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Presidéncia da Republica
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jur
LEI N° 13,709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018
Texto compilado Bispde sobre a proteptio de dads pessonise titersar cine
$2 GBS 3 he abhoe 204 tharos Givikerinternt:
Mensagem de veto
Lei Geral de Protegao de Dados Pessoais (LGPD).
Vigancia (Redacéo dada pela Lei n? 13.853, de 2019) Vigéncia
© PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguint Lei
CAPITULO!
DISPOSIGOES PRELIMINARES
Art. 1° Esta Lei dispée sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitals, por pessoa natural ou por
pessoa juridica de direito pablico ou privado, com o objetivo de\proteger os direitos fundamentals de liberdade e de
privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
Paragrafo nico. As normas gerais contidas nesta Lei séio de interesse nacional e devem ser observadas pela
Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios. (Incluido pela Lein® 13.853, de 2019) Vigéncia
Art. 2° A disciplina da protecdo de dados pessoais tem como fundamentos:
| - 0 respeito a privacidade;
II- a autodeterminagao informativa;
IIl- a liberdade de expressao, de informagao, de comunicagao e de opiniao;
IV- a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
\V- 0 desenvolvimento econémico e tecnolégico e a inovagao;
VI-a livre iniciativa, a livre concorréncia e a defesa do consumidor; ©
VII - 08 direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e 0 exercicio da cidadania pelas
pessoas naturais.
Art. 9° Esta Lei aplica-se a qualquer operacao de tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa juridica de
direlto piblico ou privado, independentemente do melo, do pals de sua sede ou do pals ande estejam localizadas os dados,
desde que:
| - a operagao de tratamento seja realizada no terrtério nacional;
idede-de-tratern porobj rt rmeciment ms de
dados-de-individsosfocatzadoe ne-terrtério nacional:
ar atividede-de_tratamentetenher por-obj Fert recimento-de-ber ef fe
dados-de-individsos focatzadoe meter racionats tedacdo-dader neler Mer
Il - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou 0 fomecimento de bens ou servigas ou o tratamento de
dados de individuos localizados no territério nacional; ou (Redaco dada pela Lei n? 13.853, de 2019) Vigéncia
IIL- 0s dados pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados no terrtério nacional.
§ 1° Consideram-se coletados no territério nacional os dados pessoais cujo titular nele se encontre no momento da
coleta,
'§ 2° Excetua-se do disposto no inciso | deste artigo o tratamento de dados previsto no inciso IV do caput do art. 4°
desta Lei
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Art. 4° Esta Lei nao se aplica ao tratamento de dados pessoas:
| realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e néio econémicos;
II- realizado para fins exclusivamente:
a) jomalistico e artisticos; ou
byracadémicos; ———(Redapso-dade pela Medider Provissrian® 860-de 2048)
b) académicos, aplicando-se a esta hipdtese os arts. 7° © 11 desta Lei;
IIL- realizado para fins exclusivos de:
a) seguranga publica;
) defesa nacional;
©) seguranga do Estado; ou
4) atividades de investigacao e repressao de infragoes penais; ou
IV - provenientes de fora do territério nacional e que nao sejam objeto de comunicagao, uso compartilhado de dados
‘com agentes de tratamento brasileiros ou abjeto de transferéncia internacional de dados com outro pais que néo o de
proveniéncia, desde que o pais de proveniéncia proporcione grau de protegao de dados pessoais adequado ao previsto.
nesta Lei,
§ 1° 0 tratamento de dados pessoais pravisto no inciso Ill serd regido por legislagao especifica, que devera prover
medidas proporcionais e estritamente necessarias ao atendimento do interesse piiblico, observados devido processo legal,
08 principios gerais de protecao © os direitos do titular previstos nesta Lei,
§ 2° E vedado 0 tratamento dos dados a que se refere 0 inciso Ill do caput deste artigo por pessoa de direito privado,
‘exceto em procedimentos sob tutela de pessoa juridica de direito piblico, que serdo objeto de informe espectfico a
autoridade nacional e que deverdo observar a limitagao imposta no § 4° deste artigo.
