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Crimes em Espécie
DOCENTE: JANAÍNA ZAMBERLAN INOCENTE
2
Induzimento, Induzimento,
instigação e auxílio instigação e auxílio à
ao suicídio automutilação
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Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio
(art. 122, 1ª parte, CP)
auxílio:
Ao suicídio à automutilação
Crime de menor potencial ofensivo Crime de menor potencial ofensivo
Admitida a transação penal (caput), fica Admitida a transação penal (caput), fica
inviabilizado o acordo de não persecução inviabilizado o acordo de não persecução
penal – art. 28-A, inc. I, CP penal – art. 28-A, inc. I, CP
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Sujeito do crime – 122, 1ª parte - suicídio
•Qualquer •Somente
pessoa. sujeito capaz –
•Crime comum. suicídio
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Sujeito do crime – 122, 2ª parte - automutilação
a) Induzimento
• Hipótese em que o agente faz nascer na vítima a ideia e a vontade
mórbida.
b) instigação
• Caso em que o autor reforça a vontade mórbida preexistente na vítima.
c) auxílio
• O agente presta efetiva assistência material, facilitando a execução do
suicídio, quer fornecendo, quer colocando à disposição do ofendido os
meios necessários para fazê-lo.
18
Crime único.
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Meios de punição: 1ª parte, art. 122, CP
caput
• - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos.
• Induzir, instigar ou auxiliar materialmente.
§1º
• - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
• Se resultar lesão corporal grave ou
gravíssima. (qualificadora)
§2º
• - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
• Se o suicídio se consuma. (qualificadora)
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Responde por
homicídio e não
participação.
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Conduta: 2ª parte do art. 122, CP
a) Induzimento
• Hipótese em que o agente faz nascer na vítima a ideia e a vontade mórbida.
(automutilação)
b) instigação
• Caso em que o autor reforça a vontade mórbida preexistente na vítima.
c) auxílio
• O agente presta efetiva assistência material, facilitando a execução do suicídio,
quer fornecendo, quer colocando à disposição do ofendido os meios
necessários para fazê-lo.
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Crime único.
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Meios de punição: 2ª parte, art. 122, CP
caput
• - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos.
• Induzir, instigar ou auxiliar materialmente.
§1º
• - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
• Se resultar lesão corporal grave ou
gravíssima. (qualificadora)
§2º
• - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
• Se da automutilação resulta
morte. (qualificadora)
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Voluntariedade: 1ª e 2ª parte, art. 122, CP
Punido a título de DOLO.
1ª parte 2ª parte
Expressado pela consciente Expressado pela consciente
vontade de instigar, induzir ou vontade de instigar, induzir ou
favorecer alguém a se favorecer alguém a se
suicidar automutilar
DUELO
AMERICANO,
ROLETA RUSSA E
PACTO DE
Curiosidade MORTE
A história por trás da ‘roleta russa’, um jogo letal 39
que já deveria estar extinto há muito.
https://br.rbth.com/historia/84402-a-hist%C3%B3ria-por-tras-da-roleta-russa
40
41
TESTEMUNHA DE
JEOVÁ
Curiosidade
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DESAFIO DA
BALEIA AZUL
Curiosidade
44
Qual crime responde esse curador?
1) Participante for capaz de entendimento – curador comete o
art. 122, CP;
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2017/04/20/desafio-da-baleia-azul-consequencias-
criminais/
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Ação penal:
Ação penal é
pública
incondicionada.
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Concurso
aparente de
Art. 123
normas Princípio da
Especialidade prevalece sobre
o art. 121
50
Uma forma
A doutrina
especial
classifica o
(privilegiada)
delito como:
de homicídio
51
Concurso de
agentes
(coautoria e
participação)
é possível?
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Magalhães Noronha:
MORTE
Omissão –
Ação – morte Meios diretos
Forma livre faltar com a
por asfixia ou indiretos
amamentação
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Sobre o tema, esclarece a exposição de motivos
(item 40)
“Esta cláusula (influência do estado puerperal), como é
óbvio, não quer significar que o puerpério acarrete
sempre uma perturbação psíquica: é preciso que fique
averiguado ter esta realmente sobrevindo em
consequência daquele, de modo a diminuir a capacidade
de entendimento ou de auto inibição da parturiente.
Fora daí, não há por que distinguir entre infanticídio e
homicídio”.
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Mirabete entende por puerpério:
“Os casos em que a mulher, mentalmente sã, mas abalada pela dor
física do fenômeno obstétrico, fatigada, enervada, sacudida pela
emoção, vem a sofrer um colapso do senso moral, uma liberação de
impulsos maldosos, chegando, por isso, a matar o próprio filho. De
um lado, nem a alienação mental, nem semialienação (casos estes já
regulados genericamente pelo Código). De outro, tampouco frieza
de cálculo, a ausência de emoção, a pura crueldade (que
caracterizariam, então, o homicídio). Mas a situação intermédia,
podemos dizer até ‘normal’, da mulher que, sob o trauma da
parturição e dominada por elementos psicológicos peculiares, se
defronta com o produto talvez não desejado e temido de suas
entranhas”.
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Guilherme Nucci explica que puerperal:
“É o estado que envolve a parturiente durante a expulsão
da criança do ventre materno. Há profundas alterações
psíquicas e físicas, que chegam a transtornar a mãe,
deixando-a sem plenas condições de entender o que está
fazendo. É uma hipótese de semi-imputabilidade que foi
tratada pelo legislador com a criação de um tipo especial.
