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Direito Obrigacional e Contratual

Data das provas 22/03 - 14/04 - 07/07


E-mail: fernando.souza@catolicasc.org.br
Observação: As provas poderão ser objetivas, subjetivas ou orais; Atividades
complementares não valem nota.

Fato Jurídico

É tudo o que produz efeito no mundo jurídico

O fato jurídico stricto sensu, que se divide em ordinário e extraordinário, é


quando um acontecimento natural, que existe independente da vontade
humana, gera consequência jurídica.
O fato é ordinário quando a ocorrência é esperada e inevitável, e
extraordinária em caso contrário.
Já a destruição de uma propriedade por um terremoto é um fato jurídico
extraordinário, visto que o acontecimento natural é eventual e imprevisível,
gerando consequências como registro dos danos e pagamento de seguros.

Atos Jurídicos lato sensu. É dizer, a conduta humana tem relevo para o direito
a partir da vontade manifesta.

Do negócio Jurídico
Art. 104. A validade do negócio Jurídico requer:
I- Agente Capaz;
II- Objeto licito, possível, determinado ou determinável;
III-Forma prescrita ou não defesa em lei.

Diferença entre ato Jurídico, Ato Jurídico e negócio Jurídico

"Enquanto o Fato Jurídico é um acontecimento produtor de uma modificação no mundo


Jurídico voluntario ou não, enquanto o ato Jurídico é um ato voluntário, mas em que a
vontade pode exercido uma Função criadora ou modificativa ou extensivo de uma
determinada situação Jurídica, como uma declaração de nascimento perante o oficial de
registro, abrangendo até o próprio ato ilícito, o negócio Jurídico sempre eminentemente
manifestação de vontade produzindo efeitos Jurídicos, isto é, destinado a produzir
atributos pela ordem Jurídica, não podendo compreender se não atos lícitos, suscetíveis
de um determinado Tratamento pela ordem Jurídica:
Direitos das obrigações

Conceito: Obrigação é o vínculo jurídico entre o credor e o devedor, mediante o qual


o Devedor é obrigado a realizar uma prestação patrimonial em favor do credor, que
pode ser: de dar, de fazer, ou de não fazer.

Quando pode haver obrigação

I- Pelo contrato;
II- Ato ilícito;
III- e havendo deslocamento patrimonial.

Obrigação Civil Vs Obrigação Natural

Obrigação civil é a que permite que seu cumprimento seja exigido pelo próprio
credor, mediante ação judicial. Ex.: a obrigação da pessoa que vendeu um carro de
entregar a documentação referente ao veículo. - Obrigação natural permite que o
devedor não a cumpra e não dá o direito ao credor de exigir sua prestação. Ex.: Art.
814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode
recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o
perdente é menor ou interdito.

A classificação de Galio - Obrigações

1º Conflito e Delito
2º Conflito, delito e outras causas
3º Contrato – Delito – Quase contrato – Quase delito

As fontes das obrigações contemporâneas


I- Contrato; é um negócio jurídico bilateral que representa um acordo (pacto) de
duas ou mais vontades, cujos interesses se contrapõem, já que uma das partes
contratantes quer a prestação e a outra a contraprestação
II- Atos unilaterais – Envolvem deslocamento de patrimônio;
III- Delitos (Atos ilícitos).

Elemento objetivo
 É a prestação Dar, fazer e não fazer (imediato)
 Características do objeto: Art. 104, II, CC. (Art. 166, II)
 A possibilidade deve ser física e jurídica. Art., 100,106 e 42, CC)
Impossível ceder direito hereditário enquanto o responsável for vivo (“Pacta corvina”
Art. 426, CC)

Os sujeitos são o elemento subjetivo da obrigação. Há o sujeito ativo (credor, que


tem o direito de exigir a prestação) e o sujeito passivo (devedor, que tem o dever de
prestar determinado ato ou objeto). Os sujeitos devem ser determinados.

