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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

FACULDADE DE AGRICULTURA

ENGENHARIA DE AQUACULTURA

NÍVEL: 2ºANO

DISCIPLINA: Bioquímica Geral

Tema: Elaborar uma pesquisa bibliográfica sobre Processo de Absorção e digestão das
vitaminas e proteínas nos Peixes

Discente Código

Edna Maria Luís 20200607

Docente: Eng. Beito Bulo

Lionde, Julho 2021


Bioquímica Geral

INDICE

Conteúdo Pag.
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
1.1.Objectivos................................................................................................................4
1.1.1.Geral......................................................................................................................4
1.1.2.Específicos............................................................................................................4
2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................5
2.1. Alimentos................................................................................................................5
2.2. Nutriente ou princípio nutritivo..............................................................................5
2.3.Nutriente digestível..................................................................................................5
2.4. Aparelho Digestivo dos Peixes...............................................................................5
2.5. Função.....................................................................................................................6
2.6. Órgãos.....................................................................................................................6
2.7. Boca........................................................................................................................6
2.8. Cavidade Oro- Branquial........................................................................................6
2.9. Esôfago...................................................................................................................7
2.10. Estômago..............................................................................................................7
2.12. Intestino................................................................................................................8
2.13. O curto recto se liga à cloaca................................................................................8
2.14. Cecos Intestinais...................................................................................................8
2.15. Fígado e Vesícula Biliar.......................................................................................9
2.2. Principais nutrientes e necessidades nutritivas dos peixes cultivados....................9
2.2.1. Energia e exigência de calorias............................................................................9
2.3. Absorcao de vitaminas e proteinas nos peixes .....................................................10
3. CONSIDERACOES FINAIS…………………………………………………….….11
4. FERENCIAS BIBLIOGRAFICAS …………………………………………………12

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1.INTRODUÇÃO

Devido ao aumento da demanda de alimento, é importante que se encontrem formas de


melhorar a nutrição de reprodutores de peixes para conseguir larvas, ovos e maiores
índices reprodutivos e, com isso, aumentar a produção e disponibilização de alevinos.

A aquicultura economicamente viável depende, em grande parte, de um fornecimento


confiável de ovos férteis e de alevinos. Ambos podem ser produzidos com banco de
reprodutores mantidos em condição de regimes nutricionais adequados (ALVAREZ-
LAJONCHERE, 2006).

O desenvolvimento eficiente e saudável dos animais passa obrigatoriamente pelo


fornecimento de uma dieta capaz de satisfazer as necessidades básicas de crescimento.
Ela deve conter as concentrações próximas do ideal de seus diversos componentes e
utilizar uma tecnologia adequada na preparação (NAVARRO et al., 2007). A
estocagem, a concentração de vitaminas e minerais, a biodisponibilidade dos nutrientes
são exemplos de parâmetros que interferem no desenvolvimento do animal.

As vitaminas são requeridas em pequenas quantidades para crescimento normal e para


reprodução. Muitos sintomas de deficiência de vitaminas em peixes têm sido descritos,
principalmente nos cultivos com alta densidade e em sistemas intensivos. Os peixes têm
exigência vitamínica similar à dos demais animais terrestres, com exceção da vitamina
C, cuja presença é essencial para o bom desempenho da criação e particularmente das
taxas de sobrevivência de larvas e alevinos (QUINTERO et al., 2000).

A exigência de vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis depende ainda das condições do


meio ambiente, da inter-relação com outros nutrientes presentes na dieta e das
condições de saúde do peixe que pode afetar a digestão, a absorção e a utilização
metabólica dessas vitaminas (MIRANDA et al., 2000).

