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A guerra dos navegadores

A primeira guerra
A nossa história tem início em dezembro de 1994, com o primeiro competidor: o
Netscape Navigator. A internet comercial estava só começando no mundo, e as pessoas
que acessavam sites tinham pouquíssimas opções. Uma delas era o NCSA Mosaic,
Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação.

Figura 1 Navegador Mosaic mostrando sua página inicial

Ele foi o primeiro navegador popular do mercado na era da World Wide Web, mas
era mais um projeto científico, cheio de jovens mentes com potencial. Vários
desenvolvedores então licenciaram o Mosaic e lançaram versões próprias que
deflagraram uma espécie de guerra civil de versões, mas nenhuma realmente se
destacou.
Foi por isso que em 1994 o engenheiro Marc Andreesen, junto com outros colegas
que também trabalhavam no Mosaic, criaram a Netscape Communications e lançaram o
Netscape Navigator, um browser que se aproveitava do potencial comercial do antigo
Mosaic. Esse foi de longe o programa do tipo mais bem-sucedido da época, criou funções
e conceitos que viraram moda em sites dos anos 90: uso de cookies, fontes
personalizadas, cor de fundo e outros padrões da indústria.
Figura 2 Navegador Netscape 1ª versão

Em agosto de 1995, a empresa fez uma oferta pública de ações imensa e passou a
valer 2 bilhões de dólares. Pois é, com um único produto e em um setor tão novo quanto
esse. Em 1996, o Netscape atingiu quase 80% do mercado. Foi inevitável: o sucesso
financeiro e de software chamaram a atenção da Microsoft.

Uma rival de peso


Bill Gates, até aquele momento, estava mais focado em terminar o Windows 95 ao
invés de criar um navegador próprio da Microsoft (nota de rodapé: podemos considerar
esse como o primeiro erro de timing da Microsoft). Mas o Netscape cresceu, e clientes
empresariais começaram a cobrar. Aí uma equipe que meses depois faria o Internet
Explorer foi até a rival para uma reunião. A Microsoft diz que tudo correu bem e, depois de
pegar umas dicas, eles estavam prontos. A Netscape relata que o encontro foi hostil, e a
gigante deu um ultimato, algo como: “se juntem a nós ou sofram as consequências”.
Qualquer diálogo acabou ali.
Essa reunião definiu a Primeira Guerra dos Navegadores. Bill Gates mandou para
a equipe um memorando chamado “o tsunami da internet”, falando da importância da rede
e da rivalidade com o Netscape.
Figura 3Memorando para os funcionário da Microsoft.

Após a reunião, adicionalmente, a Microsoft licenciou o código do antigo Mosaic e


criou sua própria janela para a web, o Internet Explorer (IE). A Netscape e a Microsoft
trabalharam freneticamente para fazer novas versões de seus programas, cada um
tentando superar o concorrente com produtos melhores e mais rápidos.
O Internet Explorer apareceu no pacote Plus! do Windows 95, uma expansão paga
que pela primeira vez embutia um navegador em um sistema operacional. Essa foi (e
ainda é) a arma da Microsoft no mercado de navegadores: trazer o produto instalado de
fábrica no sistema operacional mais popular do mundo.
O Netscape era pago ou vinha em pacotes dependendo de onde você comprava o
seu PC. Sites começaram a mostrar avisos no topo informando se rodavam melhor no
Netscape ou no Explorer, até como um tipo de campanha.
O IE 2 foi lançado como um download gratuito em novembro de 95. O IE 3 tinha
CSS implementado e praticamente igualou o Netscape que tinha funções JavaScript. Para
o IE4, a Microsoft, que tinha bem mais recursos financeiros que a rival, fez uma enorme
campanha de marketing, que funcionou. Hoje o Cascading Style Sheets (CSS), se tornou
padrão de design de páginas web.
As coisas saíram um pouco do controle em 1997, quando a Microsoft lançou o
Internet Explorer 4.0. A equipe construiu uma letra "e" gigante e colocou sorrateiramente
no gramado da sede da Netscape. A equipe da Netscape prontamente derrubou o "e"
gigante e colocou seu próprio mascote dinossauro Mozilla em cima.
Figura 4 A “Guerra dos Mascotes” Quota de mercado na época: Netscape 72%, Microsoft 18%
A Microsoft começou então a distribuir o Internet Explorer com seu sistema
operacional Windows. Em 3 anos já tinha 75% do mercado e em 2001 tinha 85%. A
empresa enfrentou litígios antitruste por causa dessa estratégia, e a Netscape decidiu
tornar seu código aberto e criou a organização sem fins lucrativos Mozilla, que criou e
lançou o Firefox em 2002. Sabendo que a existência de um monopólio de navegador não
era do interesse dos usuários e da web aberta, o Firefox foi criado para fornecer escolha
aos usuários da web. Em 2010, o Mozilla Firefox e outros tinham reduzido a fatia de
mercado do Internet Explorer para 50%.

