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Fibra ótica

De acordo com a leitura feita no livro do Matthew N. O. Sadiku. Na metade da


década de 1970, foi reconhecido que a tecnologia baseada em condutores de
cobre seria inadequada para o desenvolvimento de sistemas de comunicações
futuros. Em vista disto, a indústria de telecomunicações investiu pesadamente
na pesquisa de fibras óticas. As fibras óticas são uma alternativa atraente às
linhas de transmissão com fios, como o par trançado e o cabo coaxial. As fibras
óticas têm as seguintes vantagens sobre o cobre, assim sendo podemos
encontrar estas vantagens:

Largura de banda:

Onde as fibras têm uma capacidade muito alta de transmissão de informação. E


a largura de banda é suficiente para que se possa usar transmissão serial bit a
bit, reduzindo, portanto, consideravelmente, o tamanho, custo c complexidade
do hardware.

A atenuação:

Onde as fibras apresentam baixa atenuação, sendo capazes de fazer


transmissões a longas distâncias sem a necessidade do uso de repetidores.

Imunidade a ruído:

Onde as fibras não irradiam nem são afetadas pela interferência


eletromagnética. A imunidade à IEM se deve ao fato de que não existem partes
metálicas, dessa forma não pode haver condução de correntes.
Segurança:

Onde as libras são mais seguras do ponto de vista de interceptação clandestina


do sinal porque é difícil fazer uma derivação na fibra sem interromper a
comunicação.

Custo:

Aqui ficamos a saber como o custo das fibras óticas caiu consideravelmente nos
últimos anos e continuará a cair. O mesmo tem ocorrido com o custo de outros
componentes como transmissores e receptores óticos.

Por este meios estas significativas vantagens das libras óticas em relação aos
meios elétricos tornaram-nas um meio popular de transmissão na atualidade.
Embora a fibra ótica seja mais cara e usada principalmente em comunicações
ponto a ponto, está havendo uma mudança rápida do uso de cabos coaxiais e
pares trançados para o uso de fibras óticas em sistemas de comunicações,
instrumentação, redes de TV a cabo, automação industrial e sistemas de
transmissão de dados. Assim sendo, baseado do livro de Matthew N. O.
Sadiku.

Uma fibra ótica é um guia de onda dielétrico que opera em frequências óticas.
Também pode se dizer que uma fibra óptica é composta basicamente de
material dielétrico (em geral, sílica ou plástico), segundo uma longa estrutura
cilíndrica, transparente e flexível, de dimensões microscópicas comparáveis às
de um fio de cabelo.
A estrutura cilíndrica básica da fibra óptica é formada por uma região central,
chamada de núcleo, envolta por uma camada, também de material dielétrico,
chamada casca, como mostrado na figura abaixo. A secção em corte transversal
mais usual do núcleo é a circular, porém fibras ópticas especiais podem ter um
outro tipo de secção (por exemplo, elíptica).

A composição da fibra óptica, com material de índice de refração ligeiramente


inferior ao do núcleo, oferece condições à propagação de energia luminosa
através do seu núcleo. A fibra óptica propaga luz por reflexões sucessivas.

A capacidade de transmissão (banda passante) de uma fibra óptica é função do


seu comprimento, da sua geometria e do seu perfil de índices de refração.
Existem duas classes principais de fibras: monomodo e multimodo. A atenuação
em fibras ópticas é causada por múltiplas fontes. Nelas existem regiões
espectrais (janelas de transmissão) onde a atenuação é mínima.

Através do livro do Matthew. N. O Sadiku, pode se dizer também que as


frequências óticas estão na ordem de 100 THz. Conforme mostrado na Figura.
Onde uma fibra ótica consiste de três(3) seções cilíndricas concêntricas: o
núcleo, a casca e a jaqueta. O núcleo consiste de um ou mais filamentos de
vidro ou de plástico. A casca é camada de vidro ou de plástico que envolve o
núcleo, que pode ter o índice de refração com variação degrau ou gradual. No
núcleo com variação degrau, o índice de refração é uniforme, mas sofre uma
variação abrupta na interface núcleo casca, enquanto que o núcleo com variação
gradual tem um índice de refração que varia com a distância partir do centro da
fibra. Enquanto jaqueta envolve uma fibra ou um feixe de fibras. Ela é feita de
plástico ou de outro material usado para proteger as fibras contra umidade,
esmagamento, etc.

Um raio luminoso que penetra no núcleo, sofrerá reflexão interna quando incidir
em um meio mais denso e quando o ângulo de incidência for superior ao ângulo
crítico. Desta maneira, o raio luminoso é refletido de volta ao meio de origem e
o processo é repetido fazendo a luz percorrer o núcleo. Esta formula de
propagação é dita multimodo e corresponde a uma variedade de ângulos de
reflexão, conforme mostra a figura.
Modos de transmissão na libra ótica. Fonte: W. Stallings. Local and Memwolium Area Networks,

4th cd .. Ncw York: Macmillan. 1993. p. 85.

Continuação

Isto causa um alargamento do sinal no tempo e limita a taxa na qual os dados


transmitidos podem ser recebidos corretamente. Com a redução do raio do
núcleo, a fibra passa a operar em modo único, o que elimina este tipo de
distorção. Um sistema de comunicações por fibra ótica é semelhante a um
sistemaa de comunicações convencional. Conforme mostrado na formula 1.

