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Sociologia e Cultura

Infantil: gênero e raça


Tema 08 – Sociologia da infância:
as relações étnico-raciais
Bloco 1

Profa. Me. Cláudia R. Benedetti


Introdução

• Identidade e Cultura.
• Identidade: etnia.
• Etnia.
• Etnia ≠ Raça.
Identidade Nacional: o mito da
democracia racial
As teorias sobre Identidade Nacional do início
do século XX arranhavam a ideia de igualdade e
depositavam nos negros e mestiços a culpa
pelos ‘males da nação’, de tal forma que “se
raça foi um conceito negociado, a concordância
estava na condenação do cruzamento
extremado” (SCHWARCZ, 1988, p. 162).
Identidade Nacional: o mito da
democracia racial
O determinismo biológico:
“Graças a esse processo de redução étnica é
lógico supor que, na entrada do novo
século, os mestiços terão desaparecido no
Brasil, fato que coincidirá com a extinção da
raça negra entre nós” (LACERDA, 1911).
Identidade Nacional: o mito da
democracia racial
O determinismo biológico:
Clima e raça explicando a “natureza”
indolente do brasileiro.
Identidade Nacional: o mito da
democracia racial
• Construção do Mito da Democracia racial.
• Nação Miscigenada.
• Casa Grande e Senzala: Gilberto Freyre.
• Enfatizou as características da colonização
portuguesa, da sociedade agrária, da
escravidão e da mistura de raças.
• Matriz-chave da interpretação da
sociedade brasileira.
Identidade Nacional: o mito da
democracia racial
A identidade nacional está profundamente
ligada a uma reinterpretação do popular pelos
grupos sociais e à própria construção do Estado
brasileiro. Um problema se tornou clássico na
discussão da cultura brasileira: o da
autenticidade (SWCHARCZ, 1995).
Identidade Nacional: o mito da
democracia racial
• Identidade: construção simbólica.
• Não existe identidade autêntica e original.
• Pluralidade de identidades.
Sociologia e Cultura
Infantil: gênero e raça
Tema 08 – Sociologia da infância:
as relações étnico-raciais
Bloco 2

Profa. Me. Cláudia R. Benedetti


Raça: conceito político

O que é raça?
• Conjunto de indivíduos que têm a mesma
cor da pele.
• Elementos fenotípicos que constituem as
“três raças”.
• Concentração de melanina: função evolutiva.
• Genética: cientificamente raça não existe.
Raça: conceito político

• Hierarquização: engendrou o racismo.


• Racismo: existência de uma humanidade
inferior.
• Legitimação da colonização e do holocausto.
• Conceito determinado pelas relações de
poder.
• Categoria de análise para compreensão dos
processos históricos e sociais.
Multiculturalismo:
igualdade na diferença
• Questionamento radical.
• Reação ao processo de miscigenação e
encontro (e confronto) das diferenças.
• Indaga a dominação monocultural que,
infelizmente, não foi superada.
Multiculturalismo:
igualdade na diferença
Revela que o indivíduo é:
• Uma fabricação social específica;
• Uma forma instituída.
Multiculturalismo:
igualdade na diferença
Forma parcial de igualdade: estabelecida
sempre em relação a algum critério
(Deus, Biologia, Classes, Natureza, etc.).
Multiculturalismo:
igualdade na diferença
Educação:
• Diversidade como riqueza coletiva.
• Processo de formação da cidadania.
• Sem o cinismo do racismo mascarado.
• Processo de construção de uma verdadeira
democracia.
• Existência das infâncias.
Multiculturalismo:
igualdade na diferença
O Direito à igualdade tem que comportar o
Direito à diferença!
Referências bibliográficas
CASTORIADIS, C. As encruzilhadas do labirinto: os domínios do Homem.
Paz e Terra: Rio de Janeiro; 1987.
FREYRE, Gilberto (1933) Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro:
Editora Record, 1992.
HOBSBAWN, E. A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro, Editora Paz e
Terra, 1984.
MUNANGA, Kabengele. Por que ensinar a história da África e do negro no
Brasil de hoje?. Rev. Inst. Estud. Bras., São Paulo , n. 62, p. 20-31, dez.
2015 . Disponível em <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0020-
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MUNANGA, Kabengele. A difícil tarefa de definir quem é negro no Brasil.
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<www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142004000100005&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 25 maio 2017.
Referências bibliográficas
SEMPRINI, A. Multiculturalismo. EDUSC: Bauru/S.P.; 1999.
ORTIZ, Renato. Cultura brasileira & identidade nacional. São Paulo:
Brasiliense, 1994.
ROCHA, E. O que é etnocentrismo. Col. Primeiros Passos, SP:
Brasiliense, 1986.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. “Complexo de Zé Carioca: notas sobre uma
identidade mística e malandra”. Revista Brasileira de Ciências Sociais.
São Paulo, n.29, p.49-63, out. 1995.
______. Negras Imagens, org. Schwarcz, L. M. e Reis, L. V., São Paulo,
EDUP, 1996.
______. Retrato em Branco e Preto. São Paulo, Companhia das Letras,
1982.

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