§ 3° A autoridade nacional emitira opinides técnicas ou recomendacGes referentes as excegdes provistas no inciso Ill
do caput deste artigo e deverd solicitar aos responsaveis relatérios de impacto a protegao de dados pessoais.
&4 dadosp . quiet P*
artigo ps 1der-por-pessoe-de-direite-privade jado-pele- Medic Provisérie —
'§ 4° Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco de dados de que trata o inciso III do caput deste
artigo poderd ser tratada por pessoa de direito privado, salvo por aquela que possua capital integralmente constituldo pelo
poder piiblico. (Redag#io dada pela Lei n® 13.853, de 2019) Vigéncia
Art. 5° Para os fins desta Lei, considera-se’
| - dado pessoal: informagao relacionada a pessoa natural identificada ou identificavel
Il - dado pessoal sensivel: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicgao religiosa, opinido politica, flago a
sindicato ou a organizacio de caréter religioso, filoséfico ou politico, dado referente & satide ou a vida sexual, dado genético
ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural;
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Ill - dado anonimizado: dado relativo a titular que nao possa ser identiicado, considerando a utlizagao de meios,
técnicos razoaveis e disponiveis na ocasiao de seu tratamento;
IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou em varios locals, em suporte
eletrénico ou fisico;
\V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que s4o objeto de tratamento;
VI- controlador: pessoa natural ou juridica, de direito publico ou privado, a quem competem as decisdes referentes a0
tratamento de dados pessoais;
VII - operador: pessoa natural ou juridica, de direito piblico ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em
nome do controlador;
eos thuleres-<-2-atioridade nacional:
a
Vill - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicagao entre
controlador, os ttulares dos dados e a Autoridade Nacional de Protego de Dados (ANPD); (Redagdo dada pela Lei n®
13.853, de 2019) Vigéncia
IX - agentes de tratamento: 0 controlador e o operador;
X - tratamento: toda operagao realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta, produgao, recepgao,
classificagao, utlizagao, acesso, reprodugo, transmissao, distribuicdo, processamento, arquivamento, armazenamento,
eliminagao, avaliagao ou controle da informagao, modificagao, comunicagao, transferéncia, difusao ou extragao;
XI - anonimizagdo: utilizago de meios técnicos razodveis e disponiveis no momento do tratamento, por meio dos quais
um dado perde a possibllidade de assaciagéo, direta ou indireta, a um individuo;
XII - consentimento: manifestagao livre, informada e inequivoca pela qual o titular concorda com 0 tratamento de seus
. -
jtihea de crete privade-demencert de deter exe revise
869-de-2048
Art. 27. A comunicago ou o uso compartlhado de dados pessoais de pessoa juridica de direito publico a pessoa de
direlto privado sera informado & autoridade nacional e dependeré de consentimento do titular, exceto:
| -nas hipéteses de dispensa de consentimento previstas nesta Lei;
II-nos casos de uso compartithado de dados, em que serd dada publicidade nos termos do inciso | do caput do art. 23,
desta Lei; ou
IIl- nas excegées constantes do § 1° do art. 26 desta Lei
Pardgrafo Unico. A informagdo a autoridade nacional de que trata o caput deste artigo sera objeto de
regulamentagao, (Incluido pela Lein® 13,853, de 2019) Vigéncia
Art. 28. (VETADO),
autoridade nacional poderdsotctar2-qualgte ‘ae-entidades-de-Poder-Publico-a-reatizagio-de
Art, 29. A autoridade nacional podera solicitar, a qualquer momento, aos érgaos e as entidades do poder puiblico a
realizagao de operagdes de tratamento de dados pessoais, informagées especificas sobre o Ambito e a natureza dos
dados ‘¢ outros detalnes do tratamento realizado e poderé emitir parecer técnico complementar para garantir o
cumprimento desta Lei. (Redaco dada pela Lein® 13.853, de 2019) Vi
‘Art. 30. A autoridade nacional podera estabelecer normas complementares para as atividades de comunicagao e de
uso compartilhado de dados pessoais.
