O documento categoriza os elementos de análise de estudos de pesquisa. Ele divide as categorias em quatro pólos: 1) tipo de estudo, 2) problemática de pesquisa, 3) técnico e 4) metodológico. Cada pólo contém subcategorias como tipo de estratégia, ênfase do estudo, abordagens metodológicas e postura teórica.
O documento categoriza os elementos de análise de estudos de pesquisa. Ele divide as categorias em quatro pólos: 1) tipo de estudo, 2) problemática de pesquisa, 3) técnico e 4) metodológico. Cada pólo contém subcategorias como tipo de estratégia, ênfase do estudo, abordagens metodológicas e postura teórica.
O documento categoriza os elementos de análise de estudos de pesquisa. Ele divide as categorias em quatro pólos: 1) tipo de estudo, 2) problemática de pesquisa, 3) técnico e 4) metodológico. Cada pólo contém subcategorias como tipo de estratégia, ênfase do estudo, abordagens metodológicas e postura teórica.
CATEGORIAS DE ANÁLISE DE THEÓPHILO (2004) COM BASE EM BRUYNE,
HERMAN E SCHOUTHEETE (1991)
1 TIPO DE ESTUDO Revisão de literatura Didático. Proposta, plano ou reforma Levantamento. Teórico. Teórico-empírico. Outro 2 CATEGORIAS DA PROBLEMÁTICA DE PESQUISA 2.1 Enunciação do problema de pesquisa Enunciação do problema. Problema acessível a um campo do conhecimento. Elementos relevantes do problema explicitados. Foco do problema delimitado. Juízo de valor presente nas questões de pesquisa. 2.2 Tipo de problema de pesquisa Empírico. Os problemas empíricos exigem, para sua solução, operações empíricas, além de exercícios do pensamento. Conceitual. Já os problemas conceituais exigem somente trabalho cerebral, embora possam requerer conceitualizações de operações empíricas. Metodológico. Os problemas metodológicos são isentos de valoração Valorativo Os problemas valorativos resultam em soluções que contêm juízos de valor Outro 2.3 Questões norteadoras ‘Como?’ e ‘por quê?’, de natureza explicativa. ‘O quê?’, ‘qual?’, ‘quais?’, de natureza exploratória. ‘O quê?’, ‘qual?’, ‘quais?’ na linha do ‘quanto?’ ou ‘quantos?’ ‘Quem?’ ou ‘onde?’, com objetivo da descrição da incidência de um fenômeno. Outros tipos de questões. 3 CATEGORIAS DO PÓLO TÉCNICO 3.1 Tipo de estratégia Experimento. Quase-experimento. Levantamento. Estudo de caso. Pesquisa-ação. Outro. 3.2 Ênfase do estudo Foco nas relações de causa e efeito entre variáveis. Foco na distribuição de uma variável ou nas relações entre características de pessoas ou grupos. Estudo aprofundado de um fenômeno complexo, inserido em algum contexto do mundo real. Foco na busca conjunta, por parte do pesquisador e dos sujeitos da pesquisa, de solução para problemas coletivos. Outra. 3.3 Ocorrência do fenômeno no tempo Acontecimentos históricos. Acontecimentos contemporâneos. 3.4 Representação das situações reais Situações de estudo fortemente controladas. Pouco próximas dos fenômenos reais. Situações de estudo controladas, mas que se aproximam dos fenômenos reais. Fenômenos ocorrem naturalmente no mundo. 3.5 Controle sobre eventos estudados Existência de controle sobre as variáveis de estudo ou sobre quem é exposto a elas. Existência de controle sobre as variáveis estranhas ao estudo. Inexistência de controle sobre as variáveis de estudo. Distribuição dos sujeitos pelas condições do estudo são processos naturais. Inexistência de controle sobre as variáveis de estudo. Ausência de procedimentos para controlar variáveis estranhas ao estudo 3.6 Técnicas de coleta e análise de dados Pesquisa bibliográfica. Pesquisa documental. Observação. Questionário. Entrevista. Focus group. Análise de conteúdo. Outra. 4 CATEGORIAS DO PÓLO METODOLÓGICO 4.1 Abordagem Metodológica empirista Busca de superação da subjetividade, dos juízos de valor e das influências ideológicas. Somente é considerado verdadeiro o que é empiricamente verificável. Não há, propriamente, teoria; conhecimento é consequência da passagem do plano observacional para crescentes generalizações. Baseada na indução e na busca do conhecimento apenas da face observável da realidade. Valorização da capacidade dos sentidos de produzirem a evidência e a objetividade do dado. Ênfase na observação empírica, teste experimental e mensuração quantitativa de variáveis. 