É importante salientar que a nutrição de peixe pode influenciar a reprodução, o


desenvolvimento gonadal, o número e a qualidade de ovócitos e espermatozoides
(NAVARRO et al., 2006). Portanto, escolher os ingredientes utilizados na confecção
das dietas, considerando a sua composição de vitaminas, poderá refletir no
desenvolvimento reprodutivo do peixe, (NAVARRO et al., 2006). Como critérios para
avaliar os efeitos da nutrição na reprodução, são usados o índice gonadossomático o

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índice hepatossomático e o estádio de desenvolvimento gonadal. Este trabalho visa


abordar a importância das vitaminas E, C e A na reprodução de peixe. A nutrição e
alimentação de peixes de água doce têm alcançado hoje no mundo grandes avanços no
que se diz a respeito de desempenho zootécnico dos organismos aquáticos como um
todo (NAVARRO et al., 2006).

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Elaborar uma pesquisa bibliográfica sobre Processo de Absorção e digestão das


vitaminas e proteínas nos Peixes

1.1.2.Específicos

 Compreender sobre a importância das proteínas e vitaminas nos peixes;


 Descrever os Processo de Absorção e digestão das vitaminas e proteínas nos
Peixes
 Debruçar sobre a aplicação de técnicas de engenharia de aquacultura no
enriquecimento da dieta dos peixes.

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2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Alimentos
São substâncias que, quando ingeridas pelos peixes, apresentam propriedades nutritivas,
ou melhor, podem ser transformadas e aproveitadas pelos mesmos, sustentando-lhes a
saúde, a vida e a produção. Em outras palavras, o alimento é, portanto, qualquer produto
natural (animal ou vegetal) ou artificialmente preparado que, quando usado
convenientemente, possui valor nutritivo na dieta (MIRANDA, et., al 2000).

2.2. Nutriente ou princípio nutritivo


É qualquer constituinte do alimento ou grupo de constituintes dos alimentos, da mesma
composição geral, que contribui para manutenção da vida. Exemplos: proteínas,
hidratos de carbono, gorduras e fibras (NAVARRO et al., 2006).

2.3.Nutriente digestível
É a porção de um nutriente que pode ser digerido e aproveitado pelo organismo do
peixe (NAVARRO et al., 2006).

2.4. Aparelho Digestivo dos Peixes


Os peixes apresentam múltiplas variações da estrutura básica do trato gastrointestinal
dos vertebrados, as quais estão geralmente correlacionadas ao tipo de alimento
consumido e ao ambiente, a maioria dos peixes é generalista, explorando uma grande
diversidade de itens alimentares disponíveis.Mesmo quando ingerem um único tipo de
alimento, os peixes podem substituí-lo por outro totalmente diferente quando o primeiro
se torna indisponível, ou podem mudar de hábito alimentar ao longo da vida
(QUINTERO et al., 2000).
De acordo com Navarro et al., 2006 a organização do aparelho digestivo nos peixes se
relaciona com sua nutrição e habitat, provocando variações morfológicas de caráter
permanente – evolução filogenética - ou caráter temporário (modificações no ciclo
ontogenético). O trato digestivo é o tubo que vai da boca ao ânus pelo qual passam os
alimentosnSubdividido em:
 Boca em posição terminal, rodeada de maxilas e mandíbulas distintas;
 Cavidade oro - branquial;
 Dentes cônicos e finos;

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 Pequena língua ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos movimentos


respiratórios;
 Intestino anterior (esôfago e estômago);
 Intestino médio (intestino propriamente dito);
 Intestino posterior (reto);
 Os vários tecidos e órgãos relacionados ao intestino estão envolvidos com a
apreensão, mastigação e deglutição, seguidas da digestão, absorção dos nutrientes e
excreção;
 Ânus e orifício urogenital.

2.5. Função
 Recebimento de alimento e armazenamento por um pequeno período;
 Redução física e redução química;
 Absorção dos produtos gerados;
 Eliminação dos dejetos não absorvidos.

2.6. Órgãos
 Boca e Cavidade Oral;
 Esôfago;
 Estômago;
 Intestino e Cecos;
 Fígado, Vesícula Biliar.âncrease Pâncreas.