O puerpério é o período que se estende do início do
parto até a volta da mulher às condições pré-gravidez”.
61
Segundo Victor Eduardo Rio Gonçalves:
É A INTERRUPÇÃO DA
Aborto: GRAVIDEZ COM A DESTRUIÇÃO
DO PRODUTO DA CONCEPÇÃO.
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A doutrina divide o aborto em:
natural
Acidental
Criminoso
Legal ou permitido
Miserável ou econômico-social
Eugenésico ou eugênico
Honoris causa
Ovular
Embrionário
fetal
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FORMAS DE ABORTO - CP
Formas de
aborto
autoaborto
Aborto criminoso
Aborto praticado
com o
consentimento da
gestante
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Qual a
natureza A DOUTRINA DIVERGE!
do crime?
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Para Bitencourt:
“trata-se, nas duas modalidades, de crime de mão própria,
isto é, que somente a gestante pode realizar. Mas, como
qualquer crime de mão própria, admite a participação, como
atividade acessória, quando o partícipe se limita a instigar,
induzir ou auxiliar a gestante tanto a praticar o autoaborto
como a consentir que terceiro lho provoque. Contudo, se o
terceiro for além dessa mera atividade acessória, intervindo
na realização propriamente dos atos executórios, responderá
não como coautor, que a natureza do crime não permite, mas
como autor do art. 126”.
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Para Rogério Sanches:
O crime é próprio, admitindo o concurso de agentes,
inclusive na forma de coautoria (por exemplo, gestante e
seu marido, juntos realizam manobras abortivas). É
especial, no entanto, pois o coexecutor (marido) será
punido em tipo diverso (art. 126) e com pena
independente, verdadeira exceção pluralista à teoria
monista (mesmo fenômeno que explica o corrupto
responder pelo art. 317 e o corruptor pelo art. 333,
ambos do CP.
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Conduta: tipo objetivo
1ª conduta:
A mulher grávida, por intermédio de meios executórios químicos, físicos
ou mecânicos, provoca nela mesma , mediante ação ou omissão, a
interrupção da gravidez, destruindo a vida endouterina.
2ª conduta:
Consentir a gestante no abortamento, exigindo-se, assim, a figura do
provocador, o qual responderá pelo crime do art. 126.
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Voluntariedade: tipo subjetivo
Dolo – Consiste na consciente vontade de interromper a
gravidez, ou consentir para tanto.
Caso provocado
QUE CRIME ESTE
culposamente por RESPONDERÁ??
terceiro:
Caso provocado, culposamente, por terceiro,
responde este por:
81
82
Consumação e tentativa:
Interromper, violenta e
intencionalmente, uma
gravidez, destruindo o
produto da concepção.
88
Voluntariedade: tipo subjetivo
•Qualquer •Produto da
pessoa. concepção
•Crime comum. (óvulo, embrião
ou feto).
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Conduta: tipo objetivo
Se durante a operação,
a gestante desistir do
intento criminoso e o
terceiro insistir em
provoca-lo, responde
por qual crime?
E a gestante?
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Dissenso presumido
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou
débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência.
99
O agente responderá
por tentativa de aborto
qualificado?
Seria uma exceção à
regra de que não cabe
tentativa em crime
preterdoloso?
103
Para Capez:
“Nessa hipótese, deve o sujeito responder por aborto
qualificado consumado, pouco importando que o
abortamento não se tenha efetivado, aliás, como acontece
no latrocínio, o qual se reputa consumado com a morte da
vítima, independentemente de o roubo consumar-se. Não
cabe mesmo falar em tentativa de crime preterdoloso, pois
neste o resultado agravador não é querido, sendo impossível
o agente tentar produzir algo que não quis: ou o crime é
preterdoloso consumado ou não é preterdoloso.”
104
Para Frederico Marques:
“Tentativa de aborto qualificado pelo evento morte ou tentativa de aborto
qualificado pela ocorrência de lesões graves, conforme o caso. Apesar de
crime preterdoloso, a tentativa é possível quando a parte frustrada da
infração é a dolosa. No aborto majorado pelo resultado, fica inviável a
tentativa quando não se produz na vítima os resultados majorantes que
jamais foram queridos ou aceitos pelo agente (punidos a título de dolo).
Contudo se ocorrer qualquer dos resultados majorantes, sem interrupção da
gravidez, o aborto não se deu por circunstancias alheias à vontade do agente
(parte dolosa do crime, admitindo a tentativa), tendo a pena aumentada
pela lesão grave ou morte culposa da gestante.”
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ABORTO NECESSÁRIO
ART. 128 - NÃO SE PUNE O ABORTO
PRATICADO POR MÉDICO: (VIDE ADPF 54)
I - SE NÃO HÁ OUTRO MEIO DE SALVAR A
Aborto legal: VIDA DA GESTANTE;
ABORTO NO CASO DE GRAVIDEZ
exclusão do RESULTANTE DE ESTUPRO
crime II - SE A GRAVIDEZ RESULTA DE ESTUPRO
E O ABORTO É PRECEDIDO DE
CONSENTIMENTO DA GESTANTE OU,
QUANDO INCAPAZ, DE SEU
REPRESENTANTE LEGAL.
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Exposição de Motivos (item 41):
Necessário ou
terapêutico Art. 128, I
Dispensa autorização judicial
Aborto legal Sentimental, ou consentimento da gestante
ético, Art. 128, II Dispensa autorização judicial
humanitário
ou piedoso