4.2 Abordagem metodológica positivista Desconfiança na especulação excessiva; rejeição da compreensão subjetiva dos fenômenos. Investigação do que é possível conhecer; renúncia em buscar causas íntimas dos fenômenos. Imprescindibilidade de uma teoria para nortear as observações. Ênfase na expressão lógica do discurso científico. Realidade concebida como formada por partes isoladas, de fatos atômicos. Ênfase na observação dos fatos. Busca da explicação dos fenômenos a partir da identificação das suas relações. Fenômenos desvinculados de uma dinâmica ampla e estudados por meio de relações simples, sem aprofundamento nas causas. Emprego de questionários, entrevistas, escalas de atitudes e de opinião. Testes de hipóteses e busca de generalizações. 4.3 Abordagem metodológica estruturalista Baseia-se na inteligibilidade profunda do fenômeno e na capacidade da razão humana de alcançá-la. O conhecimento da realidade torna-se possível quando são identificadas suas formas subjacentes e invariantes. A realidade é aparentemente caótica, desordenada. O estudo dos seus elementos internos profundos, contudo, revela a existência de uma ordem, de uma regularidade. Conjuntos diferentes podem ser confrontados, não a despeito, mas em virtude de suas diferenças. Implica duas ideias: de totalidade e interdependência. Visa descobrir a estrutura do fenômeno, penetrar em sua essência para identificar suas ligações determinantes. A estrutura é a sintaxe das transformações que fazem passar de uma variante a outra; uma configuração restrita que define um conjunto organizado, ao mesmo tempo, em sua singularidade e comparabilidade. Consiste em reconhecer, em conjuntos organizados, diferenças que não sejam puras alteridades, mas que indiquem a relação comum segundo a qual se definem. A estrutura visada pela pesquisa atinge-se por meio da elaboração de modelos. 4.4 Abordagem metodológica sistêmica Baseia-se na concepção do mundo como uma organização. Crença na unidade da ciência baseada na isomorfia das leis nos diferentes campos do conhecimento. Concepções elaboradas nos diversos domínios da ciência referem-se a sistemas. Privilegia a causalidade em termos de elementos em interação mútua. Reconhece numa problemática de pesquisa a predominância do todo sobre as partes. Privilegia o estudo do objeto de forma globalizada, com ênfase nos seus aspectos estruturais e nas relações entre seus elementos constitutivos. 4.5 Abordagem metodológica fenomenológica descritiva O conhecimento da realidade dá-se com a apreensão das características essenciais de todo e qualquer fenômeno que se manifeste à consciência. A experiência aplicável ao fenômeno ocorre por meio da vivência. As essências são apreendidas ‘voltando-se as próprias coisas’, suspendendo-se a crença na realidade do mundo exterior. Fenômeno é tudo aquilo que se mostra ou se revela por si mesmo; todas as formas de estar consciente de algo. Essências são as características fundamentais de todo e qualquer fenômeno; aquilo que é inerente ao fenômeno, sem o que ele não é mais o fenômeno. Estudo da experiência vivida diretamente pelo pesquisador ou apreensão da experiência vivida por outra pessoa. 4.6 Abordagem metodológica fenomenológica hermenêutica Mesmos pressupostos da fenomenologia descritiva. Adiciona, aos elementos da fenomenologia descritiva, a busca do conhecimento por meio da interpretação. A hermenêutica almeja ir além dos dados manifestos, buscando desvelar sentidos ocultos. 