2.7. Boca
Corresponde à abertura anterior da cavidade oro branquial. Sua posição, formato e
tamanho estão relacionados aos hábitos alimentares e à forma de apreensão do alimento
(NAVARRO et al., 2006).

2.8. Cavidade Oro- Branquial


Funções: retenção e manipulação de alimento.Nas paredes da cavidade,terminações
nervosas da gustação,glândulas secretoras de muco. Encontramos os rastros (formações
cartilaginosas ou ósseas com a finalidade de reter alimentos pequenos que poderiam
escapar) e diversos tipos de dentes, nas maxilas (maxilar inferior, superior e
remaxilar),no vômer, nos palatinos, língua, faringe e nos lábios, função dos dentes

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maxilares: segurar o alimento, também podem apresentar dentes especializados para


triturar, raspar e cortar (VASSALLO, et., al 2000).

2.9. Esôfago
É um órgão tubular que serve de passagem entre a cavidade oro-branquial e o estômago.
Geralmente é curto (pode ser longo dependendo do comprimento do corpo do peixe e da
posição do estômago) e as vezes fundido ao estômago. Apresentam pregas ou papilas
dirigidas para o estômago (QUINTERO et al., 2000).
Revestimento: está muito dobrado e é altamente distendivel.
Epitélio: vascularizado, células colunares estratifica das. Musculatura externa: fibras
estriadas.

2.10. Estômago
É uma dilatação do tubo digestivo onde os alimentos são mantidos o tempo necessário
para realizar a digestão ácida. Os estômagos podem ser retos, ou ter forma de "U"
ou"Y". Porções: anterior (esofágica) - de paredes finas média (fúndica) - revestimento é
espessado e com uma camada densade glândulas gástricas tubulares rectas. Secretas
ossucos para a digestão posterior (pilórica) - de paredes grossas (triturar) com muitas
glândulas; Epitélio de revestimento da mucosa: espesso e cheio de glândulas e lâmina
própria com TC frouxo (CYRINO JEP, et., al 2000).
Camada muscular externa: fibras musculares em varias direcções para fortificar o
estômago.
Algumas espécies apresentam a abertura do ducto pneumático no estômago,
funcionando também como passagem de ar à vesícula gasosa.
Espécies sem estômago: todo o tubo digestivo com a aparência do intestino (pode
ocorrer um pseudo-estômago bulbo intestinal).
Ingerem alimentos com altos teores de substâncias alcalinas, indigeríveis ou de fácil
digestão (areia,lodo,celulose, coral), porque seriam difíceis de serem transportados
através de um estômago, além de inviabilizarem a digestão ácida (VASSALLO, et., al
2000).

2.12. Intestino
Local onde a digestão é completada e os nutrientes são absorvidos é todo enrolado, com
pregas no revestimento mucoso e vilosidades digitiformes e microvilos, hepitélio

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células colunares com núcleo basal, presença de vilosidades, dobramentos da parede da


musoca. Lamina própria camada sub mucosa formada por TC frouxo que preenche
internamente as vilosidades (CYRINO JEP, et., al 2000).
 Camada muscular externa tecido muscular liso dividido em duas camadas.
 Camada mais interna circunda o orgão.
 Camada mais externa as fibras ficam longitudinalmente.
Geralmente tubulares as secreções do fígado e pâncreas caem no duodeno (primeira
porção); Porção final pode ser uma cloaca (câmara comum entre aparelho digestivo e
órgãos urinários); Válvula espiral essa parte tem maior diâmetro, a mucosa se projecta
para dentro como uma única prega, lembrando uma espiral dentro de um tubo, a
vantagem é o aumento da superfície de absorção sem a necessidade de aumentar o
comprimento do trato (NAVARRO et al., 2006).

2.13. O curto recto se liga à cloaca.


Glândula rectal: apêndice dorsal do repto - para a excreção de sais.
Peixes ósseos: poucos possuem cloaca, não apresentam glândula retal, seu intestino
forma curvas em “S” e possui tamanho maior.
Peixes cartilaginosos: forma é “retilínea”, (poucos do barramentos) (MIRANDA, et., al
2000).