Elemento Imaterial/espiritual
 É o vínculo entre o sujeito ativo e sujeito passivo
 Divide-se em débito (Schuld) e responsabilidade (Haftung)
 Debito- responsabilidade: A responsabilidade só surge se o devedor não cumprir
espontaneamente o primeiro (debito/obrigação)

Deveres Primários, Anexos e Acidentais


 Obrigação principal: Consiste em uma prestação de dar, fazer ou não fazer,
advinda do acordo celebrado entre as partes, ou seja, a partir da manifestação da
vontade e da autonomia privada, as partes assumem uma obrigação,
comprometendo-se a dar, fazer ou não fazer certa coisa. Logo, a atuação dos
sujeitos visa o adimplemento da obrigação, de forma a atender as justas
expectativas dos contratantes.
 Deveres anexos ou colaterais: Advêm da boa-fé objetiva
 Deveres secundários: Têm como origem a lei e o ato ilícito. Por exemplo o art.
400 do Código Civil:

Obrigação de dar Coisa certa


 (Obrigações de dar coisa certa) Art. 233 a 242)
 Objeto da prestação: Art. 313 e 356)
 Conteúdo e transferência da propriedade: Art. 481, 1245,1226, 1227
1267
 Extensão: Art. 92 e 239
 Impossibilidade da prestação: Quem arca com os riscos pelo
perecimento ou deterioração do objeto da prestação? Fazer gráfico pelo
Caderno

Obrigação de dar coisa incerta


Nas obrigações de dar coisa incerta, ou seja, aquelas em que o objeto da prestação é
indeterminado há o instituto da escolha.

Pode-se dizer que a obrigação de dar coisa incerta sempre será transitória.
 Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
 O objeto deve determinável (Art. 104, II)
 A quem compete a escolha? (Art. 244)
 Gênero de intermediário (Art. 244, 2º Parte)
 Perda ou deterioração. “Genus Ninguan perit”, (Gênero nunca perece)
 O que acontece quando é feito a escolha? (Art. 245)

Obrigações de fazer

Algumas distinções entre as obrigações de dar e de fazer.

Enquanto nos obrigação de dar a prestação envolve uma coisa, nas obrigações de fazer,
presta-se um fato

Em caso de dúvida, deve se examinar se o dar é uma consequência do fazer

Nas obrigações de dar são irrelevantes os caracteres tipos pessoais ou qualidades do


devedor. nos de fazer não.

Obrigações de Fazer Fungível (Art. 247)

Obrigações de Fazer Fungível (Art. 249)

Obrigação de não fazer

Noção e alcance

*Prestação de um fato negativo/dever de obtenção

*Limites
*Tolerância e permissão

Distinções, entre obrigações negativos e servidões (Art. 1378 e 1383)

* Inadimplemento. Art. 251)

* Extinção sem culpa (art. 250)

Classificação das obrigações quanto aos elementos


Obrigação simples= 1 credor- 1 devedor- 1 objeto
Obrigação composta ou complexa= 1 ou + devedor ou credor ou 1 ou +
objetos
Obrigação composta pela multiplicidade de objetos pode ser:
Cumulativas ou conjuntas: Onde o devedor se obriga a cumprir todos as
prestações.
Alternativas ou disjuntas: Há várias prestações possíveis, mas apenas uma
delas já satisfaz o credor.
Facultativas: Só tem uma opção e só pode pedir a obrigação por ela

Obrigação composta pela pluralidade de sujeitos pode ser:


Obrigação divisível: É aquela cuja prestação pode ser parcialmente cumprida
sem prejuízo de sua qualidade ou valor
Obrigação Indivisível: Por motivo de ordem econômica, ou dada a razão
determinante do negócio jurídico
Obrigação solidaria: Pode ser cobrado de um ou de outro.

Classificação das obrigações

Obrigação de meio: EX:O advogado e médico. Nunca garantir resultado.

De resultado: A pessoa deve garantir o resultado Ex: Médico

De Garantia: São aquelas em que se destinam cumprir a obrigação.


