Curso: Geografia
Disciplina: Técnica de Expressão de Língua
Portuguesa
Ano de frequência: 1º ano T/Q
2.2.2. O Ponto........................................................................................................... 6
3. Conclusão ............................................................................................................ 10
Introdução
O presente trabalho tem como tema “funções de sinais te pontuação”, com isso iremos
abordar assuntos relacionados como o conceito, sua origem e os principais sinais utilizados na
gramática portuguesa. De salientar que Costa (1991) entende a pontuação como um conjunto
de sinais que se acrescentam às palavras para bem da clareza de um texto. Nos seus
primórdios, todos os sinais de pontuação se chamavam pontos, e ainda hoje muitos conservam
o nome, embora a terminologia se tenha diversificado. A pontuação ocorre tanto no discurso
oral como no discurso escrito, embora de maneira diferente e recorrendo a meios diversos.
1.1.Objectivos
1.2.Geral:
Conhecer os sinais de pontuação patente na gramática da língua portuguesa.
1.3.Especificos:
Descrever a natureza da pontuação;
Identificar os principais sinais de pontuação;
Discutir sobre as funções de sinais de pontuação.
1.4.Metodologias
Pinto (2006), chama a atenção para o facto de que a pontuação tem sido usada
de diferentes formas ao longo dos tempos: “Na época clássica predominava uma
pontuação rítmica, ao sabor do compasso das acentuações tónicas e da visualização do
texto” (p. 252).
De acordo com Pinto (2006) considera que, nos dias de hoje utilizamos sobretudo “uma
pontuação lógica, talvez porque a nossa linguagem seja um pouco mais confusa, numa
época em que é imensamente complexo o que há para dizer” (p.252).
Rebelo (1968: 13) chama a atenção para o facto de que há dois tipos de sinais de
pontuação: “A vírgula, o ponto e vírgula e o ponto final marcam pausas: são sinais pausais; os
restantes sinais exprimem ou anunciam ideias e sentimentos, e chamam-se sinais melódicos.”
a) a vírgula (,)
b) o ponto (.)
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Para Pinto (2006: 254), “A vírgula indica uma pausa pequena, por conseguinte menor que a
do ponto final. Os vários elementos de uma frase podem ser encadeados, manejados, através
de uma correcta virgulação. Para isso, exige-se o domínio perfeito da língua: é a
expressividade, é o estilo.”
Costa (1991: 69) escreve que “É frequente dizer-se que a vírgula é o sinal mais usado e mais
mal usado. Podemos distinguir entre funções expressivas e funções gramáticais da vírgula. Na
sua função gramatical, segue regras convencionais e o seu emprego é obrigatório; na sua
função expressiva, segue escolhas individuais do escritor, sendo o seu uso opcional. A vírgula
é um sinal de pontuação intrafrásico pois serve para separar elementos da mesma frase.”
2.2.2. O Ponto
Podemos distinguir dois tipos de pontos: o ponto final e o ponto de abreviatura. Têm a
mesma forma gráfica, contudo o segundo tipo pode aparecer também dentro da frase.
O ponto final marca uma pausa no fim de uma frase declarativa. Pode aparecer no fim
do período simples ou composto. Este sinal confirma que a afirmação está completa. Marca
uma pausa relativamente demorada na língua falada depois de um grupo fónico. A pausa
máxima ocorre, quando o ponto final encerra não somente um período, mas também um
parágrafo. Bechara define o ponto parágrafo como um ponto que separa um grupo de períodos
cujo conteúdo tem o mesmo centro de interesse. Exemplo: gosto muito de você.
O ponto de abreviatura indica a supressão de letras. Por exemplo, Exmo. Sr. Dr.
representam três abreviaturas na saudação de Excelentíssimo Senhor Doutor. Se a palavra
assim reduzida aparece no fim de um período, este, não termina com dois pontos – o ponto de
abreviatura funde-se com o ponto final.
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Segundo Costa (1991), “O ponto e vírgula é assim chamado pela sua composição
gráfica. Em essência, a sua função está também entre a função do ponto final e a da vírgula.
