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Os casos

de
xenofobia
com
refugiados
no Brasil
Proposta
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes, e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os casos de xenofobia
com refugiados no Brasil” apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do
seu ponto de vista.
TEXTO I
A prática de conceder asilo em terras estrangeiras a pessoas que estão
fugindo de perseguição é uma das características mais antigas da
civilização. Referências a essa prática foram encontradas em textos
escritos há 3.500 anos, durante o florescimento dos antigos grandes
impérios do Oriente Médio, como o Hitita, Babilônico, Assírio e Egípcio
antigo. Mais de três milênios depois, a proteção de refugiados foi
estabelecida como missão principal da agência de refugiados da ONU,
que foi constituída para assistir, entre outros, os refugiados que
esperavam para retornar aos seus países de origem no final da II Guerra
Mundial. Desde então, a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados)
tem oferecido proteção e assistência para dezenas de milhões de
refugiados, encontrando soluções duradouras para muitos deles.
Adaptado de: http://www.acnur.org/t3/portugues/quem-
ajudamos/refugiados/.Acesso em 04/09/2015.
TEXTO II
O termo “refugiado” se aplica a todo aquele que “devido a
graves e generalizadas violações de direitos humanos”,
foge de seu país de origem alegando “fundados temores de
perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade,
grupo social ou opiniões políticas”, em situações nas quais
“não possa ou não queira regressar” a seu próprio país.
Adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/03/29/Qual-o-papel-do-Brasil-na-crise-dos-refugiados-
da-S%C3%ADria. Acesso em: 02 out. 2017.
TEXTO III
No Brasil, xenofobia é crime tipificado na Lei nº 9.459, de 1997. Seu primeiro
artigo diz: serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional. Mas Apesar da fama de "cordial" e de receber bem imigrantes, o
aumento das denúncias mostra um lado triste do Brasil. Entre 2014 e 2015, os
casos aumentaram 633%, pulando de 45 para 333 registros recebidos pela
Secretaria Especial de Direitos Humanos, via plataforma Disque 100. Na
Justiça, quase não há registros de denúncias que prosseguiram ou de xenófobos
punidos. [...] As principais vítimas são haitianos (26,8%), depois pessoas de
origem árabe ou de religião muçulmana (15,45%).
Adptado de: https://www.cartacapital.com.br/politica/saia-do-meu-pais-agressao-a-refugiado-no-rio-
expoe-a-xenofobia-no-brasil. Acesso em 07 fev. 2018.
TEXTO IV

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/41596/charge+do+latuff+sirios+fogem+de+guerra+civil+e+partem+para+europa.shtml. Acesso em 2 out. 2017


TEXTO V

Disponível em: http://www.lumosjuridico.com.br/wp-content/uploads/2017/08/19553849_1806868685995645_2366342768089719023_n.png.


Acesso em: 24 mar. 2021
Citações
• Marjani Satrapi, em Persépolis, conta, na obra em
quadrinhos, sua história de vida, desde seu
nascimento, em 1969, até 1994, ano em que, pela
segunda vez, busca refúgio na Europa. A primeira
partida se dá na infância, quando a República Islâmica,
que une política e religião, toma o poder, e a sua vida
e a de sua família passam a ser ameaçadas.
Citações
• Scholastique Mukasonga, em A mulher de pés descalços, trata de
maneira pungente dos conflitos enfrentados pelas mulheres na Ruanda
das lutas fratricidas entre as etnias Tutsi e Hutu, que culminaram com
o ominoso genocídio praticado pelos hutus em 1994. Naquele
momento, Scholastique Mukasonga, que é da etnia tutsi, já estava
radicada na França, e viu à distância sua família ser dizimada.
Escritora e ativista da diáspora negra, ela toma para si o chamamento
para dar voz à dor e à perda, principalmente de sua mãe Stefania, cuja
memória é homenageada em A mulher de pés descalços.
Citações
• No texto “Nós, os refugiados”, a filósofa Hannah Arendt faz o seguinte
relato:
“Um refugiado costuma ser uma pessoa obrigada a procurar refúgio
devido a algum ato cometido ou por tomar alguma opinião política.
Bom, é verdade que tivemos que procurar refúgio; mas não
cometemos nenhum ato e a maioria de nós nunca sonhou em ter
qualquer opinião política radical. O sentido do termo “refugiado”
mudou conosco. Agora “refugiados” são aqueles de nós que chegaram
à infelicidade de chegar a um novo país sem meios e tiveram que ser
ajudados por comitês de refugiados.” (ARENDT, 2013, p. 7).

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