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CONDIÇÕES DE

CONTORNO
INTRODUÇÃO

• Na análise de um problema térmico de condução, são


observados fluxos de calor provocados por diferentes
comportamentos.

• As condições de contorno de uma análise são


responsáveis por definir as regiões onde o fluxo de calor
ocorre e de que forma.

• Cada condição de contorno é caracterizada pelas


informações termodinâmicas disponíveis.
– Temperatura
– Fluxo de Calor
TIPOS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Condição de superfície adiabática


– Fluxo de calor conhecido e igual a zero;
– Temperatura é a incógnita;
– Usada para representar regiões onde o fluxo de calor seja
desprezível ou termicamente isoladas;
– Pode ser usada também para definir plano de simetria.

• Condição de fluxo constante


– Fluxo de calor conhecido e não-nulo;
– Temperatura é a incógnita;
– Deve-se observar a convenção de sinais:
 Fluxos positivos “entram” no sistema
 Fluxos negativos “saem” do sistema
TIPOS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Condição de convecção
– Normalmente a temperatura e o fluxo são incógnitas;
– Temperatura ambiente e coeficiente de convecção são conhecidos;
– Variáveis calculadas através da Lei de Resfriamento de Newton.

• Condição de radiação
– Normalmente a temperatura e o fluxo são incógnitas;
– Temperatura do meio, emissividade e fator de forma (quando
aplicável) são conhecidos;
– Variáveis calculadas através da Lei de Resfriamento de Newton.
TIPOS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Condição de temperatura constante


– Temperatura conhecida;
– Fluxo de calor é a incógnita;
– Como a temperatura é o grau de liberdade, a quantidade total de
equações se reduz.
TIPOS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Diferentes condições de contorno podem coexistir em uma


mesma superfície.
– Por exemplo, uma face pode trocar calor com o ambiente por
convecção e radiação;
– Exceções:
 A condição adiabática deve ser única;
 Temperatura e fluxo de calor constantes não podem coexistir.

• A condição de temperatura constante pode ser aplicada em


conjunto com a convecção ou radiação.
– Entretanto, conhecida a temperatura, o fluxo de calor pode ser
calculado facilmente através das leis correspondentes.
– Comum no estudo de radiação entre superfícies, quando sabe-se
que a temperatura de uma delas permanece constante.
TIPOS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Sob um ponto de vista numérico, as condições de contorno


podem ser caracterizadas em três grandes grupos.
– Maiores detalhes sobre a definição numérica serão vistos a seguir.

• Condições aplicadas no vetor de fluxos {Q}


– Consistem das condições nas quais o fluxo de calor é conhecido,
direta ou indiretamente;
– Representadas pelas condições de fluxo constante e adiabática;
– A condição de radiação também pode ser considerada como parte
desse grupo.
 Válido quando ela é calculada através de uma solução de radiosidade.
 Nessa abordagem, os problemas de condução e radiação são resolvidos de
forma acoplada, até que a temperatura da superfície atinja convergência.
TIPOS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Condições aplicadas no vetor de temperaturas {T}


– Consistem das condições nas quais a temperatura é conhecida;
– Representada pela condição de temperatura constante;
– Numericamente é a melhor condição, pois já define os valores dos
graus de liberdade.

• Condições híbridas
– São desmembradas em duas parcelas, uma aplicada no vetor de
fluxos de calor {Q} e outra contribuindo para o comportamento do
sistema, aplicada na matriz condutância [K];
– Representada pela condição de convecção;
– A radiação também pode ser aplicada de forma similar.
 A equação de radiação é reescrita, gerando um termo em função de T³ que é
aplicado na matriz [K].
 A solução é única, porém se torna altamente não-linear.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• As condições acima estão diretamente disponíveis no


WorkBench Mechanical.

• Deve-se selecionar a geometria adequada na interface e


configurar suas opções na tela de detalhes.
– A geometria pode ser selecionada antes de ativar o comando ou
depois (nesse caso, é necessário confirmar via Apply).
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Algumas condições de contorno só podem ser aplicadas


em áreas.
– Existe um termo de área na equação da condição, como ocorre na
convecção por exemplo.

• Vale lembrar que em modelos 2D (análises planas e


axissimétricos), arestas representam faces.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Temperature
– Define uma temperatura constante;
– Pode ser aplicado em vértices, arestas, faces ou corpos;
– Após o término da solução, é possível identificar o fluxo de reação
na região.
 Corresponde ao fluxo de calor que deve ser aplicado para manter a temperatura
desejada.
– Na definição de temperatura em um corpo, é possível aplicá-la em
todo o volume ou apenas nas faces externas.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Por padrão, a temperatura é definida de maneira uniforme.


