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fisiologia humana
Objetivos
Conteúdo programático
Aula 1 – História da Anatomia, Conceitos em Morfologia e Sistema Esquelético
Aula 2 – Sistema Articular
Referências
BRANDÃO, Mirian Celeste Sanaiote. Anatomia sistêmica: visão dinâmica
DANGELO, Jose Geraldo; FATTINI, Carlos Américo. Anatomia humana sistêmica e
segmentar: para o estudante de medicina. 2ºEd. Editora Atheneu. São Paulo, Sp.2002
HANSEN, Jhon T; KOEPPEN, Bruce M. Atlas de fisiologia humana de Netter. Artemed,
Porto Alegre, RS. 2003.
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histólogia Básica. Editora Guanabara
Koogan S.A. Rio de Janeiro, RJ. 2004.
WARWICK, Roger; WILLIANS, Peter L. Gray anatomia.
Apresentação da Disciplina
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História da anatomia, conceitos em
morfologia e sistema esquelético
HISTÓRIA DA ANATOMIA
Ao longo de sua existência o ser humano sempre foi curioso quanto a sua estrutura e
funcionamento, saber como o homem é “por dentro”, de que forma é organizada sua
estrutura interna, qual o formato dos órgãos, onde se alojam as funções, enfim, conhecer seu
interior é uma inquietação da própria natureza humana.
Tanto que a relação que mantemos com os cadáveres, os corpos sem vida é de admiração e
receio. Diante da massa inerte as emoções vão da curiosidade de tocar, explorar, desmistificar
as lendas ao espanto de imaginar que esse corpo pode se levantar, se tornar um monstro
como aqueles que são descritos nos contos de horror, ou seja, é uma relação dúbia que
mantemos com o corpo.
Por outro lado, a utilização de corpos humanos para estudo é uma prática relativamente nova,
durante séculos foi difundida de forma errônea, na qual a igreja católica proibia o estudo em
corpos humanos. Essa afirmação, segundo a história, partiu de Claudio Galeno, um médico
grego que escreveu diversas obras sobre anatomia, mas sem nunca ter dissecado um cadáver
humano, Galeno realizava seus estudo com animais e talvez para justificar o fato de não
trabalhar com corpos humanos usou esses argumento. Por se tratar de um elemento muito
respeitado, autor de conceitos que até hoje influenciam a pesquisa biomédica, tal ideia foi
tomada como verdade.
Indicação de Leitura
A verdade é que não existem evidências dessa proibição pela igreja católica, o jornalista
Christopher Howse em um texto um pouco ácido, publicado em 10/07/2009 esclarece sobre o
tema. A Igreja era contra a dissecação dos cadáveres? Disponível em:
http://tuespetrus.blogspot.com/2010/10/igreja-era-contra-dissecacao-dos.html. Acesso em: 7
dez. 2018.
Claro que não é correto imaginar que o estudo em cadáveres humanos devia se tratar de algo
bem aceito pela comunidade, se considerarmos que os textos de Leonardo Da Vinci sobre
anatomia só foram encontrados 300 anos após sua morte.
Atualmente, no Brasil, a utilização de corpos para estudo é autorizada pela Lei n° 8.501, de 30
de novembro de 1992, que reza que corpos de indivíduos que tiveram causa morte natural, e
não forem reclamados por parentes ou amigos em um período de 30 dias podem ser
encaminhados para instituições de ensino superior para servirem de material de estudo e
pesquisa. Hoje, a maioria das peças que estão em uso é de indivíduos indigentes e a
procedência é o IML. Apenas uma pequena parte dos corpos é proveniente de doações diretas
de familiares, um panorama que os anatomistas buscam alterar, contudo, sabemos que a
caminhada será longa.
No IML, onde o corpo irá permanecer ao menos 30 dias antes de seguir para doação, a
conservação desse corpo é feita através de câmaras frias, equipamentos que devem manter o
corpo a temperatura abaixo de zero, sendo a temperatura sugerida pela literatura – 20Cº.
Disponível em: Imagem do Acervo Pessoal do Prof. Me. Allan Bussmann. Acesso em: 05.01.2019.
Após o degelo, quando necessário, inicia o processo de exposição da via de acesso na artéria
femural direita que se dá ao nível do triângulo femural ou de Scarpa.
Inicia-se o processo de perfusão, será injetado no corpo uma fórmula composta por aldeído
fórmico a 20%, que é colocada em um irrigador elevado a dois metros de altura e injetado na
artéria por meio de uma cânula “T” ligada ao irrigador por meio de um tubo de borracha.
Figura 1.4 - Cânula “T” posicionada no acesso.
