do
corpo;

O professor deve inicialmente instruir o aluno para colocar-se de lado ao lançar a bola,
fletir o cotovelo colocando a raquete atrás da cabeça no recuo, bater a bola o mais alto possível
e terminar o movimento com a raquete para baixo e do lado contrário do corpo.

Ensino do Volley

O Volley é por definição um gesto técnico ofensivo. É possível jogar ténis sem recorrer
ao volley, embora limite radicalmente o jogo. A aprendizagem do Volley é relativamente fácil,
mas a sua utilização em competição pode ser complexa. A pega mais utilizada no Volley é a pega
Continental.

O Volley é o golpe executado antes da bola ressaltar no chão e acontece, regra geral,
próximo da rede. É por excelência uma arma de ataque. É também considerado um dos gestos
técnicos mais simples do ténis. As pancadas de direita e esquerda são muito semelhantes pelo
que a descrição do movimento se ajusta a ambas.

- Bastante reduzido, ultrapassando ligeiramente o plano frontal do corpo;


Recuo - Cabeça da raquete elevada (aproximadamente 45º);

- Não é necessária uma grande amplitude.

Batimento - Raquete avança segundo um movimento direto para a frente;

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- Avança um passo em frente (com a perna contrária à raquete na direita e com a perna
do mesmo lado na esquerda);

- Apoio e a transferência de peso da perna da frente coincide com o impacto na bola;

- Pulso bem firme.

É curta, com a raquete dirigida para a zona-alvo, parando pouco à frente da zona de
Finalização impacto. Uma ligeira trajetória descendente da raquete induz um efeito de reverso
(“Slice”) por vezes desejável.

Fatores de sucesso

1. Manter uma posição de atenção bem definida;


2. Manter a cabeça da raquete apontada para a frente;
3. Não recuar muito a raquete;
4. Avançar a bola;
5. Recuar rapidamente.

Erros principais

1. Recuo excessivo;
2. Baixar a raquete para bater;
3. Bater a bola demasiado próximo do corpo;
4. Pulso “solto”;
5. Utiliza pega de direita;
6. Não avança sobre a bola.

Níveis
Fases
Inicial Médio Avançado

-Evita subir à rede; -Recuo exagerado; -Utiliza uma pega


continental;
Recuo -Segura a raquete com -Usa uma pega de
uma pega de Western; direita; -O recuo é curto e
compacto;

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-Encontra-se
preparado para bater
todas as bolas.

-Acerta regularmente -Avança para bater a


na bola; bola;
-Falha muitas bolas;
-Irregular no Volley de -Bate na bola cedo;
-Só acerta volleys de
esquerda;
direita; -Bate regra geral com a
-Usa uma pega de face da raquete aberta;
-Não consegue dirigir a
direita no volley de
Batimento bola;
esquerda;
-Não segura a raquete;
-Consegue dirigir a
-Não movimenta os bola, mas não com
pés. muita consistência;

-Avança para bater a


bola, mas bate
atrasado.

-Regra geral nenhuma. -Executa o movimento -Bate e segue a bola;


completo, mas não
Finalização recupera para o
-Recupera
rapidamente para a
próximo.
posição de atenção;

O professor deve inicialmente instruir o aluno para manter uma posição de atenção bem
definida, para segurar a raquete apontada para a frente e para cima, realizar um recuo curto e
bater a bola avançando sobre ela.

Pancadas especiais

Estes gestos técnicos são geralmente variantes dos gestos técnicos fundamentais, sendo
utilizados em situações muito especificas do jogo, podendo ser utilizados defensiva ou
ofensivamente.

• Lob (balão)
É geralmente uma pancada de fundo, onde é imprimida uma trajetória parabólica alta à
bola; é normalmente uma pancada defensiva em resposta a uma subida à rede; pode ser uma
pancada mais ofensiva quando se imprime algum top-spin (drive lob) ou mais defensivo quando
o movimento da pancada se assemelha a um Volley (Volley lob-sem efeito ou ligeiro slice)

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Fatores de sucesso

1. Modificar a pega se necessário;


2. Movimentar-se e fixar os membros inferiores;
3. Imprimir uma trajetória de baixo para cima à raquete;
4. Seguir a bola após o batimento.

• Smash
Pancada executada geralmente em resposta a um Lob; é um movimento similar ao do
serviço com a exceção do movimento de recuo que é mais compacto e direto para o ombro,
posicionando-se com o braço “armado” para bater a bola.

Fatores de sucesso

1. “Armar” a raquete rapidamente;


2. Usar uma pega de serviço;
3. Estender para alcançar a bola alto;

• Amortie
Pancada suave cuja intenção é colocar a bola com pouca força no campo adversário para
que não avance e tenha um ressalto o mais reduzido possível; pode ser batido de várias
maneiras, sendo o ponto mais comum a face da raquete estar mais aberta que o usual,
imprimindo um ligeiro slice.

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Fatores de sucesso

4. “Esconder” a pancada;
5. Bater de baixo para cima;
6. Abrir a face da raquete;
7. Seguir a bola após o batimento.

• Half Volley
Esta pancada não é de facto um Volley uma vez que a bola é batida após o ressalto, mas é
assim designada uma vez que o movimento, devido a ser efetuado geralmente junto à rede,
exige a utilização da pega e do mesmo tipo de movimento do Volley.

Fatores de sucesso

1. Segurar a raquete com firmeza;


2. Fletir os membros inferiores e manter uma posição baixa;
3. Bater cedo;
4. Usar a “energia” da bola.

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Referências bibliográficas

• Federação Portuguesa de Ténis. (2011): Manual de apoio Play and Stay.


• Federação Portuguesa de Ténis. (2002): Manual de ensino básico.
• Ferraz, C. (2017): Documento de apoio do Ténis.
• http://tenisgestosefd.blogspot.com/2009/12/blog-post_1264.html

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