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,
FISICA EXPERIMENTAL
BÁSICA NA UNIVERSIDADE
( EDITORAufmg )
Editoração de textos Ana Maria de Moraes
Revisão e normalização Lílian de Oliveira
Revisão de provas Isadora Rodrigues e Priscilla lacomini Felipe
Projeto gráfico Eduardo Ferreira
Montagem de capa e formatação Luiz Flávio Pedrosa
Produção gráfica Warren M. Santos
Ilustração Altair José Viana e autores
Este livro ou parte dele não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização escrita do Editor.
ISBN: 978-85-7041-588-2
CDD: 530
CDU: 53
Editora UFMG
Av. Antônio Carlos, 6627 - Ala direita da Biblioteca Central - Térreo
Pró-Reitoria de Graduação
Av. Antônio Carlos, 6627 - Reitoria - 6° andar
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . .07
EXPERIMENTOS DE MECÂNICA
Densidade de um Líquido. . 33
Colisão Inelástica . . . . . 37
Pêndulo Simples. . . . . . 41
Atrito Estático . . . . . 53
Movimento de um Projétil. . . . . . . . . 55
Forças Impulsivas. . . . . . . . . . . . 59
Momento de Inércia . . . . . 67
Pêndulo de Torção. . . . . . 73
Tensão Superficial. . . . . . 77
EXPERIMENTOS DE TERMODINÂMICA
e o volume de um gás. . . 95
Gases Ideais . . . . . . .
97
EXPERIMENTOS DE ELETROMAGNETISMO
Resistividade Elétrica . .
.119
Circuito RC . . . . . . . . . . . . . . .133
EXPERIMENTOS DE ONDAS
EXPERIMENTOS DE ÓPTICA
APÊNDICES
Unidade introdutória
TABELA 1
Experimentos propostos para uma unidade introdutória
Conjunto I
• Constante elástica de molas
• Densidade de um líquido
• Resistividade elétrica
Conjunto II
• Módulo de flexão de uma haste
• Pêndulo simples
• Colisão inelástica
Conjunto III
• Deformação inelástica e processo irreversível
Unidade temática
TABELA 2
Experimentos propostos para os módulos da unidade temática
Mecânica
• Movimento retilíneo com aceleração constante
• Movimento de um projétil
• Forças impulsivas
• Pêndulo de torção
• Tensão superficial
Termodinâmica
• Equação de Newton para o resfriamento
• Determinação da capacidade térmica -de um calorímetro
• Gases ideais
• Calibração de um termopar
Eletromagnetismo
• Análise de circuitos - Regras de Kirchhoff
• Circuito RC
(continua)
10
APRESENTAs;.Ao
TABELA 2
Experimentos propostos para os módulos da unidade temática
(conclusão)
Eletromagnetismo
• Diodo semicondutor
Ondas e Óptica
• Interferômetro de Michelson
• Lentes e espelhos
• Polarização da luz
Os Autores
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AVALIAÇÃO E EXPRESSÃO DE MEDiÇÕES
E DE SUAS INCERTEZAS
Introdução
, Guia para expressão da incerteza de medição. 3. ed . Rio de Janeiro: ABNT / INMETRO, 2003.
FlslCA EXPERIMENTAL BASICA NA UNIVERSIDADE
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' :l 5
Z
Medida (cm)
FIGURA 2 - Distribuição dos resultados das medições do objeto mostrado na Figura 1 com uma régua graduada
em milímetros.
14
INTRODUÇAO AO LABORATÓRIO DE FlslCA
~
I I
9 10
FIGURA 3 - Régua, graduada a cada meio centímetro, utilizada para medir o comprimento de um objeto,
V> 10
Q)
'o
u
"O
Q)
E
Q)
"O
e
E 5
'::l
Z
o I ,.,..,...,,,1,,,,6,,,,,,,,"
7,0 7 ,2 7,4 7,6 7,8 8,0 8 ,2 8,4
Medida (cm)
FIGURA 4 - Distribuição dos resultados das medições do objeto mostrado na Figura 3 com uma régua graduada
a cada meio centimetro,
15
FlslCA EXPERIMENTAL BAslCA NA UNIVERSIDADE
I. (21,2 3 ± 0,06) mm
lI. 21,23(6) mm
III. 21 ,23(0,06) mm
Avaliação Tipo A
1 17
(x)=- LXi'
n i=1
1 17 2]li
u= [ n(n_l)t1(X;-(X))
16
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FfslCA
Observações
-
(x-(x) y
1 2u
2
P(x) = J2n e
P(x)
68%
(x) - 3u (x) -2u (x) -u (X) (x) +u (x) +2u (x) +3u X
FIGURA 5 - A probabilidade P do valor x de uma medição estar dentro do intervalo (x) ± u é de 68%.
17
FlslCA EXPERIMENTAL BASICA NA UNIVERSIDADE
Exemplo 1
5 11,18 0,03
Nesse caso, o tempo médio (t) de queda de uma pedra é dado por
6 11,32 0,11
1 n 1
7 11,24 0,03 (t) = - I/i =- (11 ,31 + 11,09 + 11,10 + 11,2 7 + 11,18 + 11,32 + 11,24 + 11,15)
n í~1 8
8 11,15 0,06
(t) = 11,21 s.
(t) = 11,21
ln 2]Yz
U =[
n(n -1)
I
i=1
(ÓtJ 0,032 s
u =0,032 s.
Portanto, o valor do tempo t que o projétil fica no ar é
t = (11,21 ± 0,03) s. 2
Avaliação Tipo B
2 Conforme será detalhado posteriormente, sugerimos que a incerteza seja escrita com apenas 1
algarismo significativo.