• É possível definir uma distribuição variável, baseado em
um sistema cartesiano ou cilíndrico.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Heat Flow / Heat Flux


– Condições semelhantes, definem fluxo de calor constante;
– Heat Flow :
 Define fluxo total (W)
 Pode ser aplicado em vértices, arestas ou faces
– Heat Flux :
 Define fluxo específico (W / m²)
 Só pode ser aplicado em faces
– Fazendo uma analogia com a análise estrutural, o Heat Flow é
equivalente à Força, enquanto que o Heat Flux se comporta como
uma Pressão.
– Lembrando a convenção de sinais.

- 50 W 50 W
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Fluxos de calor podem ser aplicados em mais de uma


entidade, dentro de um mesmo comando.
• Internamente, o ANSYS cria elementos superficiais
auxiliares para aplicação de carregamentos.
– Se comportam como uma película de espessura desprezível e sem
propriedades de material.
– São usados para os comandos Heat Flow, Heat Flux, Convection e
Radiation.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Considerando o modelo abaixo, onde:


– Área A = 4 m²
– Área B = 16 m²

• Um de 5 W / m² é aplicado nas duas faces.

QA = AA * q = 4 * 5
QA = 20 W

QB = AB * q = 16 * 5
QB = 80 W

Como o Heat Flux é específico, os mesmos valores


serão aplicados por meio de dois comandos Heat Flux
independentes
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Fazendo o mesmo procedimento usando um


de 100 W...
– O fluxo de calor total é distribuído de forma proporcional.
– Ou seja, quanto maior a área, maior o percentual de fluxo aplicado.

• Internamente, o ANSYS faz o seguinte procedimento:


– Cria os elementos de superfície;
– Calcula a área somada desses elementos;
– Calcula o valor do fluxo específico (Heat Flow / área somada);
– Aplica o fluxo específico nas áreas.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Considerando o exemplo...

AT = AA + AB
AT = 4 + 16 = 20 m²

q = Q / A = 100 / 20 = 5 W / m²
QA = 5 * 4 = 20 W QB = 5 * 16 = 80 W

• Se fossem aplicados dois comandos


Heat Flow de 100 W distintos...

qA = QA / AA = 100 / 4 = 25 W / m²
qB = QB / AB = 100 / 16 = 6,25 W / m²
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Perfectly Insulated
– Comportamento similar ao Heat Flux
 Só pode ser definido em áreas.
– Define um fluxo de calor nulo (região adiabática)
• Superfícies sem nenhuma condição de contorno já são
consideradas adiabáticas por padrão.
• O comando Perfectly Insulated tem prioridade sobre outras
condições de contorno aplicadas em uma mesma área.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Internal Heat Generation


– Aplica uma geração de calor interna em um ou mais corpos;
– Fluxo de calor definido de forma específica (W / m³);
– Segue a mesma convenção de sinais padrão.

• Com essa condição, ocorre geração de calor uniforme em


todos os elementos do corpo, comportamento totalmente
diferente de aplicar comandos Heat Flow ou Heat Flux nas
faces do corpo.
– Nesse caso, a geração de calor é superficial, ocorrendo condução
na direção do volume interno.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Convection
– Cria uma superfície com convecção para o ambiente;
– Só pode ser aplicado em faces;
– A temperatura ambiente é considerada constante, não sendo
afetada pela convecção.
– O coeficiente de convecção pode ser uniforme ou apresentar
dependência com a temperatura.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Ao definir a dependência com a temperatura, é necessário


especificar que temperatura será usada.
– Temperatura da superfície
– Temperatura ambiente
– Temperatura média entre superfície e ambiente
– Diferença absoluta entre temperatura da superfície e ambiente

Definindo dependência com a temperatura da superfície, a análise


será não-linear!
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Radiation
– Cria uma superfície de radiação;
– Só pode ser aplicado em áreas;
– Da mesma forma que a convecção, a temperatura ambiente é
considerada constante, não sendo afetada pela radiação;
– Valores da emissividade devem ser entre 0 e 1.
– O item Correlation define como que a radiação será estudada.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Ao definir uma condição de radiação entre superfícies,


devem ser aplicados dois comandos separados, um para
cada componente.
– Permite que cada superfície tenha sua emissividade específica.
• Para estabelecer a interação por radiação, é importante
que seja usado o mesmo número do Enclosure.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO ANSYS WORKBENCH

• Coupling
– Não é exatamente uma condição de contorno, sendo uma
ferramenta de aplicação numérica;
– Define uma condição de igualdade de temperaturas nas entidades
selecionadas;
– Diferente do Temperature, em que a temperatura é prescrita, no
Coupling ela é resultado do cálculo.

