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Circuitos Elétricos II _ Turma 02

2022-2
VALOR MÉDIO
O valor médio de uma função representa o resultado da
variação de uma grandeza física como deslocamento,
temperatura, tensão, corrente, etc.

O valor médio não representa o resultado energético, ou


trabalho realizado, mas apenas a resultante entre
excursões positivas e negativas para o valor de uma função,
chamada média aritmética.
VALOR MÉDIO

Valor médio é dado pela


soma das áreas positivas e
negativas que são descritas
periodicamente ao longo do
tempo.
O valor médio de um ciclo senoidal é zero.

Como a senóide é simétrica em relação ao eixo das


abscissas, para todos os valores do semiciclo positivo,
temos correspondentes valores no semiciclo negativo, o que
faz com que o seu valor médio seja nulo, ou seja, as áreas
positivas são iguais às negativas.
O valor médio de apenas um semiciclo (meio período) é:

Vmed = 2Vp/π = 0,637 Vp

● Esse valor 0,637 é obtido através de deduções


matemáticas que não são triviais para o nível técnico.
Caso queira entender a dedução, consulte a apostila do
material de apoio.
VALOR EFICAZ
O valor eficaz de uma função representa a capacidade de
produção de trabalho efetivo de uma grandeza variável no
tempo entre as excursões positivas e negativas de uma
função.

Na prática o valor eficaz é dado por:

Vef = Vp/√2 = 0,707 Vp

● Esse valor 0,707 é obtido através de deduções matemáticas que não são triviais para o
nível técnico. Caso queira entender a dedução, consulte a apostila do material de
apoio.
O valor eficaz corresponde à
altura de um retângulo de base
igual a um semiciclo e área
equivalente a esse semiciclo,
como mostra a figura ao lado.

Portanto, o valor eficaz


corresponde a um valor
contínuo de 70,7% do valor de
pico de uma senóide.
Valor eficaz
Valor eficaz
(RMS)
O valor da tensão eficaz ou da corrente eficaz é o valor
que produz numa resistência o mesmo efeito que uma
tensão/corrente contínua constante desse mesmo
valor.

Para a rede elétrica comercial sabemos que o valor da


tensão eficaz é 220V/60Hz, o que corresponde a um
valor de pico (Vp) de:

Vp = (√2 · Vef) = 1,414 · 220 = 311 Volts


Vef = Vp/√2 = 0,707 Vp
O valor eficaz também é conhecido como Valor RMS, do
inglês root mean square (valor quadrático médio);

Os instrumentos comuns de medição em corrente


alternada (voltímetros, amperímetros e multímetros)
fornecem valores eficazes somente para sinais
senoidais.
Circuitos Elétricos II _ Turma 02

2022 -2
aula01
Fasores
As expressões trigonométricas para tensões e correntes estão no
domínio do tempo, e são fáceis de representar.

No entanto, não permitem métodos práticos para a análise de


circuitos elétricos, pois não são fáceis de serem algebricamente
operadas, por ex:
p(t) = v(t) ⋅ i(t) = 10sen(100t) ⋅ 2sen(100t + 60° )

Como multiplicar as duas grandezas com senos de ângulos


diferentes?
Para isto nós utilizamos os Fasores.
Expressão do sinal senoidal (expressão trigonométrica)

v(t)= Vmax .sen(ω.t + θv)


v(t)= Vp .sen(ω.t + θv)

v(t)= tensão instantânea (V)

θv = é o ângulo de defasagem da onda em


relação à origem
Como é usado nos cálculos de
circuitos

Vef ∡ θv
módulo fase

Fasor
Vef = Vp/⎷2
Um fasor é uma entidade com módulo e sentido. Os
termos fasor e vetor são usados para representar
quantidades que possuem um sentido. Entretanto, o
fasor varia com o tempo, enquanto o vetor tem
sentido fixo no espaço.
Uma senoide pode ser descrita por um vetor radial
girante com módulo igual à sua amplitude (valor de pico)
e mesma frequência angular ω.