18
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FrSICA
Exemplo 2
m =(93 ± 4)g.
Exemplo 3
x = x+ +x_
2
x+ -x_
u= 2J3
Exemplo 4
v = V+ +V_ =13,25 V
2 FIGURA 6 - Voltímetro analógíco durante uma
e medição de uma tensão elétrica alternada.
u=v+-v
2J3 =0,43 V
Exemplo 5
Algarismos significativos
21
FISICA EXPERIMENTAL BASICA NA UNIVERSIDADE
Sejam Xl ± U(X 1), X 2 ± U(X 2), ... X n ± U(X N) os resultados das medições
das grandezas Xl ' X 2 , •. • X N • O resultado y da medição da grandeza Y
é dado por
Exemplo 6a
v 2 127 2
p=-=
R 2,5
ou seja, P = 6451,6 W.
deP?
22
INTRODUÇ.AO AO LABORATÚRIO DE FíSICA
Observação
Exemplo 6b
tado da medição de P ?
Uc(P) = 11
ap)2 2 (ap)2 2
(aV u (V) + aR u (R) .
V2 _
Como, p = - , entao
R
2
oP
-=-,
2V ap = _ V , u(V)=1 V e u(R)=O,3Q,
oV R aR R 2
sendo,
u. (P) J +( ~~~: J
=,{ 2~::7 x(1)' x(0,3)'
uJp)= 781 W.
P = (6,4 ± O,8)x10 3 W .
trado a seguir.
23
FlslCA EXPERIMENTAL BAslCA NA UNIVERSIDADE
u, (y) =
y ~ i=1
f(p, u(x,)
XI
J =
Y = ax IPI -:cP!
2 .•• x NPN u, (y ) -
Y
~ ( PI ~
~
J(
+ P2 u(x,)
~
J + ... + (U(X
PN
~
N
) J
A incerteza padrão combinada relativa é igual à raiz qua
drada positiva da soma dos quadrados das incertezas
padrão relativas das grandezas, ponderadas pelos qua
drados dos respectivos expoentes.
y = ae x u(y) = ae Xu(x)
Exemplo 6e
Como p = -V , então
Uc(P)
P
=
,
/(2 x _ l
127
)2+ (~)2
2,5
u c (P)= 781 W,
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
EM TABELAS EGRÁFICOS
Tabelas
Exemplo 7
TABELA 1
Gráficos
Exemplo 8
30
20
10
°0~-1~0~2~0~~~~-~~-~~~OO~~7~0~8~0~OO~~1~OO
lemA)
FIGURA 8 - Tensão V versus corrente elétrica I em um resistor de resistência R=(500 ± 3) Q . A reta traçada no gráfico,
obtida por regressão linear, é descrita pela equação V = ai + b, em que a = (506 ± 5) Q e b = (- 0,3 ± 0,3) V.
26
INTRODU.ÇÃO AO LABORATÓRIO DE FfslCA
11
2
S= IJYi - f(xJ]
i=1
as =0
aa l
as =0
aa m
Exemplo 9
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FfslCA EXPERIMENTAL BASICA NA UNIVERSIDADE
--------_._,,-
30
~
U
~
h 25
•
20 •
•
15
10
• ••
•• ••
5 •• •••
••••
O
O 100 200 300 400 500
t (s)
FIGURA 9 - Variação T da temperatura em função do tempo t, enquanto um objeto se esfria. A curva contínua
corresponde à função f = ce-" .
Regressão linear
f(x)=ax+b.
28
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FfslCA
2
a=
nI,x;Yi - I, x; I, Y;
ua = S ~ I, xi
nI,x;2 - (I, x; y () (n-2)
2
nI,x -(I,x )
i i
2
b = I,y; -aI,x; S
u(b) = - - - - ; = = = = = = =
n (n-2)~nI,x;2 -(I,x;y
Exemplo 10
kl
ajustar a função T = ce- a uma série de medições (T, t) da varia
não se pode fazer uma regressão linear, pois a função não é linear,
ção, obtém-se
lnT=ln(ce- kl ),
ln T = ln c - kt .
Y = at+b
linear da reta.
29
FISICA EXPERIMENTAL BAslCA NA UNIVERSIDADE
FIGURA 10 - Gráfico de ln (T) versus t de um objeto enquanto se esfria. A curva corresponde à equação da reta
ln T = Inc - kt , com os parâmetros c e k determinados por regressão linear.
a = (-6,64 ± 0,07) S- l
b= (3,31 ± 0,03)
Portanto,
30
Os resultados obtidos nas experiências devem ser apresentados
sob a forma de um relatório, cuja finalidade é fazer com que você
aprenda e aperfeiçoe a maneira de se apresentarem os resultados
obtidos em um experimento. O relatório não deve ser uma cópia do
roteiro e deve ser redigido de forma que um colega seu, por exem
plo, que não tenha feito o experimento e não conheça o roteiro, possa
entender o que foi feito.
Não há uma forma rígida de se redigir um relatório, mas espera
se que ele contenha, pelo menos, as informações seguintes.
Título da experiência
Autores
Liste os nomes dos membros do grupo.
Objetivos da experiência
Descreva o que se pretende verificar e/ou aprender com o experi
mento.
Conclusões
Faça um resumo do que foi feito na experiência e dos resultados
finais obtidos, tomando os objetivos iniciais como referência.
Outras observações
~ As medidas sempre devem ser apresentadas em tabelas.
~ Os resultados finais devem ser apresentados em destaque,
com suas respectivas incertezas e unidades - preferencial
mente no Sistema Internacional (sistema MKS). Exemplo:
202