Figura 1.5 - Esquema de perfusão montado: observe o irrigador posicionado 2 metros acima
do corpo.
Após o corpo passar pelo processo de formolização é encaminhado para o tanque de formol,
onde permanecerá imerso pelo período de seis meses para completar o processo chamado de
“fixação”.
Figura 1.6 - Tanque de formol: dentro destes tanques o corpo permanece imerso
Transcorrido esse período o corpo está pronto para ser disponibilizado de forma segura para
dissecação e estudo de forma segura para todos os envolvidos no processo.
Tal definição engloba todas as vertentes da anatomia, considerando se tratar de uma ciência
que estuda a estrutura e a forma do corpo. Mas como assim, “todas as vertentes da
anatomia”?
Quando se fala em anatomia, nos vem à mente o laboratório de uma universidade onde se
estudam cadáveres. Porém, a anatomia é muito mais ampla que isso. Temos:
Posição Anatômica
Os planos de delimitação têm como função descrever com maestria a posição de uma
estrutura. Os planos são os seguintes:
b) Plano Superior e Inferior: superiores são estruturas mais altas, ou seja, mais próximas
ao crânio. Quando mais baixas e mais próximas ao pés, são descritas como inferiores.
Também podem ser utilizados os termos “cranial” e “podálico”.
c) Plano lateral: serve para designar a qual lado pertence a estrutura, se direito ou
esquerdo.
Os planos de secção ou como alguns autores chamam, planos de corte, são planos que
permitem compreender como foram feitos os cortes das peças e imagens. São três planos:
a) Plano Mediano: o plano mediano separa o corpo em duas porções, uma esquerda e
outra direita.
b) Plano Frontal: este plano de corte separa o corpo em metade anterior e posterior.
A descrição anatômica é famosa por sua riqueza de detalhes, e tal preocupação fundamenta-
se na necessidade de orientar o profissional sem estar próximo a ele, permitindo que ele
explore o corpo humano e regiões ou estruturas em particular apenas pela leitura da anatomia
topográfica. Para tanto, são utilizados os chamados termos de comparação, que tornam
possível, dentro da posição anatômica e com a utilização dos planos de secção, descrever a
posição de uma estrutura em relação a outra. São quatro termos:
a) Proximal e distal: os termos proximal e distal são utilizados para descrever se uma
estrutura está mais alta ou mais baixa em relação a uma referência. Quando mais
“alta”, dizemos proximal e mais “baixa” distal, por exemplo, podemos dizer que o nariz
em relação à boca é proximal, ou seja, mais alto que a boca. No entanto, se tomarmos
como referência os olhos, o nariz será distal, ou seja, mais baixo que os olhos.
b) Lateral e Medial: são termos para descrever se uma estrutura é mais central que
outra. Por exemplo, podemos dizer que em relação ao polegar o dedo indicador, em
posição anatômica, é medial, ou seja, mais próximo ao eixo central do organismo. Por
outro lado, esse mesmo dedo indicador, se comparado com o dedo médio, em posição
anatômica, será descrito como lateral, pois está mais distante do eixo central do que a
estrutura de referência.
Como assim? Simples: do lado direito existe uma orelha, um olho, um membro superior, um
inferior, uma narina e do lado esquerdo as mesmas estruturas estão presentes.
d) Paquimeria: a paquimeria diz que somos formados a partir de dois tubos: um tubo
anterior chamado de tubo visceral e um tubo posterior chamado de tubo neural. O
tubo visceral origina todas as vísceras, e o tubo neural forma todo o sistema nervoso.
Assim, podemos dizer que somos formados a partir de dois tubos, colocados entre dois
antímeros, fechados anteriormente por um conjunto de peças sobrepostas e revestido
por camadas.
Conceitos em morfologia
Também são utilizados conceitos da embriologia ligados à anatomia para descrever conceitos
de padrão estrutural:
• Anormal: utilizado para descrever o que foge ao padrão, que não está na média,
enfim, o que é anormal. No entanto, são alterações que não põem em risco a vida do
indivíduo. Por exemplo, sujeitos que apresentam seis dedos nas mãos ou nos pés ao
invés de cinco é uma anomalia, mas isso não compromete a vida do indivíduo.
SISTEMA ESQUELÉTICO
- Funções
Outra função é a (2) proteção dos órgãos internos, que é ligada à rigidez do sistema
esquelético. Os órgãos vitais do ser humano são protegidos por um sistema que podemos
comparar a um sistema de caixas. O encéfalo está alojado dentro de uma caixa rígida e selada
– a caixa craniana, e a medula espinhal é protegida pela coluna vertebral, que é um conjunto
de peças ósseas sobrepostas. Já os órgãos torácicos (coração e pulmão) estão envoltos pelo
gradil costal. Esses sistemas protegem as estruturas e evitam que traumas de qualquer ordem
lesem órgãos vitais.