São aquelas que tem por objetivo garantir o cumprimento da obrigação principal.
Geralmente são obrigações acessórias.
EX: Contrato de locação, e sou obrigado a indicar um fiador, então em tese seja um
documento só, ali temos 2 contratos, um de fiador e um de aluguel, então temos uma
garantia de que será pago. São obrigações secundarias.

Classificação quanto ao tempo de adimplemento

Obrigação momentânea ou instantânea: É aquela que pode ser cumprida


imediatamente. Ex: fiança que posso pagar na hora. Pode ser cumprida diferida basta que
tenha um acordo no contrato se não tem que ser no momento. Art. 314.

Obrigação diferida: Que paga por um prazo, ela é parcela, ela é cumprida por um
determinado prazo por vontade das partes. Ex: Consórcio.

Obrigação de execução continuada ou trato sucessivo: São aquelas que pela sua
natureza eu não consigo cumprir de uma vez só. Ex: Contrato de locação.
Classificação das obrigações quanto aos elementos acidentais

Elemento ocidentais = São a mesma coisa que fatores de eficácia.

Obrigação pura: surtem efeito imediatamente. Art. 121. Ex: Assim que o contrato for
assinado já surte o feito.

Obrigações condicionais: Evento pode acontecer ou não, incerto. Só vai surtir efeito se
acontecer, caso não aconteça não surtira efeito.

Obrigações a termo: Ex: Testamento, só vai surtir efeito após a morte de alguém. Evento
vai acontecer, certo.

Obrigações Modais: São aquela que estão sujeitas a encargos(=Modo). Art.136


Aquela obrigação que impõe a uma das partes um encargo, geralmente são unilaterais os
contratos. Art. 137.

Classificação das obrigações quanto a liquidez do objeto

Obrigação liquida: São certas e determinadas, por isso são liquidas. Ex: sei o valor exato
em que vou pedir indenização.

Obrigação ilíquida: Há obrigações em que não consigo liquidar. ex. Eu condeno alguém a
constituir a outra parte um valor que não sei ainda.
EX: Um indivíduo se acidenta e n pode trabalhar, ele vai pedir uma indenização, mais não
sabe ainda quanto vai ganhar, que tem que ser determinada por um profissional.

Obrigações reciprocamente consideradas

Obrigação principal: É o principal, por exemplo o bem principal. Existe por si.
Ex: Contrato de locação, a locação é a obrigação principal e a fiança é uma obrigação
acessória.

Obrigação acessória: Ele depende do bem principal. É por exemplo um bem acessório
ele acompanha o bem principal. Por exemplo uma roda de um carro, se compro um carro
preciso de um pneu, pois quando comprei e assinei havia a roda.
Ex: Penhor: Penhor é um direito real, sobre um bem móvel.
Adimplemento das obrigações

Livro I da parte especial. Do título III ao V

Cap I – Do pagamento Direto. Art. 304 a 333

Significa cumprimento voluntário da obrigação

Seção I – De quem deve pagar- = Solvens

Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor
se opuser dos meios conducentes à exoneração do devedor.

1º interessado. devedor = Solvens


2º interessado. Terceiro =Solvens

Terceiro interessado

Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: ... III, do terceiro interessado,
que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado no todo ou em parte.
O terceiro tem interesse jurídico.
Quando o terceiro interessado paga ele se sub-roga dos direitos do credor. Sub-roga
significa substituir, ele substitui o credo quando paga, então ele tem todos os direitos que o
credor tinha, e tudo é passado a ele o (terceiro interessado).

Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e
garantias do primitivo, em relação a dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Se um fiador pagar a dívida e tiver vários fiadores, o fiador que pagou a dívida pode cobrar
dos outros fiadores para pagarem a ele a partir de agora.

Terceiro não interessado = Pai que paga dívida do filho= Tem interesse moral

Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se
opuser dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito
cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição
deste. Se eu pagar no nome dele eu preciso da concordância, mas se eu fizer no meu
nome não preciso da concordância do devedor.

Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome,
tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do
credor. Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito a reembolso
no vencimento.

Recusa do devedor
O terceiro não interessado somente poderá consignar se fizer o pagamento no nome do
devedor.