A cada período ou ciclo completado o vetor radial


girante está sempre na mesma posição angular inicial θ.

Fasor é um vetor radial girante com frequência ω, com


módulo igual ao valor de pico (Vp) e com ângulo de fase
inicial θ, que representa uma senóide de iguais
parâmetros.

https://www.geogebra.org/m/pk4qqmfd
Representação gráfica das duas tensões defasadas:
Defasagem:

v(t)=
. 311 .sen(2.π.60.t)
V = 220∡ 0° V

v(t)= Vp .sen(2.π.60.t + 60°)


.
V = 220∡ 60° V
Dado que
f = 60 Hz
v(t)= Vp .sen(2.π.60.t - 60°)
. ω = 2 π f = 2.π.60 rad/s
V = 220∡ -60° V
Dado:
f = 60 Hz
ω = 120π rad/s

Defasagem nula
220∡ 60° V
220∡ 0° V
= 120π rad/s

Adiantada em 60° 220∡ 0° V


220∡ 60° V

Atrasada em 60° 220∡ -60° V


220∡ -60° V
Representação gráfica das
tensões
Forma trigonométrica e
forma fasorial

v(t)= Vp .sen(2.π.60.t + 45°)


.
V = 220∡ + 45° V (f. polar)

V = 155,6 + j155,6 V (f. ret)


Números complexos:
revisão - necessário para nossos
cálculos em circuitos II
Números complexos
A figura abaixo representa os conjuntos numéricos usados em
matemática:

• Conjunto dos Números Naturais: N = {0, 1, 2, 3, ... }


• Conjunto dos Números Inteiros: Z = { ..., -2, -1, 0, +1, +2, ... }
• Conjunto dos Números Racionais: Q = {x / x = a /b ; a e b ∈ R e b≠0}
• Conjunto dos Números Irracionais: I = {x / x ≠ a /b ; a e b ∈ R e b≠0}
• Conjunto dos Números Reais: R = { racionais e irracionais }
Números complexos
No entanto, há problemas matemáticos que não possuem solução
dentro do conjunto dos números reais. Por exemplo:

O resultado acima não pertence ao conjunto dos números reais.


Números complexos
Para resolver as equações semelhantes à apresentada foi criado um
número imaginário cujo quadrado é igual a -1. O símbolo “j” então é
usado para denotar um número imaginário. Assim:

Assim, para a solução da equação do exemplo fica:

Há, portanto há duas soluções para a equação: x1=+j e x2=-j.


Números complexos
Outro exemplo:
Números complexos
Com a criação do número imaginário pode-se determinar um novo
conjunto denominado Conjunto dos Números Complexos, como mostra
a figura:
Números complexos

Como os números imaginários não são números reais,


não podem ser representados no eixo das abscissas x
(chamado de eixo real de um plano cartesiano), mas no
eixo das ordenadas y que é ortogonal (chamado de eixo
imaginário).

Então um número imaginário está deslocado de 90° de


um número real no plano cartesiano.
Números complexos
O eixo real x e o eixo imaginário y formam um plano
cartesiano chamado de Plano Cartesiano Complexo,
como mostra a figura abaixo.
Um ponto C qualquer neste plano cartesiano,
representa um Número Complexo.
Números complexos
Números reais à
esquerda da origem são
negativos e à direita são
positivos.

Da mesma forma,
números imaginários
acima da origem são
positivos e abaixo são
negativos.
Números complexos
Há duas formas para representar
um número complexo: a forma
polar e a forma retangular. Ambas
formas representam um ponto C
no plano complexo, representado
pela magnitude Z do vetor radial
traçado desde a origem até o
ponto e o seu ângulo θ, medido
desde o eixo real ou pelos seus
componentes cartesianos
(projeções ortogonais x e y).
Números complexos
Forma Polar: um número complexo
na Forma Polar é um número
composto por um vetor e um
ângulo.