Partilha com o ponto o facto de se seguir a uma oração completa quer expressa quer implícita;
partilha com a vírgula o facto de não estabelecer fronteira de frase. A função semântica do
ponto e vírgula é usada com dois tipos principais de estrutura frásica: liga orações completas e
liga elementos de uma enumeração introduzida por dois pontos.” (p. 65)
Este sinal pode separar as orações coordenadas que já contêm elementos subdivididos
por vírgulas. Trata-se de períodos extremamente longos nos quais o ponto e vírgula ajuda a
clarificar a estrutura do texto.
Ex.: É bom saber que temos um amigo; que podemos contar com alguém nos
momentos difíceis; que não estamos sós.
Para Costa (1991), “Os dois pontos têm duas funções principais: ligam duas
orações coordenadas em que uma abrange ou explica a outra, e introduzem enumerações.
Quando dois pontos ligam uma oração, não se usa conjunção, pois os dois pontos são uma
forma de pontuar que dispensa outra ligação gramatical. Além do sinal, no entanto, existe uma
ligação lógica. Dois pontos podem ainda ser usados com a mesma função do travessão para
dar ênfase a certos troços de frase e outras funções. Este sinal de pontuação é mais frequente
em textos formais e bem estruturados logicamente.”
Apesar de marcar uma pausa demorada no discurso, este sinal indica uma frase não
concluída. A pausa não é mais longa do que no caso do ponto.
Por Exemplo: [...] estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o
grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível[...]
Segundo Pinto (2006: 267), “O ponto de exclamação ou admiração usa-se nas frases
ou expressões exclamativas. Pode exprimir variadas sensações como entusiasmo,
incitamento, admiração, ironia, dúvida, dor.”
As nossas autoras de referência consideram que o ponto de exclamação (cf. Sardinha &
Ramos, 2005: 108):
Coloca-se no fim de uma frase interrogativa direta, onde usamos o ponto de interrogação,
mesmo se não esperamos uma resposta. Nunca se usa no fim da frase interrogativa indireta.
No discurso, marca sobretudo a melodia. Podemos juntá-lo com o ponto de exclamação, como
explicaremos abaixo.
Pinto (2006: 266) afirma que o ponto de interrogação “Aparece nas perguntas e
interrogações directas, tanto no diálogo como fora dele.”
Uma pergunta, marcando uma frase de tipo interrogativo (por exemplo, Deseja mais
alguma coisa?).
Uma dúvida, quando surge entre parênteses (por exemplo, Está mesmo cansado
(?), já que anda para aí aos saltos.)
2.3.4. Reticências (...)
Segundo Costa (1991), “ o nome deste sinal de pontuação está relacionado com o seu
conteúdo semântico. As reticências têm como usos fundamentais a indicação de pausa,
hesitação, insegurança ou omissão. A estrutura frásica que acompanha as
reticências é frequentemente truncada. As reticências são um dispositivo muito útil para
indicar aspectos da oralidade, nomeadamente o seu carácter de improviso e liberdade
estrutural.” (p. 77).
Os três pontos, cujo número é imutável, são apelidados de «reticências». Este sinal
mostra que o sentido da frase não está completo. Pode ser substituídas por «etc.».33 Marca
uma pausa na fala, uma suspensão da melodia, mas não tão forte como no caso do ponto final.
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3. Conclusão
Deste modo, como gesto de conclusão do presente trabalho compreendemos que os sinais de
pontuação são as principais ferramentas para a compreensão de comunicação oral e escrita, de
modo que os discursos tenha um sentido gramaticais. Portanto alguns autores chamam a
atenção para o facto de que há dois tipos de sinais de pontuação: “A vírgula, o ponto e vírgula
e o ponto final marcam pausas: são sinais pausais; os restantes sinais exprimem ou anunciam
ideias e sentimentos, e chamam-se sinais melódicos.”
Deste modo é frequente dizer-se que a vírgula é o sinal mais usado e mais mal usado.
Podemos distinguir entre funções expressivas e funções gramaticais da vírgula. Na sua função
gramatical, segue regras convencionais e o seu emprego é obrigatório; na sua função
expressiva, segue escolhas individuais do escritor, sendo o seu uso opcional. A vírgula é um
sinal de pontuação interfrásico pois serve para separar elementos da mesma frase.
4. Referencia Bibliográfica