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I.T.S.B
DISCIPLINA DE
ANESTESIA
O DOCENTE
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Ano Lectivo/2023
ÍNDICE
INTRODUÇÃO........................................................................................................................01
NASCIMENTO DA ANESTESIA: ANESTÉSICOS INALADOS.........................................02
TIPOS DE ANESTESIA E SEUS EFEITOS COLATERAIS.................................................04
1. ANESTESIA GERAL...........................................................................................................04
Riscos da anestesia geral...............................................................................................04
2. ANESTESIA LOCAL...........................................................................................................05
Riscos da anestesia local...............................................................................................05
3. ANESTESIA REGIONAL...................................................................................................05
a) Anestesia raquidiana.....................................................................................................05
b) Anestesia peridural........................................................................................................06
c) Bloqueio dos nervos periféricos....................................................................................06
d) Anestesia regional intravenosa......................................................................................06
e) Riscos da anestesia regional..........................................................................................06
4. SEDAÇÃO............................................................................................................................07
Riscos da sedação..........................................................................................................07
MECANISMO DE ACÇÃO DE CADA MEDICAMENTO...................................................07
PSICOLOGIA DO MEDICAMENTO.....................................................................................08
CONCLUSÃO..........................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................12
INTRODUÇÃO
1
NASCIMENTO DA ANESTESIA: ANESTÉSICOS INALADOS
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A ideia inicial terá surgido com a utilização de óxido nítrico inalado, em 1844, quando
um dentista americano, Horace Wells, colaborando com Gardner Colton, um químico amador,
começaram a utilizar esta substância para minimizar a dor em extrações dentárias. No entanto,
numa demonstração pública da eficácia deste gás, popularmente conhecido como “gás
hilariante”, o mesmo não cumpriu os seus objetivos, de forma a que a sua utilização nunca
ganhou grande popularidade. Em vez disso, esta demonstração falhada deu azo à procura de
uma substância inalada que fosse mais eficaz para estes propósitos. Tendo assistido à
demonstração de Horace Wells, um dos seus colegas dentista, William Morton, iniciou a
busca de um anestésico melhor, tendo encontrado a possível solução através do
aconselhamento com o químico e professor de Harvard, Charles Jackson o éter inalado.
Este provou ser eficaz, quando em 1846 Dr. Morton, utilizando um dispositivo por
ele desenvolvido, administrou “Letheon” (preparação por ele patenteada de éter etílico)
num doente que nesse dia seria submetido à extração de um tumor vascular na
região do pescoço, com total sucesso anestésico – após a inalação do gás, o doente ficou
inconsciente, tendo permanecido assim durante todo o procedimento, acordando pouco
depois deste ter terminado, afirmando que não tinha sentido nenhuma dor, nem tinha
memória do sucedido. No entanto, apesar de esta ter sido aparentemente a primeira
demonstração bem sucedida do efeito anestésico do éter, existem registos de que em 1842,
cerca de quatro anos antes desta descoberta, já teria havido um outro médico americano, Dr.
Crawford Long, a utilizar este gás em cerca de oito pequenos procedimentos cirúrgicos. No
entanto, este médico de família de uma pequena zona rural, não tendo os mesmos contactos
que os dentistas e químicos acima mencionados tinham, nunca chegou a publicar ou a
demonstrar publicamente os resultados do seu achado.
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TIPOS DE ANESTESIA E SEUS EFEITOS COLATERAIS
1. ANESTESIA GERAL
O anestésico pode ser injetado na veia, tendo um efeito imediato, ou inalado através de
uma máscara na forma de gás, chegando na circulação sanguínea através dos pulmões. A
duração do seu efeito é variável, sendo determinado pelo anestesista, que decide a quantidade
do medicamento anestésico a administrar. Os medicamentos mais usados na anestesia geral
são: benzodiazepinas, narcóticos, sedativos e hipnóticos, relaxantes musculares e gases
halogenados.
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Embora seja muito raro, pode acontecer que a anestesia tenha um efeito parcial, como
tirar a consciência mas permitir que a pessoa se mova ou a pessoa não se conseguir mover
mas sentir os acontecimentos à sua volta.
2. ANESTESIA LOCAL
A anestesia local envolve uma área muito específica do corpo, não afeta a
consciência e é normalmente usada em cirurgias pequenas como procedimentos dentários,
cirurgia do olho, nariz ou garganta, ou em conjunto com outra anestesia, como anestesia
regional ou de sedação.
