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São eles:
*sabedoria,*
*entendimento,*
*conselho,*
*fortaleza,*
*ciência,*
*piedade*
*e temor de Deus.*
*Sabedoria:* este dom como que nos emudece diante das maravilhas de Deus. Ele faz
sentir e saborear com docilidade os mistérios de Deus. Concedendo-nos uma
compreensão não humana dos mistérios e da grandeza divina. É considerado o maior
de todos os dons, porque eleva o homem a uma experiência sobrenatural de Deus. Diz
o Senhor: “Feliz aquele que encontrou a Sabedoria…”
*Inteligência,* é o dom que nos faz penetrar na Verdade Divina.
*Conselho:* é o dom que nos faz agir com esperteza e nos faz escapar das astúcias
dos nossos inimigos, muitas vezes, fazendo-nos escapar dos olhos da prudência
simplesmente humana. Concede-nos a maneira certa de proceder diante de algumas
situações que poderiam pôr em risco o caminho rumo a salvação.
*Fortaleza:* é o dom que nos move a executar o que nos ensina o conselho, tendo
como finalidade a maior glória de Deus, apesar dos sacrifícios exigidos para isso. É,
frequentemente, encontrado na vida dos mártires, aqueles que, conduzidos por uma
força divina, deram a vida por Cristo.
*Ciência:* este dom está ligado intimamente com a Providência Divina, pois, pelo Dom
de Ciência, conseguimos ver a mão de Deus nos acontecimentos mais ordinários do
cotidiano. Ensina-nos a olhar os fatos da vida com o olhar de Deus.
*Piedade:* é o dom que nos faz tratar as coisas de Deus como sagradas, e a Ele mesmo
com simplicidade, confiança verdadeira, como um filho deveria tratar o seu Pai. A
piedade nos ajuda a entender o nosso lugar de filhos para com Deus e nos faz tratá-Lo
como Pai.
*Temor de Deus:* não é um dom que nos faz ter medo de Deus, mas, em tudo, nos faz
querer agradar-Lhe.
AS BEM-AVENTURANÇAS
1- Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
2- Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
3- Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
4- Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
5- Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
6- Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
7- Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
8- Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o
reino dos céus;
9- Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo,
disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Apóstolo Paulo distingue apenas doze em sua Epístola aos Gálatas: "O fruto do espírito
é *a caridade, o gozo, a paz, a paciência, a longanimidade, a bondade, a benignidade, a
mansidão, a fidelidade, a modéstia, a continência, a castidade" (Gl 5, 22-23).*
1°.*Caridade*
A caridade - "sentimento primordial e raiz de todos os sentimentos", segundo São
Tomás - é o primeiro fruto do Espírito Santo. Nela, o Paráclito dá-Se de forma toda
particular "como em Sua própria semelhança", uma vez que, no eterno e inefável
convívio entre as três Pessoas da Santíssima Trindade, Ele é o Amor substancial do Pai
para com o Filho, e do Filho para com Pai.
3°. *Paz*
A paz é procurada em nossos dias, e como parece escorregar de nossas mãos! Numa
existência agitada e ruidosa, marcada a fundo pela violência e pelo pecado, tudo
concorre para arrancar- nos a paz interior. Como são atuais as palavras de Jeremias:
"Exclamam ‘Paz, paz!' quando não há paz" (Jr 6, 14).
4°. *Paciência*
Depois de considerar os frutos do Espírito Santo que ordenam a mente para o bem,
vejamos aqueles que a levam a atuar de forma correta perante a adversidade: a
paciência e a longanimidade.O primeiro nos torna inalteráveis ante os males
iminentes; o segundo, imperturbáveis com a prolongada espera dos bens, dado que a
privação destes já é um mal. Derivada da fortaleza, a virtude da paciência "inclina a
suportar sem tristeza de espírito nem abatimento de coração os padecimentos físicos
e morais". Segundo Santa Catarina de Sena, a paciência é a "rainha posta na torre da
fortaleza, que vence sempre e nunca é vencida".
5°. *Longanimidade*
Pela longanimidade, o Espírito Santo nos leva a aguardar com equanimidade, sem
queixas nem amargura, os bens que esperamos de Deus, do próximo e de nós
mesmos. Não se trata de uma espera passiva e preguiçosa, mas sim de uma
manifestação de coragem que se estende no tempo, de uma dilatada esperança que
nos faz fortes de alma nas delongas espirituais.
Frutos de longanimidade vemos em abundância na vida de Santa Mônica, durante os
muitos anos em que receava pela salvação eterna do filho Agostinho, transviado na
imoralidade e na heresia. Sem nunca esmorecer na confiança, rezava
persistentemente pela sua conversão.
