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CATEGORIAS DE ANÁLISE DE THEÓPHILO (2004) COM BASE EM BRUYNE,

HERMAN E SCHOUTHEETE (1991)


1 TIPO DE ESTUDO
 Revisão de literatura
 Didático.
 Proposta, plano ou reforma
 Levantamento.
 Teórico.
 Teórico-empírico.
 Outro
2 CATEGORIAS DA PROBLEMÁTICA DE PESQUISA
2.1 Enunciação do problema de pesquisa
 Enunciação do problema.
 Problema acessível a um campo do conhecimento.
 Elementos relevantes do problema explicitados.
 Foco do problema delimitado.
 Juízo de valor presente nas questões de pesquisa.
2.2 Tipo de problema de pesquisa
 Empírico.
Os problemas empíricos exigem, para sua solução, operações empíricas, além de
exercícios do pensamento.
 Conceitual.
Já os problemas conceituais exigem somente trabalho cerebral, embora possam requerer
conceitualizações de operações empíricas.
 Metodológico.
Os problemas metodológicos são isentos de valoração
 Valorativo
Os problemas valorativos resultam em soluções que contêm juízos de valor
 Outro
2.3 Questões norteadoras
 ‘Como?’ e ‘por quê?’, de natureza explicativa.
 ‘O quê?’, ‘qual?’, ‘quais?’, de natureza exploratória.
 ‘O quê?’, ‘qual?’, ‘quais?’ na linha do ‘quanto?’ ou
 ‘quantos?’
 ‘Quem?’ ou ‘onde?’, com objetivo da descrição da incidência de um fenômeno.
 Outros tipos de questões.
3 CATEGORIAS DO PÓLO TÉCNICO
3.1 Tipo de estratégia
 Experimento.
 Quase-experimento.
 Levantamento.
 Estudo de caso.
 Pesquisa-ação.
 Outro.
3.2 Ênfase do estudo
 Foco nas relações de causa e efeito entre variáveis.
 Foco na distribuição de uma variável ou nas relações entre características de pessoas
ou grupos.
 Estudo aprofundado de um fenômeno complexo, inserido em algum contexto do
mundo real.
 Foco na busca conjunta, por parte do pesquisador e dos sujeitos da pesquisa, de
solução para problemas coletivos.
 Outra.
3.3 Ocorrência do fenômeno no tempo
 Acontecimentos históricos.
 Acontecimentos contemporâneos.
3.4 Representação das situações reais
 Situações de estudo fortemente controladas. Pouco próximas dos fenômenos reais.
 Situações de estudo controladas, mas que se aproximam dos fenômenos reais.
 Fenômenos ocorrem naturalmente no mundo.
3.5 Controle sobre eventos estudados
 Existência de controle sobre as variáveis de estudo ou sobre quem é exposto a elas.
Existência de controle sobre as variáveis estranhas ao estudo.
 Inexistência de controle sobre as variáveis de estudo. Distribuição dos sujeitos pelas
condições do estudo são processos naturais.
 Inexistência de controle sobre as variáveis de estudo. Ausência de procedimentos para
controlar variáveis estranhas ao estudo
3.6 Técnicas de coleta e análise de dados
 Pesquisa bibliográfica.
 Pesquisa documental.
 Observação.
 Questionário.
 Entrevista.
 Focus group.
 Análise de conteúdo.
 Outra.
4 CATEGORIAS DO PÓLO METODOLÓGICO
4.1 Abordagem Metodológica empirista
 Busca de superação da subjetividade, dos juízos de valor e das influências ideológicas.
 Somente é considerado verdadeiro o que é empiricamente verificável.
 Não há, propriamente, teoria; conhecimento é consequência da passagem do plano
observacional para crescentes generalizações.
 Baseada na indução e na busca do conhecimento apenas da face observável da
realidade.
 Valorização da capacidade dos sentidos de produzirem a evidência e a objetividade do
dado.
 Ênfase na observação empírica, teste experimental e mensuração quantitativa de
variáveis.
