Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Viana – Luanda
2022
ANA DA SILVA ANTÓNIO
Viana – Luanda
2022
FOLHA DE APROVAÇÃO
MESA DO JÚRI
____________________________ ______________________________
Presidente Vogal
_________________________ _____________________________
Orientador Director Geral
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe “em memória” e ao meu pai por terem acreditado num
projecto de formação, apesar das várias dificuldades impostas e sobretudo por terem
acreditado na minha capacidade e crença por uma Licenciatura em Psicologia clinica.
Aos meus irmãos, amigos e colegas de turma, por todo apoio, por não medirem esforços para
que eu chegasse até essa etapa da minha vida.
II
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus todo poderoso pelo fôlego de vida, pois sem ele nada seria
possível.
EPÍGRAFE
Charles Chaplin
IV
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
RESUMO
ABSTRACT
The present study aims to know the consequences of sexual abuse in adolescents
from 12 to 17 years of age. And the aims of this study are to identify the short- and
long-term consequences of sexual abuse for the victim and all family members and
to understand the phenomenon of sexual abuse in adolescents in order to
understand their concept. The work is characterized as a field research, with
quantitative character. The population of this research consisted of 30 respondents
from the neighborhood of Municipio do Dande and from this universe a sample of 20
respondents was extracted. As results found in this research, it was seen that all
respondents with 100% have heard about sexual abuse in adolescents and know
some consequences of it. All the hypotheses formulated were confirmed as
consequences of sexual abuse in adolescents from 12 to 17 years of age. The first
hypothesis was confirmed with 90%. The second hypothesis was confirmed with
60%. The third hypothesis was confirmed with 80%. The fourth hypothesis was
confirmed with 75%. The fifth hypothesis was confirmed with 55%. The sixth
hypothesis was confirmed with 85%. In short, it is not possible to generalize or delimit
perfectly the effects of sexual abuse, since the severity and the extent of the
consequences depend on the particularities of the experience of each victim.
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ............................................................................................................. I
AGRADECIMENTOS .................................................................................................. II
EPÍGRAFE ................................................................................................................. III
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. IV
LISTA DE GRÁFICOS ................................................................................................ V
RESUMO................................................................................................................... VI
ABSTRACT .............................................................................................................. VII
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
CAPÍTULO I-PROBLEMÁTICA ................................................................................. 10
1.1- Formulação do Problema ................................................................................... 10
1.2- Objectivos da Pesquisa ...................................................................................... 10
1.2.1- Objectivo Geral ............................................................................................... 10
1.2.2- Objectivos Específicos .................................................................................... 10
1.3- Formulação das Hipóteses................................................................................. 11
1.3-Justificativa da Pesquisa ..................................................................................... 11
1.5-Delimitação e a Limitação da Pesquisa............................................................... 12
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................... 13
2.1- Definições dos Termos e Conceitos ................................................................... 13
2.2- Adolescência ...................................................................................................... 14
2.3- Abuso Sexual em Adolescentes ......................................................................... 16
2.3.1- Formas de Abuso Sexual ................................................................................ 19
2.3.2- Abuso Sexual Intra-familiar ............................................................................. 20
2.3.3- Abuso Sexual Extra-familiar ............................................................................ 22
2.4- Consequências de Abuso Sexual em Adolescentes .......................................... 23
2.4.1- Consequências a Curto Prazo ........................................................................ 26
2.4.2- As consequências a Longo Prazo ................................................................... 27
2.4.3- Abuso Sexual e Memória ................................................................................ 31
CAPÍTULO III-METODOLOGIA................................................................................. 34
3.1- Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 34
3.2- População e Amostra ......................................................................................... 34
3.3- Variáveis da Pesquisa ........................................................................................ 34
3.4- Técnicas de Investigação da Pesquisa .............................................................. 35
3.5-Instrumentos de recolha de dados da Pesquisa ................................................. 36
3.6- Métodos de Pesquisa ......................................................................................... 36
3.7- Modelo de Pesquisa ........................................................................................... 36
3.8- Procedimentos ................................................................................................... 36
CAPÍTULO IV- APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ........ 37
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 44
SUGESTÕES ............................................................................................................ 45
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 46
ANEXOS
APÊNCIDES
9
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I-PROBLEMÁTICA
Segundo Marconi e Lakatos (2002, p.24), toda pesquisa deve ter um objectivo
determinado para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.