C: número complexo na forma polar;


z: módulo (comprimento) do vetor radial
desde a origem até o ponto (z>0);
θ: argumento (ângulo) do vetor desde o
eixo horizontal, medido no sentido
anti-horário.
Números complexos
Exemplo: representar os números
complexos no plano.
Números complexos
Exemplo: representar os números
complexos no plano.
Números complexos
Forma Retangular: é a representação de um número
complexo feita pela soma algébrica de dois números que
representam as coordenadas do ponto C dadas pelas
projeções ortogonais da parte real (x) e da parte
imaginária (y):

C: número complexo na forma retangular;


x: projeção no eixo x (abscissa) referente à parte real;
y: projeção no eixo y (ordenada) referente à parte
imaginária.
Números complexos
Exemplo: representar os números complexos no plano
cartesiano:
a) C = 5 + j3

b) C = -4 + j8

c) C = 4 – j4
Números complexos
Exemplo: representar os números complexos no plano
cartesiano:
a) C = 5 + j3
Números complexos
Exemplo: representar os números complexos no plano
cartesiano:

b) C = -4 + j8
Números complexos
Exemplo: representar os números complexos no plano
cartesiano:
c) C = 4 – j4
Conversão entre formas
Conversão de Retangular para Polar:
Para transformar um número complexo da forma retangular
para a forma polar, desejamos obter a hipotenusa z e o ângulo θ
a partir dos catetos adjacente x e oposto y do triângulo
retângulo xyz. Através das relações trigonométricas, temos:

z2 = x2 + y2
Conversão entre formas

então
Conversão entre formas
Exemplos: converter os números complexos da forma
retangular para a forma polar:
a) C = 60 + j80
Conversão entre formas
Conversão de Polar para Retangular:
Para transformarmos um número complexo da forma polar
para a forma retangular, devemos obter o cateto adjacente x
e o cateto oposto y a partir da hipotenusa z e do ângulo θ do
triângulo retângulo xyz.
x = z ⋅ cosθ
y = z ⋅ senθ
Conversão entre formas
Exemplos: converter os números complexos da forma
polar para a forma retangular:
Conversão entre formas
Exemplos: converter os números complexos da forma
polar para a forma retangular:
Conversão pol → ret
Calculadora
Conversão ret → pol
Calculadora
Algumas relações:

Adição e Subtração de números complexos:


A soma e a subtração são realizadas na forma
retangular. Somam-se ou subtraem-se algebricamente
as partes reais e as partes imaginárias, separadamente.
C1 + C2 = (x1 + jy1) + (x2 + jy2 ) = (x1 + x2 ) + j(y1 + y2 )
C1 − C2 = (x1 + jy1) − (x2 + jy2 ) = (x1 − x2 ) + j(y1 − y2 )
Exemplo:
Sendo C1 = 3 + j4 e C2 = 5 + j6, efetue:
C1 + C2:
C1 + C2 = (3 + j4) + (5 + j6) = (3 + 5) + (j4 + j6) = 8 + j10

b) C1 - C2:
C1 - C2 = (3 + j4) - (5 + j6) = (3 - 5) + (j4 - j6) = -2 – j2
Soma gráfica de fasores

Exemplo 1: some e subtraia os sinais senoidais:

Solução: transformando em fasores, temos:

Como devemos somar e subtrair os sinais, devemos operar


estes números complexos na forma retangular. Assim,
transformando para a forma retangular:
Fazendo a operação de soma temos:

Fazendo a operação de subtração temos:

Transformando para a forma polar:

Reescrevendo os sinais senoidais no domínio do tempo, temos:


Soma gráfica dos fasores
Multiplicação e divisão de números complexos:
A multiplicação e a divisão de números complexos deve
ser feita na forma polar. Não é recomendável a
multiplicação na forma retangular, embora possa ser
realizada. Se torna muito mais trabalhosa.
Na multiplicação: Multiplicam-se os módulos e
somam-se algebricamente os ângulos.