Sem Coupling Com Coupling


CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• Em análises de regime permanente, os carregamentos são


sempre definidos como constantes.

• Existem situações nessas análises que pode ser


recomendado utilizar uma simulação com várias etapas
(steps) de carregamento.
– Muito comum na presença de não-linearidades.

• Além disso, em análises transientes é comum que exista


pelo menos uma condição de contorno que varie com o
tempo.
CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• É importante compreender o significado do tempo nas


análises!

– Análises transientes: o tempo tem o significado convencional


(cronológico).

– Análises em regime permanente: o tempo é apenas um contador,


não afetando o resultado da análise.
CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• Dica: nesses casos, o tempo pode ser definido com o


mesmo valor de um carregamento de interesse, facilitando
a leitura da convergência.
– O valor do tempo corresponde exatamente à magnitude do
carregamento aplicada no momento.
CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• Uma análise em regime permanente com múltiplos steps


corresponde na prática a uma série de análises em regime
permanente sequenciais.
– O “tempo real” de cada step é bem elevado, suficiente para atingir a
condição de equilíbrio.
– O resultado final de um step serve como condição inicial para o
seguinte.

• Para a definição dos carregamentos, usa-se o Tabular


Data, preenchendo as magnitudes em cada step.

O instante zero define a


condição inicial
CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• Carregamentos podem ser removidos, através da opção


Activate/Deactivate at this step!
– O carregamento é removido através de variação em degrau.
– Diferente de zerar o carregamento, em que a variação é por rampa.

Usando Activate/Deactivate at this step

Definindo valor nulo


CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• A tabela abaixo mostra como que os carregamentos variam


em função de steps.
 TUNIF : temperatura inicial
 BFUNIF : valor inicial de body loads

Comportamento do carregamento quando...


Carregamento
Aplicado Modificado Removido
Rampa, a partir de Rampa, a partir do valor
Temperature TUNIF anterior
Degrau

Rampa, a partir do valor


Heat Flow / Flux Rampa, a partir de zero
anterior
Degrau

Rampa, a partir de Rampa, a partir do valor


Int. Heat Gen. BFUNIF anterior
Rampa até BFUNIF

Degrau no 1º step,
Rampa, a partir do valor
Convection (h) rampa a partir de zero
anterior
Degrau
nos demais

Rampa, a partir de Rampa, a partir do valor


Convection (Tamb) TUNIF anterior
Degrau
CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• Variações em degrau costumam apresentar dificuldade de


convergência em análises não-lineares, principalmente ao
aumentar os fluxos totais do sistema.
• Recomenda-se criar um intervalo de tempo pequeno para
aproximar de uma variação em degrau.
Q

Q2

Em uma análise em regime


permanente, fisicamente não
há diferença entre variação em
Q1
degrau ou rampa

1 1,9 2 t
CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• Os carregamentos podem também ser definidos por meio


de funções do tempo.
– Abordagem comum em análises transientes.

• Importante: é necessário usar a sintaxe exata da variável.


– time, em inglês e letras minúsculas.
CARREGAMENTOS EM MÚLTIPLOS STEPS E TRANSIENTES

• O WorkBench Mechanical possui algumas funções pré-


definidas.
– Também deve-se usar a sintaxe correta.
• Funções também são exibidas em gráficos.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO MECHANICAL APDL

• Existem duas maneiras principais de aplicar condições de


contorno no Mechanical APDL.
– Ativar o comando e selecionar as entidades pela interface ou
através de seus números de identificação
– Aplicando comandos de seleção previamente, usando em seguida a
opção ALL ao acessar o carregamento.
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO MECHANICAL APDL

• A temperatura é aplicada usando os comandos de grau de


liberdade.
– Pode ser aplicada em pontos, linhas, áreas ou volumes.
– Também pode ser aplicada diretamente em nós.

Comandos APDL:
DK, DL, DA e D
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO MECHANICAL APDL

• Carregamentos superficiais podem ser na geometria (linhas


e áreas) ou no modelo numérico (nós e elementos).
– É possível aplicar esses carregamentos em faces
selecionadas dos elementos sólidos ou diretamente
em elementos auxiliares de superfície.
– Ao aplicar em nós, é necessário selecionar um
grupo de nós que defina uma superfície.