Onde um sistema a fibra consiste de um transmissor, um meio de transmissão e


um receptor. O transmissor recebe um sinal elétrico c o transforma em um sinal
ótico, analógico ou digital. O transmissor envia o sinal ótico modulando a saída
de uma fome luminosa (normalmente um LED ou um laser) pela variação da
sua intensidadede. O sinal ótico é transmitido através da fibra até o receptor. No
receptor, o sinal ótico é convertido novamente em um sinal elétrico por um
fotodiodo. A performance de um enlace de comunicações por fibra ótica
depende da abertura numérica (AN), da atenuação e das características de
dispersão da fibra. Conforme o sinal se propaga pela fibra, ele é distorcido
devido à atenuação e à dispersão.
Abertura Numérica: Este é o parâmetro mais importante de uma libra ótica. O
valor da AN 6 determinado pelos índices de refração do núcleo e da casca. Por
definição, o índice de refração 11 de um material é definido como:

velocidade da luz no vacuo


n=
velocidade da luz no meio

c 1
¿ =
um √ μ ₀ ε₀
1
√ μ m εm
Como, μm =μ ₀ na maior parte dos casos práticos:

n=
√ εm
ε₀
=√ ε r

O que indica que o índice de refração é, essencialmente, a raiz quadrada da


constante dielétrica. Para alguns meios comuns, o valor de n, é n = 1 para o ar, n
= 1,33 para a água, n = 1,5 para o vidro. Quando a luz passa de um meio 1 para
um meio 2, a lei de Snell deve ser satisfeita, isto é, n1 =senθ 1=n2 senθ 2.

Perante a figura a abaixo podemos ver um sistema a fibra ótica típico.

Onde θ1 é o ângulo de incidência no meio 1 e θ2 é o ângulo de transmissão para


o meio 2. 0 fenômeno da reflexão total ocorre quando, θ2=90 °, o que resulta em:
n2
−1
θ1=θ c =sen .
n1
Onde podemos ver que θc é o ângulo crítico para a reflexão interna total. Note
−1 2 n
que na equação anterior que a gente viu, onde : θ1=θ c =sen n , só será válida
1

somente se n1 >n 2, pois o valor de sen θc deve ser menor ou igual a 1. Uma outra
maneira de ver a capacidade de transmissão da luz por uma fibra é a medida do
ângulo de aceitação θ a , que é o máximo ângulo de incidência da luz na fibra no
qual os raios de luz serão guiados. Sabemos que este ângulo máximo ocorre
quando θc é o ângulo crítico, satisfazendo assim a condição para haver a
reflexão interna total. Assim, para uma fibra com variação do índice de refração
degrau,

AN =sen θa=n1 sen θc = √n1 −n2


2 2

Onde n1 é o índice de refração do núcleo e n2 é o índice de refração da casca,

conforme mostrados nesta equação anterior:n=


√ εm
ε₀
=√ ε r . Como a maior parte das

fibras são feitas de sílica, n1 =1,48. Os valores típicos de AN ocorrem entre 0,19
e 0,25. Quando maior a abertura numérica, maior é a capacidade da fibra captar
energia de uma fome luminosa.

V2
N=
2

Portanto voltando esta equação que a gente já chegou de ver: n=


√ εm
ε₀
=√ ε r .

Podemos ver na figura abaixo a abertura numérica e angulo de aceitação.


Quando uma fibra propaga simultaneamente muitos modos ela é chamada de
fibra multimodo com índice degrau. O volume moda V é dado por:

πd 2 2
v=
λ
√ n1 −n2

Onde d é o diâmetro do núcleo e λ é o comprimento de onda da fonte luminosa.


A partir desta equação recente o número N de modos que se propagam em uma
fibra multimodo de índice degrau pode ser estimado como: Atenuação, onde
conforme a leitura feita no livro de Matthew. O. N. Sadiku, a atenuação é a
redução na potência do sinal ótico. A atenuação na potência (ou perda na fibra)
é governada por:

dp
=−αP
dz

Onde: α , e a atenuação e P e a potência ótica. Supõe-se, na equação anterior,


que a onda se propaga ao longo de z. integrando-se a equação, podemos obter a
relação entre a potência P(0) na entrada da fibra e a potência (l ) na como

p ( l )=P(0)e−∝l

É comum expressar a atenuação α em dB/km e o comprimento l da fibra em km.


Neste caso, a equação anterior p ( l )=P(0)e−∝l

p (0)
Torna-se: α l=10 log 10 p (l) .

Portanto, a potência da luz na fibra se reduz de α decibéis por quilômetro


p (0)
conforme a luz se propaga. A equação:α l=10 log 10 . Pode ser escrita como:
p (l )
p(0)
{
−10
10 Para cabo coaxial
p ( p )= p ( 0 )=10 . Para l=100 km , p(l)
−α l/ 10
−2
10 Para fibra

O que indica que, em um cabo coaxial, a perda de potência é muito maior do


que em uma fibra ótica.

Dispersão:
A dispersão é o alargamento que ocorre nos pulsos óticos conforme eles se
propagam pela fibra. Em sistemas digitais, este alargamento faz com que pulsos
consecutivos que representam bits 1 se sobreponham. Se a dispersão ultrapassa
um certo limite, o seu efeito pode confundir o receptor. Os efeitos de dispersão
em fibras monomodo são bem menores do que em fibras multimodo.

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