Na divisão: Dividem-se os módulos e subtraem-se


algebricamente os ângulos.
Exemplos: sendo efetuar as
operações algébricas com números complexos:

a) C1xC2

b) C1/C2
Exemplos: sendo efetuar as
operações algébricas com números complexos:

a) C1xC2

b) C1/C2
Potenciação de números complexos:
Consideremos o complexo Dado o número
natural não nulo “n”, temos:
Exemplos:
a)

b)
Exemplo:

Circuito paralelo de dois ramos


i1(t) = 10 .sen(2.π.60.t - 60°) A
i2(t) = 7 .sen(2.π.60.t + 30°) A

Qual a expressão trigonométrica da corrente total


fornecida pela fonte?
Circuito paralelo de dois ramos

Sabemos que IT = I1 + I2

Conforme vimos, para realizar a soma de fasores,


usamos a forma retangular dos fasores.
i1(t) = 10 .sen(2.π.60.t - 60°) A i2(t) = 7 .sen(2.π.60.t + 30°) A
. .
I1= 7,07 ∡ - 60° A I2= 4,95 ∡ + 30° A

x = z ⋅ cosθ y = z ⋅ senθ
. .
I1= 3,54 - j 6,12 A I2= 4,29 + j2,48 A

. . .
IT= I1 + I2 = 7,83 - j3,64 A
. . .
IT= I1 + I2 = 7,83 - j3,64 A

.
IT = 8,64L-25° A
it(t) = 12,22sen(2.π.60.t - 25°) A
Todo fasor é representado por uma letra maiúscula com um
pequeno ponto em sua parte superior e indica o módulo e o
ângulo de alguma grandeza variável no tempo, ou seja,
somente tensões e correntes alternadas são representadas
através de fasores.
v(t)= Vmax sen (ω.t ± Ɵv)

Importante: a maioria dos autores preferem utilizar a


representação fasorial expressando o módulo através do valor
eficaz ou valor rms.
v(t)= Vmax sen (ω.t ± Ɵv)

Um fasor é um número complexo na forma polar.


Se a forma de onda da tensão instantânea tiver sua origem coincidindo
com a origem do sistema cartesiano, então podemos representá-la no
tempo e fasorialmente como:

v(t)= Vmax . sen (ω.t) (Forma Polar)

Um número complexo também pode ser representado na forma


retangular (ou forma cartesiana). Desta forma, o número será composto
por uma parte real e uma parte imaginária: C = x + jy
Onde
x: número real
y: número imaginário
v(t)= Vmax . sen (ω.t)

⩒ = Vef∠θ° → Forma Polar

C = x + jy → Forma retangular

Onde
x: número real
y: número imaginário
Circuitos Elétricos II _ Turma 02

2021 -2
aula01
Exercícios
Tensão senoidal:
As espiras dos dois geradores de corrente alternada da
figura abaixo comecem a girar ao mesmo tempo com a
mesma frequência, porém com ângulos de fase iniciais
diferentes. A corrente produzida por cada gerador ficaria
com a forma da figura:
As funções matemáticas que representam estas formas de
onda são:
i1(t)= Ip sen (ω.t + 0°)
i2(t)= Ip sen (ω.t + 45°)

Esta representação é chamada forma trigonométrica.

Observe que i1(t) está atrasado em 45° em relação a i2(t)


Observe também que a frequência das duas tensões é a mesma (são
do mesmo gerador)
As forma fasorial destas correntes são:
a frequência de ambos é ω

I = Ief L θ [A] Ief = Ip/√2

I1= Ip/√2 L 0° [A]


I2= Ip/√2 L 45° [A]

Esta representação é chamada forma fasorial.