O sistema esquelético também funciona como (3) reserva de minerais tais como cálcio (Ca),
fósforo (P), sódio (Na) e potássio (K). Essa reserva se constitui por meio da alimentação e é
importante durante a gestação para formar o esqueleto inicial do feto, e importante na velhice
para prevenção de doenças ósseas.
Por mais estranho que possa parecer, o sistema esquelético também participa da (4) produção
de tecido sanguíneo, pois se trata de um órgão hematopoiético. No interior dos ossos longos,
em uma porção chamada canal medular, encontra-se a medula óssea, uma estrutura cuja
função é produzir elementos figurados do sangue tais como hemácias, leucócitos e plaquetas.
Estrutura e composição
O sistema esquelético apresenta uma composição ímpar, sendo formado por a) um arcabouço
orgânico de fibras colágenas entremeados em uma substância homogênea fundamental que
fornece ao sistema esquelético certa flexibilidade para que ele possa resistir às cargas externas
às quais está exposto sem sofrer fraturas.
Sua composição também apresenta b) sais inorgânicos, Cálcio (Ca) e Fósforo (P), que são
responsáveis pela rigidez característica do esqueleto, permitindo que ele realize a funções de
proteção e sustentação do organismo.
Crescimento Ósseo
O processo de ossificação se inicia no centro dos ossos (diáfises) e segue para as extremidades
(epífises), até que na época do nascimento todo o centro do osso do feto já estará ossificado.
Não existe uma época, uma idade definida para o encerramento do crescimento. Para que o
crescimento ocorra em sua plenitude e o potencial genético seja atingido, é necessária uma
alimentação adequada, bom estado geral de saúde e prática de atividade física.
Regeneração
Número de ossos
O número total de ossos em um adulto é de aproximadamente 206 peças. Esse número não é
fixo devido a variações anatômicas e a alguns critérios que influenciam esta contagem:
b) Abordagem anatômica: é a forma como o anatomista determina a contagem dos ossos. Por
exemplo, a região do quadril é formada por três peças ósseas que podem ser contadas
individualmente como osso ílio, osso ísquio e osso púbis, ou os três juntos chamados de osso
do quadril. Assim, onde tínhamos três ossos passamos a ter um, o que altera a contagem.
c) Idade: indivíduos mais jovens, ainda em processo de maturação, podem apresentar uma
quantidade maior de ossos devido ao não fechamento de placas de crescimento. Já indivíduos
na senilidade podem apresentar uma quantidade menor de ossos, por exemplo, as suturas que
separam os ossos do crânio pode se calcificar e sumir, é ao invés de quatro ossos na calota
craniana passaria a apresentar apenas um, o que mais uma vez altera a contagem.
a) Ossos longos: são ossos que têm um comprimento maior que a largura, por exemplo,
o osso Fêmur.
Osso Fêmur – Acervo Pessoal do Prof. Ms. Allan Bussmann.
b) Ossos curtos: é uma classe de osso que apresenta relação entre todas as medidas, por
exemplos, os ossos do carpo (punho).
Ossos do carpo indicados pela seta – Acervo Pessoal do Prof. Ms. Allan Bussmann.
c) Ossos planos: são ossos que praticamente não apresentam profundidade, são
achatados somo, por exemplo, o osso Escápula.
Osso Frontal, seta indicando abertura para passagem de ar (corte no plano transversal) – Acervo Pessoal
do Prof. Ms. Allan Bussmann.
f) Ossos sesamoides: é um tipo de osso que se origina em meio ao tecido mole, como tendões
e músculos. No exemplo, vemos o osso Patela.
c) Esqueleto das cinturas: é uma estrutura de ligação. São duas cinturas: a superior é a
cintura escapular e a inferior é chamada de cintura pélvica. A função do esqueleto das
cinturas é conectar o esqueleto apendicular ao esqueleto axial.
Indicação de Filme
Para aqueles que gostam de se aventurar pela telinha da TV, deixo como indicação de série, o
episódio 12 da 1ª temporada de Dr. House. Observe como o uso de drogas e o mau
funcionamento de outras estruturas do organismo podem resultar em falhas no sistema
esquelético, mesmo em atletas, indivíduos que se pressupõe fisicamente saudáveis.
Indicação de Leitura
Esqueleto axial
Ossos do crânio:
Vista Lateral: frontal, nasal, etmoide, lacrimal, esfenoide, parietais, temporais, occipital.