Legal(pais) – Convencional (Mandatário) –

A quem deve pagar – (Accipiens) Judicial (Tutor, Etc...)


^
i
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o representante, sob
pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.

Credor putativo

Art. 309: “O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é valido, ainda provado depois
que não era credor”. Ex: Eu pago a dívida para o credor, então ele recebe o valor e da o
recibo. As vezes vou fazer o pagamento mais as vezes não era credor, e se eu provar os
motivos que eu poderia acreditar de boa-fé que era realmente o credor, não vou precisar
pagar uma segunda vez para o credor verdadeiro e assim será valido o pagamento por
mais que não foi para o certo.
O credor putativo é aquele que tem a aparência de credor e não há como duvidar.

Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o
devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. EX. Não se pode pagar
ao pupilo sem a presença do tutor.

Pagamento ao portador da quitação

Art. 311, CC: “Considera-se autorizado receber o pagamento o portador da quitação, salvo
se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante”.

Art. 656, CC: “O mandato poder ser expresso, tácito, verbal ou escrito.”

Condições objetivas do pagamento

1ª Regra: Especialidade

Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa que lhe é devida, ainda que
mais valiosa.

Art. 356. O credor pode consentir em receber a prestação diversa da que lhe é devida.

2ª Regra: Indivisibilidade do pagamento

Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor
ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
3ª Regra: Pagamento em moeda nacional

Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem
como para compensar a diferença entre o valor desta o da moeda nacional, exceto os
casos previstos na legislação especial. Ex: Contrato de câmbio que terá que ser em outra
moeda.

Capitalização de juros EMp 2.170 36/01

Instituição financeira é aquela que é subordinada ao Banco central

Lugar do pagamento:

Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes


convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação
ou das circunstâncias. Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor
escolher entre eles.
As dívidas podem ser quérables é paga no domicílio do devedor
Dívidas que são pagas no domicílio do credor é portable.

Domicílio de eleição (É o instituto de direito civil vs foro de eleição (Foro de eleição


é instituto de processo civil)

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

Art. 63, caput, CPC: As partes podem modificar a competência em razão do valor do
território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

Tempo do pagamento

Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o
pagamento pode o credor exigi-lo imediatamente

Art.133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em


proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das
circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os
contratantes.

Art. 333. Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo
estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - Se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro
credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou
reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não
se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.

Prova do pagamento.

Como se prova o pagamento? Através do recibo e por testemunhas.

Código de processo civil de 2015:

Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente
reclamar abatimento no preço.

Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com
perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as
despesas do contrato.

Art. 1072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão tomadas
em reunião ou em assembleia, conforme previsto no contrato social, devendo ser
convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato.

Quitação como comprovante de pagamento:

Art. 319 O devedor que paga tem direito a quitação regular e pode reter o pagamento
enquanto não lhe seja dada.

Art. 320: A quitação que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o
valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo
e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou com seu representante.

Presunções de pagamento

Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece,
até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.

Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Comentário. Quando houver o pagamento do principal, faz-se presumir que houve outrossim a
quitação dos juros, exceto se o recibo de quitação fizer reserva quando a estes. Tal presunção
tem natureza relativa e poderá ser derrogada, caso o credor assim prove

Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.


Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em
sessenta dias, a falta do pagamento.

Fato A= Provado,
Fato B=
Se o fato A está provado então tenho uma presunção de que o fato B aconteceu.
Pagamento Direto: Ele é o cumprimento voluntario da obrigação
 Quem paga
 Quem recebe
 O que paga
 Onde paga
 Quando paga

Pagamento Especiais (ou indiretos)

Pagamento em consignação. (Arts. 334 a 345 do Código Civil)


Consignação = Pagamento em consignação é o meio indireto de o devedor exonerar-
se da obrigação.

Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em


estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram,
em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais
não é válido o pagamento.
Ex: STJ. Resp/ 1.170.188/DF

Abrangência e procedimento

CPC/1973 Art. 890

CC/2002. Capítulo II. Do pagamento em consignação. Art. 334. Considera-se o


pagamento e estingue a obrigação, o depósito judicial ou estabelecimento judiciário da
coisa devida, nos casos e formas legais.