Cohen (2003) considera que o abuso sexual não pode ser qualificado por
actos concretos e nem sua gravidade ser avaliada pelas marcas físicas, mas sim
pela vivência emocional de cada indivíduo de tais situações. Umas das áreas mais
afectadas pelas vítimas do abuso sexual são as significações e ressignificações
emocionais, sentimentais e psicológicos.
14
2.2- Adolescência
Por isso, não há uma adolescência natural. Suas características também são
construídas nestas relações sociais. A adolescência não é vista como uma fase
natural do desenvolvimento.
Segundo Azevedo & Guerra (2000), o conceito de abuso sexual está longe de
ser preciso, mas pode ser definido como: todo acto ou jogo sexual, sendo relações
heterossexuais ou homossexuais, entre um ou mais adultos e uma criança menor de
18 anos, com a finalidade de estimular sexualmente a criança ou utilizá-la para obter
uma estimulação sexual.
Watson (1994 apud NEDA, 2011), define abuso sexual como qualquer
actividade ou interacção onde a intenção é estimular e/ou controlar a sexualidade da
adolescente. Além disso, segundo esse autor, devem ser observados três factores, a
fim de distinguir actos abusivos de actos não-abusivos:
Padilha & Gomide (2004) afirmam que, quando ocorre dentro da família, o
perpetrador mais comum é o pai ou o padrasto e comete a violência contra a filha ou
enteada.
De acordo com Lima (2008), elas revelam uma carga negativa de sentimentos
diante da experiência com seu filho ou filha capaz de gerar sofrimento subjectivo
expresso em desamparo, culpa, medo, vulnerabilidade, embotamento afectivo e, até
mesmo, a partir da lembrança de sua própria vitimação por abuso sexual quando
adolescente, facto que estava encoberto.
Dessa forma, a mãe que se revela diante de tal situação é alguém que se
constituiu no decorrer de sua história. Alguém que se encontra impelida a tomar
decisões baseadas em sua construção, e que deve contemplar a todos de sua
família, o que afirma seu papel de responsável pelo cuidado, manutenção de
equilíbrio familiar e protecção dos filhos, desde as mais antigas formações familiares
(MALDONADO, 2000).
São mulheres que mantêm uma relação com o mundo que as cerca com o
pensamento voltado para si e seus múltiplos papéis sociais (mãe, esposa e dona de
casa); isso porque têm a intenção de actuar da forma mais satisfatória possível aos
olhos da sociedade. Preocupam-se em desenvolver o papel materno em
conformidade com os requisitos sociais, os quais possuem base nos registos do
passado e que permeiam a história de uma sociedade. Trata-se de um retrato
cultural do desenvolvimento social ao qual a mãe se sente impulsionada a se
adequar (MARCELLO, 2005).
CAPÍTULO III-METODOLOGIA
3.8- Procedimentos
A presente pesquisa contou com a participação de pessoas que já sofreram
abuso sexual na adolescência, residente na cidade de Caxito, Município do Dande,
onde buscou-se o recrutamento das participantes por meio de contactos pessoais,
ocasião esta em que foi marcado um encontro pessoal entre a investigadora e os
participantes, respeitando as disponibilidades de dia e horário das entrevistadas,
tendo a finalidade de explicar os objectivos da investigação, bem como as condições
de sigilo sobre as informações obtidas, tal como resguardado por meio do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo).
37
Conhecimento Freq. %
Sim 20 100
Não 0 0
Total 20 100
Fonte: Inquérito por questionário
100%
100
90
80
70
60 Freq.
50
%
40
30 20
20
10 0 0%
0
Sim Não
Resposta Freq. %
Sim 18 90
Não 2 10
Total 20 100
Fonte: Inquérito por questionário
90%
90
80
70
60
50 Freq.
40 %
30 18
20 10%
2
10
0
Sim Não
Assim sendo, a nossa hipótese foi confirmada como uma das consequências
do abuso sexual em adolescentes.