Acidentes: arco zigomático, fossa temporal, processos mastoide e estiloide, meato acústico
externo.
Acidentes: forames magno, jugular, carótido, côndilo do occipital, coanas, septo nasal.
Acidentes: forame óptico, fossa hipofisária, porção petrosa do temporal, meato acústico
interno, fossas anterior/media/inferior.
Mandíbula:
Coluna Vertebral: é constituída por 33 peças ósseas denominadas vértebras. Estas vértebras
estão divididas em cinco regiões, assim denominadas e divididas:
Região Nº de Vértebras
Cervical 7
Torácica 12
Lombar 5
Sacral 5
Coccígea 4
Segundo Dangelo e Fattini 2000, as vértebras de cada região possuem características próprias
que permitem distinguir a qual grupo pertencem.
Curvaturas: a coluna tem quatro curvaturas, sendo duas primárias e duas secundárias. As
curvaturas torácica e sacral são ditas primárias pelo fato de manterem a direção das
curvaturas primária do feto. Já as curvaturas cervical e lombar surgem no sentido oposto às
duas primárias, sendo chamadas secundárias e também compensatórias. Estas curvaturas
aparecem em decorrência do desenvolvimento, pois a cervical aparece quando a criança passa
a ter capacidade de sustentar a cabeça, e a lombar a partir do momento em que a criança
começa a andar.
As cinturas funcionam como uma espécie de ligação entre o esqueleto apendicular e o axial.
No caso especifico da cintura escapular. Ele faz esse elo entre os membros superiores e o
esqueleto axial.
Clavícula: é um osso classificado como longo. Possui uma extremidade achatada, chamada de
extremidade acromial, e outra globosa chamada de extremidade esternal, próximo à
extremidade acromial. Em vista inferior, existe um acidente chamado de tubérculo conóide.
A parte superior do esqueleto apendicular corresponde ao membro superior. Suas partes são
braço, antebraço e mão.
Úmero: é o osso do braço, classificado como osso longo. Articula-se proximalmente com a
escápula e distalmente com o rádio e a ulna. Seus acidentes são ilustrados abaixo:
Ulna: um dos ossos do antebraço. Sua extremidade proximal assemelha-se com uma chave
inglesa. Articula-se proximalmente com o úmero, distalmente com os ossos do carpo e
lateralmente com o rádio. Veja as articularidades abaixo:
(DANGELO; FATTINI, 2002).
Rádio: junto com a ulna, compõe o esqueleto do antebraço. Sua cabeça é arredondada.
Proximal e distalmente, suas articulações são iguais às da ulna. Lateralmente, articula-se com a
ulna. Esses dois ossos estão unidos pela membrana interóssea.
Correspondem à cintura pélvica os ossos do quadril. Esta cintura, bem como a cintura
escapular, faz um tipo de elo entre os ossos do membro inferior e o esqueleto axial.
Ílio, Ísquio e Púbis: O ílio encontra-se superiormente posicionado em relação aos outros, o
ísquio é mais inferior e o púbis, anterior. Os três ossos se unem no acetábulo, e é nesse ponto
que a cintura pélvica e o esqueleto apendicular inferior se unem. Posteriormente, articulam-se
com o sacro e anteriormente ligam-se pela sínfise púbica. Veja as ilustrações:
Fêmur: maior osso do corpo humano, é o osso da coxa. Articula-se proximalmente com o osso
do quadril e distalmente com a tíbia e a patela.
Fíbula: junto com a tíbia forma o esqueleto da perna. Articula-se proximal e distalmente com a
tíbia e distalmente com o tarso.
Esqueleto do pé: tem semelhanças com o da mão e é formado por ossos irregulares e longos.
Os ossos irregulares constituem o tarso, e cinco ossos longos formam o esqueleto do pé
propriamente dito, o metatarso, por fim, as falanges dos dedos.
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Sistema articular
As articulações podem ser classificadas segundo cinco aspectos básicos: estrutura, mobilidade,
número de eixos de movimento, tipo de movimento e forma da superfície. Cada um deles será
apresentado na sequência.