Vigente hoje -> CPC/2015. Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou
o terceiro requerer o efeito de pagamento a consignação da quantia ou da coisa
devida. §1º Tratando-se de obrigação em Dinheiro poderá o valor ser depositado
em estabelecimento bancário, oficial, onde houver situado no lugar do pagamento,
cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10
(dez) dias para a manifestação de recusa.

Procedimento em função do direito material


 O procedimento da consignação em pagamento existe para atender as
peculiaridades do direito material, cabendo às regras processuais regulamentar
tão somente o procedimento para reconhecimento judicial da eficácia
liberatória do pagamento especial. STJ)

Efeitos da consignação

Art. 337.  O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se


efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado
improcedente

Art. 399.  O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora


essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem
durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda
quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.

Art. 400.  A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela
conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em
conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o
seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.

Se faço a consignação, eu não respondo mais pela mora. Cessa para o devedor os
riscos e juros.

Anotação em salsa de aula.

(Perguntar ao professor se o conceito está correto) A ação de consignação em


pagamento é uma ação proposta pelo devedor contra o credor, quando este recusar-
se a receber o valor de dívida ou exigir ou devedor valor superior ao entendido devido
por este, além de outras hipóteses admitidas na legislação.

Mora. Art. 394, CC. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e
o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção
estabelecer.

Inadimplemento

Diz-se total o inadimplemento quando a obrigação é inteiramente descumprida,


enquanto o inadimplemento parcial tem lugar quando a prestação é entregue apenas
em parte.

Absoluto Art. 389.  Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e
danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.
Relativo. Art. 394. CC

(Mora) -> Atraso + Culpa

Mora é o cumprimento imperfeito da obrigação

Espaço em branco para sala de aula

Pagamento com sub-rogação (Arts. 346 a 351, CC)

São aquela que ocorrem distintas com o que foi pactuado.


Sub-rogação é substituição ou juridicamente, transferiu direitos creditórios de uma
pessoa para outra.
Substituir uma pessoa por outra é uma sub-rogação pessoal
Substituir uma coisa por outra é uma substituição real

Espécies de sub-rogação
Real: Substituição de uma coisa por outra
Arts. 1659.Excluem-se da comunhão parcial de bens:
I – Os bens que cada conjugue possuir ao casar, e os que lhe sobrevivem, na
constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar,
[..].

Art.1911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade,


implica impenhorabilidade e incomunicabilidade.
Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua
alienação, por conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, mediante
autorização judicial, o produto da venda converter-se-á em outros bens, sobre os
quais incidirão as restrições apostas aos primeiros.

Sub-rogação pessoal aquela que implica a substituição de uma das partes

Legal: Decorre da lei (Art. 346). A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I – Do credor que paga a dívida do devedor comum;
II – Do adquirente do imóvel hipotecado, que paga o credor hipotecário, bem como o
terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre o imóvel;
III – Do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no
todo ou em parte.

Independe de permissão judicial ou de contrato. Decorre da lei, de pleno direito.


Ex. Acidente de carro, não queremos pagar o acidente ou nos estressarmos com
aquilo e contratamos uma seguradora que sub-roga os direitos do motorista.

Convencional: Decorre da vontade das partes (Art. 347). A sub-rogação é


convencional:

I – Quando o credor recebe o pagamento de terceiro [não interessado] e


expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II – Quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a
dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor
satisfeito.

Nesse caso o terceiro não interessado se sub-roga


Além do reembolso ainda tenho as garantias.