2.14. Cecos Intestinais


São formações tubulares com fundo cego e com abertura geralmente situada na região
pilórica do intestino (cecos pilóricos). Estão situados principalmente no início do
intestino. A estrutura histológica é semelhante à do intestino e supõe-se que têm por
função aumentar a área de absorção do intestino. Funções: aumentar o pH do bolo
alimentar e possível armazenamento de alimento. Peixes sem estômago não têm cecos
(VASSALLO, et., al 2000).

2.15. Fígado e Vesícula Biliar


Fígado é o maior órgão do corpo, deposito de carboidratos e gordura função estocar
gordura (útil para diminuir o peso específico do peixe), transforma proteína em
carboidratos e gordura com liberação de restos nitrogenados que vão para as brânquias
onde serão liberados (VASSALLO, et., al 2000).
O fígado e vesícula se desenvolvem a partir de divertículos hepáticos no tubo digestório.

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O divertículo caudal forma a vesícula e o cranial se expande e ramifica-se para formar o


fígado (MIRANDA, et., al 2000).

2.2. Principais nutrientes e necessidades nutritivas dos peixes cultivados


Os animais requerem proteínas, aminoácidos, gorduras (lipídios), hidratos de carbono,
fibras, vitaminas e minerais em suas dietas. Os tipos e quantidades de cada um desses
nutrientes variam, não somente entre as espécies, mas dentro das espécies, com a idade,
funções produtivas e condições ambientais. Por exemplo, o peixe jovem, em
crescimento activo, requer nível mais alto de proteína que um peixe adulto. Machos e
fêmeas em maturação de gônadas requerem maiores níveis de nutrientes do que peixes
em repouso gonadal. No entanto, essas necessidades não estão bem estabelecidas para a
grande maioria das espécies cultivadas ou potencialmente importantes para a
piscicultura (NAVARRO et al., 2006).

2.2.1. Energia e exigência de calorias


Os peixes necessitam de energia para crescimento, actividades físicas, processos
digestivos, reprodução, regeneração dos tecidos e outros fins. A energia propícia
capacidade de trabalho para todos os organismos animais. O processo biológico de sua
utilização é definido como metabolismo. A taxa em que cada utilização de energia
ocorre é chamada taxa metabólica. Esta nos peixes é influenciada pela espécie,
temperatura, idade ou tamanho do corpo e parâmetros químicos da água, tais como
oxigênio dissolvido (O2D), CO2, pH, salinidade e outros.
A energia liberada pelo metabolismo dos alimentos assume as formas de energia livre,
usada nos diferentes trabalhos orgânicos, e energia calórica, utilizada na termoregulação
corporal. Os peixes, como seres pecilotermos, não utilizam esta última e, por isto, levam
grande vantagem como transformadores de alimentos em proteínas de alto valor
nutritivo (ALMEIDA, 2010).
Os peixes e outros animais aquáticos utilizam fontes de energia diversas, havendo
diferença na utilização da mesma pelas distintas espécies. As de água fria aproveitam
muito bem proteínas e lipídios como fontes de energia e pobremente os carboidratos. As
de água quente utilizam carboidratos digestíveis relativamente bem.
Proteínas são boas fontes de energia, mas, usualmente, são mais caras do que os
hidratos de carbono e as gorduras. Uma dieta balanceada de baixo custo deve conter
suficientes quantidades de gorduras e hidratos de carbono, para reduzir ao mínimo o uso