Quanto à estrutura, a articulação pode ser classificada sob três modelos gerais: articulação
fibrosa, cartilaginosa e sinovial, e vamos estudar cada uma delas:
- Articulação Fibrosa
As articulações onde os elementos que se interpõe aos ossos estão presentes é o tecido
conectivo fibroso. A maioria dessas articulações está presente no crânio. Como se pode supor,
a mobilidade desta classe de articulação é muito reduzida, embora o tecido conectivo presente
no crânio conceda certa elasticidade ao crânio (DANGELO; FATTINI, 2002). Assim, as
articulações fibrosas se subdividem da seguinte forma:
FIBROSAS
Neste tipo de articulação, o componente presente entre os ossos é o tecido cartilaginoso, mas
existem dois tipos de articulação cartilaginosa determinados pelo tipo de tecido cartilaginoso
presente. Quando se trata de cartilagem hialina, temos a articulação cartilaginosa do tipo
sincondrose, já quando a cartilagem é fibrosa, a articulação é do tipo sínfise. No quadro
abaixo, é demonstrado onde se localiza cada um dos tipos:
CARTILAGINOSA
Sínfise
Sínfise púbica
Ossos da pube
Sincondroses
Membro inferior
Trata-se de uma articulação que suporta uma ampla gama de movimento e por isso
estruturalmente é complexa. No quadro abaixo, apresentamos os componentes de uma
articulação sinovial:
b) Cartilagem Articular (Hialina): cartilagem existente entre os ossos para evitar o atrito direto
entre as superfícies.
a) Sinartroses ou imóveis
c) Diartroses ou móveis.
Ex: Sinoviais
3) Quando ao número de eixos.
O movimento humano pode ocorrer sobre três eixos básicos, que são linhas que partem de
algum ponto do infinito e seguem em direção a outro ponto no infinito e em algum momento
passam pelo corpo humano. De acordo com o número de eixos, as articulações podem ser
classificadas da seguinte forma:
a) 1 eixo = monoaxial.
b) 2 eixos= biaxial.
a) 3 exios = triaxial.
4) Tipo de movimento
O tipo de movimento que a articulação realiza também influencia sua classificação, e o tipo do
movimento está intimamente ligado ao eixo de movimento. Assim:
- Eixo Antero Posterior: é uma linha que cruza o organismo de anterior para posterior,
permitindo o movimento de abdução e adução.
- Eixo Latero lateral: esta linha cruza o corpo de um lado para o outro, possibilitando o
movimento de flexão e extensão.
- Eixo Vertical: atravessa o corpo de baixo para cima ou de cima para baixo, e o movimento
possível é o semigiro.
5) Forma da superfície
Por fim, a última classificação possível. Quanto à forma, as superfícies estão descritas no
quadro abaixo.
antero posterior
latero-lateral
vertical
latero-lateral
Indicação de Leitura
Deixo como indicação de leitura, o artigo intitulado Disfunção Sacro-Ilíaca como causa de dor
Lombar Uma Revisão, dos autores Priscila Santos e Sidney Benedito Silva. Este artigo trata
sobre instabilidade da articulação sacro-ilíaca como causa de lombalgia. Disponível em: <
http://www.fepi.br/revista/index.php/revista/article/viewFile/14/12>. Acesso em: 9 jul. 2018.
Assista às videoaulas desta aula utilizando os QRCodes abaixo:
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Encerramento
Nesta aula, vimos que a morfologia é um ramo da ciência cercado de mitos e lendas, que ao
longo do tempo os anatomistas e os estudantes vivenciaram situações das mais inusitadas
para dar andamento ao trabalho. No Brasil, temos uma legislação especifica que trata sobre a
utilização de corpos para estudo, a preocupação com a conservação do corpo também está
presente em todo o processo, desde a estada no IML até a chegada à instituição de ensino, e
que os modelos de conservação são diferentes.
Vimos também, que o sistema esquelético apresenta uma composição ímpar que permite a ele
resistir a cargas externas sem se lesionar. Executa uma sequência de funções que vão desde a
sustentação e movimento até a produção de células sanguíneas. Além disso verificamos que os
ossos têm capacidade de regeneração e que podem ser classificados sobre seis aspectos
baseados em suas características individuais, que o esqueleto axial é cheio de particularidades,
e que algumas alterações na estrutura óssea dependem da sequência do desenvolvimento
para ocorrer, o esqueleto das cinturas e dos membros, onde temos ossos de morfologia
diversa e que, toda a arquitetura do osso tem como função conectar as peças de modo que o
movimento de região possa ocorrer e garantir a amplitude de movimento caraterística do ser
humano.
Por fim, vimos que as articulações apresentam formações estruturais diferentes, cada uma
com sua característica relacionada à capacidade de realização de movimento, e que o tipo de
movimento, o número de eixos e mesmo o formato da superfície influenciam na articulação.
Esperamos que este guia o tenha ajudado compreender a organização e o
funcionamento de seu curso. Outras questões importantes relacionadas ao curso
serão disponibilizadas pela coordenação.
Grande abraço e sucesso!