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FÍSICA – IFPA CAMPUS BELÉM

Unidade: FÍSICA QUÂNTICA


Subunidade: MECÂNICA ONDULATÓRIA
Aula: Introdução à Física Quântica
RADIAÇÃO DO CORPO NEGRO: Quantização da Energia
Introdução: No final do Século XIX, os cientistas da época
encontravam algumas dificuldades em decifrar certos
resultados experimentais referentes à emissão de radiação
térmica oriunda de corpos aquecidos (Termodinâmica).
2 hc 2 1
Lei da Radiação de Max Planck: R( ,T ) 
5 e
hc
 kT
1
Quantização da Energia: no fator de Boltzmann (  ), energia é dada por: E  hf  hc

Onde, h é a constante de Planck, dada no SI: h  6,626.1034 js U. usual: h  4,14.1015 eVs

4,14.10 15 eVs  3.108 ms1 E (eV) 


1242
Obs. E 
.10 9 m  (nm)
Ex: E  1242  3,105 eV E
1242
 2,258 eV
400 550
1242 1242
E  1,774 eV   0,1 nm  100 pm
700 12420
EFEITO FOTOELÉTRICO
Efeito Fotoelétrico: É o efeito por meio do qual um metal poderá emitir elétrons quando
exposto a certa radiação (figura abaixo).

L. Vermelha: E  1,774 eV Não ocorre o efeito.


L. Verde: E  2,258 eV Ocorre o efeito, com:
vm á x  3,01.105 m/s e: Km á x  0,258 eV

L. Violeta: E  3,105 eV Ocorre o efeito, com: vm á x  6,22.10 m/s


5
e: Km á x  1,101 eV

Para os casos em que ocorre o efeito, temos p/ o verde: EF  Km á x  2,258  0,258  2,0 eV

E para luz violeta: EF  Km á x  3,105  1,101  2,0 eV

Portanto, existe, para cada metal, um mínimo de energia necessário


para ocorrência do efeito, que para o potássio vale 2 eV. Essa energia   hf0  hc
mínima é chamada de função trabalho e pode ser calculada por: 0
EFEITO FOTOELÉTRICO
EFEITO FOTOELÉTRICO
Equação do Efeito Fotoelétrico: Baseado na conservação da
energia e nas observações anteriores, Albert Einstein
demonstrou que:
hf  hc  Kmáx  

A figura ao lado mostra o diagrama de energia para o Efeito
Fotoelétrico, representando a equação acima.
Potencial de Corte: voltagem necessária para frear os Kmáx
V0 
fotoelétrons emitidos pelo metal, o qual é dado por: e
Exemplo para o potássio, temos:
  1,82 eV
V0  0,258 V (verde) V0  1,101 V (violeta)
De posse de todas as equações mostradas anteriores,
obtemos o potencial de corte como função da frequência,

 e  f  he  f
dado por:
V0 ( f )  h 0
EFEITO COMPTON
Efeito Compton: É o efeito por meio do qual a luz é espalhada por partículas, resultando na
diminuição da energia do fóton, consequentemente, aumento no comprimento de onda dele
(figura abaixo).
Este efeito é usado para explicar a interação dos raios X
com a matéria, o que resulta na radiografia.
Como resultado do espalhamento ou dispersão, temos o
deslocamento Compton, dado:      

Arthur Compton, em 1923, utilizando os Princípios de Conservação


de Energia e do Momento Linear, bem como a Teoria Dual da Luz   C 1  cos  
(𝑝 = ), demonstrou que o deslocamento Compton como função
do ângulo de espalhamento , é dado por:

Onde: C  h É o comprimento de onda Compton que depende da massa do alvo,


mc ou partícula espalhadora.
Exemplo: Para o elétron, de massa m = 9,11.10-31 kg, temos: C  2,43 pm
Para o próton, de massa m = 1,67.10-27 kg, temos: C  0,00132 pm
EFEITO COMPTON
Exemplo: Efeito Compton num cristal de Calcita (dados experimentais abaixo), para o raio X
incidente com comprimento de onda de 70,9 pm.
1) Para  = 0, temos:   C 1  cos0   0
2) Para  = 45, o deslocamento é:   71,5  70,9  0,6 pm

Logo: 0,6  C 1  cos 45   C  2,05 pm

3) Para  = 90, o deslocamento é:   73,1  70,9  2,2 pm

Logo: 2,2  C 1  cos90   C  2,2 pm

4) Para  = 135, o deslocamento   74,9  70,9  4,0 pm


é:
Logo: 4  C 1  cos135   C  2,3 pm

Portanto, nessas condições, o valor médio


C  2,18 pm
do comprimento de onda Compton, é:
TEORIA DUAL DA LUZ: onda ou partícula?
Considerando a Teoria Dual da Luz, como explicar a formação dos padrões de interferência
por fenda dupla?

Se considerar a possibilidade de emissão de fóton por fóton (aspecto corpuscular), teremos,


com o passar do tempo, a formação do padrão de interferência (aspecto ondulatório).
TRANSIÇÃO DE ENTRE NÍVEIS DE ENERGIA
Em 1913, N. Bohr, aperfeiçoou o Modelo Atômico de Rutherford, afirmando que os elétrons
podem saltar de uma órbita para outra, absorvendo ou emitindo fótons (figura abaixo) e que
existem regiões permitidas e proibidas para esses elétrons rotacionarem, ou seja, tanto o
raio da órbita, quanto a energia dos elétrons nessas órbitas são quantizados.
A diferença entre as energias dos níveis inicial e final
é igual a energia do fóton absorvido ou emitido pelo
átomo, durante a transição eletrônica, ou seja:

hf  hc  Efinal  Einicial

Bohr, utilizando a interação elétrica entre um núcleo atômico


n2 Z 2e4 m
contendo Z prótons e um elétron (Hidrogenóide), bem como rn  a En   2 2 2
o momento angular do elétron de forma quantizada, Z 8 0 h n
determinou a raio da órbita e a energia, dados por:

Onde: a = 5,29.10-11 m = 0,529 Ǻ e n = 1, 2, 3, .... é o chamado número quântico principal.


NÍVEIS DE ENERGIA E O ÁTOMO DE HIDROGÊNIO
Aplicando o Modelo Atômico de Bohr ao átomo de hidrogênio (Z=1), obtém-se a
quantização tanto do raio da órbita, quanto dos estados energéticos para esse átomo, os
quais são:
n = 1, tem-se: E1 = -13,6 eV (estado fundamental)
13,6 n = 2, tem-se : E2 = -3,4 eV (1º estado excitado)
rn  n2 a En   2 eV n = 3, tem-se : E3 = -1,51 eV (2º estado excitado)
n
n = 4, tem-se : E4 = -0,85 eV (3º estado excitado)

Exemplo 1. Qual deve ser o comprimento de SOLUÇÃO: Usando a regra prática


onda de um fóton capaz de ionizar um átomo de 1242  0   13,6     91,3 nm
hidrogênio no estando fundamental?  ( nm)
Ultravioleta
Exemplo 2. Determine o comprimento de onda SOLUÇÃO: Usando a equação
do fóton emitido por um átomo hidrogênio ao hc Obtém-se:
 E2  E3
transitar entre os estados de, n = 3 para n = 2. 
1242  3,4   1,51 Ou:   657 nm Luz visível (vermelha).
 (nm)

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