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INTRODUÇÃO
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Elaborado por JPC prof. Auxiliar-ISCED ano lectivo 2021/2022
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Émile Durkheim (1858 – 1917) se baseou nas idéias de Comte para formular
sua teoria. Para ele, a Sociologia é o estudo dos fatos sociais. Esses fatos
sociais são as formas e padrões pré-estabelecidos de um grupo social.
Durkheim achava que os fatos sociais, por ter características próprias,
deveriam ser estudados de maneira singular. O ideal de Durkheim foi tão
importante para a Sociologia, pois é a partir daí que ela passa a ser
considerada uma ciência.
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Max Weber (1864 – 1920) teve uma linha de pensamento mais aproximada de
Durkheim, onde os dois estudiosos defendiam a objetividade em relação ao
método científico. No entanto, enquanto Durkheim se preocupava com a
análise objetiva da sociologia, Weber pretendia tomar a compreensão da
ciência, diferenciando também da análise crítica de Marx. Weber foi importante
no sentido de direcionar as ciências sociais para a imparcialidade, passo
fundamental para o surgimento do sociólogo como profissão.
Como ciência, a Sociologia pode ser geral e especial. E geral quando estuda
os fatos sociais considerados em suas manifestações gerais, isto é, quando
consideramos a sociedade em seu sentido mais amplo, e especial quando se
ocupa de determinado grupo de fatos sociais da mesma natureza é. Assim, a
Sociologia divide-se em várias disciplinas, que nada mais são que Sociologias
especiais: Sociologia do Direito, da Religião, do Lazer, da Arte, do Trabalho, do
Desenvolvimento, da Educação, Rural entre outras.
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♦ o papel do professor.
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Análise da educação
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Cada um de nós tem uma parte de cultura espontânea e uma parte de cultura
erudita. Alguns mais, outros menos, mas todos aprendem a cultura espontânea
e a erudita.
a. Educação assistemática:
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♦ local apropriado;
♦ currículo;
♦ método conveniente;
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Nas comunidades mais isoladas, como, por exemplo, algumas tribos indígenas
e africanas, onde não há escola, a educação assiste¬mática é a única forma de
educação existente. Nestas sociedades ágrafas, ou seja, que não têm escrita,
as crianças e jovens aprendem vivendo, participando ativamente da vida
familiar e comunitária. Adaptam-se paulatinamente ao estilo de vida da tribo. As
provas por que passam os adolescentes, antes de ingressarem no mundo dos
adultos, representam apenas uma formalidade para consagrar uma
acomodação já efetivada.
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A educação é um fato social que, a princípio, tem por função socializar, integrar
as gerações imaturas na sociedade e desenvolver a sociedade em geral e os
indivíduos em particular. Tem, pois, as funções de ajustamento e
desenvolvimento social.
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2. que afirma que a educação tem uma função inovadora e garante mudanças
e progressos, tanto no nível individual quanto no social.
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Teoria técnico-funcional
Nesta teoria que dominará boa parte das análises produzidas no campo,
esta se desenvolveu a partir da importância dada à educação, no processo de
estratificação social e de modernização da sociedade. Neste caso, privilegiam-
se as exigências de uma sociedade tecnocrática e o papel da educação para
dar uma resposta às necessidades crescentes de formação técnica e científica
e às necessidades de mobilidade da mão-de-obra.Pode-se afirmar, em linhas
gerais, que as proposições básicas dessa teoria são as seguintes:
A mudança tecnológica exige progressivamente mais habilidades para o
trabalho, isto é, aumenta a proporção de empregos que requerem mais
alto nível de habilidade e que aumenta o nível de exigência de
habilidades pelos empregos em geral.
As crescentes exigências de habilidades levam à maior demanda de
educação por parte dos empregadores, isto significa escolarização mais
longa e matrícula de maior número de pessoas nas escolas.
As exigências mais elevadas de educação levam à predominância da
realização sobre a atribuição e à construção de sociedades baseadas no
mérito.
Teorias do Capital Humano
Esta teoria tem impacto ainda maior no âmbito da sociologia da educação,
uma vez que relaciona educação com investimento econômico e produtividade.
A educação deixa de ser percebida como um bem de consumo para ser vista
como investimento, o que lhe dá grande legitimidade como objeto de estudo, e
consolida, em larga medida, o campo da sociologia da educação.
Nos anos pós-guerra, os sociólogos da educação recorrem
permanentemente a uma visão economicista da educação, o que lhes concede
uma dupla legitimidade, reconhecendo, por um lado, o papel impulsionador da
educação no processo de crescimento econômico e, por outro, o de
instrumento de equalização das oportunidades e de redistribuição de bens e
serviços.