4.2 Abordagem metodológica positivista
 Desconfiança na especulação excessiva; rejeição da compreensão subjetiva dos
fenômenos.
 Investigação do que é possível conhecer; renúncia em buscar causas íntimas dos
fenômenos.
 Imprescindibilidade de uma teoria para nortear as observações.
 Ênfase na expressão lógica do discurso científico.
 Realidade concebida como formada por partes isoladas, de fatos atômicos.
 Ênfase na observação dos fatos.
 Busca da explicação dos fenômenos a partir da identificação das suas relações.
 Fenômenos desvinculados de uma dinâmica ampla e estudados por meio de relações
simples, sem aprofundamento nas causas.
 Emprego de questionários, entrevistas, escalas de atitudes e de opinião.
 Testes de hipóteses e busca de generalizações.
4.3 Abordagem metodológica estruturalista
 Baseia-se na inteligibilidade profunda do fenômeno e na capacidade da razão humana
de alcançá-la.
 O conhecimento da realidade torna-se possível quando são identificadas suas formas
subjacentes e invariantes.
 A realidade é aparentemente caótica, desordenada. O estudo dos seus elementos
internos profundos, contudo, revela a existência de uma ordem, de uma regularidade.
 Conjuntos diferentes podem ser confrontados, não a despeito, mas em virtude de suas
diferenças.
 Implica duas ideias: de totalidade e interdependência.
 Visa descobrir a estrutura do fenômeno, penetrar em sua essência para identificar suas
ligações determinantes.
 A estrutura é a sintaxe das transformações que fazem passar de uma variante a outra;
uma configuração restrita que define um conjunto organizado, ao mesmo tempo, em
sua singularidade e comparabilidade.
 Consiste em reconhecer, em conjuntos organizados, diferenças que não sejam puras
alteridades, mas que indiquem a relação comum segundo a qual se definem.
 A estrutura visada pela pesquisa atinge-se por meio da elaboração de modelos.
4.4 Abordagem metodológica sistêmica
 Baseia-se na concepção do mundo como uma organização.
 Crença na unidade da ciência baseada na isomorfia das leis nos diferentes campos do
conhecimento.
 Concepções elaboradas nos diversos domínios da ciência referem-se a sistemas.
 Privilegia a causalidade em termos de elementos em interação mútua.
 Reconhece numa problemática de pesquisa a predominância do todo sobre as partes.
 Privilegia o estudo do objeto de forma globalizada, com ênfase nos seus aspectos
estruturais e nas relações entre seus elementos constitutivos.
4.5 Abordagem metodológica fenomenológica descritiva
 O conhecimento da realidade dá-se com a apreensão das características essenciais de
todo e qualquer fenômeno que se manifeste à consciência.
 A experiência aplicável ao fenômeno ocorre por meio da vivência.
 As essências são apreendidas ‘voltando-se as próprias coisas’, suspendendo-se a
crença na realidade do mundo exterior.
 Fenômeno é tudo aquilo que se mostra ou se revela por si mesmo; todas as formas de
estar consciente de algo.
 Essências são as características fundamentais de todo e qualquer fenômeno; aquilo que
é inerente ao fenômeno, sem o que ele não é mais o fenômeno.
 Estudo da experiência vivida diretamente pelo pesquisador ou apreensão da
experiência vivida por outra pessoa.
4.6 Abordagem metodológica fenomenológica hermenêutica
 Mesmos pressupostos da fenomenologia descritiva.
 Adiciona, aos elementos da fenomenologia descritiva, a busca do conhecimento por
meio da interpretação. A hermenêutica almeja ir além dos dados manifestos, buscando
desvelar sentidos ocultos.
4.7 Abordagem metodológica dialética
 A realidade é essencialmente contraditória e em permanente transformação.
 Somente tratando a realidade como processo, e portanto, sede de contradições entre
traços e finalidades opostas, é que podemos dar sentido lógico à realidade; somente na
perspectiva da mobilidade, da mudança, é possível compreendê-la.