Exercício: Observe os sinais a seguir
Exercício: Qual a relação de fase entre eles?
Exercício: Qual a relação de fase entre eles?

v(t)= 10 sen (ω.t + 90°)


adiantado em relação a uma
senóide referência
Exercício: Qual a relação de fase entre eles?

v(t)= 10 sen (ω.t - 90°) atrasado


em relação a uma senóide
referência
Exercício: Qual a relação de fase entre eles?

v2(t)= 10sen (ω.t - 90°)

v1(t)= 10sen (ω.t + 90°)

Há uma defasagem de 180° entre os dois sinais.


θ2 - θ1 = -90° - (+90°) = -180° (ATRASADO)
v2(t) está atrasado em 180° em relação a v1(t).
θ1- θ2 = 90° - (-90°) = 180° (ADIANTADO)
v1(t) está adiantado em 180° em relação a v2(t).
Exemplo
Exemplo

θ3 - θ2 = 45° - (-60°) = 105° (ADIANTADO)

45° - (-60°) = 45° + 60° = 105°

i3 está adiantada em 105° em


relação a v2
Exemplo

Exemplos: Represente graficamente e relacione (compare) as


seguintes tensões v1(t) e v2(t):

v1(t) = 155.sen(120.π.t – π/4) (V)


v2(t) = 155.sen(120.π.t) (V)
Exemplo

Tensão v1:
Vmax = Vpico = 155V
ω1=120. π rd/s => f1= ω1 / 2π = 120.π / 2π => f = 60Hz

logo T1=1 / f1 = 1/60 = 16,66ms

Ângulo de fase inicial Φ0 = - π/4 = -45º

VRMS1 = 155/√2 = 155/1,41 = 110V


Exemplo

v2(t) = 155.sen(120.π.t) (V)


Tensão v2:
Vmax = Vp =155V
ω2=120.π rd/s => f2= ω2 / 2π = 120.π / 2π => f = 60Hz

Logo T2= 1 / f2 = 1 / 60 = 16,66ms

Ângulo de fase inicial θ0=0º


VRMS2 = 155/√2= 155/1,41 = 110V
REVISÃO

v(t) = Vp.sen(ω.t + θ) [ V ]
Vp = Vmax → valor máximo que a senoide atinge
VRMS = Vef → comparação com um sinal cc equivalente que dissipa a mesma
potência numa carga Vef = Vp/√2

ω → frequência angular ( MCU) → quantas voltas o sinal fez no circuito


trigonometrico (perímetro 2πr) → ω = 2π/T = 2πf
f → frequência do sinal em Hertz (quantas vezes a senoide se repete em 1s)
T → período (duração de um ciclo da senoide) → T = 1/f

Defasagem θ → indica se a senoide começa antes ou depois de um sinal de


referência
Exercício 1:
Apresente os valores de Vp, f, T, Defasagem e Valor RMS para
as tensões a seguir:

v3(t) = 311.sen(120.π.t – π/4) ( V )

v4(t) = 17.sen(10.π.t) ( V )

v5(t) = 10.sen(10.t) ( V )
Exercício 1:
Apresente os valores de Vp, f, T, Defasagem e Valor RMS para
as tensões a seguir:

v3(t) = 311.sen(120.π.t – π/4) ( V )

Vp = 311 V
f = ω /2π = 120π/2π = 60 Hz = 60 ciclos/seg
T = 1/f = 1/60 = 16,67ms
θ = – π/4 = - 45°
Vrms = Vef = Vp/√2 = 311/√2 = 220 V
Corrente senoidal

Exemplo: Considere a forma de onda da figura e obtenha


a função matemática que a descreve.
•T = 50μs
•f = 1/T = 20kHz
•ω = 2πf = 40.000π = 125.663,7rad/s
•Ip = 20mA
•Então a função matemática que descreve a corrente
instantânea é: i(t) = 20.sen(125.663,7.t) mA
Exercício: obtenha a função matemática para a forma de onda a
seguir:
Solução:
v(t) = 4.sen.(100.t - π/2)
f = ω / 2π -> 100 / 2π -> 15,9Hz
Quanto tempo um sinal de tensão senoidal de 60Hz (figura
abaixo) leva para atingir 25% do seu valor máximo?
Quanto tempo leva para atingir o seu valor eficaz?
Solução:
Frequência: 60Hz -> T = 1 / f → T = 16,6 ms
V(t) = Vp.sen(α)
25% -> 0,25Vp → 0,25 . Vp = Vp.sen(α) → 0,25 = sen (α)
α = Arc sen(0,25) = 14º
360º - 16,6 ms
14º - t
t = 0,645 ms
Solução:

Vef = Vp*0,707
Arc sen(0,707) = 45º
360º - 16,6ms
45º - t
t = 2,1ms
Represente graficamente e determine o valor
instantâneo da tensão para as seguintes funções:

a) v(t) = 2,0 . sen(300t) para t=10,47ms


b) v(t) = 3,0 . sen(100t - 45°) para t=10ms
Solução:
a) v(t) = 2,0.sen(300t), t=10,47ms
f =ω / 2π -> 300/2π -> 47,75Hz
T = 1 / f = 1/47,7 -> T = 20,94 ms

a) v(10,47ms) = 2,0 . sen(300* 10,47*10-3) calculadora em rad


v(10,47ms) = 2,0 . sen(3,141)
v(10,47ms) = 1,18*10-3 V = 0 V
Em t=10,47ms a onda está passando por zero
2V

20,94 ms
Solução:

o
b) v(t) = 3,0.sen(100t - 45 ), t=10ms
v(t) = 3,0.sen(100*10-3 - (π/4)) → calculadora em rad
v(t) = 3,0.sen(1 - 0,7854)
v(t) = 3,0.sen(0,2146)
v(t) = 0,634 V
62,8 ms
Outra Solução:

o
b) v(t) = 3,0.sen(100t - 45 ), t=10ms
f = ω / 2π -> 100/2π -> 15,9Hz
T = 62,8ms
62,8ms - 360º
10ms - X
X = 57º
A onda está atrasada em 45º então:
v(t) = 3,0 sen (57º – 45º)
v(t) = 3,0 sen (12º)
v(t) = 3,0 . 0,21 = 0,62V
Solução lista

Dado 220V ef 60Hz (ciclo/seg)

Vp = 220⎷2 = 311 V
Vpp = 2.220⎷2 V
Vm = 0
Vef = 220V
T = 1/60 = 16,7ms
ω = 2πf = 120π = 377 rad/s

c) v(t) = 220⎷2.sen(120.π.10.10-3) V=-182,9V


b) V(t) = Vp.sen(60°) = 220⎷2(⎷3/2)=269,4V
Solução lista

três → T = 10s → f =0,1 Hz

i1(t) = 3 sen (0,2πt) A

v1(t) = 6 sen (0,2πt + 90°) V → 360°/20 = 18° /div

v2(t) = 12 sen (0,2πt - 90°) V


Representação
trigonométrica:

VA(t) = 220.sen (120.π.t + 30°) [V]

VB(t) = 400.sen (120.π.t) [V]


VA(t) = 220.sen (120.π.t + 30°) [V]

VB(t) = 400.sen (120.π.t) [V]

Representação diagrama fasorial:


Exemplo: Representar graficamente os sinais senoidais
através do diagrama fasorial e de sua projeção senoidal:

v(t) = 10.sen(100t + 0°) V

i(t) = 5.sen(100t + 45°) A


Solução: O fasor V correspondente ao sinal senoidal v(t)
deve ser posicionado sobre o eixo x, pois o seu ângulo de
fase inicial é θ0=0°, e deve ter módulo igual a 10 unidades da
escala adotada, como mostra a figura a seguir:

O fasor I correspondente ao sinal senoidal i(t) deve ser


posicionado a +45° a partir do eixo x e deve ter módulo de 5
unidades da escala adotada, como mostra a figura a seguir:
Um diagrama fasorial pode conter um ou vários
Fasores (vários sinais senoidais) desde que sejam todos
de mesma frequência.