Sub-rogação vs Cessão de crédito

Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e
garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos
os seus acessórios.
StJ: Pesquisar e completar
Resp 1924.529/SP, rel. Min. Nancy Andrihi, Tereira Turma, j. 10/08/2021, DJe
16/08/2021
Imputação do pagamento (Arts. 352 a 355 do CC)

Conceito de imputar: Apontar. Atribuir a alguém a responsabilidade de; assacar,


responsabilizar: Imputar-lhe a culpa pelo acidente

Elementos: Art. 352. A pessoa obriga [=devedor], por dois ou mais débitos da mesma
natureza, a um só credor, tem o direito
Quando o devedor e o credor é o mesmo, mas há várias dívidas.
Escolher qual dívida eu pago em primeiro pagar, isso se chama imputação de
pagamento.
Imputação pelo credor: Art. 353
Ausência de imputação: 1º Hipótese. Primeiro nos juros Art. 354 2º Hipótese Se fará
nas dívidas liquidas e vencidas no primeiro lugar, no caso a primeira dívida. Art. 355
3º Hipótese. A dívida mais onerosa, ou seja, a de juros maior será paga a dívida.

Dação em pagamento (Art. 356 a 359 do CC)

Conceito

A dação em cumprimento vulgarmente chamada pelos autores dação em pagamento.


Consiste na realização de uma prestação diferente que é devida, com o fim de,
mediante acordo do credor, extinguir imediatamente a obrigação (Art. 837).

Objeto da dação em pagamento: Por dinheiro, móvel, imóvel ou a serviço.

Pressuposto da dação em pagamento

Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida
Ex. Caso tenho um fusca para negociar e o cara não que as me dar um fusca e mas
dar um Audi, eu não sou obrigado a aceitar, mas aceito. Pois só a dação se eu aceito
a dação em pagamento.
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as
partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará
em cessão.
Art. 359 Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a
obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de
terceiros.
Evicção é quando alguém que está reivindicando o direito da casa em que estou
morando e ele consegue. Evicção é a perda de algo que possuo por decisão judicial.

Extinção das obrigações


Art.(360 a 367)

1.Novação

Conceito de novação direito romano


Novação é a transformação e um transplante de um débito anterior em uma outra
obrigação.
Faz-se um novo contrato com o credor e por meio desse contrato extinguo o contrato
anterior.

Elemento essenciais da novação

Obligatio Novanda – Obrigação anterior

Liquid Novi – Obrigação nova

Animus Novandi – Intenção de novar

A novação não se presume e necessita da concorrência de ter elemento essenciais


para a sua configuração: a) a intenção de novar; b) a preexistência da obrigação
(completar do STF) ...

Código civil de 2002 Art. 361. Não havendo animo de novar, expresso ou tácito, mas
inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.

A obrigação pode extinguir-se também por meios anormais, isto é, sem pagamento,
como no caso de impossibilidade de execução sem culpa do devedor, do advento do
termo, da prescrição, da nulidade ou anulação, da novação, da compensação etc.

Espécies de novação

Quanto à forma (Art. 361):


Expressa
Tácita
Quanto ao conteúdo:
Objetiva
Subjetiva:
Ativa: É quando substitui o credor.
Passiva: Passiva é porque troca o credor. Na passiva eu troco o devedor, ex: o pai que
quer assumir.
Passiva pode ser dar por expromissão: Significa que o devedor não participa.
Passiva por delegação: é quando o devedor participa.
Mista

Para que haja novação as partes têm que ter a intenção de novar.

STJ: A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a


possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.

STJ: É possível a revisão de contrato extintos, novados ou quitados, ainda que em


sede de embargos à execução de maneira a viabilizar, assim, o afastamento de
eventuais ilegalidades, as quais não se convalescem.
Novação e obrigações nulas ou anuláveis

“Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não pode ser objeto de novação


obrigações nulas ou extintas” (art. 367 do CC)

Novação e dívida prescrita (Art. 191)

Quando a dívida prescreve sai a responsabilidade(haftung)

Principal efeito da novação


Extinção da dívida anterior, bem como de seus acessórios e garantias.

Art. 364, CC – A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que


não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a
terceiro que não foi parte na novação.

Art. 287, CC – Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se


todos os seus acessórios.

Compensação.
Arts. 368 a 380 do CC.

Conceito de compensação

A compensação pode ser definida como sendo a extinção de duas obrigações, na


proporção que se compensarem. Desde que inerentes a duas pessoas credora e
devedora ao mesmo tempo uma da outra.
Ex: Devo para outra pessoa 8.000 e ele me deve 10.000, então compensaremos e
assim ele só me deverá 2.000.