6°. *Bondade*
Depois de bem disposta a mente em relação a si mesma, cumpre ajustá- la em relação
ao que lhe está ao redor: *o próximo.* Isto se dá, em primeiro lugar, pela bondade,
isto é, pela *"vontade de agir bem".* Por efeito de nossa união com Deus, somos
compelidos pelo Espírito Santificador a beneficiar os outros.Nossa alma como que se
dilata e expande, a ponto de nos converter, de certa forma, em amor. Pois, "como o
carvão ou a barra de aço, em si mesmos negros e frios, se tornam brilhantes e
ardentes como o fogo, assim a alma imersa nesse braseiro de amor que é o Espírito
Santo se torna semelhante em todas as coisas ao divino Espírito".
*Jesus nos deixou registrado o paradigma dessa bondade na parábola do filho pródigo
(cf. Lc 15, 11-32).*
7°. *Benignidade*
O fruto da benignidade se distingue ao da bondade por já ser, não só um querer, mas
um praticar efetivo do bem. Aqui o carvão ou a barra de aço do exemplo anterior não
apenas brilham e ardem, mas queimam e inflamam.Por isso "chamam-se benignos
aqueles a quem o ‘fogo bom' do amor se inflama em favor do próximo". Modelo desse
amor que "se inflama em favor do próximo" foi São Vicente de Paulo. Pedia
insistentemente a Deus que lhe desse um espírito benigno; e conseguiu, com a ajuda
da graça, domar seu temperamento seco e bilioso, tornando- se cortês e
afável.Transformou-se a ponto de se lhe tornar natural uma polidez de trato
maravilhosa, com palavras sempre amáveis para todo tipo de pessoas.
8°. *Mansidão*
Uma terceira disposição da mente ao ordenarse em relação ao próximo é a mansidão,
pela qual refreamos a ira e suportamos com serenidade de espírito os males infligidos
pelos outros.
Santa Teresinha do Menino Jesus nos dá belíssimos exemplos de mansidão perante
impulsos de irritação, ensinando-nos a praticar esta virtude na vida cotidiana.*Eis um
deles: Estando um dia as freiras trabalhando na lavanderia conventual, constituída por
grandes tanques comunitários, aconteceu de uma irmã, por falta de atenção, lançar
sobre a Santa uma chuva de água com sabão. Como é natural, isso lhe provocou um
ímpeto de indignação. Mas, acalmada pela brandura do Espírito Santo, logo se
conteve, recorrendo ao piedoso subterfúgio de imaginar que o Menino Jesus estava
brincando com ela... esborrifando-lhe água e sabão.*
9°. *Fé*
A fé em prática é chamada de fidelidade, é a característica daquele que é honesto,
confiável e transparente em seu relacionamento pessoal com Deus e com outras
pessoas.
“Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos
olhos, porém o Senhor olha para o coração.”1 Samuel 16:7
De acordo com esse versículo Deus conhece profundamente o coração de todos os
homens e sabe se estamos sendo honestos e transparentes com Ele.
10°. *Modéstia*
Por fim, após ordenar-se a mente em face do que lhe está em volta, cumpre fazê-lo
quanto ao que lhe é inferior, e isto se dá em primeiro lugar pela modéstia,
"observando o comedimento em tudo o que diz e faz".Esta virtude mantém nossos
*olhos, lábios, risos, movimentos, enfim, toda a nossa pessoa, sem excluir nossos
trajes, nos justos limites "que correspondem a seu estado, habilidade e fortuna".*
Santo Agostinho recomenda particular cuidado com a *modéstia exterior, que tanto
pode edificar quanto escandalizar os que nos rodeiam.*
*Virtudes teologais*
Virtudes teologais ou teológicas, são três:
1°. Fé
2°. Esperança
3°. Caridade
*Virtudes cardeais*
As virtudes cardeais são quatro:
1°. Prudência
2°. Justiça
3°. Fortaleza
4°. Temperança
INIMIGOS DA ALMA
Os inimigos da alma são três:
*1°.* Mundo
*2°.* Demônio
*3°.* Carne.
O MUNDO
Dentre os três inimigos da alma, o mundo é o mais fácil de ser vencido, uma vez que
exige de nós uma tomada de posição clara e decisiva: SIM ou NÃO. Trata-se aqui de
termos a opção clara de qual senhor queremos servir: ao mundo ou a Jesus? Temos
que OPTAR: ou amamos o mundo, com suas falsas delícias e mentiras ou amamos o
Senhor que nos deu a vida.
O DEMÔNIO
Se o mundo é o mais fácil dentre o três, este segundo inimigo, o demônio, é o mais
difícil de se descobrir suas obras. Antes de nos aprofundarmos mais, precisamos ter a
certeza de que o demônio existe e oferece forte oposição contra nossa caminhada ao
céu.
A CARNE
Por fim, o terceiro inimigo que investe contra a alma: a carne. Esta, dentre os três, é o
mais tenaz e pegajoso dos inimigos.
https://www.diocesesa.org.br/2017/07/os-tres-inimigos-da-alma/