v(t) = 10.sen(100t + 0°) V

i(t) = 5.sen(100t + 45°) A


Exercício: Um fasor de tensão de módulo 10 descreve uma
rotação completa em 0,02s partindo da posição inicial -30°.
Determine:

a) o diagrama fasorial para o instante inicial e obtenha o


comportamento senoidal desse sinal;

b) o ângulo em que a tensão é 10V;

c) a frequência angular e a expressão matemática para as


variações instantâneas desse sinal;

d) o valor da tensão no instante t=0s;


Solução: o fasor tem modulo de 10V e parte de -30° (ou - π/6
rad). Sua representação gráfica fica como apresentada na
figura abaixo:
Como a fase inicial é de θ0 = -30° a senóide começa o seu
semiciclo positivo no ângulo α = +30°.

O valor de pico positivo (10V) ocorrerá em 90º + α = 120º

A frequência angular pode ser determinada por:


T=0,02s -> f = 50Hz
ω = 2 π f = 2 π 50 = 100 π rad/s ou 314,16 rad/s
A função instantânea para este sinal é dada por:
v(t) = Vmax . sen(w t + Ɵ) = 10sen(314,16 t – π/6)

No instante t=0s a função senoidal assume o valor:


v(t) = 10 . sen(- π/6) = 10 (-0,5) = -5 V
Exercício 1: transforme para o domínio fasorial os sinais senoidais:

Exercício 2: transforme para o domínio do tempo os seguintes fasores:


Solução:
Exercício 1: transforme para o domínio fasorial os sinais senoidais:

a) ⩒ = 220∠0° V → ω = 377 rad/s


b) i = 10∠30° A

Exercício 2: transforme para o domínio do tempo os seguintes fasores:

a) i(t)= 155 . sen (ω.t + 60°) µA


b) v(t)= 28,3 . sen (ω.t-45°) V
Exercício 3: determine os fasores para os seguintes sinais e os represente
através do diagrama fasorial e na forma polar:
Diagrama Fasorial

Forma Polar:

Vef = Vp / √2 = 15 / 1,41 = 10,6 V

⩒ = 10,6∠30° V
Diagrama Fasorial

Forma Polar:

⩒ = 115∠-120° V
Diagrama Fasorial

Forma Polar:

Vef = Vp / √2 = 311 / 1,41 = 220 V

⩒ = 220∠0° V
A forma de onda senoidal associa naturalmente fenômenos
matemáticos e físicos relacionados aos circuitos elétricos.

A onda senoidal é a única forma de onda alternada cuja


forma não é afetada pelas características de respostas dos
elementos resistivos, indutivos e capacitivos.
Operações Matemáticas com Fasores
Soma dos sinais senoidais (resultante):

V1(t) = 3.sen(800 π t + 90º ) V


V2(t) = 8.sen(800 π t ) V

V1(t) + V2(t) ?
Operações Matemáticas com Fasores
Soma dos sinais senoidais (resultante):
V1(t) = 3.sen(800 π t + 90º )
V2(t) = 8.sen(800 π t )
Transformando em fasores, temos:
V1=2,1 ∠ 90º V e V2 = 5,7 ∠ 0º V

Transformando para a forma retangular:


V1= 0 + J2,1 V e V2= 5,7 +J0 V
Fazendo a operação de soma temos:
V1 + V2 = (0+5,7) + J(2,1 +0) = 5,7 +J2,1
Operações Matemáticas com Fasores
Transformando para a forma polar:
V1 + V2 = 6,1 ∠ 20,2º V

Na forma trigonométrica:
vr(t) = 8,6 sen(800 π t + 20º) V
Soma gráfica de fasores
Exemplo 1: some e subtraia os sinais senoidais:

Solução: transformando em fasores, temos:

Como devemos somar e subtrair os sinais, devemos operar estes


números complexos na forma retangular. Assim, transformando para
a forma retangular:
Fazendo a operação de soma temos:

Fazendo a operação de subtração temos:

Transformando para a forma polar:

Reescrevendo os sinais senoidais no domínio do tempo, temos:


Soma gráfica dos fasores
Circuitos Elétricos II _ Turma 02

2022 -2
aula01
Osciloscópio
Osciloscópio

O osciloscópio é um instrumento de medida de sinais


elétricos/eletrônicos que apresenta gráficos a duas dimensões de
um ou mais sinais elétricos. O eixo vertical da tela representa a
intensidade do sinal e o eixo horizontal representa o tempo,
tornando o instrumento útil para mostrar sinais periódicos.
Osciloscópio
Osciloscópio
Sinal é apresentado
com um eixo de
referência e tela é
dividida em
quadrados;
cada divisão
horizontal
representa tempo e
vertical representa a
tensão
Osciloscópio
tempo
Período T = 5 x 100 µs
T= 500 µs

tensão
Valor de pico
Vp = 2 x 500 mV
Vp = 1 V

frequência
Exemplo:
O gráfico abaixo
representa dois sinais
AC nos canais CH1 e
CH2 de um
osciloscópio.
Considerando que o disparo é realizado
em CH2 (será a nossa referência).
Pergunta-se:
A) Qual é a diferença de fase em unidades
de π entre estes dois sinais?
B) Represente estes dois fasores em um
diagrama fasorial em escala.
C) Represente neste diagrama o fasor
resultante (dica: você deverá soma-los tal
qual a soma entre dois vetores.
Fasor CH1 (azul)
Amplitude = Vp = 8 x 1 =8V
Fase inicial= 180 graus (π rad)

Fasor CH2 (vermelho)


Amplitude = Vp = 10 x 2 = 20 V
Fase inicial = 0 graus (0 rad)
Diferença de fase = π rads

T= 10 .500us = 5ms -> f= 200 Hz


ω=2πf = 400 π rad/s
Fasor CH1 (azul)
Amplitude = Vp = 8 x 1 =8V
Fase inicial= 180 graus (π rad)

Fasor CH2 (vermelho)


Amplitude = Vp = 10 x 2 = 20 V
Fase inicial = 0 graus (0 rad)
Diferença de fase = π rads

T= 10 .500us = 5ms -> f= 200 Hz


ω=2πf = 400 π rad/s
Fasor Resultante = 20 – 8 = 12 V

Fase inicial= 0°

A velocidade angular será a


mesma para o fasor resultante
ω= 400 π rad/s

VR(t)=12 sen(400 π t) V
Fasor Resultante = 20 – 8 = 12 V

Fase inicial= 0°

A velocidade angular será a


mesma para o fasor resultante
ω= 400 π rad/s

VR(t)=12 sen(400 π t) V
Simulador:
https://www.geogebra.org/m/cu4XcUcn
Exercício 1:
Represente os fasores em
um diagrama fasorial em
escala e determine a
função associada ao fasor
resultante (soma).
V1 => Vp = 6 * 0,5 = 3 Volts. Fase Inicial = 90°
V2 => Vp = 8 * 1 = 8 Volts. Fase Inicial = 0°

T= 10 . 250μs = 2,5ms
f = 1/T => f = 400 Hz
ω = 2πf = 800 π rad/s

v1(t) = 3.sen(800 π t + 90º ) V


v2(t) = 8.sen(800 π t ) V
Soma dos sinais senoidais (resultante):
V1(t) = 3.sen(800 π t + 90º )
V2(t) = 8.sen(800 π t )

Transformando em fasores, temos:


V1=2,1 ∠ 90º V e V2 = 5,7∠0º V

Transformando para a forma retangular:


V1= 0 + J2,1 V e V2= 5,7 +J0 V

Fazendo a operação de soma temos:


V1 + V2 = (0+5,7) + J(2,1 +0) = 5,7 +J2,1
Transformando para a forma polar:
V1 + V2 = 6,1 ∠20º V

Na forma trigonométrica:
vr(t) = 8,6 sen(800 π t + 20º) V
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2022 -2
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