No início da década de 1960, a teoria do capital humano foi desenvolvida e
divulgada como demonstração do valor econômico da educação. Em
consequência, a educação passou a ser entendida como aspecto fundamental
para o desenvolvimento da economia.
Os principais temas de pesquisa que se inserem no interior desta
problemática são:
A mobilidade social;
Os mecanismos de seleção escolar que remetem à temática da
necessária democratização do ensino;
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a) função de inculcação;
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Por isto a escola pode ser percebida como um dos mecanismos mais eficazes
de “conservação social. A ‘ação do privilégio cultural’ é um dos mecanismos
mais seletivos que opera no interior do sistema escolar, ou seja, a transmissão
da herança cultural”. A posse deste “capital” permitiria o acesso a percursos
escolares marcados pelo sucesso e pela distinção, legitimando, pela via da
escola, um “patrimônio” familiar – a cultura – transmitido por herança às futuras
gerações entre famílias de classe social favorecida.
A influência deste capital é percebida pela relação entre o nível cultural global
da família e o êxito escolar da criança. A “ancestralidade” na transmissão deste
capital não pode ser desconsiderada, como o nível cultural dos avós, por
exemplo. As partes mais “rentáveis” do capital escolar na escola seriam o
capital linguístico e a chamada “cultura livre”, marcada por experiências
extraescolares. A “cultura livre” é desigualmente distribuída entre as diferentes
classes sociais e a escola nada mais faz do que perpetuar estas diferenças.
Quanto mais rico for o conhecimento dos estudantes (sobre cinema, música,
artes em geral), mais elevada é sua origem social. As atitudes da família em
relação à escola refletem, pois, a posição social que esta ocupa na sociedade:
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quanto mais elevada for sua posição social, maiores suas expectativas de
escolarização, e quanto mais desfavorecida for a família, mais limitadas suas
aspirações em relação ao futuro. A ação do meio familiar sobre o sucesso
escolar parece ser quase exclusivamente cultural, uma vez que a proporção de
“bons alunos” parece aumentar com a renda e com o nível do diploma do pai.
As duas instâncias, quando conjugadas, permitem aos pais não somente
intervir com competência na escolaridade dos filhos, mas influenciar no
desenvolvimento do aluno por meio do ambiente familiar e, notadamente, das
conversas e dos diálogos entretidos entre pais e filhos.
Pode-se dizer que a cultura de elite é tão próxima à cultura escolar que as
crianças originárias de outras classes não podem adquirir, senão
penosamente, o que é herdado pelos filhos das classes cultivadas: o bom
gosto, o estilo, o talento etc. A “ideologia do dom” é aquela que acredita na
transmissão quase osmótica do capital cultural (por isso o sentido do “inato”) e
transforma as desigualdades sociais em “desigualdades de dons” ou “méritos”.
Tal ideologia faz com que as classes desfavorecidas aceitem o destino que a
sociedade lhes reserva e acreditem, desta forma, que o responsável pelo seu
insucesso deriva de sua própria “inaptidão natural” para a cultura escolar.
Este período denota o rompimento com uma sociologia que vinha sendo feita
até meados da década de 1970, cujo enfoque era ainda o macroscópico. A
sociologia agora será apreendida no seu fazer cotidiano. Os sujeitos envolvidos
no processo educativo entram em cena e novos atores surgem neste contexto:
a família, os professores, os alunos. Assim como novos atores entram em
cena, assistimos também à recorrência de temas da “microssociologia”, como a
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Para os teóricos dessa corrente, o mundo deveria ser visto não apenas em
termos de dominação, inculcação, legitimação etc., mas se deveriam entender
as relações sociais em termos de resultados de conflitos, de projetos e de
debates entre os diferentes grupos sociais.
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A partir da década de 1980, ficou cada vez mais evidente para a sociologia da
educação que as opções teórico-metodológicas devem apoiar-se cada vez
mais nas necessidades da investigação e não em uma opção apriorística do
pesquisador por qualquer uma das alternativas. Isto porque, segundo Brandão
(2001, p. 156), uma antiga querela ainda ronda a pesquisa em sociologia da
educação: a divergência sobre qual a perspectiva mais compatível com o
estudo dos processos educacionais: a das relações face a face entre os
indivíduos empreendidas pelas análises microssociais, ou das relações entre
as estruturas – imposições mais gerais da sociedade –, por meio de análises
macrossociais.
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5- Até que ponto a educação pode representar uma mudança social? Lembre-
se de que, ao apresentar seu argumento, você deve justificá-lo de acordo com
as críticas e ideias dos autores mencionados no fascículo ou noutras
bibliografias consultadas.
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Bibliografia
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