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Projeto Geométrico Vertical

Aula 5
Elaboração do projeto geométrico de rodovia em perfil
Projeto geométrico de rodovia em perfil

O perfil de uma estrada deve ser escolhido de forma que permita, aos veículos que a
percorrem, uma razoável uniformidade de operação. A escolha do perfil ideal está
intimamente ligado ao custo da estrada, especialmente ao custo da terraplenagem. As
condições geológicas e geotécnicas das áreas atravessadas pela estrada vão ter grande
influência na escolha do perfil, pois envolvem a execução dos cortes e aterros e de serviços
especiais de alto custo, como escavações em rocha, obras especiais de drenagem ou de
estabilização de cortes e aterros.

A linha que define o perfil do projeto é denominada greide, ou seja, é a linha curva
representativa do perfil longitudinal do eixo da estrada acabada, composto de trechos retos
denominados rampas concordadas entre si por trechos denominados curvas de
concordância vertical

Costa, Glauber C. Aula 2 - UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco - 2016


Perfil Longitudinal do Projeto Geométrico

Terreno Natural

Greide Retos PIV1 Greide


Cotas (m)

i2(-)
i1(+) i2(+)

PIV1

Estacas

Nos greides ascendentes os valores das rampas (i) são positivos = +i%
Nos greides descendentes os valores das rampas (i) são negativos = -i%

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Curva de Concordância Vertical

O DNIT recomenda uma curva de concordância vertical correspondente a


uma Parábola do 2 o grau, de preferência simétrica em relação ao PIV, ou
seja, a projeção horizontal das distâncias do PIV ao PCV e do PIV ao PTV
são iguais a L/2.

L/2 L/2

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Projeto geométrico de rodovia em perfil

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Rampas Máximas segundo o Manual do DNER de 1999

Condições de drenagem: Estrada sem condições de retirada de água no sentido


transversal recomenda-se o uso de rampas com inclinação não inferior a 0,35%

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Curva de Concordância Vertical
Y

X
L/2 L/2

i1= Rampa ascendentes


i2= Rampa descendente
L = Comprimento da curva vertical
PIV = Ponto de Inflexão vertical
PCV = Ponto de Curvatura vertical
PTV = Ponto de Tangência Vertical
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Diferença Algébrica das Rampas (g)
Y

X
L/2 L/2

g = i1– i 2

g>0 - A curva vertical parabólica é CONVEXA


g<0 - A curva vertical parabólica é CÔNCAVA.

Podem ser dispensadas curvas verticais quando a diferença algébrica entre rampas contíguas for inferior a 0,5%.

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-i2%
+i1%

g = (i1 – i2) diferença algébrica das rampas

Y = Ordenada de qualquer ponto de Abscissa “x” da curva vertical

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-i2%
+i1%

f = Flecha da Parábola (m)


g= Diferença algébrica das rampas em (%)
L= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)
x= Distância Horizontal ao ponto de cálculo da flecha ao PCV
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-i2%
+i1%

F = Flecha Máxima no PIV (m)


g= Diferença algébrica das rampas em (%)
L= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)
x= Distância Horizontal ao ponto de cálculo da flecha ao PCV

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-i2%
+i1%

i1= Rampa
g= Diferença algébrica das rampas em (%)
L= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)

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-i2%
+i1%

i1= Rampa
g= Diferença algébrica das rampas em (%)
L= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)

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-i2%
+i1%

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Comprimento mínimo da Curva Vertical (Lmin)

As normas do DNIT recomendam que as curvas verticais tenham comprimentos suficientes


para que as variações de declividades entre os trechos retos do greide sejam
experimentadas pelos usuários ao longo de um tempo igual ou maior que 2 segundos.
O comprimento mínimo da curva, de acordo com este critério, será dado pela distância
percorrida por um veículo, que se desloca a uma certa velocidade “V”, no tempo de 2
segundos, o qual poderá ser calculado por:

Convertendo a expressão para


expressar utilizar a velocidade
em km/h

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Geometria Vertical
Fundamentação Teórica - Parâmetro de curvatura K
Essas parábolas são definidas pelo parâmetro de curvatura K, que traduz a taxa de variação da
declividade longitudinal na unidade do comprimento, estabelecida para cada velocidade
diretriz. O valor de K representa o comprimento da curva no plano horizontal, em metros, para
cada 1% de variação na declividade longitudinal.
As normas do DNIT define valores mínimo para “K” correspondente a cada Classe de Projeto
conforme as tabelas indicadas a seguir