Este tipo de anestesia pode ser administrado de duas formas, aplicando um creme ou
spray anestésico numa pequena região da pele ou mucosa, ou injetando o medicamento
anestésico no tecido a anestesiar. A lidocaína é o anestésico local mais comum.
A anestesia local, quando usada corretamente é segura e quase não apresenta efeitos
secundários, no entanto, em doses elevadas pode ter efeitos tóxicos, podendo afetar o coração
e a respiração ou comprometer a função cerebral, já que doses elevadas podem atingir a
corrente sanguínea.
3. ANESTESIA REGIONAL
a) Anestesia raquidiana
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b) Anestesia peridural
Neste tipo de anestesia regional, o anestésico local é administrado ao redor dos nervos
responsáveis pela sensibilidade e pelo movimento do membro onde vai ser realizada a
cirurgia, podendo ser administrada uma variedade de bloqueadores do nervo.
Embora sejam raros, podem ocorrer efeitos colaterais como suor excessivo, infecção
no local da injeção, toxicidade sistêmica, problemas cardíacos e pulmonares, calafrios, febre,
danos nos nervos, perfuração da membrana que protege a medula espinhal, chamada de dura-
máter, podendo causar paraplegia.
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A perfuração da dura-máter também pode desencadear uma cefaleia pós-raquianestesia
nas primeiras 24 horas ou até 5 dias depois. Nesses casos, a pessoa sente uma dor de cabeça
quando está sentada ou em pé e que melhora alguns minutos após voltar a deitar, podendo
estar associada a outros sintomas como náuseas, rigidez da nuca e diminuição da audição.
Numa boa parte dos casos essa cefaleia desaparece espontaneamente dentro de uma semana,
mas também pode ser necessário iniciar tratamento específico indicado pelo médico
anestesiologista.
4. SEDAÇÃO
A sedação pode ser leve, em que a pessoa está relaxada mas acordada, podendo
responder a perguntas do médico, moderada em que a pessoa normalmente dorme durante o
procedimento, mas pode ser acordada facilmente quando se faz uma pergunta ou profunda em
que a pessoa dorme durante todo o procedimento, não se lembrando do que se passou desde
que foi administrada a anestesia. Sendo leve, moderada ou profunda, este tipo de anestesia é
acompanhada de suplemento de oxigênio.
Riscos da sedação
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mecanismo de ação seria gerado pela forma não ionizada dos anestésicos locais, atuando de
fora para dentro. As fibras nervosas possuem sensibilidades diferentes aos anestésicos locais,
sendo as fibras pequenas mais sensíveis que as grandes, e as fibras mielizadas são bloqueadas
mais rapidamente que as não mielizadas de mesmo diâmetro. O bloqueio das fibras nervosas
ocorre gradualmente, iniciado com a perda de sensibilidade à dor, à temperatura, ao toque, à
propriocepção e finalmente perda do tônus músculo esquelético. Por essa razão os indivíduos
podem ainda sentir o toque no momento em que a dor já está ausente após aplicação do
anestésico local.
PSICOLOGIA DO MEDICAMENTO
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cura em finito, já que os mecanismos não são bem elucidados. Acredita-se que uma das razões
dos distúrbios e alterações ocorra por um desequilíbrio na concentração e/ou ação das aminas
cerebrais, substâncias que atuam regulando os mecanismos bioquímicos, fisiológicos,
psicológicos e clínicos deste sistema.
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efeitos adversos desses fármacos incluem sonolência (mais comum) e ataxia, vertigem,
cefaleia, fadiga, fraqueza muscular e icterícia (mais raros). Com doses elevadas e a longo
prazo podem provocar a dependência.
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CONCLUSÃO
Podemos assim concluir que, de todos os grandes feitos e descobertas que o avançar
dos tempos e as mentes brilhantes envolvidas nos mesmo nos trouxeram no campo da
Medicina, a capacidade de dominar a dor foi uma das mais importantes e revolucionárias,
especialmente no que diz respeito à medicina cirúrgica. Além disso, através da introdução de
traqueostomia e entubação endotraqueal, a mortalidade associada à não proteção da via aérea
foi drasticamente diminuída até aos dias de hoje. Estes avanços permitiram também, por
exemplo, o processo de entubação em vias aéreas difíceis, que de outra forma não seriam
possíveis de realizar.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
5. Harold Ellis (2018), William Morton: pioneer of general anaesthesia. British Journal of
Hospital Medicine, 79(7):417.
7. Ryan LeVasseur, Sukumar P. Desai (2012), William T.G. Morton’s First Identified
Patient and Why He Was Invited to the Ether Demonstration of October 16, 1846.
Anesthesiology, 117(2):238–242.
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