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de proteínas como fonte de energia, ficando as mesmas como matéria-prima para


crescimento dos peixes (CYRINO JEP, et., al 2000).
Desse modo, as fontes de energia presentes nos alimentos são proteínas, gorduras,
carboidratos e fibras. Estas últimas quase não são digeridas pelos peixes e por isto não
têm maior importância. Os três primeiros devem estar balanceados nas dietas, para que
o peixe possa encontrar nutrientes e energia necessários para o seu desenvolvimento.
Atualmente a formulação de dietas para animais tem sido feita visando às exigências
energéticas. Para tanto, a relação energia/proteína, que é um dos itens de fundamental
importância para a nutrição animal, para os peixes é o ponto que merece atenção
prioritária, quando da determinação das exigências nutritivas de uma espécie que se
pretende criar (NAVARRO et al., 2006).
Estudos mostraram que peixes carnívoros parecem exigir maior relação energia/proteína
e que os herbívoros podem se desenvolver em níveis energéticos mais baixos. A dada
temperatura, as necessidades de energia de mantença (diferença entre a energia
absorvida e a depositada nos tecidos) são maiores em peixes adultos que nos jovens
(ALMEIDA, 2010).

2.3. Absorção das vitaminas e Proteínas nos Peixe


São compostos orgânicos requeridos em quantidades bem pequenas, actuando como
enzimas ou co-enzimas nos processos metabólicos, na maioria das formas de vida,
alguns organismos são incapazes de sintetizar as vitaminas (ABIMORAD, 2008).
Em cultivos extensivos e semi-intensivos, com baixas densidades de estocagem, o
alimento natural está sempre em abundância e assim suficiente para suprir as vitaminas
essenciais. Em cultivos com altas densidades de estocagem, como gaiolas e race-way, o
alimento natural está limitado e desta forma as vitaminas devem ser suplementadas na
dieta,para proporcionarem crescimento normal (ALMEIDA, 2010).
Pesquisas mostraram que diversas vitaminas são necessárias à saúde, vida acrescimento
dos peixes, algumas são essenciais para determinadas espécies mas não para outras.
Níveis óptimos de vitaminas para os peixes são conhecidos apenas aproximadamente e,
portanto, nutricionistas as vezes recomendam mais do que podem ser, realmente,
exigidos. Os requerimentos deste nutriente pelos peixes são afectados pelo tamanho,
idade, velocidade decrescimento, estádio de maturação gonadal, factores ambientais e

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inter-relacionamento entre nutrientes, os efeitos destas variáveis não têm sido


adequadamente avaliados (BOCK, 2007).
Os tipos de vitaminas e suas quantidades requeridas pelos peixes de água quente têm
sido determinados em laboratório, através do fornecimento de dietas purificadas,
deficientes em uma vitamina específica. Este é o método de tentativas, graças ao qual
foram determinadas as exigências de vitaminas, em termos de mg/kg da dieta seca, para
diversas espécies (BOTARO, 2007).
Determinou-se que a tiamina pode ser particularmente importante para certos peixes que
se alimentam de dietas ricas em carboidratos, como a carpa capim, Ctenopharingodon
idella, tainhas, Mugil sp., e outros, que se nutrem de fitoplânctone e vegetais. A
piridoxina está relacionada ao nível protéico da dieta e, por isto, esta é a vitamina mais
limitante nos alimentos de espécies carnívoras (ALMEIDA, 2010).
A maioria das vitaminas requeridas pelos peixes ocorre em quantidade suficiente nos
ingredientes usados na formulação de dietas balanceadas. Contudo, algumas matérias-
primas são deficientes em determinadas vitaminas essenciais, principalmente a A, a
riboflavina (B2), a niacina (ácido nicotínico) e o ácido pantotênico (BOCK, 2007).
Cuidados especiais devem ser tomados para se incluir ingredientes ricos naquelas ou
fornecê-las na forma de concentrados. Existem evidências de que algumas espécies de
peixes não podem usar beta-caroteno como fonte de vitamina A. Como aquele é a forma
desta nos vegetais, pode ser aconselhável usar-se um óleo de peixe rico na mesma ou
adicioná-la pura, em veículo alcoólico, acetato ou palmitato (ALMEIDA, 2010).
As vitaminas A e D contribuem para a formação do corpo, pois a primeira é necessária
à síntese das proteínas e a segunda ao desenvolvimento dos ossos. A vitamina A
assegura o crescimento normal, assim como a saúde e integridade do tecido epitelial,
finalmente, a D desempenha importante papel no metabolismo do cálcio e do fósforo. O
caroteno e a vitamina A podem ser armazenados no fígado dos animais (NAVARRO et
al., 2006).
Os principais componentes do grupo das vitaminas D, que incluem diversos
biocatalizadores, são a D2 ou calciferol e a D3 ou delsterol. A primeira ocorre em
vegetais e na levedura irradiada e a segunda no óleo de fígado de peixe.
Na formulação de dietas balanceadas para peixes deve-se incluir quantidades adequadas
de cada uma das vitaminas que se sabe serem úteis para estes animais, na indústria e