4.7 Abordagem metodológica dialética A realidade é essencialmente contraditória e em permanente transformação. Somente tratando a realidade como processo, e portanto, sede de contradições entre traços e finalidades opostas, é que podemos dar sentido lógico à realidade; somente na perspectiva da mobilidade, da mudança, é possível compreendê-la. Visa, simultaneamente, os conjuntos e seus elementos constitutivos; a totalidade e suas partes; análise e síntese; movimento reflexivo do todo às partes e reciprocamente. É um abalo de todo conhecimento rígido. Todos os elementos do mesmo conjunto condicionam-se reciprocamente numa infinidade de graus intermediários entre os termos opostos. Baseia-se na unidade indissolúvel de duas dimensões: teoria e ação. Trata da ‘coisa em si’, mas esta não se apresenta imediatamente ao homem. É preciso fazer um détour (desvio) para buscar conhecer as coisas e sua estrutura. O método dialético está vinculado a uma concepção de mundo; romper com o modo de pensar dominante é condição para instaurar-se o método. É preciso superar as impressões primeiras, as representações fenomênicas dos fatos empíricos e ascender ao seu âmago, às suas leis fundamentais. O instrumento metodológico da dialética são as categorias – conceitos básicos que refletem os aspectos essenciais, propriedades e relações dos fenômenos e objetos. 5 CATEGORIAS DO PÓLO TEÓRICO 5.1 Programa de desenvolvimento científico Programa de investigação em superfície. Programa de investigação em profundidade 5.2 Postura teórica Objetivo cognitivo ou intrínseco. Postura positiva (o que é). Objetivo utilitário ou extrínseco. Postura normativa (o que deve ser). 5.3 Abordagem à teoria contábil Fiscal Legal Ética Estrutural (sistêmica) Microeconômica Macroeconômica Social Comportamental 6 CATEGORIAS DO PÓLO EPISTEMOLÓGICO 6.1 Causalidade Causalidade Explicativa o Relação assimétrica (uma das variáveis influencia a outra) Associação entre um estímulo e uma resposta. Associação entre uma disposição e uma resposta. Associação entre uma propriedade e uma disposição. Variável independente é pré-requisito necessário, mas não suficiente para dado efeito. Relação imanente entre duas variáveis. Relação entre fins e meios (finalista). o Relação Simétrica (nenhuma das variáveis influencia a outra) Variáveis são indicadores alternativos do mesmo conceito. Variáveis apresentam-se como efeitos de uma causa comum. Variáveis são elementos indispensáveis de uma unidade funcional. Variáveis associam-se como partes de um sistema ou complexo comum. o Relação Recíproca (variáveis se influenciam mutuamente) Causalidade Compreensiva Causalidade Explicativa e Causalidade Compreensiva 6.2 Validade interna Identificação precisa de relações causais. Adequação do método ao problema. Referencial teórico do mesmo matiz. Conexão entre teoria e dados empíricos. Inexistência de contradições lógicas. 6.3 Hipóteses Concorrentes Com base no paradigma do ‘isolamento experimental’ e do ‘controle experimental’, que envolve um número relativamente baixo, mas explicitamente especificado de hipóteses concorrentes. Com base no paradigma da ‘atribuição aleatória a tratamentos’, que envolve controle de um número infinito de hipóteses concorrentes, sem especificar em que consistem. 6.4 Validade externa Distribuição aleatória dos sujeitos pelas condições do estudo realizada pelo pesquisador. Distribuição dos sujeitos pelas condições de estudo realizada por meio de processos de seleção que ocorrem naturalmente. Uso de amostragem probabilística. Replicação dos resultados em outro momento e lugar, com diferentes pessoas e procedimentos. Explicitação de passos com vistas à replicação dos resultados a outros casos. 6.5 Validade de constructo Definição de medidas operacionais. Utilização de múltiplas fontes de evidências. Encadeamento de evidências. Crivo da crítica por parte dos pesquisadores e outros participantes da pesquisa. Revisão do relatório de pesquisa por informantes-chave. Cuidado / critério na apreensão dos dados. Contenção da interferência ideológica excessiva. Outros.