L |i1-i2|
k 1%

K = Coeficiente da curva vertical

g = (i1 – i 2) = Diferença algébrica das rampas em (%) e módulo

L= Comprimento Curva Vertical (m)

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Comprimento mínimo da Curva Vertical (Lmin)
As normas do DNIT define valores mínimo para “K” correspondente a cada Classe de
Projeto conforme as tabelas indicadas a seguir
Y

X
L/2 L/2

Lmín
K = Coeficiente da curva vertical

g = (i1 – i2) = Diferença algébrica das rampas em (%) e módulo

Lmin= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)


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Geometria Vertical
Fundamentação Teórica - Parâmetro de curvatura K

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Geometria Vertical
Fundamentação Teórica – Comprimento mínimo da Curva Vertical
(Lmín)

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Comprimento mínimo da Curva Vertical

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Comprimento mínimo da Curva Vertical

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Comprimento da Curva Vertical (L)

A parábola simples é uma curva muito próxima a uma


circunferência. Por isso, é usual referir-se ao valor do Raio da
curva vertical “R ”,
v que deve ser entendido como o menor

raio instantâneo da parábola.

L = Rv . g = Rv . |i1– i |2

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Distância de Visibilidade de Parada

Dp

Dp = Distância de visibilidade de parada (m)

V= Velocidade Diretriz (km/h)

i = Greide, em m/m (+, se ascendente: -, se descendente)

f = Coeficiente de atrito longitudinal pneu/pavimento

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Comprimento mínimo da Curva Vertical Convexa (Lmin)
Dp< L

h1 = 1,07 m (vista do motorista)


h2 = 0,15 m (altura do obstáculo)

Dp= Distância de visibilidade de parada (m)

g = (i1– i )2 = Diferença algébrica das rampas em (%) e módulo

Lmin= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)


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Comprimento mínimo da Curva Vertical Convexa (Lmin)
Dp> L

h1 = 1,07 m (vista do motorista)


h2 = 0,15 m (altura do obstáculo)

Dp= Distância de visibilidade de parada (m)

g = (i1– i )2 = Diferença algébrica das rampas em (%) e módulo

Lmin= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)


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Comprimento mínimo da Curva Vertical Côncavas (Lmin)

Dp< L

Dp= Distância de visibilidade de parada (m)

g = (i1– i )2 = Diferença algébrica das rampas em (%) e módulo

Lmin= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)

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Comprimento mínimo da Curva Vertical Côncavas (Lmin)

Dp> L

Dp = Distância de visibilidade de parada (m)

g = (i1 – i2) = Diferença algébrica das rampas em (%) e módulo

Lmin= Comprimento mínimo da Curva Vertical (m)

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Concordância Entre Alinhamento Horizontal e Vertical

Recomendação 2 : Desenvolvimento da Curva Horizontal (D) maior que o comprimento da


Curva Vertical (Y), e os Vértices das Curvas Horizontais e Verticais devem Coincidir
aproximadamente.

PLANTA

D>Y PI
D = Desenvolvimento

PIV Greide
PERFIL

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Concordância entre Alinhamento Horizontal e Vertical

Recomendação 2: A tangente em Planta (Tang) entre duas curvas, seja maior que o comprimento
da Curva Vertical (Y)

PLANTA

Tang = Tangente

Tang > Y PERFIL

Greide
PIV

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Concordância entre Alinhamento Horizontal e Vertical

Recomendação 3: Distância entre curvas de mesmo Sentido

Tang = Tangente

Tang > 5V (m)


V= Velocidade (km/h)

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Concordância entre Alinhamento Horizontal e Vertical

Recomendação 4: Extensão Máxima em tangente

PLANTA

Tang = Tangente

T < 50V (m)


V= Velocidade (km/h)

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Concordância Entre Alinhamento Horizontal e Vertical

Recomendação 5 : Desenvolvimento mínimo das curvas horizontais

PLANTA

PI

D = Desenvolvimento e AC = Ângulo Central

DMIN = 150 metros


10° < AC < 35°
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