 Visa, simultaneamente, os conjuntos e seus elementos constitutivos; a totalidade e suas
partes; análise e síntese; movimento reflexivo do todo às partes e reciprocamente.
 É um abalo de todo conhecimento rígido. Todos os elementos do mesmo conjunto
condicionam-se reciprocamente numa infinidade de graus intermediários entre os
termos opostos.
 Baseia-se na unidade indissolúvel de duas dimensões: teoria e ação.
 Trata da ‘coisa em si’, mas esta não se apresenta imediatamente ao homem. É preciso
fazer um détour (desvio) para buscar conhecer as coisas e sua estrutura.
 O método dialético está vinculado a uma concepção de mundo; romper com o modo
de pensar dominante é condição para instaurar-se o método.
 É preciso superar as impressões primeiras, as representações fenomênicas dos fatos
empíricos e ascender ao seu âmago, às suas leis fundamentais.
 O instrumento metodológico da dialética são as categorias – conceitos básicos que
refletem os aspectos essenciais, propriedades e relações dos fenômenos e objetos.
5 CATEGORIAS DO PÓLO TEÓRICO
5.1 Programa de desenvolvimento científico
 Programa de investigação em superfície.
 Programa de investigação em profundidade
5.2 Postura teórica
 Objetivo cognitivo ou intrínseco. Postura positiva (o que é).
 Objetivo utilitário ou extrínseco. Postura normativa (o que deve ser).
5.3 Abordagem à teoria contábil
 Fiscal
 Legal
 Ética
 Estrutural (sistêmica)
 Microeconômica
 Macroeconômica
 Social
 Comportamental
6 CATEGORIAS DO PÓLO EPISTEMOLÓGICO
6.1 Causalidade
 Causalidade Explicativa
o Relação assimétrica (uma das variáveis influencia a outra)
 Associação entre um estímulo e uma resposta.
 Associação entre uma disposição e uma resposta.
 Associação entre uma propriedade e uma disposição.
 Variável independente é pré-requisito necessário, mas não suficiente
para dado efeito.
 Relação imanente entre duas variáveis.
 Relação entre fins e meios (finalista).
o Relação Simétrica (nenhuma das variáveis influencia a outra)
 Variáveis são indicadores alternativos do mesmo conceito.
 Variáveis apresentam-se como efeitos de uma causa comum.
 Variáveis são elementos indispensáveis de uma unidade funcional.
 Variáveis associam-se como partes de um sistema ou complexo
comum.
o Relação Recíproca (variáveis se influenciam mutuamente)
 Causalidade Compreensiva
 Causalidade Explicativa e Causalidade Compreensiva
6.2 Validade interna
 Identificação precisa de relações causais.
 Adequação do método ao problema.
 Referencial teórico do mesmo matiz.
 Conexão entre teoria e dados empíricos.
 Inexistência de contradições lógicas.
6.3 Hipóteses Concorrentes
 Com base no paradigma do ‘isolamento experimental’ e do ‘controle experimental’,
que envolve um número relativamente baixo, mas explicitamente especificado de
hipóteses concorrentes.
 Com base no paradigma da ‘atribuição aleatória a tratamentos’, que envolve controle
de um número infinito de hipóteses concorrentes, sem especificar em que consistem.
6.4 Validade externa
 Distribuição aleatória dos sujeitos pelas condições do estudo realizada pelo
pesquisador.
 Distribuição dos sujeitos pelas condições de estudo realizada por meio de processos de
seleção que ocorrem naturalmente.
 Uso de amostragem probabilística.
 Replicação dos resultados em outro momento e lugar, com diferentes pessoas e
procedimentos.
 Explicitação de passos com vistas à replicação dos resultados a outros casos.
6.5 Validade de constructo
 Definição de medidas operacionais.
 Utilização de múltiplas fontes de evidências.
 Encadeamento de evidências.
 Crivo da crítica por parte dos pesquisadores e outros participantes da pesquisa.
 Revisão do relatório de pesquisa por informantes-chave.
 Cuidado / critério na apreensão dos dados.
 Contenção da interferência ideológica excessiva.
 Outros.

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