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comércio de rações utilizam-se diversos concentrados vitamínicos, tais como premix,


pintail e vionate L (NAVARRO et al., 2006).

3. CONSIDERACOES FINAIS.

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Embora possa ser encontrada uma vasta quantidade de estudos relacionados com
nutrição e alimentação dos peixes, muitos estudos ainda são necessários para determinar
as exigências nutricionais para peixes criados em sistemas intensivos.

Estudos realizados até o momento não conseguiram comprovar as vantagens que o uso
de aditivos em rações para peixes tenha melhorado o desempenho produtivo dos
mesmos. Uma hipótese provável seria a diferença entre os ambientes dos experimentos
e ambientes normais de produção.

Os estudos têm sido demonstrada a necessidade de suplementação de vitaminas A, E e


C, principalmente no início do desenvolvimento gonadal e no período da vitelogênese
dos peixes em reprodução. Alguns sinais, como o retardamento no desenvolvimento
gonadal, a baixa eclodibilidade, a diminuição na fertilização e a baixa motilidade
espermática, associados à baixa disponibilidade destas vitaminas são fatos que
evidenciam a importância destas na eficiência reprodutiva nesses animais.

4. FERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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 ALMEIDA, L. C. de. Desempenho produtivo, eficiência digestiva e perfil


metabólico de juvenis de tambaqui, Colossoma macropomum, alimentados com
diferentes taxas de carboidrato/lipídio. 2010.
 Franck Genten, Eddy Terwinghe and André Danguy Department of Histology and
Biopathology of Fish Fauna, Université Libre de Bruxelles (U.L.B.), Brussels
ISBN 2009.
 Alvarez- Lajonchere L. Nutrición de reproductores de peces marinos. In:
Simposium Internacional de Nutrición Acuícola, 8, León, Monterrey, México.
Anales ... León, México, 2006.
 ABIMORAD, E. G. Digestibilidade e exigência de aminonácidos para juvenis de
pacu, Piaractus mesopotamicus. 2008.
 ALMEIDA, L. C. de. Desempenho produtivo, eficiência digestiva e perfil
metabólico de juvenis de tambaqui, Colossoma macropomum (Cuvier, 1818),
alimentados com diferentes taxas de carboidrato/lipídio. 2010.
 Navarro RD, Lanna EAT, Donzele JL, Matta SLP, Souza MA. Níveis de energia
digestível da dieta sobre o desempenho de piauçu (Leporinus Macrocephalus) em
fase pós-larval. Acta Scient Zootech, 2007.
 Pezzato LE. Alimentação de peixes-relação custo e benefício. Reunião Anual
Sociedade Brasileira de Zootecnia, 36, 1999, Porto Alegre, RS. 1999.
 Vassallo-Agius, R, Imazumi H, Watanabe T, Yamazaki T, Satoh S, Kiron V. The
Influence of astaxanthin suplemented dry pellets on spawning of striped jack.
Fish Sci , 2001.
 Cyrino JEP, Pórtz L, Martino RCI. Retenção de proteína e energia em juvenis de
“Black Bass” Micropterus Salmoides. Sci Agric, 2000.

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