Comandos APDL:
SFL, SFA, SF e SFE

Opções de carregamento:
CONV, HFLUX, RAD, RDSF

Faces de um elemento
hexaédrico
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO MECHANICAL APDL

• Fluxos de calor totais (em Watts) podem ser aplicados em


pontos ou nós.
Comandos APDL:
FK e F

Opção de carregamento:
HEAT

• Geração de calor interna é normalmente definida em nós e


elementos, podendo ser aplicado também em qualquer tipo
de entidade geométrica.
Comandos APDL:
BF, BFE, BFK, BFL, BFA e
BFV

Opção de carregamento:
HGEN
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO MECHANICAL APDL

• A definição de acoplamentos de graus de liberdade pode


ser feita através dos comandos disponíveis no menu
indicado.
– No Mechanical APDL é possível definir vínculos mais avançados,
como por exemplo através de expressões definidas pelo usuário
(constraint equations).

Comandos APDL:
CP e CE
CONDIÇÕES DE CONTORNO NO MECHANICAL APDL

• Em análises de múltiplos steps, a variação dos


carregamentos é configurada pelo comando KBC:
– KBC = 0 : variação em rampa
– KBC = 1 : variação em degrau

• A remoção dos carregamentos é feito de forma similar,


através dos comandos disponíveis no menu Delete.

Comandos APDL:
DKDELE, DLDELE, DADELE, DDELE
SFLDELE, SFADELE, SFDELE, SFEDELE
FKDELE, FDELE
BFDELE, BFEDELE ...
TEMPERATURA INICIAL

• Análises térmicas possuem uma variável para a definição


da temperatura inicial do sistema.

Comandos APDL:
TUNIF e TREF

• A temperatura inicial é aplicada apenas em análises


transientes, para o cálculo do primeiro gradiente de
temperatura.
– Em análises de regime permanente, a temperatura inicial não afeta
os resultados da condição de equilíbrio.
TÍPICOS ERROS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• A definição das condições de contorno é uma das etapas


mais importantes do pré-processamento.

• Dessa forma, é necessário um cuidado especial para que


as condições definidas representem corretamente a física
desejada.

• Erros nessa etapa afetam consideravelmente os


resultados, e normalmente só podem ser diagnosticados
via a interpretação dos resultados.
TÍPICOS ERROS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Podem haver situações onde a condição de contorno não


represente o comportamento desejado com total fidelidade.
– Por exemplo, em vez de definir uma condição de radiação, uma
temperatura uniforme é aplicada, com o valor aproximado que se
espera observar na superfície.

• Tais simplificações são admissíveis, desde que o


engenheiro tenha noção de sua existência e de como isso
pode afetar os resultados.
– Muitas vezes essas simplificações , usadas para otimizar a solução
do modelo numérico, não interferem consideravelmente nos
resultados.
TÍPICOS ERROS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• O uso de simplificações de condições de contorno, quando


aplicado com critério, faz parte da etapa de idealização do
modelo numérico.
– Na prática o modelo numérico sempre vai apresentar incertezas que
o afastam do comportamento físico real;
– Essas incertezas são normalmente muito reduzidas, e portanto
admissíveis em um modelo numérico.

• Entretanto, definições erradas nas condições de contorno


correspondem a erros conceituais da modelagem.
– Não são detectados pelo ANSYS, pois não impossibilitam a
solução;
– O engenheiro deve identificar esses erros após uma análise crítica
dos resultados.
TÍPICOS ERROS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Alguns erros podem ser detectados pelo ANSYS durante a


solução. Normalmente são erros que impedem o
processamento da análise, indicado no output.
– Exemplo: modelo em regime permanente sem condição de
equilíbrio possível.

Apenas fluxo de calor é aplicado, sem a


definição de uma região para dissipação.

Temperatura tende ao infinito, similar ao


movimento de corpo rígido na análise
estrutural.
TÍPICOS ERROS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO

• Deve-se destacar que esse erro só ocorre em análises de


regime permanente.
• Rodando o mesmo caso de forma transiente, é possível
encontrar uma resposta.
– Nessa simulação existe o termo de armazenamento de energia.
CONDIÇÕES DE CONTORNO DE CFD

• No ambiente WorkBench, é possível acoplar a análise


térmica com estudos de CFD, dessa forma aplicando
carregamentos com base em resultados calculados no CFX
ou Fluent.
– Maiores detalhes serão apresentados na lição de acoplamento.

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