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• Estrutura social é o que define determinada sociedade. Ela se constitui da relação de vários
fatores: econômicos, políticos, históricos, sociais, religiosos, culturais.
• Uma das características da estrutura de uma sociedade é a sua estratificação, ou seja, a sua
organização em estratos (camadas) sociais e o modo como ocorre a mobilidade de um nível para
outro.
• O sistema de castas é uma configuração social de que se tem registro em diferentes tempos e lugares.
No mundo antigo, há vários exemplos de organização em castas (Grécia e China por exemplo), mas é na
Índia que está a expressão mais acabada desse sistema.
• A sociedade indiana começou a se organizar em castas e subcastas há mais de 3 mil anos, adotando
uma hierarquização baseada em religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação. Esses elementos
definem a organização do poder político e a distribuição da riqueza gerada pela sociedade. O sistema
sobrevive por força da tradição, pois legalmente foi abolido em 1950, e hoje o sistema de castas é mesclado
com a estrutura de classes.
• Quem nasce numa casta não tem como sair dela e passar para outra, não há, portanto, mobilidade
social nesse sistema.
AS SOCIEDADES ORGANIZADAS POR ESTAMENTOS
• Na França, por exemplo, no final do século XVIII, havia três estados: a nobreza, o clero e o
chamado terceiro estado, que incluía todos os outros membros da sociedade – comerciantes,
industriais, trabalhadores urbanos e camponeses, etc.
• A possibilidade de mobilidade de um
estamento para outro existia, mas era muito
controlada. A desigualdade prevalecia
como um fato natural.
DA SOCIEDADE ESTAMENTAL À SOCIEDADE DE CLASSES
• A definição de classe para o sociólogo Oliver Cromwell Cox:, 1948, é: “Por sistema de classes
sociais entendemos uma variante de ordem de status sociais que prevalecem após a ruptura e a
atomização do sistema estamental europeu”. E classe social não deve ser confundida com classe
política.
• A ideologia da sociedade de classes sociais é o sistema de crenças e teorias sociais que suportam
nossa presente ordem social; tais crenças são, em sua maioria, aceitas sem discussão. Mesmo
anteriormente à Revolução Francesa, escritores franceses e ingleses já haviam desenvolvido o essencial da
ideologia dos modernos habitantes da cidade.
• John Locke e os enciclopedistas haviam aperfeiçoado uma nova filosofia sobre a liberdade
burguesa; François Quesnay e particularmente Adam Smith haviam já, elaborado a teoria econômica
da burguesia; os escolásticos já tinham tornado confusos com a apoteose da ciência burguesa; e
Condorcet, no esplendor da própria Revolução, expressou a nova paixão pelo progresso, no seu
grandioso sonho do infinito aperfeiçoamento do homem. A Reforma protestante desafiou o estamento
mais poderoso e sua filosofia, provendo as necessárias sanções para a exploração burguesa das
oportunidades.
• A terra e a agricultura continuam indispensáveis nessa vida moderna, mas a terra por si só, perdeu
o efeito social e econômico do feudalismo. O valor da terra passou a ser dado pelo valor
monetário dela; tornou-se um mero fator de produção.
REFERENCIAS:
COX, Oliver Cromwell. Da sociedade estamental à sociedade de classes. In: PEREIRA, Luiz; FORACCHI, Marialice. (org.). Educação e
Sociedade. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1970.
MACHADO, Igor;AMORIM, Henrique; BARROS, Celso. Sociologia Hoje: ensino médio, vl.único, 2ªed. São Paulo: Ática, 2016.
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2ªed. São Paulo: Saraiva, 2010.