39
Resposta Freq. %
Sim 12 60
Não 8 40
Total 20 100
Fonte: Inquérito por questionário
60%
60
50 40%
40
Freq.
30 %
20 12
8
10
0
Sim Não
Pode dizer que a esta hipótese foi confirmada como uma das consequências
do abuso sexual em adolescentes.
40
Resposta Freq. %
Sim 16 80
Não 4 20
Total 20 100
Fonte: Inquérito por questionário
80%
80
70
60
50 Freq.
40 %
30 20%
16
20
4
10
0
Sim Não
Pode dizer que a esta hipótese foi confirmada como uma das consequências
do abuso sexual em adolescentes.
41
Resposta Freq. %
Sim 15 75
Não 5 25
Total 20 100
Fonte: Inquérito por questionário
75%
80
70
60
50 Freq.
40 %
25%
30
15
20
5
10
0
Sim Não
Assim sendo, esta hipótese foi confirmada como uma das consequências do
abuso sexual em adolescentes.
42
Resposta Freq. %
Sim 11 55
Não 9 45
Total 20 100
Fonte: Inquérito por questionário
55%
60
45%
50
40
Freq.
30 %
20 11
9
10
0
Sim Não
Mesmo com estes resultados que quase é igual, esta hipótese foi confirmada
como uma das consequências do abuso sexual em adolescentes.
43
Resposta Freq. %
Sim 17 85
Não 3 15
Total 20 100
Fonte: Inquérito por questionário
85%
90
80
70
60
50 Freq.
40 %
30 17 15%
20
3
10
0
Sim Não
Fonte: Inquérito por questionário
Assim sendo, esta hipótese foi confirmada como uma das consequências do
abuso sexual em adolescentes.
44
CONSIDERAÇÕES FINAIS
SUGESTÕES
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONI, C.; YUNES, M.A.M.; HABIGZANG, L.; KOLLER, S.H. Abuso sexual
extrafamiliar: percepções das mães de vítimas. Campinas: Estudos de psicolologia,
2011.
BOCK, A.M.B. & LIEBESNY, B. Quem eu quero ser quando crescer: um estudo
sobre o projeto de vida de jovens em São Paulo. São Paulo: Cortez, 2003.
EYSENCK, M.W. & KEANE, M.T. Manual de Psicologia Cognitiva. 5ª Ed. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
FERRARI, D.C.A. & VECINA, T.C.C. O fim do silêncio na violência familiar: teoria
e prática. São Paulo: Ágora, 2002.
47
HABIGZANG, L.F.; KOLLER. S.H.; AZEVEDO, G.A. & MACHADO P.X. Abuso
sexual infantil e dinâmica familiar: aspectos observados em processos jurídicos.
São Paulo: Psicologia Teoria e Pesquisa, 2005.
KOLLER, S.H. & DE ANTONI, C. Violência intrafamiliar: Uma visão ecológica. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
LAKATOS, E.M. & MARCONI, M.A. Metodologia do trabalho científico. 6ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
LIMA, J.A. As vivências subjetivas das mães diante do abuso sexual infanto-
juvenil intrafamiliar. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Paraíba.
João Pessoa: Paraíba, 2008.
LIMA, J.A. & ALBERTO, M.F.P. Abuso sexual intrafamiliar: as mães diante da
vitimação das filhas. Paraíba: Psicologia & Sociedade, 2012.
48
PAPALIA, D.E.; Olds, S.W. & FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Humano. Trad.
Daniel Bueno. 8.ª Ed. Porto Alegre: Artemed, 2006.
PERGHER, G.K.; GRASSI-OLIVEIRA, R.; AVILA, L.M. & STEIN, L.M. Memória,
Humor e Emoção. Rio Grande do Sul: Revista de Psiquiatria, 2008.
SAFFI, F.; DE OLIVEIRA, M.C. & CAMARGO, M.E.M. Violência sexual: aspectos
gerais e relatos de caso. Capítulo do livro “Temas em Psiquiatria Forense e
Psicologia Jurídica II”. São Paulo: Ed. Vetor, 2006.
VIEIRA, P.C et al. Uso de álcool, tabaco e outras drogas por adolescentes
escolares em município do Sul do Brasil. Rio de Janeiro: Caderno de Saúde
Pública, 2008.