Segao Il
Da Responsabilidade
‘Art. 31. Quando houver infragao a esta Lei em decorréncia do tratamento de dados pessoais por érgaos publicos, a
autoridade nacional podera enviar informe com medidas cabiveis para fazer cessar a violagao.
Art. 32. A autoridade nacional podera solicitar a agentes do Poder Publico a publicagao de relatérios de impacto &
protegao de dados pessoais e sugerir a adogao de padroes e de boas praticas para os tratamentos de dados pessoais pelo
Poder Publico,
CAPITULO V
DA TRANSFERENCIA INTERNACIONAL DE DADOS
‘Art. 33, A transferéncia intemacional de dados pessoais somente 6 permitida nos seguintes casos:
||- para paises ou organismos intemacionais que proporcionem grau de protego de dados pessoais adequado ao
previsto nesta Lei;
Il - quando o controlador oferecer e comprovar garantias de cumprimento dos principios, dos direitos do titular e do
regime de protesio de dados previstos nesta Lei, na forma de:
a) cléusulas contratuais especificas para determinada transferéncia;
») clausulas-padrao contratuais;
) normas corporativas globais;
4) selos, certficados e cédigos de conduta regularmente emitidos;
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Ill = quando a transferéncia for necesséria para a cooperagao juridica internacional entre érgaes puiblicos de
inteligéncia, de investigagao e de persecugao, de acordo com os instrumentos de direito internacional;
IV- quando a transferéncia for necesséria para a protegao da vida ou da incolumidade fisica do titular ou de terceio:
\V-- quando a autoridade nacional autorizar a transferéncia;
VI- quando a transferéncia resultar em compromisso assumido em acordo de cooperagao internacional,
VII - quando a transferéncia for necessaria para a execugao de politica publica ou atribuigao legal do servico piiblico,
‘sendo dada publicidade nos termos do inciso | do caput do art, 23 desta Lei,
VIII - quando o titular tiver fornecido 0 seu consentimento especifico e em destaque para a transferéncia, com
informago prévia sobre o cardter internacional da operacéo, distinguindo claramente esta de outras finalidades; ou
IX - quando necessério para atender as hipéteses previstas nos incisos Il, V e VI do art, 7° desta Lei
Paragrafo Unico. Para os fins do inciso | deste artigo, as pessoas juridicas de direito pubblico referidas no parégrafo
Unico do art. 1° da Lei n? 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso A Informagdo)_, no ambito de suas
competéncias legais, e responsaveis, no 2mbito de suas alividades, poderéo requerer & auloridade nacional a avaliagdo do
nivel de protegdo a dados pessoais conferido por pais ou organismo internacional
Art. 34. O nivel de protegéio de dados do pais estrangeiro ou do organismo internacional mencionado no inciso | do
caput do art. 33 desta Lei serd avaliado pola autoridade nacional, que levara em consideragao:
1-8 normas gerais ¢ setoriais da legislagdo em vigor no pais de destino ou no organismo internacional
Il a natureza dos dados
IIl- a observancia dos principios gerais de protegao de dados pessoais e direitos dos titulares previstos nesta Lei;
IV - a adogao de medidas de seguranga previstas em regulamento;
V - a existéncia de garantias judiciais e insitucionals para o respeito aos direitos de protecdo de dados pessoals; ¢
VI- outras circunstancias especificas relativas a transferéncia
Art. 35. A definig&o do conteddo de cléusulas-padrao contratuais, bem como a verificagao de cldusulas contratuais,
‘especificas para uma determinada transferéncia, normas corporativas globais ou selos, certificados e cédigos de conduta, a
‘que se refere 0 inciso II do caput do art, 33 desta Lei, sera realizada pela autoridade nacional.
§ 1° Para a verificagdo do disposto no caput deste artigo, deverao ser considerados os requisites, as condigdes e as
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