Figura 5 Quota de mercado para vários navegadores entre 1996 e 2009.


Outros competidores surgiram durante o final dos anos 90 e início dos anos 2000,
incluindo Opera, Safari e Google Chrome. O Microsoft Edge substituiu o Internet Explorer
com o lançamento do Windows 10 em 2015.
Fonte: Mozilla Website (acessado em 11/05/2022) – Tecmundo (acessado em
11/05/2022) – Wikipedia (acessado em 11/05/2022) - Medium - Tales from the browser
wars (acessado em 11/05/2022).

Kernel
Parte central de um sistema operacional; saiba o que é kernel e
entenda seu papel no gerenciamento do hardware do computador
Kernel é a parte central do sistema operacional dos computadores. Ele serve como
uma ponte entre o hardware e o software, gerenciando os recursos da máquina para
permitir que os programas sejam executados e usem os componentes de maneira correta.

A p ó s l i g a r s e u

Figura 6: Um núcleo de sistema conecta o software aplicativo ao hardware de um computador


carregar o sistema operacional. Em seguida, ele fica responsável pelo gerenciamento de
tarefas, memórias, arquivos e periféricos, sendo basicamente o “chefão” de tudo o que
acontece no computador.
Para evitar a contaminação por malwares, o kernel trabalha em uma área separada
da memória, ficando totalmente inacessível por outros programas. Assim, seu código
pode ser carregado nessa região protegida sem nenhum problema, mesmo que o sistema
operacional tenha sido infectado.
Funções
• Gerenciar recursos: o kernel consegue gerenciar vários recursos do computador
para garantir que os processos tenham um acesso uniforme ao hardware. Por
exemplo, cada programa precisa de um certo espaço na memória. O kernel fica
responsável por alocar o valor necessário para sua execução;

• Gerenciar dispositivos: periféricos e outros dispositivos conectados ao


computador são gerenciados pelo kernel. Ao inserir um pendrive, por exemplo, o
núcleo vai atuar na gestão da memória e na comunicação dos arquivos com os
programas e hardware.

Tipos de kernel
• Kernel monolítico: os serviços do usuário e os serviços do kernel são
implementados no mesmo espaço da memória. Isso acaba aumentando o tamanho
do kernel e, consequentemente, do sistema operacional. Por outro lado, como não
há espaços separados, a execução dos processos é mais rápida;

• Microkernel: separa os serviços do usuário e os serviços do kernel em espaços


diferentes. Apesar dele reduzir o tamanho do kernel e do sistema operacional, a
comunicação entre os programas e serviços é feita com a ajuda de análise de
mensagens, o que acaba diminuindo a velocidade de execução;

• Kernel híbrido: usa a velocidade do monolítico e a modularidade do micro. Ele


traz um código no espaço dedicado ao kernel que permite uma execução mais
rápida quando comparado ao espaço do usuário. Assim, alguns serviços de rede e
sistemas de arquivos, por exemplo, são executados nessa área para reduzir a
sobrecarga e aumentar o desempenho;

• Nanokernel: como o próprio nome sugere, o nanokernel tem um código muito


pequeno. O termo é usado para descrever um kernel que suporta uma resolução
de clock de nanossegundos;

• Exokernel: o exokernel permite customizações específicas em seu código. No


entanto, a ideia consiste em aplicar poucas modificações e usá-las apenas quando
necessário. Para fazer isso, é preciso ter um bom conhecimento, pois ele tem uma
construção complexa.

Pronto, agora você já sabe o que é kernel, suas funções e os tipos existentes.
Fonte: Tecnoblog (acessado em 11/05/2022)

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