Espécies de compensação

Compensação legal: opera em pleno direito e sem a interferência das partes.


Compensação convencional: tem origem na autonomia privada e na vontade
das partes.
Compensação judicial: por meio de reconvenção, quando a ação do autor
propõe o réu uma outra ação ao encontro da que lhe é intentada.

Compensação legal

Requisitos da compensação legal

Reciprocidade entre os sujeitos: O credor e devedor devem ser os dois um do outro.


Liquidez e exigibilidade das dívidas: As dívidas precisam ser liquidas e vencidas: Se
devo 1000 que já venceram e os outros 8.00 vão vencer ainda, então não pode haver
compensação, pois as dívidas precisam ser vencidas
Fungibilidade das prestações: As prestações precisam ser fungíveis entre si. Ex.
devo café 50 kg e outro me deve 50 kg de café gourmet, ou seja, não pode compensar
pois um não é da mesma qualidade que o outro.

Iniciativa do devedor

Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever;
mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
Ex. Devo aluguel de 7000, e o locador me deve 4000, eu não pago e o locador aciona
o fiador, mas o fiador tem o crédito de 4000, então o ele fala que afiançado tem o
crédito de 4000, então o locatário só pagará a diferença de 3000.

Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida
com a que o credor dele lhe deve. Ex. Eu me comprometo a pagar uma dívida de
alguém para o Alan, mas o Alan me deve, então não posso compensar com a que o
credor (Alan) me deve.

Art.377. O devedor que, notificado, nada põe à cessão que o credor faz a terceiros
dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão
teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá
opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente.

Reciprocidade e compensação pelo fiador.

Art. 371. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida
com a que o credor dele lhe dever.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à
garantia real, não a extinção da dívida.

Reciprocidade e estipulação em favor de terceiro

Ex. Seguro de vida. O marido faz um seguro de vida e coloca como beneficiário a
esposa e se acontece algo com o marido ela ganha uma indenização da seguradora
(Banco).
Mesmo se o marido deve um valor a seguradora (Banco), a seguradora não pode
compensar essa dívida e pagar menos para a esposa, e sim pagar a indenização
cheia para ela.

Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida
com a que o credor dele lhe dever.
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é
permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele
anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.

Dívidas vencidas e prazos de favor


Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a
compensação.
Ex. Se foi dado uma moratória para alguém e a dívida do aluguel ja venceu e como
favor mando me pagar a 2 meses, mas posso compensar mesmo que a dívida não
tenha vencido ainda.

Compensação legal e dívidas não compensáveis.

Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem,
ou no aso de renúncia prévia de uma delas.

Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - Se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - Se uma for de coisa não suscetível de penhora.

Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor


que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode
opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia.

Ex: Relação n1 - Marcelo deve para Dalmo 10


Relação n2 - Dalmo deve para maria 10
Então Maria executa a penhora do valor que o Dalmo vai ganhar
Relação n3 - Dalmo deve para Marcelo 10 e Marcelo se torna o credor, então o
Dalmo deve para o Marcelo e não pode compensar a dívida, pois o valor que o Dalmo
vai receber já está penhorado pela Maria, porque se fosse descontado prejudicaria a
Maria.

Compensação convencional

Quando a ausência de algum dos pressupostos da compensação impedir a extinção


da dívida por esse modo as partes livremente estipulá-la, quanto os seus respectivos
créditos e débitos. Destante, uma dívida infungível, ou mesmo oriunda de um depósito
ou ilíquida, é suscetível de competência convencional, embora os seus efeitos não se
façam sentir pleno iure(não decorre da lei). O único que se impõe a compensação é o
de ordem pública, razão pela qual consideramos impossível a compensação
convencional recaindo sobre a obrigação de alimentos.
Ex: Na convencional não se precisa seguir estritamente a compensação.

Compensação judicial

Quando o juiz determina a compensação.


Ex. Acidente de

Confusão

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